Conselhos gestores na política social urbana e participação popular
Atps serviço social e conselhos gestores
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Pólo : Sobradinho-DF Curso: serviço social Serviço Social e Conselhos Gestores de Políticas Públicas
Tutora a distância: Laura Marcia Rosa dos Santos 08/11/2014
Sobradinho-DF
Acadêmico (a)s:
Maria Cláudia Sales Lima RA: 334399
Eliana Vieira Marques RA:345333
Eduarda Alves de Oliveira RA: 340058
José Luiz de Almeida Lima RA:334411
Regina do Rosário Leite da Silva Lima RA: 334412
Efetivação da Democracia Popular
Serviço social e conselhos gestores de politicas publicas
Efetivação da democracia popular
INTRODUÇÃO
Este trabalho fomenta discussões
sobre a implementação da democracia participativa,
participação popular no controle das ações
governamentais municipais, como forma de
manifestação do exercício de sua soberania.
A participação política no Brasil é um
assunto presente desde os tempos de lutas da colônia
contra a metrópole, passando pelas lutas da escravidão
e pelo sindicalismo anarquista nas primeiras décadas
deste século.
Após 1988, com a Constituição
Federal, os conselhos fazem parte de um novo modelo
de desenvolvimento da gestão pública estatal,
aumentou a participação por meio dos conselhos
deliberativos de composição paritária, não apenas
numericamente, mas também nas condições de
acesso e de exercício da participação, entre
representantes do Poder Executivo e de instituições
da sociedade civil organizada, representando a
possibilidade da institucionalização da participação
via sua forma de expressão, a co-gestão; objetivando
o controle de políticas sociais.
Fundamentado no código de ética
profissional e no projeto ético-político da categoria,
o Serviço Social, busca empreender um conceito de
participação que vá de encontro a população, a classe
proletária, em que essa participação esteja no sentido
de empoderamento, onde a população seja o ator de
transformação, de mudança da realidade, e que seja
contrária a uma trajetória burocrática e alienada.
Seja um participante
Integre:
Muitos recursos públicos
federais na área social
apenas são liberados
quando há conselho gestor
específico à determinada
área de atuação, nos
estados e nos municípios.
Seja membro!!
Conselho gestor – seja um participante
Os conselhos gestores foram a grande novidade
nas políticas públicas ao longo dos anos, eles têm o papel
de instrumento mediador na relação sociedade e Estado e
estão inscritos na Constituição de 1988, na qualidade de
instrumentos de expressão, representação e participação
da população, permitindo aos cidadãos mais que a sua
integração, igualmente sua contribuição na escolha das
políticas públicas que favoreçam a realidade da
comunidade a qual pertençam, sendo co-gestor
administrativo das questões sociais.
A maior mudança nesse processo democrático,
segundo Roberto Pires, técnico de planejamento e
pesquisa do IPEA, é que: “Estes espaços de participação
têm gerado oportunidades para atores sociais, grupos,
movimentos, associações localizarem suas demandas. São
grupos que, frequentemente, por representarem minorias
políticas, têm grande dificuldade de levar suas demandas
aos legisladores e formuladores de políticas públicas”.
Os conselhos gestores podem ser agrupados em
quatro categorias na gestão urbana:
- Os que se relacionam diretamente à chamada
questão urbana por ser parte integrante do lócus que
configura o espaço urbano enquanto tal, ou seja, meio
ambiente, moradia;
- Os que decorrem da prestação de serviços
urbanos por setores da administração: saúde, educação,
transportes;
- Os que abrangem as políticas focalizadas em
grupos etários da população: idosos, crianças e
adolescentes; ou destinados as categorias específicas:
mulheres, grupos étnicos ou raciais; esses conselhos
localizam-se no urbano e atuam sobre problemas sociais
que interferem diretamente na qualidade de vida no meio
urbano;
- Os conselhos na área da cultura, apesar de a
cultura ser uma das secretarias de Estado, ela é mais que
um serviço, é uma força-motriz que cria ou estimula
energia coletiva de uma comunidade e de seus cidadãos.
