Atlantico 18

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PUB semanário 8 DE MAIO 2015 Director Interino: Pedro Emanuel Santos 1 EURO | NÚMERO 18 www.semanarioatlantico.pt PÁG. 7 Câmara de Gondomar 3000 euros de juros por dia Processos judiciais estão a arrasar finanças da autarquia liderada por Marco Martins. INVESTIDOR-MISTÉRIO NO BRASÍLIA NÃO SE FALA DE OUTRA COISA Cultura Literatura em Viagem domina fim-de-semana em Matosinhos Desporto Salgueiros 08 não sabe onde jogará na próxima época Opinião Guilherme Pinto critica sistema que paralisa autarquias PÁG. 17 PÁGS. 4 e 5 PÁG. 19 PÁG. 3 RUI MOREIRA “Para o Norte só sobram as côdeas”PÁG. 9 Foto: Miguel oliveira

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semanário

8 de maio 2015director interino: pedro Emanuel Santos1 euro | Número 18

www.semanarioatlantico.pt

PÁG. 7

Câmara de Gondomar 3000 euros de juros por diaProcessos judiciais estão a arrasar finanças da autarquia liderada por Marco Martins.

InvestIdor-mIstérIo

no brasílIa não se fala de outra coIsa

Cultura Literatura em Viagem domina fim-de-semana em matosinhos

desporto Salgueiros 08 não sabe onde jogará na próxima época

opinião Guilherme Pinto critica sistema que paralisa autarquias

PÁG. 17

PÁGS. 4 e 5

PÁG. 19

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rui moreira “Para o Norte só sobram as côdeas”PÁG. 9

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2 ///// opinião www.semanarioatlantico.pt Sexta-feira 8 Maio de 2015

Não acontece serviço público quase em lado nenhum. Não acontece desafiarmos o destino para o transformarmos na decisão de sermos felizes.

atlânticosobe

rui moreirao presidente da Câmara do Porto não cala a indignação desde que foi conhecida a distribuição dos fundos europeus do programa 2020. o autarca criticou que o dinheiro tenha caído sobretudo para projectos em lisboa, restando “côdeas” para o Norte. (pág.9)

weLComehomeesta cooperativa social dá emprego a pessoas sem-abrigo. Quase a completar um ano, a WelcomeHoMe viu a sua acção reconhecida pela ryanair, que lhe doou cinco mil euros. a verba contribuirá para a abertura de um espaço junto à Sé do Porto. (pág.6)

IdalIna CorreIaFilósofa

pratinhodemiolos.com

o encantamento do lugar comum

Dou-me conta de que tudo ou quase tudo cabe nesta sala de estar da minha

crónica semanal. Cabem botes de imigrantes naufragados no estreito de gibraltar onde terá Camões perdido o seu olho. Cabem as longínquas presi-denciais do nosso país para as quais se monta o pódio como se não houvesse assunto maior a resolver. Cabe o tal professor universitário que coletou mãos cheias de ódio alheio. Cabe a greve despudorada da TaP e os salários milionários dos admi-nistradores da PT neste último ano. Cabe a diáspora financeira da grécia e do seu ministro das Finanças pelas instituições euro-peias. Cabe a biografia prematu-ra do primeiro-ministro Passos. Cabe o jihadismo universal como força negra e sanguinária e a inusitada admiração de Passos por Dias loureiro. Dou-me conta que a sala de estar da minha crónica semanal tem paredes senão amovíveis pelos menos de vidro através dos quais a reali-dade vai acontecendo e se torna visível. Contudo, nem sempre se escreve uma crónica a olhar para fora. Fecham-se as cortinas e ainda sobra espaço para falar do que não acontece. Não acontece aumentar o emprego dos que se encontram sem trabalho. Não acontece discutir seriamente os

programas das forças políticas que se vão digladiar nas próxi-mas legislativas. Não acontece qualquer revisão política do trabalho independente e dos recibos verdes que marcham in-solentemente pisando o âmago

da justiça social. Não acontece darmos alguma dignidade aos artistas depauperados. Não acontece olharmos de frente para nós mesmos para verificar que há muito nos estamos a adiar como quem adia o dever e o que tem que ser. Não acontece olharmos para a televisão e de-pararmos com um bom serviço público. Não acontece serviço público quase em lado nenhum. Não acontece desafiarmos o destino para o transformarmos na decisão de sermos felizes. Nesta sala de estar da minha crónica semanal tudo o que acon-tece e o que não acontece é tan-gível como as gotas de chuva nas vidraças. Serão apenas palavras em rodopio à volta de si mesmas? Serão antes estados de coisas e do mundo que se agregam à por-ta da entrada como uma pilha de jornais matinais numa tabacaria. Talvez fosse melhor estar à espe-ra de godot e do que quer que se espere. reconquistar a sala de es-pera para estar com amigos à con-versa em volta de um belo e sin-gelo jantar. Decorar as paredes da sala com as coisas mais simples do mundo. um pedido de desculpas, uma demonstração de afeto, uma pergunta básica, uma curiosidade de outras civilizações, uma leitura taoista ou o lema confuciano que diz que o homem comum deixa-se encantar com coisas incomuns.

É sinal que o Norte está vivo quando as vozes do Norte continuam a incomodar.É sinal que o Norte está vivo quando o

Norte não se cala perante a discriminação a que é votado.É sinal que o Norte está vivo quando potencia o melhor que tem e outros o tentam copiar – geral-mente com piores resultados.É sinal que o Norte está vivo quando os do Norte fazem mais com muito menos meios.É sinal que o Norte está vivo quando os feitos do Norte são subestimados e tornados irrelevantes perante outros cuja irrelevância é tornada quase profissão de fé.É sinal que o Norte está vivo quando instituições e pessoas são consideradas e admiradas mundo fora e levam consigo a marca da região como sinal de orgulho.É sinal que o Norte está vivo quando das cinzas procura renascer com sobriedade enquanto outros ardem no desperdício sem sentido.É sinal que o Norte está vivo quando ainda con-segue reclamar por si próprio aquilo a que tem direito mesmo que a sua palavra incomode os demais.É sinal que o Norte está vivo quando não receia esconder as suas raízes, a sua identidade, a sua marca.É sinal que o Norte está vivo quando ignora con-selhos pacóvios daqueles que acham o Norte uma questão de somenos.É sinal que o Norte está vivo quando não precisa de colocar em bicos de pés para se fazer afirmar, mesmo quando o silêncio seria o mais convenien-te dos argumentos.É sinal que o Norte está vivo quando o reconheci-mento dos seus chega dos mais variados pontos do globo.É sinal que o Norte está vivo quando é elogiado por quem o vê de fora de forma independente, justa e sem preconceitos regionalistas.É sinal que o Norte está vivo quando recusa ir por caminhos que não escolhe enquanto os outros preferem as facilidades e o risco desnecessário.

Pena é que estes sinais de vida surjam apenas porque o Norte tem sido votado a um ostracismo constante. São gritos de garra de quem recusa aceitar a morte anunciada.

o Norte está vivoeditorial

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GuIlherme pIntoPresidente da Câmara Municipal de Matosinhos

um novo pacto para as autarquias

economias. economias. este é o fado que nos per-segue pelo menos desde que, no século XiX, eça de Queirós escreveu a fabulo-sa campanha alegre. Mas, se é isso que o governo e o estado Central pretendem, é porque não percebem que as medidas económi-cas agravam, de modo in-sustentável, os custos de contexto.as autarquias, tal como os cidadãos, despendem ho-ras consideráveis a tentar corresponder a uma infin-dável miríade das exigên-cias e burocracias impostas pela administração Cen-tral. Carecemos, portanto, de reformas que dissipem a suspeita e o melindre, e que restabeleçam a con-fiança entre os vários níveis da administração e entre o estado e os cidadãos.Não se pende, porém, que este é um problema exclu-sivamente português. Dos 48 países europeus que compõem o Congresso dos Poderes locais, 39 assegu-ram às autarquias recursos inferiores ao necessário. e em 22 não existem sequer impostos locais. o mesmo se passa com as deficientes competências confiadas às autarquias, problema veri-ficado em 14 países. em 11 países, o controlo adminis-

trativo do Estado central continua a ir além do mero controlo de legalidade.Com o mal dos outros, diz-se, podemos bem. o que não podemos, se é de verdadeiras reformas que estamos a falar, é continuar com um sistema que complica, encarece e pa-ralisa.

Permitam-me, assim, que pergunte a que vem a dupli-cidade de critérios e de pra-zos entre a administração local e central. ou por que não percebe o estado que a proliferação legislativa e a deficiência jurídica com que é feita se torna insuportável. Não percebe o governo que a demora de decisões e pa-receres dos organismos do estado, as decisões alheias ao escrutínio de legalidade

e as fiscalizações não peda-gógicas são um custo imenso para todos?e por que persistem em transformar os órgãos deli-berativos das autarquias, as assembleias municipais, em segundos executivos prote-lando as medidas de gestão necessárias? Por que teimam em responsabilizar os agen-tes políticos sobre decisões meramente técnicas, como revisões de preços, receções

de obra, planos de seguran-ça e etc, etc, etc? Por que nos sujeitam a leis incongruentes como a lei dos compromis-sos, a que obriga às reduções remuneratórias e à redução de pessoal ou à redução das estruturas orgânicas? e por que não o impõe o estado Central a si próprio?Não se entende igualmente por que persiste o estado central em inquirições de inú-meras entidades, solicitando

elementos muitas vezes repe-tidos e absorvendo imensas horas de trabalho aos nossos melhores funcionários. Nem se vê por que teimam em eliminar recursos das autar-quias sem compensação, co-mo sucede no caso do licen-ciamento zero ou do iMT?o que se exige é, pois, um novo contrato - um pacto de confiança entre a adminis-tração local e o poder cen-tral, no qual se estabilize o

quadro legislativo, a tutela se restrinja ao controle de lega-lidade e aí, dentro das várias interpretações possíveis, a miríade de organismos que interferem seja afastada ou, pelo menos domesticada.Simplificar a vida aos cida-dãos, combater pela demo-cracia e dignificar o poder local é uma das mais urgen-tes reformas, pois será, igual-mente, aquela que mais “eco-nomias” gerará.

Carecemos, portanto, de reformas que dissipem a suspeita e o melindre, e que restabeleçam a confiança entre os vários níveis da administração e entre o Estado e os cidadãos.

Câmara de GoNdomarContinua aflitiva a situação financeira da Câmara de gondomar, a braços com centenas de processos judiciais. No mais significativo, está obrigada a desembolsar três mil euros em juros relativos a custas processuais. o recurso ao FaM já esteve mais longe. (pág.7)

GoVerNoos vereadores do Porto uniram-se para reclamar a urgência da ampliação da rede de metro há muito prometida e sempre adiada. o governo cala-se e refugia-se na falta de verbas para justificar o não avanço da obra. a desculpa de sempre enquanto financia outras obras menos urgentes. (pág.8)

atlânticodesce

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No Brasília ninguém admite estar muito preocupado com o anúncio de que há um investidor interes-sado em comprar e reabilitar o centro comercial, mas o potencial negócio é tema de conversa nos quatro cantos do velhinho sho-pping. o comprador-mistério está a ser representado pelo escritório de advogados Telles de abreu, que confirmou ao Semanário atlântico estar agendada para “dia 29” uma reunião em que será apresentada a sua proposta. uma coisa é certa, diz Paula Henriques lourenço, a advogada que redigiu a missiva en-viada à administração do Brasília: o cliente da Telles de abreu está in-teressado em “adquirir a totalida-de das frações comerciais” para se tornar o único dono do shopping e poder “adaptá-lo ao século XXi”.apesar de terem ouvido isto mes-mo, no Brasília há quem especule se a motivação do investidor-mistério será mesmo a de modernizar o cen-tro comercial. Terá o vizinho Hos-pital lusíadas vontade de crescer? estarão os espanhóis do el Corte inglés a apalpar terreno? estas são algumas das hipóteses aventadas pelos lojistas – no final de Março, es-tavam ocupadas 120 das 236 frac-ções comerciais – que disfarçam a sua apreensão e algum mal-estar com uma falsa indiferença.os donos das lojas – a estimativa é de que sejam 150 – estão dispostos a ouvir a proposta que o investidor lhes vier a fazer e alguns, os que se encontram a residir no estrangei-ro até já contactaram a Telles de abreu solicitando que lhes seja enviada a proposta, uma vez que não poderão comparecer à reu-nião do dia 29. os lojistas que são arrendatários receiam não ter uma palavra a dizer no processo e vão

investidor-mistério domina conversas no Brasília

haBituadoS a ouVir rumoreS de PoSSíVeiS aquiSiçõeS, LojiStaS aGuardam Para SaBer maiS

Textos aNa iSaBeL Pereira

desde que se soube que havia um investidor em comprar e modernizar o Brasília que não se fala de outra coisa no sho-pping inaugurado em 1976. Os proprietários das lojas estão re-ceptivos, os lojistas apreensivos.

avisando que têm direitos.ora, a advogada Paula Henriques lourenço explica que o seu escri-tório não sabe quem são os pro-prietários e que foi por essa razão que foi pedida a colaboração da ad-ministração do condomínio. “Pre-cisamos que os proprietários se apresentem e nos digam se as suas frações estão arrendadas, se são os próprios que estão a explorá-las ou se as lojas estão vazias”, comentou, assegurando que “qualquer deci-são que venha a ser tomada terá sempre em conta os lojistas”.luísa Cardoso e o marido, Manuel Pereira Bernardo, estão no Brasí-lia desde o início, já lá vão 39 anos. Mantêm com dificuldade a loja de chaves Faça você Mesmo, que o pai de luísa abriu logo nos primór-dios de um projeto que chamava excursões de gente que vinha ver o primeiro centro comercial da Península ibérica – e as primei-ras escadas rolantes no Porto – e que inspirou “a rapariguinha do

Shopping”, cantada por rui velo-so. Hoje, não fosse alguma clientela fiel e quem o atravessa o centro co-mercial vindo do estacionamento nos pisos subterrâneos, o Brasília, onde o maior movimento é à hora do almoço, estaria às moscas.“a notícia não me surpreendeu em nada, porque tem havido tan-to boato ao longo dos anos. Foi o Belmiro de azevedo, foi a isabel dos Santos...”, desabafou Manuel ao atlântico.“Não se sabe quem é nem o que quer fazer aqui. Para mim, são no-tícias que não valem nada”, diz o lojista, que sublinha: “Com o dono da loja podem negociar o preço do espaço, mas depois têm de nego-ciar comigo. eles têm mais interes-se em falar com os lojistas do que com os proprietários porque, se eu não sair, o que é que ele [o investi-dor] faz com isto?”.Helena Cerqueira, de 59 anos, sensivelmente as mesmas prima-veras que Manuel, há 15 anos no

shopping inaugurado em 1976, está mais descansada. Sem tirar os olhos de mais um arranjo de costura, admite ter lido sobre o as-sunto “no jornal” e saber que o dia 29 será de novidades. “Seja lá o que for, sei que tenho um senhorio que é espectacular e que não me deixa ficar mal”, partilha, confiante.ana Paula Moreira destoa da maioria dos lojistas que encon-trámos no Brasília. Porquê? a sua loja, a Começar do Ø, tem apenas um mês. Pronto, a modista de 44 anos já trabalha no shopping há 15, tantos quantos os que Helena tem de casa, mas esta é a sua primeira loja, um sonho adiado durante muito tempo. ouviu dizer “que [o projeto do tal investidor] podia ser uma ligação do lusíadas”, do hos-pital, mas não está preocupada. Não está, mas assevera que toda a gente no shopping fala no assunto, incluindo ela.“estes boatos já não são de agora, ou antes, este é mais um de vários

boatos. Não sei até se não serão os mesmos que já quiseram comprar. Fala-se muito e não se vê nada de concreto. vamos fazendo a nossa vidinha”, atira rosa Maria Brandão, 57 anos, há 29 no shopping, como funcionária da Kalinka – loja de moda multimarca.Foi na raposy’s – roupa de ho-mem – que o atlântico encontrou Fernando Campos, de 54 anos e que chegou ao Brasília dois anos depois da abertura do shopping. “eu tenho um estabelecimento aberto e este tipo de artigo tem in-vestimento seis meses para a fren-te. uma parte dos fornecedores é estrangeira. Não me aceitariam isto de volta”, conta, para justificar por que não pode “pegar nas coisas e simplesmente ir embora”. “Não pode ser”, vaticina o lojista que ar-renda dois espaços a proprietários diferentes, um com 65 e o outro com 81 anos.Sofia Silva, 50 anos, está à frente do negócio de família, a Strass, loja de

150o shopping, em

propriedade horizontal, terá 150

donos de fracções.

