As evidências da depravação humana por arthur walkington pink

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As Evidências da

Depravação Humana Arthur Walkington Pink

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* O texto deste e-book é o capítulo 11, “Suas Evidências” do Livro The Total Depravity of Man, por A. W. Pink. Editado.

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Algumas Citações deste Estudo

“[...] não há nenhum ponto em que o mundo é tão escuro como sobre a sua própria escuridão,

julgamos este requisito para fazer a demonstração do mesmo. Todos os homens naturais, não

renovados em suas mentes pelas operações salvíficas do Espírito Santo, estão em um estado de

trevas com respeito a qualquer conhecimento vital de Deus”.

“[...] somente aqueles que são sensíveis de sua doença é que valorizam um médico, assim como

ninguém, senão aqueles que estão conscientes da fome de suas almas é que anseiam pelo Pão

da Vida”.

“O terceiro capítulo de Gênesis descreve a origem da depravação humana, e no próximo capítulo,

os frutos amargos da Queda rapidamente começam a se manifestar. No primeiro vemos o pecado

em nossos primeiros pais, no último o pecado nos seus primogênitos, que muito em breve dariam

prova de que eles tinham recebido uma natureza má deles. Em Gênesis 3, o pecado era contra

Deus, em Gênesis 4 era tanto contra ele como contra um companheiro. Essa é sempre a ordem:

onde não há temor de Deus diante dos olhos, não haverá respeito genuíno pelos direitos dos

nossos semelhantes”.

“Como a lepra, o pecado contamina, se espalha e produz a morte”.

“Na Torre de Babel outra crise havia acontecido na história da raça humana. A humanidade foi no-

vamente culpada de apostasia e declaradamente desafiou ao Altíssimo. A confusão que Deus

trouxe sobre a raça humana deu origem às diferentes nações da terra, e depois da derrubada do

esforço de Ninrode temos a formação de „o mundo‟, uma vez que já existia desde então. Isto é

confirmado em Romanos 1, onde o apóstolo fornece a prova da culpa dos gentios. No versículo

19 lemos sobre „o que de Deus se pode conhecer‟, através da exibição de Suas perfeições nas

obras da Criação. O versículo 21 vai mais longe, e afirma, „tendo conhecido a Deus [isto é, nos

dias de Ninrode], não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos

se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se lou-

cos [em conexão com a Torre de Babel]. E mudaram a glória do Deus incorruptível em seme-

lhança da imagem de homem corruptível‟. Foi então que a idolatria começou. No que se segue

nos é dito três vezes que „Deus os entregou „(vv. 24, 26, 28). Foi então que Ele os abandonou e

„deixou andar todas as nações em seus próprios caminhos‟ (Atos 14:16)”.

“Se uma nova tribo for descoberta, devemos saber que essa também deve ser depravada e

viciosa, apenas o fato de sermos informados de que eles eram homens nos obriga a concluir que

eles eram „odiosos e odiando uns aos outros‟ [Tito 3:3]”.

“A negligência geral e até mesmo desprezo que o Senhor Jesus encontrou entre as pessoas,

proporciona uma vista muito humilhante do que é a nossa natureza humana caída”.

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“Donde tal tratamento iníquo dispensado ao Filho de Deus procede? Donde, senão das vis

corrupções de seus corações? „Odiaram-me sem causa‟ (João 15:25), declarou o Senhor da Gló-

ria. Não havia nada, seja em Seu caráter ou em Sua conduta, que merecesse o seu vil desprezo e

inimizade. Eles amaram mais as trevas, e, portanto, odiaram a luz. Eles estavam apaixonados por

suas más concupiscências e se deleitavam em gratifica-las. Assim, também, com seus seguidores

iludidos, que deram ouvidos aos falsos profetas, que disseram: „Paz, paz‟ para eles, lisonjeando-

os e encorajando-os em sua carnalidade. Consequentemente, eles não podiam tolerar o que era

desagradável aos seus gostos depravados e condenava suas práticas pecaminosas; e, portanto,

este „povo‟, bem como seus principais sacerdotes e governantes gritaram: „Fora daqui com este, e

solta-nos Barrabás‟ (Lucas 23:18)”.

“Exceto quando Deus quis pôr Sua mão restringidora sobre eles, e aqueles em quem Ele operou

um milagre da graça, Judeus e Gentios igualmente desprezaram o Evangelho e voluntariamente

se opuseram ao seu progresso”.

“Sua hostilidade é evidenciada pela forma como eles tratam o povo de Deus. Quanto mais próxi-

mo o crente anda com o seu Senhor, mais ele será ofendido e maltratado por aqueles que são

estranhos a Ele. Mas „bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça‟ (Mateus

5:10). Como alguém pontuou, „É uma forte prova da depravação humana que as maldições dos

homens e das bênçãos de Cristo devam reunir-se nas mesmas pessoas. Quem teria pensado que

um homem podia ser perseguido e injuriado, e ter todo o mal dito a seu respeito por causa da

justiça?‟”.

“A depravação do homem aparece em seu repúdio da Lei Divina posta sobre eles. É direito de

Deus ser reconhecido como Soberano por Suas criaturas, mas eles nunca são tão satisfeitos

como quando invadem Sua prerrogativa, quebram Suas leis, e contradizem Sua vontade revelada.

Quão pouco é compreendido que é tudo a mesma coisa, repudiar o Seu cetro, e repudiar o Seu

Ser: quando repudiam Sua autoridade, negam Sua Divindade”.

“Se há uma classe de não-regenerados que são exceções à regra geral, são aqueles que frequen-

tam a igreja, fazem uma profissão de religião, e tornam-se „estudantes da Bíblia‟, eles são motiva-

dos pelo orgulho do intelecto e da reputação. Eles têm vergonha de ser considerados como igno-

rantes espirituais, e desejam ter uma boa reputação nos círculos religiosos. Assim, eles garantem

um manto de respeitabilidade, e muitas vezes a estima do povo de Deus. No entanto, eles não

possuem a graça. Eles „detêm a verdade em injustiça‟ (Romanos 1:18), eles a detêm, mas não

aderem a ela, sua influência não os transforma”.

“Judas era um seguidor de Cristo, porque ele „tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava‟ (João

12:6), e não por qualquer amor pelo Salvador. Alguns têm a fé ou a verdade de Deus „em acepção

de pessoas‟ (Tiago 2:1), eles recebem não da Fonte, mas a partir do canal, de modo que muitas

vezes a mesma verdade entregue por outro é rejeitada, a qual, quando vindo da boca (e fantasia)

de seu ídolo, é considerada como um oráculo. Isso é fazer o homem e não Deus sua regra, pois,

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embora seja reconhecido que é verdade, no entanto, não é recebido no amor da verdade, mas

sim como o que é dado por um instrumento admirado.”

“A nossa tendência a cair em erro após a iluminação Divina é solenemente ilustrada pelos Gála-

tas. Eles tinham sido instruídos por Paulo, e por meio do poder do Espírito tinha acreditado no

Salvador anunciado. Então, se alegraram e o receberam „como um anjo de Deus‟ (4:14); ainda no

decorrer de alguns anos muitos desses conversos deram ouvidos a falsos mestres, até que re-

nunciaram a seus princípios, a ponto do apóstolo ter dizer-lhes „estou perplexo a vosso respeito‟

(4:20). Olhe para a Europa, Ásia, África, após a pregação dos Apóstolos e aqueles que imediata-

mente os sucederam. Embora a luz do Cristianismo tenha iluminado a maioria das partes do Im-

pério Romano, foi rapidamente extinta e deu lugar à escuridão. A maior parte do mundo caiu como

vítima do Catolicismo Romano e do Islamismo.”

“Nada demonstra mais força a pecaminosidade do homem do que sua propensão à idolatria:

nenhum outro pecado foi tão fortemente denunciado ou tão severamente punido por Deus. Ídolos

são apenas obra das mãos dos homens, e, portanto, inferior a si mesmos, então quão irracional é

adorá-los! Pode a loucura humana ir mais longe do que os homens imaginarem ser capazes de

fabricar deuses? Aqueles que têm caído tão baixo a ponto de confiar em um bloco de madeira ou

pedra chegaram ao extremo da idiotice. Como o Salmo 115 aponta: „Têm boca, mas não falam;

olhos têm, mas não veem... A eles se tornem semelhantes os que os fazem‟, tornam-se tão tolos,

tão incapazes de ouvir e ver as coisas que pertencem a sua salvação”.

“Os Romanistas e seus imitadores não são melhores do que os Gentios que não possuem uma

Bíblia, pois pervertem a espiritualidade e a simplicidade do culto Divino por cerimônias infantis.

