As Sete Ferramentas basicas da Qualidade

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PRO 2712 – CONTROLE DA QUALIDADE 1 PROF. ALBERTO W. RAMOS Ferramentas Básicas da Qualidade

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Ferramentas Básicas da Qualidade

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AS SETE FERRAMENTAS BÁSICAS DA QUALIDADE

• Diagrama de Pareto • Diagrama de Causa-e-Efeito • Lista de Verificação • Histograma • Diagrama de Dispersão • Gráfico Linear • Gráfico (Carta) de Controle

Embora simples, todas estas ferramentas são poderosas

na resolução de problemas de qualidade

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DIAGRAMA DE PARETO

É uma forma de descrição gráfica aonde procura-se identificar

quais itens são responsáveis pela maior parcela dos problemas

“POUCOS VITAIS E MUITOS TRIVIAIS”

FICHAS

DUREZA IRREGULAR

CORRENTE

COR

CANUDO CORRIDO

OUTROS

45 22 12 6 4 448.4 23.7 12.9 6.5 4.3 4.3 48.4 72.0 84.9 91.4 95.7 100.0

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

0

20

40

60

80

100

%

Construção do diagrama: a) Determinar como os dados serão classificados: por produto,

por máquina, por turno, por operador, .... b) Construir uma tabela, colocando os dados em ordem

decres-cente c) Calcular a porcentagem de cada item sobre o total e o

acumulado d) Traçar o diagrama e a linha de porcentagem acumulada

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EXERCÍCIO - DIAGRAMA DE PARETO

Durante um período de seis meses, a produção de filme de polietileno de baixa densidade (PEBD) foi acompanhada,

anotando-se os defeitos encontrados:

DEFEITO QUANTIDADE DE BOBINAS Micro Furos Opacidade Espessura Maior Espessura Menor Largura Incorreta Adesão entre Faces Grumos Outros

5 67 43

182 30

130 9

19

Com o auxílio da tabela abaixo e da próxima página, construa um Diagrama de Pareto

DEFEITO QUANTI-DADE

% DO TOTAL

% ACUMU- LADA

Espessura Menor Adesão entre Faces Opacidade Espessura Maior Largura Incorreta Grumos Micro Furos Outros

TOTAL 485 100 -

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25

50

75

100

125

150

175

ESPES.MENOR

ADESÃOOPACI-DADE

ESPES.MAIOR

LARG.INCOR.

GRU-MOS

MICROFUROS

OUTROS

DEFEITOS

QTD.

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DIAGRAMA DE CAUSA-E-EFEITO

(ISHIKAWA OU ESPINHA DE PEIXE)

Permite que seja identificada uma relação significativa

entre um efeito e suas possíveis causas

As chamadas causas principais de problemas (6 M’s):

• Mão de Obra (ou pessoas) • Materiais (ou componentes) • Máquinas (ou equipamentos) • Métodos • Meio Ambiente • Medição

EFEITO

MÃO DE OBRA

MÁQUINAS

MATERIAIS

MÉTODOS

MEDIÇÃO

MEIO AMBIENTE

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EXERCÍCIO - DIAGRAMA DE CAUSA-E-EFEITO

Construir um diagrama de causa-e-efeito para o seguinte problema: café com sabor ruim.

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LISTA DE VERIFICAÇÃO

Permite uma coleta de dados organizada, facilitando a sua

análise e interpretação.

VOLTAGEM CONTAGEM 1,65 1,64 1,63 1,62 1,61 1,60 1,59 1,58 1,57 1,56 1,55 1,54 1,53 1,52 1,51 1,50

X XXX X XXXXX XXXXX XXX XXXXX XXXXX XX XXXXX XXXXX XXXXX X XX X XX X

Comentários: • existe uma infinidade de tipos de lista de verificação • o mais importante é que haja facilidade no seu

preenchimento e que os dados sejam apontados de modo correto

• a forma de coleta de dados depende do objetivo do estudo

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EXERCÍCIO - LISTA DE VERIFICAÇÃO

Elaborar uma lista de verificação para coleta de dados, com base nas informações abaixo: a) Na empresa existem três linhas de produção; b) Cada linha possui quatro máquinas similares que fabricam o mesmo tipo de produto; c) Trabalha-se em três turnos, sem revezamento, seis dias por semana (de segunda a sábado); d) Existem três categorias de defeitos:

• Críticos • Maiores • Leves

A Lista de Verificação deve possibilitar identificação de que tipo de defeito ocorreu em que dia, em que turma, em que linha e em que máquina.

