AS ULTRADILUIÇÕES E AS ESTRUTURAS VIRTUAIS QUÂNTICAS – ESTUDO DE METANÁLISE - WALMIR R. G....

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AS ULTRADILUIÇÕES E AS ESTRUTURAS VIRTUAIS QUÂNTICAS – ESTUDO DE METANÁLISE Walmir Ronald Guimarães Silva Dissertação apresentada em cumprimento parcial às exigências do Mestrado Profissionalizante em Homeopatia da Faculdade de Ciências da Saúde / Instituto Brasileiro de Estudos Homeopáticos, para obtenção do grau de Mestre. FACIS/IBEHE São Paulo , 2004

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“A Ciência Moderna conscientizou-se de que as teorias científicas são aproximações da verdadeira natureza da realidade, e de que cada teoria é validada em relação a relação a uma certa gama de fenômenos. Para além dessa gama ela deixa de fornecer uma descrição satisfatória da natureza, e novas teorias têm que ser encontradas para substituir a antiga ou melhor dizendo para ampliá-las, aperfeiçoando a abordagem” (CAPRA, 1994). A Homeopatia, ramo da medicina, também foi afetada significativamente pela mudança do paradigma, principalmente no que se refere às ultradiluições pois falta à Homeopatia modelo conceitual que permita responder a todos os resultados clínicos e experimentais a serem apresentados neste trabalho, bem como que justifique de maneira objetiva e científica a funcionalidade das altas diluições. Após analisarmos uma centena de trabalhos experimentais em busca de subsídios que nos permitissem uma certa luz sobre o assunto, concluimos que a Mecânica Quântica poderia ser eleita como a ferramenta mais adequada a esta empreitada. O assunto das ultadiluições, bem como o papel das dinamizações (diluições e sucussões sucessivas), vem desafiando todos os cientistas de plantão. As hipóteses são inúmeras, como por exemplo: . Hipótese molecularista – ação e reação e self-recovery (auto defesa); . Hipótese cibernética (receptor on/off); . Hipótese informacional (transferência pela água ) 1995; . O modelo dos significantes corporais de Lagache (1988, 1997); etc. Apesar das inúmeras hipóteses e modêlos, dos quais citamos só alguns, a grande maioria apresenta dificuldades de abordagem e mesmo problemas físicos e teóricos que os colocam como de solução parcial. Os problemas da Homeopatia, quando os analisamos à luz da Mecânica Quântica se tornam lógicos e compreensíveis. Descoberto o caminho teórico, torna-se necessário alinhavar de maneira objetiva a ponte entre a Medicina Clássica e a Medicina Quântica, de forma a virem compor um só quadro operacional e científico à realidade no trato da saúde.

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AS ULTRADILUIÇÕES E AS ESTRUTURAS VIRTUAIS

QUÂNTICAS – ESTUDO DE METANÁLISE

Walmir Ronald Guimarães Silva

Dissertação apresentada em cumprimento parcial às exigências do Mestrado

Profissionalizante em Homeopatia da Faculdade de Ciências da Saúde / Instituto

Brasileiro de Estudos Homeopáticos, para obtenção do grau de Mestre.

FACIS/IBEHE São Paulo , 2004

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SILVA, Walmir Ronald Guimarães As ultradiluições e as estruturas virtuais quânticas – estudo de metanálise. Walmir Ronald Guimarães Silva – São Paulo, 2004. 50f Tese (Mestrado) – Faculdade de Ciências as Saúde de São Paulo/ Instituto Brasileiro de Estudos Homeopáticos E. Ultradilutions and quantics virtual structures-study about metanalysis. 1. Homeopatia 2. Ultradiluições 3. Medicina Quântica 4. Metafísica Homeopática

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AS ULTRADILUIÇÕES E AS ESTRUTURAS VIRTUAIS

QUÂNTICAS – ESTUDO DE METANÁLISE

Walmir Ronald Guimarães Silva

Dissertação apresentada em cumprimento parcial às exigências do Mestrado

Profissionalizante em Homeopatia da Faculdade de Ciências da Saúde / Instituto

Brasileiro de Estudos Homeopáticos, para obtenção do grau de Mestre.

Orientador: Dr. José Carlos Tavares Carvalho

FACIS/IBEHE São Paulo , 2004

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Banca Examinadora: ________________________________________ Dr. José Carlos Tavares Carvalho ________________________________________ Dr. Elcio Abdalla ________________________________________ Dr. José Maurício Schneedorf Ferreira da Silva ________________________________________ Dra. Sara Cristina Pinto Rodrigues

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À MARIA FERNANDA GUIMARÃES SILVA Minha saudosa e querida mãe. SEMIRAMIDE FEDERICI GUIMARÃES SILVA Que a vida me agraciou como esposa. RICARDO FEDERICI GUIMARÃES SILVA Meu filho. ANACLETO

Amigo espiritual que me orienta, e a quem eu tenho a alegria de servir.

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Recorda que a segurança dos aparelhos mais delicados depende, quase sempre,

de parafusos pequeninos ou de junturas inexcedivelmente singelas.

A harmonia da vida começará, desse modo, no íntimo de nossas próprias almas

ou toda harmonia aparente na paisagem humana será simples jogo de inércia.

Emmanuel

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos os que direta ou indiretamente

contribuiram para que esta tese fosse possível.

Em especial aos:

Dr. Jorge Eduardo de Oliveira Storace

Dr. Marcelo Pustiglione

Dra. Leoni Villano Bonamin

Dr. Moacir Lacerda

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RESUMO

“A Ciência Moderna conscientizou-se de que as teorias científicas são aproximações

da verdadeira natureza da realidade, e de que cada teoria é validada em relação a relação

a uma certa gama de fenômenos. Para além dessa gama ela deixa de fornecer uma

descrição satisfatória da natureza, e novas teorias têm que ser encontradas para

substituir a antiga ou melhor dizendo para ampliá-las, aperfeiçoando a abordagem”

(CAPRA, 1994).

A Homeopatia, ramo da medicina, também foi afetada significativamente pela

mudança do paradigma, principalmente no que se refere às ultradiluições pois falta à

Homeopatia modelo conceitual que permita responder a todos os resultados clínicos e

experimentais a serem apresentados neste trabalho, bem como que justifique de maneira

objetiva e científica a funcionalidade das altas diluições.

Após analisarmos uma centena de trabalhos experimentais em busca de subsídios

que nos permitissem uma certa luz sobre o assunto, concluimos que a Mecânica

Quântica poderia ser eleita como a ferramenta mais adequada a esta empreitada.

O assunto das ultadiluições, bem como o papel das dinamizações (diluições e

sucussões sucessivas), vem desafiando todos os cientistas de plantão.

As hipóteses são inúmeras, como por exemplo:

. Hipótese molecularista – ação e reação e self-recovery (auto defesa);

. Hipótese cibernética (receptor on/off);

. Hipótese informacional (transferência pela água ) 1995;

. O modelo dos significantes corporais de Lagache (1988, 1997); etc.

Apesar das inúmeras hipóteses e modêlos, dos quais citamos só alguns, a grande

maioria apresenta dificuldades de abordagem e mesmo problemas físicos e teóricos que

os colocam como de solução parcial.

Os problemas da Homeopatia, quando os analisamos à luz da Mecânica Quântica se

tornam lógicos e compreensíveis.

Descoberto o caminho teórico, torna-se necessário alinhavar de maneira objetiva a

ponte entre a Medicina Clássica e a Medicina Quântica, de forma a virem compor um só

quadro operacional e científico à realidade no trato da saúde.

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ABSTRACT Modern Science is aware that scientific theories are approximations of the true

nature of reality, and that each theory is made valid in relation to a certain range of

phenomena. Beyond such range it fails in providing a satisfactory description of nature,

and new theories have to be found to replace the old ones, in other words, to develop

them, improving their approach.

Homeopathy, a branch of medicine, has also been significantly affected by the

change in the paradigm, mainly with reference to its ultra dilutions as Homeopathy

misses a conceptual model that could allows it to respond to all clinic and experimental

results to be presented in this paper, or to justify, in an objective and scientific way, the

functionality of its high dilutions.

After analyzing a hundred of experimental projects seeking for resources that could

throw some light on the subject, we have reached the conclusion that Quantic

Mechanics could be elected as the most appropriate tool for this task.

The issue about ultra dilutions, as well as the role of dynamizations (successive

dilutions and tappings has challenged every scientist on duty.

The hypotheses are several, such as for example:

• Molecular hypothesis – action and reaction and self recovery ( self defense)

• Cybernetic hypoyhesis – receptor on/off

• Informational Hypothesis (transference through water) 1995

• The model of the corporal significances by Lagache (1988, 1997); etc

Depite the number of its hypotheses and models, of which we have mentioned just a

few, most of them present approach difficulties and even physical and theoretical

problems which place them in the partially solved category.

When we find out the theoretical path, it is necessary to design, in an objective way,

the bridge between the Classical Medicine and the Quantic Medicine so that they can

constitute a unique operational and scientific table in the health treatment reality.

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LISTA DE FIGURAS, TABELAS E FÓRMULAS

1. Tabela 1: Transferência de informações não moleculares da tiroxina para as rãs

(jovens) .................................................................................................................. 14

2. Figura 1: Transferência de informações não moleculares da tiroxina para as rãs

(jovens) .................................................................................................................. 14

3. Figura 1: – Desenho esquemático de moléculas do solvente com seus spins não

afetados .................................................................................................................. 25

4. Figura 2: Os spins afetados em seus ângulos......................................................... 26

5. Figura 3 – a) Moléculas esquemáticas do solvente e b) Moléculas esquemáticas

do soluto................................................................................................................ 26

6. Figura 4 – Moléculas esquemáticas da mistura nos domínios da física clássica... 27

7. Figura 5 – Moléculas esquemáticas da mistura a) para domínios nos limites de

Avogrado b) acima dos limites de Avogrado ........................................................ 27

8. Fórmula 1 .............................................................................................................. 31

9. Fórmula 2 .............................................................................................................. 32

10. Fórmula 3 ............................................................................................................. 32

11. Fórmula 4 ............................................................................................................. 32

12. Fórmula 5 ............................................................................................................. 33

13. Fórmula 6 ............................................................................................................. 33

14. Fórmula 7 ............................................................................................................. 33

15. Fórmula 8 ............................................................................................................. 35

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SUMÁRIO 1. Introdução ............................................................................................................... 1

1.1 Levantamento de problemas existentes ........................................................... 4

1.2 A revolução gerada pela nova física ................................................................ 6

1.3 Pesquisa conceitual Homeopática ................................................................... 9

1.4 Pesquisa experimental Homeopática ............................................................... 12

1.4.1 Transferência de informação não molecular da tiroxina para a rã

considerando a toxicologia homeopática ...........................................…..........

