ASPECTOS DAS FORMAÇÕES VEGETAIS/ USO E OCUPAÇÃO DO …

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ASPECTOS DAS FORMAÇÕES VEGETAIS/ USO E OCUPAÇÃO DO SOLO - FOLHA MIR-244 – CALAMA - FOLHA MIR-245 – RIO ROOSEVELT - FOLHA MIR-270 – RIO MACHADINHO - FOLHA MIR-271 – RIO GUARIBA - MEMÓRIA TÉCNICA Parte 2: Sistematização das Informações Temáticas NÍVEL COMPILATÓRIO DSEE-VG-US-MT-002

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ASPECTOS DAS FORMAÇÕES VEGETAIS/ USO E OCUPAÇÃO DO SOLO - FOLHA MIR-244 – CALAMA - FOLHA MIR-245 – RIO ROOSEVELT - FOLHA MIR-270 – RIO MACHADINHO - FOLHA MIR-271 – RIO GUARIBA - MEMÓRIA TÉCNICA Parte 2: Sistematização das Informações Temáticas NÍVEL COMPILATÓRIO DSEE-VG-US-MT-002

PLANO DA OBRA

PROJETO DE DESENVOLVIMENTO AGROAMBIENTAL DO ESTADO DE MATO GROSSO - PRODEAGRO

ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO: DIAGNÓSTICO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO DO ESTADO DE MATO GROSSO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA NA FORMULAÇÃO DA 2ª APROXIMAÇÃO

Parte 1: Consolidação de Dados Secundários

Parte 2: Sistematização das Informações Temáticas

Parte 3: Integração Temática

Parte 4: Consolidação das Unidades

CNEC – Engenharia S.A.

Governo do Estado de Mato Grosso Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral - SEPLAN Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD)

PROJETO DE DESENVOLVIMENTO AGROAMBIENTAL DO ESTADO DE MATO GROSSO - PRODEAGRO

ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO: DIAGNÓSTICO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO DO ESTADO DE MATO GROSSO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA NA FORMULAÇÃO DA 2ª APROXIMAÇÃO

ASPECTOS DAS FORMAÇÕES VEGETAIS/ USO E OCUPAÇÃO DO SOLO - FOLHA MIR-244 – CALAMA - FOLHA MIR-245 – RIO ROOSEVELT – FOLHA

MIR-270 – RIO MACHADINHO - FOLHA MIR-271 – RIO GUARIBA - MEMÓRIA TÉCNICA

Parte 2: Sistematização das Informações Temáticas NÍVEL COMPILATÓRIO

MARCO ANTONIO VILLARINHO GOMES MARIO VITAL DOS SANTOS

CUIABÁ

FEVEREIRO, 2001

GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO

Dante Martins de Oliveira

VICE-GOVERNADOR

José Rogério Salles

SECRETÁRIO DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL

Guilherme Frederico de Moura Müller

SUB SECRETÁRIO

João José de Amorim

GERENTE ESTADUAL DO PRODEAGRO

Mário Ney de Oliveira Teixeira

COORDENADORA DO ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO

Márcia Silva Pereira Rivera

MONITOR TÉCNICO DO ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO

Wagner de Oliveira Filippetti

ADMINISTRADOR TÉCNICO DO PNUD

Arnaldo Alves Souza Neto

EQUIPE TÉCNICA DE ACOMPANHAMENTO E SUPERVISÃO DA SEPLAN

Coordenadora do Módulo Biótico/Uso do Solo

LUZIA IVO DE ALMEIDA ARIMA (Geógrafa)

Coordenadora do Módulo Sócio-Econômico/ Jurídico-Institucional

MARILDE BRITO LIMA (Economista)

Coordenadora do Módulo Cartografia/Geoprocessamento

LIGIA CAMARGO MADRUGA (Engª Cartógrafa)

Supervisores de Tema

DALILA VARGAS OLIVARES SIFUENTE (Geógrafa)

LIGIA CAMARGO MADRUGA (Enga. Cartógrafa)

LUZIA IVO DE ALMEIDA ARIMA (Geógrafa)

JOÃO BENEDITO PEREIRA LEITE SOBRINHO (Engo Agrônomo)

MARIA APARECIDA CERCI DE PAIVA (Enga. Agrônoma)

Consultor PNUD para o Módulo Biótico/ Uso do Solo

RICARDO RIBEIRO RODRIGUES (Biólogo/Botânico)

Consultor PNUD para o Módulo Sócio-Econômico/ Jurídico Institucional

SÉRGIO ADÃO SIMIÃO (Engo. Agronômo)

Consultor PNUD para Geoprocessamento/ Banco de Dados

EMÍLIO CARLOS BOCHÍLIA (Analista de Organização, Sistemas e Métodos de Informações – OIM)

Supervisão do Banco de Dados

GIOVANNI LEÃO ORMOND (Administrador de Banco de Dados)

VICENTE DIAS FILHO (Analista de Sistema)

EQUIPE TÉCNICA DE EXECUÇÃO

CNEC - Engenharia S.A.

GERÊNCIA E COORDENAÇÃO

LUIZ MÁRIO TORTORELLO (Gerente do Projeto)

KALIL A. A. FARRAN (Coordenador Técnico)

MARCO A. V. GOMES (Coordenador Técnico do Meio Sócio-Econômico/Jurídico Institucional)

MÁRIO VITAL DOS SANTOS (Coordenador Técnico do Meio Físico-Biótico)

MARIA MADDALENA RÉ (Coordenadora de Uso e Ocupação do Solo)

EQUIPE TÉCNICA DE CAMPO

ADRIANA ROZZA (Engª Agrônoma)

FRANCISCO O. DE CARVALHO (Estagiário)

GÉZA ARBOCZ (Engº Agrônomo)

LAURA CRISTINA FEINDT URREJOLA (Geógrafa)

LUÍS CARLOS BERNACCI (Biólogo)

MÁRCIA VISIBELLI (Geógrafa)

MARIA TEREZINHA MARTINS (Geógrafa)

MARTA CAMARGO DE ASSIS (Bióloga)

MÔNICA TAKAKO SHIMABUKURO (Bióloga)

NATÁLIA M. IVANAUSKAS (Engª Agrônoma)

PAULA PINTO GUEDES (Bióloga)

RENATO GOLDENBERG (Engº Agrônomo)

RUBENS ANTÔNIO ALVES BARRETO (Engº Florestal)

SALVADOR RIBEIRO FILHO (Engº Florestal)

EQUIPE TÉCNICA DE FOTOINTERPRETAÇÃO

LAURA CRISTINA FEINDT URREJOLA (Geógrafa)

MÁRCIA VISIBELLI (Geógrafa)

MARIA TEREZINHA MARTINS (Geógrafa)

PAULA PINTO GUEDES (Bióloga)

RUBENS ANTÔNIO ALVES BARRETO (Engº Florestal)

EQUIPE TÉCNICA DE GABINETE

DENISE TONELLO (Arquiteta)

EDUARDO CECONELO (Eng.º Civil)

FRANCISCO O. DE CARVALHO (Estagiário)

MADALENA LÓS (Bióloga)

MARCELO DE PAULA FERREIRA (Arquiteto)

MÁRCIA VISIBELLI (Geógrafa)

MARIA TEREZINHA MARTINS (Geógrafa)

PAULA PINTO GUEDES (Bióloga)

PENÉLOPE LOPES (Arquiteta)

VERA MÁRCIA ARRIGHI (Arquiteta)

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 001

2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS E OPERACIONAIS ESPECÍFICOS ÀS FOLHAS CALAMA/ RIO ROOSEVELT E RIO MACHADINHO / RIO GUARIBA 003

2.1. DOCUMENTAÇÃO 003

2.2. INTERPRETAÇÃO DAS IMAGENS 003

2.3. TRABALHOS DE CAMPO 005

2.4. INTEGRAÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO DOS DADOS 006

3. CARACTERIZAÇÃO DAS UNIDADES DE MAPEAMENTO 008

3.1. FORMAÇÕES VEGETAIS 008

3.1.1. Formações Savânicas e Campestres 008

3.1.1.1. Sd - Savana Florestada (Cerradão) 008

3.1.1.2. Saf - Savana Arborizada com Floresta de Galeria 008

3.1.1.3. Sa - Savana Arborizada (Cerrado) 009

3.1.1.4. Sp - Savana Parque (Campo Cerrado) 009

3.1.1.5. Spf - Savana Parque com Floresta de Galeria 010

3.1.2. Formações Ripárias 010

3.1.2.1. Fa - Floresta Aluvial 010

3.1.3. Formações Florestais 010

3.1.3.1. Fo - Floresta Ombrófila 010

3.1.3.2. Fe - Floresta Estacional 011

3.1.4. Formações de Contatos 012

3.1.4.1. FoFe - Floresta Ombrófila/Floresta Estacional 012

3.1.4.2. FoS - Floresta Ombrófila/Savana 012

3.1.5. Formações Antropizadas 013

3.1.5.1. Fr - Floresta Remanescente 013

3.1.5.2. Fs - Formação Secundária 013

3.2. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO 013

3.2.1. Aspectos Gerais: Ocupação e Estruturação do Território 013

3.2.2. Usos Agropecuários 014

3.2.2.1. Ap - Uso Agropecuário em Pequenas Propriedades 014

3.2.2.2. Agp - Uso Agropecuário em Médias e Grandes Propriedades com predomínio de Pastagens 017

3.2.3. M - Extrativismo Mineral 017

3.2.4. Ua - Uso Antrópico em Unidade de Conservação 018

4. CARACTERÍSTICAS DO MEIO FÍSICO ASSOCIADAS ÀS FORMAÇÕES VEGETAIS E AO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO 018