236em causa estão 236 fracções comerciais,

das quais 120 estavam ocupadas no final de Março.

1Hoje há um

segurança por turno para todo

o brasília; nos tempos áureos chegaram a ser

pelos menos três por cada uma das

três entradas do shopping.

250a reportagem

do atlântico encontrou rendas a partir de 250 euros

para as lojas mais pequenas.

destaques

Foto

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actualidade ///// 5

porcelanas e cristais que dá luz a um dos recantos abertos de um centro comercial de corredores estreitos e que são um autêntico labirinto – o shopping foi construído em três fases. É proprietária mas também é lojista, sofrendo tanto como aque-les que arrendam ali espaços. “está paradito. Não pagamos renda, mas pagamos condomínio, electricida-de, telefone e o meu salário, que às vezes recebo pela metade. Che-gámos a ter quatro funcionárias e tínhamos loja na Praça dos leões e tivemos depois noutros shoppings. Fomos indo atrás dos clientes. Fe-chei a última loja no NorteShopping em Novembro de 2012”.e o condomínio de que fala Sofia equivale, em valor, a muitas das rendas no shopping, uma vez que à maioria dos inquilinos é cobrado praticamente apenas esse valor, o correspondente ao que os proprie-tários têm de entregar à empresa que administra o condomínio des-de 2008.Para muitos, esse é um valor elevado. No piso –1 – um piso fantasma –, resiste ana Serra, de 77 anos. está no shopping há 36 anos com a sua Donana – porce-lanas e cristais –, é proprietária e paga de condomímio “100 e tal” euros, mas a sua loja é “pequena”. “estas grandes pagam 300 e tal, 400 euros”, disse ao atlântico, enquanto apontava as frações vazias que o tribunal levou a has-ta pública para que o condomínio conseguisse reaver o que os anti-gos donos não pagaram.“aquelas duas ali foram compra-das há um ano por um senhor que não conhecia isto. Deu 7.000 eu-ros em hasta pública , deve estar a pagar 400 euros de condomímio e só tem uma alugada, por 120”, conta ana Serra, também ela re-ceptiva a ouvir a oferta do inves-tidor-mistério. “Depende do que me disserem”, diz.Paula Henriques lourenço, da Telles de abreu, não revela o valor do investimento em causa – para aquisição e reabilitação – e, ques-tionada pelo atlântico, diz não ter informação sobre se, caso o negó-cio for para a frente, será dada a possibilidade aos actuais lojistas de regressarem ao ‘Brasília moderno’. o atlântico tentou, sem sucesso, contactar a associação de Co-merciantes do brasília e tentou ouvir a administração do condo-mínio, que se recusou a prestar declarações.

“Precisávamos de uma administração tipo Sonae”os lojistas do Brasília que fa-laram à reportagem do atlân-tico admitem que o shopping carece de valências que o tor-nem de novo atractivo, como uma praça de alimentação, por exemplo, e de regras.

FaLtam reGraS No BraSíLia, admitem oS LojiStaS

Hoje em dia, o Brasília tem vida sobretudo à hora do almoço e ao nível do rés-do-chão. ainda há lo-jas – poucas – no piso –1 e nos dois pisos de cima, mas nestes o cenário é, globalmente, desolador.“[o Brasília] já teve cá tudo: super-mercado, cinema, bingo”, começa por recordar ana Paula Moreira, da Começar do Ø. “isto é familiar para o bom e para o mau. eu trabalhei no Península e tinha de abrir a loja às 10h. Se abríssemos às 10h20, pa-gávamos multa. Havia regras. aqui, não há. e contra mim falo, mas a

o princípio do fim?quaNdo Foi iNauGurado, era o úNiCo, dePoiS Veio a CoNCorrêNCia...

Se vem por aí o fim de um pro-jecto com 39 anos tal e qual a cidade o conhece hoje, nin-guém sabe, mas o que é certo é que o Brasília já sobre há muito tempo. ainda assim há quem aposte no shopping.

Quando o Brasília abriu, era “úni-co” na cidade. Depois, recorda Manuel Pereira Bernardo, da Fa-ça você Mesmo, “começaram a abrir centros comerciais a torto e a direito”.“No início, o negócio era tal que o meu pai já tinha o papel de embru-lho cortado à medida das caixas dos pequenos electrodomésti-cos. Não havia tempo para estar a cortar na hora”, conta a esposa, luísa Cardoso.À medida que iam abrindo cen-tros comerciais mais modernos, as grandes insígnias – a última grande loja de marca terá sido a Benetton – foram dando lugar às “lojas de chineses”, que por sua vez desapareceram abrindo as portas à chegada, nos últimos anos, de lojas de artigos em segunda mão, cabeleireiros e negócios de estéti-

ca – hoje em maioria no shopping.Mas no Brasília ainda há de tudo, desde um ginásio até restaurantes e cafés, passando por um loja de discos, um gabinete de contabi-lidade, um estabelecimento com artigos eróticos ou um estúdio de fotografia.“antigamente havia mais prontos

-a-vestir e lojas de calçado”, recor-da Helena Cerqueira, costureira, com loja no Brasília há 15 anos.os negócios mudam, mas conti-nuam a abrir novas lojas. É o caso da Começar do Ø, de ana Paula Moreira (na foto). Nascida, cria-da e vivida na zona – “Nasci na 5 de outubro e lembro-me de vir

verdade é que isto ‘funciona’ de se-gunda à sexta e é à hora do almoço que há mais gente”, confidencia.“isto realmente precisa de obras. e, para funcionar, precisava de ter uma administração tipo Sonae, que impusesse regras”, diz, por seu tur-no, Fernando Campos (na foto), da raposy’s.o horário das lojas é das 10h às 22h, mas ana Serra, de 77 anos, há 36 no shopping, anui: “ainda não vi ninguém a cumprir horários. Nos primeiros anos, ainda se cum-priam os horários, mas hoje tanto se abre às 10h como às 10h30 co-mo não se abre”. isso, explica, afas-ta a clientela e dá uma má imagem do shopping por onde em tempos “passou a fina flor do país”.Para vasco Carmo, 39 anos, funcio-nário da Mundo Fantasma – loja de Banda Desenhada que chegou ao

com os meus coleguinhas andar nas escadas rolantes” –, a criado-ra de moda acredita num futuro risonho e lembra que “o cliente que frequenta o Brasília [ainda] é de bom gosto”. um optimismo que constrasta com o discurso de ana Serra, da Donana: “o poder de compra foi-se”.

Brasília em 1998 –, a localicação na Praça de Mouzinho de albuquer-que é um dos motivos por que o shopping ainda está aberto. “isso e o facto de ter lojas específicas, co-mo a nossa, mas, em geral, quem vem cá é quem faz por aqui o dia-a-dia”, diz. “Precisávamos de ter o

Charlot a funcionar e de uma praça de alimentação”, defende .Também vasco admite que faltam regras no Brasília, mas, por outro lado, nota, o shopping “tornou-se tão clandestino que não faz sentido ter regras”. “a maioria dos negócios tem uma pessoa”, sublinha.

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ryanair apoia projecto solidário com cinco mil euros

weLComehome Comemora um aNo de aCtiVidade eSte mêS

a welcomehome é um projecto solidário que aposta na reinser-ção profissional de sem-abrigo. recebeu cinco mil euros da companhia aérea low-cost e abrir um café, cujo funcionário é sem-abrigo.

Texto Simão FreitaSFoto joão maNueL riBeiro

Cinco mil euros, entregues a 7 de Maio no auditório do aeroporto Francisco Sá Carneiro, que per-mitem abrir um café e sonhar com ‘voos’ mais altos. a compa-nhia aérea irlandesa low-cost já tinha doado a mesma quantia à WelcomeHoMe, uma cooperati-va social que surgiu do mestrado em Economia Social na universi-dade Católica do Porto, pela mão do fundador e mentor alfredo Figueiredo. essa primeira doa-ção, em finais de 2014, surgiu da

mesma iniciativa de angariação de fundos: as raspadinhas solidárias que são distribuídas a bordo dos voos da companhia, a operar de e para Portugal. Custam um euro, e parte do valor reverte para institui-ções de assistência social. a medi-da já existia em vários países, mas só a partir do ano passado, e com a WelcomeHoMe como pioneira, chegou a Portugal. agora, os pro-veitos das raspadinhas solidárias voltam a dar à cooperativa social um valor que o fundador e mentor, alfredo Figueiredo, descreve ao Semanário atlântico como sendo “muito importante”. “É um apoio muito bom para que consigamos desenvolver o nosso plano de ac-tividades”, detalha.

CaFé Na rua do Soutoa WelcomeHoMe está a preparar a abertura de um espaço na rua

os cinco mil euros foram entregues, simbolicamente,

à WelcomeHoMe numa cerimónia que decorreu na passada quinta-feira, 7 de Maio,

no auditório do aeroporto Francisco Sá

Carneiro

a welcomehome está a preparar

a abertura de um espaço na rua do Souto,

que será cedido em comodato

pela Câmara municipal do

Porto, e as duas partes estão a finalizar o acordo que permitirá à cooperativa social abrir

portas

destaques

do Souto, que será cedido em co-modato pela Câmara Municipal do Porto, e as duas partes estão a finalizar o acordo que permitirá à cooperativa social abrir portas “se possível, até ao verão”. Nesse espaço, além da equipa da Wel-cwomeHoMe, vai trabalhar “uma pessoa em situação de sem-abri-go, que fez formação connosco”. É mais um caso de sucesso, depois de Jorge garcez, que leva turistas em visitas guiadas pelo Porto visto pe-los olhos de quem o utilizou como quarto, nas tours rota da Mudança, o primeiro passo da cooperativa. além de funcionar com serviço de bar e de take away (para café e chá), o café será o “ponto de referência da actividade da WelcomeHoMe”. os cinco mil euros entregues pela ryanair serão “muito importantes para poder fazer obras no espaço e também para comprar o material

necessário”. a partir do café, pode-rão funcionar, também, o início dos tours, e no espaço serão vendidos os vários produtos de merchan-dising disponíveis (fotografias e postais), que durante o primeiro ano de actividade têm registado uma facturação “muito surpreen-dente pela positiva”, refere alfredo Figueiredo.

“aBrir NoVaS PortaS”os cinco mil euros foram entre-gues, simbolicamente, à Welco-meHoMe numa cerimónia que decorreu na passada quinta-fei-ra, 7 de Maio, no auditório do aeroporto Francisco Sá Carneiro, com a presença do vereador da habitação e acção social da Câma-ra Municipal do Porto, Manuel Pi-zarro, mas também do presiden-te do Turismo Porto e Norte de Portugal, Melchior Moreira, bem como o provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto, antó-nio Tavares. a cerimónia serviu, também, para “tentar abrir novas portas” com vista a mais parce-rias para a cooperativa social, que procura, assim, expandir e conso-lidar a actividade.a vontade de abrir uma pizzaria social na Baixa do Porto, onde os funcionários sairiam, também, de uma situação de sem-abrigo, “não está abandonada”. “a inten-ção mantém-se”, diz o mentor da WelcomeHoMe, mas a “falta de recursos” impede que o projec-to vá para a frente, até porque as atenções estão, para já, viradas para o Tour da Mudança e o novo espaço.em jeito de balanço do primeiro ano de actividade, que se come-mora a 22 de Maio, alfredo Fi-gueiredo afirma que o projecto dá ainda “os primeiros passos”. “Tendo em conta o tempo que temos de terreno e o que fomos fazendo, o balanço é positivo”, ati-ra. além das vendas “surpreen-dentes” de merchandising e de “algumas reservas” nos tours, alfredo Figueiredo vê um percur-so “desafiante e interessante” no primeiro ano da cooperativa.

PerFil

A WelcomeHOMEO projecto surgiu como trabalho final do mestrado em economia Social, na Universidade Católica do Porto, e foi depois desenvolvido na incubadora de negócios da Univer-sidade. Os tours rota da Mudança são a face visível de um projeto que é parte integrante da Plata-forma + emprego, uma estratégia criada pelo Núcleo Planeamento e implementação Sem Abrigo (NPi-SA) Porto e que engloba institui-ções como o instituto do emprego e da Formação Profissional (ieFP), a Cais, a Ahptus, a randstad e a Universidade Católica do Porto, numa perspectiva de recupera-ção e inclusão de pessoas em situação de sem-abrigo através do emprego.Prevê-se que, de 1300 pessoas em situação de sem-abrigo, 200 pernoitem na rua, e os números têm aumentado ano após ano. “A missão da cooperativa é trabalhar com pessoas nesta situação”, explicou ao Atlântico, Alfredo.

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Maio de 2015

Gondomar paga 3000 euros de juros por dia

CaSoS judiCiaiS arraSam FiNaNçaS da autarquia

os processos em que está envol-vida a autarquia de marco mar-tins estão a colocar em risco a saúde financeira do município. Só os juros referentes ao caso mais oneroso são suficientes para arrasar com os cofres.

Texto Pedro emaNueL SaNtoSFoto CarLoS romão

Desespero na Câmara de gon-domar. a autarquia está afogada em dívidas relativas aos diversos processos judiciais provindos da gestão do anterior presidente, valentim loureiro. o caso mais alarmante diz respeito ao caso que ditou a devolução a Bruxelas de 6,2 milhões de euros, a que acrescem 5 milhões relativos a custas processuais, de fundos comunitários que a Justiça con-siderou terem sido indevida-mente utilizados na eTar do rio Ferreira. “estamos a pagar 3000 euros por dia devido a esse proces-so”, revelou ao Semanário atlântico fonte próxima de

NúMerOS

400 processos, 900 milhões de indemnizaçãoA Câmara de Gondomar convive com a resposta a centenas de processos judiciais. De acordo com dados fornecidos ao Semanário Atlântico pelo próprio presidente da autarquia, Marco Martins, em entrevista concedida a 3 de Abril, “o município está envolvido em 400 processos, nos quais lhe é pedido um total de 900 milhões de euros”. Questionado sobre como é pos-sível gerir tamanha dívida, Marco Martins foi claro: “é um valor que bloqueia totalmente a câmara”.