12

1.4.2 O soluto e o número de Avogadro ...................................….................... 15

1.4.3 Trabalhos de desintoxicação de diversos organismo pelas diluições

homeopáticas do mesmo tóxico ....................................................................... 16

1.4.4 Proteção do organismo pelas diluições homeopátias de um agente

patógeno ou de um alergeno ............................................................................. 17

1.4.5 Modificação da resposta do organismo pela utilização de diluições

homeopáticas de substâncias de origem endógena (mediadores, hormônios) 18

1.4.6 Modelos de Farmacologia Clássica ......................................................... 19

1.4.7 Modelos contruídos a partir da lei de similitude ..................................... 20

1.5 Modelos Teóricos para as Ultradiluições ........................................................ 21

1.5.1 As hipóteses do mecanismo de ação ....................................................... 22

1.5.2 Papel da dinamização e do solvente ........................................................ 23

1.5.3 Hipótese molecularista ação e reação e self-recovery.............................. 24

1.5.4 Hipótese cibernética (receptor on/off)...................................................... 24

1.5.5 Hipótese informacional (transferência por H2O)...................................... 24

1.6 Considerações relevantes ................................................................................ 25

2. Hipóteses ................................................................................................................ 29

3. Metodologia ............................................................................................................ 29

4. Discussão ............................................................................................................... 30

5. Conclusões ............................................................................................................. 34

6. Bibliografia ............................................................................................................. 37

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1. Introdução A homeopatia, desenvolvida por Samuel Hahnemann [1755-1843] é hoje uma prática

médica relativamente difundida no mundo não sem muitas críticas e dissabores que vem

acompanhando todo o seu curso histórico. Ela é difundida entre diversos países e

culturas, tais como Inglaterra, EUA, França, Alemanha, Índia, México, Argentina,

Brasil e muitos outros.

No Brasil ela é introduzida pelas mãos de Benoit Mure [1809-1958]. Ao longo de

todo este período e até hoje a homeopatia baseou sua legitimidade como saber, dos

aspectos filosóficos até a busca por uma institucionalização acadêmica. No período mais

recente a homeopatia ressurge no contexto das então chamadas “medicinas

alternativas”, no curso de uma revolução contracultural, política e social que

diagnosticou uma crise na medicina “oficial”, manifestada pelos seus altos custos

economicos, grande iatrogenia e baixa eficácia no atendimento à população sócio-

economicamente menos favorecida, representando o oposto destas características

(STORACE 2002).

O seu crescimento no Brasil, apesar das adversidades, vem sendo acentuado e

atualmente são 15.000 médicos homeopatas (6,5% do total de médicos no país) contra

300 na década de 80, 1.600 farmácias homeopáticas, contra 10 na década de 70, 9

milhões de usuários estimados, dados da Associação Médica Homeopática Brasileira

(STORACE 2002).

Ainda assim, seu estatuto como saber é seguidamente questionado por parte da

medicina e ciência estabelecida.

É conveniente observar que a homeopatia não pode ser chamada de alternativa já que

sua prática foi oficializada em 1980 e é considerada uma especialidade oficial de 1990.

Torna-se explícito que a oposição se dá agora, como sempre se deu, entre uma

prática convencional e outra não convencional.

A medicina convencional, ou científica, é tida como uma medicina baseada em

evidências o que leva a homeopatia a ser considerada como não científica.

Em outras palavras, a ciência tomada como sinônimo da verdade é baseada na assim

chamada convenção científica, instância definidora do que é ou não saber qualificado

(STORACE, 2002).

Acredita-se que para melhor conhecer a homeopatia torna-se necessário estudar-se a

obra magna de Hahnemann, o Organon da Arte de Curar em suas diversas edições.

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Após isto, pode-se dividir o conjunto das proposições homeopáticas em quatro pares

de princípios ou conceitos complementares entre si e globalmente inter-dependentes:

- semelhança / ação medicamentosa (primária) e reação orgânica (secundária);

- patogenesia / individualização;

- medicamento único / dinamização;

- vitalismo / miasmas

Pode-se dizer de fato que Hahnemann procurou instaurar um novo “pensamento

correto” na medicina, com base na crítica racional e no método empírico, experimental

e indutivo em oposição à medicina da época, escolástica, galênica, polifarmacista e

heróica, extremamente dogmática, iatrogênica e especulativa (GEHSPBM, 1986)

(STORACE, 2002).

Em 1805, Hahnemann após a tradução de uma obra de Cullen [1710-1790]

descrevendo os efeitos da cinchona (china), e somente após ter testado e comprovado

em si mesmo, divulga que as substâncias medicamentosas provocam no homem sem

sinais de doença os mesmos sintomas que é capaz de curar em um homem doente.

Nota-se que Hahnemann demonstra os 3 passos científicos quais sejam:

- Observação empírica dos dados;

- Experiência para confirmação;

- Indução de leis gerais, para posterior dedução nos casos particulares.

No caso do princípio da semelhança, este já havia sido enunciado antes,

praticamente da mesma forma, por Hipócrates [460-370 a.C.] e, posteriormente, por

Paracelso [1493-1541] e sua Lei das Assinaturas, mas sem nehuma proposição

experimental-indutiva. E o conceito de ação e reação que Hahnemann sugere como

estando na base desse princípio revela a influência de Newton [1642-1727] e seu

Principia (GEHSPBM, 1986), apesar da remota influência novamente de Hipócrates e

seu conceito de Crase e Discrase (equilíbrio e desequilíbrio dos humores), como

sugestão de um princípio regulador no organismo.

Galileu [1564-1642], em sua cruzada anti-teológica e a favor de uma Ciência

baseada na observação e experimentação; Newton, que além de assentar as bases da

gravitação e da mecânica aperfeiçoa o método científico, e Descartes [1596-1650]

separando alma do corpo e determinado o espaço e o tempo (“coodenadas cartesianas”)

do mundo dos fenômenos como domínio científico completam, junto a Bacon, o

conjunto dos pais fundadores da Ciência que determinam o pano de fundo histórico

sobre o qual Hahnemann se assenta. Nesse sentido é correta a sugestão de que

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Hahnemann, e não Claude Barnard, pode ser considerado o precursor de uma Medicina

Experimental (PUSTIGLIONE, 1987).

Hahnemann segue uma linha conceitual que passou por:

VII-VI a.C. – Monistas pre socráticos

VI a.C. – Heráclito

V a.C. – Empédocles e Hipócrates

1632-1677 – Spinosa

1646-1716 – Leibnitz

1660-1734 – Stahl

1734-1806 – Barthez – Vitalismo humanista, ou seja, de que é no homem e através do

homem, animado por esse princípio vital, e não somente em suas características

mecanominéticas que se acha a razão e o sentido de sua medicina (ROSENBAUM,

2000) (STORACE, 2002).

Dessa proposição vitalista é derivada a lógica de um medicamento único para a

totalidade do momento patológico, pois a afecção é originada na própria vitalidade

indivisível do ser, bem como da necessidade de que os medicamentos sejam

dinamizados (dynamis=força), isto é, da mesma natureza da força vital. Esse aspecto é

complementado pela característica empírico-indutiva do procedimento homeopático,

havendo desse lado uma simetria entre os conceitos de patogenesia, individualização e

medicamento único; além disso, a dinamização surge também da mesma característica

empírica e experimental, na medida em que foram passos sucessivos empíricos-

indutivos que levaram à formulação de medicamentos que retivessem uma ação sobre o

organismo ao mesmo tempo em que eram atenuadas suas propriedades toxicológicas

(STORACE, 2002) por diluições e sucussões sucessivas chegando a ultrapassar o

número de Avogrado, ocasião em que são chamadas ultradiluições homeopáticas.

São as características conjuntas de um modelo científico empírico-indutivo,

associado a uma compreensão vitalista analógica-essencialista que respondem

sinteticamente à questão do que é a Homeopatia, da mesma forma que a inserem clara e

historicamente na evolução da Ciência ocidental. Ao mesmo tempo, o corte

epistemológico (ROSENBAUM, 2000) produzido pela singulariade da proposição

homeopática gera uma dissociação do saber científico na sua principal corrente

evolutiva posterior, que passa então a qualificar a Homeopatia como um saber

ultrapassado e, portanto, também clara e historicamente pré-científico (STORACE,

2002).

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Essa mesma singularidade propicia sua readequação no cenário contemporâneo, na

medida em que as transformações exibidas pela Física posterior ao período científico

clássico, como em Einstein [1880-1955] e a relatividade, Planck [1858-1947], Bohr

[1885-1962] e Heisenberg [1901-1976] e a quântica, teoria da informação de Shannon

[1916-2001] e dos sistemas de Bertalanffy [1901-1972], termodinâmica dissipativa de

Prigogine [1917-], holonomia de Bohm [1917-1992] e autopoiese de Maturana [1928-]

e Varela [1949-] passam a redefinir a Ciência cujos conceitos clássicos podem, a partir

de então, ser chamados da mesma forma de pré-científicos (STORACE, 2002).

A medicina convencional repousa sobre os parâmetros paradigmáticos clássicos: a

visão redutora mecânica de que a célula e o microorganismo são a base de sua

fisiopatologia é a contraparte médica do átomo clássico, apesar de fazer uso da

tecnologia gerada modernamente (laser, ressonância magnética). Sobre ela passa então

também a recair o rótulo do pré-cientificismo, antes de tudo por força da mesma crise

político-social, apontada no início, que denota os limites de sua visão. A Homeopatia,

na medida em que sai do gueto dogmático defensivo que a caracterizou na resistência à

crítica clássica, passa efetivamente a dialogar com as novas visões científicas

contemporâneas, ao ver reaparecerem seus conceitos paradigmáticos diferenciados

como vitalismo, individualização, dinamização, semelhança, na forma de novas

descrições da natureza: sistemas vivos como sistemas dissipativos caóticos

ecologicamente relacionados não descritos mecanicamente, importância da relação

observador-observado derivada da quântica, caos e matemática fractal na descrição de

padrões sistêmicos geradores de ultradiluições biologicamente ativas, princípio

holonômico do universo, respectivamente, possivelmente no contexto de um

neovitalismo (STORACE, 2002) 1.1 Levantamento de problemas existentes A Física Moderna nasce da notável proeza intelectual de um homem, Albert

Einstein, que revolucionou toda a abordagem conceitual da Física Moderna.

Uma das óticas revolucionárias foi a teoria especial da relatividade e a outra uma

nova forma de observar, a radiação eletromagnética, que se tornaria característica da

mecânica quântica, a teoria dos fenômenos atômicos.

Durante o século XX, a visão cartesiana e os princípios da física Newtoniana

mantiveram ainda forte influência sobre o pensamento científico ocidental, embora a

nova física estivesse em pleno desenvolvimento.

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Não quer dizer com isso que a nova concepção do universo que surge com a física

moderna, impõe que a física Newtoniana esteja errada e que a teoria quântica ou mesmo

a teoria da relatividade estejam totalmente completas.

“A Ciência Moderna conscientizou-se de que as teorias científicas são aproximações

da verdadeira natureza da realidade, e de que cada teoria é validada em relação a uma

certa gama de fenômenos. Para além dessa gama ela deixa de fornecer uma descrição

satisfatória da natureza, e novas teorias têm que ser encontradas para substituir a antiga

ou melhor dizendo para ampliá-la, aperfeiçoando a abordagem” (CAPRA, 1993).

Colocam-se, portanto, as seguintes questões:

“Até que ponto o modelo Newtoniano é uma boa abordagem que sirva de base às

várias ciências, e onde estão os limites da visão de mundo cartesiano nesses campos ?”

(CAPRA,1993).

Na física o paradigma mecanicista teve de ser abandonado no nível atômico e sub-

atômico e no nível macro, como na astrofísica e cosmologia.

Cada ciência terá de descobrir necessariamente as limitações dessa visão de mundo

no respectivo contexto.

No estudo dos organismos vivos, não é fácil determinar as limitações precisas da

abordagem cartesiana, isto fortalece a visão da maioria dos positivistas, hoje

considerados um forte reduto da visão reducionista, introduzida pelo cartesianismo

(GOSWAMI, 2000).

