Assinaturas Orro apresenta CPI da Energisa esta semana na ... da população, que não aguenta mais...

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Assinaturas Mudanças Assinaturas 3 Assinaturas 2 Campo Grande-MS | Quarta-feira, 6 de novembro de 2019 A3 POLÍTICA Deputados retiram assinatura de pedido de Contar e migram para outra comissão Orro apresenta CPI da Energisa esta semana na Assembleia Legislativa Permanência de Puccinelli na presidência do MDB está em jogo Para abrir comissão de inquérito tem de haver fatos determinados, diz Barbosinha Rayani Santa Cruz Com eleições próximas e convenção, o MDB-MS pode ter grandes mudanças, entre elas a saída do ex-governador André Puccinelli da presi- dência do diretório regional. Rumores mais fortes se aproximam à medida que chega a data da reunião entre os membros, marcada para ocorrer dia 18 de novembro. A convenção para escolha da nova diretoria ocorre dia 15 de dezembro. O presidente do diretório municipal, Ulisses Rocha, afirmou que até o momento nada está sendo discutido e que é natural que surjam conversas. “Esse tipo de conversa surge, para saber como a gente vai votar, saber o que o partido pensa e até o pró- prio André. Nós vamos sentar para discutir esse assunto e outros na reunião no dia 18 de novembro”, explicou. Delegados eleitos pelos diretórios municipais devem escolher de forma consen- sual a nova direção de Mato Grosso do Sul. Sobre a possi- bilidade de o emedebista sair, Julia Renó Os deputados estaduais João Henrique (PL), Neno Razuk (PTB) e Evander Ven- dramini (PP) declararam ontem (5), durante sessão na Assembleia Legislativa, a re- tirada de suas assinaturas no pedido de CPI do deputado Ca- pitão Contar (PSL). De acordo com eles, a solicitação do co- lega teria sido usada para pro- moção do partido e afirmaram que irão assinar o pedido de criação de CPI apresentado, na mesma sessão, por Felipe Orro (PSDB). O deputado estadual Felipe Orro disse, durante a sessão de ontem (5) da Assembleia Legislativa, que durante esta semana deve apresentar re- querimento para instauração de uma CPI (Comissão Par- lamentar de Inquérito) para investigar os aumentos ocor- ridos nas contas de energia elétrica no Estado. “Comunico a Vossa Excelência – disse Felipe, dirigindo-se ao pre- sidente da Assembleia – que a pedido dos parlamentares desta casa e por intermédio Luciana Nassar/ALMS Reprodução Facebook Felipe Orro “Comunico que, a pedidos, devemos apresentar requerimento para instaurar uma CPI ainda nesta semana” da Comissão de Defesa do Consumidor, que eu presido, devemos apresentar requeri- mento para instaurar uma CPI ainda nesta semana”, afirmou. No momento a assessoria trabalha na finalização do re- querimento e levantamento de informações que justificam a necessidade de se levar o caso a investigação, disse Felipe. A preocupação é para não deixar margem a possível contestação judicial, por isso Felipe escla- receu que vem trabalhando há meses no caso, reunindo provas, documentos, laudos, e agora estão com a documen- tação praticamente completa. Desde a primavera pas- sada os consumidores de Mato Grosso do Sul têm reclamado das altas inexplicáveis nas contas de luz, chegando a O deputado João Henrique (PL) foi o primeiro a utilizar a tribuna para criticar o de- putado federal Loester Trutis (PSL) pelo vídeo publicado, no qual chama os deputados estaduais de “b...-m..” e “fol- gados”. As ofensas são decor- rentes da rejeição dos par- lamentares à proposta de instalação de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) apresentada pelo seu colega de sigla, Capitão Contar. Ele afirma que foi um dos primeiros a assinar e, ainda assim, está sendo criticado pela população em decor- rência do vídeo. “Esse parla- mentar agride a nossa casa, traz fatos que não são co- muns, são determinadamente falsos. Trutis apresentou um fato fake”, declarou. Neno Razuk (PTB) con- cordou com o colega e afirmou que o documento tem sido usado para autopromoção e promoção do PSL. Ele ainda declarou que a CPI foi mal formulada e deveria ser con- siderada uma “melancia no pescoço”. “Também fui um dos primeiros a assinar e, in- felizmente, o propósito dessa CPI acabou virando um mo- tivo político-eleitoral, sujo, baixo, usado pelos membros do PSL que não têm compe- tência para fazer política.” Evander Vendramini (PP) também concordou e criticou a falta de investigação da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) em âmbito federal. “O objetivo é inves- tigar realmente e, para isso, precisa ter um fator determi- nado para a gente investigar e a CPI do Felipe Orro nos traz segurança nesse que- sito. Então vai ser mais bem avaliada pelos juristas da casa e realmente será um fato determinado e uma CPI da ALMS, não de um partido ou de promoção pessoal de deputados ou de partidos que não conseguem, em Brasília, fazer a CPI da Aneel. Se qui- sessem fazer alguma coisa, tinham investigado ali”, pro- vocou. Sobre o assunto, Barbo- sinha (DEM) explicou, mais