5. BIBLIOGRAFIA 023

ANEXOS

ANEXO I - RELAÇÃO DAS FICHAS DE CAMPO CAMPANHA DE FORMAÇÕES VEGETAIS/ USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

ANEXO II – RELAÇÃO DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM DA ICTIOFAUNA E DO POTENCIAL PESQUEIRO

ANEXO III – RELAÇÃO DAS ÁREAS DAS FORMAÇÕES VEGETAIS/ USO E OCUPAÇÃO DO SOLO POR MUNICÍPIO

ANEXO IV - FOTOGRAFIAS

ANEXO V – FOLHAS CALAMA, RIO ROOSEVELT, RIO MACHADINHO E RIO GUARIBA

A001 FORMAÇÕES VEGETAIS/ USO E OCUPAÇÃO DO SOLO – MIR 244/245

A002 FORMAÇÕES VEGETAIS/ USO E OCUPAÇÃO DO SOLO – MIR 270/271

LISTA DE QUADROS

001 CHAVE DE IDENTIFICAÇÃO DOS PADRÕES INTERPRETADOS 004

002 PRINCIPAIS PADRÕES DE USO E RESPECTIVOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO OBSERVADOS NA REGIÃO HOMOGÊNEA. – AHP 1. PARTICIPAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS EM NÚMERO (%) E EM ÁREA OCUPADA (%) 016

LISTA DE FIGURAS

001 LOCALIZAÇÃO DAS FOLHAS CALAMA, RIO ROOSEVELT, RIO MACHADINHO E RIO GUARIBA NO ESTADO 002

002 LOCALIZAÇÃO DAS CAMPANHAS DE CAMPO 007

003 DIVISÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA E ELEMENTOS DE INFRA-ESTRUTURA 015

004 PRINCIPAIS FEIÇÕES DE PAISAGEM 021

1

1. INTRODUÇÃO

A presente Memória Técnica refere-se aos trabalhos de mapeamento das Formações Vegetais/ Uso e Ocupação do Solo executados no encarte constituído pela Folhas Calama - MIR 244 (SC.20-X-A), Rio Roosevelt – MIR-245 (SC.20-X-B), Rio Machadinho – MIR-270 (SC.20-X-C) e Rio Guariba – MIR 271 (SC-20-X-D) compreendidas no Estado de Mato Grosso. As Folhas mapeadas situam-se na extremidade noroeste do Estado, entre os paralelos 8o45’ e 10o00’ de latitude sul e os meridianos 60o00’e 61º45’ de longitude oeste de Greenwich (Figura 001).

O território mapeado é limitado a norte pelo Estado do Amazonas e a oeste pelo Estado de Rondônia; compreende parte dos municípios de Aripuanã, Colniza e Rondolândia. Não são presentes núcleos urbanos, apenas as localidades Comunidade do Rio Guariba e Panelas, originadas de projetos de colonização, ambas acessadas pela rodovia MT-206. Esta rodovia é o único acesso à região, interligando-se a sudeste, a Juruena e Aripuanã; a noroeste, esta rodovia liga-se por estradas precárias, à rodovia Transamazônica (BR-230). A acessibilidade à região também ocorre por via fluvial e aérea.

A área é drenada, em sua porção oriental, pelo Rio Guariba (bacia do Aripuanã); na porção centro-ocidental é compreendida pela bacia do Rio Roosevelt, constituída por este rio e seus afluentes, Rios Branco e Madeirinha. Em sua maior parte está inserida na Depressão da Amazônia Meridional, entremeada por relevos residuais. Na extremidade noroeste, são presentes formas mais dissecadas e elevadas.

A cobertura vegetal dominante é constituída de formações ombrófilas, com contatos da Floresta Estacional associada aos relevos residuais, de solos mais rasos. A norte, em correspondência às formações serranas, ocorrem contatos da Floresta Ombrófila com a Savana.

A ocupação é rarefeita, limitada pelas dificuldades de acesso e pelo afastamento de centros urbanos, sendo constituída por pequenas propriedades associadas a projetos de colonização e por grandes a muito grandes propriedades dedicadas à pecuária, estas entretanto com pequena parcela de seu território produtivo.

São presentes atividades de mineração (garimpos de ouro e diamante), destacando-se a mineração São Francisco (cassiterita), às margens do Rio Madeirinha e tributários, hoje desativada. Também ocorrem atividades de extrativismo vegetal; há extração madeireira, apesar das precárias condições de acesso e ação dos seringueiros.

O município de Colniza abarca as áreas legalmente protegidas: Estações Ecológicas do Rio Madeirinha e do Rio Roosevelt e a Reserva Extrativista Guariba/Roosevelt.

050 100 200 300 km

ESCALA : gráfica

Figura 001

Fonte: CNEC Engenharia, 2000

DIAGNÓSTICO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICODO ESTADO DE MATO GROSSOE ASSISTÊNCIA TÉCNICA NA FORMULAÇÃO DA SEGUNDA APROXIMAÇÃOD O Z O N E A M E N T O S Ó C I O - E C O N Ô M I C O - E C O L Ó G I C O

Localização do Encarte Folhas Mir 244/245/270/271 no Estado

63°00'

63°00'

61°30'

61°30'

60°00'

60°00'

58°30'

58°30'

57°00'

57°00'

55°30'

55°30'

54°

54°00'

52°30'

52°30'

51°00'

51°00'

7°7°

8°8°

9°9°

10°10°

11°11°

12°12°

13°13°

14°14°

15°15°

16°16°

17°17°

18°

19°

18°

19°

49°30'

49°30'

SC 20 XA

SC 20 XC

SC 20 ZA SC 20 ZB SC 21 YA SC 21 YB SC 21 ZA SC 21 ZB SC 22 YA SC 22 YB

SC 20 ZD SC 21 YC SC 21 YD SC 21 ZC SC 21 ZD SC 22 YC SC 22 YD

SD 20 XB SD 21 VB SD 21 XA SD 21 XB SD 22 VA SD 22 VB SD 22 XA

SD 20 XD SD 21 VC SD 21 VD SD 21 XC SD 21 XD SD 22 VC SD 22 VD SD 22 XC

SD 20 ZB SD 21 YA SD 21 YB SD 21 ZA SD 21 ZB SD 22 YA SD 22 YB SD 22 ZA

SD 20 ZD SD 21 YC SD 21 YD SD 21 ZC SD 21 ZD SD 22 YC

SE 20 XB SE 21 VA SE 21 VB SE 21 XA SE 21 XB SE 22 VA SE 22 VB

SE 21 XD

SE 22 YA

SC 20 XD SC 21 VC

SC 20 XB SC 21 VA

SC 21 VD SC 21 XC SC 21 XD SC 22 VC SC 22 VD SC 22 XC

246245244

270

295 296

316

336

353

369

385

401 402 403

417 418 419 420

433

404 405 406 407

386 387 388

NN 00 NN

000

389 390 391

370 371 372 373 374 376

354 355 356 357 358 359 360

337 338 339 340 341 342 343

317 318 319 320 321 322 323

297 298 299 300 301 302 303

271 272 273 274 275 276 277 278

SC 22 ZA

SC 22 ZC

SD 21 VA

SE 22 VC

SD 22 YD

SE 21 VD SE 21 XC

247

SC 21 VB

220

SB 21 YD

375

CONVENÇÕES ADOTADAS

Código da Base Cartográfica

Localização da Folha no Estado

Código MIR

3

2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS E OPERACIONAIS ESPECÍFICOS ÀS FOLHAS CALAMA/ RIO ROOSEVELT E RIO MACHADINHO / RIO GUARIBA

A metodologia geral que norteou os trabalhos de mapeamento das Formações Vegetais/ Uso e Ocupação do Solo, na escala 1:250.000, encontra-se detalhada no Relatório DSEE-VG/US-RT-001 - “Formações Vegetais e Uso e Ocupação do Solo - Aspectos Gerais: Procedimentos Metodológicos e Atividades Realizadas”, onde são tratados os aspectos gerais do trabalho, tais como: dados secundários utilizados; procedimentos metodológicos seguidos no decorrer dos trabalhos; critérios de interpretação utilizados na identificação dos padrões das imagens; procedimentos específicos às diversas campanhas de campo; correlação de dados secundários e relativos a outros setores de estudo relacionados ao tema.

2.1. DOCUMENTAÇÃO

Os trabalhos de cunho regional utilizados, que abrangem o encarte, referem-se a:

- Projeto RADAMBRASIL Folha SC.20 Porto Velho, escala 1:1.000.000.

Na delimitação dos padrões de uso e ocupação e das formações vegetais, abrangendo totalmente a área das folhas estudadas, foram utilizadas as imagens de satélite LANDSAT TM5 231/66 e 231/67 (16/08/94), 230/66 e 230/67 (09/08/94), composição colorida, bandas 3, 4 e 5; para definição de padrões duvidosos (nuvens, queimadas) foi também consultado o mosaico de RADAR SC.20 XA/XB/XC/XD (Projeto RADAMBRASIL), todos na escala 1:250.000.

