Atlas de Parasitologia

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Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências da Saúde Farmácia Atlas de Parasitologia Prof. Francisca Inês Nome : Tamyris Freires Ferreira Matricula: 10822379 João pessoa-PB 2011

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Universidade Federal da ParaíbaCentro de Ciências da Saúde

Farmácia

Atlas de ParasitologiaProf. Francisca Inês

Nome : Tamyris Freires Ferreira Matricula: 10822379

João pessoa-PB2011

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Sumário:

Ovo de Ancylostoma sp ---------------------------------------------------- 1

Ovo de Ascaris lumbricóide ---------------------------------------------- 2

Cisto de Endolimax nana -------------------------------------------------- 3

Cisto de Entamoeba coli -------------------------------------------------- 4

Cisto de Entamoeba histolytica ------------------------------------------ 5

Cisto de Giardia lamblia -------------------------------------------------- 6

Ovo de Hymenolepis nana ----------------------------------------------- 7

Cisto de Iodamoeba butschlii -------------------------------------------- 8

Larva de Strongyloides stercoralis -------------------------------------- 9

Ovo de Taenia sp ---------------------------------------------------------- 10

Ovo de Trichuris trichiura ------------------------------------------------ 11

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Ancylostomidae

É um parasita obrigatório de mamíferos, as espécies que freqüentemente parasitam o homem são:- Ancylostoma duodenale - Necator americanus

Os vermes adultos vivem na luz do intestino delgado fixados à mucosa, da qual sugam sangue do hospedeiro. A fêmea da espécie N. americanus põe 6 a 11 mil ovos por dia e da espécie A. duodenale põe 20 a 30 mil ovos por dia. É importante estimar a carga parasitária fazendo uma contagem de ovos eliminados por grama de fezes para avaliar a intensidade da infecção e, incriminar ou não, a helmintose como causa de processo anêmico de tipo microcítico e hipocrômico, pois apenas as infecções intensas poderiam determinar a ocorrência de anemia. Assim o método realizado é o de Stoll.

Foto:

Morfologia:

Os ovos de A. duodenale e N. americanus são idênticos, por isso o diagnóstico é feito como sendo Ancylostomidae. Possuem uma casca fina e incolor de forma elíptica (oval) formada por uma única membrana e apresenta um espaço largo entre a membrana e o conteúdo, o qual depende do tempo de maturação do ovo.

Geralmente os ovos apresentam um estágio evolutivo de quatro a oito segmentos ao ser eliminados pelas fezes. Em casos de diarréia os ovos podem não apresentar segmentos e em graves prisões de ventre podem ser eliminados já embrionados. Os ovos de ancilostomídeos são facilmente

Fonte:http://www.diagnostek.com.br/img/parasitas/image066.jpg

Fonte:www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/ancilosto

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identificados por meio de exames de fezes, especialmente quando as técnicas de flutuação são empregadas, como o método de Willis, uma vez que são ovos que possuem baixo peso específico ("ovos leves").

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Ascaris lumbricóides

É um helminto nematóide da família Ascarididae. Parasito habitual do homem localizam-se preferencialmente no duodeno e no jejuno, onde produzem um quadro clínico variado denominado ascaridíase. Uma fêmea dessa espécie produz cerca de 200.000 ovos por dia. As infecções são diagnosticadas pela demonstração dos ovos típicos nas fezes do paciente

Foto:

http://fotodourado.blogspot.com/2010/02/ovos-de-ascaris-lumbricoides.html

Morfologia:

Ovo fértil com casca: Possuem três membranas protetoras, uma camada interna delgada formada por proteínas e lipídeos, uma média formada por quitina e proteínas e uma externa formada por mucopolissacarídeos, espessa e com rugosidades grosseiras. Isso o torna resistente a dessecação e ao meio externo. São ovais ou quase esféricos e medem em torno de 60 x 45 μm de cor castanho. No solo, esse ovo embriona em 2 semanas (entre 20 e 30ºC) e com mais uma semana se tornam infectantes.

Ovo fértil sem casca: Não apresentam a membrana externa

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Ovo infértil: São mais alongados, não embriados e apresentam a membrana externa delgada. Os ovos inférteis são eliminados nas fezes quando só há fêmeas no hospedeiro ou seu número é superior aos dos machos.

