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Ciências Contábeis

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Roteiro de Atividades

UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP CENTRO DE EDUCAO A DISTNCIA

POLO DE AQUIDAUANA

Hediely Tamara Medina Santana 379200

Maria Cristina Souza da Costa Silva 379196 CINCIAS CONTBEIS AUDITORIA ATIVIDADES PRTICAS SUPERVISIONADAS Prof. Especialista Carmem Martins Rgis AQUIDAUANA-MS

SETEMBRO/2015 CINCIAS CONTBEIS

AUDITORIA ATIVIDADES PRTICAS SUPERVISIONADAS Prof. Especialista Carmem Martins RgisTrabalho elaborado como avaliao complementar, realizado pelas alunas, Hediely Tamara Medina Santana RA 379200, Maria Cristina Souza da Costa Silva RA 379196. Disciplina Auditoria, do curso Cincias Contbeis, sob a orientao da professora mediadora Jennifer Matos. AQUIDAUANA-MS SETEMBRO/2015SUMRIO

Introduo............................................................................................................... 06

Apresentaao........................................................................................................... 07

Consideraes Finais................................................................................................ 21

Referncias Bibliogrficas........................................................................................ 22

INTRODUO

Objetivo deste artigo demonstrar o vnculo intrnseco da tica profissional em auditoria frente aos desafios do auditor no sentido de evitar que irregularidades nas empresas de capital aberto prejudiquem a terceiros que utilizam das demonstraes financeiras na sua tomada de deciso. O auditor detm responsabilidades legais onde se necessita serem debatidas as suas relaes com a sociedade, portanto temos diversos aspectos que envolvem esta temtica de forma vital. O tema se delimitou ao estudo relacionado rea de abrangncia da pessoa do auditor. expressar uma opinio sobre as demonstraes e assegurar que elas representem adequadamente a opinio patrimonial e financeira de uma entidade, certificando atravs do parecer emitido pela auditoria da veracidade das demonstraes financeiras preparadas pela empresa auditada.

Abordaremos inicialmente a auditoria no que tange a conceituao, o objetivo e os reflexos dos servios de auditoria sobre riqueza patrimonial. Sendo saliente demonstrar o comportamento profissional do auditor, relacionado a sua independncia, integridade, eficincia e confidencialidade. Em seguida enfatizaremos os aspectos ticos que regem a profisso em nosso pas, demonstrando de forma clara e concisa as principais particularidades. Faremos uma analise sumaria do exerccio profissional e as atitudes ticas que devem ser obedecidas. Analisaremos brevemente os aspectos legais da responsabilidade do auditor, bem como a relevncia do mesmo para os interesses coletivos de pequenos investidores, ou seja, a sua funo social de demonstrar em seus pareceres a verdadeira situao patrimonial das entidades patrimoniais.

Por fim, faremos uma breve referncia de sua responsabilidade com os clientes, uma vez que deve sempre cumprir suas tarefas de acordo com o que foi previamente estabelecido com a empresa auditada.APRESENTAOO QUE AUDITORIAAuditoria umexame sistemticodas atividades desenvolvidas em determinada empresa ou setor, que tem o objetivo de averiguar se elas esto de acordo com as disposies planejadas e/ou estabelecidas previamente, se foram implementadas com eficcia e se esto adequadas.

Auditoria um exame analtico e pericial que acompanha o desempenho das operaes contbeis expressas em um balano. Muitas vezes usada a expressoauditoria contbil, que serve para descrever a avaliao de uma empresa a nvel de contabilidade.

As auditorias podem ser classificadas em:auditoria externaeauditoria interna. Enquanto a primeira realizada por um profissional sem vnculos empregatcios com a empresa, a segunda feita por um profissional da prpria empresa, com o propsito de monitorar e avaliar os controles internos.

Atualmente, a auditoria externa se distribui em diversas reas de gesto, havendo vrias ramificaes:auditoria de sistemas,auditoria de recursos humanos,auditoria da qualidade,auditoria de demonstraes financeiras,auditoria jurdica,auditoria contbil, etc.