Deus exige a adoração da alma, e eles oferecem a Ele a do corpo. Ele pede o coração, eles dão-

Lhe os lábios. Ele exige uma homenagem da compreensão, mas eles zombam dEle com altares e

crucifixos, velas e incenso, vestes pomposas e genuflexões.”

“[...] que mudança terrível o pecado operou na constituição humana. A natureza humana é

visivelmente contaminada desde o início de sua existência”.

“A doença e a morte são anormalidades. O homem é criado pelo Deus eterno, dotado de uma

alma imortal; por que, então, ele não continua a viver aqui para sempre? A resposta é: Por causa

da Queda, a morte é o salário do pecado”.

“As misericórdias de Deus são recebidas como uma coisa natural. A mão que tão generosamente

ministra às suas necessidades não é reconhecida ou mesmo conhecida pelos homens. Ninguém

está satisfeito com o lugar e parte que lhe foi atribuído pela Providência, ele está sempre cobiçan-

do o que não tem. Ele é uma criatura dada a mudanças, acometido de uma doença que Salomão

chamou de „o vaguear da cobiça‟ (Eclesiastes 6:9)”.

“É uma prova de sua degradação que o preguiçoso seja exortado a „ir ter com a formiga‟ e

aprender com uma criatura muito mais baixa na escala dos seres! Considere a necessidade das

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leis humanas, cercada com punições e terrores para conter as concupiscências dos homens, no

entanto, apesar do grande e custoso aparato das forças policiais, tribunais e prisões, quão peque-

no é o sucesso que seus esforços alcançam para reprimir a maldade humana! Nem a educação,

nem a legislação e nem a religião são suficientes”.

“É parte da obra do Espírito Santo: abrir os olhos dos cegos, fazer a alma ver sua miséria e torná-

la sensível em relação à sua extrema necessidade de Cristo. E quando Ele, portanto, leva um pe-

cador a perceber sua condição arruinada por transmitir um conhecimento experimental do pecado,

sua beleza é imediatamente transformada em corrupção, e ele grita: „Eis que sou vil‟ [Jó 40:4]”.

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As Evidências da Depravação Humana

Arthur Walkington Pink

As Evidências da Depravação Humana - Parte 1

Após termos descoberto o terreno, pode ser pensado que não havia necessidade de

dedicarmos uma seção separada para o fornecimento da prova de que o homem é uma

criatura caída e depravada, alguém que se extraviou para longe de seu Criador e legítimo

Senhor. Embora a Palavra de Deus não precise de confirmação por qualquer coisa fora

de si mesma, não é sem valor ou interesse achar que o ensino de Gênesis 3 é fundamen-

tada pelos fatos da história e da observação. E uma vez que não há nenhum ponto em

que o mundo é tão escuro como sobre a sua própria escuridão, julgamos este requisito

para fazer a demonstração do mesmo. Todos os homens naturais, não renovados em

suas mentes pelas operações salvíficas do Espírito Santo, estão em um estado de trevas

com respeito a qualquer conhecimento vital de Deus. Sejam eles em outras coisas tão

instruídos e habilidosos, em assuntos espirituais eles são cegos e estúpidos. Mas isso é

algo que eles não podem suportar ouvir falar, e quando eles são pressionados com estas

afirmações sua ira é ao mesmo tempo inflamada. Os intelectualistas orgulhosos se consi-

deram muito mais sábios do que o crente humilde e simples, consideram isto como um

conceito vazio de analfabetos quando lhes disse que eles “não conheceram o caminho da

paz” [Romanos 3:17]. Tais almas enfeitiçadas são completamente ignorantes de sua

própria ignorância.

Mesmo no cristianismo, o crente médio está plenamente satisfeito se ele aprende por

repetição alguns dos princípios elementares da religião. Ao fazer isso, ele conforta a si

mesmo de que ele não é um infiel, e uma vez que ele acredita que há um Deus (apesar

deste ser criado por sua própria imaginação) ele ilude-se a si mesmo dizendo-se que ele

está longe de ser um ateu. No entanto, quanto a ter qualquer vida; conhecimento espiri-

tual, influente e prático do Senhor e dos Seus caminhos, ele é muito estranho, completa-

mente ignorante. Ele também não sente a menor necessidade de iluminação Divina; Não,

ele não tem nenhum prazer ou desejo de um conhecimento mais íntimo com Deus. Nunca

tem percebido a si mesmo como sendo um pecador perdido, ele nunca buscou o Salva-

dor, pois somente aqueles que são sensíveis de sua doença é que valorizam um médico,

assim como ninguém, senão aqueles que estão conscientes da fome de suas almas é que

anseiam pelo Pão da Vida. Os homens podem estar orgulhosamente convencidos que

este século XX é uma era de iluminação, e, embora, possa ser assim em um sentido

material e mecânico está certamente muito longe de ser o caso espiritualmente falando. É

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muitas vezes asseverado por aqueles que deveriam saber melhor, que os homens de

hoje estão mais ansiosos em sua busca pela verdade do que nos dias anteriores, mas

fatos concretos desmentem tal afirmação.

Em Jó 12:24-25, nos é dito sobre “chefes dos povos da terra” que “nas trevas andam às

apalpadelas, sem terem luz”. Quão evidente isso é para aqueles cujos olhos foram ungi-

dos com o Espírito Santo, sim, mesmo para os homens naturais que não abandonaram

uma forte desilusão que eles teriam crido em uma mentira. Quem, senão os cegos pelo

preconceito são incapazes de perceber o que a certeza dos fatos que estão diante deles e

ainda acreditam no “progresso do homem” e “no avanço constante da raça humana”? E,

no entanto tais postulados são feitos diariamente por aqueles que são considerados como

sendo os mais instruídos e os grandes pensadores. Alguém tinha suposto que os sonhos

vãos de idealistas e teóricos teriam sido dissipadas pelos acontecimentos dos últimos

trinta anos, quando centenas de milhões de habitantes da Terra estavam engajados em

uma luta de vida e morte, em que as desumanidades mais bárbaras foram cometidas,

dezenas de milhares de cidadãos pacíficos mortos em suas casas, centenas de milhares

de mutilados para o resto de seus dias, e danos materiais incalculáveis infligidos. Mas tão

persistente é o erro, tão amplamente aceita é essa quimera da “evolução”, e tão radical-

mente isso é oposto daquilo que nós estamos pleiteando, que nenhum esforço deve ser

poupado em remover um e estabelecer o outro. É com o desejo de fazer isto que agora

apresento algumas das evidências abundantes que atestam claramente a condição

completamente arruinada da humanidade caída.

Estas provas podem ser extraídas a partir do ensinamento da Sagrada Escritura, os regis-

tros de historiadores humanos, nossas próprias observações e experiências pessoais. O

terceiro capítulo de Gênesis descreve a origem da depravação humana, e no próximo

capítulo, os frutos amargos da Queda rapidamente começam a se manifestar. No primeiro

vemos o pecado em nossos primeiros pais, no último o pecado nos seus primogênitos,

que muito em breve dariam prova de que eles tinham recebido uma natureza má deles.

Em Gênesis 3, o pecado era contra Deus, em Gênesis 4 era tanto contra ele como contra

um companheiro. Essa é sempre a ordem: onde não há temor de Deus diante dos olhos,

não haverá respeito genuíno pelos direitos dos nossos semelhantes. No entanto, mesmo

nessa data inicial, nós vemos a graça soberana e distinguidora de Deus em ação, pois foi

por uma fé dada por Deus, que Abel apresentou ao Senhor um sacrifício aceitável

(Hebreus 11:4), foi enquanto ele estava notoriamente em sua vontade própria e

autossatisfação que Caim trouxe do fruto da terra como oferta. Após sua rejeição por

parte do Senhor nos é dito: “Caim ficou muito irado” (Gênesis 4:5), Caim irou-se porque

não podia aproximar-se e adorar a Deus segundo os ditames de sua própria mente, e,

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assim, mostrou sua inimizade natural contra Ele. Ciumento por causa de Abel ter sido

aprovado por Deus, Caim se levantou e matou seu irmão.