Visto a defasagem temporal entre as imagens interpretadas (1994) e o estágio atual dos trabalhos, foram consultadas os mapas referentes as folhas Rio Guariba, Calama, Rio Roosevelt, Rio Machadinho, do trabalho “Mapa da Dinâmica de Desmatamento do Estado de Mato Grosso” (1999; escala 1:250.000), elaborado pela FEMA – Fundação Estadual do Meio Ambiente. Nas folhas temáticas, foram demarcadas as áreas desmatadas entre esta data e 1997 (imagem mais recente interpretada pela FEMA).

2.2. INTERPRETAÇÃO DAS IMAGENS

A interpretação das imagens de satélite seguiu aos procedimentos gerais explicitados no Relatório DSEE-VG/US-RT-001. De maneira geral, os processos de mapeamento foram realizados a partir de levantamentos florísticos e fitofisionômicos da vegetação e verificações do uso do solo em campo, aliados a fotointerpretação analógica de imagens de satélite Landsat TM 5.

Após a conclusão dos trabalhos comparou-se os resultados obtidos ao mapeamento realizado pelo Projeto RADAMBRASIL, verificando-se que, de modo geral, houve algumas diferenciações quanto à legenda das formações vegetais em relação a este, advindas da escala mais aproximada dos trabalhos e da redução do estado de conservação da vegetação, pela intensificação dos processos de antropização ocorridos na região nos últimos anos.

As principais alterações correspondem a:

4

− Foram agrupadas como Floresta Ombrófila, as florestas discriminadas no Projeto RADAM como Ombrófila Densa e Ombrófila Aberta;

− A Floresta Ombrófila Densa anteriormente mapeada pelo RADAM foi qualificada como Contato Ombrófila/Estacional, Ombrófila/Savana e, secundariamente, Floresta Estacional, por corresponder a zonas de relevo dissecado, com solos rasos;

Foram também discriminadas Formações Savânicas na porção noroeste e centro-norte (MIR-245).

Constatou-se a ocorrência de 12 padrões de mapeamento relativos às formações vegetais e 4 padrões característicos de áreas antropizadas. Estes padrões foram, em situações específicas, correlacionados. A legenda definida pelos padrões das imagens, corroborada pelas informações de campo é apresentada no Quadro 001, a seguir:

QUADRO 001 CHAVE DE IDENTIFICAÇÃO DOS PADRÕES INTERPRETADOS

LEGENDA PADRÃO DA IMAGEM OBSERVAÇÕES FORMAÇÕES VEGETAIS

Sd – Savana Florestada (Cerradão)

Tons de verde claro a médio, textura e granulação de fina a média, quando presentes formações ciliares.

Ocorrência associada à Savana Arborizada, mapeada na porção centro-norte e noroeste da Folha MIR-271; a noroeste, prolonga-se para norte nas Folhas MIR-244/245, associada às margens do Rio Madeirinha e afluentes.

Sa - Savana Arborizada (Cerrado)

Saf - Savana Arborizada com Floresta de Galeria

Tons de verde claro a médio, com textura de granulação fina. Quando presentes formações ciliares, alinhamentos verdes ao longo das drenagens.

Aparece em pequenas áreas, geralmente associada à Savana Arborizada e à Savana Parque, como fisionomia codominante.

Sp – Savana Parque

Spf - Savana Parque com Floresta de Galeria Tons de rosa médio e textura fina.

Nas Folhas MIR-244/245, ocupa grande extensão no maciço da Serra da Fortaleza. Fisionomia campestre, geralmente serpenteada pelas florestas de galeria; na Folha MIR-271, tem sua maior extensão na Serra das Panelas, a norte.

Fa - Floresta Aluvial Tons de verde médio, com textura fina.

Ocupa pequenos terraços ou faixas descontínuas ao longo dos principais rios.

Fo - Floresta Ombrófila Tons de verde médio escuro, textura com granulação fina a média.

Fisionomia predominante em toda a extensão das Folhas MIR 244/245/270/271

Fe - Floresta Estacional Tons de verde médio com mosqueamento rosa claro.

Ocorrência descontínua em todo o encarte, em pequenas manchas, associada a relevos residuais.

FoFe - Contato Floresta Ombrófila/Floresta Estacional

Tons de verde médio a escuro, com mosqueamento verde claro; textura e granulação fina a média.

Ocorrência descontínua em todo o encarte, associada a relevos dissecados.

(continua...)

5

QUADRO 001 CHAVE DE IDENTIFICAÇÃO DOS PADRÕES INTERPRETADOS (...continuação)

LEGENDA PADRÃO DA IMAGEM OBSERVAÇÕES FORMAÇÕES VEGETAIS

FoS - Contato Floresta Ombrófila / Savana

Tons de verde médio a escuro com mosqueamento rosa claro.

Ocupa áreas dissecadas, na extremidade centro-norte da MIR-271, prolongando-se na MIR-245 e no interflúvio dos Rios Madeirinha e Ji-Paraná (MIR-270 e 271).

Fr - Floresta Remanescente Tons de verde claro a médio. Ocorrência em pequena área junto ao Rio Roosevelt, a sul.

Fs – Formação Secundária Tons de verde claro a médio. Ocorrência associada à proximidade de áreas de uso, destacando-se, como extensão, sua presença às margens do Rio Roosevelt (MIR-271).

USO DO SOLO Ap - Uso Agropecuário em pequenas propriedades

Tons de verde claro e rosa claro a médio.

Ocorre na Folhas MIR-270/271

Agp - Uso Agropecuário em médias e grandes propriedades com predomínio de pastagens

Formas geométricas definidas, com tons que variam do verde claro ao rosa médio, textura fina.

Ocorre, com maior expressão, ao longo do Rio Roosevelt, na Folha MIR-271.

M – Extrativismo Mineral Formas geométricas regulares, com tons que variam do cinza claro ao rosa médio e textura fina. Em algumas situações específicas, quando há água nas áreas mineradas, a tonalidade é azulada.

Corresponde a áreas de garimpo identificadas nas imagens (MIR-245) e a extensa área de mineração às margens do Rio Madeirinha e tributário (MIR-241).

Ua - Uso Antrópico em Unidade de Conservação

Tom de rosa com formas geométricas regulares.

Ocorre nas Folhas MIR 240/245 e 270/271. Próximo ao Rio Madeirinha; I.São Liberato e porção I.Pombal. E, com maior expressão na Serra do Pingadeiro.

FONTE: CNEC, 1997.

Nas formações savânicas, diferentes tipologias encontram-se associadas em manchas não mapeáveis na escala dos trabalhos, tendo sido agrupadas legendas compostas, onde o primeiro padrão é dominante; áreas de ocupação também são entremeadas por remanescentes de formações florestais.

2.3. TRABALHOS DE CAMPO

As Folhas Calama, Rio Roosevelt, Rio Machadinho e Rio Guariba foram cobertas pelas seguintes Campanhas de Campo, cujos roteiros são esquematizados na Figura 002:

− 01 Campanha relativa ao mapeamento dos padrões de uso e às formações vegetais, realizada em setembro de 1997 (parte do Roteiro 2), quando foram percorridos os eixos viários transitáveis. Foram definidos os padrões de uso e das formações vegetais ao longo dos percursos, tendo sido amostrados, para definição dos padrões, 11 pontos, apresentados no Anexo I e locados nas Folhas temáticas (Pontos 01 a 11).

− 01 Ponto de Amostragem de Potencial Pesqueiro, realizado no Rio Roosevelt – Panelas.

A Pesquisa Sócio-Econômica-Agronômica realizou entrevistas que possibilitaram a qualificação das atividades e do perfil do produtor rural.

As campanhas de campo restringiram-se às áreas com condições de acessibilidade (porção setentrional da MIR-271); as precárias condições de acesso por via terrestre impediram a averiguação dos padrões na maior parte da região.

6

2.4. INTEGRAÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO DOS DADOS

Como descrito na Metodologia Geral (Relatório DSEE-VG/US-RT-001), na interpretação preliminar e no acompanhamento da campanha de campo, foram utilizados dados de outros setores de estudo, relacionados ao tema em tela, notadamente no que diz respeito aos aspectos de solos, formas do relevo, padrões da ocupação, presença de equipamentos de infra-estrutura.

Após as campanhas de campo e a revisão do mapeamento preliminar dos padrões de uso e das formações vegetais, foi realizado trabalho de sistematização das informações de outros temas, necessárias à compreensão dos processos de ocupação e à descrição das formações vegetais presentes na região. Os dados primários utilizados para o processo de correlação referem-se essencialmente aos resultados dos levantamentos de campo; aos resultados da pesquisa Sócio-Econômica-Agronômica; aos relatórios temáticos de Geologia, Geomorfologia e Solos específicos às folhas. A correlação dos dados permitiu a definição da legenda temática dos padrões que constam das Folhas Formações Vegetais/ Uso e Ocupação do Solo – MIR-244/245/270/271.

