Atividade Modulo II Finalizada

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    Nesta Unidade, temos o propsito de aprofundar as reflexes iniciadas na Unidade

    anterior, desenhando um panorama amplo das diversas caractersticas da cultura jovem atual,

    altamente tecnificada, principalmente na perspectiva da lgica das redes.

    Na rede no o ambiente bate papo vamos discutir a respeito das diversas questes nos

    inquietam e mobilizam para a escrita destes estudos:

    Quem so esses sujeitos que esto nascendo e crescendo em uma cultura altamente

    tecnificada?

    De que forma as tecnologias estruturam seus modos de agir, de se relacionar, de

    aprender?

    Quais diferenas so mais perceptveis, se comparadas com as geraes anteriores?

    Quais prejuzos so observados? De que forma a famlia e a escola esto lidando com

    essas questes?

    Quais qualidades e comportamentos benficos lhes so caractersticos?

    Os benefcios esto sendo reconhecidos e valorizados?

    Superando preconceitos, aceitando a diversidade

    Para iniciar esta Unidade, aproveitamo-nos da sensibilidade aguada dos artistas para captar percepes e

    julgamentos da sociedade perante aos fenmenos sociais que se evidenciam, especialmente com as novas geraes. Por meio

    das charges que selecionamos, procuramos expressar como vem sendo entendida a influncia das novas tecnologias no

    com ortamento dos ovens.

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    As charges apresentam com humor satrico, tpico dessa linguagem, um esteretipo de

    jovem viciado no uso das tecnologias e anormal em seu comportamento social. Certamente,

    importante cultivar a criticidade e alertar para comportamentos extremos dessa cultura

    altamente tecnificada. Alis, essa afirmao poderia ser aplicada no apenas s tecnologias, pois

    excessos tendem a ser prejudiciais nos mais diferentes contextos, certo? Nessa perspectiva,

    alertamos que esse esteretipo de jovem tambm falha pelo excesso e parcialidade na anlise.

    Sujeitos que apresentam maior domnio tecnolgico so facilmente rotulados de nerds,

    geeks, hackers, entre outros adjetivos. Em uma anlise descuidada, poderamos considerar

    tais apelidos como uma forma natural (at mesmo carinhosa) de enfatizar suas habilidades

    tcnicas. Contudo, so apelidos que contm um carter depreciativo, conforme explica Nugent.:

    Teorias sobre as diferenas de significado entre geek, dork e nerd noSillicon Valley e de outros agrupamentos de tecnologia esto por todaa Internet, mas internacionalmente, o nerd / otaku / geek / dork umconceito que envolve: a solido, a natureza rotineira e mecnica detrabalho em idades industrial e ps-industrial; a forma moderna depermitir que o corpo caia em desuso, e a forma como os meios demassa contemporneos convidam as pessoas em relacionamentos

    voyeuristas com fices simples e as anestesiam dos prazeres da vidareal (NUGENT, 2009, p. 11).

    Nessa perspectiva, especialmente na adolescncia, quando os jovens almejam popu-

    laridade, o rtulo nerd pode ser motivo de vergonha, dificuldades de fazer amizades e

    namorar. Nugent (2009) afirma que os nerds so mais que e menos que a maioria, ao se

    referir ao brilhantismo intelectual acima da mdia em determinadas reas e, ao mesmo tempo, s

    dificuldades que enfrentam nas relaes sociais do dia a dia. Em certa medida, no que se refere

    aos preconceitos vinculados inteligncia, podemos encontrar traos comuns entre o perfil nerd

    e o de estudantes interessados pelos estudos, e que na escola tambm sofrem com rtulos debajuladores dos professores (puxa-sacos). Entretanto, os nerds se orgulham de sua postura

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    ativa, investigativa autnoma e costumam rejeitar o contexto de passividade da escola

    convencional.

    Com bom humor e muita criatividade, podemos encontrar manifestaes exaltando

    qualidades do perfil nerd, em contraponto aos preconceitos rotineiros.

    Kaio OliveiraOrgulhoNerd: http://www.youtube.com/watch?v=zztY9LOfamM

    Kaio OliveiraOrgulhoNerd no Programa Eliana:http://www.youtube.com/watch?v=zztY9LOfamM

    VLOG09PiadasNerds (@piadasnerds):

    http://www.youtube.com/watch?v=fROHnXf66Cs49

    Atividade 2.1 (Essa atividade vocs podero fazer uma roda de conversa e gravar ou

    anotar o dialogo e em seguida fazer atividade em udio apresentao ou em vdeo, fica asua escolha de preferencia a que achar mais adequada).