Os profissionais que participam de auditoria de demonstraes financeiras so certificados e devem seguir rigorosas normas profissionais.TIPOS DE AUDITORIA EXISTENTES AAuditoria Ambiental vista de uma forma bastante abrangente, para Gonzlez-Malaxechevarria (1995), um componente ou compartimento da auditoria social, e deve ser independente, sistemtico, peridico, documentado e objetivo; realizado por uma equipe interdisciplinar de auditores ambientalistas, estes, especializados nos campos contbil-financeiro-econmico-ambiental. Ele vai mais alm, quando sugere que os profissionais desta auditoria devem possuir conhecimento debiologia, deengenharia, dedireito, de cincias sociais e daindstriae principalmente doGovernoNacional, capacitados na aplicao dos respectivos procedimentos de auditoria financeira e de gesto.

No Brasil, as normas para Auditoria Ambiental foram publicadas pelaABNT(1997) e define Auditoria do Sistema de Gesto Ambiental SGA como um processo sistemtico e documentado de verificao, executado para obter e avaliar, de forma objetiva, evidncias que determinem se o sistema de gesto ambiental de uma organizao est em conformidade com os critrios de auditoria do sistema de gesto ambiental estabelecido pela organizao, e para comunicar os resultados desse processo administrao.

Segundo a NBR ISO 14001:1996 (ABNT, 1997), uma organizao deve estabelecer e manter procedimentos para identificar os aspectos ambientais (produtos ou servios) de suas atividades, a fim de determinar aqueles que possam ter impacto da elaborao para as normas srie ISO 14000.

A Auditoria Contbil

Compreende o exame de documentos,livros contbeis, registros, alm de realizao de inspees e obteno de informaes de fontes internas e externas, tudo relacionado com ocontroledopatrimnioda entidade auditada.

A auditoria tm por objetivo analisar os registros contbeis e ademonstraes contbeisno que se refere aos eventos que mudam o patrimnio e a representao desse patrimnio. Para que possa ter uma confiabilidade razovel (segurana razovel na auditoria uma segurana grande) que naquelas demonstraes no existam distores materiais.

Alm de ser umatcnica contbil, a auditoria tambm pode ser compreendida como um ramo daContabilidade.

O objeto da auditoria se resume no conjunto dos elementos de controle do patrimnio, quais sejam os registros contbeis, documentos que causam esses registros e os atos administrativos. Fatos no registrados documentalmente tambm objeto da auditoria uma vez que tais fatos podem ser registrados por indivduos que executam atividades relacionadas ao patrimnio auditado.

Auditoria de demonstraes financeiras

Consiste numa conferncia sistemtica e rigorosa dascontasde uma empresa, a fim de analisar a consistncia da demonstrao de resultados especificada no livro contbil.

Tradicionalmente, a auditoria no Brasil considerada um ramo daContabilidade, sendo traduzida por muitos anos a palavra inglesaauditcomo "reviso contbil". Atualmente o nome dado a uma das tcnicas utilizadas pelos auditores para validar os sistemas contbeis utilizados pela empresa

A Auditoria deDemonstraes financeirascontinua a ser uma atividade regulada no pas pelas normas de contabilidade, gerando regras especficas a serem cumpridas pelos profissionais, provenientes doConselho Federal de Contabilidade(CFC) (profissionais contbeis em geral),Comisso de Valores Mobilirios(CVM) (profissionais do mercado de capitais),Banco Central do Brasil(BCB) (profissionais das instituies financeiras) etribunais de contas(profissionais da administrao pblica).

Auditoria Fiscal

Est voltada para a verificao do correto cumprimento das obrigaes tributrias pelos contribuintes. Segundo Jund Filho (2000, p.32): "A auditoria tributria objetiva o exame e a avaliao de planejamento tributrio e a eficincia e eficcia dos procedimentos e controles adotados para a operao, pagamento e recuperao deimpostos, taxas e quaisquer nus de natureza fisco-tributrio que incida nas operaes, bens e documentos da empresa".

S pode ser realizada porservidor pblicoempregado no ente tributante. Conforme artigo 142 doCdigo Tributrio Nacional: "Compete privativamente autoridade administrativa constituir o crdito tributrio pelo lanamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a analisar a ocorrncia do fato gerador da obrigao correspondente, determinar a matria tributvel, calcular o montante dotributodevido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor aplicao da penalidade cabvel".

Auditoria em Segurana da InformaoTem o papel de assegurar a qualidade da informao e participar do processo de garantia quanto a possveis e indesejveis problemas de falha humana.