Como a lepra, o pecado contamina, se espalha e produz a morte. Perto do fim de Gênesis

4 vemos o pecado corrompendo a vida familiar, pois Lameque era culpado de poligamia,

assassinato e de um espírito de vingança feroz (v. 23). Em Gênesis 5 a morte está escrita

em letras maiúsculas sobre o registro inspirado, por nada menos que oito vezes nós o

lemos ali, “e morreu”. Contudo, mais uma vez, nos é mostrada a graça superabundante

em meio a pecado abundante, pois Enoque, o sétimo depois de Adão, não morreu, sendo

trasladado sem ver a morte; o tempo em que esteve na terra foi gasto contendendo e

advertindo o ímpio, dos seus dias é mencionado em Judas 14 e 15, onde nos é dito que

ele profetizou: “Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos; para fazer juízo

contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impie-

dade, que impiamente cometeram, e por todas as duras palavras que ímpios pecadores

disseram contra ele”. Noé também era um “pregoeiro da justiça” (2 Pedro 2:5) aos ante-

diluvianos, mas aparentemente com pouco efeito, pois lemos: “viu o Senhor que a malda-

de do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de

seu coração era só má continuamente”; que” toda a carne havia corrompido o seu

caminho sobre a terra”, e que a Terra estava “cheia de violência” (Gênesis 6:5, 12, 13).

Mas, ainda que Deus tenha enviado uma inundação que varreu toda aquela geração per-

versa, o pecado não foi erradicado do ser humano: em vez disso, novas evidências da

depravação do homem foram dadas logo em seguidas. Depois de uma misericordiosa

libertação do dilúvio, após assistir a tal terrível demonstração da santa ira de Deus contra

o pecado, e depois do Senhor ter feito um pacto gracioso com Noé, que continha promes-

sas e garantias mui abençoadas, se suponha que a raça humana iria após isso aderir aos

caminhos da virtude. Mas, infelizmente, a próxima coisa que lemos é que “Começou Noé

a ser lavrador da terra, e plantou uma vinha. E bebeu do vinho, e embebedou-se; e des-

cobriu-se no meio de sua tenda” (Gênesis 9:20-21). Os estudiosos nos dizem que a

palavra hebraica para “descobriu-se” indica claramente um ato deliberado, e não um mero

efeito inconsciente de embriaguez – os pecados de intemperança e impureza são irmãs

gêmeas. O triste lapso de Noé deu ocasião para seu filho pecar, e então, em vez de jogar

o manto da caridade sobre a nudez de seu pai, ele desonrou seu pai, manifestando um

total desrespeito e insubmissão a ele. Em consequência disso, ele lançou sobre ele e

sobre seus descendentes uma maldição, e os efeitos e resultados desta são visíveis até

hoje (v. 25).

Como dissemos há mais de trinta anos, em um artigo sobre o assunto, Gênesis 9 coloca

diante de nós a inauguração de um novo começo, e uma ponderação do mesmo faz com

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que nossas mentes se voltem ao primeiro início da raça humana. Uma comparação cuida-

dosa dos dois revela uma série dos mais notáveis paralelos entre as histórias de Adão e

Noé. Adão foi colocado em cima de uma terra que subiu do “grande abismo” (Gênesis

1:2), assim também fez Noé saindo para uma terra que tinha acabado de imergir das

águas do grande dilúvio. Adão foi feito senhor da criação (1:28), e na mão de Noé Deus

também entregou todas as coisas (9:2). Adão foi “abençoado” por Deus e disse “e multipli-

cai-vos, e enchei a terra” (1:28), da mesma forma como Noé foi abençoado e disse “Fruti-

ficai e multiplicai-vos e enchei a terra” (9:1). Adão foi colocado por Deus em um jardim

“para o lavrar e o guardar” (2:15), e Noé “começou Noé a ser lavrador da terra, e plantou

uma vinha” (9:20). Isto estava no jardim que Adão transgrediu e caiu, e o produto da vinha

foi a ocasião da triste queda de Noé. O pecado de Adão resultou na exposição de sua

nudez (3:7), e da mesma forma, lemos que Noé “descobriu-se no meio de sua tenda”

(9:21). O pecado de Adão trouxe uma terrível maldição sobre sua descendência (Roma-

nos 5:12), e assim fez o de Noé (Gênesis 9:24-25). Imediatamente após a queda de Adão

uma profecia notável foi dada, contendo em resumo a história da redenção (3:15), e logo

após a queda de Noé uma notável profecia foi proferida, contendo em resumo a história

das grandes divisões da nossa raça.

Gênesis 9 e 11 tratam da história pós-diluviana, a terra. Eles nos mostram algo dos

caminhos dos homens neste novo mundo revoltoso contra Deus, procurando glorificar-se

e divinizar a si mesmos. Eles dão a conhecer os princípios carnais pelo qual o sistema do

mundo está agora regulamentado. Desde Gênesis 10:8-12 e 11:1-9, interrompe-se o

curso das genealogias ali indicadas, eles devem ser considerados como um parêntese

importante: o primeiro explica este último. O primeiro está preocupado com Ninrode, e

dele aprendemos que: 1. Ele era descendente de Cão, por meio de Cuxe (10:8), e,

portanto, o descendente da família de Noé em que a maldição repousava. 2. Ninrode

significa “o rebelde”. 3. “Ele começou a ser poderoso na terra”, o que implica que ele lutou

por preeminência e pela força da vontade a obteve. 4. “Na terra” sugere conquista e

subjugação, tornando-se um líder e governante de mais homens. 5. Ele era um poderoso

caçador (10:9): mais três vezes em Gênesis 10 e novamente em 1 Crônicas 4:10, este

termo “poderoso” para ele – a palavra hebraica também está sendo tencionando “chefe “e

“líder”. 6. Ele era um poderoso caçador “diante da face do Senhor”: compare isso com “a

terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus” (6:11) e temos a impressão de

que esse rebelde e orgulhoso prosseguiu os seus projetos ambiciosos e ímpios em

desafio aberto ao Todo-Poderoso. 7. Ninrode era um rei e teve sua sede em Babilônia

(10:10).

A partir dos versos inicias de Gênesis 10, fica claro que Ninrode tinha um desejo desen-

freado por fama, a ponto de cobiçar o supremo domínio ou a constituição de um império

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mundial (10:10-11), e que ele liderou uma grande confederação em rebelião aberta contra

Jeová. A própria palavra “Babel” significa “a porta de Deus”, mas depois, e por causa do

julgamento divino infligido sobre ele, ela veio a significar “confusão”. Juntando as diferen-

tes informações fornecidas pelo Espírito, não pode haver dúvida de que Ninrode não só

organizou um governo imperial, ao qual ele presidia como rei, mas que ele também

instituiu uma nova e idólatra adoração. Apesar de não ser mencionado pelo nome em

Gênesis 11, é evidente a partir do capítulo anterior que ele era o líder do movimento aqui

descrito. A referência topográfica em 11:2 é muito significativa, moralmente, como “desce

para o Egito” e “sobe a Jerusalém”: “partindo eles do oriente” denota que eles viraram as

costas para o nascer do sol. Deus havia ordenado a Noé para “multiplicar e encher a

terra”, mas aqui lemos: “E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo

cume toque nos céus, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a

face de toda a terra” (11:4). Isso foi diretamente contrário a Deus, e Ele imediatamente

interveio, levando a nada o plano de Ninrode, e “dali os espalhou o Senhor sobre a face

de toda a terra” (11:9).

Na Torre de Babel outra crise havia acontecido na história da raça humana. A humani-

dade foi novamente culpada de apostasia e declaradamente desafiou ao Altíssimo. A

confusão que Deus trouxe sobre a raça humana deu origem às diferentes nações da

terra, e depois da derrubada do esforço de Ninrode temos a formação de “o mundo”, uma

vez que já existia desde então. Isto é confirmado em Romanos 1, onde o apóstolo fornece

a prova da culpa dos gentios. No versículo 19 lemos sobre “o que de Deus se pode co-

nhecer”, através da exibição de Suas perfeições nas obras da Criação. O versículo 21 vai

mais longe, e afirma: “tendo conhecido a Deus [isto é, nos dias de Ninrode], não o glorifi-

caram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e

o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos [em

conexão com a Torre de Babel]. E mudaram a glória do Deus incorruptível em seme-

lhança da imagem de homem corruptível”. Foi então que a idolatria começou. No que se

segue nos é dito três vezes que “Deus os entregou “(vv. 24, 26, 28). Foi então que Ele os

abandonou e “deixou andar todas as nações em seus próprios caminhos” (Atos 14:16).