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HISTOGRAMA

É uma forma de descrição gráfica de dados quantitativos,

agrupados em classes de freqüência

CLASSES

0

10

20

30

40

50

60

73.96 73.97 73.98 73.99 74 74.01 74.02 74.03 74.04

Construção: a) Obter uma amostra de 50 a 100 dados (50 < n < 100) b) Determinar o maior e o menor valor (xmax e xmin) c) Calcular a amplitude total dos dados R = xmax - xmin d) Determinar o número de classes k n== e) Calcular a amplitude das classes h = R/k f) Determinar os limites das classes g) Construir uma tabela de freqüências h) Traçar o diagrama

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EXERCÍCIO - HISTOGRAMA

Construir um histograma para as viscosidades (Cps) abaixo, obtidas de 50 lotes de um certo produto químico. 184 182 169 167 181 170 162 167 160 166 176 156 172 187 172 184 172 170 177 172 163 187 184 166 168 176 159 180 189 170 179 169 169 181 180 164 177 180 175 182 165 173 173 167 171 176 172 164 184 172

a) Tamanho da Amostra: n = b) Valores de xmax e xmin = c) Amplitude Total: R = xmax - xmin = d) Número de Classes: k n== = e) Amplitude de cada Classe: h =

LIMITES DAS CLASSES CONTAGEM 155 a 159 160 a 164 165 a 169 170 a 174 175 a 179 180 a 184 185 a 189

TOTAL

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155 160 165 170 175 180 185 190

20

30

10

5

15

25

HISTOGRAMA

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PRO 2712 – CONTROLE DA QUALIDADE 13

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INTERPRETAÇÃO DE HISTOGRAMAS

BIMODAL

TRUNCADO

RETÂNGULOSISOLADOS

ASSIMÉTRICO

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DIAGRAMA DE DISPERSÃO

Visa identificar se existe uma tendência de variação conjunta (correlação) entre duas ou mais variáveis

A

B

3.8

4.2

4.6

5

5.4

5.8

6.2

7.4 7.6 7.8 8 8.2 8.4 8.6 8.8

Construção: a) Coletar uma amostra de 50 a 100 dados b) Traçar um gráfico cartesiano c) Marcar no gráfico os pares de valores (x e y) d) Analisar o diagrama, verificando a existência de correlação

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TIPOS DE CORRELAÇÃO

CORRELAÇÃO LINEAR POSITIVA

(QUANDO X AUMENTA => Y TAMBÉM AUMENTA)

X

Y

0

2

4

6

8

10

12

14

0 2 4 6 8 10 12 14

CORRELAÇÃO LINEAR NEGATIVA

(QUANDO X AUMENTA => Y DIMINUI)

X

Y

0

2

4

6

8

10

12

14

0 2 4 6 8 10 12 14

CORRELAÇÃO NÃO LINEAR

X

Y

0

1

2

3

4

5

6

7

0 2 4 6 8 10 12 14

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EXERCÍCIO - DIAGRAMA DE DISPERSÃO Construir um diagrama de dispersão para os valores abaixo (temperatura e rendimento):

TEMPERATURA RENDIMENTO 17 19 19 20 22 22 23 23 25 25

0,20 0,25 0,30 0,35 0,40 0,60 0,50 0,60 0,55 0,65

Existe correlação entre temperatura e rendimento ?

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PRO 2712 – CONTROLE DA QUALIDADE 17

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0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

0,70

10 15 20 25 TEMPERATURA

RENDI-MENTO

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PRO 2712 – CONTROLE DA QUALIDADE 18

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GRÁFICO LINEAR

Permite que seja avaliada a evolução de um conjunto de dados ao longo do tempo (série temporal)

0.028

0.032

0.036

0.04

0.044

0.048

0.052

02

46

810

1214

1618

2022

2426

2830

3234

3638

4042

4446

4850

5254

5658

60

Construção: a) Construir um gráfico cartesiano b) Marcar no eixo horizontal (x) o tempo (anos, meses, ...) c) Marcar no eixo vertical (y) os valores da variável d) Unir os pontos marcados com segmentos de reta e) Avaliar a presença de tendências, ciclos, etc.

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PRO 2712 – CONTROLE DA QUALIDADE 19

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EXERCÍCIO - GRÁFICO LINEAR

Os seguintes dados referem-se a produção semanal de uma planta química, em toneladas:

SEMANA TON SEMANA TON 1 2 3 4 5 6 7 8 9

10 11

21,6 23,9 23,3 22,6 28,8 22,7 23,8 22,8 28,7 22,9 24,2

12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22

23,3 28,6 22,8 23,9 23,2 23,7 28,5 23,2 23,5 23,1 27,7

Há algo estranho com estes dados ?