    A proposta para essa atividade um debate no ambiente e-ProInfo, que ser direcionado pelo

    seu(sua) formador(a). Sugerimos que complementem os estudos com novas referncias. Para isso,

    realizem uma pesquisa de matrias da mdia impressa, televisiva e/ou manifestaes na Internet

    acerca da cultura jovem.

    Mapeamentos iniciais

    Quais suas experincias e reflexes acerca da problemtica apresentada?

    Nas experincias e dilogos com outros educadores e pais, quais comentrios so comuns

    acerca da cultura jovem, permeada por tecnologias?

    Vocs tambm percebem preconceitos e esteretipos depreciativos? Em contraste, quais

    virtudes das novas geraes tambm aparecem nos dilogos?

    Conforme apresentamos anteriormente, comum observarmos crticas cultura jovem. Em

    contraponto, tambm queremos desvelar ao longo desta Unidade um cenrio de jovens inteligentes,

    bem-humorados e criativos, entre outras qualidades.

    Cibercultura : delineando um mapa abrangente

    Em meio ao emaranhado de fios que tecem uma rede, a busca por linhas condutoras, que

    estruturam padres, possibilita-nos uma aproximao de sua lgica. Nesse sentido, abordaremos,

    ainda que de forma bastante sinttica, um panorama geral de diferentes processos e tecnologias que

    foram delineando o fenmeno da cibercultura ao longo do tempo.

    http://www.youtube.com/watch?v=zztY9LOfamMhttp://www.youtube.com/watch?v=zztY9LOfamMhttp://www.youtube.com/watch?v=zztY9LOfamMhttp://www.youtube.com/watch?v=zztY9LOfamMhttp://www.youtube.com/watch?v=fROHnXf66Cs49http://www.youtube.com/watch?v=fROHnXf66Cs49http://www.youtube.com/watch?v=fROHnXf66Cs49http://www.youtube.com/watch?v=zztY9LOfamMhttp://www.youtube.com/watch?v=zztY9LOfamM
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    Para Refletir

    E o que cibercultura?

    Qual o espao onde ela ocorre?

    Voc saberia responder a essas questes?

    O que cibercultura?

    http://www.youtube.com/watch?v=eqJG9xmb0KE&feature=related

    Cabe salientar que a cibercultura se insere dentro de um conjunto maior de estruturas

    sociais e padres culturais. Segundo Lucia Santaella (2008, p. 29):

    A cibercultura est umbilicalmente ligada mundializao emcurso e s mudanas culturais, sociais e polticas induzidaspela mesma. Ela sobre esquemas mentais, modos de apro-priao social, prticas estatsticas muito diferentes das queconhecamos at agora. A navegao abstrata em paisagensde informaes e de conhecimentos, a criao de grupos detrabalho virtuais em escala mundial, as inmeras formas de in-terao possveis entre os cibernautas e seus mundos virtuaiscriam uma enorme quantidade de comportamentos inovadorescujas consequncias sociais e culturais ainda no puderam ser

    suficientemente estudadas.

    O fenmeno das mdias vem se configurando h algumas geraes, que gradualmente

    passaram a utilizar mdias (imprensa, rdio, televiso etc.) e vivenciar rompimentos culturais.

    Contudo, a cibercultura se instaura efetivamente com a integrao de novas mdias e seus usos

    inovadores (Internet, web, redes sociais, dispositivos mveis).

    provvel que voc j tenha ouvido falar de teorizaes acerca das geraes baby boomer,

    X, Y, Z? H diversos textos e teorizaes apontando comportamentos e caractersticas

    socioculturais que as diferenciam.

    Ao tomar conscincia desse processo de misturas e integrao de diferentes geraes

    tecnolgicas, fica evidente a complexidade das formaes culturais dos nossos tempos.

    Saiba Mais

    Na srie Geraes, produzida pelo Jornal da Globo, so apresentadas diferenas, no contexto de trabalho, entre profissionais de idadesdiferentes que cresceram em contextos socioculturais bastante distintos.