O próximo acontecimento depois dessa grande crise nos assuntos humanos registrada

em Gênesis 11 foi a chamada Divina de Abraão, o pai da nação de Israel; mas antes de

nos voltarmos para isto, vamos considerar alguns dos efeitos do primeiro. A primeira das

nações dos Gentios sobre os quais a Escritura tem muito a dizer são os Egípcios, e eles

manifestarão claramente a sua evidente depravação por maltratar os Hebreus e desafia-

rem ao Senhor. As sete nações que habitavam Canaã quando Israel entrou naquela terra

nos dias de Josué eram devotadas às mais terríveis abominações e impiedades (Levítico

18:6-25; Deuteronômio 9:5). As Características dos impérios renomados da Babilônia,

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Medo-Pérsia, Grécia e Roma são referidos em Daniel 7:4-7, onde são comparados a

animais selvagens. Fora dos limites estreitos do Judaísmo o mundo inteiro era pagão,

completamente dominado pelo Diabo. Após virar as costas para Aquele, que é luz, eles

estavam em total escuridão espiritual e entregues à ignorância, superstição e vício. Todos

buscaram a felicidade nos prazeres da terra, de acordo com seus vários desejos e

apetites. Mas qualquer “felicidade” que foi apreciada por eles, era apenas uma felicidade

animalesca e passageira, totalmente indigna de criaturas feitas para a eternidade. Eles

estavam inteiramente insensíveis de sua verdadeira miséria, pobreza e cegueira.

É verdade que as artes foram desenvolvidas em um alto grau por alguns dos antigos, e

que havia sábios famosos entre eles, mas as massas populares foram grosseiramente

materialistas, e seus professores propagaram os absurdos mais selvagens. Eles todos e

cada um deles negaram a Criação Divina do mundo, retendo a maior parte daquilo que é

de caráter eterno. Alguns acreditavam que não havia sobrevivência da alma após a morte,

outros na teoria da transmigração, isto é, que as almas dos homens passam para os

corpos dos animais. Em suma, “o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria” (1

Coríntios. 1:21), e onde há ignorância de Deus há sempre a ignorância de nós mesmos.

Eles não perceberam que foram vítimas do grande enganador das almas, que cega as

mentes daqueles que não creem. Nenhuma nação da antiguidade foi tão altamente erudi-

ta como os gregos, no entanto, as vidas privadas de seus homens mais eminentes foram

manchadas pelos crimes mais revoltantes. Aqueles que tinham o ouvido do público e mais

falavam sobre a definição de homens livres de suas paixões, e gozavam da mais alta

estima como sendo mestres da verdade e da virtude, fizeram-se os escravos abjetos do

pecado e de Satanás, e, moralmente falando, a sociedade estava podre até o seu âmago.

O mundo inteiro inflamou-se em sua corrupção. A indulgência sensual foi em todos os

lugares levada ao seu mais alto grau, a gula era uma arte, a fornicação foi o espetáculo

sem restrição. O Profeta mostra (Oséias 4) que, onde não há conhecimento de Deus na

terra não há misericórdia e verdade entre seus habitantes: em vez disso, o egoísmo, a

opressão e a perseguição vem sobre todos. É difícil encontrar uma página nos anais do

mundo, que não fornece ilustrações trágicas da ganância e da opressão, da injustiça e da

chicana, da avareza e falta de consciência, da intemperança e da imoralidade em que

caíram e em relação às quais a natureza humana é tão terrivelmente propensa. Ah, que

triste espetáculo produz a história presente de nossa raça! Abundantemente ela teste-

munha a declaração Divina: “Certamente que os homens de classe baixa são vaidade, e

os homens de ordem elevada são mentira; pesados em balanças, eles juntos são mais

leves do que a vaidade” (Salmos 62:9). Os infiéis modernos podem pintar uma bela ima-

gem das virtudes de muitas das nações, e a partir de seu ódio pelo Cristianismo, exalta-

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los aos mais altos patamares da realização intelectual e excelência moral, mas o testemu-

nho claro da história definitivamente os refuta.

A terra foi feita um Aceldama por seus assassinatos e contendas, inundando-a com

sangue. “Os lugares tenebrosos da terra estão cheios de moradas de crueldade” (Salmos

74:20). Na Grécia antiga, os pais tinham a liberdade de expor seus filhos a perecer de frio

e de fome, ou serem devorados por animais selvagens; e, apesar de que tais exposições

fossem frequentemente praticadas passavam sem punição ou censura. Guerras foram

travadas com a maior ferocidade, e se algum dos vencidos escapou da morte, a escravi-

dão do tipo mais abjeto ao longo da vida era a única perspectiva diante deles. Em Roma,

que era então a metrópole do mundo, o tribunal de César estava mergulhado na licencio-

sidade. Para proporcionar diversão aos seus senadores, seiscentos gladiadores lutaram

entre si, mão a mão, no teatro público. Para não ficar atrás, Pompéia levou quinhentos

leões para arena e envolveu um número igual de seus valentes, e “senhoras delicadas”

sentados, aplaudindo e regozijando-se sobre o banho de sangue. Os idosos e enfermos

foram banidos para uma ilha no rio Tibre. Quase dois terços do mundo “civilizado” era

composto por escravos e seus senhores detinham poder absoluto sobre eles. Sacrifícios

humanos eram frequentemente oferecidos nos altares de seus templos. Em seus cami-

nhos estavam a destruição e a miséria; e não conheceram o caminho da paz (Romanos

3:16-17)

Os “deístas” dos séculos XVII e XVIII discursaram muito sobre a inocência encantadora

das tribos que habitavam nos caramanchões silvestres de florestas virgens, intocadas

pelos vícios da civilização, não poluídas pelo comércio moderno. Mas quando as florestas

da América foram visitadas pelo homem branco, ele encontrou os índios como sendo tão

ferozes e cruéis como os animais selvagens, de modo que, como se expressou, “A ma-

chadinha vermelha poderia ter sido estampada como o revestimento do braço do homem

vermelho, e seus olhos de vingança eram como o indício de seu caráter”. Quando os via-

jantes penetraram no interior da África, onde esperava-se encontrar a natureza humana

em sua excelência primitiva, eles descobriram, em vez disso, diabrura primitiva. Tome a

raças mais calmas, olhe para o rosto gentil de um hindu alguém poderia supor que ele é

incapaz de brutalidade e bestialidade, mas deixe que os fatos da rebelião Sepoy do

século passado sejam lidos, e você encontrará a inclemência do tigre. Assim também é

com o chinês plácido, o Levante dos boxers1 e as atrocidades no início deste século

testemunharam desumanidades similares. Se uma nova tribo for descoberta, devemos

------------------

[1] Levante, Rebelião ou Guerra dos boxers (1899-1900), chamado também de Movimento Yijetuan, foi um

movimento popular antiocidental e anticristão na China. (Wikipédia)

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saber que essa também deve ser depravada e viciosa, apenas o fato de sermos informa-

dos de que eles eram homens nos obriga a concluir que eles eram “odiosos e odiando

uns aos outros” [Tito 3:3].

As Evidências da Depravação Humana - Parte 2

A depravação dos Gentios não pode excitar surpresa, uma vez que as suas religiões, em

vez de restringir, fornecem estímulo para os vícios mais horríveis, nos exemplos de seus

deuses extravagantes. Todavia os Judeus eram melhores? A consideração de seu caso,

deve não só voltar-se a partir do geral para o particular, mas também temos diante de nós

aquelas pessoas que foram designadas por Deus para serem uma amostra da natureza

humana. O Ser Divino escolheu e os separou de todas as outras nações, derramando

sobre eles seus benefícios, os fortaleceu com muitos encorajamentos, fez milagres em

Seu nome, os impressionou com as ameaças mais terríveis, castigou-os severamente e

frequentemente inspirou Seus servos a dá-nos um relato preciso da Sua resposta. E que

resposta infeliz era esta! Excetuando-se a conduta de alguns indivíduos, entre eles, os

quais, sendo o efeito da graça divina, não fizeram nada contra o que estamos aqui ape-

nas demonstrando – na verdade serve para intensificar o contraste – a história triste dos

Judeus, de forma geral, não foi nada além de uma série de rebeliões e contínuos afasta-

mentos do Deus vivo. Nenhuma outra nação foi tão altamente favorecida e ricamente

abençoada pelo Céu, e ninguém retribuiu de forma tão miserável à Bondade Divina.

Providos com uma lei que foi elaborada e proclamada pelo próprio Deus, e que foi impôs-

ta pela mais cativante e também a mais impressionante das sanções, dentro de poucos

dias após a sua recepção a nação inteira estava envolvida na adoração obscena de um

bezerro de ouro. Foram-lhes concedidos os oráculos e ordenanças Divinas, mas eles não

foram nem apreciados nem atendidos. No deserto eles provocaram muito o Santo por

suas murmurações, suas concupiscências pelas panelas de carne do Egito, quando

supridos com “pão dos anjos” (Salmo 78:25), sua idolatria se prolongou, (Atos 7:42, 43), e

também sua incredulidade (Hebreus 3:18). Depois que eles receberam por herança a

terra de Canaã, logo evidenciaram sua vil ingratidão, pelo que o Senhor disse ao seu

servo entristecido: “Não te têm rejeitado a ti, antes a mim me têm rejeitado, para eu não

reinar sobre eles” (1 Samuel 8:7). Então, eles foram avessos a Deus e a Seus caminhos

que eles odiavam, perseguiram e mataram os mensageiros que Ele enviou para convertê-

los de sua maldade. “Não guardaram a aliança de Deus, e recusaram andar na sua lei”

(Salmos 78:10). Eles declararam: “Não há esperança; porque amo os estranhos, após

eles andarei” (Jeremias 2:25).