Esta mudança de paradigma afeta também os domínios da medicina e apesar das

muitas respostas já encontradas pela ciência, algumas questões ainda ficam a desejar, e

embora já se tenha avançado muito no campo da neurofisiologia, ficam dúvidas quanto

as ações integrativas, que necessitam ainda serem melhor estudadas. (GOSWAMI,

2000).

A Homeopatia, ramo da medicina, também foi afetada significativamente pela

mudança do paradigma, principalmente no que se refere às ultradiluições pois falta à

Homeopatia, um modelo conceitual que permita responder a todos os resultados clínicos

já obtidos, bem como que justifique de maneira objetiva e científica a funcionalidade

das altas diluições.

É conveniente observar que o modelo biológico atual está fortemente estruturado na

fisico química, sendo esta por sua vez, decorrente da física clássica Newtoniana e do

eletromagnetismo clássico. O modelo clássico considera o mundo como se fosse um

complexo mecanismo, e os médicos acabam vendo o corpo, como uma espécie de

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grandiosa máquina, controlada pelo cérebro e pelo sistema nervoso autônomo

(GOSWAMI, 2000).

Seria o mesmo que qualificar o corpo como um virtuoso robô, administrado por um

poderoso computador de última geração, ou seja, um verdadeiro “cyborg” da época

moderna.

A homeopatia pelas suas próprias caracteríscas conceituais e experimentais não se

apresenta como sendo um subconjunto desta estrutura adotada pela alopatia, sendo

necessário definir-se novas bases científicas e conceituais para sua correta compreensão

e estudo, levando-se em conta os avanços da mecânica quântica, a visão sistêmica e

certos aspectos da psicologia.

1.2 A revolução gerada pela nova Física Há quase um século, uma série de descobertas na física exigiu uma mudança na

visão de mundo. Começaram a surgir, nas palavras do filósofo Thomas Kuhn

(KUHN,1962), “... anomalias que a física clássica não conseguia explicar”.

Analisando-se as conquistas efetuadas pela ciência e as dificuldades em equacionar

os seus problemas, viu-se que muitos deles realmente não receberam explicações

convincentes, a partir da física clássica, tendo sido necessário buscar novas explicações

que dessem suporte à realidade da natureza.

Serão citados alguns passos históricos, dados pela mecânica quântica, em busca desta

nova realidade.

A respeito da lei da emissão de radiação por corpos quentes, Planck declarou que se

deveria supor que os elétrons emitem ou absorvem energia apenas em certas

quantidades específicas, - o que ele denominou de “quanta” de energia – isto poderia

solucionar o problema da emissão de graus variáveis de ultravioleta. Estava introduzida

na física a descontinuidade quântica (CAPRA, 1993);

Em 1905 Einstein sugeriu que a luz existe como um “quantum”- um pacote separado

de energia – que ora denominamos de fóton. Quanto maior a freqüência da luz, maior

energia em cada pacote (HAWRING, 2002);

Em 1913 Niels Bohr, físico dinamarquês, utilizou a idéia de quanta de luz para

sugerir que, em todo o mundo atômico, ocorre um sem-número de saltos quânticos

(GREINER, 2000);

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O modelo quântico sugere que tanto o elétron quanto o fóton, comportam-se ora

como onda, ora como partícula. Este princípio ficou conhecido como “dual onda-

partícula” (GREINER, 2000);

É descoberta a equação ondulatória relativa à matéria, equação esta que

complementou as leis de Newton na nova física. O formalismo matemático nascido do

trabalho dos cientistas é denominado de mecânica quântica (SCHRODINGER,1969);

Segundo Max Bohr, as ondas eletrônicas são probabilísticas (BOHR, 1963;

HAWKING, 2002).

Heisenberg provou matematicamente o princípio da incerteza, onde o produto da

incerteza da posição e do momentum é maior ou igual a um certo número pequeno

denominado de constante de Planck, � (GREINER, 2000). Este princípio foi uma

verdadeira revolução na filosofia do determinismo;

Bohr estabelece que a natureza de onda e partícula do elétron não são dualísticas,

nem simplesmente polaridades opostas, são propriedades complementares (Princípio da

complementariedade), (BOHR, 1963).

A velha física continua a sobreviver no reino da maior parte do nosso mundo real,

mas como um caso especial da nova física, ou seja, a física quântica vale no domínio da

física clássica mas a física clássica não vale em todo o domínio da mecânica quântica –

Princípio da Correspondência (GREINER, 2000).

Na referência (GOSWAMI, 2000) o autor na primeira parte do trabalho, observa

que:

“Não obstante o princípio da correspondência, o paradigma da nova Física

contradiz os preceitos do realismo materialista. Não há maneira de evitar tal

conclusão, pois mesmo nas macro estruturas existem paradoxos quânticos sem

solução pela física clássica”.

Os princípios basilares que norteiam o determinismo causal foram violentamente

afetados pelos resultados experimentais da física quântica que puseram em cheque os

conceitos objetividade forte, determinismo causal, localidade, materialismo e

epifenomenalismo.

O modelo mecanicista perde espaço no momento em que os cientistas tiveram que

abandoná-lo no nível do micro e do macro. Vários cientistas vêm se pronunciando sobre

o assunto:

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O experimento realizado por Alain Aspect e seus colaboradores, grupo Orsay,

França, mostrou claramente que quando dois objetos qüânticos são correlacionados, se

for medido um deles (produzindo, destarte, o colapso de sua função de onda), a outra

função de onda entra também instantaneamente em colapso independentemente da

distância a que esteja (ASPECT, 1982; GOSWAMI, 2000);

Neste experimento ele usou fótons de polarização correlacionada que emergiam em

direções opostas, a partir de uma fonte de átomos de cálcio.

Um detector foi colocado na trilha de cada feixe de fótons.

O aspecto crucial do experimento e que o torna irrefutável foi a inclusão de um

interruptor que, na verdade, mudava a direção da polarização de um dos detectores a

cada 10 bilionésimos de segundo (tempo mais curto do que o tempo de viagem da luz

ou de qualquer outro sinal local entre duas localizações de detectores).

Ainda assim a mudança da direção de polarização do detector dotado de interruptor

mudava o resultado da medição na outra localização exatamente como a mecânica

quântica dizia que deveria acontecer.

De que maneira a informação sobre a mudança na direção do detector passava de um

fóton para seu parceiro correlacionado ? Certamente, não através de sinais locais, não

haveria tempo suficiente para isso.

Os cientistas positivistas admitem, relutantemente, que objetos quânticos mantém

correlações não locais e que se estudarmos a sério o cenário do colapso, o colapso

quântico terá forçosamente de ser de natureza não local.

“O processo fundamental da natureza reside fora do espaço-tempo, mas gera

eventos que nele podem ser localizados” (STAPP, 1977);

As mudanças nos princípios basilares acabam por afetar também a ciência médica. A

teoria convencional diz que a transmissão sináptica tem que ser devida a uma mudança

química. A prova nesse sentido, contudo, é de certa forma circunstancial, e E. Harris

Walker contestou-a, preferindo um processo quântico-mecânico:

“A fenda sináptica (local onde o neurônio se junta a outro) é tão pequena que o

efeito quântico de abertura de túnel (tunelamento) pode desempenhar um papel

crucial na transmissão de sinais nervosos” (WALKER, 1970).

Aqui o termo tunelar significa a capacidade que um objeto quântico tem de

atravessar uma barreira de potencial que de outra maneira seria intransponível,

capacidade esta, decorrente de sua natureza ondulatória/quântica.

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“Para que a inteligência possa operar, o acionamento de um neurônio tem que

ser acompanhado do acionamento de numerosos neurônios correlatos, a

distâncias macroscópicas – até 10 centímetros, que é a largura do tecido cortical.

Para que isso aconteça, é preciso que correlações não locais existam ao nível

molecular de nosso cérebro, nas sinapses” (WOLF, 1981).

A teoria quântica de campo (QFT) Quantum Field Theory possibilitou um recente

estudo sobre a propagação da informação nos microtubulos do cérebro, onde os autores

afirmam que:

“Foi estudado o problema da propagação da informação nos microtubulos do cérebro

e depois de considerar a propagação de ondas eletromagnéticas em um fluído de dipolos

elétricos permanentes, o problema se reduziu a uma equação de onda seno de Gordon a

um espaço e uma dimensão de tempo” (ABDALLA et al, 2001).

Os fenômenos mentais, como o pensamento, parecem exibir complementariedade no

modelo idealismo monista, o que o torna bastante conveniente; embora seja manifestado

como forma (aspecto e associação), também se manifesta como arquétipo transcendente

como acontece com o objeto quântico, com sua superposição coerente transcendente

(onda) e os aspectos unifacetados manifestos (partícula);

Acredita-se que os fenômenos mentais devam apresentar também descontinuidade

quântica (saltos) principalmente no fenômeno da criatividade.

1.3 Pesquisa conceitual Homeopática Aqui apresentam-se uma série de pesquisas homeopáticas que direta ou

indiretamente, fornecem subsídios para a formulação do problema bem como permitem

uma melhor abordagem da eficácia do remédio homeopático.

Em recente trabalho de revisão bibliográfica, Bonamin (2001) assim se expressa:

“A idéia central da homeopatia está baseada na lei de similitude: substâncias

submetidas a diluições seriadas, normalmente centesimais, e a sucussões

ritmadas conservariam um poder curativo contra doenças que apresentassem

sintomas semelhantes aos que seriam produzidos pela mesma substância. Tal

técnica, descrita na literatura homeopática como Dinamização, também recebe o

nome de ultradiluição, diluição ultra-molecular ou UHD (ultra high dilution),

sobretudo na literatura científica tradicional, uma vez que alguns medicamentos

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são preparados de forma a apresentarem quantidades não ponderais do soluto, ou

seja: ultrapassam a concentração equivalente a 10-23 M (número de Avogadro).

Recentemente, vários trabalhos experimentais demonstrando a existência de

efeitos biológicos das ultradiluições foram publicadas em revistas indexadas e

citadas em trabalhos de revisão bibliográfica”. (BONAMIN, 2001)

No XXV Congresso Brasileiro de Homeopatia no Rio de Janeiro, em 2000, foi

proferida uma conferência sobre Mecanismos de Ação do Remédio Homeopático pelo

Dr. Philippe Belon – França:

“Se me perguntarem se existem provas que diferenciam ao nível físico, um

solvente (água pura) dinamizado e uma solução dinamizada eu afirmo que sim,

mesmo para ultradiluições e irei mostrar nesta apresentação os resultados

experimentais obtidos” (BELON, 2000).

O Parlamento (Comissão) Europeu, em 1996, após exaustivos trabalhos realizados

nos centros de pesquisa, concluiu que a homeopatia é uma realidade inclusive nas altas

diluições, e recomendou estudos no sentido de identificar os seus mecanismos de ação.

Os trabalhos apresentaram altíssimas condições de acerto, com desvios estatísticos

menores que 0,001 (BELON, 2000; VAN WASSENHOVEN, 1999).