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Endolimax nana

É um protozoário saprófita, comensais que não causa danos ao seu hospedeiro, com isso não é patogênico para o intestino humano. São encontrados em praticamente todos os países do mundo, mais freqüentemente em regiões tropicais e subtropicais onde a população apresenta baixo nível sócio-econômico e higiênico-sanitário. A sua transmissão ocorre pela ingestão de cistos maduros encontrados em alimentos e água contaminada. Quase 90% dos casos são assintomáticos onde é detectada uma colite disentérica que se manifesta de 2 a 4 evacuações, diarréicas ou não.

O diagnostico é feito pela presença de cistos e/ou trofosoítos nas fezes, onde pode ser feito fresco, direto ou indireto.

Foto:

http://www.usjt.br/acervolaminas/index.php/parasitologia/95-protozoarios

Morfologia:Os cistos apresentam forma esférica, ovóide e elipsoidal, de 5 a 10 µm, a presença de quatro

núcleos pequenos onde a membrana nuclear é delicada e ausência de cromatina periférica e glicogênio citoplasmatico. Possui também um carióssomo grande, compacto e irregular.

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Entamoeba coli

São organismos eucariotas, unicelulares denominado como ameba, são comensais e não patogênica, que vive no intestino grosso humano e se locomove por pseudópodos. Essa espécie é um protozoário pertencente a família Entamoebidae. Tanto os cistos quanto os trofozoítos podem ser encontrados nas fezes, sendo que os primeiros, conforme o grau de desenvolvimento, contêm de um a oito núcleos e, à medida que o número de núcleos aumenta, o diâmetro nuclear e a quantidade de cromatina do cisto reduzem.

Foto:

http://www.jornallivre.com.br/179240/tudo-sobre-a-entamoeba-coli.html

Morfologia:

Apresentam-se como uma pequena esfera medindo 15 a 20 mm, contendo até oito núcleos, com corpos cromatoides finos, semelhantes a feixes ou "agulhas" e o cariossoma não é central. Essa é a forma de resistência desse protozoário.

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Entamoeba histolytica

Diferente da E. coli, a E. hitolytica é patogênica e também é um parasita do intestino grosso. É um protozoário pertencente a família Entamoebidae e possuem quatro formas evolutivas, a forma adulta que são o trofozoítos a fase intermediária que é o precisto, a forma de resistência que é o cisto e a fase que emerge do cisto que é o metacisto. Alimenta-se por fagocitose, pinocitose e absorção através da membrana se locomove por pseudópodes em um movimento amebóide. Se reproduz por divisão binária. O diagnóstico é feito através do exame de fezes onde pode ser encontrada os trofozoitos e os cistos desse protozoário. A transmissão se dá pela ingestão de cistos maduros ou tetranucleados.

Foto:

http://www.brasilescola.com/doencas/amebiase.htm

Morfologia:

São esféricos ou ovais, medindo 8 a 20 um de diâmetro. O número de núcleos varia de 1 a 4. Os corpos cromatóides quando presentes no cisto tem a forma de bastonetes ou de charutos, com pontas arredondadas. Apresenta cariossoma central, é a forma de resistência desse protozoário sendo resistente até o pH do estômago é encontrado predominantemente em fezes formadas. Pode ser feito para diagnostico exames de fezes formadas pelo método de sedimentação por centrifugação (Ritchie ou Blagg) ou o método de centrífugo-flutuação (Faust) que são os melhores para visualização de E. histolytica.

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Giardia lamblia

É um protozoário flagelado que vive no intestino delgado humano. A infecção por esse parasita ocorre pela ingestão de cistos em água ou alimentos contaminados. No intestino delgado, os trofozoítos sofrem divisão binária e chegam à luz do intestino, onde ficam livres ou aderidos à mucosa intestinal, por mecanismo de sucção. A formação do cisto ocorre quando o parasita transita o cólon, e neste estágio os cistos são encontrados nas fezes (forma infectante). No ambiente podem sobreviver meses na água fria, através de sua espessa camada.O diagnóstico de giardíase é feito pela identificação dos cistos ou trofozoítos nas fezes.