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Após a prova em Romanos 1 da depravação total do mundo Gentio, o apóstolo voltou-se

para o caso do privilegiado Israel, e a partir de suas próprias Escrituras demonstrou que

eles eram igualmente poluídos, e estavam igualmente sob a maldição de Deus. Fazendo

a pergunta: “Pois quê? Somos nós mais excelentes?”, ele respondeu: “De maneira ne-

nhuma, pois já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debai-

xo do pecado” (Romanos 3:9). Assim também em 1 Coríntios 1, onde a maior desprezo é

lançado sobre o que é altamente estimado entre os homens, o Judeu é colocada no

mesmo nível que o Gentio. Ali nos é mostrado como Deus vê as pretensões arrogantes

do intelectual deste mundo. Quando ele pergunta “Onde está o sábio?” [V. 20] Faz-se

referência aos filósofos gregos, que eram honrados com esse título. Seu próprio questio-

namento é um derramamento de desprezo sobre suas reivindicações orgulhosas. Com

todo o seu conhecimento alardeado, você já descobriu o Deus vivo e verdadeiro? Eles

são desafiados a se apresentarem com seus esquemas de religião. Depois de tudo que

você ensinou aos outros, o que você tem feito? Você já descobriu o caminho para a

felicidade eterna? Você já aprendeu como pecadores culpados podem ter acesso a um

Deus santo? Longe de ser sábios, Deus declara que tais sábios como Pitágoras e Platão

eram tolos.

Em seguida, Paulo pergunta “onde está o escriba?” (1 Coríntios. 1:20), que era o homem

sábio, o professor estimado entre os judeus. Ele também estava em tão grande distância

e muito ignorante do verdadeiro Deus. Assim, longe de possuir qualquer verdadeiro

conhecimento de Deus, ele era um inimigo amargo para o mesmo quando foi proclamado

por Seu Filho encarnado. Embora os escribas apreciaram a vantagem inestimável de pos-

suir as Escrituras do Antigo Testamento, eles eram, em geral, tão ignorantes da salvação

de Deus como foram os filósofos pagãos. Em vez de apontar para a morte do Messias

prometido como o grande sacrifício pelo pecado, eles ensinaram os seus discípulos a

dependerem das leis e cerimônias de Moisés, e das tradições inventadas por homens.

Quando Cristo se manifestou a eles foram, portanto, os primeiros que, longe de recebe-

lO, tornaram-se Seus perseguidores mais amargos. Porque Ele apareceu diante deles na

forma de um servo, o que não se harmonizou com seus corações orgulhosos. Embora Ele

fosse “cheio de graça e de verdade”, não viram nenhuma beleza nEle para que O

desejassem. Embora tenha anunciado boas novas, eles se recusaram a dar ouvidos a

elas. Quando Cristo realizou milagres de misericórdia, diante deles, eles não acreditaram

nEle. Embora Ele tenha buscado apenas o seu bem, eles lhe retornaram somente o mal.

Sua linguagem era: “Não queremos que este reine sobre nós” (Lucas 19:14).

A negligência geral e até mesmo desprezo que o Senhor Jesus encontrou entre as

pessoas, proporciona uma vista muito humilhante do que é a nossa natureza humana

caída, mas as profundezas terríveis da depravação humana foram mais claramente evi-

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denciadas pelos escribas e fariseus, os sacerdotes e os anciãos. Embora bem familiariza-

dos com os profetas, e professando estarem esperando o Messias, contudo com maligni-

dade desesperada e impiedosa estes buscavam Sua destruição. Todo o curso de sua

conduta mostra que eles agiram contra suas convicções de que Jesus Cristo era o

Messias, certamente eles tinham pleno conhecimento de Sua inocência de tudo que eles

O acusavam. Isto é evidente a partir da clara intimação dEle que ao ler seus corações, e

saber o que eles estavam dizendo dentro de si. “Este é o herdeiro; vinde, matemo-lo”

(Mateus 21:38). Eram tão incansáveis quanto sem escrúpulos em sua malícia. Eles ou

seus servos, perseguiram Seus passos de um lugar para outro, esperando que em sua

relação mais íntima com seus discípulos pudessem mais facilmente apanhá-lO, ou

encontrar algo em Suas palavras ou ações que poderiam distorcer para acusa-lO. Eles

usaram todas as oportunidades para envenenar as mentes do povo contra Ele, e, não

contentes com calúnias ordinárias dirigidas ao Seu caráter, disseram que Ele estava

ministrando sob a inspiração imediata de Satanás.

Donde tal tratamento iníquo dispensado ao Filho de Deus procede? Donde, senão das vis

corrupções de seus corações? “Odiaram-me sem causa” (João 15:25), declarou o Senhor

da Glória. Não havia nada, seja em Seu caráter ou em Sua conduta, que merecesse o

seu vil desprezo e inimizade. Eles amaram mais as trevas, e, portanto, odiaram a luz. Eles

estavam apaixonados por suas más concupiscências e se deleitavam em gratifica-las.

Assim, também, com seus seguidores iludidos, que deram ouvidos aos falsos profetas,

que disseram: “Paz, paz” para eles, lisonjeando-os e encorajando-os em sua carnalidade.

Consequentemente, eles não podiam tolerar o que era desagradável aos seus gostos

depravados e condenava suas práticas pecaminosas; e, portanto, este “povo”, bem como

seus principais sacerdotes e governantes gritaram: “Fora daqui com este, e solta-nos

Barrabás” (Lucas 23:18). Depois de O haverem perseguido até a morte de um criminoso,

sua má vontade O perseguiu até o túmulo, pois eles vieram a Pilatos e exigiram que ele

guardasse Seu sepulcro. Quando o seu esforço foi provado ser em vão, o alto Sinédrio de

Israel subornou os soldados que tentaram guardar o túmulo, e com deliberação premedi-

tada colocaram uma terrível mentira em suas bocas (Mateus 28:11-15).

Nem a inimizade dos inimigos de Cristo diminui depois que Ele partiu deste cenário e

voltou para o céu. Quando Seus embaixadores saíram a pregar o Seu Evangelho, eles

foram presos e proibidos de ensinar em nome de Jesus, e, em seguida, liberados sob

ameaça de punição (Atos 4). Após a recusa dos Apóstolos a cumprir isso, eles foram

novamente espancados (Atos 5:40). A Estevão eles apedrejaram até a morte. Tiago foi

decapitado, e muitos outros foram dispersos para escapar da perseguição. Exceto quando

Deus quis pôr Sua mão restringidora sobre eles, e aqueles em quem Ele operou um

milagre da graça, Judeus e Gentios igualmente desprezaram o Evangelho e voluntaria-

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mente se opuseram ao seu progresso. Em alguns casos, o seu ódio à Verdade foi menos

abertamente exibido do que em outros, no entanto, não era menos real. Aconteceu o

mesmo desde então. Não importando quão seriamente e cativante o Evangelho seja pre-

gado, não ganha quem o ouve, na maioria das vezes eles são como aqueles dos dias de

nosso Senhor, “eles, porém, não fazendo caso, foram, um para o seu campo, outro para o

seu negócio” (Mateus 22:5). A grande maioria é demasiada indiferente a buscar até

mesmo um conhecimento doutrinal da Verdade. Há muitas pessoas que consideram esta

ebriedade dos perdidos como mera indiferença, mas na verdade é algo muito pior do que

isso, ou seja, não gostam de coração das coisas de Deus, são diretamente antagônicos a Ele.