Entre as diversas teorias que estão sendo analisadas para justificar a ação das altas

diluições, Bonamin (2001) cita as principais na sua revisão bibliográfica:

“Também merecem destaque as pesquisas do grupo de Emilio Del Giudice, do

Departamento de Física Nuclear da Universidade de Milão (DEL GIUDICE,

1994, 1998). Sua proposta baseia-se na teoria quântica da super-radiância

aplicada à compreensão das propriedades da água. Segundo a eletrodinâmica

quântica, a matéria não é apenas um aglomerado de moléculas, mas um meio

ativo, capaz de selecionar e catalisar as reações moleculares de acordo com os

diversos campos eletromagnéticos que ocorrem no seu interior. Para o autor, a

organização da água em polímeros não poderia decorrer simplesmente da

colisão aleatória entre moléculas. Del Giudice e Preparata, (DEL GIUDICE,

1994, 1998) especulam, através de modelo matemático, que o campo

eletromagnético natural de uma substância em solução poderia gerar no solvente

certos domínios de coerência, os quais seriam específicos para a referida

substância, com estabilidade espacial e temporal. Assim, a organização da água

seria um processo dinâmico associado a interações eletromagnéticas de

baixíssima intensidade: moléculas com freqüências eletromagnéticas

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semelhantes poderiam atrair-se num processo auto catalítico e não num processo

aleatório. Del Giudice aclara que tal especulação não explica o fenômeno das

ultradiluições, mas mostra uma nova direção para estudos futuros (BONAMIN,

2001)”.

Olhar para os princípios ativos de uma planta e a partir deles supor que a ação

terapêutica é conhecida, torna-se uma posição parcial e temerária, pois apesar dos

efeitos conhecidos nos casos das intoxicações ocasionais, determinação de composição

química, experimentos de avaliação biológica e funcional em animais, mesmo assim nos

defrontamos com uma estrutura humana, diferenciada, bastante complexa e de difícil

avaliação.

Além de considerarmos o ser humano uma estrutura única, indivisível e evolutiva,

temos que levar em consideração que o homem é um ser social, que vivendo num

mundo de valores conceituais, troca constantemente experiências com os seus pares.

Esta troca pode ser benéfica ou não, podendo daí desequilibrar-se. Esta variável pode

ser um fator determinante no surgimento de doenças físicas e psíquicas.

A influência do meio torna-se também marcante nas deficiências estruturais, onde

elementos como vitaminas e sais minerais, acabam por gerar fortes deficiências, que

impedem o livre exercício da faculdade de bem viver, impondo aos carentes de tais

elementos fortes limitações, doenças e até mesmo a morte.

Não se pode esquecer que não só o homem está sujeito a estas intempéries, mas

todos os reinos que na Natureza co-existem. Esta forte influência do meio sobre ele

mesmo, provocada antes de tudo, pela própria ação “inteligente” do homem, acaba

gerando fatores que afetam a eficácia e eficiência do chamado princípio ativo.

O princípio ativo também é afetado pelas mutações gênicas produzidas pelo aumento

da radioatividade devido a ação dos efeitos residuais do raio X, radiação das ondas

geradas pelos celulares e tubos de raios catódicos, emissoras de televisão e rádio etc.

O ar que forma a atmosfera é também afetado pela presença de metais pesados, não

processados pelos seres viventes, gerando difíceis combinações a serem tratadas pelos

recursos naturais aqui existentes.

A diversidade de variáveis que influenciam os processos de tratamento são tão

amplas, que levaram as ciências da saúde a terem que pensar na reformulação dos

processos e sistemáticas que, em passado próximo, eram altamente eficientes, mas que

hoje se mostram incapazes de solucionar uma grande gama de doenças novas.

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O corpo humano como um imenso laboratório vem se apresentando como a única

solução aos crescentes desafios gerados pela complexidade das doenças.

Os estudos da genética têm levado as ciências a uma constante reflexão sobre o papel

de cada gene, onde o seu mapeamento acaba por se tornar elemento imperativo.

Ao pensar nestas estruturas genéticas, é conveniente observar que cada um desses

pequenos elementos carrega forte carga conceitual (estrutura informacional) que acaba

por determinar a sua ação estrutural (SILVA, 1999).

Quanto mais se analisa a matéria, observa-se uma forte presença conceitual como

estruturadora da forma (SILVA, 1999) (campos vinculares delimitadores), ou seja, tudo

nos leva a olhar a estrutura genética como uma imensa tabela de decisão, a semelhança

do que se encontra nas tabelas de decisão que gerenciam hoje os enormes

computadores. Sabe-se que por trás de uma tabela de decisão de um computador

encontra-se a presença de um hábil programador ou analista de sistema, mas o que

estaria por trás das tabelas de decisão genéticas ?

Os resultados experimentais recentes da mecânica quântica (GOSWAMI, 2000)

fornecem um forte indício da presença de forças conceituais imateriais, que não

observam a parametrização científica da matéria na acepção positivista, levando a

considerar a existências de forças imateriais agindo sobre a matéria e produzindo nela

perturbações condicionantes (o conceito como gerador da forma – domínios de

coerência do campo eletromagnético – informações ondulatórias organizadoras)

(ENDLER, 1993; DEL GIUDICE, 1994, 1998; SILVA, 1999).

1.4 Pesquisa experimental Homeopática 1.4.1 Transferência de informação não molecular da tiroxina para a rã considerando a toxicologia homeopática. A experiência descrita abaixo foi desenvolvida pelos seguintes pesquisadores: PC

Endler PhD, MC - Institute of Zoology, University of Graz, Universitatsplatz 2, 8010

Graz, Austria; W Pongratz PhD - Ludwig Boltzmann-Institut for Homeopathy, Graz,

Austria; CW Smith PhD - Department of electric and Electronic Engineering,

University of Salford, 827221 Salford, Great Britain; J Schulte PhD - National

Superconducting Cyclotron Laboratory, Michigan State University, East Lansing, MI

48824-1321, USA.

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A homeopatia toxicológica pode geralmente proceder ao longo de duas linhas: O

princípio que fundamenta os efeitos de inversão das diluições especialmente preparadas

(BASTIDE, 1994; VAN, 1999; ENDLER, 1994, 1994b), ou processos de transferências

de informações de propriedades biofísicas. As substâncias estão tão diluídas que

nenhuma molécula original estaria presente para exercer efeito biológico, isto é, a

informação bio-molecular poderia ser transferida via água (HADJI, 1991; ENDLER,

1994b), (BENVENISTE, 1992), (YOUBICIER, 1993; SMITH, 1994; PONGRATZ,

1995), e portanto inibir o desenvolvimento de atividades em rãs jovens (ENDLER,

1994). Neste trabalho, estudou-se a tiroxina controlada na metamorfose de anfíbios

Hana temporária no estágio de 2 para 4 pernas, em recipientes contendo 18 animais

cada um.

Estes experimentos cegos foram realizados entre 1990 e 1994 em muitos laboratórios

independentes.

No experimento A, a influência da alta diluição da tiroxina (10-30 M) preparada por

um processo especial de diluição e agitação stepwise (ENDLER, 1994, 1994b;

GOSNER, 1960) foi testada, similarmente, a água diluída.

Estes preparos foram adicionados diretamente no recipiente com água a intervalos

regulares.

No experimento B, frascos de tiroxina diluídas a 10-30 M ou água foram colocados

em uma bobina de entrada ligada a um filtro e um amplificador com um ganho de 106.

As freqüências de até 80 kHz foram transformadas em digitais na freqüência

Nyquist, armazenadas em uma memória RAM e multiplexadas para um CD (compact

disk). Depois o barulho foi reduzido e filtrado, o sinal foi atenuado para 106 para

restabelecer o nível analógico original.

Os frascos de água foram colocados por 4 minutos na bobina de saída (dispositivo =

FA Hoefler, Austria). Os preparados foram colocados diretamente no recipiente com

água.

No experimento C (CITRO, 1991, 1992, 1995; AISSA, 1993), Frascos de 1mM de

tiroxina ou água foram colocados na bobina de entrada, no final da qual foi conectado

um amplificador especial (linear de DC para HF) por um único fio encapado

(equipamento usado no estudo principal). Os frascos de água foram colocados por 4

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minutos em uma bobina similar de saída. Os preparados produzidos foram diretamente

colocados no recipiente com água.

No experimento D, a tiroxina diluída na 10-30 M e a água similarmente preparada

foram seladas em grossos frascos que foram pendurados no recipiente com água. Antes

de adicionar os preparados, existiam 18 anfíbios no estágio bem definido de duas pernas

(Gosner´s stage 31; 9) e aleatoriamente alocados em cada recipiente. Depois as pernas

dos anfíbios foram pré-formadas embaixo da pele. Isto ocorreu em poucos minutos. A

freqüência cumulativa (fc) de ocorrência de anfíbios de 4 pernas foi monitorada.

Também foram descritos detalhes do método (ENDLER, 1995).

Durante cada tratamento, o FC de rãs de 4 pernas decresceu em todos os

experimentos (tabela 1, figura 1). A chance de entrar no estágio de 4 pernas foi

geralmente menor nos grupos tratados com a informação advinda da tiroxina quando

comparados ao grupo controle. As informações procedentes da molécula de tiroxina

podem ser transferidas por um processo aquoso de diluições e agitações ou por meios de

circuitos eletrônicos (CITRO, 1991; BENVENISTE, 1994), podendo ser armazenado

em CD (ENDLER, 1994) e exercer seus efeitos através das paredes do frasco de vidro

selado. Isto leva à conclusão que estas bio-informações são eletromagnéticas e, podem

ser processadas por circuitos eletrônicos convencionais e equipamentos.

Experimento Redução em

N° de animais

T- test

A 9% 522+522 0,001

B 14% 234+234 0,001

C 13% 468+468 0,001

D 21% 612+612 0,001

Tabela 1: Transferência de informações não moleculares da tiroxina para as rãs (jovens). Nas referências citadas os pesquisadores obtiveram resultados semelhantes. Os resultados obtidos com os t-test e análise de sobrevivência foram significativos. As experiências A e B foram relativamente mais lentas que as C e D nos procedimentos de metamorfose (Endler, 1994).

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Figura 1. Transferência de informações não moleculares da tiroxina para as rãs (jovens). Ordenada = frequência cumulativa (Fc) em % de rãs de quatro patas. Abscissa = tempo, depende do experimento em intervalos iguais de 4-40h h. A-D = Frequência cumulativa dos grupos tratados com a informação de tiroxina nos experimentos A-D. Controle = Frequência cumulativa normalizado dos respectivos grupos de controle. SD ≤ 10%. Recentes pesquisas físicas revelam que o dipolo da água pode desenvolver uma fase

de oscilação coerente através do acoplamento das radiações (DEL GIUDICE, 1988,

1995). Foi proposto que isto poderia ser modulado como um tempo ordenado de padrão

de sinais (ENDLER 1994) e poderia induzir a uma propagação em metais de ondas

coerentes (ENDLER, 1994).

Teoria adicional sugere que a fase de oscilação coerente pode originar padrões de

informações através dos efeitos isotópicos em altas diluições (ENDLER, 1994). O

aspecto físico teórico dos experimentos A-D relatados aqui têm que ser avaliados por

teste e desenvolvida uma teoria sobre o armazenamento de bio-informação e a

transferência observada em diluições preparadas homeopaticamente.

Estas experimentações sugerem que a informação medicamentosa é conceitual

podendo ser transmitidas ou mesmo copiada.

1.4.2 O soluto e o número de Avogadro. Na Europa foram realizadas muitas experimentações para verificar se o remédio

homeopático tinha efetivamente algum princípio ativo que pudesse ser verificado e que

demonstrasse sua efetividade para o caso das ultradiluições.