Com dados elaborados em formato digital e procedimentos invisveis devido automao, ossistemas de informaoso vulnerveis a destruio, abuso, alterao, erro, fraude e a falhas de programas e equipamentos. Os sistemas on-line e os que utilizam aInternetso os mais vulnerveis, pois seus dados e arquivos podem ser acessados imediata e diretamente em terminais de computador ou em muitos pontos derede.Harker podem acessar redes e causar srios problemas ao sistema e s informaes armazenadas, sem deixar qualquer rastro.Vrus de computadorpodem se propagar rapidamente danificando a memria de computadores e corrompendo arquivos. Os softwares em si tambm apresentam problemas e a m qualidade dos dados tambm pode causar srios impactos sobre o desenvolvimento do sistema.

Auditoria Social o emprego das tcnicas de auditoria para fins de controle, apurao e certificao acerca da fidelidade das informaes relativas aos gastos, investimentos e aplicaes de cunho ambiental e social. Um dos ramos de destaque da auditoria social a auditoria ambiental, tendo em vista o aumento da demanda de questes ambientais por parte das companhias com o intuito de melhor preservar o meio ambiente e de divulgar as aes concretas para se alcanar esses objetivos. Auditoria de SistemasDe Informtica ou Riscos Tecnolgicos uma atividade independente que tem como misso oGerenciamento de riscoOperacional envolvido e avaliar a adequao dastecnologiasesistemas de informaoutilizados na organizao atravs da reviso e avaliao dos controles, desenvolvimento de sistemas, procedimentos de TI, infraestrutura, operao, desempenho eSegurana da informaoque envolve o processamento de informaes crticas para a tomada de deciso. Aauditoriade sistemas um processo realizado por profissionais capacitados e consiste em reunir, agrupar e avaliar evidncias para determinar se umsistema de informao suporta adequadamente um ativo de negcio, mantendo a integridade dos dados, e realiza os objetivos esperados, utiliza eficientemente os recursos e cumpre com as regulamentaes e leis estabelecidas.RESPONSABILIDADES DO AUDITOR EXTERNO E DO AUDITADO

A auditoria externa se distribui em diversas reas de gesto, como auditoria de sistemas, auditoria de recursos humanos, auditoria da qualidade, auditoria de demonstraes financeiras, auditoria jurdica, auditoria contbil etc.

Enquanto o auditor externo um profissional que contratado de fora e tem um tempo limitado para resolver problemas da empresa, o auditor interno funcionrio da prpria empresa, que dispe de mais tempo e de conhecimento em relao empresa em questo.

responsabilidade de o auditor Auditado informar aos principais funcionrios sobre os objetivos e escopo da Auditoria.

Indicar os membros responsveis de sua organizao para acompanhar os membros da equipe auditora

Prover todos os recursos necessrios a equipe auditora, a fim de garantir um eficaz e competente processo de auditoria.

Prover acesso aos meios e ao material comprobatrio conforme requerido pelos auditores.

Cooperar com os auditores para permitir que os objetivos da auditoria sejam atingidos.

Definir e iniciar as aes corretivas baseadas no relatrio da auditoriaPOSTURA DE UM AUDITORNos termos da NBC TA 200, item 15, o auditor deve manter postura de ceticismo profissional durante a auditoria, reconhecendo a possibilidade de existir distoro relevante decorrente de fraude, no obstante a experincia passada do auditor em relao honestidade e integridade da administrao e dos responsveis pela governana da entidade (ver itens A7 a A8).

O auditor, para desenvolver seu papel, tem que trabalhar sem sofrer qualquer influncia de membros da entidade auditada ou de outras pessoas, para que possa elaborar seu relatrio sem qualquer tipo de constrangimento. Em face da importncia do trabalho do auditor, em relao a empresas e aos seus gestores e as consequncias do resultado de suas investigaes, o auditor deve cercar-se de todos os cuidados e documentos que comprovem suas posies e agir em conformidade com os princpios de auditoria e respeitar o Cdigo de tica Profissional. Alm disso, dever ser discreto e humilde, evitar falar em demasia, ter objetividade, definir com propriedade sua amostragem, estudar a literatura pertinente suas aes, tais como princpios contbeis, legislao e tcnicas de auditoria e nunca usar de fora para defender os interesses ao rgo ao qual est servindo. Resumidamente o cdigo de conduta do profissional auditor, trata dos seguintes tpicos, destacando-se: " Comprometimento tcnico-profissional, somente aceitando trabalhos que julgue estar capacitado totalmente de recursos para desenvolv-los, recusando os servios que no tiver capacidade de execuo;" Independncia total no desenvolvimento dos trabalhos em todas as fases, se no deixando influenciar por fatores estranhos que caracterizem a perda de imparcialidade; " Cobrana de honorrios compatveis com os trabalhos desenvolvidos, avaliando principalmente a relevncia e o vulto do servio a ser executado; " Sigilo total das informaes coletadas nos trabalhos de campo, somente divulgando-as a terceiros mediante autorizao expressa da entidade, ou salvo quando houver obrigao legal.