Sua hostilidade é evidenciada pela forma como eles tratam o povo de Deus. Quanto mais

próximo o crente anda com o seu Senhor, mais ele será ofendido e maltratado por aque-

les que são estranhos a Ele. Mas “bem-aventurados os que sofrem perseguição por cau-

sa da justiça” (Mateus 5:10). Como alguém pontuou, “É uma forte prova da depravação

humana que as maldições dos homens e das bênçãos de Cristo devam reunir-se nas

mesmas pessoas. Quem teria pensado que um homem podia ser perseguido e injuriado,

e ter todo o mal dito a seu respeito por causa da justiça?” Mas os ímpios realmente odei-

am a justiça e integridade, e amam aqueles que os defraudam e erram com eles? Não,

eles não se desagradam da justiça que respeite os seus próprios interesses, isso é

apenas quanto àquelas espécies dela que pleiteiam os direitos de Deus. Se os santos

estivessem satisfeitos com o estabelecimento da justiça e da misericórdia amorosa, e

deixassem de andar humildemente com Deus, eles poderiam ir por todo o mundo, não

somente em paz, mas com a aprovação do não-regenerado; mas “todos os que piamente

querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições” (2 Timóteo 3:12), pois tal vida

reprova a impiedade do ímpio. Se a compaixão move o cristão a alertar seus vizinhos

pecaminosos de seu perigo, ele é susceptível de ser insultado por suas advertências.

Suas melhores ações serão atribuídas aos piores motivos. No entanto, longe de ser

abatido por tal tratamento, o discípulo deve regozijar-se de que ele é considerado digno

de sofrer um pouco por amor do seu Mestre.

A depravação do homem aparece em seu repúdio da Lei Divina posta sobre eles. É direito

de Deus ser reconhecido como Soberano por Suas criaturas, mas eles nunca são tão

satisfeitos como quando invadem Sua prerrogativa, quebram Suas leis, e contradizem

Sua vontade revelada. Quão pouco é compreendido que é tudo a mesma coisa, repudiar

o Seu cetro, e repudiar o Seu Ser: quando repudiam Sua autoridade, negam Sua Divinda-

de. Há no homem natural uma aversão a ter qualquer familiaridade com a regra a qual o

seu Criador lhe impôs: “E, todavia, dizem a Deus: Retira-te de nós; porque não desejamos

ter conhecimento dos teus caminhos. Quem é o Todo-Poderoso, para que nós o sirva-

mos? E que nos aproveitará que lhe façamos orações?” (Jó 21:14, 15). Isso é visto em

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sua relutância em usar os meios para a obtenção de um conhecimento de Sua vontade:

porém eles são ávidos em sua busca por todos os outros tipos de conhecimento, embora

sejam diligentes em estudar a formação, constituição e as formas de criaturas, eles se

recusam a familiarizar-se com o seu Criador. Ao tomar conhecimento de alguma parte de

Sua vontade, eles se esforçam para removê-la: eles não “se importaram de ter conheci-

mento de Deus” (Romanos 1:28). Se eles não prosperam, eles não têm prazer na consi-

deração de tais conhecimentos, mas fazem o possível para removê-lo de suas mentes.

Se há uma classe de não-regenerados que são exceções à regra geral, são aqueles que

frequentam a igreja, fazem uma profissão de religião, e tornam-se “estudantes da Bíblia”,

eles são motivados pelo orgulho do intelecto e da reputação. Eles têm vergonha de ser

considerados como ignorantes espirituais, e desejam ter uma boa reputação nos círculos

religiosos. Assim, eles garantem um manto de respeitabilidade, e muitas vezes a estima

do povo de Deus. No entanto, eles não possuem a graça. Eles “detêm a verdade em

injustiça” (Romanos 1:18), eles a detêm, mas não aderem a ela, sua influência não os

transforma. Se eles ponderam sobre, não é com prazer; se têm prazer nela, é apenas

porque o seu estoque de informações é aumentado e eles estão melhor equipados para

manter suas próprias opiniões em uma discussão. Seu desígnio é informar a sua compre-

ensão, e não vivificar sua afeição. Há muito mais hipocrisia do que sinceridade dentro dos

limites da Igreja. Judas era um seguidor de Cristo, porque ele “tinha a bolsa, e tirava o

que ali se lançava” (João 12:6), e não por qualquer amor pelo Salvador. Alguns têm a fé

ou a verdade de Deus “em acepção de pessoas” (Tiago 2:1), eles recebem não da Fonte,

mas a partir do canal, de modo que muitas vezes a mesma verdade entregue por outro é

rejeitada, a qual, quando vindo da boca (e fantasia) de seu ídolo, é considerada como um

oráculo. Isso é fazer o homem e não Deus sua regra, pois, embora seja reconhecido que

é verdade, no entanto, não é recebido no amor da verdade, mas sim como o que é dado

por um instrumento admirado.

A depravação da natureza humana é vista na reversão triste e geral para a escuridão de

um povo após ter sido favorecido com a luz. Mesmo quando Deus tem sido conhecido e

Sua verdade tem sido proclamada, se Ele deixa os homens ao trabalho de seus corações

maus, eles rapidamente caem em um estado de ignorância. Noé e seus filhos viveram por

séculos após o dilúvio a ponto de fazer conhecidas no mundo com as perfeições de Deus,

mas todo o conhecimento dEle logo desapareceu – Abrão e seu pai eram idólatras (Josué

24:2). Mesmo depois que um homem tem experimentado o novo nascimento e tornar-se o

objeto da influência Divina imediata, quanta ignorância e erro, imperfeição e improprieda-

de ainda permanecem! Somente pelo fato de que ele não é completamente sujeito ao

Senhor. As rebeliões e apostasias parciais de cristãos genuínos são uma demonstração

terrível da corrupção da natureza humana. A nossa tendência a cair em erro após a

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iluminação Divina é solenemente ilustrada pelos Gálatas. Eles tinham sido instruídos por

Paulo, e por meio do poder do Espírito tinha acreditado no Salvador anunciado. Então, se

alegraram e o receberam “como um anjo de Deus” (4:14); ainda no decorrer de alguns

anos muitos desses conversos deram ouvidos a falsos mestres, até que renunciaram a

seus princípios, a ponto do apóstolo ter dizer-lhes “estou perplexo a vosso respeito”

(4:20). Olhe para a Europa, Ásia, África, após a pregação dos Apóstolos e aqueles que

imediatamente os sucederam. Embora a luz do Cristianismo tenha iluminado a maioria

das partes do Império Romano, foi rapidamente extinta e deu lugar à escuridão. A maior

parte do mundo caiu como vítima do Catolicismo Romano e do Islamismo.

Nada demonstra mais força a pecaminosidade do homem do que sua propensão à

idolatria: nenhum outro pecado foi tão fortemente denunciado ou tão severamente punido

por Deus. Ídolos são apenas obra das mãos dos homens, e, portanto, inferior a si mês-

mos, então quão irracional é adorá-los! Pode a loucura humana ir mais longe do que os

homens imaginarem ser capazes de fabricar deuses? Aqueles que têm caído tão baixo a

ponto de confiar em um bloco de madeira ou pedra chegaram ao extremo da idiotice. Co-

mo o Salmo 115 aponta: “Têm boca, mas não falam; olhos têm, mas não veem... A eles

se tornem semelhantes os que os fazem”, tornam-se tão tolos, tão incapazes de ouvir e

ver as coisas que pertencem a sua salvação. Os Romanistas e seus imitadores não são

melhores do que os Gentios que não possuem uma Bíblia, pois pervertem a espiritua-

lidade e a simplicidade do culto Divino por cerimônias infantis. Deus exige a adoração da

alma, e eles oferecem a Ele a do corpo. Ele pede o coração, eles dão-Lhe os lábios. Ele

exige uma homenagem da compreensão, mas eles zombam dEle com altares e crucifixos,

velas e incenso, vestes pomposas e genuflexões.

A corrupção da natureza humana descobre-se em crianças pequenas. Como os nossos

pais tinham o costume de dizer: “O que é produzido no osso aflora na carne”. E quão ce-

do isto acontece! Se houvesse alguma bondade inata no homem, seria certamente mos-

trada durante os dias de sua infância, antes dos princípios virtuosos serem corrompidos, e

maus hábitos formados por seu contato com o mundo. Mas podemos encontrar crianças

inclinadas a tudo o que é puro e excelente, e avessas a tudo que seja errado? Elas são

mansas, dóceis, cedendo facilmente à autoridade? Elas são altruístas, magnânimas

quando outra criança pega o seu brinquedo? Longe disso. O resultado invariável do

crescimento nos seres humanos é que, logo que seja velho o suficiente para expor

quaisquer qualidades morais através na ação humana eles exibem as más. Muito antes

de atingirem idade suficiente para entender seus próprios temperamentos maus, eles

manifestam a vontade própria, cobiça, engano, raiva, rancor e vingança. Eles choram e se

afligem pelo que não é bom para eles, e estão indignados com os mais velhos por sua

recusa, muitas vezes tentando atacá-los. Aqueles nascidos e criados no meio de honesti-

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dade são culpados de furtos insignificantes antes mesmo de testemunharem um ato de

roubo. Estas manchas não devem ser atribuídas à ignorância, mas à sua discordância

com a Lei Divina, a qual a natureza do homem foi originalmente conformada; que mudan-

ça terrível o pecado operou na constituição humana. A natureza humana é visivelmente

contaminada desde o início de sua existência.