4 patas em %

Tempo

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Entre elas destaca-se uma apresentação realizada por Philippe Belon, nos anais do

XXV Congresso Brasileiro de Homeopatia, no Rio de Janeiro (2000).

“Imaginemos um solvente que hipoteticamente seja despido de agentes residuais,

seja ele “água”, a mais pura possível (BELON, 2000; DEL GUIDICE, 1994, 1998;

SMITH, 1966), separa-se o volume desta “água” em duas pipetas A e B.”

“O conteúdo da pipeta A não conterá soluto, mas deverá ser dinamizado (diluído e

sucussionado) até 30cH, e será chamado de solvente, como trata-se de sistemas

complexos e portanto abertos e necessita-se diminuir o seu movimento interno o mais

possível, para ter-se uma idéia dos possíveis efeitos introduzidos pela dinamização, para

tanto refrigera-se este líquido até o seu estado sólido (as temperaturas deverão variar

entre -70°C e -160°C), a fim de que se possa fazer com ele, uma série de medições, por

termoluminescência. De posse dos resultados monta-se gráficos do solvente (BELON,

2000).”

“De posse da pipeta B, faz-se uma mistura, colocando neste frasco uma porção de

soluto para cada 99 porções do solvente, dinamiza-se a mistura e segue-se os mesmos

procedimentos de A (BELON, 2000).”

“Ao final do experimento deveria-se estar observando gráficos iguais, já que na

pipeta A só se tinha água e na pipeta B também só se tinha água, pois o soluto por

sucessivas diluições havia ultrapassado em muito o número de Avogadro, o que garantia

a sua não existência.”

Esta experiência faz parte de muitas das experiências realizadas na Europa e os

resultados não foram os esperados (BONAMIN, 2001; BELON, 2000), pois as curvas

eram diferentes. A precisão destes experimentos foram da ordem de 1/1000. A

experiência foi repetida em 4 laboratórios diferentes e por 16 vezes, e os resultados

foram compatíveis (BELON, 2000).

Experiência parecida foi realizada na Filadelfia, só que por técnicas diferentes, pois

utilizaram equipamentos de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) (SMITH, 1966), os

resultados apesar de concordarem com os experimentos de termoluminescência não

foram tão precisos.

Em ambos os casos houve a impregnação do soluto no solvente (BELON, 2000;

SMITH, 1966).

1.4.3 Trabalhos de desintoxicação de diversos organismos pelas diluições homeopáticas do mesmo tóxico.

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Estes trabalhos experimentais foram os primeiros a serem realizados (LAPP et al.,

1955). Trata-se de desintoxicar um organismo, ou seja, de previnir uma intoxicação pela

administração de diluições homeopáticas do mesmo tóxico.

Esta desintoxicação é caracterizada por um aumento das capacidades de defesa do

organismo contra os tóxicos por administração de pequenas doses deste mesmo tóxico.

Este tratamento deve ser frequente, pois a ação é de curta duração. Este fenômeno é

ligado ao de hormese descrito por Southam et Erlich (1948) depois por Stebbing (1981)

ou ainda designado pela Lei de Arndt Schulz. O Hormese é caracterizado pelo fato que

as substâncias inibitórias do crescimento dos diversos organismos utilizadas a fraca

doses provocam uma estimulação do crescimento destes mesmos organismos. Vários

modelos foram estudados com todos os tipos de substâncias sobre numerosos

organismos (OBERBAUM & CAMBAR, 1994). Por exemplo, uma dose muito fraca de

antibiótico desencadeou um aumento da resposta linfocitária e granulacitária

(WAGNER et al., 1988). É fácil compreender que uma dose fraca de um tóxico

administrado antes deste mesmo tóxico permite ao organismo colocar em rota o efeito

que se opõe aquele do tóxico, como por exemplo a liberação de uma proteína de stress

adaptada a defesa contra os metais pesados como o metalotioneno. O organismo pode

assim melhor resistir a intoxicação.

Vários pesquisadores aplicaram este princípio adaptando a um pré-tratamento para as

altas diluições homeopáticas de um tóxico idêntico ao utilizado para intoxicação

experimental. Eles verificaram uma diminuição significativa da intoxicação. Assim, por

exemplo, plantas foram protegidas de intoxicação por nitrato de prata pelas diluições do

mesmo tóxico 24 DH e 26 DH (PONGRATZ, 1994). O modelo inverso foi igualmente

proposto (BETTI et al., 1994, 1997) no qual a germinação de grãos de trigo

sensibilizados antes pelo anidrido arsinoso a uma dose tóxica é estimulado de maneira

altamente significativa pelas diluições de Arsenicum album 45DH. Células renais em

cultura foram protegidas por uma diluição 20 cH de Cadmium a uma intoxicação pelo

cadmium a 10-5M (DELBANCUT, 1994; DELBANCUT et al., 1997). Os leucócitos

humanos pré-tratados com uma fraca dose (6,8 x 10-8M) ou por uma dose desprovida de

moléculas (6,8 x 10-24 M) de N-methyl-N-nitro-N-nitrosoguonidina foram em seguida

intoxicados por uma dose igual a 6,8 x 10-6 M do mesmo tóxico. Os autores analisaram

escrupulosamente os resultados e não puderam mostrar a proteção contra os efeitos

mutagênicos desta substância de maneira significativa (ANDERSON et al., 1999). De

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uma maneira geral parece que os modelos in vitro dão os resultados mais variáveis do

que os ensaios in vivo. Animais foram protegidos de intoxicação por mercúrio por um

pré-tratamento pelo Mercurius Corrosivus 9 cH e 15 cH (CAL et al., 1986;

DELBANCUT 1994, 1997). O modelo da detoxicação foi igualmente utilizado com

sucesso em ratos intoxicados por anidrido arsênio depois tratados por Arsenicum album

7cH (WURMSER, 1984; CAZIN et al., 1987). Da mesma maneira as diluições

homeopáticas da Coffea protegeram ratos de má formação embrionária devido a

cafeína. (TADDEI-FERRETI & COTUGNO, 1995)

1.4.4 Proteção do organismo pelas diluições homeopátias de um agente patógeno ou de um alergeno. O Trypanosoma cruzi (NASI et al., 1982), agente da doença de Chagas, provoca a

mortalidade de ratos em modelos experimentais. A diluição 10DH preparada com

sangue de ratos infectados ou a diluição 30cH preparada a partir dos próprios parasitas

provocaram a redução importante da mortalidade desses ratos infectados

experimentalmente.

Uma proteína antigênica, a hemocianina do molusco ou KLH, provoca no rato o

aparecimento de anticorpos de classe IgM (resposta primária), e após uma segunda

imunização, a formação de anticorpos de classe IgG (resposta secundária). Os ratos

tratados em primeira injeção pelas diluições 7cH ou 15cH deste antígeno, não

sintetizaram anticorpos de resposta primária; uma segunda injeção de antígeno a uma

concentração normal nos ratos pré tratados permitiu observar diretamente uma resposta

secundária IgG específica deste antígeno, mais importante que nos ratos controles pré-

tratados somente com uma solução salina à 9/1000, mostrando assim que o organismo

teve conhecimento deste antígeno na sua forma mais diluída.

1.4.5 Modificação da resposta do organismo pela utilização de diluições homeopáticas de substâncias de origem endógena (mediadores, hormônios, etc) As experimentações em pesquisa fundamental que usam este modelo são as mais

fáceis de se colocar em prática e, consequentemente, as mais numerosas. Com efeito,

qualquer sensibilização, ou mesmo qualquer similitude não foi pesquisada, parece que

esses trabalhos foram realizados essencialmente para verificar a atividade das altas

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diluições. Mais de 44 trabalhos diferentes foram publicados, sendo 17 em revistas

reconhecidas pelo meio científico (TISSEYRE, 1996; COST B4, 1999).

Ação de diluições homeopáticas de hormônios em animais modificados: ação da

bursina sobre pintinhos bursectomizados.

Altas diluições de tripeptideo (a bursina) normalmente presente nos pintinhos na

bolsa de Fabricius podem substituir a função deste órgão nos pássaros que tenham sido

submetido a retirada da Bolsa de Fabricius no terceiro dia de vida fetal (bursectomia). A

bolsa de Fabricius produz nos pássaros os leucócitos B que são as células de secreção de

anticorpos. Os pintinhos controles bursectomizados não podem sintetizar anticorpos

específicos devido a um xeno-antígeno, neste caso, os pássaros tratados durante a vida

fetal (ao sexto ou nono dia) por altas diluições de bursina (7cH, e pool de 15cH a 20cH)

tiveram uma resposta humoral específica normal. (YOUBICIER-SIMO et al., 1993,

1996a, 1996b).

Ação de diluições homeopáticas de hormônios ou imunomediadores sobre animais

sadios e imunodeprimidos.

Nas diluições homeopáticas de diversas moléculas envolvidas, seja na maturação dos

leucócitos T (timulina), seja nas comunicações celulares no curso da resposta imunitária

(interferon leucocitário interleucine 2) foram experimentados em ratos sãos ou

imunodeprimidos (ratos C57BL6). A avaliação da resposta imunitária dos ratos tratados

foram feitas ex-vivo. Foram realizados a exploração das respostas humoral e celular, dos

testes de transformação linfoblástica, e dos estudos de quimioluminescencia sobre

macrofagos peritoneais (DOUCET-JABOEUF et al., 1982; BASTIDE et al., 1985,

1987; BASTIDE & BOUDARD, 1995; BASTIDE 1996). Efeitos opostos foram

observados em ratos sãos (ratos Swiss) e em ratos apresentando uma imunodeficiência

de leucócitos T (ratos C57BL6). Assim as diluições 4cH, 7cH, 9cH 11cH de timulina

provocaram nos ratos Swiss uma diminuição de resposta celular e humoral. Eles

estimulam fortemente essa mesma resposta nos ratos geneticamente deficientes no plano

imunitário, e observaram que há uma involução precoce do thymus (ratos C57BL6).

Efeitos opostos similares foram observados pela ação de altas diluições de extrato

thymico. O interferon leucocitário aumentou a resposta similar dos ratos sãos Swiss e

diminuiu a resposta dos C57BL6. Este balanço regulatório pelos efeitos opostos entre os

sujeitos normais (ou sadios) e sujeitos apresentando uma patologia correspondente ao

efeito sobre os animais sadios se aproxima do princípio de similitude.

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Ação de diluições homeopáticas de dexametasone sobre os modelos específicos

desta molécula.

Foram utilizados modelos experimetais para se colocar em evidência os efeitos da

dexametasona em ratos BALB/c: Efeito anti-edema em teste da carragenina e efeito

sobre a população celular do tumor de Erlich. A associação de dexametasona à

0,5mg/kg e da diluição do mesmo produto diluído em 7cH ou 15cH mostrou uma

redução importante e significativa do efeito anti-edema assim como uma modificação

da população celular do tumor (BONAMIN et al.). Tudo se passa como se o efeito

molecular desaparecesse em presença de diluições homeopáticas desse mesmo produto,

mesmo nas altas diluições.

1.4.6 Modelos de Farmacologia Clássica Estes modelos diferem dos precedentes porque eles analisam os efeitos de

substâncias que não pertencem ao organismo. Trata-se na maioria das vezes de

remédios homeopáticos diluídos e dinamizados (Silicea, Arnica, Belladonna, etc), onde

o efeito farmacológico é estudado de maneira clássica, seja no animal sadio ou sobre um

órgão exumado, seja em um animal colocado em condições anormais mas não

patológicas.

