Asma ICC Fibrose ... Beclometasona nasal 50mcg –aplicar 1 jato em cada narina 12/12 h. Caso...
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Asma
Paula Meireles
São Paulo, 26 de agosto de 2010
Interação entre genética, exposição ambiental e outros fatores específicos
Episódios recorrentes de sibilância, dispnéia, aperto no peito e tosse
Limitação variável ao fluxo aéreo
Hiper-responsividade
ASMA
Definição
Doença inflamatória crônica
Impacto da asma
• Asma:
– Doença crônica comum
– Afeta mais de 300 milhões de pessoas
– Prevalência aumentando
24,10%
10,30%
10,10%
Gravidez, parto e puerpério
Doenças do aparelho cardiovascular
Doenças do aparelho respiratório
http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/tabfusion/tabfusion.cfm
MORBIDADE HOSPITALAR - MUNICÍPIO:SÃO PAULO/SP
Distribuição Percentual das Internações por Grupo de Causas 2005
Fonte SIH/SUS
Alta MorbidadeFreqüentes visitas aos hospitais / PS / consultórios
50
43
22
29
23
9
25
10
7
30
19
15
47
13
10
0 10 20 30 40 50
Visitas de Urgêncianão agendadas no
Visitas ao PS no
Hospitalizados no
último ano
Japão Ásia-Pacífico
Europa EUA
América Latina
último ano
último ano
% de pacientes Rabe, Eur Respir J, 2000
Adams, J Allergy Clin Immunol, 2002Lai, J Allergy Clin Immunol, 2003
AIRLA: Qualidade de Vida:Significativa Limitação de Atividades
29 30
4044
47
2523
36 36
47
21 23
3135
41
37 36
4447
51
19
1517
43
33
0
10
20
30
40
50
60
Atividadessociais
Escolhadecarreira
Atividadefísicanormal
Sono Esportes
Japão Ásia-Pacífico
Europa EUA
América Latina
% de pacientes
Rabe, Eur Respir J, 2000Adams, J Allergy Clin Immunol, 2002
Lai, J Allergy Clin Immunol, 2003
Intermitente
Persistente leve
Persistente moderada
Persistente grave
Classificação da gravidade - GINA 2007
Classificação da asma quanto à gravidade antes do tratamento
Intermitente Persistente leve
Persistente moderada
Persistente grave
Sintomas diurnos <1x/semana
Sintomas diurnos >1x/semana
<1x/diaSintomas diários Sintomas diários
contínuos
Exacerbações leves Exacerbações podem afetar atividade e sono
Exacerbações podem afetar atividade e sono
Exacerbações frequentes
Sintomas noturnos <2x/mês
Sintomas noturnos >2x/mês
Sintomas noturnos >1x/semana
Sintomas noturnos frequentes
VEF1 ou PFE80%p VEF1 ou PFE80%p VEF1 ou PFE 60-80%p VEF1 ou PFE60%
Variabilidade VEF1 ou PFE<20%
Variabilidade VEF1 ou PFE<20-30%
Variabilidade VEF1 ou PFE>30%
Variabilidade VEF1 ou PFE>30%
Bateman ED. GINA 2008. Eur Resp Journal 2008; 31: 143-78Bateman ED. GINA 2008. Eur Resp Journal 2008; 31: 143-78
Nem tudo que sibila é asma ...
Rinosinusite crônica
Refluxo gastroesofágico
Infecções virais recorrentes
DPOC
ICC
Fibrose cística
Displasia broncopulmonar
Tuberculose
Mal formação congênita
Aspiração de corpo estranho
Imunodeficiências
Doenças cardíacas congênitas
Manejo da Asma
O objetivo fundamental do manejo da asma é a
OBTENÇÃO DO CONTROLE
Antigamente ...
Ópio para asma
Líquido volátil colocado em uma panela e aquecido por um lampião de querosene
Apesar do aumento do arsenal terapêutico ...
A asma está sem controle
Qual eu uso?????