Foto:

http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/html/frames/g-l/giardiasis/body_Giardiasis_mic1.htm

Morfologia:

Apresenta-se na forma ovóide, podem-se ver os flagelos dentro dos cistos. Os cistos são as formas do parasita liberadas pelas fezes dos pacientes infectados, podendo sobreviver por muito tempo no ambiente se houver umidade. A transmissão da Giardíase é fecal-oral, ou seja, ocorre pela ingestão dos cistos de Giardia que saem nas fezes de humanos ou outros mamíferos. Para diagnostico é feito exame das fezes, se esta forem fezes formadas ira encontrar os cistos. Nesse caso, as fezes devem ser submetidas a técnicas de concentração, sendo os métodos de Faust e cols. e o de Ritchie os mais utilizados. Sabendo que os cistos são eliminados de forma intermitentemente nas fezes diminuindo a probabilidade de serem diagnosticados por técnicas de exames parasitológico. Assim a coleta e o exame é feito de pelo menos três amostras fecais, no espaço de sete dias, aumentando a probabilidade de revelar a presença do parasita.

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Hymenolepis nana

É um parasita da família Hymenolepidiae, que vive no intestino delgado principalmente no íleo e jejuno. Essa parasitose costuma ocorre principalmente em crianças de 8 a 12 anos e estima-se que atinja 75 milhões de pessoas. Ela está associada à higiene e a imunidade, sua transmissão ocorre quando há a ingestão de ovos presentes na água ou alimentos contaminados ou quando há a ingestão do hospedeiro intermediário com larvas cisticercóides. Os ovos desse parasita saem nas fezes e a larva cisticercóide pode ser encontrada nas vilosidades intestinais do homem ou na cavidade geral do inseto.

Nem sempre essa parasitose apresenta manifestações clínicas, o aparecimento destas está associado à idade do paciente e ao número de vermes albergados. Os sintomas nas crianças são: agitação, insônia, irritabilidade, diarréia e dor abdominal.Foto:

TTP://www2.ucg.br/cbb/professores/19/Enfermagem/Hymenolepis.pdf

Morfologia:

Os ovos são transparentes, quase esféricos, medem cerca de 40um de diâmetro. Apresentam uma membrana interna envolvendo o embrião hexacanto, possui dois mamelões nas extremidade da membrana interna, deles partem alguns filamentos longos e polares; e uma membrana externamente delgada envolvendo um espaço claro. O ovo é conhecido como “chapéu de mexicano”.

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Iodamoeba butschlii

É o agente causador da amebíase comensal (não patogênica), comumente encontrada no intestino grosso de pessoas, suínos e outros mamíferos. Ele recebe esse nome devido a sua aparência quando coradas com iodo, a sua transmissão ocorre por infecção fecal-oral, assim os seres humanos são infectados pela ingestão de cistos, na maioria das vezes em água ou alimentos contaminados com fezes humanas. Possui um ciclo evolutivo do tipo monoxênico, onde seu ciclo biológico é muito parecido com o da E. coli.

Ela possui duas formas evolutivas o trofosoíta e o cística, mas nas fezes é mais encontrada os cisto.

Foto:

http://www.flashcardmachine.com/clinical-microbiology-2.html

Morfologia:

Possui uma forma ovalada ou arredondada com cistos de 8-10 µm de diâmetro com um cariossoma grande e central e apenas um só núcleo no cisto. Possui um grande vacúolo de glicogênio que se colora com iodo e com lugol apresentando uma tonalidade escura ou marrom, respectivamente. Isso é o que a diferencia das outras amebas, porem quando são encontrados esses cistos nas fezes pode ser um indicativo de que o individuo pode esta com outra espécie patogênica, já que a suas formas contaminação são semelhantes.

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Strongyloides stercoralis

É um parasita que causa a estrongiloidíase uma infecção intestinal. Esse é o menor dos nematódeos que parasitam o homem. É uma parasitose de distribuição mundial, onde o uso de calçados e hábitos de higiene corporal são medidas de prevenção importantes da estrongiloidose. Possui uma forma de vida livre que se reproduz de forma sexuada, porém a forma parasitária é a fêmea partenogenética, esta parasita o lúmen intestinal, onde produze assexuadamente numerosos ovos clones (e portanto todos fêmeas). As larvas com 0,3 milímetros saiem dos ovos ainda dentro do lúmen intestinal e só depois são expulsas com as fezes, são as formas rabditóides. É possivel que larvas antes de sairem com as fezes penetrem na mucosa e voltem ao lúmen enquanto formas adultas, um processo denominado auto-infecção.