DEMONSTRAES CONTBEIS AUDITADAS

Quadro 1 - ORGANOGRAMADemonstraesQual o objetivo desta demonstrao?Qual a finalidade de se auditar?

Balano PatrimonialO objetivo do balano patrimonial apresentar, de uma forma ordenada e padronizada, a situao econmica e financeira de uma empresa num determinado perodo.Tem por finalidade apresentar a situao patrimonial da empresa em um dado momento.

Demonstrao das Mutaes do Patrimnio (DMPL)Tem por objetivo demonstrar as modificaes ocorridas durante o exerccio em todas as contas que compem o grupo do Patrimnio LquidoA DMPL fundamental para mostrar aoscio como est evoluindo seuinvestimento.

Demonstraes do Resultado do Exerccio (DRE)

Seu objetivo demonstrar a formao do resultado lquido em um exerccio atravs do confronto das receitas, despesas e resultados apurados, gerando informaes significativas para tomada de deciso.Sua finalidade bsica, portanto, descrever a formao do resultado gerado no exerccio, mediante especificao das receitas, custos e despesas por natureza dos elementos componentes, at o resultado lquido final lucro ou prejuzo.

Demonstraes do Fluxo de Caixa (DFC)O objetivo da DFC prover informaes relevantes sobre pagamentos e recebimentos, em dinheiro ou em bancos, de uma empresa, ocorridos num determinado perodo.A Demonstrao do Fluxo de Caixa aponta a necessidade de captar emprstimos ou aplicar excedentes de caixa em operaes rentvel com a finalidade de buscar a eficcia financeira e administrativa das empresas.

Demonstrao do Valor Adicionado (DVA)O objetivo deste demonstrativo mostrar o montante da riqueza gerada pela empresa e a forma como foi distribuda entre os diversos setores que contriburam direta ou indiretamente para sua gerao: como fornecedores, funcionrios, acionistas, etc. durante um determinado perodo. uma demonstrao que foi criada com a finalidade de tornar pblica a responsabilidade social das organizaes.

Notas ExplicativasAs Notas explicativas tm por objetivo complementar as demonstraes contbeis mostrando os critrios contbeis utilizados pelas organizaes, inclusive a composio do saldo de determinadas contas, os mtodos de depreciao e critrios de avaliao dos elementos patrimoniais.A finalidade maior da Nota Explicativa prover seus usurios das informaes necessrias gesto empresarial interna e externa. Desta forma, a informao contbil deveria ser o vrtice da tomada de decises numa organizao.

PLANEJAMENTO DE AUDITORIA

Quadro 2 PLANEJAMENTO DE AUDTORIA

Planejamento de Auditoria

Controles internosDefiniu o controle interno como sendo o plano da organizao e todos os mtodos e medidas coordenados, aplicados a uma empresa, a fim de proteger seus bens, conferir a exatido e a fidelidade de seus dados contbeis, promoverem a eficincia e estimular a obedincia s diretrizes administrativas estabelecidas.

Sistemas de informaesOs Sistemas de processamento eletrnico de dados(PED) so atualmente uma ferramenta imprescindvel na conduo de quaisquer tipos de negcio. Todas as informaes importantes, sejam administrativas ou operacionais e mesmo as informaes de cunho confidencial, circulam em redes internas e externas. A segurana e a confiabilidade, dessas informaes um ponto fundamental para as empresas e, por conseguinte, para a auditoria.

Procedimentos de conhecimentos das atividades do clientePara um bom andamento do processo de auditoria, no planejamento fundamental conhecer como so executadas as principais atividades do cliente. Esse conhecimento possibilita conectar com antecedncia possveis reas que necessitem de maior ateno durante os trabalhos de campo, principalmente por possveis falhas nos controles internos ou nos sistemas de informaes.