Marco Martins, presidente da edilidade gondomarense. Mensalmente, a soma chega aos 90 mil euros. anualmen-te, serão despendidos 1,1 mi-lhões de euros em juros. Como o caso ainda está em recurso no Supremo Tribunal de Justi-ça, os números disparam à me-dida que o calendário avança.Números astronómicos que colocam em causa a viabili-dade financeira da câmara, conforme admite a mesma fonte: “é impossível suportar este nível de despesa, não te-mos orçamento para tal”. Daí o pedido de ajuda recente ao governo para tentar encon-trar uma solução que permita fasear o pagamento dos juros de forma a suavizar o impacto nas contas municipais.Marco Martins reuniu-se em abril, no intervalo de uma semana, com os secretários de estado da administração local e do orçamento, res-pectivamente antónio leitão

amaro e Hélder reis. Do poder central chegaram respostas vagas. “apenas nos disseram que a nossa situação estava em estudo e a ser analisada pelos departamentos jurídi-cas de ambas as secretarias de estado”, afiançou a fonte.a autarquia também tentou per-ceber a abertura do governo em ajudar, até mesmo financiando parcialmente, a pagar tão eleva-do montante em juros. Também em relação a esta matéria ficou de mãos a abanar pois lisboa nada disse em concreto, “apenas que ia estudar essa questão”. até agora “não foi dado qualquer tipo de indicação” sobre a aceitação, ou não, da proposta efectuada.Perante este impasse, a Câ-mara de gondomar permane-ce sem saber como encarar o imbróglio. Sobretudo quando estão em causa valores tão ele-vados que podem, “e estão”, a comprometer a sua saúde fi-nanceira.Se não chegar uma resposta

positiva em breve, o município poderá ver-se obrigado a to-mar medidas mais drásticas. o Semanário atlântico sabe que o recurso ao Fundo de apoio Municipal (FaM) não está co-locado de lado. Muito embo-ra esta seja a solução menos desejada por Marco Martins, como o próprio referiu, aliás, em entrevista ao nosso jornal no passado mês de abril.Para já, o executivo estuda al-ternativas mais suaves. Que podem passar por uma redu-ção no caderno de investimen-tos, no corte na despesa ou, em situação mais extrema, na procura de mais receita atra-vés do aumento de impostos municipais.

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arquiteCtura

Matosinhos recebe projecto de Pritzker brasileiro

a doação ao acervo da Casa da arquitectura, que está em construção em Matosinhos, na sequência da candidatura do município à rede de Cida-des Criativas da uNeSCo, pa-ra se tornar Cidade do Design, inclui desenhos e maquetes do projecto. inclui ainda a primeira maquete em papel, que originou a encomenda do projecto.a Casa da arquitectura tem já asseguradas a presença de projectos de Álvaro Siza vieira e eduardo de Moura, os únicos portugueses a receber o Pré-mio Pritzker (distinção máxi-ma da arquitectura).o contrato de cedência vai ser assinado no próximo dia 20 deste mês, na ordem dos ar-quitectos, em lisboa, estando presentes Paulo Mendes da rocha e o presidente da Câma-ra Municipal de Matosinhos, guilherme Pinto. a Casa da ar-quitectura é um projecto orçado em três milhões de euros (com parte do financiamento assegu-rado através de fundos comuni-tários), e vai ficar instalada no antigo edifício da real vinícola. as obras arrancam a partir da próxima semana, com o tempo de construção previsto para de-zoito meses.Paulo Mendes da rocha com-pleta o leque de Pritzker en-tregues a arquitectos de lín-gua portuguesa. a primeira obra do arquitecto, natural de vitória, foi o ginásio do Clube atlético Paulistano, em S. Pau-lo. o Museu Brasileiro da es-cultura é uma das obras mais conhecidas de Paulo Mendes da rocha. entre outras obras contam-se o Museu de arte de Campinas ou o Cais das artes, este último na cidade natal.

Paulo mendes da rocha, que em 2006 foi distinguido com o prémio pritzker de 2006, vai doar o projecto do novo museu Nacional dos Coches, em Lisboa, à Casa da arqui-tectura, em matosinhos.

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Novos corpos sociais tomam posse dia 26a metro do Porto, Sa, realiza no próximo dia 26, uma terça-feira, a assembleia-geral para aprovação das contas de 2014 e eleição dos membros dos ór-gãos sociais para o triénio de 2015-2017.

JOãO Velez CarValhO reCOnduzidO, eduardO VítOr rOdrigueS na aSSembleia-geral

De acordo com a convocató-ria, a reunião terá início pelas 11h30, na sede da empresa, estando também previsto apreciar e deliberar sobre o or-çamento, plano de atividades e indicadores previsionais de gestão para este ano.João velez Carvalho é o presiden-te do Conselho de administração

da Metro do Porto desde 2012, cargo que também ocupa na So-ciedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP).a Metro do Porto, cujo pre-juízo diminuiu 90,3 por cento para 47,6 milhões de euros em 2013, ano em que a empresa bateu o recorde de clientes transportados – 55,9 milhões de validações –, é detida a 60 por cento pelo estado, sendo os restantes 40 por cento da Área Metropolitana do Porto, que inclui 17 municípios.o Conselho Metropolitano do Porto aprovou em Março passa-do a nomeação dos seus repre-

sentantes para os órgãos sociais da empresa para o triénio em causa.Para presidente da assembleia geral foi escolhido eduardo vítor rodrigues, presidente da Câma-ra de vila Nova de gaia. Já Marco Martins, presidente da Câmara de gondomar, gonçalo Mayan gonçalves (antigo vereador da Câmara do Porto) e antónio Do-mingos Silva Tiago (vice-presi-dente da Câmara da Maia) foram escolhidos para ocupar o lugar de vogais não executivos.eduardo Pinheiro, vice-presi-dente da Câmara de Matosinhos, foi indigitado como vogal efetivo

do Conselho Fiscal da Metro do Porto.o Conselho de administração da Metro do Porto assinou no dia 23 de abril com o consór-cio espanhol TMB – Transports Metropolitans de Barcelona/Moventis o contrato que regula a subconcessão da operação e manutenção da rede por 10 anos.em comunicado enviado à lusa, a Metro do Porto anunciou que “a execução do contrato celebrado com a TCCMP [empresa criada pelo consórcio em Portugal para operar o metro] entra em vigor a curto prazo, iniciando-se breve-mente o período de transição do

atual para o novo operador, que será acompanhado a par e passo pelos técnicos da Metro do Porto, garantindo o regular funciona-mento da rede”.esta assinatura aconteceu depois de uma longa negociação entre a administração da Metro e o con-sórcio catalão, que entregou uma garantia bancária de cerca de 17 milhões de euros.o concurso público internacional para a subconcessão do Metro do Porto e da STCP, que foi contesta-do pelos partidos da oposição e criticado próprio Conselho Me-tropolitano do Porto, foi lançado em agosto do ano passado.

a Metro do Porto, cujo prejuízo

diminuiu 90,3 por cento para

47,6 milhões de euros em 2013,

ano em que a empresa bateu o

recorde de clientes transportados – 55,9 milhões de

validações –, é detida a 60 por

cento pelo estado, sendo os restantes

40 por cento da Área Metropolitana do Porto, que inclui

17 municípios.

“ou se deita a toalha ao chão ou temos de ter uma

estratégia para que os autarcas não se

conformem”

“é lamentável que os impostos

de todos tenham servido para

pagar o metro de Lisboa e não

sirvam para o metro do Porto”

“a Metro vende mais ou menos 40

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ano e, só de juros, paga 70 milhões.

a empresa tem mais de três mil

milhões de euros de passivo”

destaques

destaques

o executivo da Câmara Munici-pal do Porto defendeu a neces-sidade de o Estado investir no metro do Porto para viabilizar o avanço de pelo menos mais 30 quilómetros da segunda fase de expansão, parada desde 2011.a posição unânime foi mani-festada na reunião camarária pública realizada na última ter-ça-feira, que contou com a pre-sença do representante do Con-selho Metropolitano do Porto (CmP) na administração da Metro do Porto, gonçalo gon-çalves, a pedido do vereador do PSD amorim Pereira. “ou se deita a toalha ao chão ou temos de ter uma estratégia para que os autarcas não se conformem”, frisou o social-democrata, cita-do pela agência lusa.Defendendo que o CmP devia assumir a gestão da Metro do Porto, amorim Pereira conside-

Porto unânime a favor da extensão da rede de metro

moroSidade do GoVerNo CritiCada, CeNtraLiSmo CoNdeNado

o executivo da Câmara do Porto juntou-se num raro coro de una-nimidade e exigiu que finalmen-te seja cumprido o alargamento da rede de metro. o centralismo do poder central foi novamente atacado.

rou que a atual administração é “uma estrutura macrocéfala cuja única missão é deitar os olhinhos à concessão”, algo que devia ser feito por equipas téc-nicas. “este governo e os ante-riores não têm estado à altura das suas responsabilidades com a região”, acrescentou.alinhando com amorim Pereira na defesa de “um entendimento político à escala metropolitana

o mais alargado possível” para reivindicar a expansão do me-tro do Porto, o socialista Ma-nuel pizarro considerou não ser “aceitável continuar a não investir no metro do Porto”. “É lamentável que os impostos de todos tenham servido para pagar o metro de lisboa e não sirvam para o metro do Porto”, frisou Pizarro.o vereador da CDu, Pedro Car-

valho notou que o alargamento do metro do porto “deve ser uma prioridade de investimen-to público em relação à qual” a Câmara “tem de ter capacidade de lutar”. e defendeu ser “óbvio que a expansão do tem de conti-nuar e deve gerar os consensos necessários”.Já Filipe araújo, vereador do ambiente, eleito pela lista in-dependente de rui Moreira, in-

dicou os impactos positivos do metro na redução do consumo de combustíveis e na melhoria da qualidade de vida da popu-lação e pediu contas a gonçalo gonçalves.Chamado à reunião camarária para fazer um ponto de situação sobre a metro do Porto, gonçal-ves começou por dizer que “está tudo suspenso”.“a primeira fase, que correspon-de ao que temos hoje, custou 2,5 mil milhões de euros e o estado e os fundos comunitários su-portaram 20 por cento. ou seja, 80 por cento foram financiados com recurso a endividamento da empresa e este modelo não é viável”, notou.“a Metro vende mais ou menos 40 milhões de euros de bilhetes por ano e, só de juros, paga 70 milhões. a empresa tem mais de três mil milhões de euros de passivo”, assinalou.as tais quatro linhas (Campo alegre, no Porto, S. Mamede, em Matosinhos, gondomar e ligação de Santo ovídio a vila d’este, em gaia) da segunda fa-se tinham um custo previsto de 2,8 mil milhões de euros.

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Revisão acompanhada por 32 instituiçõesA Comissão de Coordenação e Desenvolvimento regional do Norte (CCDr-N) criou a Comissão de Acompanhamento da 2.ª revi-são do Plano Diretor Municipal (PDM) do Porto, constituída por um representante de 32 entida-des. A criação desta comissão, que é presidida pela CCDr-N, foi já publicada em Diário da república.Além da Câmara e Assembleia Municipal do Porto, esta comis-são conta com a presença de representantes da Autoridade Nacional da Aviação Civil, Capitania do Porto do Douro, direções-Gerais da energia e Geologia, de património Cultural, do Território, da Cultura do Norte e de reinserção e Serviços Prisionais, da PSP e, entre outras, do instituto de Mobilidade e Transportes. As câmaras de Gondomar, da Maia, de Matosinhos e de Vila Nova de Gaia também se fazem repre-sentar.

trânsIto

Faixas para motociclos alargadasA Câmara do Porto anunciou a circulação de motociclos e ciclomotores nas faixas bus foi alargada a mais sete artérias da cidade. A medida abrange as ruas Diogo Botelho, Campo Alegre, Júlio Dinis, D. Manuel ii, Passos Manuel e Alexandre Braga, bem como o acesso da VCi à rua do Campo Alegre. O relatório da primeira avaliação do projeto por parte da Faculdade de engenharia da Universidade do Porto concluiu que a autorização de circulação a ciclomotores e motociclos “deve ser alargada, de forma a abranger mais cerca de 50 por cento da extensão total de cor-redores bus existentes no muni-cípio”. O projecto, que teve início em 2014, “traz algumas vanta-gens como a redução do tempo de viagem e dos níveis de CO2, o aumento da segurança, incen-tivo à transferência do automó-vel para o motociclo e a redu-ção do tráfego automóvel”.

breves

Concurso do rosa Mota é para continuara Câmara do Porto recusou suspender o concurso do ro-sa mota devido a um incidente de suspeição que levou rui mo-reira a criticar as “sociedades mais ou menos secretas inco-modadas” com a concessão.

iNCideNte de SuSPeição Não traVa ProCeSSo

Na reunião pública do executi-vo realizada terça-feira, dia 5, foi o vereador do PSD, ricardo almeida, que sugeriu à maio-ria um “parar para pensar” no concurso devido às “suspei-ções gravíssimas” levantadas por uma das concorrentes, evitando assim “inquinar o

processo do ponto de vista administrativo”.Já na quarta-feira, a BBZ, empresa interessada no concurso do pavi-lhão rosa Mota, exigiu igualdade de tratamento entre os candida-tos e alertou para um plano de gestão do equipamento “do ex-clusivo conhecimento de outra concorrente, a aCP”. No dia seguinte, em resposta a estas críticas, a Câmara do Porto assegurou não ter “qualquer en-tendimento” com a alfândega ou a aCP para articular as duas ins-tituições com o rosa Mota nem “conhecimento de qualquer pla-

no” nesse sentido.Durante a reunião, a defesa da le-gitimidade do procedimento foi liderada pelo socialista que tutela a Habitação, Manuel Pizarro, pa-ra quem “suspeições abstratas não são motivo para suspender concursos”. Mas contou com a indignação da vice-presidente da autarquia, guilhermina rego, responsável pela equipa munici-pal gestora do processo, e com a referência de Moreira a “muitas sociedades mais ou menos secre-tas que andam muito incomoda-das com o ‘rosa Mota’”.“grave é as pessoas não assu-

mirem claramente em nome de quem estão a falar e que interes-ses representam. No final sabere-mos se o assunto foi tratado com toda a transparência ou não. Não tenho, em relação a essa matéria, qualquer preocupação”, afirmou o presidente da autarquia.Moreira referia-se ao “incidente de suspeição” apresentado em abril por uma das empresas can-didatas à exploração do Pavilhão rosa Mota sobre o presidente da Câmara, nomeadamente por este ser sócio do responsável de outra concorrente, a associação Comercial do Porto (aCP).

o presidente da Câmara do Por-to, rui Moreira, acusou o actual governo e os anteriores de cana-lizarem todo o financiamento dis-ponível para a região de lisboa,

“Para o Norte só sobram as côdeas”

rui moreira VoLta a diSParar CoNtra LiSBoa

o presidente da Câmara do Por-to voltou a carregar no acento contra o centralismo lisboeta. desta vez, rui moreira criticou a forma como foram distribuídos os fundos do programa europeu 2020.

deixando “côdeas” para o Norte e restantes zonas do país.“Todos os recursos disponíveis do país vão sendo canalizados para uma única região. Depois sobram côdeas. a região es-tá confrontada com isto. Mas vamos ter eleições. os fundos comunitários vão ser usados para coisas mais ou menos iso-téricas. está na altura de a po-pulação perceber o que está em causa e questionar os partidos

sobre o resto do país”, frisou o autarca independente, citado pela agência lusa.rui Moreira abordou a questão a propósito da falta de financia-mento do estado para suportar os custos da segunda fase do metro do Porto, suspensa desde 2011, mas admitiu ter dificulda-des em restringir o assunto ao transporte público porque “o projecto de desenvolvimen-to do país tem tido como foco

uma única região”. “as pessoas deviam questionar os partidos sobre se, algum dia, vão ter de desligar a luz e ir viver para a única região que recebe inves-timento”, ironizou Moreira, para quem é por este motivo que “o país não consegue sair da cepa torta”.o presidente da Câmara do Porto criticou o governo por incluir nas grandes opções de investimento o terminal de contentores do bar-reiro, considerando que se trata de uma obra “absolutamente desnecessária” e a “repetição do aeroporto da ota [projeto de localização de um novo aeropor-to em lisboa que não chegou a avançar]”.“este porto no Barreiro é uma forma de justificar uma terceira travessia em lisboa, a reabilita-ção da zona ribeirinha de lisboa, ou seja, uma segunda expo, e um novo aeroporto na margem sul Tejo”, afirmou rui Moreira.o presidente da Câmara Munici-pal do Porto lamentou ainda que as ligações ferroviárias, o metro do Porto e o Porto de leixões não tenham sido contemplados nas opções do governo, o que classi-ficou como “inaceitável”.