Vai se refletir sobre as possibilidades do
profissional de Serviço Social contribuir para o
fortalecimento e organização política dos conselhos e ou
dos seus diversos segmentos com destaque para os usuários
e trabalhadores através da defesa da democracia e dos
direitos humanos e sociais... articulação com os
conselhos/conselheiros com os movimentos sociais.
(BRAVO, 2009, p 394)
Governança
Governança local é um conceito híbrido, que busca
articular elementos do governo local com os de poder local...
Ele se refere a um sistema de governo em que a inclusão de
novos atores sociais é fundamental (GOHN, 2011, p.44).
O conceito de governança surgiu
associado ao de governança global, por meio de
fóruns internacionais, que almejavam estabelecer
formas de cooperação global. Governança local está
ligado ao exercício da autoridade, ou tem conotação
de agenda política, o poder local inclui o poder
econômico, político e social das famílias, assim
como o poder carismático de lideres locais e
regionais.
Governança
Segundo o Banco Mundial, em seu documento
Governance and Development, de 1992, a definição
geral de governança é “o exercício da autoridade,
controle, administração, poder de governo”. Precisando
melhor, “é a maneira pela qual o poder é exercido na
administração dos recursos sociais e econômicos de um
país visando o desenvolvimento”, implicando ainda “a
capacidade dos governos de planejar, formular e
implementar políticas e cumprir funções”.
A ausência de conselheiros qualificados
e de bons sistemas de Governança Corporativa tem
levado empresas a fracassos decorrentes de:
- Abusos de poder (do acionista controlador sobre
minoritários, da diretoria sobre o acionista e dos
administradores sobre terceiros);
- Erros estratégicos (resultado de muito poder
concentrado no executivo principal);
- Fraudes (uso de informação privilegiada em benefício
próprio, atuação em conflito de interesses.
O resgate da cidadania – re/formando cidadãos e atletas
para o futuro
o resgate da cidadania – re/formando cidadãos e atletas para o futuro
Publico alvo:
- Crianças e Adolescentes em conflito com a lei
Objetivos:
Gerais:
- Incentivar o esporte como atividade alternativa aos tempos ociosos, afastá-los (crianças e adolescentes) do risco de envolvimento, e/ou convívio com as práticas da criminalidade, de trabalho infantil, uso de drogas, violência doméstica e abuso sexual;
- Combater/reduzir a evasão escolar e a repetência;
- Estimular o trabalho em grupo e a convivência comunitária;
- Oferecer atividades extras como passeios, oficinas recreativas e palestras. Que promovam além da inclusão social, a garantia e a ampliação dos direitos constitucionais das crianças (de 7 a 14 anos) e adolescentes (de 15 a 18 anos), segundo e ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente);
- Proporcionar o aumento da solidariedade, auto-estima, respeito ao próximo, facilidade na convívio, tolerância, cooperação, disciplina, habilidade de comando, respeito às regras, trabalho em equipe, entre outras.
Especifico:
- Buscar a participação/cooperação das famílias e profissionais da área, para a re/inserção das crianças/adolescentes no meio social.
Princípios que serão trabalhados:
- Articular, promover e apoiar ações que visem oferecer oportunidades de desenvolvimento e integração social para todos as crianças e adolescentes em conflito com a lei, buscando fortalecer a solidariedade entre os membros da família e da sociedade.
- Desenvolver um programa aproveitando o esporte como estratégia de desenvolvimento pessoal, educacional e social dessas crianças e adolescentes em conflito com a lei, buscar sua plena inclusão social;
- Utilizar o esporte de maneira saudável, como estrutura maior para desenvolvimento físico - psico- social da criança e do adolescente em questão, orientado com acompanhamento especializado, estimulando à vida e prevenção ao uso das drogas.