RelevnciaO conceito de relevncia diz respeito ao efeito/influencia que a omisso ou mesmo apenas a distoro de uma informao acarreta na deciso do usurio dessa informao dentro das demonstraes contbeis. Em linhas gerais essas omisses/distores so causadas em funo de erros ou fraudes.

MaterialidadeA determinao do escopo de teste efetuados no campo passa necessariamente pela determinao da materialidade. Materialidade pode ser definida como valor mnimo para a qual a ocorrncia de um erro no detectado pode vir a causar distores significativas nas demonstraes contbeis. Nesse sentido, para todos os valores considerados materiais sero feitos anlises, testes e ajustes.

Risco de auditoriaO risco de auditoria consiste na possibilidade do auditor emitir uma opinio inadequada sobre as demonstraes contbeis (DC) significativamente incorretas. Em outras palavras, ser o caso de o auditor afirmar que as DC esto adequadamente representada (parecer Limpo) quando na verdade contm erros ou classificaes incorretas materiais/relevantes.

A IMPORTANCIA DA CARTA DE RESPONSABILIDADE DA LEI SARBANES-OXLEY A Carta de Responsabilidade da Administrao o documento emitido pelos Administradores da entidade auditada e endereada ao auditor independente, afirmando as informaes e dados fornecidos ao auditor, com bases na preparao, apresentao e divulgao das demonstraes contbeis submetidas auditoria. Sua emisso tornou se obrigatria a partir das Normas de Auditoria Independente, aprovadas pelo Conselho Federal de Contabilidade, atravs da Resoluo n. 700 item 11.2.14 de 24.04.91 e que entraram em vigor em 1 de junho de 1991. Toda vez que o autor que o auditor independente realiza um trabalho de auditoria, aplica procedimentos com a finalidade de obter evidncias ou provas suficientes para fundamentar sua opinio sobre as demonstraes contbeis verificadas.

Como nem todas as evidncias sero obtidas atravs de documentos, mas tambm a partir de informaes verbais da administrao, das gerncias e do responsvel pela contabilidade, necessrio confirm-las atravs da Carta de Responsabilidade da Administrao.

O auditor independente pode utilizar-se de inmeras formas de confirmao da administrao sobre os atos de gesto. As atas de reunies do Conselho de Administrao e da Diretoria so documentos importantes para atestar a aprovao dos rgos de administrao para determinados atos e fatos administrativos. Cpias de cartas ou memorandos podem ser documentos suficientes comprovao de transaes especficas. comum o auditor elaborar pedidos, por escrito, a quem tenha poder de deciso, como forma de esclarecer determinada transao. A sua finalidade mais ampla, ou seja, e de resumir no final de um perodo todas as informaes relevantes que dizem respeito a uma das demonstraes contbeis. Possivelmente o auditor tenha evidncias de fatos que contradigam os termos da Carta de Responsabilidade. Neste caso o auditor ter que investigar as circunstncias das contradies e, inclusive, questionar e investigar outras informaes transmitidas pela administrao da entidade.

Quando o auditor no obtiver evidncias, atravs da aplicao dos procedimentos de auditoria, sobre fato substancial que tenha relevncia na formao de sua opinio sobre as demonstraes contbeis do perodo examinado, isso constituir uma limitao de amplitude de exame, independentemente da existncia da Carta de Responsabilidade da Administrao.

Existindo fatos, decises, projees e contingncias que no possam ser evidenciados pelo auditor, cabendo, no caso, a Carta de Responsabilidade da Administrao como um elemento de suporte para o trabalho de auditoria. Isto no elide o auditor independente de avaliar os termos da informao e comprovao da administrao, aceitando-a ou no, em face das circunstncias por ele conhecidas.

A Carta de Responsabilidade ou qualquer outra informao dada por escrito pela administrao da entidade auditada no elimina a necessidade do auditor de obter evidncias sobre transaes realizadas, pois no objetiva a eliminao de procedimentos de auditoria e nem substitui o trabalho do auditor independente.

A Carta de Responsabilidade da Administrao deve ser emitida no final de um perodo com a mesma data do parecer de auditoria sobre as demonstraes contbeis a que se refere.

A Carta constitui papel de trabalho do auditor, devendo ser arquivada junto aos demais papis do exerccio como uma das evidncias do trabalho realizado.