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Sardinha terá marca própriaA Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia quer certificar a sardinha da Afurada com fundos comunitá-rios e criar uma denominação de origem para dinamizar aquela fre-guesia piscatória, onde poderá nascer uma pequena lota. “O nosso objectivo era certificar a sardinha da Afurada com o inte-resse de, criando uma denomina-ção de origem, valorizar o próprio produto e o local”, explicou à lusa o presidente da autarquia gaiense, eduardo Vítor rodrigues.

de 22 a 24

Nautic Show na Douro MarinaA Douro Marina vai receber, entre 22 e 24 deste mês, a primeira edi-ção do Nautic Show, que reúne várias experiências ligadas ao mundo náutico. A organização está a cargo do Grupo Sciroco, uma empresa de venda de iates. Do programa constam vários workshops ligados ao mundo náu-tico, além de experiências em res-taurantes e provas de vinho. A Douro Academy, uma das empre-sas presentes no Nautic Show, promove baptismos de surf ski, em que os mais aventureiros se podem colocar em cima de uma prancha de surf e utilizar um remo para navegar. As provas de vinho ficam a cargo da OnWine, enquan-to a Sciroco equipamentos dispo-nibiliza gratuitamente workshops de segurança a bordo. O mundo gastronómico do Japão também marca presença, através da Kampai Japanese Cuisine, que vai promover várias aulas abertas de sushi, além da degustação de saqué (uma bebida típica nipóni-ca), em chá e cocktails. A entrada é gratuita.

breves

um mês e meio com notas de excelênciao 22º Festival internacional de música de Gaia vai pro-porcionar um Verão diferen-te no concelho. de 10 a 25 de julho conceituado intérpre-tes vão actuar em diferentes espaços.

FeStiVaL iNterNaCioNaL de múSiCa de Gaia arraNCa em juNho

o festival, organizado pela Câmara Municipal, não terá apenas um palco, vai espa-lhar-se por diversos edifícios

emblemáticos de gaia. “Que-remos fazer chegar a toda a população um estilo musical de alta qualidade e coerência, através da escolha de nomes imponentes do panorama mu-sical internacional”, explicou ao Semanário atlântico fonte da autarquia. assim, estão já confirmadas as actuações de pianistas de renome como o australiano Paul Badura-Skoda, a lituana vita Panomariovaite, o espa-

nhol angel gonzalez ou o por-tuguês antónio rosado. “o cartaz representa uma clara aposta na diversidade, embora assente no registo clássico, que vai deste o tango ao piano, passando pela mú-sica de câmara, pela ópera e até pelas tribunas de jovens intérpretes”, assinalou a mes-ma fonte da autarquia.ao todo, são 11 as apresenta-ções que constam do cartaz deste ano do Festival interna-

cional de Música de gaia, todas elas com início às 21h30 em lo-cais como o Convento Corpus Christi, o auditório Municipal, o Cine-Teatro eduardo Brazão, a Casa Museu Teixeira lopes e o auditório Fernanda Correia. Haverá ainda uma iniciativa mista que junta uma confe-rência e um concerto, ‘a ópera na obra de eça de Queiroz’, que contará com a participação do musicólogo Mário vieira de Carvalho.

elson Cardoso, uma infraestrutura desportiva que vai servir a fregue-sia de Mafamude, uma das maiores e mais populosas do concelho de vi-la Nova de gaia.

2080 metros quadrados para várias modalidades

paVilhãO daS pedraS - nelSOn CardOSO abre aS pOrtaS em mafamude

Texto Pedro emaNueL SaNtoS

o concelho de Gaia tem um novo pavilhão polidesportivo. o espa-ço, nas imediações da escola Bá-sica das Pedras, e pode albergar diversas práticas desportivas. Clubes e escolas serão os futuros utilizadores.

o novo pavilhão, situado entre a rua da Quinta das Pedras e a alameda do Conde Samodães, junto à escola Básica das Pedras, ocupa uma área de 2080 metros quadrados. “Trata-se de um pavilhão constituí-do por dois corpos. a nave alberga o recinto de jogo principal e todas as áreas destinadas a balneários, vestiários e sanitários; a outra par-te, numa cota mais baixa, é ocupada por um ginásio”, explicou ao Sema-nário atlântico fonte da Câmara Municipal de gaia, a promotora do projecto.

Destinado a servir clubes e colec-tividades de Mafamude, e não só, o Pavilhão das Pedras – Nelson Cardoso é um polidesportivo que pode receber as modalidades de basquetebol, voleibol, andebol e futsal. “Foi também definido um espaço para a prática de ginásti-ca artística, além de um ginásio complementar de aquecimento no piso inferior”, descreveu a mesma fonte.o novo pavilhão não possui banca-das fixas, mas será possível instalar bancadas amovíveis em dois níveis

distintos, o que poderá fazer ascen-der a lotação a 580 lugares.o público, esse, poderá ter acesso ao espaço através de duas entradas desenhadas no encontro dos dois volumes que definem o edifício. “o objectivo foi possibilitar uma en-trada individualizada aos alunos da escola básica adjacente a este recinto”, explicou.o pavilhão foi baptizado com o nome de Nelson Cardoso, ex-pre-sidente da empresa municipal gaianima, que faleceu subitamen-te em Janeiro de 2011, aos 56 anos.

Texto Pedro emaNueL SaNtoS

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A companhia de Bombeiros Sapadores de Vila Nova de Gaia comemorou, na passa-d a s e g u n d a- fe i ra (4 d e Maio), os seus 176 anos de existência. O dia ficou mar-cado por um momento há

muito esperado por estes profissionais – a chegada do novo veículo urbano de combate a incêndios (VU-CI).O investimento feito pela autarquia neste equipa-

mento ronda os 250 mil eu-ros e representa a valori-zação deste serviço de pro-teção civil por parte do exe-cutivo camarário. Segundo Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Mu-

176.º aniversário dos Sapadores de Gaia celebrado com novo veículo

A cerimónia do 176.º aniversário da companhia de Bombeiros Sapadores de Vila Nova de Gaia ficou marcada pela chegada, há muito aguardada, de uma nova

viatura: um veículo urbano de combate a incêndios. O equipamento resulta de um investimento de cerca de 250 mil euros por parte da Câmara Municipal.

nicipal de Vila Nova de Gaia, “o objetivo fundamental é garantir a segurança das pessoas, contribuindo para manter um nível de serviço aos cidadãos de alta quali-dade. Isto passa por desen-volver e pôr em prática um novo programa de requalifi-cação dos Bombeiros Sapa-dores de Gaia, ao nível dos equipamentos e, em parti-cular, das viaturas”.Durante a cerimónia foram feitas muitas referências ao empenho e à dedicação do corpo ativo desta compan-hia, sem esquecer a preocu-pação demonstrada pelo comandante da corporação e pelo presidente da autar-quia, que sempre conside-raram prioritário o investi-mento na melhoria das con-dições do quartel. Para além do investimento material, que há muito escasseava, em 2014 foi assumida a inte-gração de vinte novos ele-mentos, o que implica a afe-tação de uma verba consi-derável na manutenção des-tes postos de trabalho: cer-ca de 300 mil euros por ano.Vila Nova de Gaia tem uma importante área florestal (cerca de 35% do território) e, ao longo dos anos, tem tido muitas ocorrências, embora os efeitos desses episódios sejam menorizados através do trabalho que o gabinete técnico florestal do corpo de Bombeiros Sapadores de Gaia tem desenvolvido no âmbito da prevenção. Esse sucesso – que se traduz nu-ma área ardida muito re-duzida – deve-se, também, à existência de equipas de vi-gilância durante os quatro meses de Verão e à resposta musculada dos sapadores em articulação com os cor-pos de bombeiros volun-tários do concelho.

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Abril: não há liberdade sem IgualdadeO 25 de Abril e todo o seu simbo-lismo estão enraizados na matriz da UMAR (União de Mulheres Al-ternativa e Resposta), uma orga-nização fundada em 1976 que de-dicou a sua primeira fase de inter-venção ao apoio às comissões de moradores/as e trabalhadores/as para a construção de equipamen-tos para a infância e para os/as idosos/as, à exigência de um salá-rio igual para trabalho equivalen-te, ao desenvolvimento de cursos de alfabetização para mulheres, em suma, ao combate ao atraso cultural e educacional da comuni-dade portuguesa.O 25 de Abril significou a abertura – prática e simbólica – para a li-berdade e para os direitos, abrin-do possibilidades e horizontes às mulheres portuguesas dos diver-sos grupos culturais, profissionais e políticos. Apesar desta enorme transformação sentida na socie-dade portuguesa, o certo é que al-guns direitos das mulheres não foram consignados na jovem de-mocracia. Falamos especifica-mente do combate à violência do-méstica contra as mulheres (e ou-tras formas de violência de géne-ro), o direito à interrupção volun-tária da gravidez, o direito das lésbicas e o direito de represen-tação política e económica em cargos de direção (paridade).Esta dimensão dos Direitos das Mulheres só foi conseguida já no seculo XXI: as primeiras políticas sociais para o combate à violência doméstica são consubstanciadas na criação de uma rede de equipa-mentos de apoio às vítimas só em 1999 (RCM 55/99), e o direito ao aborto só em 2007 (Lei n.º 16/2007 de 17 de Abril). Apesar da consig-nação tardia destes direitos, Por-tugal tem dado enormes saltos ci-vilizacionais neste âmbito. No en-tanto, nunca é demais lembrar que os Direitos das Mulheres pre-cisam de luta continuada, de for-ma a impedir o seu retrocesso. Este ano a UMAR vai realizar, nas escolas onde realiza a prevenção da violência de género, as «I Jorna-das de Abril», sob o lema «Não há Liberdade sem Igualdade». Nesta iniciativa irão participar os alunos das turmas onde a associação tem vindo a fazer a prevenção pri-mária. À equipa de técnicos jun-tar-se-ão diversos artistas, dos quais se destaca o pintor Frances-co Zavattari. Que Abril nos impulsione conti-nuamente para a mudança: 25 de Abril sempre!

P’la UMAR: Ana Guerreiro, Carla Alves, Cátia Pontedeira, Carolina Magalhães Dias, Emanuel Olivei-ra, Maria José Magalhães, Joana Cordeiro, Patrícia Ribeiro

Cirurgias inovadoras na Dermatologia do CHVNGDesde 2012 que o Serviço de Dermato-logia do CHVNG (Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia) oferece aos seus utentes uma consulta especializada de cabelos e unhas (faneras). A criação desta consulta especializada teve co-mo fundamento a otimização na orientação de doentes referenciados com a respetiva patologia. Nesse sen-tido, é importante salientar alguns dos tratamentos cirúrgicos que estão à disposição dos utentes e nos quais o CHVNG se mostrou pioneiro no SNS (Serviço Nacional de Saúde).Um exemplo desta inovação é a reali-zação da cirurgia corretiva do mau alinhamento congénito das unhas. Trata-se de uma doença que se mani-festa ao nascimento ou nos primeiros anos de vida e, muitas vezes, é desva-lorizada pelos pais e subtratada pelos médicos. Tem quase sempre um im-pacto funcional e cosmético impor-tante na idade adulta, com recurso a múltiplos tratamentos sem qualquer sucesso, nomeadamente tópicos (ver-nizes), sistémicos (comprimidos) e ci-rúrgicos (ablação da unha) e com um impacto económico importante para os utentes e para o próprio SNS. O seu único tratamento passa por uma abordagem cirúrgica, preferencial-mente até aos cinco anos de vida, pelo que é fundamental a sua referen-ciação atempada. No âmbito das onicomicoses (micose das unhas) é importante o tratamento a laser que neste momento pode ser realizado no Serviço de Dermatologia do CHVNG. Embora com uma taxa de sucesso inferior aos tratamentos con-vencionais (vernizes e comprimidos), este é um tratamento promissor em doentes com diversas comorbilidades e polimedicados, uma vez que é prati-camente isento de riscos.Também nos casos de psoríase un-gueal pode ser realizado tratamento com laser. Ao contrário das onicomi-coses, a psoríase ungueal é uma doença crónica e com poucas opções de tratamento. O tratamento a laser pode ter algum sucesso nestes doen-tes, embora ainda com caráter tempo-rário e não curativo.No campo das alopecias (queda de ca-belo), o transplante de cabelo é atual-mente um tratamento popular. É irrealista pensar que todos os doentes com queda de cabelo serão elegíveis para um transplante, até porque mais de metade da população tem queixas de queda de cabelo em algum mo-mento da sua vida. Assim sendo, o transplante capilar no CNHVNG é rea-lizado em casos selecionados pela equipa médica.O Serviço de Dermatologia do CHVNG espera continuar a poder oferecer aos seus utentes a orientação mais correta e, sempre que possível, a mais inova-dora.

O Centro e o Norte de Portu-gal apresentam vastas ex-tensões de litoral dunar que, devido a pressões turís-ticas e urbano-industriais, aliadas a um cenário de transgressão marinha, se encontram em avançado es-tado de degradação e risco.Como consequência disso, para além da perda de valor biofísico e económico (turis-mo), regista-se uma acen-tuada erosão costeira e um constante avanço do mar sobre os estabelecimentos humanos, com prejuízos materiais consideráveis.A falta de sensibilização pa-ra esta problemática, bem como a adoção de perspeti-vas erradas para a sua so-lução, são generalizadas a

todos os atores sociais: des-de o cidadão comum aos de-cisores.O litoral (relação praia/du-na) não é uma linha fixa, co-mo os mapas mostram em determinado momento. Es-ta faixa, que separa o ocea-no da zona terrestre, vai va-riando ao longo dos tempos e, por essa razão, a sua ocu-pação com atividades hu-manas permanentes é sem-pre problemática e arrisca-da.A elevação do nível do mar, a diminuição dos sedimen-tos transportados pelos rios, a destruição das dunas e arribas e a construção dos enrocamentos e paredões, são os principais causadores de problemas para o litoral,

de acordo com a generalida-de dos investigadores.Destaco a destruição do cor-dão dunar – defesa natural do co nt i n e nte co nt ra o avanço do mar – que, em muitos dos casos, ficou com as dunas totalmente des-truídas, embora o espaço para as mesmas ainda se mantenha intacto. Desta forma, é possível a sua re-constituição com recurso a técnicas simples, usadas em Portugal desde os princí-pios do século XIX, e que fo-ram validadas recentemen-te em Gaia, com resultados positivos, a baixos custos.