Muitos ensaios foram realizados procurando sempre formas diferentes de abordar o

problema.

Procurou-se, por exemplo, fazer ensaios reativos sobre as células, aplicando-se

diluições homeopáticas de Silicea 5cH e 9cH sobre macrófagos peritoniais de

camundongos tratados, ou seja, os camundongos foram tratados pelas diluições de

Silicea e tiveram os seus macrófagos peritoniais retirados e estimulados em vitro com

Zymosan (extrato de parede de levedura como estimulante de fagocitose).

Os macrófagos apresentaram um aumento significativo do “paf-acether” mediador da

inflamação produzido durante a fagocitose (DAVENAS et al., 1987)

Outro ensaio procurou verificar a ação sobre os orgãos isolados, neste caso

observou-se a ação de diluição homeopática de Belladonna sobre o duodeno isolado de

rato.

A experiência foi realizada por A. Cristea, S. Nicula e V. Darie no Laboratório de

Farmacologia da Faculdade de Farmácia de Bucareste na Romenia.

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O modelo farmacológico clássico do órgão isolado é aplicado ao estudo da

Belladonna em diferentes diluições (de 1cH até 200cH) sobre o duodeno de rato sadio

(CRISTEA et al., 1987, 1997). Um efeito semelhante ao da atropina dependente da

diluição foi observado para diluições entre 1cH até 30 cH, seguida de um efeito como

acetilcolina para as diluições entre 40cH e 120cH, e um efeito como a atropina foi

novamente achado da 120cH a 200cH. A solução não dinamizada preparada somente

por homogenização natural da mistura por 24 horas mostrou um efeito como a atropina

dose dependente que desaparece à décima nona diluição à 1/100. O solvente dinamizado

não teve qualquer efeito.

Ensaios também foram realizados in vivo, onde foi avaliada a ação das diluições

homeopáticas da aspirina em sujeitos sadios.

A aspirina a fortes concentrações (100mg/kg) provoca uma diminuição da agregação

plaquetária assim como ao nível da amplitude que dá rapidez e uma diminuição da

superfície dos trombos avaliados num modelo experimental do rato. As diluições

homeopáticas de aspirina 9cH, 15cH e 30cH aumentaram a agregação plaquetária no

homem (DOUTREMEPUICH et al., 1987, 1990) ou no rato, assim como o aumento da

superfície dos trombos em animais (DOUTREMEPUICH et al., 1994). Trabalhos

anteriores mostraram que a associação da mesma injeção de 100mg/kg de aspirina e de

uma 15cH de aspirina anulavam o efeito da dose farmacológica clássica da aspirina

(BELOUGNE-MALFATTI, 1998).

1.4.7 Modelos contruídos a partir da lei de similitude. Procurou-se, neste modelo, avaliar, por exemplo, a ação de diluições homeopáticas

de fósforo sobre hepatite tóxica ao tetracloreto de carbono.

Este modelo experimental tem sido colocado em foco como que uma lei de

similitude, poderia tirar partido dos sinais tóxicos, ou seja, os sintomas de hepatites

tóxicas são muito próximos ao nível de sinais tóxicos. Também entre os sinais

biológicos, as transaminases são sempre modificadas e as modificações histológicas dos

hepatócitos são muito parecidas a intoxicação ao fósforo e naquelas ao tetracloreto de

carbono. Foi demonstrado que o tratamento pelas diluições de Fósforo 7cH e 15cH

diminuiram sensivelmente as transaminases nos ratos intoxicados ao tetracloreto de

carbono. O fósforo 15cH reduziu consideravemente as lesões de hepatócitos analisados

através de microscopia eletrônica (BILDET et al., 1977). Estes resultados não

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significam que todas as hepatites, inclusive as virais, sejam melhoradas pela ação do

fósforo, extrapolação rápida frequentemente feita pelos prescritores. Nos trabalhos

citados trata-se de duas hepatites tóxicas com manifestações muito parecidas àquelas

que explica o resultado positivo encontrado.

Em outra experimentação procurou-se verificar a ação de diluições homeopáticas de

Silicea sobre o processo de cicatrização nos camundongos.

Trata-se de colocar em evidência a ação de altas diluições de Silicea segundo a lei de

similitude sobre a cicatrização de orelhas de camundongos portadoras de pequenas

argolas de metal. A patogenesia da Silicea comporta um sinal local de mais lenta

cicatrização. As diluições de Silicea 5cH, 30cH e 200cH foram administradas seja em

água de beber ou seja em injeção i.p. cada dia segundo as experiências. Os controles

receberam água salina fisiológica. Os tratamentos melhoraram de maneira

estatisticamente significativa a cicatrização e o fechamento dos orifícios formados pelos

anéis de metal ao nível das orelhas de camundongos. Estas superfícies dos orifícios

foram avaliadas pela análise de imagens. Os efeitos foram dependentes da diluição, a

mais eficaz foi à 200cH. (OBERBAUM et al., 1992; OBERBAUM et al., 1997)

1.5 Modelos teóricos para as ultradiluições. Para melhor compreender as particularidades da homeopatia aqui coloca-se em

paralelo as especificidades das farmacologias moleculares e homeopáticas:

As características da farmacologia molecular clássica são: ação molecular com

interação molécula-receptor, dose-efeito, efeito que aumenta com a dose (em certos

limites), efeito ligado a duração da presença da molécula ativa do organismo (noção de

meia-vida), concentração tecidual permitindo analisar a atividade do produto

(farmacocinética), presença de efeitos secundários ou indesejáveis, efeitos

independentes do estado do sujeito (a farmacologia do sujeito sadio ou patológico é a

mesma), estudo toxicológico obrigatório devido a utilização de fortes concentrações de

medicamentos, resultados reprodutíveis se o modelo não está ligado ao ambiente (o que

é uma condição fundamental).

Por outro lado, as características da farmacologia homeopática são: utilização de

soluções muito diluídas e dinamizadas que podem não fechar novamente qualquer

molécula (concerne os diferentes trabalhos estudados), efeito-diluição dependente

observado em certos modelos experimentais: quanto mais o produto é diluído, mais o

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efeito é eficaz (OBERBAUM et al., 1992, 1997; YOUBICIER-SIMO et al., 1993;

CRISTEA et al., 1987, 1997) na medida em que os desvios das diluições sejam

suficientemente grandes. As diluições seriadas a 1/10 ou 1/100 dão frequentemente os

efeitos em zig-zag, efeito-memória observado pelos práticos (a primeira ação é diferente

das seguintes), efeitos dependentes do estado do sujeito por definição da lei de

similitude: o sujeito sadio recebendo medicamento diluído e dinamizado apresenta

sintomas que estão presentes em sujeitos doentes, desaparecendo por administração de

remédio igualmente diluído e dinamizado (efeitos opostos entre sujeitos sãos e sujeitos

doentes), pode existir um fenômeno de agravamento temporário. Os agravamentos mais

importantes podem ser observados em pacientes muito fracos recebendo uma alta

diluição (muito potente pois a intensidade da resposta aumenta com a diluição). Por

exemplo, na experimentação clínica da Aabel (AABEL, 2001), os sujeitos alérgicos a

betula recebendo Betula 30cH tiveram uma sintomatologia mais forte que aqueles

recebendo placebo. Em um modelo experimental de camundongo irradiado tratado por

uma mistura de altas diluições de bursina, timulina, e intervacina 3, os camundongos

foram fortemente protegidos pelo tratamento durante a sessão quente, mais uma

mortalidade superior aos controles foram observados durante a sessão fria, período de

imunodepressão circa-anual (GUENNOUN et al., 1996, 1997; GUENNOUN 2000).

1.5.1 As hipóteses do mecanismo de ação Existem provas experimentais publicadas em revistas científicas de bom nível

suficientes para não mais se colocar em questão a atividade farmacológica de diluições

homeopáticas, mesmo quando estas são desprovidas de moléculas. Neste momento

entra-se então no domínio das hipóteses sobre o mecanismo de ação, hipóteses que

deverão em seguida ser validadas por experimentos.

1.5.2 Papel da dinamização e do solvente A preparação de diluições destinadas a uma administração homeopática segundo a

lei dos semelhantes comporta uma etapa crucial dita “dinamização”. Esta etapa sempre

misteriosa e indispensável, incitou os pesquisadores a identificar as modificações da

água no curso destas dinamizações. A análise por RMN de altas diluições dinamizadas

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(DEMANGEAT et al., 1992, 1997, 2001) colocou em evidência as modificações devido

a diluição/agitação explicada no mínimo pela dissolução de grandes quantidades de

oxigênio dissolvido. Esta técnica utilizada para colocar em evidência as modificações

do estado da água é considerada por certos autores como dando os resultados não

reprodutivos (AABEL et al., 2001; MILGROM et al., 2001)

Contudo, é necessário insistir sobre o carácter de estabilidade do estado das

dinamizações das diluições, este estado é que subentende um fenômeno mais complexo

que o de uma simples dissolução de oxigênio.

Por outros métodos físicos, foram igualmente demonstrados as modificações de

estado da água dinamizada, na parte designada por estrutura IE estável e rígida (análoga

àquela que existe no gelo vindo de uma água submetida a um campo elétrico) podendo

se formar em condições normais de temperatura e pressão. Nestas estruturas aparecem

ínfimas quantidades de sal, ácido ou base que estão presentes na água e estas são feitas

de dipólos elétricos. Esta estrutura é proposta como base para a explicação dos efeitos

de diluições homeopáticas nos tecidos (LO, 1996; LO et al., 1996).

Uma análise termodinamica demonstrou igualmente as diferenças significativas

ligadas ao estado de dinamização da água, onde foi usado H2O bidestilada na 6x e

12cH. (ELIA et al., 1999).

Uma outra hipótese proposta é que uma modificação estável de natureza

eletromagnética se produz no curso das dinamizações do líquido (água pura ou mistura

de água e álcool) que serviu para preparar as diluições. Uma transmissão de efeito

farmacológico poderia ser produzida por uma emissão deste tipo. Foi mostrado que as

altas diluições de histamina não se fecham novamente, mas teoricamente as moléculas

perdem sua atividade sobre o coração isolado de cobaias após exposição a um campo de

50Hz durante 15 minutos (HADJI et al., 1992). Inversamente, uma atividade de tiroxina

30 D foi transmitida por um circuito elétrico, após digitalização em CD, nos girinos

durante sua metamorfose, modificando-os significativamente à passagem ao estado de

quatro patas (ENDLER et al., 1995; 1997). As muitas possibilidades de interpretação do

papel da água, como transmissor de informação, são resumidas por Schulte (1994 –

1999).

1.5.3 Hipótese molecularista ação e reação e self-recovery (auto-defesa)

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Esta supõe colocar em prática os efeitos biológicos antagonistas, que viriam reforçar

ou desencadear o sistema de defesa natural permitindo a anulação da patologia. Esta é a

teoria mais frequentemente proposta, pois ela leva a Homeopatia e seus princípios

particulares a um quadro de pensamentos mais familiar. A similitude seria então

explicada pelo desencadeamento de uma reação oposta permitindo a defesa do

organismo, fenômeno que não se observa com as concentrações moleculares muito

fortes no quadro do efeito elasticidade do self-recovery e de hormesis (VAN WIJK et

al., 1993, 1994a, 1994b). Mas esta teoria não permite explicar como uma reação oposta

medida, pode ser desencadeada pela utilização de altas diluições nos diversos modelos

experimentais utilizados. Ela não explica, nem a globalidade, nem as ações fisiológicas

das moléculas endógenas, nem a lei de similitude. Desta forma, a diferença de efeito no

sujeito sadio e no doente não entram nesse quadro de pensamento.