61 00'o61 30'o61 45'o 60 00'o

08 30'o

09 00'o

10 00'o

010 20 40 60 km

Rio

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Rio

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Rio

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Ig. Cujubim

MIR 245

MIR 271

MIR 244

MIR 270

Aripuanã /Juruena

BR 230

Estado doAmazonas

MT 206

MT 206

Rio

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eirin

ha

Rio

Taru

Ig. S

ole

dade

Rio

dasR

osas

MineraçãoSão Francisco

Panelas

ComunidadeRio Guariba

Fonte: CNEC Engenharia, 2000

CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS

Limite Municipal

Limite Estadual

Sede Municipal

Distrito e/ou Localidade

Viário Principal

Hidrografia/Lago

Unidade de Conservação

CAMPANHAS DE CAMPO

Uso do Solo / Vegetação:

Roteiro 02

Potencial Pesqueiro:

P.01

P.1

ESCALA : 1:1.500.000

Figura 002

DIAGNÓSTICO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICODO ESTADO DE MATO GROSSOE ASSISTÊNCIA TÉCNICA NA FORMULAÇÃO DA SEGUNDA APROXIMAÇÃOD O Z O N E A M E N T O S Ó C I O - E C O N Ô M I C O - E C O L Ó G I C O

Campanhas de CampoEncarte Folhas Calama / Rio Roosevelt / Rio Machadinho / Rio GuaribaSC. 20-X-A / SC. 20-X-B / SC. 20-X-C / SC. 20-X-DMir 244/245/270/271

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3. CARACTERIZAÇÃO DAS UNIDADES DE MAPEAMENTO

3.1. FORMAÇÕES VEGETAIS

3.1.1. Formações Savânicas e Campestres

3.1.1.1. Sd - Savana Florestada (Cerradão)

É a expressão florestal das formações savânicas, que se desenvolve sobre solos profundos e de média fertilidade, freqüentemente podzólicos e latossolos. As árvores que constituem o dossel possuem troncos geralmente grossos, com espesso ritidoma, porém, sem a marcante tortuosidade geralmente observada nas savanas. A estratificação é simples e o componente arbóreo é perenifólio, atingindo altura em torno de 15m, podendo chegar a 18m.. Não há um estrato arbustivo nítido e o estrato graminoso esparso é entremeado de espécies lenhosas de pequeno porte. Tem composição florística diversificada, contendo espécies das expressões mais abertas das savanas, que assumem hábito arbóreo, e da Floresta Estacional, raramente presentes em outras formações savânicas. Epífitas são raras. É também denominada “Cerradão” ou “Savana Arbórea Densa”.

São características do estrato superior espécies como: sucupira-branca (Pterodon pubescens), sucupira-preta (Bowdichia virgilioides), jatobá (Hymenaea courbaril), tingui (Magonia pubescens), pau-terra (Qualea sp), pau-santo (Kielmeyera coriacea), pau-de-sobre (Emmotum nitens), jacarandás (Machaerium sp e Dalbergia sp).

Tem ocorrência associada à Savana Arborizada, estando presente sobre Areias Quartzosas e plintossolos nas serras da porção noroeste do encarte.

3.1.1.2. Saf - Savana Arborizada com Floresta de Galeria

Esse padrão é constituído pela fisionomia da Savana Arborizadas associada a Formação Ripária. Porém, devido às pequenas extensões desta, não foi possível sua individualização através de mapeamento, na escala de trabalho.

Estas Formações Ripárias formam estreitas faixas e na seqüência, onde o solo é mais fértil permite o desenvolvimento de florestas, estando presentes espécies como ingás (Inga sp), figueiras (Ficus sp), pinha-do-brejo (Talauma ovata), pindaíba-do-brejo (Xylopia emarginata). Ao lado destas essências tipicamente ripárias, ocorrem ainda elementos estacionais, uma vez que estas formações não estão submetidas ao estresse hídrico verificado no ambiente savânico. Por constituírem faixas contínuas que se destacam na paisagem de formações abertas, recebem a denominação de Florestas-de-Galeria.

3.1.1.3 Sa - Savana Arborizada (Cerrado)

Corresponde à fisionomia savânica propriamente dita, caracterizando-se pelo aspecto xeromorfo do componente arbustivo-arbóreo e pelo expressivo estrato herbáceo, onde

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predominam gramíneas cespitosas (que formam touceiras). Variações fisionômicas e estruturais, decorrentes de características pedológicas diferenciadas e de perturbações antropogênicas expressam-se pela distribuição espacial irregular de indivíduos, ora com adensamento do estrato arbustivo-arbóreo, ora com maior predomínio do componente herbáceo. A altura varia entre 2m e 7m. Apresenta, como característica marcante, estrato arbóreo composto de exemplares de troncos e galhos retorcidos, casca espessa e folhas grandes, muitas vezes coriáceas.

Constitui uma formação vegetal relativamente aberta, geralmente manejada com fogo, podendo representar feições alteradas de Savanas Florestadas, submetidas a pressões antrópicas.

É denominada em sentido amplo de “Cerrado”. Ocorre sobre vários tipos de solos, mais freqüentemente em latossolos álicos, mas também em solos podzólicos, concrecionários e Areias Quartzosas. Espécies características: jatobá-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa), ipê-do-cerrado (Tabebuia caraiba), araticum (Annona coriacea), pequizeiro (Caryocar brasiliensis), mangaba (Hancornia speciosa), lixeirinha (Davilla elliptica), colher-de-vaqueiro (Salvertia convallariaeodora), lixeira (Curatella americana), pau-santo (Kielmeyera coriacea), pau-terra (Qualea sp), muricis (Byrsonima sp), entre outras. A ocorrência de lianas não se dá de forma agressiva, sendo, em sua maioria, herbáceas ou semi-lenhosas.

Associada ou não a Savanas Florestadas, caracteriza ambientes serranos situados a noroeste.

3.1.1.4. Sp - Savana Parque (Campo Cerrado)

Nesta fisionomia prevalece o componente herbáceo e arbustivo com indivíduos arbóreos presentes de forma esparsa, compondo uma das expressões campestres das Savanas, denominada também “Campo Cerrado”. É encontrada sob diversas condições, desde planícies de inundação até topos ou encostas pedregosas, podendo ter origem natural, decorrente das condições do substrato, ou ser resultante de ação antrópica, pelo manejo anual de queimadas para uso agropecuário.

Embora prevaleçam gramíneas no estrato herbáceo, são também freqüentes espécies das famílias Compositae e Leguminosae sendo, portanto, a composição florística bastante diversificada. Já os componentes arbustivos e arborescentes (altura entre 1 a 2 metros) constituídos de plantas características da Savana Arborizada, são pobres em espécies. Alguns dos representantes lenhosos são: cajuzinho (Anacardium humile), araticum (Annona coriacea), faveira (Dimorphandra mollis), marmelo (Alibertia sp), lobeira (Solanum lycocarpum), colher-de-vaqueiro (Salvertia convallariaeodora).

Ocorre em pequena mancha a centro norte do encarte, associada a Savana Arborizada, sobre solos plintossolos e Areias Quartzosas.

3.1.1.5. Spf - Savana Parque com Floresta de Galeria

Esse padrão representa áreas de Savanas Parque onde Formações Ripárias estão presentes porém, devido às pequenas extensões, não é possível sua individualização através de mapeamento, realizado na escala do trabalho.

Estas Formações Ripárias formam faixas ao longo das margens dos rios e córregos onde ocorrem espécies como: ingás (Inga sp), figueira (Ficus sp), pinha-do-brejo (Talauma ovata), pindaíba-do-brejo (Xylopia emarginata). Ao lado destas essências tipicamente ripárias,

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ocorrem ainda elementos estacionais junto às regiões marginais menos atingidas pela presença da água. Por constituírem faixas contínuas que se destacam na paisagem de formações abertas, recebem a denominação de Florestas-de-Galeria ou Florestas Ciliares.

Tem ocorrência bastante expressiva junto ao Igarapé Cujubim e, na extremidade norte do encarte, no interflúvio dos Rios Roosevelt e Guariba.

3.1.2. Formações Ripárias

3.1.2.1. Fa - Floresta Aluvial

Ocorre seletivamente em solos aluviais, em planícies de inundação sazonal dos rios. Apresenta elementos botânicos estacionais e ombrófilos, predominando estes ou aqueles, de acordo com o domínio em que se insere. Sua composição florística, contudo, é relativamente distinta e menos diversa em relação às formações florestais de interflúvios, devido às restrições decorrentes do substrato periodicamente encharcado. Verificam-se espécies seletivas higrófilas, dentre as quais destacam-se: jenipapo (Genipa americana), olandi (Calophyllum brasiliensis), ingá (Inga sp) e leiteiro (Sapium sp). As palmeiras são boas indicadoras do tipo e das condições hídricas do solo, uma vez que maripá (Attalea maripa), bacuri (Attalea phalerata) e bacaba (Oenocarpus sp) dominam nas planícies aluviais. Em grotas e outros sítios de maior umidade ocorrem ainda paxiúbas (Iriartea sp) e palmiteiro (Euterpe precatoria). O baixo potencial madeireiro, a impossibilidade de exploração agrícola e a ausência de fogo, colocam este tipo de vegetação, de modo geral, em situação privilegiada em relação à sua preservação.

Está presente nas planícies fluviais dos Rios Guariba, Madeirinha, Ji-Paraná e Roosevelt, sendo bastante expressivas neste último. Limitam-se com Florestas Ombrófilas, recebendo influência da flora destas formações.