A prevalência universal da doença e morte testemunham inequivocamente a queda do

homem. Todas as dores e doenças dos nossos corpos, pelas quais a nossa saúde é

prejudicada e nossa passagem por este mundo se torna inquieta, são as consequências

de nossa apostasia de Deus. O Salvador fez uma insinuação clara de que a doença é o

efeito do pecado quando Ele curou o homem com a paralisia, dizendo: “Os teus pecados

te são perdoados” (Mateus 9:2); como o salmista também liga entre si o fato de Deus

perdoar o Seu povo e a cura de suas enfermidades (103:3). “Não é algo que acontece a

todos”. Sim, mas por que deveria? Por que deveria haver desperdício e dissolução? A

Filosofia não oferece nenhuma explicação. A ciência pode fornecer nenhuma resposta

satisfatória, para dizer que a doença resulta da decadência da natureza e com isso

somente esquivar-se do questionamento. A doença e a morte são anormalidades. O

homem é criado pelo Deus eterno, dotado de uma alma imortal; por que, então, ele não

continua a viver aqui para sempre? A resposta é: Por causa da Queda, a morte é o salário

do pecado.

A ingratidão do homem ao Seu benfeitor gracioso é mais uma evidência de sua triste

condição. Os israelitas eram uma amostra lamentável de toda a humanidade a este

respeito. Embora o Senhor os livrou da casa da servidão, milagrosamente os conduziu

através do Mar Vermelho, conduziu-os de forma segura através do deserto, eles não

valorizaram isto. Embora Ele os escondeu com uma nuvem do calor do sol, e tenha lhes

iluminado de noite numa coluna de fogo, e os alimentou com pão do céu, tenha feito

ribeiros fluírem no deserto de areia, e os trouxe para a posse de uma terra que mana leite

e mel, eles estavam continuamente murmurando e descontentes. E nós não somos me-

lhores. As misericórdias de Deus são recebidas como uma coisa natural. A mão que tão

generosamente ministra às suas necessidades não é reconhecida ou mesmo conhecida

pelos homens. Ninguém está satisfeito com o lugar e parte que lhe foi atribuído pela

Providência, ele está sempre cobiçando o que não tem. Ele é uma criatura dada a mudan-

ças, acometido de uma doença que Salomão chamou de “o vaguear da cobiça” (Eclesi-

astes 6:9).

“Todo cão que ladra contra mim, cada cavalo que levanta o seu calcanhar contra mim,

prova que eu sou uma criatura caída. A criação bruta não tinha inimizade contra o homem

antes da queda. A criação prestou uma homenagem voluntária a Adão (Gênesis 2:19).

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Eva não mais temia a serpente do que uma mosca. Mas quando o homem renunciou à

fidelidade do seu Deus, os animais por permissão Divina deixaram a fidelidade ao

homem” (John Berridge, O Mundo Cristão Desvelado). É uma prova de sua degradação

que o preguiçoso seja exortado a “ir ter com a formiga” e aprender com uma criatura

muito mais baixa na escala dos seres! Considere a necessidade das leis humanas, cerca-

da com punições e terrores para conter as concupiscências dos homens, no entanto, ape-

sar do grande e custoso aparato das forças policiais, tribunais e prisões, quão pequeno é

o sucesso que seus esforços alcançam para reprimir a maldade humana! Nem a educa-

ção, nem a legislação e nem a religião são suficientes.

Por fim, pegue a experiência invariável dos santos. É parte da obra do Espírito Santo:

abrir os olhos dos cegos, fazer a alma ver sua miséria e torná-la sensível em relação à

sua extrema necessidade de Cristo. E quando Ele, portanto, leva um pecador a perceber

sua condição arruinada por transmitir um conhecimento experimental do pecado, sua

beleza é imediatamente transformada em corrupção, e ele grita: “Eis que sou vil” [Jó

40:4]. Apesar de graça ter entrado em seu coração, sua depravação natural não foi expul-

sa. Embora o pecado não tenha mais domínio sobre ele, ele se enfurece e, muitas vezes,

prevalece contra ele. Há uma guerra incessante interiormente entre a carne e o espírito.

Não há necessidade de nos estendermos sobre este ponto, pois cada cristão geme dentro

de si mesmo, e por causa da praga do seu coração clama: “Miserável homem que eu sou”

[Romanos 7:24]. Miserável, porque ele não vive como sinceramente ele deseja fazer, e

porque ele faz muitas vezes as mesmas coisas que ele odeia, gemendo diariamente du-

rante suas imaginações más, pensamentos errantes, incredulidade, orgulho, frieza, preten-

são.

Glorioso Deus! Oramos para que, pelo Teu Espírito Santo aplique o que de Ti há neste sermão aos

nossos corações e nos corações daqueles que lerem estas linhas, por Cristo para a glória de Cristo.

Ore para que o Espírito Santo use estas palavras para trazer muitos

ao Conhecimento Salvador de Jesus Cristo, pela Graça de Deus. Amém.

Sola Scriptura!

Sola Gratia!

Sola Fide!

Solus Christus!

Soli Deo Gloria !

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Fonte: EternalLifeMinistries.org | Título Original: The Total Depravity of Man

As citações bíblicas desta tradução são da versão ACF (Almeida Corrigida Fiel)

Tradução e Capa por William Teixeira │ Revisão por Camila Almeida

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Uma Biografia de Arthur Walkington Pink

Arthur Walkington Pink (1886 – 1952) e sua esposa Vera E. Russell (1893 – 1962)

Arthur Walkington Pink (01 de abril de 1886 – 15 de julho de 1952) foi um evangelista e

teólogo inglês, conhecido por sua firme adesão aos ensinamentos calvinistas e puritanos.

Nasceu em Nottingham, Inglaterra. Seus pais eram cristãos piedosos e ele tinha um irmão

e duas irmãs. Aos 16 anos A. W. Pink encerrou os seus estudos e entrou para o ramo de

negócios. Rapidamente obteve sucesso no que havia determinado fazer, mas, para a

tristeza dos seus pais, ele abriu mão do Evangelho. Foi nesta época que ele se tornou um

discípulo da Teosofia e do Espiritismo. Em 1908 ele já era conhecido como um teosofista

e um espírita praticante. Neste mesmo ano, com 22 anos, ao chegar em casa após uma

reunião teosófica, seu pai dirigiu-se a ele e citou este versículo da Bíblia:

“Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte”

(Provérbios 14:12)

Pink foi para o seu quarto e ficou pensando nas palavras que seu pai lhe dissera. Em

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seguida resolveu orar e pedir uma orientação a Deus. Foi o suficiente para enxergar o seu

erro. Esta experiência foi tão marcante que A.W. Pink encontrou o que tanto desejava:

Jesus Cristo, Aquele que Lhe daria a Água Viva para saciar a sua sede, assim como

prometera à mulher samaritana (Jo 4:14).

Cristo tornara-se real para ele! O mais interessante é que, na 6ª feira daquela mesma

semana, Pink faria uma palestra para os adeptos da Teosofia (que ainda não sabiam de

sua conversão). No dia e hora marcados, Pink dirigiu-se ao salão de Convenções da

Teosofia. Quando subiu para falar, pregou o Evangelho em demonstração de Poder. A

reação da turba foi imediata: retiram-lhe à força e lançaram-no à rua. Um episódio que

serviu para abrir os olhos dele para o caminho que o esperava!

Assim, Arthur Pink não tinha mais dúvidas sobre o seu chamado. Mas em qual Igreja?

Havia tanto liberalismo nos ministérios. Então, ele foi recebido na Igreja dos Irmãos, onde

ensinavam a Bíblia com muito amor. Depois, recomendaram que ele fosse estudar no

Instituto Dwight L. Moody, em Chigago, Estados Unidos. Então, em 1910, ele foi para

Chicago estudar. Mas logo abandou o Instituto, por discordar do que ali era ensinado. Nos

anos que se seguiram esteve pastoreando Igrejas no Colorado e na Califórnia. Em 1916,

casou-se em Kentucky, com uma mulher chamada Vera E. Russell. Em 1917 pastoreou

uma Igreja Batista na Carolina do Sul.

Foi nesta época que ele começou a ter problemas com o seu ensino. Começou a ler os

puritanos e descobriu verdades que o perturbaram. Principalmente sobre a grande

doutrina bíblica da Soberania de Deus, porém à medida que ele começou a pregar sobre

isto, descobriu que não eram coisas populares. Em 1920, ele saiu da Igreja Batista na

Carolina do Sul e começou um ministério itinerante em todos os EUA, para anunciar à

Igreja esta visão da Soberania de Deus. Suas pregações eram firmes e bíblicas, mas, não

eram populares, seus ouvintes não gostavam do que ele pregava.