1.5.4 Hipótese cibernética (receptor on/off)

Ela permanece molecular no espírito e na forma mais já introduzida a noção de

sinal. Esta hipótese permite melhor compreender os efeitos farmacológicos que podem

ser opostos em função da concentração. Por exemplo, as modificações de neutrófilos,

pelas diferenças de concentração de um fator quimiotático (BELLAVITE et al., 1993,

1997), ou pelos efeitos de sinergia à baixa concentração (MORIMOTO, 1991). Uma

colocação, em forma da teoria, foi proposta por (CRISTEA, 1991) que jogou sobre as

modificações dos receptores em função da concentração, mas que ainda permanece mais

aleatória para explicar o efeito das altas diluições, se não pela presença de estrutura de

alteração das moléculas (CRISTEA, 1997).

1.5.5 Hipótese informacional (transferência por H2O)

A noção de informação é muito precisa e subentende que nós não estamos mais na

estrutura do pensamento mecanista. Apesar da diferença profunda com as teorias

precedentes, ela começa a ser cotada como modelo explicativo (FISHER, 1998a,

1998b). Ela propõe que a técnica de diluição/dinamização seja uma etapa fundamental

de formação, a partir da molécula de origem e mediada pela água que leva uma

informação específica da molécula de origem (LAGACHE, 1988, 1997a, 1997b). Esta

informação poderia ser veiculada pela formação de água dinamizada de um

transportador eletromagnético de intensidade muito fraca e de frequência muito baixa,

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por exemplo, ou por outro sistema (SCHULTE, 1999). Estas diluições teriam o poder de

transmitir as informações biológicas aos corpos capazes de receber e de as tratar. No

caso do sujeito sadio e sensível, estas informações após o tratamento pelo organismo,

induzem à imagem de uma patologia e fazem aparecer sintomas (patogenesia). Então

trata-se de um sujeito doente apresentando esses sintomas, a correspondência entre, de

uma parte os sintomas observados por administração de diluições homeopáticas do

modelo dado a um sujeito sadio, e de uma outra parte, os sintomas apresentados por um

doente, permitindo a correlação dos sintomas deste pela administração do remédio

diluído e dinamizado. (BASTIDE et al., 1997, 1998; BASTIDE, 2000). Esta

comunicação analógica segue regras muito precisas diferentes de trocas de objetos. Ela

necessita de uma rede de leitura para o organismo. Existe uma identidade perfeita entre

patologia e informação sobre a patologia, o organismo compreende a informação e se

trata.

1.6 Considerações Relevantes As reações químicas clássicas pressupõem a presença de estruturas físicas, ou seja, a

existência de massa.

Afim de garantir a integridade das leis químicas, necessitamos admitir que nas

ultradinamizações não ocorrem reações químicas, mas sim rearranjo físico.

Quando isto foi suposto, Smith sugeriu que existiria a possibilidade que as mudanças

estivessem ocorrendo no ângulo � dos spins do solvente. (ver figura 1 e 2) (SMITH,

1966).

Figura 1 – Desenho esquemático de moléculas do solvente com seus spins não afetados.

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Os remédios homeopáticos dinamizados numa 30cH têm apresentado excelentes

desempenhos clínicos, isso nos faz supor que as impregnações, promovidas pelas

ultradiluições, do soluto no solvente, carregam informações do princípio ativo do soluto,

(BASTIDE, 1995, 2000, 2001), pois se isto não fosse verdade, não estaríamos

observando sintomatologias compatíveis com os resultados clínicos.

Essas marcas ou “impregnações residuais” no solvente, na visão de Smith, afetam os

ângulos de seus spins, ou seja, estas pequenas mudanças angulares dos spins, acabam

revelando a presença de massa, momentum ou função de onda informacional da

substância impregnadora, presente em suas vizinhanças (ver figuras 1 a 5) (SMITH,

1966).

������ ���

Figura 2 – Os spins afetados em seus ângulos (θ), onde os devios angulares revelam a presença influenciadora de uma molécula “virtual” do soluto.

Figura 3 – a) Moléculas esquemáticas do solvente e b) Moléculas esquemáticas do soluto.

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Soluto

1

2

Solvente

����

����

ESTRUTURA “VIRTUAL” QUÂNTICA

Soluto

1

2

Solvente

Soluto

1

2

Solvente

Figura 4 – Moléculas esquemáticas da mistura nos domínios da física clássica.

Figura 5 – Moléculas esquemáticas da mistura a) para domínios nos limites de Avogrado. No plano do soluto (1) as moléculas “virtuais” são indicadas em marrom e a convencional em azul e b) para situações acima do número de Avogrado. Os sinais do soluto sofreram espalhamento e estão impregnando o solvente. As moléculas “virtuais” do soluto estão ligadas por uma pseudo “energia de ligação”. O perfil “virtual” observado assemelha-se aos das moléculas convencionais do soluto.

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A atuação do soluto sobre o solvente realmente apresenta características de uma

marca ou sinal coerente, mas formado pelas n funções de onda do soluto que geram a

formação deste sinal.

A identificação das atividades corporativas do soluto nos mostram a funcionalidade

dessas funções de onda.

Numa abordagem preliminar, vemos que o fato de Hahnemann haver postulado

como essencial no processo de busca do remédio adequado ao doente, a orientação pelo

mental, como o fator mais importante, nos indica o acerto conceitual da homeopatia.

O farto material existente na matéria médica homeopática, indicando a existência de

fatores conceituais como elementos reativos quando da inoculação de “princípios

ativos”, dos mais diferentes reinos, no homem são, nos levam a conceituar os velhos

“princípios ativos” da nossa biologia clássica como elementos que só se apresentam

estruturados, graças a forte presença do conceito imaterial, ou agente gerador da ordem.

Acreditamos que qualquer sistematização dos princípios ativos deva ser elaborada a

partir dos sintomas gerados no homem são, levando-se em consideração que o fator

desencadeante tem origem conceitual; os agentes químicos e biológicos são meras

fenotipias geradas a partir da estrutura conceitual, imaterial. (SILVA, 1999)

Cada remédio traz a sua marca conceitual que o caracteriza (ENDLER, 1993), como

o indicado ou não, para solucionar o problema do desequilíbrio conceitual já instalado.

Assim sendo, quando o nosso paciente se apresenta com uma dada queixa, devemos

procurar através de acurado exame estabelecer qual a origem conceitual do seu

desequilíbrio, indo depois disso buscar, na matéria médica, o remédio que mais se

assemelha àquele “perfil conceitual”.

Os remédios podem ser agrupados por famílias, quando as suas marcas conceituais

se mostram semelhantes, mas não iguais. Características que são específicas em alguns

remédios são chamadas de “keynotes”.

Este trabalho introduz alguns conceitos diferentes do modelo biológico atual, pois

vemos o corpo humano como sistemas complexos biológicos em interação dinâmica

com uma série de campos interpenetrantes de força organizadora (força vital), ou seja,

seria o mesmo que olhar para o corpo como sendo uma complexa rede de campos de

força em contato com os sistemas físico e celular.

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A cura por este processo se baseia na ação de forças específicas, que agindo por

ressonância, atuam positivamente sobre a dinâmica energética do corpo, promovendo o

seu restabelecimento.

O reequilíbrio da dinâmica dos campos de energia do corpo ajudam a regular a

fisiologia celular, restaurando a ordem em um nível mais elevado de funcionamento

dinâmico.

Evidentemente estamos lançando mão de conceitos Einsteinianos, de que energia e

matéria são duas manifestações diferentes do mesmo princípio universal.

A partir da mecânica quântica e das evidências experimentais realizadas por

inúmeros cientistas ao redor do mundo, vamos procurar redefinir alguns conceitos

biológicos ainda escorados na velha física clássica.

2. Hipóteses A somatória dos “domínios de coerência” (DEL GIUDICE, 1994, 1998) do soluto no

solvente aparentam interferir entre si;

Quando diluições sucessivas do soluto, ultrapassam o número de Avogadro, ainda

permanecem as atividades “corporativas”;

Deve existir um modelo organizador biológico (ANDRADE, 1958) escorado em

possíveis “estruturas virtuais quânticas”. (E.V.Q.)

3. Metodologia O método adotado foi de revisão bibliográfica e exploratório quanto aos aspectos

físico/matemáticos, onde além dos valores históricos, foram rediscutidos e associados

resultados experimentais, no desenvolvimento da nova hipótese, obtidos por inúmeros

cientistas que já pesquisaram o assunto, em diversos países do mundo e já citados

anteriormente.

Algumas premissas foram adotadas como ponto de partida, pois o propósito é

apresentar um novo modelo teórico (EVQ) Estrutura Virtual Quântica, diretamente

associado as atividades “corporativas”, através do qual procurou-se justificar a funcion

alidade das ultradiluições.

As premissas adotadas dentro deste trabalho podem ser assim resumidas: em

primeiro lugar a homeopatia não é placebo, cita-se neste caso, os trabalhos: (SMITH,

1966; BONAMIN, 2001; BELON, 2000; DEL GIUDICE, 1994,1998; BASTIDE, 1995,

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2000, 2001; VAN WASSENHOVEN, 1999). Nas ultradiluições o campo

eletromagnético natural de uma substância, em solução, poderia gerar no solvente certos

“domínios de coerência”, (DEL GIUDICE, 1994, 1998). Estes domínios imporiam no

solvente padrões de mudança; o ser biológico, pelo fato de ser formado de matéria,

observa as leis da mecânica quântica (GOSWAMI, 2000; BOHM, 1951; WALKER,

1970). Adotou-se o conceito de sistema aberto da teoria dos sistemas complexos

(BASTIDE, 2000). A informação biológica recebida pelo corpo, exerceria um papel de

significante biológico, capaz de gerar modificações fisiológicas após a sua elaboração

pelo organismo (BASTIDE, 1995). Foi admitido no meio biológico a existência de

correlações não locais, a maneira identificada pela mecânica quântica nos experimentos

de Aspect (ASPECT, 1982; WOLF, 1981; BASTIDE, 2000). A dualidade

onda/partícula pode ser assim descrita: há um conceito, na mecânica quântica, de que

não há distinção entre ondas e partículas; partículas podem se comportar como ondas, e

vice-versa (HAWKING, 2002; GREINER, 2000).

A partir das premissas adotadas, sugeriu-se a existência de EVQ que seriam as

responsáveis pelos resultados obtidos nas Ultradiluições.

4. Discussão Modelo EVQ.

Aparentemente as impregnações residuais do soluto, nas altas diluições, se portam

como se ainda tivessem uma estrutura molecular sólida, ou seja, como se ainda tivessem

ligadas por uma pseudo “energia de ligação”.

Isto nos faz supor a existência de um modelo “virtual” quântico do elemento soluto

(EVQ) (figuras 1 a 5).

O EVQ seria descrito por uma função de onda portadora da informação do soluto.