Nuno Gomes OliveiraBiólogo

A degradação do Litoral Dunar

A elevação do nível do mar, a diminuição dos sedimentos transportados pelos rios, a destruição das dunas e arribas e a construção dos enrocamentos e

paredões são os principais causadores de problemas para o litoral. É no Norte e no Centro do País que se verifica uma mais acentuada erosão costeira.

Page 13: Atlantico 18

Ingredientes para 4 pessoas

2 latas de atum (grandes)

2 pacotes de puré (congelado)

1 caneca de leite

1 noz de manteiga

Noz moscada (q.b)

Sal (q.b)

1 caldo Knorr

1 cebola

2 dentes de alho

1 fio de azeite

1 pacote de mozzarela

Polpa de tomate (q.b.)

1 lata de tomate pelado

Recheio:Faz-se o refogado com o azeite, o alho e a cebola. De seguida acres-centa-se a polpa de tomate e a la-ta de tomate. Gradualmente acrescenta-se o atum e deixa-se em lume médio (cerca de 2 minu-tos). Tempera-se com sal e pi-menta a gosto.

Puré:Colocar num tacho o leite, a noz de manteiga (ou margarina se preferir) e o caldo Knorr e deixar aquecer um pouco. Colocar o pu-ré, pouco a pouco para não se queimar, e ir envolvendo. Quan-do for visível que este já se en-contra aveludado, retirar do lu-me e temperar com noz mosca-da, sal e pimenta a gosto.

Forno:(Pré-Aqueça o forno a média temperatura)Num pirex vá colocando cama-das de puré e de recheio (atum) e vá alternando (a última camada deverá ser de puré. Por fim, colo-que o queijo mozzarela e leve ao forno até ficar douradinho.

Empadão de Atum

Receitasaudável& económica

Ao longo do mês de Abril foram várias as iniciativas promovidas pela Gaiurb, junto da população residente no parque habitacional social, com

o objetivo de alertar para a importância de ter hábitos saudáveis. Cerca de trezentos munícipes participaram nas diferentes ações.

A Gaiurb dedicou o mês de Abril à saúde e promoveu vários ras-treios e ações de sensibilização junto da população residente no parque habitacional social, tendo registado a participação de cerca de trezentos munícipes.A iniciativa contou com o apoio de uma rede de parceiros que operam na área da saúde, desig-

nadamente a Cruz Vermelha, o Instituto Português do Sangue e da Transplantação, a Associação dos Amigos dos Doentes com Cancro Oral e a Dental SML – Clí-nica Médica, a Associação Portu-guesa de Medicina Dentária Hos-pitalar, a Escola Superior de Tec-nologias da Saúde do Instituto Politécnico do Porto e o Instituto

Jean Piaget de Gulpilhares. As ações decorreram em diversos empreendimentos sociais e, tam-bém, no contexto da «Escola Aberta à Comunidade», promovi-da pelo Instituto Jean Piaget de Gulpilhares, à qual a Gaiurb se as-sociou através da participação de munícipes oriundos de oito em-preendimentos sociais onde não

foi possível deslocar os rastreios.Foram realizados rastreios de saúde básica (glicemia, coleste-rol, tensão arterial, peso), cancro oral e dental e farmacológico. A iniciativa permitiu referenciar três casos que foram encaminha-dos para o Instituto Português de Oncologia e para a Liga Portu-guesa Contra o Cancro.

Gaiurb dedicou

mês à saúde

Os animais são verdadeiros companheiros de quatro patas, fiéis e inseparáveis do seu dono. No caso das crianças, a presença de um animal de

companhia promove a empatia, aumenta o equilíbrio emocional e incute-lhes sentido de responsabilidade. Nos adultos, a relação diária com os

animais melhora a saúde cardiovascular e diminui os níveis de ansiedade

Existem muitos estudos que apon-tam para os efeitos benéficos de se ter um animal de estimação, em particular o cão e o gato, considera-dos os mais populares e, por isso, os mais estudados.No caso específico das crianças – descartando eventuais problemas de foro alérgico e considerando que todas as profilaxias são corretamen-te realizadas, bem como as regras de segurança asseguradas –, as pes-quisas científicas defendem que a presença de um animal de compan-hia promove a empatia, aumenta o equilíbrio emocional, incute-lhes sentido de responsabilidade e facili-

ta a implementação de rotinas. Nos adultos, a relação diária com os ani-mais melhora a saúde cardiovascu-lar, diminui os níveis de ansiedade, diminui a pressão arterial e aumen-ta os níveis de neurotransmissores que provocam a sensação de bem-estar e relaxamento.Outras avaliações sugerem que, de uma forma geral, os indivíduos que possuem cães encontram-se em melhor forma física, uma vez que estes animais promovem uma maior interação social e um maior sentido de inclusão.Apesar das pesquisas já realizadas, muito ainda há para descobrir. Con-

Benefícios de um animal de estimação

sidero que, de uma forma menos científica e um pouco mais empíri-ca, podemos afirmar que os animais são verdadeiros companheiros de quatro patas, fiéis e inseparáveis do seu dono, acompanhando-o em to-dos os momentos do seu percurso de vida. Aproximam-nos da nature-za num mundo cada vez mais in-

dustrializado e tecnológico, em que o próprio Homem tende a automati-zar-se, esquecendo-se muitas vezes que esse contacto é necessário para o seu equilíbrio, bem-estar emocio-nal e até para a sua saúde.

Helena FriasMédica veterinária, Centro

de Reabilitação Animal de Gaia

Autarquia gaiense assina protocolo com clínicas

veterinárias do concelho

No próximo dia 12 de Maio vão ser assinados, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, protocolos de colaboração entre a Câmara Mu-nicipal de Vila Nova de Gaia e no-ve clínicas veterinárias que ope-ram no concelho e que preveem descontos, naquelas clínicas, pa-

ra quem adotar animais de esti-mação no Centro de Reabilitação Animal de Gaia. Na mesma oca-sião será também formalizado um protocolo com a associação Animais de Rua, uma organi-zação que se dedica à esterili-zação de animais sem-abrigo.

Page 14: Atlantico 18

Serviço Municipal de Protecção Civil .22 377 80 22Bombeiros Sapadores:Emergência ..........................................................22 375 24 24Geral .........................................................................22 377 80 00Águas de Gaia | Linha Verde ....................800 202 767Número Municipal de Emergência ...707 24 24 00Habitação Social - Linha Verde ............... 800207702Gabinete de Orientação

Económica e Social da Gaiurb ..................223746600

Loja do Cidadão .................................................707 24 11 07Polícia Municipal............................................... 223 778 035PSP Oliveira do Douro...................................227 864 090PSP Esquadra de Gaia.....................................223 774 190PSP Afurada..........................................................227 727 300PSP Valadares .......................................................227 169 270PSP Canidelo ........................................................ 227 728 410GNR - Destacamento Territorial ............227 862 000GNR Arcozelo .......................................................227 626 032

GNR Canelas ...........................................................227 119 348GNR Avintes .........................................................227 877 500GNR Lever .............................................................. 227 652 203BV da Aguda .......................................................227 620 030BV Avintes .............................................................227 820 230BV Carvalhos .......................................................227 842 001BV de Coimbrões ................................................223 793 511BV Crestuma ....................................................... 227 634 999BV Valadares ...........................................................227 112 136

Anti-veneno ..........................................................808 250 142Saúde 24 ................................................................808 242 400Linha do Cidadão Idoso

(dias úteis das 9h30-17h30) ...................... 800 203 531SOS Voz amiga (das 21h00 às 24h00) 800 202 669SOS Voz amiga (das 12h00 às 24h00) .213 544 545SOS vítimas ............................................................213 544 545SOS Mulheres .....................................................800 202 148SOS crianças (seg a sex das 9h00-19h00) .... 116 111

EXPOSIÇÕESO ROStO DAS LEtRASSegunda a sexta-feira, 10h-19h; sá-bados, 10h-12h30 | Biblioteca Mu-nicipal de GaiaAté 30 de Maio

XXII EXPOSIçãO COLEtIVA DE EDuCADORES E PROFESSORES DE GAIAInauguração dia 9 de Maio, 21h30 Auditório Municipal de GaiaTerça-feira a sábado,15h-18h30 e 20h30-22h30; domingo e feriados, 15h-18h30Até 30 de Maio

DIVERSOSYOGAQuartas e sextas-feiras, 9h45 Parque da Lavandeira

NOItE DE VARIEDADES 48.º Aniversário do Centro Popular de Trabalhadores da Alameda do Cedro 9 de Maio, 21h30Centro Popular de Trabalhadores da Alameda do Cedro

D. QuIXOtE – BAILADO9 e 10 de Maio, 16h Auditório Municipal de Gaia

4.º JANtAR DA FRANCESINHA9 de Maio, 19hRancho Folclórico de Canidelo

4.ª EDIçãO DAY 2015 FANtASY Desfile de Jovens Criadores9 de Maio, 16h Espaço Corpus ChristiEntrada gratuita

TEATRO«tRêS EM LuA-DE-MEL» XVIII Encontro de Teatro Amador de Gulpilhares/Valadares 20159 de Maio, 21h30Auditório de Gulpilhares

«A BIRRA DO MORtO» VIII Encontro de Teatro Garrett9 de Maio, 21h30Auditório da Junta de Freguesia de Oliveira do Douro

«AMAR PORtuGuêS» Fest’Arte 20159 de Maio, 21h30 Teatro Amador de Sandim

LITERATURACAFÉ COM ARtES16 de Maio, 21h30 Casa Barbot/Casa da Cultura

FORMAÇÃOCuRSOS DE FORMAçãO COMPORtAMENtAL Análise Transacional9 de Maio, 10h45-13h Auditório da Biblioteca Pública Municipal de Gaia

CONFERÊNCIASDISLEXIA Teoria e Intervenção Método Fonomímico9 de Maio Auditório da Biblioteca Pública Municipal de Gaia

«O Rosto das Letras» Albano Mar-tins – Uma Vida de Letras e Afetos15 de Maio, 21h30 | Biblioteca Pú-blica Municipal de Gaia

FEIRASFEIRA DE ARtESANAtO9 de MaioGrupo Folclórico de Danças e Can-tares de Mafamude

FEIRA DE tROCA DE LIVROS E OBJEtOS CuLtuRAIS10 de Maio, 9h-19hSolar dos Condes de Resende

CINEMA«Eu RECEBERIA AS PIORES NO-tíCIAS DOS SEuS LINDOS LáBIOS»12 de Maio, 15h30 e 21h30 Auditório Municipal de Gaia13 de Maio, 15h30 e 21h30Cine Teatro Eduardo Brazão

PROJEçãO DE VíDEO «FátIMA»13 de Maio, 15h30Auditório da Biblioteca Pública Municipal de Gaia

CICLO MARtIN SCORSESE «O AVIADOR»14 de Maio, 15h30Auditório da Biblioteca Pública Municipal de Gaia

de9MAio15MAio2015MUNICÍPIO DE V.N. GAIA

Para mais informaçõe consultar http://www.cm-gaia.pt e www.gaiurb.pt

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Com experiência na profissão

VENDEDOR588554513

Empregado de loja para venda em ar-

mazém

CONtABILIStA588552432

Com experiência

PROGRAMADOR DE SOFtwARE

588552586

Com experiência

COzINHEIRO588539026

Com experiência

SERRALHEIRO CIVIL

588551964Com conhecimentos

de solda semi-automática

COzINHEIRO588552598

Com experiência em cozinha tradicional Portuguesa

EMPREGADO DE MESA588553660

Com experiência

CABELEIREIRO E MANICuRE

588553903

Com experiência

VENDEDOR588547101

Vendedores ao domi-cílio de telecomuni-

cações

COzINHEIRO588552598

Com experiência

COzINHEIRO588552628

Com experiência em cozinha tradicional

Portuguesa

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15 /////

www.semanarioatlantico.pt economia Sexta-feira 8 Maio de 2015

“Ser freelancer faz com que me sinta realizada”Sofia granjo trabalha em regi-me de freelance há três anos, depois de ter trabalhado na função pública e para empresas privadas de arquitectura. Para ajudar outros, criou o Officelab, espaço de coworking em Gaia.

arquiteCta Criou eSPaço de CoworkiNG em Gaia

Tem 29 anos e trabalha em re-gime de freelance “por opção”. “Pesei os prós e os contras, e percebi que era mais vantajo-so desta forma”, conta a arqui-

tecta. Considera-se “uma pri-vilegiada” por poder trabalhar por conta própria, até porque nos três anos em que trabalha desta forma tem “conseguido angariar muitos clientes”, o que lhe permite compensar a “falta de certezas de ter um salário salvaguardado ao fim do mês”. “estamos sempre preocupados se tivermos mui-to atarefados, mas especial-mente se acontecer o contrá-

rio”, explica a arquitecta, que trabalhou para uma câmara municipal e para privados, antes de optar por se tornar freelancer. “Não me arrepen-do de ter tomado a decisão que tomei”, comenta Sofia granjo, que é a fundadora do officelab Coworking, em gaia, um espa-ço junto ao edifício da Presi-dência da Câmara Municipal criado há cerca de um ano e meio, com o objectivo do espa-

ço servir “como base de apoio” para quem trabalha no mesmo regime, seja a tempo inteiro ou em part time. “Muita gen-te tem alguma dificuldade em despedir-se de um trabalho e dedicar-se em tempo inteiro a este regime”, atira. o regime de freelance, para Sofia gran-jo, permite-lhe “adequar-se às necessidades dos clientes”, o que acaba por prejudicar a vida social. “Tenho reuniões

às nove da noite, aos fins de semana, quando for preciso”, desabafa. apesar disso, sente-se mais recompensada a tra-balhar por conta própria do que para uma empresa. “Hoje em dia, as empresas exigem tudo, mas nem sempre dão tu-do aos funcionários”, afiança, antes de acrescentar que por conta própria sente que “o tra-balho e esforço são totalmente recompensados”.