3.1.3. Formações Florestais

3.1.3.1. Fo - Floresta Ombrófila

Desenvolve-se em solos de boa a média fertilidade como podzólicos argilosos e latossolos, embora ocorra também em Areias Quartzosas (com grossa camada de serapilheira) ou em solos aluviais. Representa uma formação florestal pluriestratificada, de grande porte, com dossel de 20 a 30m de altura e emergentes que atingem até 45m, com predomínio de espécies perenifólias epífitas são muito freqüentes, assim como lianas e plantas escandentes. Entre as espécies de maior porte destacam-se a castanheira (Bertholletia excelsa), os paricás ou angelim-de-saia (Parkia pendula) e, localmente, mogno (Swietenia macrophylla). Muitas espécies têm grande valor econômico, por fornecerem madeira de alta cotação no mercado como ucuuba (Virola sp), muiracatiara (Astronium nelson-rosae), jatobá (Hymenaea sp), pequiá (Caryocar villosum), etc. Entre as frutíferas com reconhecido valor econômico estão castanheira (Bertholletia excelsa), açaí (Euterpe oleracea), cupuaçu (Theobroma cf. subincanum), cacau (Theobroma sp).

Em algumas localidades, ocorre grande quantidade de palmeiras, dentre as quais citam-se paxiúbas (Iriartea sp), inajá (Attalea maripa), palmito (Euterpe precatoria), bacabas (Oenocarpus sp), conferindo fisionomia peculiar à floresta, também denominada “Ombrófila Densa com Palmeiras”.

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A musácea sororoca (Phenakospermum guianense) marca o subosque nas expressões aluviais destas florestas e grupos de palmeira açaí (Euterpe oleracea) crescem sobre solos úmidos das baixadas e margens dos rios.

É a formação predominante, ocorrendo nas amplas áreas de relevo aplanado da Depressão Amazônica, recobrindo principalmente solos podzolizados.

3.1.3.2. Fe - Floresta Estacional

Formação pluriestratificada, apresentando dossel de 25-30m de altura, com emergentes. Tem ocorrência associada à estacionalidade climática e a solos geralmente mais férteis do que aqueles observados sob as Savanas. A maior relação com a estacionalidade ocorre na região centro/sul do Estado, onde o período seco varia entre 3 a 5 meses (maio a agosto). Na região norte esta formação está relacionada aos relevos mais dissecados onde ocorrem afloramentos rochosos e portanto solos mais rasos com menor disponibilidade de água. Apresenta grande complexidade estrutural e elevada biomassa, constituindo comunidades bastante diversas. Lianas e epífitas são freqüentes. São características, entre outras, as seguintes espécies: cedro (Cedrela fissilis), guatambu e peroba (Aspidosperma sp), cabreúva (Myroxylon peruiferum), paineira (Chorisia speciosa), mamica (Zanthoxylum riedelianum) e pau-jangada (Apeiba tibourbou).

Esta floresta é denominada semidecidual ou decidual dependendo da densidade menor (até 50%, geralmente em torno de 20%) ou maior (acima de 50%) de espécies decíduas, respectivamente. Dentre as árvores que perdem total ou parcialmente as folhas no período desfavorável destacam-se: ipês (Tabebuia roseo-alba, T. serratifolia, T. impetiginosa), guatambus e perobas (Aspidosperma sp), embiruçus (Pseudobombax longiflorum e P. tomentosum), gonçalo-alves (Astronium fraxinifolium), angicos (Anadenanthera macrocarpa e A falcata), e aroeira-preta (Myracrodruon urundeuva).

Há também ocorrência de palmeiras como inajá (Attalea maripa), bocaiuva (Acrocomia sclerocarpa) e babaçu (Orbignia speciosa), esta última muito favorecida com as queimadas.

Esta formação está presente em manchas descontínuas sobre relevos residuais em toda a área do encarte, sendo as ocorrências mais expressivas localizadas a nordeste, relacionadas com a Serra do Pujaria. Também na porção central do encarte, na Serra da Caçapa, esta floresta ocupa áreas relativamente extensas.

3.1.4. Formações de Contatos

3.1.4.1. FoFe - Floresta Ombrófila / Floresta Estacional

Corresponde a uma formação de transição, onde ambos os tipos de vegetação se alternam em padrão de mosaico, mantendo sua identidade. Verifica-se, portanto, agrupamentos tipicamente de Floresta Ombrófila, com presença de espécies características como: seringueira (Hevea brasiliensis), itaúba (Mezilaurus itauba), palmiteiro (Euterpe precatoria) e sororoca (Phenakospermum guianense), e povoamentos característicos da Floresta Estacional, cuja composição florística inclui mamica (Zanthoxylum sp), jaracatiá (Jaracatia sp), jatobá (Hymenaea courbaril), todas decíduas no período de estiagem.

Ocorre em complexo mosaico, onde ambas as formações florestais se alternam, em função das características do substrato, com elementos ombrófilos predominando em solos

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profundos e úmidos, enquanto a Floresta Estacional se estabelece nas parte mais elevadas do relevo, onde são observados litossolos, formando encraves.

Fisionomicamente apresenta características de ambas as formações, com porte elevado, entre 20-30m de altura e emergentes de até 35m, apresentando-se perenifólia nas porções rebaixadas, enquanto que nos relevos residuais assume feição decídua.

Presente sobre relevos dissecados que constituem as serras do Repartimento no centro-oeste do encarte, da Água Azul, a leste, Amajari, a sudeste, e parte da Serra da Fortaleza, na extremidade noroeste.

3.1.4.2. FoS - Floresta Ombrófila/Savana

Corresponde a uma formação de transição, onde ambos os tipos de vegetação se alternam em padrão de mosaico, subordinado ao relevo, com elementos ombrófilos predominando em solos profundos e úmidos, próximo às linhas de drenagem, enquanto a Savana se estabelece nas parte mais elevadas do terreno.

Verifica-se presença de espécies típicas da Floresta Ombrófila, tais como: seringueira (Hevea brasiliensis), itaúba (Mezilaurus itauba), palmiteiro (Euterpe precatoria) e sororoca (Phenakospermum guianense), presentes nas porções rebaixadas do terreno, com solos mais úmidos, e representantes característicos da savana como sucupira-branca (Pterodon pubescens), sucupira-preta (Bowdichia virgilioides), jatobá (Hymenaea courbaril), tingui (Magonia pubescens), pau-terra (Qualea sp), pau-santo (Kielmeyera coriacea), caracterizando as porções elevadas dos interflúvios.

Ocorre em relevos dissecados na porção norte/noroeste do encarte, entre formações savânicas e Ombrófilas.

3.1.5. Formações Antropizadas

3.1.5.1. Fr - Floresta Remanescente

Ocorre em áreas intensamente ocupadas, onde florestas remanescentes estão presentes, porém com sinais de perturbações, notadamente relacionadas com a retirada seletiva de madeira. Apesar de manter elementos da floresta primária, apresentam-se com composição florística empobrecida e estrutura alterada, com redução da altura dossel, que se apresenta descontínuo e irregular. Nesta matas, espécies de valor madeireiro tornaram-se escassas.

Significativa área de vegetação remanescente ocorre ao longo do Rio Roosevelt, associada a áreas de uso antrópico.

3.1.5.2. Fs - Formação Secundária

Remanescente de floresta que, devido às perturbações causadas por retirada seletiva de madeiras, abertura de clareira e efeitos de borda, não apresenta características originais de estrutura, tendo altura menor, dossel irregular e raras emergentes. A composição florística é empobrecida em relação à floresta original, prevalecendo espécies secundárias e

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de baixo valor econômico. Geralmente apresenta pequenas extensões e encontra-se em áreas antropizadas.

Enquanto nas florestas preservadas, as lianas tem uma ocorrência discreta, nas formações secundárias as perturbações favorecem seu estabelecimento nas bordas, clareiras e interior, formando cortinas e colunas sobre as árvores. Entre as lianas mais comuns encontram-se representantes das famílias Bignoniaceae, Malpighiaceae, Sapindaceae, Mimosaceae, Caesalpiniaceae, Curcubitaceae, Vitaceae, Dioscoriaceae, Apocynaceae e Convolvulaceae, entre outras.

Está presente junto à margem direita do Rio Roosevelt, no extremo sul do encarte.

3.2. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

3.2.1. Aspectos Gerais: Ocupação e Estruturação do Território

O território do encarte abarca parte dos municípios de Aripuanã, Colniza e Rondolândia; não ocorrem áreas urbanas, sendo que os maiores aglomerados correspondem às localidades Panelas e Comunidade do Rio Guariba, assentadas lindeiras à MT-206, respectivamente às margens do Rio Roosevelt e do Rio Guariba (Figura 003).

A rodovia MT-206, orientada leste-oeste, percorre a extremidade setentrional da Folha MIR-271 alcançando o Rio Madeirinha, nas proximidades da Mineração São Francisco, atualmente desativada. Deste ponto, via local segue para norte, conectando-se à BR-230, rodovia Transamazônica, já no Estado do Amazonas. As condições deste sistema viário são precárias, principalmente a oeste do Rio Roosevelt, permitindo passagem apenas na estação seca. As ligações funcionais da região são, através da MT-206, com a região de Juruena e Aripuanã; a sul e a norte, as ligações ocorrem apenas por via fluvial.

São presentes no território as glebas de assentamento do INTERMAT, Panelas e Rio Guariba (ex. Filinto Müller), na porção centro-leste da MIR-271 e Rio Branco, na porção sudeste da MIR-271.

A Estação Ecológica do Rio Madeirinha (município de Colniza) estende-se na margem direita do Rio Madeirinha (MIR-245). Abrange ambientes ombrófilos e contatos com formações savânicas (Savana Florestada e Arborizada) às margens do igarapé da Cobra e extensas formações aluviais na planície do Rio Madeirinha.

A Estação Ecológica do Rio Roosevelt abrange o interflúvio dos Rios Roosevelt e Cujubim (MIR-246), em ambientes onde predomina o Contato Floresta Ombrófila/Estacional e a norte, a Floresta Ombrófila.