Conselhos
Municipais de Educação e Gestão Democrática do Ensino
Os conselhos gestores de controle social de políticas educacionais introduzidos pela constituição
federal de 1988 são um importante elemento da gestão democrática da educação, na medida em que se abrem
para a participação da sociedade.
Conselhos
Municipais de Educação e Gestão Democrática do Ensino
Em âmbito federal, a atual forma de
organização do conselho de educação existe desde
1931, quando foi criado o Conselho Nacional de
Educação - CNE, órgão atualmente regulado pela Lei
n.º 9.131/95.
Os Conselhos Estaduais de educação
foram implantados pela Lei de Diretrizes e Bases –
LDB (Lei n° 9.394/1996) toma para si a atribuição de
regulamentar parte dos dispositivos constitucionais,
reafirma o princípio da gestão democrática e delega
para os sistemas de ensino específicos (nacional,
estaduais e municipais) a definição das formas de
exercitá-lo.
LDB, art.3°, VIII, e art.14) - A lei
estabelecerá o plano nacional de educação, de duração
plurianual, visando à articulação e ao desenvolvimento
do ensino em seus diversos níveis e à integração das
ações do Poder Público que conduzam à:
I – erradicação do analfabetismo;
II – universalização do atendimento escolar.
Os conselhos municipais, apesar de estarem previstos em lei
desde 1971, somente com a Constituição de 1988 é que
passaram a se organizar autonomamente.
Conselhos Municipais de Educação:
A possibilidade de criação de conselhos de
educação em âmbito municipal está prevista na legislação
nacional desde a Lei n.º 5.692, de 1971, sendo que ainda
hoje sua criação é facultativa, cabendo aos municípios
decidir se constituem sistema educacional próprio ou se
continuam integrados ao sistema estadual respectivo ,
contando com representação popular e não somente com
especialistas indicados pelo executivo. Os conselhos
municipais de educação exercem papel de articuladores e
mediadores das demandas educacionais junto aos gestores
municipais e desempenham funções normativa, consultiva,
mobilizadora e fiscalizadora.
Esse avanço, assim como algumas
experiências municipais de integração e democratização do
acesso aos conselhos, devem ser compreendidos como os
primeiros passos de uma grande reformulação a ser
empreendida, que passa, necessariamente, pela estruturação
de um verdadeiro sistema nacional de educação, condizente
com as pressões por efetivação do direito humano à
educação.
Conselhos
Municipais de Educação e Gestão Democrática do Ensino
Os Conselhos Escolares são órgãos colegiados que representam as comunidades escolar e local, atuando em sintonia com a administração da escola e definindo caminhos para tomar decisões administrativas, financeiras e político-pedagógicas condizentes com as necessidades e potencialidades da escola.
Um bom conselho escolar deve ser um órgão que conta com representantes de todos os segmentos - professores, funcionários, alunos, pais e membros da comunidade - e tem como objetivo contribuir para a gestão administrativa, financeira e pedagógica da escola, visando:
- fortalecimento da participação estudantil;
-- provimento do cargo de diretor; construção coletiva do projeto político-pedagógico da escola;
-- lutar pela progressiva autonomia da escola;discussão e implementação de novas formas de organização da gestão escolar;- garantia de financiamento publico da educação e da escola nos diferentes níveis e modalidades de ensino.
A presença do conselho é imprescindível, uma
vez que, como instancia colegiada, com representação
dos diversos segmentos da escola e da comunidade
local, cabe-lhe coordenar e acompanhar as discussões
concernentes às propriedades e objetivos da escola,
analisar e encaminhar os problemas de ordem
administrativas ou pedagógica, conhecer as demandas
e potencialidades da comunidade local, estimular a
instituição a praticas pedagógicas /democráticas e
transparentes, e incentivar a co-responsabilidade no
desenvolvimento das ações de todos os que integram a
comunidade escolar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Procurou-se mostrar que a gestão social
das políticas públicas tomou grande impulso com a nova
realidade institucional criada a partir da promulgação da
Constituição Brasileira de 1988. Emergiram novos
instrumentos de participação popular nas políticas
públicas, merecendo destaque a institucionalização dos
Conselhos Municipais, que se constituem em novos
espaços para formulação, gestão, controle e avaliação das
políticas públicas, enquanto espaços privilegiados do
exercício da cidadania.