“Não me arrependo de ter tomado a decisão que

tomei”, comenta Sofia granjo, que

é a fundadora do officelab Coworking,

em gaia, junto ao edifício da

Presidência da Câmara Municipal

Quem trabalha por conta própria vê

este regime como uma “boa opção”

para quem quiser sentir-se “realizado profissionalmente”

a crise criou dificuldades na empresa

onde adalberto teixeira

trabalhava, há quatro anos, por

isso adalberto saiu da empresa

e começou a trabalhar

em projectos próprios

além da Porto i/o, Nuno veloso criou,

em 2013, uma empresa ‘umbrella’,

um tipo de empresa que reúne

vários negócios diferentes, da qual fazem parte vários trabalhadores em

regime de freelance

destaques

destaques

adalberto Teixeira tem 33 anos. a crise criou dificuldades na empresa onde trabalhava, há quatro anos, por isso adalber-to saiu da empresa e começou a trabalhar em projectos pró-prios. enquanto técnico de so-luções digitais, desde acompa-nhamento de marketing online ao desenvolvimento de websi-tes, o trabalho como freelance deixa-o satisfeito, uma vez que queria “desenvolver trabalho nesta área”. “Decidi começar por mim próprio depois de sair da empresa”, conta ao Semanário atlântico, antes de explicar que “já surgiram propostas de em-presas”, mas não é algo que con-sidere ou veja com bons olhos, já que a possibilidade de “fazer o próprio horário, ter liberdade e autonomia” são valores mais importantes que a estabilidade de um salário fixo. “aqui, tudo é fruto do nosso trabalho, e tudo o que conseguirmos é para nós”, explica, revelando ainda que há

quando trabalhar por conta própria é uma opção

aS VantagenS (e deSVantagenS) de nãO ter COntratO COntadaS na primeira peSSOa

Textos Simão FreitaS

em tempos de aperto financei-ro, há quem prefira trabalhar por conta própria. o Semanário atlântico foi ouvir as razões por detrás desta decisão, e perceber as vantagens e desvantagens do regime de freelance.

um factor de “realização pes-soal” que é cumprido ao traba-lhar por conta própria, embora este tipo de regime não seja pa-ra toda a gente, diz. “Não temos a mesma estabilidade, nem os mesmos benefícios. a principal desvantagem é não estar inte-grado numa estrutura, que já está montada e está preparada para reagir às dificuldades que possam surgir”, remata. ainda assim, adalberto sente “muito prazer” em trabalhar sozinho.

apesar de tudo, o sucesso não é garantido; “cada caso é um caso”. “Depende da forma de trabalhar de cada um. Tudo nasce do empreendedorismo, e da procura de cada um para arranjar uma alternativa”, re-mata adalberto Teixeira.

FreeLaNCerajuda FreeLaNCero fundador do espaço de coworking Porto i/o, o web de-veloper e director técnico Nu-

no veloso, criou o espaço para “ajudar muitos freelancers que precisam de ajuda a separar a casa do trabalho”. Nuno tam-bém é freelancer, desde 2011, e não considera voltar a trabalhar por conta de outrem nos próxi-mos tempos. “Quando saí, fui fazendo alguns projectos por conta própria e decidir conti-nuar”, conta. Como adalberto, também ele a trabalhar a partir da Porto i/o, Nuno veloso con-sidera que “poder ter o próprio

horário, com muita flexibili-dade” é a principal mais-valia do trabalho por conta própria, embora isso também possa ser uma desvantagem. “Pode ter o efeito contrário”, comenta.Depois de ter saído de um trabalho em londres, esteve num espaço de coworking (onde vários freelancers e microempresas trabalham no mesmo espaço) e decidiu trazer a ideia para o Porto. além da Porto i/o, Nuno ve-loso criou, em 2013, uma empresa ‘umbrella’, um tipo de empresa que reúne vários negócios diferentes, da qual fazem parte vários trabalha-dores em regime de freelance. o objectivo, como num espaço de coworking, é “ajudar a criar projectos colaborativos”.Face à situação económica do país e às mudanças no merca-do de trabalho, são mais e mais os trabalhadores que esco-lhem desenvolver a activida-de por conta própria. embora tenha vantagens e desvanta-gens, como a possibilidade de fazer o horário mais favorável ou, por outro lado, a instabili-dade financeira, quem traba-lha neste regime vê-o como uma “boa opção” para quem quiser sentir-se “realizado profissionalmente”.

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16 ///// cultura www.semanarioatlantico.pt Sexta-feira 8 Maio de 2015

orfeão universitário do Porto organiza encontro internacional de coroso i encontro internacional de Coros da universidade do Por-to, com organização a cargo do orfeão universitário do Porto (ouP), vai decorrer na igreja do Foco, Boavista, no próximo sába-do, dia 8 de maio.

Primeira edição do Certame

este encontro representa um regresso a uma tradição anti-ga do orfeão universitário do

Porto (ouP), que em 1987 co-meçou a organizar as Bienais de Canto Coral, que durante vários anos trouxeram vários grupos corais de vários países ao Porto. este ano, a tradição é recuperada e, além de Por-tugal, também a França e a es-panha estarão representadas. além do Coro Clássico do ouP, o anfitrião, o evento vai contar

além do Coro Clássico do ouP, o anfitrião, o evento

vai contar com o Coro académico da

universidade do Minho e com o Coro da universidade da

Beira interior, que compõem o cartaz de representantes

nacionais

o texto inclui “mais de

cinquenta peças curtas”,

pode ler-se no programa, “feita

de pequenos momentos de

vida, que passam tão rapidamente

como a informação passa

ao nosso lado”

a peça conta com um elenco

de luxo, com ana Guiomar,

Carlos malvarez, Cristóvão

Campos, Francisco

Pestana, irene Cruz, marta dias,

Paulo oom, rui Neto ou teresa

Sobral, entre outros nomes

Em estreia hoje, no Teatro Carlos alberto (TeCa), está a peça “as Três

(velhas) irmãs – uma Memória

de Tchekhov”, que surge da adaptação de

Martim Pedroso do texto original

de anton Tchekhov

destaques

destaques

amor e informação, teatro dentro de teatroteatro NaCioNaL S. joão reCeBe adaPtação de oBra de CaryL ChurChiLL

Na próxima quinta-feira, 14 de maio, o teatro Nacional S. joão(tNSj) estreia “amor e informação”, composta por 50 peças curtas. o teatro Car-los alberto recebe, a partir de hoje, “as três (Velhas) irmãs”.

Textos Simão FreitaS

o original é de Caryl Churchill, consagrada dramaturga britâni-

ca, adaptado por vera San Pay de lemos e João lourenço, que tam-bém assume a encenação. o texto inclui “mais de cinquenta peças curtas”, pode ler-se no programa, “feita de pequenos momentos de vida, que passam tão rapidamente como a informação passa ao nosso lado”. os autores da adaptação es-clarecem que as várias peças curtas são isso mesmo: obras individuais e não várias cenas de uma só peça,

embora exista um denominador comum: “as relações humanas na sociedade da informação em que hoje vivemos”.

“VídeO-intermezzOS”além das cinquenta peças curtas, a adaptação que a partir de 14 de Maio sobe ao palco do TNSJ inclui também várias momentos inter-médios com o auxílio ao vídeo (a cargo de Nuno Neves), compondo

“uma proposta teatral invulgar” que versa sobre um mundo “satu-rado de informação e consumo”, próprio da dramaturgia eminen-temente política de Caryl Churchill. os autores da adaptação identifi-cam mesmo sete temas centrais: as relações humanas, a política, a ciên-cia, a memória, o amor, o sentido da vida e a linguagem e comunicação.a peça conta com um elenco de lu-xo, com ana guiomar, Carlos Mal-

com o Coro académico da uni-versidade do Minho e com o Coro da universidade da Beira interior, que compõem o cartaz de representantes nacionais. Do país vizinho chega o Coro Xuvenil da escola Municipal de Música de vigo. De França viajam os les Baladins du Tou-nugeous. o i encontro interna-cional de Coros da universida-

de do Porto está inserido nas comemorações da semana académica mais aguardada pelos estudantes da cidade, a Queima das Fitas. o certame arranca às 21h deste sábado, na igreja do Foco, local onde também se realizaram as Bie-nais de Canto Coral. os bilhetes para adultos custam seis euros, para crianças três.

varez, Cristóvão Campos, Francis-co Pestana, irene Cruz, Marta Dias, Paulo oom, rui Neto ou Teresa So-bral, entre outros nomes. a coreo-grafia fica a cargo de Cláudia Nóvoa. “amor e informação” está em ce-na até 24 de Maio, com sessões à quarta-feira pelas 19h, de quinta a sábado pelas 19h e ao domingo às 16h. a peça é uma co-produção do Teatro aberto com o TNSJ. a es-treia da peça ocorreu a 14 de De-zembro último, no Teatro aberto, em lisboa.

tChekhoV No teCaem estreia hoje, no Teatro Carlos alberto (TeCa), está a peça “as Três (velhas) irmãs – uma Me-mória de Tchekhov”, que surge da adaptação de Martim Pedroso do texto original de anton Tchekhov. Com graça lobo, Mariema e Paula Só a interpretar olga, Macha e iri-na, respectivamente, a encenação (também a cargo de Martim Pe-droso) da adaptação da obra de um dos mais aclamados escritores russos de todos os tempos mistura a realidade com a ficção, aprovei-tando elementos biográficos das actrizes para os misturar com o sonho das três irmãs em aban-donar a província e mudarem-se para Moscovo. a peça estará em cena no TeCa a partir desta sex-ta-feira até 17 de Maio, e pode ser vista de quinta-feira a sábado às 21h, à quarta-feira às 17h e aos do-mingos às 16h, com preço único de ingresso de dez euros.

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cultura ///// 17Sexta-feira 8

Maio de 2015

“os Meninos do rio” no Festival de Cinema Cannesa curta-metragem “os meninos do rio”, realizada por javier macipe e filmada na ribeira do Porto, vai ser exibida no Short Film Corner do Festival de Can-nes, um dos mais importantes do mundo.

Curta rodada No Porto

É no grande anfiteatro da Séti-ma arte que a co-produção da riot Films, uma produtora por-tuense nascida na uPTeC, com a espanhola el Temple audiovi-suales, vai ser exibida, de 13 a 24 de Maio. Depois de mais de

Conflito é o mote do Literatura em Viagem 2015

Na BiBLioteCa FLorBeLa eSPaNCa, em matoSiNhoS

arranca hoje, dia 8, mais uma edição do festival Literatura em Viagem (LeV), na Biblioteca municipal Florbela espanca, em matosinhos. Os 70 anos do fim da ii Guerra mundial são o foco principal.

Textos Simão FreitaS

está de regresso o maior festival cultural de Matosinhos. o lev promete três dias de “conversas e diálogos”, com o tema do con-flito em destaque, num ano que assinalada o 70º aniversário do fim da Segunda guerra Mundial. o objectivo, pode ler-se na nota de apresentação, é perceber o “modo como as várias formas de conflito podem ser aproveitadas e interpretadas pelas artes”.a conferência de abertura está a cargo do antigo presidente da república, Jorge Sampaio, pelas 21h30. antes, a partir das 17h, ficará patente e aberta ao pú-blico a exposição “Colófon”, que agrega no Museu da Quinta de Santiago 500 capas de livros na-cionais, uma exposição também inserida nas comemorações do ano do Design em Portugal, tra-çando uma linha de evolução do design gráfico no país ao longo do século XX.os autores estrangeiros estão em força nesta edição. o italiano Polo giordano e o sul-coreano Kim Young-Ha debatem no sá-bado, pelas 18h, “o individualis-mo é o sonho do mal”, tema da

conversa entre os dois autores, moderada por antónio reis. o polaco artur Domoslawski, Pa-loma Díaz-Mas, llucia ramis, Tessa de loo, entre vários ou-tros nomes, compõem o leque de convidados internacionais.

mÁrio CLÁudiohomeNaGeadoNos nomes nacionais, destaque para uma entrevista-homena-gem ao escrito portuense Mário Cláudio, pela mão da jornalista Maria João Costa, da renascen-ça. Mário Cláudio, pseudónimo de rui Barbot Costa, é um dos nomes consagrados da literatu-ra nacional, tendo vencido, em

2004, o Prémio Pessoa, e em 2008 o Prémio vergílio Ferrei-ra. a obra mais reconhecida do portuense é “amadeo” (1984), que narra o percurso do pintor modernista amadeo de Sou-za-Cardoso entre amarante e Paris. além desta homenagem, estarão presentes escritores como gonçalo M. Tavares, Fran-cisco José viegas, João Pereira Coutinho, mas também rui Ta-vares, richard Zimler ou o mú-sico Pedro abrunhosa. o cartaz encerra com um concerto do Quarteto de Cordas de Mato-sinhos, às 18h50 de domingo, mas até lá, além das conversas, decorrem exposições, sessões

trinta prémios e nomeações em festivais de cinema por todo o mundo, a história das crianças da ribeira que saltam para o rio é o mote para um retrato da realidade socio-económica da cidade.

“Meninos do rio” vai ser exibida de

13 a 24 de Maio no mais importante

festival de cinema da europa, no Short

Film Corner

a conferência de abertura está a cargo do antigo

presidente da república, Jorge

Sampaio, pelas 21h30

Nos nomes nacionais,

destaque para uma entrevista-

homenagem ao escrito

portuense mário Cláudio,

pela mão da jornalista maria

joão Costa

o festival vai permanecer

na Biblioteca Florbela espanca até domingo, mas na segunda-feira

tem uma extensão em lisboa, com uma sessão na Fundação José

Saramago

destaques

destaques

em escolas (durante o dia de hoje) e apresentações de novas obras literárias.o festival vai permanecer na Biblioteca Florbela espanca até domingo, mas na segunda-feira tem uma extensão em lisboa, com uma sessão na Fundação José Saramago. É a primeira vez que o lev se estende a ou-tra cidade.

amor de PadreNem só de literatura vive a cul-tura matosinhense. Hoje, pelas 15h e 21h30, estará em cena no Cineteatro Constantino Nery a peça “auto dos Físicos”, escrita no século Xvi por gil vicente,

nome maior da dramaturgia portuguesa. “auto dos Físicos – Na Qual se Tratam Huns gra-ciosos amores de Hum Clérigo” conta a história de um padre que vive um amor não corres-pondido, recorrendo à ajuda de quatro médicos, os “físicos”, que lhe sugerem soluções e curas cada vez menos credíveis. a pe-ça ajuda a retratar o funciona-mento da sociedade portuguesa da época, em particular a corte e o clero. a farsa vicentina é uma co-produção do grupo a escola da Noite e da Secção regional do Centro da ordem dos Médi-cos. a encenação está a cargo de antónio augusto Barros.

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18 ///// desporto www.semanarioatlantico.pt Sexta-feira 8 Maio de 2015

o ‘caçula’ do Campeonato Nacional de Velocidade

Com 19 aNoS, GoNçaLo rodriGueS aPoNta à Vitória No Primeiro aNo Na ComPetição

o jovem piloto da radical Sr3, Gonçalo rodrigues, tem 19 anos e é o mais novo em prova. Compete na categoria C3 do Campeonato Nacional de Velocidade, mas aponta à vitória em ano de estreia.

a estreia teve altos e baixos. em Braga, há três semanas, o piloto portuense conseguiu dois se-gundos lugares, um deles na se-gunda corrida. Foi uma estreia “complicada, mas positiva”, conta ao Semanário atlântico gonçalo rodrigues. “Fui a Bra-ga para aprender mais sobre o carro e disputar a vitória, assim como experimentar pneus no-vos, que nunca tinha usado”, conta o piloto da radical Sr3, que foi forçado a abandonar a primeira corrida depois de ter partido da pole position, por problemas mecânicos. a segunda corrida já correu de feição, apesar de ter partido do fim da grelha depois de um pro-

Textos Simão FreitaS blema na bomba de gasolina. Nas palavras do jovem piloto, “podia ter corrido melhor mas só consegui o segundo posto”. Depois de vários anos em cam-peonatos de karting, gonçalo chegou ao Desafio Único FeuP, onde várias vitórias captaram as atenções.