2,4%
Controle da Asma
AIRLA: Somente 2,4% dos pacientes atingem oscritérios de controle da asma
2,3% entre adultos
2,6% entre crianças
Bateman ED. GINA 2008. Eur Resp Journal 2008; 31: 143-78
Níveis de controle da asma
Característica Controlada(todos os abaixo)
Parcialmente controlada
(1 na semana)Não controlada
Sintomas diurnos Nenhum (<2x/semana) 2x/semana
3 ou mais achados da parcialmente controlada
Limitação das atividades Nenhum (<2x/semana) Alguma
Sintomas noturnos Nenhum Algum
Medicação de resgate Nenhum (<2x/semana) 2x/semana
Função pulmonar (VEF1 ou PFE) Normal (>80%p) <80%p
Exacerbações Nenhuma 1x/ano 1x/semana
Medicamentos controladores
Corticosteróide inalatórioBeta-2 agonista de longa duraçãoMontelucasteTeofilinaOmalizumabeCorticosteroide oral
Corticóides inalatórios
Medicamentos de primeira escolha no tratamento de manutenção da asma persistente
• Redução dos sintomas
• Redução da necessidade de medicação de resgate
• Redução do número de hospitalizações
• Melhora na função pulmonar
• Diminuição da hiperresponsividade das vias aéreas
• Monitorização dos possíveis efeitos colaterais
O QUE FALTA ?
INFORMAÇÃO
Estamos fazendo bem nosso trabalho?
Principais causas do não controle da asma
Prescrições inadequadas
Uso incorreto dos dispositivos inalatórios
Não adesão
Má relação médico/paciente
Diagnóstico incorreto
Aderência ao tratamento
• É essencial para um resultado positivo
• OMS: 50% dos pacientes não aderem a qualquer tratamento proposto
Asma: 30 - 70%.
J Bras Pneumol. 2006;32(Supl 7):S 447-S 474
Motivos da não aderência
• Não intencional:
– Esquecimento
– Má compreensão / barreira de linguagem
– Incapacidade física
• Intencional:
– Não usar / usar de outra maneira
• Sobreposição
– Habilidade x motivação
J Bras Pneumol. 2006;32(Supl 7):S 447-S 474
Controle
inadequado ou
sub-ótimo
Morbidade
• Consultas e emergência
• Internações
• Absenteísmo
Mortalidade
• > 50 % em não-aderentes
Custos
• Por maior uso de recursos
Implicações da não-aderência
Não
aderência
Manuseio dos dispositivos inalatórios
• Se houver uma deposição pulmonar inadequada devido a uma técnica incorreta, mesmo os melhores medicamentos podem ser inefetivos
• A inalação correta é um dos fatores essenciais para o sucesso no manejo da asma
Respir Care 2008; 53: 314-15
Spray: Deposição pulmonar
10 a 40%
Espaçadores
Menor deposição na orofaringe
Possibilidade de utilização com máscara
Menor necessidade de coordenação
Fluxo linear
Deposição de partículas não respiráveis
Deposição pulmonar dos pMDI
80% 16%
56%
21%10-15%
Quais as medicações disponíveis rede pública ?
• Beclometasona spray 250 mcg
• Salbutamol spray 100 mcg
• Formoterol + Budesonida 12/400 mcg
O papel da enfermagem na asma
• Fundamental!
– Orientar sobre o que é a doença e suas complicações
– Checar se peak flow esta dentro do predito
– Checar e estimular a aderência
– Checar técnica no uso de dispositivos
Equipe multidisciplinar
Controle da asma
Psicólogo
Enfermeiro
Médico
Asma / Rinite Alérgica
80% dos asmáticos têm RA
Pacientes portadores de asma
Adaptado de Bousquet J y cols. J Allergy Clin Immunol. 2001;108(suppl 5):S147–S334; Sibbald B. Thorax. 1991;46:895–901;Leynaert B y cols. J Allergy Clin Immunol. 1999;104:301–304;Brydon MJ. Asthma J. 1996:29–32.
SimilaridadesAsma / Rinite Alérgica
Bousquet J et al. J Allergy Clin Immunol. 2001;108(suppl 5):S148–S149.
Infiltração eosinofílica
Rinite alérgica Asma
Mucosa nasal Mucosa brônquica
Caso clínico 1
• RAP, 20 anos, procedente de Ribeirão Preto
• Refere chiado na infância até os 5 anos. Assintomático desde então.
• Iniciou há 8 meses com episódios de opressão torácica e sibilância a cada 2 meses aproximadamente.
• Refere um episódio de despertar noturno desde o retorno dos sintomas.
• Apresenta sintomas de rinite o ano todo, porem sem tratamento.
Caso clínico 1
• Exame físico na consulta: BEG, eupneico, FR 13, MV sem RA.
• Peak flow 400 (predito de 350)
• HD: Asma
• Classificação ?