CONTEDO DA CARTA DE RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAO

A Carta de Responsabilidade da Administrao deve conter o que segue:

(a) ter data igual quela do parecer do auditor independente;

(b) ser endereada ao auditor independente;

(c) fazer referncia s demonstraes contbeis objeto da auditoria;

(d) mencionar que a administrao cumpriu com as normas e regulamentos a que a entidade est sujeita;

(e) mencionar que o sistema contbil e os controles internos adotados pela entidade so de responsabilidade da administrao e adequados ao seu tipo de atividade e volume de transaes;

(f) confirmar que todas as transaes efetuadas no perodo foram devidamente registradas no sistema contbil, de acordo com a legislao vigente;

(g) confirmar que as estimativas contbeis foram efetuadas com base em dados consistentes;

(h) confirmar que no h contingncias fiscais, trabalhistas, previdencirias e legais que possam afetar substancialmente a situao financeira e patrimonial da entidade, influindo significativamente na sua avaliao;

(i) confirmar que no h nenhum fato conhecido que possa impedir a continuidade normas e das atividades da entidade;

(j) confirmar que no h qualquer evento subsequente que possa afetar a posio patrimonial e financeira da entidade, bem como o resultado do perodo;

(k) confirmar que todos os livros e registros contbeis e documentos comprobatrios foram colocados disposio dos auditores;

(l) confirmar que foram adequadamente contabilizados e divulgados nas demonstraes contbeis, os saldos e transaes com "partes relacionadas", os prejuzos decorrentes de compromissos de compra e venda, os acordos para a recompra de ativos anteriormente e vendidos, e os ativos dados em garantia;O PORQUE DA CRIAO DA LEI SARBANES-OXLEY O Sarbanes-Oxley Act foi criado em situao de emergncia para quebrar a corrente de descrdito do mercado. Veio como uma resposta na verdadeira proporo dos problemas, afirma Jos Roberto Carneiro, scio-diretor da Deloitte Touche Tohmatsu.

A SEC tambm dever criar uma regulamentao para proibir a negociao de valores mobilirios de companhias que no obedeam a uma das principais regras impostas pelo Sarbanes-Oxley Act, que a implementao e operao de um comit de auditoria nas bolsas de valores ou mercados de balco.

Considera-se nesta pesquisa o mais importante dos impactos do Sarbanes-Oxley Actna SEC: o desafio de conciliar o referido Ato com os interesses e as jurisdies internas dos pases. Isso porque desde o momento de sua edio, pases, como Alemanha e Japo, tm protestado por no concordarem com as imposies do Ato s empresas estrangeiras com ttulos negociveis no Mercado de Capitais norte-americano e por esse Ato ser incompatvel com as suas legislaes locais. As empresas alems no querem atribuir ao comit a tarefa da escolha do auditor, e as japonesas no concordam com a exigncia de independncia dos membros do comit. Com a existncia da independncia dos membros do Conselho de Administrao, o Brasil tambm se deparou com dificuldades de adaptao das regras legislao local.

Como j era esperada pela SEC, essa no foi e no est sendo uma tarefa muito fcil de executar e, conforme mencionado em um artigo da Revista Mundo Corporativo, de janeiro de 2003, h rumores de que o mercado norte-americano poderia comear a perder companhias para outras praas globais de negociao. Esse mesmo artigo ainda menciona uma empresaPRINCIPAIS IMPACTOS DA LEI SARBANES-OXLEY CAUSADOS NAS EMPRESAS DE AUDITORA.Os principais impactos do Ato na SEC foram os seguintes:

a criao da Public Company Accounting Oversight Board;

a edio de regulamentos que estabeleam padres mnimos de conduta profissional para os advogados das empresas;

a criao de uma regulamentao especfica para reduzir os conflitos de interesses no trabalho de analistas de mercado;

o desafio de conciliar o Sarbanes-Oxley Act com os interesses e as jurisdies internas de pases em todo o mundo.

Para entender as principais mudanas acima destacadas, faz-se uma breve explicao.