    Gerao YJornal da Globoparte 1: http://www.youtube.com/watch?v=iHso0nBt kbE&feature=BFa&list=PLFA5DB1B02673A9C7&lf=results_mainGeraao YJornal da Globoparte 2: http://www.youtube.com/watch?v=ctx6OlU RwuQ&feature=BFa&list=PLFA5DB1B02673A9C7&lf=results_mainGeraao YJornal da Globoparte 3: http://www.youtube.com/watch?v=TJr5pS9CMyI&feature=autoplay&list=PLFA5DB1B02673A9C7&lf=results_main&playnext=1Geraao YJornal da Globoparte 4: http://www.youtube.com/watch?v=Xnm0sUkO_7g&feature=autoplay&list=PLFA5DB1B02673A9C7&lf=results_main&playnext=2Geraao YJornal da Globoparte 5: http://www.youtube.com/watch?v=cpeVOgm T5EE&feature=BFa&list=PLFA5DB1B02673A9C7&lf=results_main

    http://www.youtube.com/watch?v=eqJG9xmb0KE&feature=relatedhttp://www.youtube.com/watch?v=eqJG9xmb0KE&feature=relatedhttp://www.youtube.com/watch?v=eqJG9xmb0KE&feature=related
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    certamente um perodo revolucionrio e de prolongada crise, como j foi destacado (SANTOS,

    2010). Mas essa mesma complexidade, que fator da crise, tambm uma aliada para a sua

    soluo, pois da hibridizao cultural que nasce:

    [...] felizmente a possibilidade, cada vez mais frequente,de uma revanche da cultura popular sobre a cultura demassa, quando, por exemplo, ela se difunde mediante o uso

    dos instrumentos que na origem so prprios da cultura demassas. Nesse caso, a cultura popular exerce sua qualidadede discurso dos de baixo, pondo em relevo o cotidiano dospobres, das minorias, dos excludos, por meio da exaltaoda vida de todos os dias (SANTOS, 2010, p. 144).

    Para compreender melhor as crianas e jovens que crescem nesse contesto, nada melhor

    do que ouvi-los. Por isso, propomos uma atividade para voc realizar com sua turma.

    Atividade 2.2

    Dilogos sobre as geraes

    Sugerimos ampliar seu olhar dialogando com seus alunos sobre suas experincias

    cotidianas e questes relativas s diferentes geraes e caractersticas dos jovens da ci-

    bercultura.

    H diversas possibilidades e estratgias para realizar esse dilogo com sua turma. Talvez,

    inclusive, o tema possa ser aprofundado e ser o incio de um Projeto de Aprendizagem.

    Momento 1:

    Debatam estratgias dinmicas e criativas para dialogar com suas turmas sobre ca-

    ractersticas das diferentes geraes. Dentre as possibilidades, analisem a proposta que

    estruturamos:

    a. Para mobilizar a turma e criar um ambiente de estmulo livre expresso, se-

    lecionamos um vdeo que apresenta de forma instigante as qualidades das novas

    geraes, altamente tecnolgicas:

    We all want to be Young, disponvel em:

    http://www.youtube.com/watch?v=MaSYa0QNVUM.

    b. Provavelmente, o vdeo despertar o interesse dos alunos. Busque dialogar com a

    turma sobre as ideias que surgiram a partir do vdeo:

    http://www.youtube.com/watch?v=MaSYa0QNVUMhttp://www.youtube.com/watch?v=MaSYa0QNVUMhttp://www.youtube.com/watch?v=MaSYa0QNVUM
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    Como percebem as diferenas socioculturais entre geraes?

    Quais benefcios e problemas vislumbram na sociedade contempornea?

    Quais aspectos lhes inquietam?

    Como eles compreendem a cibercultura?

    Eles se sentem integrantes desse movimento?

    Sugerimos integrar outras linguagens nesse dilogo e aproveitar o potencial criativo e

    tecnolgico das novas geraes, propondo que eles tirem fotos ou selecionem ima-

    gens que representam esses novos tempos.

    Atividade 2.3

    Utilizando redes sociais de forma crtica e produtiva

    Nesta atividade, o objetivo que vocs compreendam melhor as relaes socioculturais

    que ocorrem nesse contexto. Almejamos que vocs observem, especialmente, os processos de

    trocas e mobilizaes para novas aprendizagens.

    Compartilhando experincias de uso de redes sociais

    Propomos um dilogo entre os cursistas sobre os processos que envolveram o ingresso

    nas redes sociais, bem como as atividades que cada um realiza nesses espaos.

    Busquem identificar as especificidades socioculturais desse contexto: de que forma cada

    participante conheceu e ingressou em determinada rede social? Algum j auxiliou outros

    colegas em suas primeiras experincias? Quais as principais atividades que realizam? Quais as

    atividades preferidas? De que forma pode ser usada para facilitar aes educativas? Alguma

    crtica? Existe o cuidado com questes de segurana e privacidade de informaes? Quais

    diferenas percebem nos recursos, em comparao com a Comunidade Virtual que estamos

    utilizando no Ambiente e-ProInfo?