uma vez, os motivos de não ter assinado a proposição de CPI de Capitão Contar. Ao fim, ele criticou a ação de Trutis, afir- mando que é aceito o ataque a um parlamentar, pois são naturais as discordâncias, mas as ofensas direcionadas ao Parlamento devem ser evi- tadas e este, ser protegido. “O parlamentar federal tem de apresentar qual a medida que ele está tomando no seu âmbito, para que melhorem as condições de energia. Não é a Assembleia Legislativa por si que vai resolver os problemas. Isso é um pro- blema nacional”, declarou o deputado, que também de- fende a necessidade de uma investigação federal à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). (JR) Parlamentares deixam documento de Contar e assinam nova proposta dobrar e até triplicar de valor. “No ano passado participamos de várias audiências públicas realizadas por câmaras do interior e na Capital, e até o diretor da Aneel, André Pepi- tone, chegou a vir ao Estado para tentar esclarecer o que acontecia com as contas de luz, porém não consideramos as explicações suficientes.” No inverno passado os va- lores baixaram e as reclama- ções pararam. Entretanto, mal começa a primavera e o calor intenso, as contas voltaram a subir muito. A empresa con- tinua alegando que há aumento de consumo, ao passo que os consumidores garantem que não mudaram os hábitos para justificar tamanha variação. “Então, para que não fique dú- vida nem para a empresa, nem para a Assembleia, vamos in- vestigar a fundo. Se estiver tudo certo, se de fato for aumento de consumo, partimos para outras alternativas. Agora, se algo estiver errado, tem de ser corrigido. Lembrando que no passado já foi descoberto erro grave nas contas de luz”, completou. Ulisses diz que depende do desejo dele. “Depende muito da von- tade dele, se ele quiser ficar ou manifestar a vontade de não continuar, ninguém faz objeção. Mas todo mundo de- fende a permanência dele.” Nome forte Rocha concorda que o nome de Puccinelli é extre- mamente forte pelo fato de ter sido eleito a cargos de prefeito, deputado e gover- nador, mas, caso ele saia do comando, o MDB deverá escolher alguém à altura. “A gente tem de separar, o nome dele acaba tendo mais projeção que o nome do próprio partido. Mas temos boas pessoas que podem de- sempenhar muito bem esse papel na presidência da sigla. Claro que, com apoio e participação dele”, diz. O ex-deputado estadual Junior Mochi está entre os cogitados para assumir o co- mando, caso Puccinelli deixe a presidência. Deputado doa R$ 100 mil para investigação de contas de luz O deputado João Hen- rique (PL) está firme na missão de ajudar a im- plantar a CPI da Energisa em Mato Grosso do Sul. Após se pronunciar na tri- buna, ele divulgou que irá doar, individualmente, a verba parlamentar de R$ 100 mil para que sejam empregados nesta missão. “Passei o ano inteiro economizando a minha cota parlamentar e não gastei um centavo dela com assessoria jurídica. Assim, estou renunciando e, se preciso for, formal- mente, a tudo aquilo que economizei para ser usado em qualquer CPI proposta por deputado. Tem R$ 100 mil economizados de cota parlamentar, e eu a estou doando para quem quiser fazer uma CPI. Estou re- nunciando, se preciso for, formalmente.” O parlamentar repudiou vídeo publicado pelo depu- tado federal Loester Trutis (PSL), onde comenta que os parlamentares da As- sembleia fazem corpo mole, para investigações. Com a verba a CPI pode ficar com um valor razo- ável, já que no mês pas- sado, ainda com a tenta- tiva do deputado Capitão Contar (PSL), deputados se negavam a assinar pela falta de fator determinado e pelo alto custo de R$ 200 mil. Segundo o deputado, a CPI vai ao encontro dos anseios da população, que não aguenta mais ficar sem explicações fidedignas. “A população quer ver diminuir a conta de energia. Ela não quer saber se houve um fato determinado, se houve um crime, se houve algum tipo de medição a menor. A popu- lação quer saber se ela está sendo lesada, quer saber se as políticas de tarifa das companhias de energia elé- trica podem ser atacadas e combatidas.” (RSC) O deputado Barbosinha (DEM) é contra abrir CPI (Co- missão Parlamentar de Inqué- rito) sem fato determinado. Após o fracasso da tentativa do deputado Capitão Contar (PSL) de criar a CPI da Energisa, o democrata diz que é necessário analisar com cuidado a docu- mentação antes de assinar para não enganar a população. “Criar uma CPI é muito fácil. Basta recolher oito as- sinaturas [no caso de MS, correspondente a um terço do total de deputados], mas, qual seria o resultado prático disso, sem um fato comprova- damente determinado, uma investigação séria, fundada, que dê respostas para a socie- dade”, questionou. O parlamentar argumenta que não é contra o pedido, mas é necessário obedecer à Consti- tuição Federal e Estadual, que exige uma razão que justifique a investigação. Ontem o deputado Felipe Orro (PSDB) elaborou docu- mento e colheu assinaturas para apresentar novo requerimento de abertura. (RSC)