A transmissão ocorre por penetração directa (rápida e indolor) da pele intacta (pés descalços na terra molhada), onde a forma infectante é a larva filarióide que mede cerca de 500 µm, um esôfago tipicamente filarióide (cilíndrico, retilíneo) e apresenta a cauda “entalhada”, o que a diferencia da larva filarióide de ancilostomídeo, que é pontiaguda.

Foto:

http://nutrip1.blogspot.com/2011/05/ancylostomidae-e-strogiloidecuidado-com.html

Morfologia:

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As larvas rabditóides são as formas que saem nas fezes e assim a forma de diagnostico. São larvas de que medem em torno de 180-380 µm por 14-20 µm, elas tem uma capsula bucal curta e uma cauda de ponta atenuada e primórdio genital proeminente nítido. Possui um esôfago tipicamente rabditóide (com dilatações nas extremidades e constrição na porção mediana).

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Taenia sp

É uma parasitose muito comum no homem que causa a teníase uma infecção intestinal e a cisticercose. Esse parasita é altamente competitivas pelo seu habitat e, sendo seres monóicos com estruturas fisiológicas para autofecundação, não necessitam de parceiros para a cópula e postura de ovos. Ele não possui sistema de digestório, e por isso se alimenta pela absorção dos nutrientes digeridos pelo hospedeiro. Possui o corpo dividido em vários anéis denominados proglotides e na estremidade anterior de escólex.

O homem portador da verminose apresenta a tênia no estado adulto de seu intestino, sendo, portanto, o hospedeiro definitivo. A quantidade de ovos produzidos é muito grande (30 a 80 mil em cada proglote) Os anéis grávidos se desprendem periodicamente e caem com as fezes. O hospedeiro intermediário é o porco, animal ingere os proglótides grávidos ou os ovos que foram liberados no meio. Dentro do intestino do animal, os embriões deixam a proteção dos ovos e, por meio de seis ganchos, perfuram a mucosa intestinal. Pela circulação sangüínea, alcançam os músculos e o fígado do porco, transformando-se em larvas denominadas cisticercos, que apresentam o escólex invaginado numa vesícula. Quando o homem se alimenta de carne suína crua ou mal cozida contendo estes cisticercos, as vesículas são digeridas, liberando o escólex que se everte e fixa-se nas paredes intestinais através dos ganchos e ventosas desenvolvendo a teníase. Foto:

http://ppsus.cederj.edu.br/site/buscar?termo=biologia&tipo=0&campo=0&pagina=19

Morfologia:

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Os ovos de Taenia solium e T. saginata são praticamente iguais e não podem ser diferenciados. Medem 30 µm de diâmetro, e possuem uma casca piramidais feita de quitina que protege o embrião, chamado de hexacanto ou oncosfera. O embrião possui três pares de acúleos e é formado por membrana dupla. Estes ovos, são os responsáveis pela origem da cisticercose nos humanos. A casca protetora é sensível à pepsina do estômago.

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Trichuris trichiura

É o agente etiológico da tricuríase parasitose que apresenta manifestações clínicas bastante variáveis, que vão desde a completa ausência de sintomas até quadro de prolapso retal. O Verme adulto tem aspecto de chicote onde a parte anterior afilada e posterior robusta e menor e o esôfago bastante longo e delgado. Os vermes adultos se fixam na região do ceco, mas podem atingir todo o intestino grosso. Em infecções maciças encontramos desde o íleo até o reto. O seu ciclo biológico é monoxênico. Sua transmissão ocorre através da ingestão de ovos disseminados pelo vento e pela água que contaminam alimentos, sendo então ingeridos. A mosca também é um veiculador de ovos, pois transportam os ovos das fezes até os alimentos.

Foto:

Morfologia:

Os Ovos possuem o formato elíptico característico que apresentam pólos salientes e transparentes e uma casca: dupla contornando o conteúdo celular ,sendo a interna transparente e a externa corada. Mede em torno de 50-55 por 22-24. São amarronzados e sua casca é lisa. Quando preparados em Kato-Katz, os ovos parecem maiores e inchados, com seu conteúdo degenerado e suas proeminências polares e as camadas de casca ficam menos definidas.

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