    Por fim, elaborem uma sntese dessa experincia do grupo para compartilhar nos blogs

    pessoais. Vocs podem, tambm, divulgar o link para a postagem em todas as redes que

    participam.

    Aps toda essa caminhada, podemos conversar sobre significados mais profundos dessas

    redes sociais na formao de crianas e jovens. Pesquisadores estadunidenses afirmam que a

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    maior parte dos estudantes entrevistados manifestou o desejo de encontrar amigos e

    simplesmente desfrutar da interao informal com eles (ITO et al., 2010, 61)

    Atividade 2.4

    Reflexes sobre a participao em redes

    Aps toda essa trajetria de reflexes acerca de qualidades de redes/comunidades de

    aprendizagem e prtica, sugerimos que voc realize uma reflexo pessoal, avaliando sua

    participao em uma ou mais redes, nas quais voc participa, e debata com colegas estratgias

    para aprimorar o uso desses recursos.

    Orientaes para a atividade:

    Momento 1:

    Reflita acerca dos aspectos apresentados sobre a importncia da colaborao e

    reciprocidade em uma rede virtual:

    Voc participa ativamente buscando cultivar suas relaes sociais e/ou contribuir para o

    progresso coletivo, no caso de redes com objetivos especficos?

    Voc costuma comentar/avaliar os trabalhos compartilhados por seus pares? Por

    exemplo: mensagens nos Fruns, postagens nosBlogs dos colegas, mensagens na Comunidade

    Redes de Aprendizagem, no e-ProInfo.

    Como se sente quando recebe comentrios? Voc verifica e responde, quando for o caso,

    s mensagens que recebe em seuBlog e nos Fruns?

    Analise tambm as especificidades nos propsitos de cada rede que participa: Entre as

    redes que voc participa, quais se enquadram na definio de comunidade de prtica

    apresentada por Wenger (2006)? Voc considera que a(s) comunidade(s) poderia(m) evoluir emalgum dos requisitos: domnio, comunidade, prtica? Quais estratgias poderiam contribuir

    nesse sentido? Caso voc considere que nenhuma das redes contempla a definio de comu -

    nidade de prtica, tente identificar obstculos. E quais estratgias podem ser adotadas para

    potencializar o surgimento desse tipo de comunidade.

    Momento 2:

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    1. Ao final do processo de autoavaliao, sugerimos um debate entre os cursistas, a fim de

    compartilhar as descobertas individuais e realizar no coletivo uma tempestade de ideias

    para a proposta de estratgias de aprimoramento das redes.

    Na Comunidade DeviantART, o processo de reconhecimento e valorizao do trabalho

    dos artistas ainda mais intenso pelo fato de a tecnologia permitir tambm o contato com

    compradores e fs. Assim, para alm de uma comunidade de prtica, h ainda um sistema de

    comercializao.

    Cabe, aqui, alertar que tambm h situaes onde jovens com baixa autoestima podem

    relutar em publicar seus trabalhos. Alm disso, retomando as questes relativas aos preconceitos

    e inibies, tambm pode haver resistncia e receios de demonstrar determinado potencial por

    serem taxados de geeks ou nerds entre os pares, especialmente no contexto escolar. A fim

    de evitar esses riscos, muitos jovens se beneficiam da possibilidade de ter mltiplas identidades

    na rede e criam pseudnimos. Dessa forma, separam a figura popular para as relaes sociais

    da figura geek das redes de aprendizagem e prtica.

    Embora as crianas mais geekys e criativascontinuem a ser menos populares e marginalizadasnas relaes de namoro na escola, nosso trabalhoindica algumas mudanas no balano de como ascrianas se envolver com essas redes diferentes. Aocontrrio da gerao mais velha, as crianas de hojetm a oportunidade de se envolver em vrios pblicos,elas podem manter uma identidade como jovempopular em suas redes de escolas locais e noMySpace e ao mesmo tempo perseguir atividades de

    interesses especficos com um outro conjunto decolegas on-line. Embora a maioria das crianas comquem falamos participa principalmente de atividadesbaseada na amizade, tambm vimos muitos exemplosde crianas que mantm uma estrutura de duplaidentidade. Elas podem ter vrios perfis online para

    diferentes conjuntos de amigos, ou eles podem ter umgrupo de amigos de jogos online que no se

    sobrepem com os amigos sair quem elesinteragem escola (ITO et al., p. 20-21).