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Campo Grande-MS | Quarta-feira, 6 de novembro de 2019 A3Política

Deputados retiram assinatura de pedido de Contar e migram para outra comissão

Orro apresenta CPI da Energisa esta semana na Assembleia Legislativa

Permanência de Puccinelli na presidência do MDB está em jogo

Para abrir comissão de inquérito tem de haver fatos determinados, diz Barbosinha

Rayani Santa Cruz

Com eleições próximas e convenção, o MDB-MS pode ter grandes mudanças, entre elas a saída do ex-governador André Puccinelli da presi-dência do diretório regional.

Rumores mais fortes se aproximam à medida que chega a data da reunião entre os membros, marcada para ocorrer dia 18 de novembro. A convenção para escolha da nova diretoria ocorre dia 15 de dezembro.

O presidente do diretório municipal, Ulisses Rocha, afirmou que até o momento nada está sendo discutido e que é natural que surjam conversas.

“Esse tipo de conversa surge, para saber como a gente vai votar, saber o que o partido pensa e até o pró-prio André. Nós vamos sentar para discutir esse assunto e outros na reunião no dia 18 de novembro”, explicou.

Delegados eleitos pelos diretórios municipais devem escolher de forma consen-sual a nova direção de Mato Grosso do Sul. Sobre a possi-bilidade de o emedebista sair,

Julia Renó

Os deputados estaduais João Henrique (PL), Neno Razuk (PTB) e Evander Ven-dramini (PP) declararam ontem (5), durante sessão na Assembleia Legislativa, a re-tirada de suas assinaturas no pedido de CPI do deputado Ca-pitão Contar (PSL). De acordo com eles, a solicitação do co-lega teria sido usada para pro-moção do partido e afirmaram que irão assinar o pedido de criação de CPI apresentado, na mesma sessão, por Felipe Orro (PSDB).