Os conselhos devem ser espaços e
mecanismos operativos à favor da democracia e do
exercício da cidadania, em todo e qualquer contexto
sociopolítico, transformando em aliados potenciais,
estratégicos, na democratização da gestão das políticas
públicas; sendo uma forma de ser ouvido e de continuar
lutando para transformar o Estado, intervir na esfera do
processo de produção, gestão e na qualidade dos serviços
públicos prestados, principalmente nas áreas sociais, como
as da educação, assistência social, saúde, habitação, etc.
Percebeu-se a importância dos
representantes da sociedade civil nos conselhos gestores,
mostrando que essa participação deve ser assegurada e
definida de forma democrática, a fim de impor
comprometimento dos conselheiros, já que estes
representam diversos segmentos sociais, também uma
forma de inclusão social, pois eles habilitam os cidadãos
ao exercício de seus direitos sociais e políticos.
Sendo uma forma de ser ouvido e de continuar lutando
para transformar o Estado pela via da democratização
das políticas públicas.
O Conselho Municipal de Educação é o
coração da gestão democrática da educação e do futuro
do Município. Ele precisa ser constituído de
representações que abranjam os vários setores e as
diversas comunidades, não somente da educação escolar,
mas do município como um todo.
Desenvolver educando, para detectar e
solucionar problemas cotidianos, seja com relação à
família e a sociedade. Diante da problemática de
re/inserção das crianças e adolescentes em conflito com
a lei, se faz necessário originar novas projetos sociais,
novas metodologias, contribuindo no exercício pleno da
cidadania. Visando a integração dos próprios usuários
no esporte de sua escolha, atuando como autores,
aumentando sua autoestima, respeito ao próximo,
etc.
.
REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRAVO, Maria Inês Souza. Serviço Social: Direitos Sociais e Competências Profissionais. Brasília, 2009.
Controladoria Geral da União. Controle Social. Orientações aos cidadãos para participação na gestão pública e exercício do controle social. Brasília, DF. 2008.
Esporte é saúde! esportes nas escolas & faculdades! Disponível em: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2008/08/425755.shtml. 28 out. 2013. Acesso em 10 nov. 2013.
GOHN, Maria da Glória. Conselhos gestores na política social urbana e participação popular. Disponível em: http://www.cadernosmetropole.net/download/cm_artigos/cm7_29.pdf . Acesso em: 02 nov. 2013.
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Ministério da Educação . Secretaria de Educação Básica. Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares. Caderno 5: conselho escolar, gestão democrática da educação e escolha do diretor. Brasília, DF. 2004.
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http://conpedi.org.br/manaus/arquivos/anais/XIVCongr
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O princípio da gestão democrática e os conselhos da
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http://www.acaoeducativa.org.br/portal/index.php?opti
on=com_content&task=view&id=943&Itemid=2.Acess
o em: 08 nov. 2013.
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http://www.ibgc.org.br/Secao.aspx?CodSecao=18.
Acesso em: 28 maio 2013.
Participação Popular: a construção da democracia
participativa. Disponível em:
<http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=co
m_content&id=2493:catid=28&Itemid=23>. Acesso
em: 28 maio 2013.
Possibilidades da política: governança precária.
Disponível em:
http://marcoanogueira.blogspot.com.br/2013/07/govern
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Quer um conselho? Forme um. Como ter um colegiado
presente e atuante com representantes de todos os
segmentos da escola. Disponível em:
http://gestaoescolar.abril.com.br/comunidade/quer-
conselho-forme-681213.shtml. Acesso em 07 nov.
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