• Rinite persistente leve
Caso clínico 1
• RAP, 20 anos, procedente de Ribeirão Preto
• Refere chiado na infância até os 5 anos. Assintomático desde então.
• Iniciou há 8 meses com episódios de opressão torácica e sibilância a cada 2 meses aproximadamente.
• Refere um episódio de despertar noturno desde o retorno dos sintomas.
• Apresenta sintomas de rinite o ano todo, porem sem tratamento.
Caso clínico 1
• Exame físico na consulta: BEG, eupneico, FR 13, MV sem RA.
• Peak flow 400 (predito de 350)
Classificação da asma quanto à gravidade antes do tratamento
Intermitente Persistente leve
Persistente moderada
Persistente grave
Sintomas diurnos <1x/semana
Sintomas diurnos >1x/semana
<1x/diaSintomas diários Sintomas diários
contínuos
Exacerbações leves Exacerbações podem afetar atividade e sono
Exacerbações podem afetar atividade e sono
Exacerbações frequentes
Sintomas noturnos <2x/mês
Sintomas noturnos >2x/mês
Sintomas noturnos >1x/semana
Sintomas noturnos frequentes
VEF1 ou PFE80%p VEF1 ou PFE80%p VEF1 ou PFE 60-80%p VEF1 ou PFE60%
Variabilidade VEF1 ou PFE<20%
Variabilidade VEF1 ou PFE<20-30%
Variabilidade VEF1 ou PFE>30%
Variabilidade VEF1 ou PFE>30%
Bateman ED. GINA 2008. Eur Resp Journal 2008; 31: 143-78Bateman ED. GINA 2008. Eur Resp Journal 2008; 31: 143-78
Caso clínico 1
• Asma intermitente
• Rinite persistente leve
• Prescrição:
Salbutamol spray 100mcg - inalar 2 puff 6/6h se crise
Beclometasona nasal 50mcg – aplicar 1 jato em cada narina 12/12 h
Caso clínico 2
• AJ, 35 anos, natural do Rio de Janeiro
• Refere início na adolescência de sibilos, dificuldade para dormir e tosse. Já realizou inúmeros tratamentos com “bombinhas” por alguns meses sem sucesso.
• Atualmente apresenta sibilos 1 a 2 vezes na semana durante o dia e de 15 em 15 dias acorda a noite com falta de ar. Tosse seca principalmente pela manha.
• Apresenta “crises” pelo menos uma vez ao mês com falta no trabalho.
Caso clínico 2
• Exame físico na consulta: BEG, eupneico, FR 15, MV sem RA no momento.
• Peak flow 300 (predito de 350)
• HD: Asma
• Classificação ?
Caso clínico 2
• AJ, 35 anos, natural do Rio de Janeiro
• Refere início na adolescência de sibilos, dificuldade para dormir e tosse. Já realizou inúmeros tratamentos com “bombinhas” por alguns meses sem sucesso.
• Atualmente apresenta sibilos 1 a 2 vezes na semana durante o dia e de 15 em 15 dias acorda a noite com falta de ar. Tosse seca principalmente pela manha.
• Apresenta “crises” pelo menos uma vez ao mês com falta no trabalho.
Caso clínico 2
• Exame físico na consulta: BEG, eupneico, FR 15, MV sem RA no momento.
• Peak flow 300 (predito de 350)
Classificação da asma quanto à gravidade antes do tratamento
Intermitente Persistente leve
Persistente moderada
Persistente grave
Sintomas diurnos <1x/semana
Sintomas diurnos >1x/semana
<1x/diaSintomas diários Sintomas diários
contínuos
Exacerbações leves Exacerbações podem afetar atividade e sono
Exacerbações podem afetar atividade e sono
Exacerbações frequentes
Sintomas noturnos <2x/mês
Sintomas noturnos >2x/mês
Sintomas noturnos >1x/semana
Sintomas noturnos frequentes
VEF1 ou PFE80%p VEF1 ou PFE80%p VEF1 ou PFE 60-80%p VEF1 ou PFE60%
Variabilidade VEF1 ou PFE<20%
Variabilidade VEF1 ou PFE<20-30%
Variabilidade VEF1 ou PFE>30%
Variabilidade VEF1 ou PFE>30%
Bateman ED. GINA 2008. Eur Resp Journal 2008; 31: 143-78Bateman ED. GINA 2008. Eur Resp Journal 2008; 31: 143-78
Caso clínico 2
• Asma persistente leve
• Prescrição:
– Beclometasona 250 mcg - 2 puff ao dia contínuo
– Salbutamol spray 100mcg - inalar 2 puff 6/6h se crise
– Retorno em 3 meses com prova de função
Bateman ED. GINA 2008.