Lutar PeLa Vitóriao sonho no ano de estreia no Campeonato Nacional de ve-locidade é “um lugar no pó-dio”, mas o objectivo principal passa pela evolução. “Quero aprender o máximo possível, para poder evoluir como pi-loto”, afirma o ‘caçula’ do CNv, gonçalo rodrigues, que expli-ca que precisou de fazer uma “adaptação muito rápida a um campeonato totalmente dife-rente” do Desafio Único FeuP. Nesta nova etapa, “o pódio” está nos horizontes do piloto, que tem como exemplos Álva-ro Parente e gonçalo araújo, este último um dos adversá-rios no Campeonato Nacional de velocidade. apesar de ser o mais novo da classe C3, gon-çalo rodrigues considera que

consegue “enfrentar olhos nos olhos” os outros concorrentes, até porque gostaria de saltar, tanto quanto possível, para o campeonato principal de velocidade, antes de um dos sonhos da carreira: o Cam-peonato europeu de Protó-tipos. “Corremos todos para o mesmo lá dentro. apesar disso, sinto carinho dos par-ticipantes e principalmente da minha equipa”, conta. gonçalo rodrigues não fecha a porta a correr provas inter-nacionais, “desde que apareça uma boa proposta”.

BateriaS aPoNtadaS ao SuLa próxima etapa do Campeo-nato Nacional de velocidade decorre no algarve, a 9 e 10 de Maio, e gonçalo rodrigues diz ao Semanário atlântico que o objectivo passa por “tentar a vitória”, depois dos problemas com o motor e com a adaptação aos novos pneus estarem “ultrapassados”. De-pois de uma boa resposta na prova de estreia, em Braga, o jovem portuense parte à con-quista de Portimão na sexta posição da geral.

Porto

Surf em destaqueA partir do próximo sábado, 9 de Maio, a Praia internacional, junto ao edifício Transparente, vai aco-lher quatro campeonatos em fins de semana consecutivos, que se estendem a todo o mês de maio. O primeiro evento é a quarta edi-ção do Porto com Onda, evento em que se insere a terceira etapa do Circuito de Surf do Norte. A prova vai acontecer no sábado e no domingo, com a organização a cargo da Onda Pura, em parceria com a Câmara do Porto. O desta-que, contudo, vai para a terceira etapa do Campeonato Nacional liga Moche – Sumol Pro, que de 22 a 24 de Maio trazem ao Porto vários surfistas de renome, como Vasco ribeiro, campeão mundial de juniores, ou Tiago ‘Saca’ Pires, que durante oito anos participou no World Championship Tour. Com organização do Clube de Surf do Porto, decorrerá o primei-ro Campeonato intersócios de Surf.

PÓlo aQuÁtIco

Paredes arrecadaTaça de PortugalO Paredes conquistou, no passa-do fim-de-semana, em Santa Maria de lamas, a Taça de Portugal em pólo aquático, batendo na final a formação por-tuense do CDUP por 14-5. A este título, o Paredes poderá também acrescentar o campeonato nacio-nal, já que lidera o campeonato com 39 pontos. Outras equipas do Norte estão em destaque na liga. O Fluvial ocupa o segundo lugar com 36 pontos, o Naval Povoense está em quarto com 25 e o CDUP é quinto com 16. O lousada séc. XXi é último.

breves

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Sexta-feira 8 Maio de 2015

desporto ///// 19

futebol

Boavista assegura manutençãoDepois de seis anos arredado administrativamente da i liga, o regressado Boavista alcançou o passado fim-de-semana a manutenção após vencer, no Bessa, o Moreirense (3-1). Com o orçamento mais baixo da i liga e um plantel jovem com-posto maioritariamente por jogadores escalados em divi-sões inferiores, a formação orientada por Petit, um históri-co do clube, tem 33 pontos, mais 10 do que o Gil Vicente, primeiro abaixo da linha de água, quando estão em disputa apenas mais nove pontos, cor-respondentes às três jornadas restantes até ao final do cam-peonato. Na próxima ronda, os axadrezados deslocam-se a Arouca, domingo às 16h, numa partida que terá nos bancos treinadores que foram cam-peões em campo pelo Boavista em 2000/01: Petit e Pedro emanuel. Se marcar, o avança-do boavisteiro Fary, 40 anos, tornar-se-á o mais velho joga-dor de sempre a apontar um golo na história da i liga.

futebol

São Martinho quase nos nacionaisA Associação recreativa de São Martinho pode assegurar este domingo a subida ao Campeonato Nacional de Seniores (CNS). À equipa da freguesia de São Martinho do Campo, concelho de Santo Tirso, basta somente um ponto para assegurar o primeiro lugar da Divisão de elite da Associação de Futebol do Porto e, dessa forma, carimbar o ingresso para o CNS. Na última jornada, o São Martinho foi a Gens, Gondomar, vencer 0-3 e, assim, dar passo fundamental rumo ao grande objectivo da temporada, o primeiro lugar e consequente ascensão ao pata-mar superior. Treinado pelo experiente Jorge regadas, o São Martinho poderá fazer a festa na recepção ao Padroense, às 17h. Prevê-se casa cheia no estádio Comendador Abílio Ferreira de Oliveira.

brevesSalgueiros não vai poder usar estádio do iNateL

CLuBe de ParaNhoS CoNtiNuarÁ Com a CaSa àS CoStaS Na Próxima éPoCa

o Salgueiros 08 ainda não sabe onde jogará em casa na próxima temporada. a Câmara do Porto tinha apalavrado com o clube a utilização do estádio do iNateL. mas o recinto precisa de obras que ainda não arrancaram.

Texto Pedro emaNueL SaNtoS

De casa às costas desde a de-molição do velhinho estádio vidal Pinheiro, em 2004, o Salgueiros – entretanto re-baptizado como Salgueiros 08 – não tem campo próprio e cada temporada é uma dor de cabeça para arranjar casa emprestada. Tudo parecia indicar que a par-tir da próxima época as com-plicações iriam terminar, de-pois de a Câmara do Porto, pela empresa municipal Porto lazer, ter assegurado que o clube po-deria usar o estádio do iNaTel, na freguesia de ramalde, que a autarquia está a recuperar. a questão é que são necessá-rias obras profundas de remo-delação do espaço, actualmen-te bastante degradado, e essas tardam em arrancar, o que dei-xa o Salgueiros 08 sem espaço de manobra para preparar convenientemente 2015/16.“Seria bom, claro, jogarmos no iNaTel. até por uma ques-tão simbólica, uma vez que se trataria do nosso regresso ao Porto mais de 10 anos depois”, referiu ao Semanário atlânti-co gil almeida, membro da Comissão administrativa que gere o Salgueiros 08 há cerca de ano e meio. “até ao momento, não sabe-mos como vai ser porque não existe qualquer garantia de que o estádio estará disponí-vel a tempo do início da época”, acrescentou.luís alves, da empresa muni-cipal Porto lazer, referiu ao atlântico que o “estádio do iNaTel poderá ser utilizado por todos os clubes da cidade, o Salgueiros 08 não será ex-

cepção”. Mas também calcu-lou que será complicado que as obras estejam concluídas a tempo de principiar 2015/16. “Neste momento está a ser lan-çado um concurso e só depois disso começará a intervenção. apontamos que em Setembro ou outubro o estádio possa ser utilizado”.entre os vários melhoramen-tos previstos estão a colocação de um relvado sintético de última geração, semelhante ao utilizado pelo Boavista no Bessa, o que implicaria uma despesa na ordem dos 500 mil euros. Serão ainda erguidas torres de iluminação e implan-

tada uma pista tartan para a prática de atletismo. “Será um estádio para todos os despor-tos”, assegura luís alves.o Salgueiros 08 está a jogar esta temporada no estádio do Padroense, em Padrão da lé-gua, Matosinhos. o Semanário atlântico sabe que o Salguei-ros paga ao clube matosinhen-se pelo aluguer do espaço, que acolhe treinos e jogos oficiais, cerca de 3000 euros mensais. valor que seria substancial-mente mais baixo se a opção passasse pelo iNaTel. ao que apurámos, a primei-ra proposta da autarquia do Porto ao Salgueiros passava

eM JUNhO

Eleições à vistaApós um ano e meio gerido por uma Comissão Administrativa (CA), o Salgueiros 08 vai ter uma direcção eleita em breve. “Será realizada a 4 de Junho uma Assembleia Geral com vista à alteração de estatutos que abrirá portas à realização de eleições”, apontou ao Atlântico Gil Almeida, membro da CA. Após a aprovação dos novos estatutos, o acto eleito-ral deverá ser marcado para o final do próximo mês. Os elementos do CA estão a ponderar a possibilidade de avançar com uma lista própria, faltando decidir apenas quem se apresentará como candidato à presidência e os restantes lugares na futura direcção.

iNAUGUrAçãO

Nova sede prestes a abrirA sede do Salgueiros 08 vai abrir portas a 1 de Agosto. esta é a data perspectivada pela Co-missão Administrativa do clube para inaugurar o espaço, cedido pela Câmara do Porto e restau-rado por adeptos salgueiristas. Com obras que orçaram os 50 mil euros, a nova sede, situada na rua leonardo Coimbra, em plena freguesia de Paranhos, a dois passos do velhinho Vidal Pinheiro, está instalada num edifício anteriormente perten-cente à Associação recreativa Montiagra do Amial que se encontrava em avançado estado de degradação.

CNS

Um campeonato tranquiloO Salgueiros 08 está a disputar a fase de subida da Zona Norte do Campeonato Nacional de Seniores (CNS). Assegurada que está há muito a manutenção, o grande objectivo da temporada, a equipa orientada por Paulo Gomes encontra-se em quarto lugar, com 15 pontos, na última jornada derrotou em casa o Sousense (3-0). Domingo, há deslocação a Trás-os-Montes, ao terreno do Mirandela. esta é a segunda temporada consecutiva do Salgueiros 08 no Campeonato Nacional de Seniores, depois de subir consecutivamente desde a última divisão distrital da Associação de Futebol do Porto.

por uma verba na ordem dos 600 euros, equivalente a um processo de utilização assen-te no pagamento de 50 euros por cada hora de ocupação do estádio.Se o estádio do iNaTel conti-nuar inviável para acolher os jogos do campeonato onde o Salgueiros será interveniente na próxima época, o clube de Paranhos está a estudar todas as possibilidades. Para já, a Comissão adminis-trativa prefere aguardar algu-mas semanas até tomar uma decisão. Continuar em Padrão da légua é a hipótese mais for-te caso falhe o iNaTel.

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20 ///// life www.semanarioatlantico.pt Sexta-feira 8 Maio de 2015

… sabe ser imperfeita e é perfeita porque não é.É um tributo à mulher, tem atitude, sofisticação, sabe ser sensual e insolente.A Valentina é chic, elegante … é agri-doce! Faz da Valentina o seu estilo de vida e inspira-se na forma como gosta de viver.

Texto maria VaLeNte

LaS VeGaSÉ mesmo caso para dizer “Welcome to the Fabulous las vegas” de tão impressionante que é!! É a materialização de um mundo à parte e o maior parque de diversões para adultos: aqui podemos tudo - até casar! Tudo se resume a Strip (las vegas Boulevard) e aos enormes hotéis que a ladeiam - Bellagio, venetian, Mandalay Bay, Paris, etc etc, casinos por todo o lado, imensas lojas cheias de glamour!

inspire-se

quemfalaassim…

De onde surgiu a criatividade e imaginação que a Manuela tem e que embelezam tanto os nossos dias?De mim própria! Da minha maneira de ser, das minhas recordações de infância, do meu imaginário…

Como define a GLU? Um pro-jecto de carácter inovador? Que mensagem quer passar?A GlU, antes de ser uma ideia de negócio, era o meu projecto de vida! Toda a minha vida profissional está e esteve ligada à arquitectura, decoração e design. este gosto pela beleza e transformações de espaços vem daí. A ideia da GlU é preci-samente oferecer a possibilida-de de transformar o mundo num espaço mais agradável, ao estilo de cada um. Por isso mesmo é que nos associamos a nomes de reconhecida qualidade e valor para compor as nossas colec-ções, como é o caso da Viúva lamego, que acreditou em nós, e que é a nossa grande colecção (e orgulho!) de 2015. Ao recriar em tecido adesivo alguns dos

manuela Poças FerrazÉ a fundadora de um projecto muito original: uma marca de tecidos adesivos 100 por cento portuguesa e que alia a tradi-ção à decoração. vamos conhecê-la melhor.

padrões de azulejos da Viúva lamego, conseguimos atribuir uma nova dimensão e utilidade a estes, que agora estão ao dispor de todos para uso e decoração

pessoal e personalizada. A mensagem a passar com a GlU é mesmo esta: de que é um pro-duto novo no campo da home decor, com a qualidade e origina-

lidade dos padrões, assegurada pelas parcerias estabelecidas e de muito fácil aplicação.

Como surgiu o projecto e porquê?Como a minha cabeça não pára, e eu estava desempre-gada, comecei a fazer arts and crafts e upcycling [um processo de reabilitação de tecidos e mobiliário]. Senti a necessidade de ter tecido autocolante para os trabalhos que desenvolvia. Quando fui à procura desse produto, dei conta que não existia em Portugal. Foi o mote que precisei para arrancar com o que viria a ser mais tarde a minha querida GlU.

Como é o seu dia-a-dia?Uma vez que a equipa da GlU é (muito) pequena, o nosso dia-a-dia é o típico dia-a-dia de qualquer equipa por detrás de uma startup/marca jovem. Corre para aqui, corre para ali: fábrica, escritório, testes aqui, sessões fotográficas ali. e, no meio disto tudo, ainda tenho os meus queridos zés - o meu marido, que tem sido grande apoio (até porque é sócio!), e os meus dois filhos! Naturalmente, nada disto seria possível sem a ajuda de amigos e parceiros, que temos vindo a juntar à família nos

últimos tempos. Aproveito para destacar em especial o trabalho da !Design que tem sido um me-ga-apoio a nível da parte gráfica e de comunicação da GlU.

Quais os projectos para o futuro?Aquilo que eu espero conseguir, um dia, é internacionalizar a marca e dessa forma também levar todos os parceiros da GlU mais longe.

Um sonho por realizar?GlUar o mundo!

De onde surgem as suas inspirações?As minhas inspirações surgem no dia-a-dia. A qualquer lado on-de vou, estou sempre atenta aos pormenores e a magicar sobre como posso personalizar tudo. A minha parceira de trabalho, a Joana Barbosa, é fundamental neste aspecto. Designer de moda de formação, e tendo trabalhado já como stylist, conhece bem as tendências. ela é parte fundamental da equipa criativa da GlU.

Como define o seu estilo?Sou engraçada e criativa. A electricidade corre-me nas veias e não deixo ninguém estar quieto!