A Public Company Accounting Oversight Board (PCAOB) uma comisso supervisionada pela SEC, que, em conjunto com representantes do setor privado, ir fiscalizar as auditorias independentes para que elas cumpram todas as premissas do Ato. A Public Company Accounting Oversight Board (PCAOB) dever editar um regulamento para adaptar a conduta profissional aos advogados das empresas, conforme exigncia do Ato. Esses advogados devero informar comisso quaisquer irregularidades de seus clientes (empresas e seus administradores) em relao s leis que regulam o mercado de capitais, incluindo, claro, o Sarbanes-Oxley Act. Cabe aos advogados, caso o seu cliente ou os administradores no respondam a possveis denncias de irregularidades, comunicarem o fato antes mencionado ao Conselho Fiscal ou rgo competente da companhia. provvel que essa regra venha a atingir tambm advogados estrangeiros, incluindo departamentos jurdicos de companhia emissores.

PRINCIPAIS ATOS NAS EMPRESAS

Com 1.107 artigos, o Sarbanes-Oxley Act gerou muitos motivos para uma intensa movimentao e apreenso por parte das empresas. As companhias, de um modo geral, esto trabalhando de olho no que ir acontecer no primeiro trimestre de 2005, quando a SEC comear a trabalhar auditando e avaliando se os controles e as informaes se enquadram s exigncias do Ato ou no, aplicando punies que podem variar de multa, no valor de cinco milhes de dlares, a priso de 20 anos.

Os executivos e administradores tambm tero atribuies que exigiro total responsabilidade, conforme relatam, Renata Homem de Mello e Renata Cruz Simon, da Felsberg e Associados, em artigo publicado na mdia:

[...] exige que os principais executivos da companhia confiram os relatrios peridicos entregues a SEC, garantindo assim que esses no contenham informaes falsas ou omissas, representando a real situao financeira da companhia, sendo que no caso de divulgaes errneas ou inexatas sero impostas penalidades pois probe, direta ou indiretamente, inclusive por intermdio de subsidirias, a oferta, manuteno, ampliao ou renovao de emprstimos entre a empresa e quaisquer conselheiros ou diretores; devoluo de bnus e/ou lucros em caso de nova publicao de demonstraes financeiras por no cumprimento de exigncias relativas ao modo de prestao das informaes; limitao aos planos de benefcios dos altos administradores e membros do conselho de administrao, padres de conduta e maior responsabilidade dos advogados, entre outros.CONSIDERAES FINAIS

Conclui-se, que est pesquisa tem tambm como objetivo apresentar os principais procedimentos de auditorias considerando os novos padres internacionais adotados pela contabilidade no Brasil. So discutidos os dois tipos de auditoria: interna e externa ou independente. Que a auditoria interna uma ferramenta que auxilia a administrao da empresa, assegurando que os controles internos e rotinas de trabalho estejam sendo regularmente executadas e que os dados contbeis mostram confiana. A auditoria interna passou a ser um instrumento de amplo controle para os administradores, atravs de suas atividades de trabalho serve para a administrao como meio de controle de que todos os processos internos e polticas definido pela empresa, assim como sistemas contbeis e de controle interno, esto sendo efetivamente seguidos e que as transaes realizadas esto refletidas contabilmente em de acordo com os critrios previamente definidos. O objetivo deste trabalho demonstrar quais so os tipos de ferramentas que a auditoria interna possui para ajudar os gestores para tomada de deciso. A problemtica que conforme as organizaes esto se expandindo economicamente, seus administradores necessitam do auxlio da auditoria interna para captao de informaes confiveis de sua situao patrimonial e financeira. A metodologia a ser elaborada atravs de pesquisa bibliogrfica de livros do ramo da auditoria, sites relacionados com artigos cientficos de auditoria interna e revistas da rea contbil. A auditoria interna uma das mais importantes ferramentas para o controle administrativo. A ausncia de controles adequados para empresas de estrutura complexa a expe a inmeros riscos, frequentes erros e desperdcios.

A problemtica vem com a expanso das organizaes no mercado e o desconhecimento de seus administradores da necessidade auxlio da auditoria interna para obteno de informaes corretas da situao patrimonial e financeira da empresa, deixa de captar recursos juntos a terceiros, como emprstimos bancrios ou abrindo seu capital social para novos investidores para investimento das mesmas.REFERNCIAS BIBLIOGRFICAShttp://pt.wikipedia.org/wiki/Auditoria . Acesso em 15 de Setembro de 2015

http://pt.wikipedia.org/wiki/Auditoria_fiscal . Acesso em 10 de Setembro de 2015

PLT, LINS, Luiz dos S. Auditoria: Uma abordagem Pratica com nfase na Auditoria Externa. So Paulo: Atlas, 2011. PLT 538.