3.2.2. Usos Agropecuários

A descrição dos padrões de uso ocorrentes neste território está baseada no mapeamento resultante da interpretação das imagens de satélite, e dos resultados dos levantamentos efetuados através das campanhas de campo; sua caracterização é, ainda, baseada na Pesquisa Sócio-Econômica Agronômica, realizada junto aos estabelecimentos rurais do Estado. Os resultados desta pesquisa referem-se aos sistemas de produção agropecuária característicos de 13 Regiões Homogêneas, delimitadas com base em critérios explicitados no Relatório Técnico DSEE-VG/US-RT–002.

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O território das folhas insere-se na Região Homogênea AHP 1, que abrange a porção norte e noroeste do Estado, região esta significativamente maior que o território mapeado. Os dados selecionados pressupõem portanto um grau de generalização, corrigido parcialmente pelas observações das campanhas de campo e pela interpretação da imagem de satélite.

3.2.2.1. Ap- Uso Agropecuário em Pequenas Propriedades

Padrão de mapeamento caracterizado pelo predomínio do uso pecuário e secundariamente pela agricultura (mandioca, feijão, milho, arroz, café, banana). Na região homogênea AHP 1, esta tipologia de ocupação caracteriza-se por um conjunto de sistemas de produção (Quadro 002), onde predominam estabelecimentos com pecuária de baixa tecnologia, associados a produtores empresariais e familiares de pequeno porte econômico.

61 00'o61 30'o61 45'o 60 00'o

08 30'o

09 00'o

10 00'o

MUNICÍPIOS

01. Colniza02. Rondolândia03. Aripuanã

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

01. Estação Ecológica do Rio Madeirinha. Estação Ecológica do Rio Roosevelt02. Reserva Extrativista Guariba Roosevelt03

CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS

Limite Municipal

Limite Estadual

Sede Municipal

Distrito e/ou Localidade

Viário Principal

Hidrografia/Lago

Unidade de Conservação

010 20 40 60 km

ESCALA : 1:1.500.000

Figura 003

DIAGNÓSTICO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICODO ESTADO DE MATO GROSSOE ASSISTÊNCIA TÉCNICA NA FORMULAÇÃO DA SEGUNDA APROXIMAÇÃOD O Z O N E A M E N T O S Ó C I O - E C O N Ô M I C O - E C O L Ó G I C O

Divisão Político-Administrativa e Elementos de Infra EstruturaEncarte Folhas Calama / Rio Roosevelt / Rio Machadinho / Rio GuaribaSC. 20-X-A / SC. 20-X-B / SC. 20-X-C / SC. 20-X-DMir 244/245/270/271

Rio

Ro

vo se

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Madei ri nh a

Rio

Gua

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Rio

Bra

nco

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JP

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aran

Ig. Cujubim

MIR 245

MIR 271

MIR 244

MIR 270

Aripuanã /Juruena

BR 230

Estado doAmazonas

MT 206

MT 206

Rio

Mad

eirin

ha

Rio

Taru

Ig. S

ole

dade

Rio

dasR

osas

MineraçãoSão Francisco

Panelas

ComunidadeRio Guariba

01

02

03

0303

0101

0202

Fonte: CNEC Engenharia, 2000

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Na área mapeada, onde não houve condições para realização de levantamentos de campo, as áreas de uso são inexpressivas, correspondendo provavelmente a estabelecimentos com agricultura de baixa tecnologia e com pecuária de baixa e média tecnologia, associados ao produtor familiar de pequeno porte econômico.

No território mapeado, estes usos agropecuários concentram-se na Comunidade Rio Guariba, assentada lindeira à rodovia MT-206 onde, pelas averiguações de campo, ocorrem culturas de subsistência (propriedades com atividades agrícolas e pecuárias de baixa tecnologia, associadas a produtores familiares de pequeno porte econômico).

QUADRO 002 PRINCIPAIS SISTEMAS DE PRODUÇÃO OBSERVADOS E PADRÕES DE USO DE PROVÁVEL OCORRÊNCIA, PARTICIPAÇÃO NO TOTAL DE NÚMERO E DA ÁREA EXPLORADA DOS ESTABELECIMENTOS DA REGIÃO - AHP1

Padrão de Uso

Principais Sistemas de Produção * Participação em

Número (%) Participação em Área

(%) Ap Pecuária de média tecnologia

Produtor familiar de médio porte econômico -- •

Pecuária de baixa tecnologia Produtor empresarial de pequeno porte econômico

• •

Pecuária de baixa tecnologia Produtor familiar de pequeno porte econômico

• • • •

Agricultura de baixa e pecuária de média tecnologia Produtor familiar de pequeno porte econômico

• • --

Agricultura e pecuária de baixa tecnologia Produtor familiar de pequeno porte econômico

• • --

Agp Pecuária de média tecnologia Produtor empresarial de grande porte econômico

-- • • • •

Pecuária de média tecnologia Produtor empresarial de muito grande porte econômico

-- • • • •

Pecuária de média tecnologia Produtor empresarial de médio porte econômico

-- •

(*) A metodologia para definição dos sistemas de produção é descrita com detalhes no Relatório Técnico (DSEE-VG/US-RT-002). Percentual, em número, do sistema de produção no total dos estabelecimentos da AHP:

Percentual, em área, do sistema de produção em relação ao total de área dos estabelecimentos da AHP:

-- menor que 5% -- menor que 5% • de 5% a 10% • de 5% a 10%

• • de 10,1 a 15% • • de 10,1 a 15% • • • de 15,1 a 20% • • • de 15,1 a 20%

• • • • maior que 20% • • • • maior que 20% FONTE: CNEC, 1997.

As principais características dos sistemas de produção predominantes nas Folhas MIR-244/245/270 e 271, obtidas na Pesquisa Sócio-Econômica-Agronômica e constantes dos Quadros 002 são:

− Nos estabelecimentos de pecuária com manejo rudimentar, há utilização das pastagens naturais, com pequena aplicação de capital e baixo padrão zootécnico do rebanho;

− A pecuária, quando de baixa tecnologia, caracteriza-se pela utilização de pastagens naturais ou plantadas, com rebanhos de baixo padrão zootécnico. O manejo incorpora pequena aplicação de capital, podendo haver melhorias quanto ao uso de insumos e preparação das terras;

− Na agricultura de baixa tecnologia, a atividade é marcada pela força de tração manual, eventualmente complementada pela tração animal. Há uma baixa utilização de insumos, denotada pela qualidade das sementes e pelo nível de

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utilização de fertilizantes químicos e de calcário, com pequena aplicação de capital no manejo, melhoramento e conservação das terras e lavouras;

− Quando de média tecnologia, a atividade pecuária é marcada pela presença de pastagens plantadas, sendo que as atividades, de forma geral, incorporam o uso de insumos e melhor padrão zootécnico do rebanho. Caracteriza-se pela média aplicação de capital nas técnicas de manejo, melhoramento e conservação das terras e pastagens;

− Na agricultura de alta tecnologia é utilizada força de tração mecanizada, eventualmente complementada pela tração animal. Há um médio a alto uso de insumos, denotado pela qualidade das sementes e pelo nível de utilização de fertilizantes químicos e de calcário;

− Nas gestões onde o caráter é familiar, a maior parte da força de trabalho é fornecida pelos familiares do produtor, eventualmente complementada por empregados permanentes ou temporários. Nos sistemas onde a gestão é empresarial, a maior parte da força de trabalho é contratada, constituída por empregados permanentes, eventualmente complementada por empregados temporários;

− Em todos os sistemas associados a estas categorias de uso, os estabelecimentos de pequeno rendimento econômico têm receitas anuais médias inferiores a R$ 15.000,00. Nos estabelecimentos de porte econômico médio, a receita anual situa-se entre R$ 15.000,00 e 60.000,00; entre R$ 60.000,00 e 300.000,00 nos de grande porte econômico; é superior a R$ 300.000,00 nos de muito grande porte econômico (valores de dezembro de 1996).

3.2.2.2. Agp - Uso Agropecuário em Médias e Grandes Propriedades com Predomínio de Pastagens

Padrão de mapeamento caracterizado pelo predomínio de pastagens, sendo inexpressiva a participação de culturas. Na Região Homogênea AHP 1, onde este encarte se insere, esta tipologia de ocupação é caracterizada por um conjunto diversificado de sistemas de produção, onde predominam estabelecimentos com pecuária de média tecnologia, associados a produtores empresariais de médio, grande e muito grande porte econômico (Quadro 002).

Entretanto na área mapeada, onde as campanhas de campo foram limitadas pelas restritas condições de acessibilidade, este padrão de uso pode também estar associado a estabelecimentos rurais com baixo grau de exploração ou mesmo inexplorados. As zonas de ocupação, detectadas nas imagens de satélite, ocorrem lindeiras ao Rio Roosevelt, em situações sem acesso por via terrestre e, de forma descontínua, ao longo da rodovia MT-206, a leste do Rio Roosevelt.

3.2.3. M – Extrativismo Mineral

Na região noroeste do território da Folha ocorrem inúmeros jazimentos de estanho (cassiterita); a mineração São Francisco, hoje paralisada, foi importante centro de produção deste metal, inserida na porção oriental da província estanífera de Rondônia. São ainda presentes, na porção noroeste no território (MIR-245), garimpos de ouro e diamante, nas margens do Rio Madeirinha e de afluente da margem esquerda.