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PRO 2712 – CONTROLE DA QUALIDADE 20

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5 10 15 20

TON

20,0

22,5

25,0

27,5

30,0

SEMANA

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PRO 2712 – CONTROLE DA QUALIDADE 21

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GRÁFICO DE CONTROLE

Permite avaliar se o comportamento de um processo, em

termos de variação, é (ou não) previsível

Elementos de um gráfico de controle: • um gráfico cartesiano, onde o eixo horizontal representa

o tempo e, o vertical, o valor da característica • um conjunto de valores (pontos) unidos por segmentos

de reta • três linhas horizontais: limite inferior de controle, limite

superior de controle e linha média

AMOSTRAS

FR

ÃO

DE

FE

ITU

OS

A

0

0.05

0.1

0.15

0.2

0.25

0.3

0.35

0.4

0.45

0.5

0.55

5 10 15 20 25 30

LSC

LIC

LM

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PRO 2712 – CONTROLE DA QUALIDADE 22

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PROCESSO PREVISÍVEL (OU ESTÁVEL OU SOB CONTROLE)

74.0012

73.9880

74.0143

73.98

73.985

73.99

73.995

74

74.005

74.01

74.015

74.02

5 10 15 20 25

PROCESSO IMPREVISÍVEL (OU INSTÁVEL OU FORA DE CONTROLE)

AMOSTRAS

.231333

.052428

.410239

0

0.05

0.1

0.15

0.2

0.25

0.3

0.35

0.4

0.45

0.5

0.55

5 10 15 20 25 30

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PRO 2712 – CONTROLE DA QUALIDADE 23

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ORA BOLAS ! Nosso cliente deu-nos uma missão muito especial: produzir

lotes com 100 bolinhas coloridas.

ESPECIFICAÇÃO

Bolinhas de qualquer cor, com exceção de verde.

Na fabricação dos lotes será empregada a caixa de bolinhas.

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PRO 2712 – CONTROLE DA QUALIDADE 24

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Para ajudar na avaliação, vamos anotar os dados numa tabela:

OPERADOR QUANTIDADE p 1 2 3 4 5 6 7 8 9

10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

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PRO 2712 – CONTROLE DA QUALIDADE 25

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5 10 15 20 AMOSTRA

GRÁFICO p

0,05

0,10

0,15

0,20

0,25

0,30

0,35

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PRO 2712 – CONTROLE DA QUALIDADE 26

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METODOLOGIA DE ANÁLISE E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS

Não existe uma “receita” para a resolução de um problema.

Entretanto, quando o mesmo é atacado de uma forma sistemática, as chances de resolvê-lo são maiores.

IDENTIFICAÇÃODO PROBLEMA

RECONHECIMENTODOS ASPECTOSDO PROBLEMA

DESCOBERTADAS CAUSASPRINCIPAIS

AÇÃO PARA ELIMINAR AS

CAUSAS

VERIFICAÇÃO DAEFICÁCIA DA

AÇÃO

ELIMINAÇÃODEFINITIVA DAS

CAUSAS

REVISÃO EPLANEJAMENTO PARA TRABALHO

FUTURO

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1.Identificação do problema

• mostrar importância do problema • avaliar histórico do problema • mostrar resultados indesejáveis • fixar tema e meta • designar responsável (líder e membros) • estabelecer cronograma • montar orçamento

2.Reconhecimento dos aspectos do problema

• caracterização através de: • tempo • local • tipo • efeito

• comparações para identificar diferenças • análise no local do problema • coleta de dados

3.Descoberta das causas principais

• estabelecer hipóteses • testar hipóteses

4.Ação para eliminar as causas

• ação de contenção X ação corretiva • verificar eventuais efeitos colaterais • obter diferentes propostas de ação • selecionar a melhor alternativa

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5.Verificação da eficácia da ação

• comparação antes X depois • converter resultados em $ • comparar resultados com meta • enumerar outros efeitos (bons ou ruins)

6.Eliminação definitiva das causas

• 5 W’s e 1 H: quem, quando, onde, o quê, como e porquê

• padronização e normalização • educação e treinamento • definição de responsabilidade

7.Revisão e planejamento para trabalho futuro

• indicar outros problemas descobertos • planejar como resolvê-los aprender com a experiência adquirida

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BIBLIOGRAFIA ISHIKAWA, K. Guide to quality control. Tokyo, Asian

Productivity Organization, 1982. KUME, I. Métodos estatísticos para a melhoria da

qualidade. São Paulo, Editora Gente, 1995. MONTGOMERY, D. C. Introduction to statistical quality

control. New York, Wiley, 1996.