Eur Resp Journal 2008; 31: 143-78
Caso Clínico 3
Mulher, 60 anos, do lar, procedente de SP
Asma grave na infância, com diversas internações. Desenvolveu rinite e apresentou melhora da asma após os 12 anos. Há 3 anos iniciou episódios de chiado, tosse seca, opressão torácica e dispnéia, acompanhados de crises de rinite. Sintomas diurnos 3x/semana, com melhora após salbutamol; acorda à noite pelos sintomas 2 a 3 vezes por semana.
Exame físico na consulta: BEG, eupneica, FR 18, Sat 97%, sibilos expiratórios na ausculta.
Caso Clínico 3
Mulher, 60 anos, do lar, procedente de SP
Asma grave na infância, com diversas internações. Desenvolveu rinite e apresentou melhora da asma após os 12 anos. Há 3 anos iniciou episódios de chiado, tosse seca, opressão torácica e dispnéia, acompanhados de crises de rinite. Sintomas diurnos 3x/semana, com melhora após salbutamol; acorda à noite pelos sintomas 2 a 3 vezes por semana.
Exame físico na consulta: BEG, eupneica, FR 18, Sat 97%, sibilos expiratórios na ausculta.
Classificação da asma quanto à gravidade antes do tratamento
Intermitente Persistente leve
Persistente moderada
Persistente grave
Sintomas diurnos <1x/semana
Sintomas diurnos >1x/semana
<1x/diaSintomas diários Sintomas diários
contínuos
Exacerbações leves Exacerbações podem afetar atividade e sono
Exacerbações podem afetar atividade e sono
Exacerbações frequentes
Sintomas noturnos <2x/mês
Sintomas noturnos >2x/mês
Sintomas noturnos >1x/semana
Sintomas noturnos frequentes
VEF1 ou PFE80%p VEF1 ou PFE80%p VEF1 ou PFE 60-80%p VEF1 ou PFE60%
Variabilidade VEF1 ou PFE<20%
Variabilidade VEF1 ou PFE<20-30%
Variabilidade VEF1 ou PFE>30%
Variabilidade VEF1 ou PFE>30%
Bateman ED. GINA 2008. Eur Resp Journal 2008; 31: 143-78
Caso Clínico 3
Diagnóstico:
Asma
Classificação: Persistente grave
Prescrição: Formoterol-budesonida 12/400mcg – inalar 1 medida 12/12h
Salbutamol spray 100mcg - inalar 2 puff 6/6h se crise
Beclometasona nasal 50mcg – aplicar 1 jato em cada narina 12/12 h
Esquema simplificado para o tratamento da asma baseado no estado de controle
Estado de controle Conduta
ControladoManter o paciente na mais baixa etapa de
controle
Parcialmente
controladoConsiderar aumento da etapa de controle
Não controlado Aumentar a etapa até obter o controle
Exacerbação Condutas apropriadas para a ocorrência
Adaptado da revisão do Global Initiative for Asthma (GINA), 2006.
Programa de manejo da asma:
Identificar e reduzir exposição a fatores de risco
• Exposição ambiental
• Tabagismo
• Obesidade
• Estresse
Metas: manejo a longo prazo
• Obter e manter o controle dos sintomas
• Prevenir crises
• Manter a função pulmonar o mais próximo possíveldo valor normal
• Manter nível normal de atividades, incluíndo o exercício
• Evitar efeitos adversos do tratamento da asma
• Prevenir o desenvolvimento de limitação irreversívelao fluxo aéreo
• Prevenir mortalidade devido a asma
Programa de manejo da asma: parceria médico/paciente
• Educação
• Estabelecer metas comuns
• Auto-monitoração:
– combinação da avaliação do controle com interpretação dos sintomas
• Visitas médicas regulares
• Plano escrito de ação:
– medicação de uso regular e de resgate
– Como proceder em caso de exacerbações
Atingindo e Mantendo o Controle da Asma
NAEPP – EPR 3, 2007
Avaliação e Monitoramento
Medicações
Controle de co-morbidades
e fatoresambientais
Educação em asma
Paciente
Obrigada!