O deputado estadual Felipe Orro disse, durante a sessão de ontem (5) da Assembleia Legislativa, que durante esta semana deve apresentar re-querimento para instauração de uma CPI (Comissão Par-lamentar de Inquérito) para investigar os aumentos ocor-ridos nas contas de energia elétrica no Estado. “Comunico a Vossa Excelência – disse Felipe, dirigindo-se ao pre-sidente da Assembleia – que a pedido dos parlamentares desta casa e por intermédio

Luciana Nassar/ALMS

Reprodução Facebook

Felipe Orro “Comunico que, a pedidos, devemos apresentar requerimento para instaurar uma CPI ainda nesta semana”

da Comissão de Defesa do Consumidor, que eu presido, devemos apresentar requeri-mento para instaurar uma CPI ainda nesta semana”, afirmou.

No momento a assessoria trabalha na finalização do re-querimento e levantamento de

informações que justificam a necessidade de se levar o caso a investigação, disse Felipe. A preocupação é para não deixar margem a possível contestação judicial, por isso Felipe escla-receu que vem trabalhando há meses no caso, reunindo

provas, documentos, laudos, e agora estão com a documen-tação praticamente completa.

Desde a primavera pas-sada os consumidores de Mato Grosso do Sul têm reclamado das altas inexplicáveis nas contas de luz, chegando a

O deputado João Henrique (PL) foi o primeiro a utilizar a tribuna para criticar o de-putado federal Loester Trutis (PSL) pelo vídeo publicado, no qual chama os deputados estaduais de “b...-m..” e “fol-gados”.

As ofensas são decor-rentes da rejeição dos par-lamentares à proposta de instalação de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) apresentada pelo seu colega de sigla, Capitão Contar.

Ele afirma que foi um dos primeiros a assinar e, ainda assim, está sendo criticado

pela população em decor-rência do vídeo. “Esse parla-mentar agride a nossa casa, traz fatos que não são co-muns, são determinadamente falsos. Trutis apresentou um fato fake”, declarou.

Neno Razuk (PTB) con-cordou com o colega e afirmou que o documento tem sido usado para autopromoção e promoção do PSL. Ele ainda declarou que a CPI foi mal formulada e deveria ser con-siderada uma “melancia no pescoço”. “Também fui um dos primeiros a assinar e, in-felizmente, o propósito dessa

CPI acabou virando um mo-tivo político-eleitoral, sujo, baixo, usado pelos membros do PSL que não têm compe-tência para fazer política.”

Evander Vendramini (PP) também concordou e criticou a falta de investigação da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) em âmbito federal. “O objetivo é inves-tigar realmente e, para isso, precisa ter um fator determi-nado para a gente investigar e a CPI do Felipe Orro nos traz segurança nesse que-sito. Então vai ser mais bem avaliada pelos juristas da

casa e realmente será um fato determinado e uma CPI da ALMS, não de um partido ou de promoção pessoal de deputados ou de partidos que não conseguem, em Brasília, fazer a CPI da Aneel. Se qui-sessem fazer alguma coisa, tinham investigado ali”, pro-vocou.

Sobre o assunto, Barbo-sinha (DEM) explicou, mais uma vez, os motivos de não ter assinado a proposição de CPI de Capitão Contar. Ao fim, ele criticou a ação de Trutis, afir-mando que é aceito o ataque a um parlamentar, pois são

naturais as discordâncias, mas as ofensas direcionadas ao Parlamento devem ser evi-tadas e este, ser protegido.

“O parlamentar federal tem de apresentar qual a medida que ele está tomando no seu âmbito, para que melhorem as condições de energia. Não é a Assembleia Legislativa por si que vai resolver os problemas. Isso é um pro-blema nacional”, declarou o deputado, que também de-fende a necessidade de uma investigação federal à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). (JR)

Parlamentares deixam documento de Contar e assinam nova proposta

dobrar e até triplicar de valor. “No ano passado participamos de várias audiências públicas realizadas por câmaras do interior e na Capital, e até o diretor da Aneel, André Pepi-tone, chegou a vir ao Estado para tentar esclarecer o que acontecia com as contas de luz, porém não consideramos as explicações suficientes.”