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3.2.4. Ua – Uso Antrópico em Unidade de Conservação

Na Folha foram mapeadas áreas de desmatamento ocorrentes sob a forma de pequenas manchas próximas às localidades de Cantagalo e Boca do Juma, ambas situadas na Reserva Extrativista Guariba Roosevelt, indicando a ocorrência de pressão antrópica sobre a área.

4. CARACTERÍSTICAS DO MEIO FÍSICO ASSOCIADAS ÀS FORMAÇÕES VEGETAIS E AO USO DO SOLO

O território do encarte é compreendido nas bacias dos Rios Aripuanã e Roosevelt. O Rio Guariba, afluente ao Aripuanã, drena a porção leste do território, com curso orientado sul-noroeste, recebendo as águas de inúmeros igarapés com nascentes nos relevos residuais presentes na região (Serras São Salvador, Amajari, da Água Azul).

Toda a porção central do território mapeado é compreendida na bacia do Rio Roosevelt, orientado sul-norte, drenada por este rio, por seus afluentes da margem esquerda - Rio Branco, Igarapés Duelo, das Panelas e, na margem direita, por igarapés com nascentes nas pequenas serras que configuram o divisor com a Bacia do Aripuanã. A oeste, o Rio Madeirinha, também orientado sul-norte, recebe as águas do igarapé Soledade e de outros contribuintes de menor extensão, na margem esquerda; do Igarapé das Rosas, Rio Jatobá, igarapés São Francisco, Tartaruguinha, das Cobras, entre outros, na margem direita.

Este território situa-se em região de clima Equatorial Continental quente e úmido, com uma estação seca definida, mas moderada. A baixa latitude e as altitudes entre 100 - 300 metros definem uma condição megatérmica com temperaturas médias anuais entre 24,7º - 25,7 ºC, com máximas entre 32 - 33,0oC e mínimas entre 19,5 a 21,0oC. As maiores diferenças térmicas estão associadas ao ciclo dia e noite e não ao ciclo estacional - a amplitude térmica diária varia entre 10 – 12oC, enquanto que a amplitude anual fica entre 1 – 2oC. O total pluviométrico médio é da ordem de 2.000 – 2.500mm. A estação seca ocorre de junho a setembro (4 meses), com uma deficiência hídrica de 200 - 250mm. O excedente hídrico é elevado, variando entre 1.000 – 1.200mm, com uma duração de 8 meses (outubro a abril).

Em correspondência a serras e maciços residuais, o fator altitude atenua o aquecimento a nível local, reduzindo um pouco os déficits na estação seca e aumentando os excessos na estação chuvosa .

Praticamente toda a área está contida em região de embasamento cristalino, representado por litologias do Complexo Xingu, que propiciaram a formação de solos podzolizados, que ocorrem individualizados ou associados a solos mais jovens, do tipo litólicos e areias quartzosas.

A norte, em feições mais elevadas e antigas, associadas à Formação Prainha, de embasamento arenítico, ocorrem solos pouco desenvolvidos, Areias Quartzosas e plintossolos, sob vegetação de Savanas Arborizada e Florestada, em contraste com a Floresta Ombrófila que predomina na maior parte do território.

O embasamento do Complexo Xingu corresponde à maior parte do território inserido na Depressão da Amazônia Meridional (RADAM), com relevos aplanados, fracamente dissecados pela rede de drenagem. Esta superfície encontra-se posicionada altimetricamente em níveis entre 130-200m, com caimento regional de sul para norte e declividades muito

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baixas. O material superficial é composto por um manto de alteração areno-argiloso, conformando predominantemente solos Podzólicos Vermelho-Amarelos.

Em algumas situações interfluviais, como na margem esquerda do Rio Guariba, ocorrem sistemas de média dissecação, onde solos podzólicos encontram-se associados a cambissolos e a solos litólicos. Inselbergs conformam pequenos morros e cristas que destacam-se topograficamente nesta superfície de aplanamento. Afloramentos de rochas também ocorrem nos fundos dos vales, representados pela presença de cachoeiras e corredeiras, principalmente ao longo do Rio Roosevelt.

Dispersos nesta feição, relevos residuais (Planaltos do Sul da Amazônia / RADAM) elaborados por fortes processos de dissecação fluvial constituem cristas, colinas e morros, localmente denominados de serras (do Repartimento, da Caçapa, Amajari, São Salvador, do Moquen) ou conformando relevos isolados em morros e pontões rochosos. Estas formas foram esculpidas sobre litologias granítico-gnáissicas mais resistentes do próprio Complexo Xingu, com um manto de intemperismo pouco espesso, afloramentos locais de matacões e lajeiros. Nestas situações, os canais de drenagem esculpem vales profundos, conformando uma intricada rede arborescente, com presença de pequenas corredeiras e cachoeiras. Nos topos, ocorrem campos de matacões; os solos são predominantemente areno-argilosos, do tipo Podzólico Vermelho-Amarelo, associados a solos litólicos e sustentam formações florestais de Contato Floresta Ombrófila / Estacional.

Associados aos Rios Madeirinha, Roosevelt, Branco e Guariba ocorrem planícies aluviais, às vezes não mapeáveis na escala dos trabalhos. São mais expressivas ao longo do Rio Roosevelt, conformando uma série de planícies isoladas ao longo dos rios, revestidas por Florestas Aluviais, onde predominam aluviões quaternários. Ao longo de segmentos dos Rios Machadinho (MIR-245) e Branco, encontram-se planícies meandriformes, onde o material é também composto por aluviões atuais, com solos do tipo plintossolos. Estas planícies apresentam lagos de meandro, cordões e barras arenosas, periodicamente inundadas na estação chuvosa.

Outras morfologias ocorrem em situação restrita à porção noroeste e extremidade nordeste do encarte, associados ao embasamento arenítico da Formação Prainha, correspondendo à serra e à Depressão Panelas (RADAM). Nesta depressão, ocorre um conjunto de relevos dissecados em níveis topográficos similares aos da Depressão Amazônica (cotas altimétricas entre 150-170m), drenados pelo Rio Madeirinha e seus afluentes, prolongando-se a norte no Estado do Amazonas e a oeste, no Estado de Rondônia (Fig.004). Os principais tipos de solo são os Podzólicos Vermelho-Amarelos e Latossolos Vermelho-Amarelos, recobertos pela Floresta Ombrófila e por contatos desta com a Floresta Estacional.

Áreas residuais localmente elevadas (Serra do Pingueiro, da Fortaleza, da Conceição, das Panelas, da Fortaleza, do Pajurá, Serra Grande ou Morena) têm topos tabulares, com desníveis marcados em relação à depressão, com altimetria média de 400 metros, elevadas cerca de 200 metros em relação ao piso regional (Fig.004), onde o material superficial é composto por areias, associado a afloramentos rochosos. Pelo mapeamento de solos, nestes relevos serranos, ocorrem plintossolos nas áreas mais altas e Areias Quartzosas nas porções mais baixas, onde formações campestres de Savanas caracterizam a cobertura vegetal.

Este relevo movimentado associado à Depressão Panelas e ao contato com a Depressão Amazônica presente nos interflúvios dos Rios Roosevelt, Madeirinha e Ji-Paraná (Fig.004), traduz-se em um grande encrave de distintas formações vegetais no ambiente ombrófilo, constituindo um mosaico de contatos de Floresta Ombrófila com Floresta Estacional

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e com Savanas, com ocorrências locais de formações savânicas, onde predominam formações campestres, representadas pela Savana Parque.

De modo geral, a Floresta Ombrófila reveste as áreas de depressão, em extensões contínuas, já que as zonas de uso são muito restritas. Em correspondência aos relevos residuais, predominam formações no Contato Ombrófila/Estacional e mesmo a Floresta Estacional.

Florestas Aluviais, mapeáveis na escala do trabalho, são particularmente expressivas, embora descontínuas, ao longo do Rio Roosevelt e de seu afluente Rio Branco e no baixo curso do Madeirinha (MIR-245). Destaca-se a presença de formações muito alteradas às margens do Roosevelt, associadas a áreas de uso de pequenas proporções.

Os solos Podzólicos Vermelho-Amarelos álicos e distróficos, que predominam no território associados às litologias do Complexo Xingu, são solos pouco férteis sendo que, nos álicos, a presença de teores elevados de alumínio trocável exige quantidades consideráveis de corretivos, quando da utilização agrícola. Solos de maior fertilidade natural (Podzólicos Vermelho-Amarelos Eutróficos) ocorrem apenas localmente, subordinados a outros dominantes. Nas Areias Quartzosas, associadas à Formação Panelas e disseminadas em todo o território, a textura arenosa condiciona uma baixa retenção de água e de eventuais corretivos aplicados, que limitam o aproveitamento agrícola.

Neste território, as áreas de uso são rarefeitas e fragmentadas, concentradas ao longo da rodovia MT-206 e às margens do Rio Roosevelt; ocorrem também, de forma esparsa, na bacia do Rio Guariba e do Madeirinha, em correspondência a assentamentos de pequenas propriedades e a grandes propriedades, apenas parcialmente ocupadas por pastagens.

Particularmente ao longo da MT-206, a ocupação foi induzida pelo projeto de colonização governamental Filinto Müller, projeto hoje representado pelos assentamentos Panelas e Rio Guariba.