No âmbito da mecânica quântica, os objetos são descritos por funções de onda, de tal

modo que uma molécula não é de fato simplesmente uma molécula, mas há uma

interpretação probabilística, que é tal que uma tal molécula tem sempre uma

probabilidade diferente de zero de estar em qualquer lugar. Se colocarmos uma

informação em qualquer ponto de um líquido, por exemplo através de uma molécula, há

uma função de onda descrevendo tal informação. Suponhamos que haja uma diluição

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desta solução. Classicamente, uma função de onda tipo perturbação poderia ser descrita,

em primeira aproximação, por uma função constante, com um certo número quântico,

digamos n, que caracteriza a molécula, isto é,

ϕn (x) nfV

1= (1)

onde V é o volume da solução, e fn uma função discreta, que não depende da posição,

tem módulo unitário, e caracteriza um número quântico genérico n de modo que

contenha toda a fenomenologia e os efeitos físicos do agente medicamentoso. Dentro da

teoria quântica, a diluição da solução implica basicamente em um aumento do volume V

acima, e jamais será possível o completo desaparecimento da função de onda clássica.

Se esta caracterização for possível, por maior que seja a diluição haverá uma marca,

qual seja, o número quântico n da função de onda ϕ. Mais ainda, é possível uma

comunicação direta através da função de onda entre partes da solução.

Soluções químicas são objetos de difícil estudo, havendo uma literatura complexa

para sua compreensão (TOMASI et al., 1994; CRAMER et al., 1999).

De modo geral, o tratamento padrão de soluções baseia-se no uso de uma função de

onda para o solvente que é tal que ele se comporta como um observador externo, um

vácuo na linguagem de teoria de campos, ou um dielétrico, na linguagem do

eletromagnetismo clássico. O soluto fica então exposto à Hamiltoniana que o descreve,

com um potencial efetivo que descreve sua interação com o solvente.

O modelo básico contínuo é descrito através de uma Hamiltoniana que supõe um

conjunto de núcleos, que podem ser para nós tidos como a molécula do soluto, nas

posições nucNQQQ 11�≡ , com elétrons nas posições eNqqq �1≡ . Colocaremos

também números quânticos efetivos Nnnn �1≡ . Suporemos ainda uma Hamiltoniana

efetiva que dependa de modo menos crucial nas variáveis Q , já que será útil uma

formulação onde as funções de onda que dependem de Q , sejam tais que descrevam

ondas livres em tais variáveis. Assim, estaremos supondo que o soluto, como um todo,

em uma primeira aproximação seja descrito por uma onda plana em solução no solvente,

com números quânticos jn que estarão dispersos pelo mesmo solvente, e eventualmente

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outros aspectos das funções de onda iniciais, descritas por funções das variáveis

intrínsecas q .

A Hamiltoniana que descreverá o soluto será portanto

( ) ( ) int0 ;; ν+= QqHQqH , (2)

onde o segundo termo do lado direito, correspondente ao potencial de interação,

descreverá os detalhes da interação soluto/solvente. A informação sobre o soluto está

contida na equação de Schrödinger (SCHRÖDINGER, 1969)

( ) ( ) ( )QqnEQqnQqH ;;;;; Ψ=Ψ (3)

Todo interesse químico reside na solução de tal equação, que dará as propriedades da

solução como função das energias acima obtidas. A descrição da densidade eletrônica

daí decorrente será de fundamental importância para que se descubram as propriedades

químicas desejadas. A solução será obtida principalmente por técnicas numéricas, tais

como aproximação de Hartree-Fock, ou outros métodos numéricos (TOMASI et al.,

1994; CRAMER et al., 1999).

No caso de nossa suposição de soluções extremamente diluídas em um meio

dielétrico, faz sentido portanto a suposição de que a função de onda seja uma onda

plana nas variáveis que descrevam cada molécula como um todo, ou seja as variáveis

Q , e que não seja trivial nas outras variáveis, quais sejam q e n , que descrevem

propriedades intrínsecas das moléculas, que suporemos aqui não sejam destruídas no

processo de solução, já que nossa hipótese fundamental é que o solvente seja a água ou

qualquer outro que não destrua propriedades intrínsecas do soluto.

Neste caso temos a solução geral

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( ) ( )qneV

Qqn QkiNel

;1

;; . ψ=Ψ , (4)

onde V é o volume total da solução, k descreve o momento de cada molécula, não nos

interessando no momento dada sua trivialidade, e o restante da função de onda, ( )qn;Ψ ,

descreve propriedades intrínsecas do soluto dentro da solução.

A questão que se coloca agora, mais que a descoberta da solução ( )qn;Ψ

propriamente dita, é o que de fato estamos descrevendo.

Note-se primeiramente que a função ( )qn;Ψ contém toda a informação referente à

função de onda do soluto. Todavia as propriedades químicas ficam enfraquecidas em

soluções muito diluídas, já que o objeto fundamental de estudo da química da solução

sera a distribuição eletrônica, dada por

( ) ( ) ∏Ψ�−=elN

jqdQqnQqnel2

2

1 ;;;;ρ , (5)

onde se está, no caso acima, interessado apenas na distribuição de cargas referente ao

primeiro elétron, cognominado elétron 1. É de se notar que a expressão (4) acima tem

um fator 1/V. Para soluções ultradiluídas este fator tende a zero, e a distribuição de

cargas efetivamente tenderá a se anular.

Todavia, haverá sempre uma marca da função de onda inicial dentro da solução

através dos números quânticos n . A próxima questão que se coloca é se estes números

quânticos serão capazes de marcar a solução de modo que esta possa levar a informação

contida no elemento original.

O próximo passo na solução geral do problema colocado é obter a solução geral

para o conjunto formado pela solução como um todo.

Tal solução geral, em primeira aproximação, se compõe do produto das duas

funções de onda,

( ) ( ) ( )QqnxxQqn solvtot ;;;;; Ψ×=Ψ ξ (6)

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O problema seguinte será o de definir funções que independam do volume da

solução e que ainda assim dependam dos números quânticos associados ao soluto. Isto

não será tão difícil, pode-se definir

( ) ( ) ∏Ψ�=elN

jtot qdxQqnxn1

2

;;;;ω (7)

que contém toda a informação sobre os números quânticos do soluto, não contendo

todavia a mesma informação com respeito à distribuição de cargas, o que levaria a

propriedades químicas semelhantes ao soluto, o que não é desejável. Além disso, não há

mais dependência no volume da solução, e se poderá então tomar um volume

infinitamente grande, o que corresponde a uma ultra diluição.

Quando considera-se a função de onda (4) tem-se que, ao ser diluída através da

mistura a uma outra quantidade de solvente, o vetor de onda k diminui, e o

comprimento de onda conseqüentemente aumenta. Isto é compatível com a mecânica

quântica, que diz que quanto maior o espaço onde está uma partícula, com condições de

contorno de uma caixa, os comprimentos de ondas possíveis, serão tanto maiores. Isto

também significa que a função de onda está mais dispersa, alcançando pontos mais

longe do que o faria com menores comprimentos de onda, em cujo caso estaria mais

restrita a uma região menor.

Com maiores comprimentos de ondas, é mais provável a dispersão da onda por

efeito túnel, o alcance da função será menos restritivo.

5. Conclusões Acredita-se que a tão propalada memória da água não seja exclusividade deste

elemento pois na experiência, “Non-Molecular Information Transfer from Thyroxine to

Frogs”, descrita neste trabalho, foi possível observar-se que a informação foi copiada de

um meio analógico para um digital (placa de silício) sem perda de informação.

Foi visto que todo retículo cristalino pode ser impressionado por uma função de onda

(tipo perturbação) desde que a agitação seja percebível pelo retículo (que haja

ressonância).

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Quanto à hipótese de modificação de natureza eletromagnética se produzir no curso

de dinamização do líquido (água pura ou mistura de água e álcool) parece pouco

provável face a natureza quântica do fenômeno (dual onda/partícula).

Como se pode perceber cada soluto se caracteriza por uma somatória de sinais

ondulatórios que formam uma marca que o representa.

Os sinais quânticos do soluto na sua forma clássica apresentam-se “vestido” de

massa, vindo a integrar o mundo da matéria usualmente perceptível pelos sentidos.

Os homeopatas correlacionam dinamização do princípio ativo com a potência do

remédio, e isto parece fazer sentido, já que para dinamizar necessitamos diluir e

sucussionar.

Quando dilui-se obtem-se maiores comprimentos de onda e portanto aumentando a

probabilidade de penetração da onda, por efeito tunel (tunelamento).

Quanto ao papel das sucussões arrisca-se pensar que é um dos possíveis mecanismos

para manter a mistura homeopática homogênea e com isso a coerência quântica é

dependente do processo da sucussão.

Experimentalmente sabe-se que quando não ocorre o processo de sucussão da

mistura, o remédio homeopático não apresenta a funcionalidade habitual.

A partir daí, acredita-se que este processo gera uma 0Ε (energia inicial) no sistema

(mistura).

A transformação de energia potencial em energia cinética com a consequente

liberação de calor para o meio, acarreta uma perda (diminuição) do grau de liberdade do

sistema (soluto/solvente) pois a mistura tende a compensar a perda de calor para o meio

com mudanças estruturais internas.

Onde então poderíamos escrever:

tt ΕΨ=ΗΨ

( ) ( )xQqnxQqn totttott ,,,,,, ΨΕ=ΨΗ (8)

onde tΗ seria o start da mudança.

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A reprodutibilidade se faz por semelhança de campos (funções de onda), o que muito

se assemelha ao que ocorre entre o remédio ultradinamizado e o paciente

homeopatizado, conforme estamos propondo em nosso modelo.

O modelo também permite explicar porque algumas dinamizações, de um dado

princípio ativo, funcionam mais do que outras, ou mesmo como funciona o conceito de

remédio único, bem como as famílias de remédios semelhantes.

As dinamizações levam a um grau de penetração e coerência maior, apesar da

ausência estrutural, química e mesmo física na acepção clássica da palavra.

Um dos pontos intrigantes da funcionalidade homeopática está na ressonância de

determinadas regiões ou sistemas do corpo com determinados grupos de informações

contidos no soluto adequado, acredita-se que para isso acontecer torna-se necessário que

o corpo biológico também seja quântico, ou seja, propoem-se a existência de degraus

quânticos para os elementos biológicos.

Mas se for possível supor isto, ter-se-ia, que estes locais estariam carregados também

de cargas instrucionais (informações) relativas àquele órgão, sistema ou região, seriam

como unidades inteligentes autonomas na sua funcionalidade específica, mas altamente

dependentes na funcionalidade integral.

Conclusão quanto ao uso da mecânica quântica.

O que se poderá dizer após tais elocubrações e especulações é dificil de se prever. A

mecânica quântica tem propriedades incríveis, e que podem levar a uma grande

reinterpretação dos valores físicos em certos objetos. Pode-se chegar a propriedades

completamente diferentes daquelas previstas inicialmente a partir de constatações

clássicas, e podemos inclusive ter conclusões que contradizem aquilo a que chamamos

senso comum, que acaba por perder seu sentido em um mundo quântico, e que deve ser

completamente reinterpretado. O senso comum em um mundo quântico toma ares muito

diferentes e contornos totalmente novos. É claro que ele ainda existe, mas não tem mais

o sentido com o qual o entendemos em nossa experiência diária, tem isto sim, que ser

reestudado, existindo em uma experiência completamente nova.

Com isto, espera-se ter uma semente daquilo que se acredita ser aquela das

ultradiluições com propriedades excepcionais.

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