No inverno passado os va-lores baixaram e as reclama-ções pararam. Entretanto, mal começa a primavera e o calor intenso, as contas voltaram a subir muito. A empresa con-tinua alegando que há aumento de consumo, ao passo que os consumidores garantem que não mudaram os hábitos para justificar tamanha variação. “Então, para que não fique dú-vida nem para a empresa, nem para a Assembleia, vamos in-vestigar a fundo. Se estiver tudo certo, se de fato for aumento de consumo, partimos para outras alternativas. Agora, se algo estiver errado, tem de ser corrigido. Lembrando que no passado já foi descoberto erro grave nas contas de luz”, completou.

Ulisses diz que depende do desejo dele.

“Depende muito da von-tade dele, se ele quiser ficar ou manifestar a vontade de não continuar, ninguém faz objeção. Mas todo mundo de-fende a permanência dele.”

Nome forteRocha concorda que o

nome de Puccinelli é extre-mamente forte pelo fato de ter sido eleito a cargos de prefeito, deputado e gover-nador, mas, caso ele saia

do comando, o MDB deverá escolher alguém à altura.

“A gente tem de separar, o nome dele acaba tendo mais projeção que o nome do próprio partido. Mas temos boas pessoas que podem de-sempenhar muito bem esse papel na presidência da sigla. Claro que, com apoio e participação dele”, diz.

O ex-deputado estadual Junior Mochi está entre os cogitados para assumir o co-mando, caso Puccinelli deixe a presidência.

Deputado doa R$ 100 mil para investigação de contas de luz

O deputado João Hen-rique (PL) está firme na missão de ajudar a im-plantar a CPI da Energisa em Mato Grosso do Sul. Após se pronunciar na tri-buna, ele divulgou que irá doar, individualmente, a verba parlamentar de R$ 100 mil para que sejam empregados nesta missão.

“Passei o ano inteiro economizando a minha cota parlamentar e não gastei um centavo dela com assessoria jurídica. Assim, estou renunciando e, se preciso for, formal-mente, a tudo aquilo que economizei para ser usado em qualquer CPI proposta por deputado. Tem R$ 100 mil economizados de cota parlamentar, e eu a estou doando para quem quiser fazer uma CPI. Estou re-nunciando, se preciso for, formalmente.”

O parlamentar repudiou vídeo publicado pelo depu-tado federal Loester Trutis (PSL), onde comenta que os parlamentares da As-sembleia fazem corpo mole, para investigações.

Com a verba a CPI pode ficar com um valor razo-ável, já que no mês pas-sado, ainda com a tenta-tiva do deputado Capitão Contar (PSL), deputados se negavam a assinar pela falta de fator determinado e pelo alto custo de R$ 200 mil.

Segundo o deputado, a CPI vai ao encontro dos anseios da população, que não aguenta mais ficar sem explicações fidedignas. “A população quer ver diminuir a conta de energia. Ela não quer saber se houve um fato determinado, se houve um crime, se houve algum tipo de medição a menor. A popu-lação quer saber se ela está sendo lesada, quer saber se as políticas de tarifa das companhias de energia elé-trica podem ser atacadas e combatidas.” (RSC)

O deputado Barbosinha (DEM) é contra abrir CPI (Co-missão Parlamentar de Inqué-rito) sem fato determinado. Após o fracasso da tentativa do deputado Capitão Contar (PSL) de criar a CPI da Energisa, o democrata diz que é necessário analisar com cuidado a docu-mentação antes de assinar para não enganar a população.

“Criar uma CPI é muito fácil. Basta recolher oito as-sinaturas [no caso de MS, correspondente a um terço do total de deputados], mas, qual seria o resultado prático disso, sem um fato comprova-damente determinado, uma investigação séria, fundada, que dê respostas para a socie-dade”, questionou.

O parlamentar argumenta que não é contra o pedido, mas é necessário obedecer à Consti-tuição Federal e Estadual, que exige uma razão que justifique a investigação.

Ontem o deputado Felipe Orro (PSDB) elaborou docu-mento e colheu assinaturas para apresentar novo requerimento de abertura. (RSC)