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21 /////

www.semanarioatlantico.pt roteiros Sexta-feira 8 Maio de 2015

teatro

9 maI“Amar em Português”Teatro Amador de Sandim21h30

9 maI“Três em Lua de Mel”Auditório de Gulpilhares21h30XVIII Encontro de Teatro Amador de Gulpilhares/Valadares 2015Apresentado pela ACRAV. De Francisco Ribeiro e Henrique Santana, com encenação de Óscar Gonçalves

música

dias 9 e 10 maIDança - D. QuixoteAuditório Municipal de GaiaÀs 16hPela Escola de Dança da Associação Recreativa e Cultural de Serzedo

vilanovade gaiaexposições

de 9 a 30 maIDe 9 a 30 de MaioXXII Exposição Coletiva de Educadores e Professores de GaiaAuditório Municipal de Gaiade terça-feira a sábado das 15h às 18h30 e das 20h30 às 22h30 Domingo e Feriados das 15h00 às 18h30

até 29 maISob Guerra | Gaia no Feminino 1914-1918Arquivo Municipal Sophia Mello Breynerde segunda a sexta-feira das 9h às 17h30

até ao final anoO Rosto Das Letras – Homenagem ao poeta Albano MartinsBiblioteca Municipal de GaiaSegunda a sexta-feira, 10h - 19h; sábados, 10h - 12h30 Encantos e DesencantosParque Biológico de GaiaDas 10h às 18h

até ao final ano“Exóticas - Pela Mão do Homem”Parque Biológico de Gaiadas 10h às 18hO Parque Biológico de Gaia acolhe, com caráter permanente, uma mostra sobre habitats naturais e espécies exóticas. 

até ao final ano“O Modernismo na Obra e Colecção do Escultor Diogo de Macedo”Galerias Diogo de Macedode terça a sábado das 9h às 17h e domingos das 10h às 17h

todas as Quartas e sextas do mêsYogaParque da Lavandeira Às 9h45

todas as Quartas e Quintas do mêsTai ChiParque da LavandeiraÀs 9h30

até 3 maIFormação em Reiki Essencial Nível 1, 2 e 3Casa Pazpazesdas 10h às 19hFormação feita por Maria Manuela MargarideOrganização de Organismo Multidisciplinar de Cooperação Formação e Desenvolvimento Humano

até 4 maIConsultas de Psicologia, Life Coaching e Astro CoachingCasa Pazpazesdas 10h às 21hCom a psicóloga Cátia Pereira

durante o mês Formação em Terapia AyurvedaCasa PazPazesdas 9h até às 19hFormação de 180 horas com Achyuta Veda e Sérgio Lucena

lazer

8 maIWorkshop de Introdução à SerigrafiaWe Came From Space17hEste workshop proporciona o contacto e conhecimento com a serigrafia e a composição de uma imagem pré-definida, impressa através do processo fotossensível de impressão em serigrafia.

9 maIWorkshop de EspeciariasCantinho das Aromáticasdas 14h às 19hA história das especiarias, rotas comerciais, usos tradicionais num workshop em que serão mostrados exemplares de todas as especiarias estudadas.

9 maIWorkshop: Como Organizar-me para os ExamesPrimordial Estudodas 10h às 13hTendo por objetivo a introjeção de um maior sentido de responsabilidade e disciplina para com os afazeres académicos, este workshop concretiza a importância da organização pessoal para a maximização do desempenho e sucesso escolar.

9 maIWorkshop de Composição Gráfica e Impressão em RisoWe Came From SpaceÀs 10hExploração de conceitos sobre composição gráfica e de impressão em Riso.

cinema

12 e 13 maIEu receberia as piores notícias dos seus lindos lábiosDia 12 Auditório Municipal de Gaia, dia 13 Cine Teatro Eduardo BrazãoSessões às 15h30 e 21h30Realização: Beto BrantInterpretação: Gustavo Machado, Zé Carlos, Machado, Adriano Barroso

PuB

WorkshoP de esPecIarIascantinho das aromáticas

9maI

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22 ///// roteirosSexta-feira 8

Maio de 2015

teatro

de 8 a 17 maIAs Três (Velhas) Irmãs – Uma Memória de TchékhovTeatro Carlos AlbertoÀs 21hTexto, dramaturgia e encenação de Martim Pedroso

até 16 maIOficina de Teatro - Introdução à Expressão CorporalRarodas 15h às 18hExplorar a criatividade partindo do universo próprio do indivíduo e o corpo como potencial instrumento de trabalho. A partir de vários exercícios teatrais, despertar sensibilidades e proporcionar um espaço livre para a exploração e criação do potencial de cada pessoa.

porto música

até 9 maIQueima das FitasQueimódromoa partir das 22h

9 maIAdriana Lua - As Fases da LuaColiseu do PortoÀs 22hO espetáculo marca o arranque da digressão da artista luso brasileira Adriana Lua e a gravação do seu novo DVD, onde contará sua história.

9 maIAuditive Connection - João Paulo Rosado Casa da MúsicaÀs 22hA música dos Auditive Connection combina a energia do rock em subtis camadas sonoras com as formas escritas e as explorações espontâneas.

música

8 maIThe Rock MonstersMary Spot Vintage BarÀs 23h30

9 maIRed Rocks BandMary Spot Vintage Bar23h30

15 maIBlue Box BandMary Spot Vintage Bar23h30

15 maI8CRAZYFACESMary Spot Vintage Bar23h30

12 maIO Estado da Nação I - Remix EnsembleCasa da MúsicaÀs 19h30

14 maIJoão Só - Até que a morte nos separeCasa da Música21h30 O “bom rebelde” está de regresso!João Só tem um novo disco – “Até Que A Morte Nos Separe” - e vai apresentá-lo em primeira mão na Casa da Músicano dia 14 de Maio.

15 maIAaron Pilsan Casa da Música21h

exposições

9 maIUm Mês...um museu? - Visita ao Museu Romântico da Quinta da MacieirinhaCasa da Cultura de ParanhosÀs 14h30

até 14 JunBarros Basto: o Capitão nas trincheirasCentro Português de Fotografiaterça a sexta-feira das 10h às 12h30 e das 14h00 às 18h00 e sábados, domingos e feriados das 15h00 às 19h00

até 28 Jun“O Conhecido Desconhecido”CPF – Portotodos os dias das 16h30 às 20h

lazer

até 9 maIExposição de Fotografia - “Viver. Bairros Sociais”Casa da Cultura de Paranhosdas 16h às 19h

9 maIOficina de Cerveja ArtesanalRAROdas 10h às 19hO objectivo do workshop é divulgar o processo de fabrico de cerveja de alta qualidade, de uma forma simples, rápida, sem grandes custos e acessível a todos. Uma experiência agradável de produção e de degustação!

9 maIA Poesia anda no ar... com Alice SantosCasa da Cultura de ParanhosÀs 16h

9 maILançamento de Livro de Joel Nachio e Sessão de Poesia AbertaCasa da HortaÀs 17hTodos estão convidados ao lançamento do quarto livro de poesia de Joel Nachio. Para além da sessão de lançamento, haverá música acompanhando a poesia, de quem quiser comparecer, pelos dedos de Eduardo Falcão.

de 13 a 29 maIPortefólio DigitalFaculdade das Belas Artes do Portodas 19h às 21h, quartas e sextas

cinema

9 maIEuropa 51Teatro Municipal Campo Alegre18h30 e 22hUma versão restaurada do filme premiado no festival de Veneza em 1952, de Roberto Rossellini com Ingrid Bergman no principal papel.

12 maIO meu nome é AliceCasa das Artes21h30De Richard Glatzer e Wash Westmoreland. Com Julianne Moore como uma mulher que luta com Alzheimer. A actriz, de resto, venceu o Óscar para melhor actriz na entrega de prémios deste ano.

13 maIIntriga InternacionalTeatro Municipal Campo Alegre21h30“North by Northwest” é um dos clássicos de Alfred Hitchcock. De 1959, segue a vida de um homem (Carey Grant) confundido com um agente secreto.

teatro

8 maIAuto Dos Físicos – Na qual se tratam huns graciosos amores de hum clérigoCine Teatro Constantino NeryÀs 15h e às 21h30De Gil Vicente, com encenação de António Augusto Barros, co-produção d’A Escola da Noite – Grupo de Teatro de Coimbra / Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos

lazer

de 8 maI a 2 JunFesta do Senhor de MatosinhosCentro da cidade de MatosinhosTodos os dias das 9h30 às 00h45

8 maIPalestra de Esclarecimento de Cura ReconectivaEspaço DharmaÀs 21hPalestra de esclarecimento sobre Cura Reconectiva®, sendo que cada pessoa terá a possibilidade de receber gratuitamente uma mini-sessão de cerca de 10 minutos para poder sentir por si mesmo as frequências de Cura Reconectiva.

de 8 a 11 maILeV - Literatura Em Viagem 2015Biblioteca Municipal Florbela Espanca Das 19h às 23hA edição de 2015 do Literatura em Viagem traz conferências, apresentações de livros, exposições e concertos, além de uma feira do livro.

matosinhos exposições

de 8 maI a 28 JunCólofonMuseu Quinta da Santiagodas 17h às 21hO projeto de instalação procura tirar partido do espaço museológico da Quinta de Santiago, edifício histórico construído no final do século XIX e restaurado por Fernando Távora em 1968.

9 maIWorkshop Como Motivar o meu filho para o EstudoRed AppleDas 10h às 14h

12 maICurso de Formação PedagógicaRed AppleÀs 18h30

de terÇa a seXtaVem descobrir a Cascata GiganteMuseu da Quinta de Santiago / Casa do Bosque e Espaço Irene Vilardas 10h às 13h e das 15h às 18hVisita guiada à Cascata Gigante seguida por atividade de expressão plástica: modelagem em barro ou gesso. A entrada é livre.

Última Quarta cada mêsClube do RisoCasa da Juventude de S. Mamede de Infestaultima quarta-feira de cada mês às 15hRealização de sessões mensais, centrando-se na prática do yoga do riso recorrendo a um misto de exercícios de gargalhada e de respiração.

Primeiro domIngo cada mêsVisitas guiadas e ateliês nos museus da MuMaMUMA, Rede de Museus de Matosinhosde terça a sexta-feira das 9h30 às 12h30 e das 14h30 às 17h30Visitas guiadas a ateliês lúdico-pedagógicos nos doze espaços museológicos do concelho, para grupos escolares, adultos e públicos com necessidades especiais.

Primeiro domIngo cada mês“Criança Traz Adulto” – Domingo em FamíliaMuseu da Quinta de Santiago / Espaço Irene VilarPrimeiro domingo de cada mês das 15 às 17hVárias atividades pedagógicas com o objetivo de proporcionar no espaço e no tempo momentos de envolvência e interatividade em família.

o meu nome é alIcecasa das artes

12maI

8crazyfacesmary spot vintage bar

15maI

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Sexta-feira 8 Maio de 2015

roteiros ///// 23

cinema

9 maI“Paranorman”Biblioteca Municipal De GondomarSessões das 11h e 16h30Organização da Câmara Municipal de Gondomar

teatro

de 9 a 30 maIDe 9 a 30 de MaioV Festival de TeatroCripta da Igreja de S. Pedro da Cova21h30Organização da União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova e Paróquia de São Pedro da Cova

15 JunA Princesa ValenteAuditório de Melres21h30Organização do Teatro e Marionetas de Mandrágora

até 6 Jun31º FETAV 2015 - Festival de Teatro Amador de ValbomEscola Dramática e Musical ValboenseÀs 21h30Organização da Escola Dramática e Musical Valboense

gondomar exposições

de 8 maI a 3 JunA Unidade da Multiplicidade: Os Arquivos Como Construtores da IdentidadeBiblioteca Municipal de Santo TirsoExposição de Forais Manuelinos e outros documentos congéneres das autarquias que integram a AMP. Com a participação dos municípios de Santo Tirso, Arouca, Espinho, Gondomar, Maia, Oliveira de Azeméis, Póvoa de Varzim, Santa Maria da Feira, Santo Tirso, S. João da Madeira, Trofa, Vale de Cambra, Valongo, Vila do Conde e Vila Nova de Gaia.

até 14 Jun“Gondomar Mineiro”Casa da Malta/Museu Mineiro de S. Pedro da CovaExposição temporária de artes plásticas composta por obras de autoria de artistas da freguesia de S. Pedro da Cova, do concelho de Gondomar e de associados da ARGO.Organização: Junta de Freguesia S. Pedro da Cova, Museu Mineiro, LAMMSPC, ARGO - Associação Artística de Gondomar

até 9 maIPintura de António TeixeiraCasa da Juventude de Rio Tintodas 9h às 20hOrganização da Câmara Municipal de Gondomar

9 maI“A Carvão e Água”, Aguarelas de Ferreira da Silva Museu Mineiro de São Pedro da CovaOrganização da União de Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova

9 maIPicture Of The MonthCentro Cultural de Rio Tinto Amália RodriguesOrganização da Câmara Municipal de Gondomar

de 9 a 29 JunPedro RochaLugar Do Desenho - Fundação Júlio Resendeterça a Sexta das 14h30 às 18h30 e Sábado e domingo das 14h30 às 17h30Organização do Lugar do Desenho - Fundação Júlio Resende

de 9 a 29 JunCristina ValadasLugar Do Desenho - Fundação Júlio Resendeterça a Sexta das 14h30 às 18h30 e Sábado e domingo das 14h30 às 17h30Organização do Lugar do Desenho - Fundação Júlio Resende

lazer

10 maI1ª Run Social - Corrida & Caminhada SocialPartida e chegada no Centro Social de Soutelo09h30Organização do Centro Social de Soutelo - Triplo Salto E5G e Projet’Art

13 maI“O Cuquedo”, de Clara CunhaBiblioteca Itinerante de Gondomardas 9h às18hHora do Conto nos Jardins de InfânciaOrganização da Câmara Municipal de Gondomar

até 14 maIOficina de Mobiles FotográficosCasa da Juventude de São Pedro da Covadas 9h às 18hOrganização da Câmara Municipal de Gondomar

até 16 maIOs rapazes dos tanquesBiblioteca Municipal de Gondomartodos os diasOrganização da Câmara Municipal de GondomarComemorações dos 41 anos do 25 de Abril

até 23 maI“Grávida no Coração”, de Paula Pinto da Silva Biblioteca Municipal de Gondomar11h30Organização da Câmara Municipal de Gondomar

até 10 maI“O Feminino”Casa Branca de GramidoDa Coleção do Espólio de Arte do Município de GondomarOrganização da Câmara Municipal de Gondomar

ter a sexResende anos 30/40 Lugar do Desenho – Fundação Júlio Resende das 14h30 às 18h30, sábados e domingos das 14h30 às 17h30 

seg a sábExposição Fotográfica e Documental - Eugénio de AndradeBiblioteca Municipal de Gondomardas 9h00 às 18h30Organização da Câmara Municipal de Gondomar

ter a sexCláudia Amandi - Muitos - Work In ProgressLugar do Desenho - Fundação Júlio Resendedas 14h30 às 18h30, sábados e domingos das 14h30 às 17h30 Organização Lugar do Desenho - Fundação Júlio Resende

ter a sexJorge Marques - Do Centro e à VoltaLugar do Desenho - Fundação Júlio Resendedas 14h30 às 18h30, sábados e domingos das 14h30 às 17h30Organização Lugar do Desenho - Fundação Júlio Resende

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Paranormanbiblioteca municipal de gondomar

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última Sexta-feira 8 Maio de 2015www.semanarioatlantico.pt

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