    Outro aspecto que no poderia passar despercebido a postura ativa e a autodidaxia tpica

    do contexto dos sujeitos das redes. H, inclusive, conscincia e orgulho em relao a essa

    habilidade de aprender a aprender:

    Ao contrrio de outras formas de prtica especializada, os especialistas em

    tecnologia da informao muitas vezes enfatizam que desenvolveram suas habilidades

    fora do contexto formal de treinamento e instruo. Membros das hierarquias tcnicas

    se orgulham de ser autodidatas, aprendendo a manipular o cdigo, os dispositivos

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    tcnicos, e as formas em rede de distribuio por conta prpria (LANGE, 2003,

    2007b).

    Os criadores de mdia que entrevistamos muitasvezes refletem esses valores, descrevendo como eramem grande parte autodidatas, embora possam tambmdescrevem a ajuda que receberam de recursos online

    e offline, colegas, pais e at pro fessores (ITO et al.,2010, p. 262).

    Para finalizar essa trajetria de descobertas sobre a cultura contempornea, altamente

    tcnica e permeada por redes, apresentaremos uma sntese de caractersticas gerais,

    apresentados por Santaella (2008, p. 25-26):

    1. Inovativa: um perodo de mudanas tecnolgicas profundas e prolongadas em que

    as mdias so criadas, dispersadas, adotadas, adpatadas, absorvidas em ritmo

    dramtico;

    2. Transformativa: h uma fase de experimentaes estticas e sociais enquanto a

    sociedade vai absorvendo e muitas vezes antecipando novas tecnologias miditicas;

    3. Convergente: a comunicao se organiza no cruzamento de mltiplos canais, tanto

    corporativos como de origem popular;

    4. Multimodal: o mesmo contedo pode ser encontrado em mltiplas representaes;

    5. Global: as mdias permitem interaes entre as pessoas em torno do mundo, o que

    produz impactos positivos e negativos nas culturas locais;

    6. Em rede: as tecnologias das mdias esto interconectadas de forma que as

    mensagens surgem de um lugar para o outro;

    7. Mvel: as pessoas podem levar com elas suas tecnologias informacionais;

    8. Apropriativa: novas tecnologias facilitam o arquivamento, anotao, apropriao e

    recirculao do contedo miditico;

    9. Participativa: borra-se a linha divisria entre consumidor e produtor com nfase

    crescente nas afiliaes sociais e engajamento ativo em torno da mdia;

    10. Colaborativa: a emergncia de novas estruturas de conhecimento e criatividade

    depende de deliberaes e solues de problemas compartilhados;

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    11. Diversificada: os muros entre as comunidades culturais so quebrados na medida

    em que as mdias fluem atravs de vrios lugares de produo e consumo no contexto

    de uma sociedade multicultural;

    12. Domesticada: as mdias so inteiramente integradas nas interaes sociais

    cotidianas;

    13. Geracional: existem diferenas agudas entre geraes em termos de acesso ao

    conhecimento, gostos e interesses culturais e formas de participao e aprendizagem;

    14. Desigual: o acesso s tecnologias, habilidades, oportunidades de participao so

    desigualmente distribudas entre a populao e entre regies do planeta.

    Consideraes finais

    Nesta Unidade, esperamos ter promovido uma compreenso mais abrangente do papel das

    mdias sociais na vida dos nossos adolescentes (compreenso essa que urgente, porque sem ela

    o estranhamento e distanciamento entre as geraes se acirra, aprofundando os j habituais

    conflitos entre professores e alunos e entre pais e filhos).

    Acreditamos que alcanamos uma viso menos estereotipada da relao entre os jovens e

    as tecnologias, e que temos agora um olhar mais otimista, mais aberto e apto a reconhecer as

    muitas oportunidades, sem descuidar nem se esquecer dos riscos.

    Assim, cremos que estamos prontos para continuar os estudos da prxima Unidade, onde,

    ento, vamos analisar com mais detalhes as caractersticas das redes sociais, almejando

    transform-las tanto em ferramentas quanto em contedo da nossa ao pedaggica. O uso de

    ferramentas necessrio, pois, ao compreender como e porque os jovens gostam tanto delas,

    poderemos pensar em como nos apropriarmos das mesmas em atividades interessantes para os

    jovens, potencializando, assim, o seu aprendizado. E o domnio de contedo essencial, porque

    conhecer e saber comportar-se nesses ambientes um passo importante para o desenvolvimento

    da cidadania digital.