Destacam-se zonas de uso pecuário, provavelmente associadas a propriedades muito grandes, às margens do Rio Roosevelt, possivelmente acessadas por via fluvial ou aérea. Adensamentos de pequenas propriedades ocorrem em correspondência ao cruzamento, pela MT-206, do Rio Guariba (e interflúvio com o Rio Roosevelt), estendendo-se, de forma descontínua, às margens deste curso d’água, a montante, inseridas na Reserva Extrativista Guariba/Roosevelt (Comunidade do Rio Guariba).

Zonas alteradas pela exploração da mina São Francisco, atualmente desativadas, ocupam áreas expressivas, às margens do Rio Madeirinha e de seu afluente igarapé São Francisco, onde permanecem extensas áreas de solo exposto. Áreas de extrativismo mineral também ocorrem no baixo curso do Madeirinha e de tributários, assim como nas proximidades do Rio Guariba, na porção sudeste da Folha MIR-271.

Fonte: CNEC. Compartimentação Geomorfológica Preliminardo Estado de Mato Grosso, 1997

61 00'o61 30'o61 45'o 60 00'o

08 30'o

09 00'o

10 00'o

010 20 40 60 km

Bacia do RioAripuanã

Bacia do RioRoosevelt

Morro SãoFrancisco

Serra daCaçapa

Serra doRepartimento

Serra

doPingueiro

Serra dasPanelas

Serra doPajura

Serra daFortaleza

SerraAmajari

Serra SãoSalvador

Serra daÁgua Azul

ESCALA : 1:1.500.000

Figura 004

DIAGNÓSTICO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICODO ESTADO DE MATO GROSSOE ASSISTÊNCIA TÉCNICA NA FORMULAÇÃO DA SEGUNDA APROXIMAÇÃOD O Z O N E A M E N T O S Ó C I O - E C O N Ô M I C O - E C O L Ó G I C O

Principais Feições de PaisagemEncarte Folhas Calama / Rio Roosevelt / Rio Machadinho / Rio GuaribaSC. 20-X-A / SC. 20-X-B / SC. 20-X-C / SC. 20-X-DMir 244/245/270/271

Serra da Providência - Depressão (Cobertura Sedimentar de Plataforma)

Serra da Providência - Serra (Cobertura Sedimentar de Plataforma)

Planaltos Residuais do Norte de Mato Grosso (Plataforma Amazônica)

Depressão do Norte de Mato Grosso (Plataforma Amazônica)

Ressaltos Topográficos

Frente de Cuesta

LEGENDA

Rio

Ro

vo se

el t

Ri o

Madei ri nh a

Rio

Gua

ri ba

Rio

Bra

nco

Ri

JP

oi

á-

aran

Ig. Cujubim

MIR 245

MIR 271

MIR 244

MIR 270

Aripuanã /Juruena

BR 230

Estado doAmazonas

MT 206

MT 206

Rio

Mad

eirin

ha

Rio

Taru

Ig. S

ole

dade

Rio

dasR

osas

MineraçãoSão Francisco

Panelas

ComunidadeRio Guariba

22

A Comunidade do Rio Guariba foi implantada há cerca de 9 anos, como projeto de assentamento. Na época, instalaram-se no local 380 famílias. Problemas advindos da grande distância de equipamentos de apoio, falta de infra-estrutura básica, dificuldades de acesso, aliados à proliferação da malária, introduzida por garimpeiros, provocaram o abandono de grande parte das propriedades. Atualmente, a comunidade conta com cerca de 100 famílias, parte remanescente do início da colonização, parte constituída pela migração de famílias de Rondônia.

O assentamento é constituído por lotes de 42 alqueires (100 ha), onde predomina a agricultura de subsistência, pois são pequenas as chances de venda da produção, devido às restritas condições de acessibilidade.

São presentes culturas de café, cana, as chamadas “culturas brancas” (milho, arroz e feijão), pequenos pomares e pastos para rebanhos mistos de leite e corte, sempre em escala reduzida e com grau de capitalização muito baixo. Perspectivas de incentivos do governo para a região norte de Mato Grosso, e a vocação das terras para culturas perenes, fazem com que os moradores tenham interesse no plantio de guaraná, cacau e pupunha. Nesta Comunidade são também presentes seringueiros, instalados em “colocações” ao longo do Rio Guariba.

Em Panelas, na margem direita do Rio Roosevelt, estão assentadas cerca de 30 famílias que vivem da pesca e da agricultura de subsistência. Tradicionalmente encontram-se na área “colocações” de seringueiros ao longo do Rio Roosevelt.

Na região entre Panelas e a Comunidade do Rio Guariba predominam propriedades de cerca de 500 hectares, também delimitadas no antigo projeto Filinto Müller. A maioria destas propriedades ainda não foi ocupada; as que o foram, encontram-se hoje abandonadas.

No território mapeado, praticamente não ocorreu ampliação das áreas de uso no período 94/97. As averiguações efetuadas pelo mapa de desmatamento da FEMA revelam apenas uma área de desmatamento na Folha MIR-245, no limite com o Estado do Amazonas.

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5. BIBLIOGRAFIA

BITTENCOURT, M. D. & PIVELLO, V. R., 1998. SIG e sensoriamento remoto orbital auxiliando o zoneamento ecológico. Investigaciones Geográficas, 36, 42p.

BRASIL. Ministério das Minas e Energia. Departamento Nacional da Produção Mineral. Projeto RADAMBRASIL, 1980. Folha SE.21-Juruena. Rio de Janeiro. (Lev. de Rec. Naturais, 27)

IBGE, 1992. Manual técnica da vegetação brasileira / Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, Departamento de Recursos Naturais e Estudos Ambientais. - Rio de Janeiro: 92p.

VELOSO, H.P., RANGEL-FILHO, A.L.R, LIMA, J.C.A. 1991. Classificação de vegetação brasileira, adaptada a um sistema universal. IBGE. Rio de Janeiro. 124 p.

ANEXOS

ANEXO I - RELAÇÃO DAS FICHAS DE CAMPO CAMPANHA DE FORMAÇÕES VEGETAIS/ USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

MIR 271

Cor Tonalidade Textura

02 1 748.808

8.986.076

suavemente

ondulado

podzólico vermelho

amarelorosa clara lisa ---

agric. subsistência +

pecuária de leite

02 2 757.535

8.985.817

suavemente

ondulado

podzólico vermelho

amarelo

rosa /

verde

clara a

médiamosqueada ---

serraria / pomar

abandonado

02 3 763.361

8.981.360 plano areia quartzosa rosa

média a

escuramosqueada savana arborizada ---

02 4 765.576

8.981.535 plano areia quartzosa verde média rugosa savana florestada ---

02 5 767.397

8.981.736 plano

podzólico vermelho

amareloverde clara mosqueada --- pasto sujo

02 6 782.648

8.986.282

suavemente

ondulado

podzólico vermelho

amareloverde clara mosqueada

formação secundária

(juquira)

pequena propriedade

agric. de subsistência

02 7 786.637

8.984.510

suavemente

ondulado

podzólico vermelho

amarelo

verde /

rosaclara mosqueada

formação secundária

(juquira)---

02 8 788.866

8.983.290

suavemente

ondulado

podzólico vermelho

amarelo

verde /

rosaclara mosqueada ---

pequena propriedade

agric. de subsistência

02 9 793.094

8.978.197

suavemente

ondulado

podzólico vermelho

amareloverde clara mosqueada ---

pequena propriedade

agric. de subsistência

02 10 793.654

8.976.508 plano

podzólico vermelho

amarelorosa clara lisa ---

pequena propriedade

agric. de subsistência

02 11 816.040

8.969.089

suavemente

ondulado

latossolo vermelho

escuroverde média rugosa floresta ombrófila ---

Fonte: CNEC, 1997*SEPLAN-MT, Prodeagro. Mapa Exploratório de Solo, Escala: 1:1.500.000

ROTEIROPonto

USCoord. Solo * (1:1.500.000) Vegetação UsoRelevo

Padrão de Imageamento

ANEXO II – RELAÇÃO DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM DA ICTIOFAUNA E DO POTENCIAL PESQUEIRO

RELAÇÃO DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM DA ICTIOFAUNA E DO POTENCIAL PESQUEIRO

P.01 – Rio Roosevelt, localidade Panelas. Coordenadas UTM 746.351, 8983.214.

FONTE: CNEC, 1997.

ANEXO III – RELAÇÃO DAS ÁREAS DAS FORMAÇÕES VEGETAIS/USO E OCUPAÇÃO DO SOLO POR MUNICÍPIO

MUNICÍPIOFORMAÇÕES VEGETAIS/USO E

OCUPAÇÃO DO SOLOÁREA (km²)

Fa 55,83Fe 37,30Fo 2.576,91FoFe 11,75FoS 513,71L 0,32M 17,57Sa 0,42Saf 27,74Sd + Sa 269,14Sp + Sa 35,59Spf 85,76Spf + Sa 6,46

FONTE: CNEC, 2001

RELAÇÃO DAS ÁREAS DAS FORMAÇÕES VEGETAIS/USO E OCUPAÇÃO DO SOLO POR MUNICÍPIO - MIR 244/245

COLNIZA

ANEXO IV – FOTOGRAFIAS

FOTO 001 SAVANA FLORESTADA (CERRADÃO) SOBRE AREIA QUARTZOSA, NAS PROXIMIDADES DE PANELAS

ANEXO V - FOLHAS CALAMA, RIO ROOSEVELT, RIO MACHADINHO E RIO GUARIBA