Em 1922, começou uma revista chamada Studies in the Scriptures (Estudo nas Escri-

turas). Mas poucas pessoas se interessaram pela leitura da Revista. Ele publicou 1000

revistas e, muitas delas, não foram sequer vendidas. Ainda neste ano, fizeram-lhe um

convite para visitar a Austrália. Ele viu neste convite uma grande oportunidade de pregar

o Evangelho e terminou por estabelecer-se na cidade de Sidney, à convite das Igrejas

Batistas locais. Porém não obteve sucesso em seu ministério como pregador.

Depois de 8 anos vivendo na Austrália, em 1928, Pink retornou à Inglaterra. Onde aconte-

ceu uma surpreendente obra da Providência divina durante 8 anos ele procurou um lugar

para pregar a Palavra e ajudar as pessoas, mas não conseguiu encontrar. Ninguém

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estava interessado em ouvir suas pregações. A sua fé foi duramente provada durante

este período e, apesar de toda a luta, ele continuava a editar a revista “Estudo nas

Escrituras”, embora somente uns poucos a liam.

Em 1936, ele entendeu que Deus, de alguma forma, havia fechado as portas da pregação

para ele. Então ele entregou-se totalmente a escrever e expor as Escrituras Sagradas.

Esta era a sua chamada.

Quando começou a 2ª Guerra Mundial, A. W. Pink vivia no sul da Inglaterra, região que

sofreu fortes ataques aéreos. Então, em 1940, ele e a sua esposa, Vera, mudaram-se

para o norte da Escócia, em uma pequenina ilha chamada Luis. 12 anos depois, em 1952,

A.W. Pink faleceu vítima de anemia. Ian Murray, seu biógrafo, relata que, além de sua

esposa, apenas oito pessoas apareceram em seu enterro.

Com certeza, A. W. Pink (como assinava em suas cartas e artigos) nunca imaginaria que,

no final do século 20 e ao longo do século 21, dificilmente seria necessário explicar quem

é Pink quando nos dirigindo às pessoas que consideram a Bíblia como Palavra de Deus e

se empenham em compreendê-la, entre outras coisas, utilizando bons livros. Vivendo

quase em completo anonimato, salvo por aqueles poucos que assinavam sua revista

publicada mensalmente, o valor de Arthur Pink foi descoberto pelo mundo apenas após

sua morte, quando seus artigos passaram a ser reunidos e publicados na forma de livros.

Ian Murray afirma que, mediante a ampla circulação de seus escritos após a sua morte,

ele se tornou um dos autores evangélicos mais influentes na segunda metade do século

20. Foi D. Martyn Lloyd-Jones quem disse: “Não desperdice o seu tempo lendo Barth e

Brunner. Você não receberá nada deles que o ajude na pregação. Leia Pink!”.

Richard Belcher tem escrito alguns livros sobre a vida e obra do nosso autor, disse o

seguinte:

“Nós não o idolatramos. Mas o reconhecemos como um homem de Deus ímpar, que pode

nos ensinar por meio da sua caneta. Ele verdadeiramente „nasceu para escrever‟, e todas

as circunstâncias de sua vida, mesmo as negativas que ele não entendeu, levaram-no ao

cumprimento desse propósito ordenado por Deus”.

John Thornbury, autor de vários livros, inclusive uma excelente biografia sobre David

Brainerd, disse o seguinte: “Sua influência abrange o mundo todo e hoje um exército

poderoso de pregadores de várias denominações está usando seus materiais e pregando

à congregações, grandes e pequenas, as verdades que ele extraiu da Palavra de Deus.

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Eu o honro por sua coragem, discernimento, perspicuidade, equilíbrio, e acima de tudo

por seu amor apaixonado pelo Deus trino”.

As últimas palavras de Pink antes de morrer, ao lado de sua esposa, foram: “As Escrituras

explicam a si mesmas”. Que declaração final apropriada para um homem que dedicou sua

vida ao entendimento e explicação da Palavra de Deus!

______________

Esta biografia é baseada nas seguintes fontes:

♦ DIDINI, Ronaldo. Um gigante esquecido da fé cristã: Uma biografia resumida de A. W.

Pink. Disponível em: <https://www.ministeriocaminhar.com.br/?ver=74>. Acesso em: 01

de dezembro de 2013.

♦ SABINO, Felipe A. N. Os dez Mandamentos. 1ª edição. Brasília: Editora Monergismo:

2009. Prefácio.

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Indicações de E-books de publicações próprias.

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10 Sermões – Robert Murray M’Cheyne

Agonia de Cristo – Jonathan Edwards

Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a Doutrina

da Eleição

Cristo É Tudo Em Todos – Jeremiah Burroughs

Cristo, Totalmente Desejável – John Flavel

Doutrina da Eleição, A – Arthur Walkington Pink

Eleição & Vocação – Robert Murray M’Cheyne

Excelência de Cristo, A – Jonathan Edwards

Gloriosa Predestinação, A – C. H. Spurgeon

Imcomparável Excelência e Santidade de Deus, A –

Jeremiah Burroughs

In Memoriam, A Canção dos Suspiros – Susannah Spurgeon

Jesus! - Charles Haddon Spurgeon

Justificação, Propiciação e Declaração – C. H. Spurgeon

Livre Graça, A – C. H. Spurgeon

Paixão de Cristo, A – Thomas Adams

Plenitude do Mediador, A – John Gill

Porção do Ímpios, A – Jonathan Edwards

Quem São Os Eleitos? – C. H. Spurgeon

Reforma – C. H. Spurgeon

Reformação Pessoal & na Oração Secreta – R. M. M'Cheyne

Salvação Pertence Ao Senhor, A – C. H. Spurgeon

Sangue, O – C. H. Spurgeon

Semper Idem – Thomas Adams

Sermões de Páscoa – Adams, Pink, Spurgeom, Gill, Owen e

Charnock

Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de Deus) –

C. H. Spurgeon

Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A – J. Edwards

Tratado sobre a Oração, Um – John Bunyan

Verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo, O – Paul D. Washer

Sabe traduzir do Inglês? Quer juntar-se a nós nesta Obra? Envie-nos um e-mail: [email protected]

Livros que Recomendamos:

A Prática da Piedade, por Lewis Bayly – Editora PES

Graça Abundante ao Principal dos Pecadores, por

John Bunyan – Editora Fiel

Um Guia Seguro Para o Céu, por Joseph Alleine –

Editora PES

O Peregrino, por John Bunyan – Editora Fiel

O Livro dos Mártires, por John Foxe – Editora Mundo

Cristão

O Diário de David Brainerd, compilado por Jonathan

Edwards – Editora Fiel

Os Atributos de Deus, por A. W. Pink – Editora PES

Por Quem Cristo Morreu? Por John Owen (baixe

gratuitamente no site FirelandMissions.com)

Quem Somos

O Estandarte de Cristo é um projeto cujo objetivo é proclamar a Palavra de Deus e o Santo

Evangelho de Cristo Jesus, para a glória do Deus da Escritura Sagrada, através de traduções

inéditas de textos de autores bíblicos fiéis, para o português. A nossa proposta é publicar e

divulgar traduções de escritos de autores como os Puritanos e também de autores posteriores

àqueles como John Gill, Robert Murray M’Cheyne, Charles Haddon Spurgeon e Arthur

Walkington Pink. Nossas traduções estão concentradas nos escritos dos Puritanos e destes

últimos quatro autores.

O Estandarte é formado por pecadores salvos unicamente pela Graça do Santo e Soberano,

Único e Verdadeiro Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, segundo o testemunho das

Escrituras. Buscamos estudar e viver as Escrituras Sagradas em todas as áreas de suas vidas,

holisticamente; para que assim, e só assim, possamos glorificar nosso Deus e nos deleitar-

mos nEle desde agora e para sempre.

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2 Coríntios 4 1

Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não

desfalecemos; 2

Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à

consciência de todo o homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3

Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4

Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não

resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. 5

Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos

vossos servos por amor de Jesus. 6

Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do

conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7

Temos, porém, este tesouro

em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8

Em tudo

somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. 9

Persegui-

dos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; 10

Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se

manifeste também nos nossos corpos; 11

E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na

nossa carne mortal. 12

De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13

E temos portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos

também, por isso também falamos. 14

Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos

ressuscitará também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15

Porque tudo isto é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de

graças para glória de Deus. 16

Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem

exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

Porque a nossa leve e

momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18

Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas.