ATRAINDO A

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ATRAINDO A PRESENÇA

Tudo começou num culto rotineiro em Northampton, EUA, num dia comum. De repente, o inesperado aconteceu. Todos começaram a gritar diante da força estrondosa da palavra pregada. O impacto foi tão poderoso, que as pessoas se agarraram aos bancos pensando que precipitariam no inferno, sob os seus pés. Foi como se um furacão soprasse e destruísse uma floresta. Foi um choque aéreo; um encontro entre o Céu e a terra. Em choro e profunda contrição, caídos ao chão, todos na congregação clamavam pelo perdão dos seus pecados. Jonathan Edwards, que havia jejuado e orado, sem dormir, os três dias antes, pregava o sermão Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado. Neste dia, não foi o inferno que se abriu, mas os Céus. A nuvem de glória havia se movido sobre aquele lugar. O Livro de 2 Crônicas 5.13-14 relata o que ocorreu após a dedicação do tempo: “...e

louvando ao Senhor, dizendo: Porque ele é bom, porque a sua benignidade dura para sempre,

então a casa se encheu de uma nuvem, a saber, a casa do Senhor; E os sacerdotes não podiam

permanecer em pé, para ministrar, por causa da nuvem; porque a glória do Senhor encheu a casa

de Deus”.

Naquela noite de 8 de julho de 1741, Jonathan Edwards pregou sobre o tema: Pecadores nas mãos de um Deus Irado, baseando suas observações no Livro de Deuteronômio 32.35: “a seu tempo

quando resvalar o seu pé...”, e: “antes de terminar o sermão todos se curvavam sob forte convicção de pecado”. Uma testemunha escreveu: “Antes da conclusão do sermão houve grande lamento e pranto no auditório. Que devo fazer para ser salvo? Oh, eu vou para o inferno! Oh, que farei para Cristo? ” Edwards pediu silêncio, mas o tumulto aumentou tanto que Edwards teve que parar de pregar. Um monumento erguido, comemorando o sermão, permaneceu de pé até o século XX no local em que se situava a casa de reuniões em Enfield.

O Impacto da vida de Jonathan Edwards

J. White comenta que a voz fina de Jonathan Edwards (1703-1758) dificilmente o qualificaria como um pregador dinâmico. “Foi o poder de Deus, não a erudição ou a eloquência, que atingiu a igreja na noite em que pregou Pecadores nas Mãos de um Deus Irado. O edifício ressoava com os gritos dos ouvintes, homens e mulheres, aterrorizados, que se agarravam aos pilares da construção com toda a força, apavorados de que o solo se abrisse e seus pés escorregassem e deslizassem”1 para o abismo eterno. O que você faria se uma coisa dessas ocorresse num dos cultos em sua igreja?

Richard Lovelace descreve Jonathan Edwards como: “A mente mais elevada produzida na América do Norte”. Joel Beeke comenta que: “Os estudiosos da História americana dão muita atenção aos escritos científicos, filosóficos e psicológicos de Edwards; os teólogos e os historiadores da Igreja consideram a obra de Edwards sobre avivamentos como algo não superado

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quanto à análise e abrangência. Os cristãos continuam a ler os seus sermões com grande apreciação por sua rica doutrina, por seu estilo claro e vigoroso e por sua poderosa descrição da majestade de Deus, da grave malignidade do pecado, e do poder de Cristo para salvar”.

B. B. Warfield o descreveu como: “Uma figura de verdadeira grandeza na vida intelectual da América”. Steven Lawson declara em seu livro As Firmes Resoluções de Jonathan Edwards, que: “Martyn Lloyd-Jones compara os puritanos aos Alpes; Lutero e Calvino ao Himalaia, e Jonathan Edwards ao Monte Everest! Para ele, Edwards sempre foi o homem mais parecido com o apóstolo Paulo”.2 Lawson diz que: “Edwards viveu de modo bem centrado em Deus e nas riquezas da fé bíblica. Ele foi o vulto maior nesse avivamento, que se intitulava O Grande Despertamento, que ocorreu no século XVIII, na América. Ele amava a Deus, não somente de coração e alma, mas também de todo o entendimento”, que: “todo grande líder cristão tem uma paixão principal, uma aspiração dominante que governa a sua vida e dirige a sua alma. É em tal paixão que ele mais acredita é ela que prende mais a sua mente e estimula seu coração. Esse objetivo superior controla-o e define a sua própria razão de existir[...]. Para Jonathan Edwards, essa paixão era (...) a glória de Deus.” Lawson diz que: “Quanto mais a procurava, mais ele encontrava sua profunda alegria”.3

Um Lugar para a Presença

O que acontecia na vida pública de Edwards era apenas uma expressão da sua vida particular. Ele tinha o hábito de se retirar diariamente para estar a sós com o Senhor. Ele tinha um local especial para a Presença. A Presença que há de habitar no seu lugar secreto, o acompanhará para onde você for e te dará descanso! Ela não o deixará! A Sunamita construiu um lugar para a Presença. Neste local, ela colocou uma cama, uma cadeira, uma mesa e um candeeiro (2 Rs 4.10). A cama pode simbolizar o descanso que temos na Presença. O Senhor disse a Moisés: “Irá a minha

Presença contigo para te fazer descansar” (Êx 33:14). A cadeira simboliza o relacionamento. O lugar secreto é o local, onde você poderá conversar com intimidade com Jesus; onde você aprofundará seu nível de relacionamento com o Senhor. A mesa revela que você terá pão fresco do céu quando sentar-se com o Senhor. Cada vez que você abrir a porta do seu quarto para estar a sós com o Senhor, a porta do céu se abrirá e o maná virá para alimentá-lo. O candeeiro simboliza a iluminação. A oração ilumina os olhos do entendimento para vermos a revelação. Paulo escreve em Efésios 1:17-19: “Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu

conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação; tendo iluminados os olhos do vosso

entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória

da sua herança nos santos; e qual a sobre-excelente grandeza do seu poder sobre nós, os que

cremos, segundo a operação da força do seu poder. ”

Você dará um salto do natural para o sobrenatural ao mergulhar na Presença! Do terreno para o celestial! A Presença é o lugar em que você será incendiado com o fogo do avivamento para tocar a muitos. O fogo do avivamento é transferível! Quando mais você der de si, mais ele aumentará; quanto mais ele for alimentado, mais crescerá! Quanto mais intenso for esse fogo, mais poderoso ele se tornará! O livro de Levítico 6.12 diz: “O fogo que está sobre o altar arderá nele, não se

apagará”; mas o sacerdote acenderá lenha nele cada manhã. A Presença de Deus está em chamas! Alimente-a diariamente. Separe um lugar em sua casa para que ela venha habitar. Retire-se para lá

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todos os dias: “...encha as tuas mãos de brasas acesas dentre os querubins e espalha-as sobre a

cidade” (Ez 10:2).

Thomas à Kempis diz no clássico Imitação de Cristo: “Aprende a desprezar as coisas exteriores e entrega-te às interiores, e verás chegar a ti o reino de Deus. Dá, pois, lugar a Jesus e a tudo mais fecha a porta”.3 O hábito que Jonathan Edwards tinha de ler seus sermões fazia parte de sua vida, mas o que realmente impactou o seu povo foi a sua vida devocional, porque se acostumou a passar até 13 horas ao dia entre orações e estudos. Escolher uma floresta e ali ficar duas ou três horas com o rosto em terra, clamando a Deus, fazia parte de sua vida com o Senhor.

Um Lugar da glória de Deus

O Senhor falou a Moisés de um lugar junto à rocha de onde ele pôde experimentar a Sua glória junto à Presença. Ele disse ao Senhor: “Rogo-te que me mostres a tua glória” (Êx 33.18). O Senhor lhe respondeu: “E acontecerá que, quando a minha glória passar, pôr-te-ei numa fenda da rocha, e

te cobrirei com a minha mão, até que eu haja passado” (Êx 33.22). A glória de Deus está escondida em Sua Presença. É no lugar secreto, junto ao Senhor, que ela pode ser experimentada. Jesus revelou isso quando orou: “Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles

estejam comigo, para que vejam a minha glória” (Jo 17.24). É desejo Dele que você experimente dimensões maiores de glória (Rm 8.18).

Escolha um lugar junto à Presença, onde você se sinta à vontade para prostrar-se ante a majestade do Senhor. Um local bem preparado onde você possa adorar com extravagância, onde você tenha liberdade de se quebrantar, de ficar em silêncio e de ouvi-Lo sussurrar o seu nome contando-lhe segredos do Seu coração, preparados para serem falados apenas para você, para mais ninguém. Ele se manifestará neste recinto – na tenda da Presença - com o Seu amor e Sua graça, e habitará nesse lugar. Ele manifestará a Sua glória e a sua casa se encherá com o Seu resplendor, e você será visitado por milagres da parte do Senhor, Is 35.2-9 declara: “verão a glória do Senhor, o

esplendor do nosso Deus. Fortalecei as mãos fracas, e firmai os joelhos trementes. Dizei aos

turbados de coração: Sede fortes, não temais; eis que o vosso Deus virá com vingança, com

recompensa de Deus; ele virá, e vos salvará. Então os olhos dos cegos serão abertos, e os ouvidos

dos surdos se abrirão. Então os coxos saltarão como cervos, e a língua dos mudos cantará; porque

águas arrebentarão no deserto e ribeiros no ermo. E a terra seca se tornará em lagos, e a terra

sedenta em mananciais de águas; e nas habitações em que jaziam os chacais haverá erva com

canas e juncos. E ali haverá uma estrada, um caminho, que se chamará o caminho santo; o imundo

não passará por ele, mas será para aqueles; os caminhantes, até mesmo os loucos, não errarão. Ali

não haverá leão, nem animal feroz subirá a ele, nem se achará nele; porém só os remidos andarão

por ele.

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Um Local para a Presença habitar

Martyn Lloyd-Jones explica que Edwards cria num lugar para um “encontro existencial com Deus. Um encontro vivo com Deus. Deus e eu, estas “duas únicas realidades”.4 A vida com Deus é, para Edwards, algo que pertencia essencialmente ao coração. E essencialmente experimental, essencialmente prática. Isto fica claro no famoso relato que ele faz de uma experiência que teve uma vez. Não se esqueçam de que estamos lidando com um dos maiores gênios que o mundo já conheceu e o maior filósofo americano de todos os tempos. Eis o que ele nos conta em seu Diário:

“Uma vez, quando cavalgava nas matas pela minha saúde, em 1737, tendo apeado do meu cavalo num lugar retirado, como tem sido o meu costume comumente, para buscar contemplação divina e oração, tive uma visão, para mim extraordinária, da glória do Filho de Deus, como Mediador entre Deus e o homem, e a Sua maravilhosa, grande, plena, pura e suave graça e amor, e o Seu terno e gentil amparo. Esta graça que parecia tão calma e suave, parecia também grande, acima dos Céus. A Pessoa de Cristo parecia inefavelmente excelente, com uma excelência bastante grande para absorver todo o pensamento e concepção - o que continuou, quanto posso julgar, cerca de uma hora; e que me manteve a maior parte do tempo num mar de lágrimas, e chorando em voz alta. Senti uma ardência na alma, um anseio por ser, o que não sei expressar doutro modo, esvaziado e aniquilado; jazer no pó e encher-me unicamente de Cristo; amá-Lo com um amor santo e puro; confiar Nele; viver Dele; servi-Lo e segui-Lo; e ser perfeitamente santificado e tornado puro, com uma pureza divina e celestial. Várias outras vezes tive visões da mesma natureza, as quais tiveram os mesmos efeitos”.5

“Tendo tido, muitas vezes, uma percepção da glória da terceira Pessoa da Trindade, e do Seu ofício como Santificador; em Suas santas operações comunicando luz e vida divina à alma. Deus, nas comunicações do Seu Santo Espírito, tem parecido uma infinita fonte de divina glória e doçura; estando cheio e sendo suficiente para encher e satisfazer a alma; derramando-Se em secretas comunicações; como o sol em sua glória, difundindo suave e agradável luz e vida. E por vezes eu tenho uma comovente percepção da excelência da Palavra de Deus como palavra da vida; como a luz da vida; uma suave, excelente palavra que dá vida; acompanhada de uma sede dessa palavra, para que ela habite ricamente em meu coração” (Vol. 1,47).6

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O PODER DA ALIANÇA

DE ORAÇÃO

Os homens usados por Deus nos avivamentos são conhecidos pelas suas alianças de oração (At 13.1-4). Jonathan Edwards tinha uma aliança de oração com George Whitefield, que por sua vez também mantinha uma aliança com John Wesley. Moody tinha aliança com R. A. Torrey e C. H. Spurgeon; Maria Woodworth-Etter com F. F. Bosworth e Smith Wigglesworth; Kathryn Kuhlman com Oral Roberts, Aimee McPherson e Demos Shakarian. Além disso, é comum os homens, em tempos de avivamento, cultivarem a prática regular da oração e do jejum. Dwight L. Moody e seus contemporâneos, C. H. Spurgeon e George Müller também tinham uma vida regular de jejum e oração. Quando Moody sentia uma necessidade especial em suas campanhas, “mandava uma mensagem ao Instituto Bíblico Moody para chamar os professores e alunos para um dia de jejum e oração. Eles, muitas vezes, oraram até 2h, 3h, 4h, ou mesmo 5h da manhã. ‘Se você disser que vai jejuar quando Deus o fizer sentir essa necessidade, jamais jejuará’, disse ele. ‘Você é demasiado frio e indiferente. Tome sobre si o jugo’. ”

Peter Wagner constata que: “Um movimento de oração que ultrapassa em muito qualquer coisa de que há memória entre pessoas vivas, talvez em toda a história do cristianismo, está tomando impulso, e isso com tremenda rapidez”. 7 Jonathan Edwards não era somente um homem da Presença, mas de aliança de oração. No seu livro A Busca do Avivamento, ele considerou a ideia de cristãos unidos em oração como: “belíssima e apropriada aos cristãos” e muito oportuna, dado o presente estado de fraqueza e divisão. Ele acrescentou que: “É evidente que não podemos socorrer a nós mesmos, e não temos nenhum lugar aonde ir, senão a Deus”.8

O Avivamento e o crescimento da Igreja

Para Peter Wagner há uma relação direta entre oração e crescimento da Igreja e o redirecionamento da história. Ninguém expressou toda a questão melhor do que o fez Richard Foster, em sua obra clássica, intitulada Celebração da disciplina. “Estamos trabalhando junto com Deus para determinar o futuro. Certas coisas acontecerão na história, se nos pusermos a orar corretamente.”9 O Irmão André diz em seu livro Deus pode mudar de ideia? que: “Os planos de Deus para nós não foram moldados em concreto. Somente o seu caráter e a sua natureza é que são imutáveis; suas decisões não! ” 10 Peter Wagner comenta que “a Bíblia nos fornece vários exemplos de como Deus alterou os seus planos, em razão da intercessão de santos. Uma dessas ocasiões retrata a intenção de Deus de derramar a sua ira e consumir o povo de Israel, quando Moisés voltou do monte Sinai com as tábuas de pedra da lei. Mas Moisés intercedeu em favor dos israelitas. Então

o Senhor arrependeu-se do mal que dissera que havia de fazer ao seu povo (Êx 32.14) ”. 11

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“As Escrituras revelam que Daniel orou e Deus deu-lhe resposta à sua oração no mesmo dia. Entretanto, a resposta precisou de vinte e um dias para chegar, não porque Deus fosse lento, mas porque o ‘príncipe da Pérsia’ conseguiu entravar a resposta (veja Dn 10). ”, diz Wagner. A oração rompe com a resistência dos principados e potestades. Nos dias de Jonathas Edwards as alianças de oração e a intercessão contínua abriu os céus e trouxe o Avivamento que afetou profundamente a história do seu tempo. Ao reportar-se a esse problema, Walter Wink sugeriu: “Esse novo elemento interferidor na oração - a resistência das potestades à vontade de Deus - marca uma quebra decisiva com a noção de que Deus é a causa única de tudo quanto acontece.” 12

Gary LaFerla conta que durante a batalha travada pelo USS Astoria, Elgin Staples, foi jogado para fora do navio pela explosão, da torre de tiro número 1 (de oito polegadas) do Astoria. Com ambas as pernas feridas pelos estilhaços, e em estado de choque, ele flutuou graças a um estreito cinto salva-vidas acionado por um mecanismo simples de funcionamento. Perto das 6h, Staples foi resgatado, mas a tentativa falhou, e Staples, ainda usando o mesmo salva-vidas, viu-se novamente na água. Era hora do almoço. Resgatado mais uma vez, agora era um dos 500 sobreviventes da batalha evacuados para a Numeia. A bordo do transporte, Staples, abraçando o salva-vidas com gratidão, examinando cada ponto do objeto que lhe havia servido tão bem. Quando chegou em casa, ele contou para a mãe o ocorrido e mencionou o código do salva-vidas. Houve um momento de silêncio na sala e depois sua mãe falou: “Este era o meu código, eu o imprimi em cada item aprovado sob a minha responsabilidade”. Pense em cada momento de intercessão como a costura do salva-vidas, que poderá resgatar a nossa geração no mar tempestuoso deste mundo tenebroso. “Na oração, embora aparentemente procuremos curvar a vontade de Deus para satisfazer a nossa, na realidade estamos alinhando nossa vontade com a dele,” declarou J. M. Neale. A intercessão literalmente “alinha” a história ao céu, costurando-a com o plano invisível de Deus.

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MOVIMENTO

DE ORAÇÃO 24/7

Anos atrás, um tornado destruiu uma pequena igreja na costa da Inglaterra. A congregação era pobre demais para reconstruir o edifício. Certo dia, aproximadamente seis meses mais tarde, um representante do Almirantado Real inglês visitou o pastor local. Ele desejava saber se as pessoas da igreja planejavam reconstruí-la. O pastor descreveu a lamentável situação financeira e o visitante, o representante do Almirantado, respondeu: “Se você não reconstruir a igreja, nós o faremos. Esta torre está em todos os nossos mapas. Ë o ponto de referência pelo qual os navios dos sete mares orientam seus cursos”.

“A oração é um instrumento poderoso, não para fazer com que a vontade do homem seja feita no Céu, mas para fazer com que a vontade de Deus seja feita na terra,” disse Robert Law. E. M. Bounds chega a dizer que: “Deus dá forma ao mundo pela oração.” A torre de oração em sua cidade vai mudá-la para sempre. Jeremias 29:7 nos orienta dizendo: “Procurai a paz da cidade, para onde

vos fiz transportar em cativeiro, e orai por ela ao Senhor; porque na sua paz vós tereis paz”. D. L. Moody declara que: “Aqueles que deixaram a mais profunda marca nesta Terra amaldiçoada pelo pecado foram homens e mulheres de oração. Você descobrirá que a oração é a força poderosa que tem movido não somente a mão de Deus, mas também o homem.”

Torre de oração

O movimento de oração traz luz ao nosso mundo, impedindo que milhões morram em trevas. Faça parte de uma Torre de Oração 24/7 (reunião de oração ininterrupta de 24 horas por sete dias da semana). Una-se à sua liderança num movimento de oração pela sua cidade. Quando um movimento de oração toma forma no lugar secreto, as fortalezas espirituais de uma nação são sabotadas e implodidas, abrindo caminho para a evangelização, colhendo-se resultados extraordinários. Passa a haver uma grande abertura nos corações para a exposição da Palavra. Ocorre um deslumbramento diante da Pregação do Evangelho. Um exemplo disso é o que aconteceu na época de C. H. Spurgeon. Ele mantinha um movimento de oração 24/7, em Londres, contínuo. E. M. Bounds chega a declarar que: “Deus tem o Seu próprio movimento e o colocou sob a lei da oração, e obrigou-Se a responder às orações dos homens. Ele ordenou a oração como um meio pelo qual Ele vai fazer as coisas através de homens que oram; coisas que ele não faria de outra maneira. Se a oração põe Deus a trabalhar na terra, então, por isso mesmo, a oração governa Deus fora dos assuntos do mundo, e impede-o de trabalhar. A força motriz, a força conquistando na causa de Deus é o próprio Deus” (Jr 33.3). Como consequência das alianças de oração das feitas por Edwards, Thomas Schaffer registra a ocorrência de cinco grandes períodos de Avivamento em Northampton, Nova Inglaterra, durante o ministério de Solomon Stoddard (avô de Edwards), em 1679, 1683, 1690, 1712 e 1718. Daniel

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Cohen afirma que, em consequência da pregação de Theodore Frelinghuysen, um pastor reformado holandês, ocorreu um avivamento em Nova Amsterdã (a futura Nova York) por volta da década de 1720. Ele também afirma que, no mesmo período, o calor do fogo do avivamento foi sentido entre os presbiterianos escoceses-irlandeses da Pensilvânia, através da influência de um ministro irlandês chamado William Tennent. Ainda devemos nos lembrar do avivamento testemunhado por Edwards em 1735-1736, descrito em sua Fiel Narrativa, que são relatos do Avivamento. M. Lloyd-Jones declara que: “Quando a Igreja está numa condição de avivamento, (...) Quando o Espírito Santo vem com poder, mais acontece numa hora do que poderia acontecer em cinquenta ou cem anos como resultado de nossos esforços”.13

A Conquista de cidades através do movimento de oração

O livro Tratado Sobre as Afeições Religiosas, de Jonathan Edwards, talvez seja o relato mais espantoso de tais acontecimentos, quando ele comenta sobre as experiências do reavivamento em Northampton, em 1741, da seguinte forma: “Os meses de agosto e setembro foram os mais notáveis deste ano, por causa do surgimento de convicção de pecado, conversões de pecadores, grandes vivificações, despertamentos, confortos de professores e extraordinários efeitos externos de tais coisas. Era frequente ver uma casa cheia de gritos, desmaios, convulsões e coisas semelhantes; ora com tristeza, ora com admiração e alegria. Não era costume aqui se realizar reuniões a noite inteira, conforme se faziam em alguns lugares, nem estendê-las até muito tarde da noite; no entanto, ocasionalmente, algumas pessoas foram afetadas sobremaneira e seus corpos dominados de tal modo que não puderam ir para casa, sendo então obrigadas a ficar a noite inteira na casa em que se encontravam.” 14

A Ação vivificadora do poder de Deus

Quando Ezequiel profetizou, os ossos se moveram. O mesmo ocorreu nas cidades onde Whitefield pregou na América. W. Duewel diz em seu livro Fogo de Reavivamento, que onde quer que ele fosse na América, “cidade após cidade entre Northampton e Nova Iorque, Deus “acendia a chama do reavivamento em cada lugar”. Depois de chegar a Nova Iorque, Whitefield sentiu-se tão necessitado e indigno que se prostrou diante do Senhor”. Foi só ele começar a pregar, diz Duewel: “Que o Espírito de Deus desceu sobre a congregação”. De todos os lados do prédio veio o som de choro alto. Muitos se abraçaram. Whitefield derramou o seu coração até não poder falar mais. Em Staten Island o “fogo caiu do céu sobre as multidões”. Whitefield continuou a viagem até a Filadélfia e depois voltou a Savannah, na Geórgia.

Ao mesmo tempo, uma obra similar estava ocorrendo em Kilsyth. Robe relatou que no domingo, 16 de maio de 1742: “Um extraordinário poder do Espírito acompanhou a palavra pregada. Houve grande lamentação entre os ouvintes. Muitos gritavam, e não apenas as mulheres, mas também alguns homens fortes e destemidos... O número deles era tanto que eu fui obrigado a reuni-los na igreja propriamente dita”.15

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O Rio da Presença

Grandes rios nascem em profundidades. Do mesmo modo ocorre com os avivamentos: as suas nascentes estão no interior subterrâneo de corações profundamente apegados à Presença de Deus. Um simples levantamento na vida dos grandes avivalistas comprova esta realidade. A profundidade das águas dos avivamentos está intimamente associada à profundidade do relacionamento dos seus líderes com Deus. Martyn Lloyd-Jones explica em seu livro Avivamento, que: “Muito antes da Reforma Protestante, houve um avivamento religioso neste país associado ao nome de John Wycliffe e com os Lollards. Foi um avivamento tão definido como o que aconteceu em 1859. Então, claro, o mesmo aconteceu no continente europeu com o grande John Russ. Na Morávia, que hoje é chamada Checoslováquia, houve um verdadeiro avivamento, associado com o seu nome, e Deus o usou como um instrumento e um canal. Foi um movimento extraordinário do Espírito de Deus. O mesmo aconteceu entre os Valdenses no norte da Itália. Foi um avivamento real. Aconteceu com aquele grande homem chamado John Tauler, que era um sacerdote da igreja católica romana. O Espírito de Deus veio sobre ele, o que levou a um avivamento em sua área. Foi exatamente a mesma coisa”. 16

Lloyd-Jones diz que na Reforma, “a pregação e a leitura da Bíblia eram de suprema importância. Isso é um despertamento religioso. E é isso que queremos dizer por avivamento. Vocês encontram isso no século dezessete, e também, de forma extraordinária, há duzentos anos atrás, no grande despertamento evangélico associado com os nomes de Whitefield e os irmãos Wesley”, incluindo Jonathan Edwards e David Brainerd. O rio do avivamento continua correndo até o fim do século dezoito e no começo do século dezenove. “E então houve o notável, admirável evento que sucedeu entre 1857 e 1859 na América, na Irlanda do Norte, no País de Gales, na Escócia, na Suécia, e em outras partes do mundo”. 17

Um Rio de fogo

O Céu tocou a terra. As orações alcançaram o trono de Deus e retiraram dele fogo (Ap 8.3-5), que foi lançado como um rio de avivamento sobre a terra, atraindo multidões para servirem ao Senhor. “Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou; a

sua veste era branca como a neve, e o cabelo da sua cabeça como a pura lã; e seu trono era de

chamas de fogo, e as suas rodas de fogo ardente. Um rio de fogo emanava e saía de diante dele;

milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões assistiam diante dele” (Dn 7.9-10).

Isaías 44.3-4 diz: “Porque derramarei água sobre o sedento, e rios sobre a terra seca;

derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade, e a minha bênção sobre os teus descendentes. E

brotarão como a erva, como salgueiros junto aos ribeiros das águas”. A Presença de Deus tocou muitas vidas de modo especial através das ministrações de Jonathan Edwards. Há relatos de pessoas que caíam ao chão, permanecendo em estado de arrebatamento por horas. Estas mesmas pessoas se levantavam tão cheias de alegria, que muitas gritavam de júbilo e cantavam em êxtase nas reuniões dirigidas por Edwards.

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Um Coração quebrantado

Arnold Dallimore cita no livro George Whitefield: Evangelista do Avivamento do Século 18, alguns trechos do Diário de Whitefield narrando sua visita a Jonathan Edwards: “O Sr. Edwards é um sólido, excelente, cristão, mas no presente fraco no corpo. Penso que não vi quem se lhe iguale em toda a Nova Inglaterra. Quando adentrei o seu púlpito, meu coração foi induzido a falar bem pouca coisa além das consolações e dos privilégios dos santos, e da copiosa efusão do Espírito sobre os crentes”. “Preguei esta manhã, e o bom Sr. Edwards chorou o tempo todo... O povo foi igualmente sensibilizado, e à tarde o poder aumentou mais ainda”. 18

A Sra. Edwards também se sentiu muito tocada pelo ministério de Whitefield. Ela escreveu a seu irmão, o Rev. James Pierpont, de New Haven, declarando: “É maravilhoso ver que encanto ele lança sobre os ouvintes, simplesmente proclamando as verdades mais simples da Bíblia. Tenho visto mais de mil pessoas pendentes das suas palavras em profundo silêncio, só rompido por um ocasional soluço.” 19 Edwards escreveu: “Sua regozijante surpresa fez com que seus corações estivessem a ponto de dar um salto, de forma que se condicionaram a dar vazão a risadas, lágrimas muitas vezes ao mesmo tempo fluindo numa enxurrada, e em meio a um choro audível.” 20 Jonathan Edwards menciona que: “Desde àquela hora (uma visita feita por Whitefield) tem havido grandes agitações de corpo, e um inevitável pular de alegria...” 21

Talvez ninguém tenha escrito com mais sabedoria sobre emoções do que Jonathan Edwards. Ele chegou à conclusão de que os mestres incorrem em grande erro se: “se dispõem a descartar os sentimentos e emoções religiosos, como se não tivessem uma base sólida e substancial”. Para ele, a emoção é como o calor que emana da luz, tendo que, portanto, caminhar juntos. Temos necessidade de “sentimentos santos”, expressão que usou com o sentido de que precisamos de emoções dentro da vontade de Deus. De acordo com ele: “As Escrituras Sagradas por toda parte colocam a religião bem ligada com os sentimentos, tais como os de temor, de esperança, de amor, de ódio, de desejo, de alegria, de tristeza, de gratidão, de compaixão e de zelo”.

Edwards destaca que frequentemente, nas Escrituras, as pessoas: “Tremem diante da Palavra de Deus, ficam com temor na Presença de Deus, agitam-se por causa Dele, temem os juízos Dele, ficam com medo diante da perfeição absoluta de Deus, e o temor de Deus cai sobre elas.” Durante todo avivamento: “Houve conversões estupendas de pessoas de todas as idades”, explica E. Evans. E aqui está o ponto. “As manifestações ou fenômenos do reavivamento, tais como prostrações físicas, gritos, desmaios, etc., foram vistos em muitos lugares, tanto na Europa como na América”, mas acompanhadas de mudanças profundas de vida. E. Evans acrescenta que: “Foram refutados por uns e falsificados por outros”. 22

O Impacto do Avivamento

Martyn Lloyd-Jones comenta que: “Se existiu um homem que era calmo, racional, intelectual, foi o grande Jonathan Edwards. Ele observou estes fenômenos há duzentos anos, e cria que eram de Deus. Jonathan Edwards não era o tipo de homem que fosse enganado por histeria, muito pelo

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contrário. O mesmo era verdade a respeito de outros, como, por exemplo, Archibald Alexander, que relataram tais fenômenos. E o mesmo pode ser dito de homens como o Dr. Carson e outros em 1859. Não somente as pessoas a quem, e em quem, tais fenômenos aconteceram, mas as pessoas que os descreveram e explicaram são suficientes para comprovar a sua origem divina”. 23

Lloyd-Jones conclui dizendo: “Acaso não parece claro e óbvio que Deus usa esses fenômenos para chamar atenção para Si mesmo e para a Sua obra? Não há nada que atraia tanta atenção como esse tipo de coisa, que é usada por Deus na extensão do Seu reino para atrair a atenção das pessoas. Tenho certeza de que este elemento está envolvido. Não podemos esquecer que o Espírito Santo afeta a pessoa integral. O homem é corpo, alma e espírito, e eles não podem ser separados. E tudo que afete poderosamente qualquer parte do homem vai acabar afetando todas as outras partes do seu ser. Sabemos como nosso corpo pode afetar a nossa mente. Por outro lado, se algo acontece à sua mente, isso também afeta o seu corpo. Devemos ser muito cautelosos para não violentar a natureza e a constituição da pessoa. O homem reage como um todo. E é tolice esperar que reaja na esfera espiritual sem que nada aconteça ao resto da sua pessoa, à sua alma e ao seu corpo”. 24 Os esforços de Edwards, no sentido de avaliar o Avivamento, não ficaram limitados aos seus tratados preliminares. Depois de ter escrito Uma Fiel Narrativa da Surpreendente Obra de Deus... (1737) e As Marcas Distintivas de uma Obra do Espírito de Deus (1741), apresentando uma abordagem crítica do Avivamento, mais tarde expandida em Alguns Pensamentos Acerca do Presente Reavivamento da Religião na Nova Inglaterra (1742), ele publicou em 1746 o seu Tratado Sobre as Afeições Religiosas.

Um Homem voltado para o Céu

Stephen J. Nichols conta que: “Jonathan Edwards era fortemente atraído pelo Céu. Mas sua ideia não era puramente etérea. Ele não era vítima do escapismo que assola tantos cristãos sinceros. Sua visão da vida, além de tudo, tinha tudo que ver com esta vida. Para Jonathan Edwards, viver entre os dois mundos significava viver a visão do Céu na terra. Essa é a vida realmente boa, a única digna de ser vivida”. 25

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TRANSFORMADOS

PELO AVIVAMENTO

David Brainerd (1718-1747) foi um missionário entre os índios norte-americanos peles-vermelhas em Nova York, Nova Jersey e Pensilvânia. Nasceu em Connecticut. Brainerd influenciou e tem influenciado muitas gerações. Homens como William Carey, Henry Martyn, Robert Murray McCheyne, John Wesley, Jonathan Edwards, Charles Spurgeon, Oswald Smith, Jim Elliot, citando apenas alguns, testemunharam a grande influência da biografia de Brainerd em suas vidas.

Ele foi conhecido, sobretudo, por ser ter sido um grande homem de oração. Philip Yancey diz: “A oração convida Deus a vir para o meu mundo, que é temporal, e me introduz no mundo de Deus, que é eterno”. 26 Creio que as obras temporais de um homem que investe tempo na Presença, é revestido de um toque da eternidade, perpetuando-as. Dr. Russell Shedd conta que David Brainerd descreveu “os índios sentindo dores de consciência tão fortes que ficavam rolando no chão durante horas seguidas, pedindo a misericórdia de Deus, por causa da sua intercessão. Quando receberam a certeza do perdão, o alívio sentido por eles correspondia ao peso da aflição que tinham sofrido pouco antes. O consolo da parte do Senhor foi muito precioso. Esse efeito extraordinário ocorreu em resposta às orações intensas e prolongadas de Brainerd em favor do Avivamento que Deus passou a enviar”. Milhares de índios nasceram de novo.

O Grande Avivamento

Wesley Duewel conta em seu livro Em Chamas para Deus, que: “Durante quase três anos o profundo interesse de Brainerd continuou. Repetidas vezes, em seu Diário , encontram-se registros dos períodos de “luta”, mergulhado na Presença. Ele tinha um lugar na floresta, especialmente separado, para estar a sós com Deus em oração. Ele perseverou, submergindo nas águas profundas da Presença. “Então, repentinamente, o Espírito de Deus veio sobre eles”, relata Duewel. “Os que alguns dias antes estavam vivendo na bebedeira e nos festejos pagãos, participando de ‘danças de guerra selvagens e ruidosas’, foram subitamente tomados por uma convicção profunda de pecado, dada pelo Espírito. De todas as direções os índios surgiam, rodeando a casa e entrando nela, de pé e emudecidos enquanto ele pregava”. 27 Enquanto o fogo do avivamento se espalhava no Nordeste americano com Jonathan Edwards e George Whitefield, o Senhor passou a derramar da Sua glória entre os índios. “Muitos caíram ao chão, em grande angústia de alma, ao orarem para o Jesus de Quem Brainerd lhes falara. Enquanto fazia evangelismo pessoal com alguns deles, o Espírito de Deus veio como um vento impetuoso reminiscente do Dia de Pentecostes. Pessoas de todas as idades choravam e suplicavam a misericórdia de Deus. Em toda a casa e em volta dela, os índios se arrependiam e oravam pela sua salvação. Muitos foram de tal forma tomados por Deus, que não

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podiam andar ou ficar de pé, caindo de joelhos diante Dele. Tribos inteiras começaram a ter fome e sede da salvação”. 28

A Presença e o poder do Espírito Santo

Hernandes Dias Lopes comenta em seu livro Derramamento do Espírito, que David Brainerd pregou aos índios canibais, rudes e endurecidos, embrenhado no coração das selvas, cheio do poder do Espírito. Então, ele “viu as torrentes de Deus descerem sobre aquele solo ressequido; e milhares de almas saíram da garganta do inferno”.29 C. H. Spurgeon escreveu: “É o poder extraordinário de Deus, não o talento, que ganha o dia. É a unção espiritual extraordinária, e não o poder mental extraordinário, que necessitamos. O poder mental pode encher uma capela, mas o poder espiritual enche a igreja com angústia de alma. O poder mental pode reunir uma grande congregação, mas só o poder espiritual pode salvar almas. O que precisamos é de poder espiritual”. E. M. Bounds ensinou que a unção: “É um dom condicional, e a sua presença é perpetuada e aumentada pelo mesmo processo pelo qual foi primeiramente assegurada; pela oração incessante a Deus, pelos anseios apaixonados por Deus, calculando-a, buscando-a com ardor incansável, considerando tudo perda e fracasso sem ela”. Ele acrescentou: “Oração, muita oração, é o preço... oração, muita oração, é a única condição para manter esta unção. Se não orarmos incessantemente, a unção não virá”. Charles Finney disse: “Quero repetir, com grande ênfase, que a diferença na eficiência dos ministros não consiste tanto na diferença das realizações intelectuais quanto na medida do Espírito que possuem... Até que saiba o que é ser ‘cheio com o Espírito’, receber o poder do alto, ele não é de forma alguma qualificado para ser líder da Igreja de Deus. Mil vezes mais ênfase deve ser dada a esta parte da preparação para o ministério do que tem sido dada até agora.” Oswald J. Smith conclui dizendo: “Tenho plena certeza de que o homem que não passa horas sozinho com Deus jamais conhecerá a unção do Espírito Santo. O mundo deve ficar de fora até que Deus encha a visão... Deus prometeu responder à oração. Não se trata de Ele não estar disposto, pois o fato é que Ele está mais disposto a dar do que nós a receber. Mas o problema é que não estamos prontos...”

Mergulhado no sobrenatural

Deus agiu sobrenaturalmente para que Brainerd alcançasse a tribo selvagem do Delaware. Houve um milagre de Deus que preservou a sua vida. Ele era reverenciado, entre os índios, como um “profeta de Deus”. Em sua primeira viagem a essa tribo, Brainerd acampou nos arredores da aldeia, e planejou entrar na comunidade indígena na manhã seguinte para pregar o Evangelho de Cristo. Cada movimento dele estava sendo observado por guerreiros que tinham sido enviados para matá-lo. F.W. Boreham registrou o incidente: “Mas, quando os guerreiros se aproximaram da tenda de Brainerd, viram o cara-pálida sobre os joelhos. E enquanto orava, de repente, uma cascavel deslizou para o seu lado, levantou a sua feia cabeça chata, sacudiu sua língua bifurcada quase em seu rosto, e em seguida, sem qualquer razão aparente, deslizou-se rapidamente para o matagal. “O Grande Espírito é com o cara-pálida!”, os índios disseram. E assim eles reconheceram como benvinda a chegada de um profeta. Esse incidente no ministério de Brainerd ilustra mais do que as

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muitas intervenções divinas de Deus em sua vida, que também demonstra a importância e intensidade da oração na vida de Brainerd.

Desconectando-se do mundo para ligar-se à Presença

Pelos registros do seu Diário , Brainerd sempre buscava um lugar isolado para orar. 30 Florestas e campos eram os seus lugares preferidos. Nestes locais ele se prostrava, andava de um lado para o outro, clamava em suas maiores angústias e suas roupas ficavam encharcadas de suor. Eram horas intermináveis na Presença. Às vezes começava pela manhã e só terminava à noite. Além da oração, o jejum era algo muito frequente em sua vida.

Henri Nouwen declarou que desconectar-se e “dizer não para os poderes do mundo com seu ativismo, requer uma enorme quantidade de energia. A única esperança que temos é encontrar algo tão obviamente real e atrativo ao qual eu possa dedicar todas as minhas energias e dizer sim. Desta forma, eu não tenho tempo para dar atenção às minhas distrações. Uma das coisas para as quais eu posso dizer sim é quando entro em contato com o fato de que sou amado. Uma vez que percebo que, mesmo estando totalmente quebrantado, ainda assim sou amado, torno-me livre da compulsão de fazer coisas para obter sucesso”. Para desconectar-se é preciso, então, ter algo para se estar ligado com a força da paixão.

A paixão pela Presença quebra a conexão terrena. Brainerd era apaixonado pela Presença. A paixão pelo Senhor lhe desconecta do mundo. Se você não focalizar o coração em estar com o Senhor, não conseguirá mergulhar. As urgências do dia a dia agem como um imã que nos puxam para as atividades terrenas, que desfocalizam o sentido do Céu. Elas tentam nos absorver por completo. Se você não se desconectar, o tempo na Presença parecerá pesado, lento. Soará como um deslocamento. E você terá a sensação de inutilidade, diante de tantas outras atividades que aparentemente parecem ser importantes no uso do tempo. Se isso ocorrer, orar passará a ser uma obrigação, um ato religioso, e deixará de ser um relacionamento.

Envolvido pela Presença

Brainerd estava prestes a estabelecer um lar entre os índios convertidos ou voltar e aceitar o pastorado de uma igreja que o convidava. Contudo, reconhecia que não podia viver, por causa de uma enfermidade que lhe daria pouco tempo de vida, não mais que um ou dois anos. Então, ele resolveu “arder até o fim”. Em um dos trechos de seu Diário, ele lamenta ter que perder tempo dormindo, pois ele preferiria estar na Presença do Senhor. Segue abaixo trechos que comprovam essa prática:

“Quarta-feira, 21 de abril ...e Deus me permitiu novamente lutar para números de almas, e teve muito fervor no dever doce de intercessão ...

Dia do Senhor, 25 de abril. Esta manhã eu passei cerca de duas horas em funções secretas e fui habilitado mais do que ordinariamente a agonizar pelas almas imortais. Apesar de ter sido no início da manhã e o sol brilhar pouco em tudo, mas meu corpo estava completamente molhado de suor ...

Sábado, 15 dezembro. Passando muito tempo em oração no bosque, parecia elevado acima das coisas deste mundo ... Segunda-feira, 14 de março ... de manhã foi quase continuamente em oração

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espontânea ... Quinta-feira, 4 de agosto. Fui habilitado a orar muito, durante o dia inteiro ... Quinta-feira, 3 de novembro. Passando este dia em jejum secreto e oração, de manhã à noite...”. 31

Um Lugar secreto para a Presença

Brainerd declara em seu Diário: “No mês de agosto, retirei-me cedo, de manhã, para a floresta, e foi-me concedido fervor em rogar pelo avanço do reino de Cristo no mundo. Ao meio-dia, ainda combatia em oração a Deus, e sentia o poder do divino amor na intercessão”. “Passei o dia em jejum e oração, implorando que Deus me preparasse para o ministério, e me concedesse auxílio divino e direção, e que Ele me enviasse para a seara no dia que Ele designasse. Pela manhã, senti poder na intercessão pelas almas imortais e pelo progresso do reino do querido Senhor e Salvador no mundo… À tarde, Deus estava comigo de verdade. Quão bendita a Sua companhia! Ele me concedeu agonizar em oração até ficar com a roupa encharcada de suor, apesar de eu me achar na sombra, e de soprar um vento fresco. Sentia a minha alma grandemente extenuada pela condição do mundo: esforçava-me para arrebatar multidões de almas. Sentia-me mais dilatado pelos pecadores do que pelos filhos de Deus, contudo, anelava gastar a minha vida clamando por ambos.” 32

Um Tempo especial para a Presença

Brainerd diz: “Cerca de nove horas, saí para orar na mata.(...) Assim, passei a tarde orando incessantemente, pedindo o auxílio divino para que eu não confiasse em mim mesmo. O que experimentei, enquanto orava, foi maravilhoso. Parecia-me que não havia nada de importância em mim, a não ser santidade de coração e vida, e o anelo pela conversão dos pagãos a Deus. Desapareceram todos os cuidados, receios e anelos; todos juntos pareciam-me de menor importância que o sopro do vento (...). De fato, não me importava onde ou como morava, nem da fadiga que tinha de suportar, se pudesse ganhar almas para Cristo. Continuei assim toda a tarde e toda a noite”. 33

Os Frutos da Presença

Brainerd declara: “Eu já batizei, ao todo, quarenta e sete índios, vinte e três adultos e vinte e quatro crianças ... Através da rica graça, nenhum deles ainda foram deixados para a desgraça, por sua profissão de cristianismo por qualquer comportamento escandaloso ou descrente, 20 de novembro de 1743”. “Dia do Senhor, 29 de dezembro (...) depois que culto público acabou, eu fui para a minha casa, propondo a pregar novamente após um curto período de intervalo. Mas logo veio um após o outro, com lágrimas nos olhos, a saber, ‘o que deve fazer para ser salvo’(...). Foi uma temporada incrível de poder entre eles, e parecia como se Deus tivesse ‘baixado os céus e descido’ (...) e que Deus estava prestes a converter o mundo inteiro”. 34

A Vida e Diário de David Brainerd, escrita por Jonathan Edwards deveriam ser lidos pelo povo de Deus. Brainerd morreu em 1747, aos 29 anos de idade, na casa de Jonathan Edwards.

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O DISCIPULADO EM

TEMPOS DE AVIVAMENTO

John Piper faz algumas perguntas sobre a influência da vida de David Brainerd: “Por que a vida de Brainerd causou o impacto que causou? Uma razão óbvia é que Jonathan Edwards tomou os Diários e os publicou em 1749. Mas por que este livro nunca esteve fora de catálogo? Por que John Wesley disse: “Que cada pregador leia cuidadosamente a Vida de Brainerd”? Por que foi escrito por Henry Martyn que “lendo a vida de David Brainerd, sua alma se encheu de uma emulação santa desse homem extraordinário, e depois de uma profunda reflexão e oração fervorosa, ele estava com uma firme resolução de imitar seu exemplo”?.”35 Por que William Carey considerou a Vida de Brainerd de Edwards um texto tão fundamental para a obra de Deus? Piper segue perguntando, “Por que Robert Morrison e Robert M’Cheyne da Escócia; e John Mills da América; e Frederick Schwartz da Alemanha; e David Livingston da Inglaterra; e Andrew Murray da África do Sul; e Jim Elliot da América moderna olham para Brainerd com uma espécie de reverencia e tiraram poder dele como eles e muitos outros fizeram?” Creio que a resposta está na influência que o discipulador de David Brainerd teve sobre ele.

O valor do discipulador

Desde o início, David Brainerd foi influenciado por Jonathan Edwards. O discurso de formatura em 1741 proferido por Edwards denominado “As Marcas Distintivas De Uma Obra Do Espírito De Deus”, impactou-o profundamente. A partir de então, enquanto Brainerd se preparava para o campo missionário, Edwards passou a discipulá-lo. O relacionamento entre os dois foi tão precioso, que Brainerd passou a morar com Edwards. Durante o Avivamento, que se alastrou com a presença de George Whitefield na América, Brainerd foi guiado por Edwards às brasas do altar. Ele conviveu diante dos seus olhos com um poderoso exemplo de piedade e paixão pela Presença. O lar de um discipulador é o casulo para gerar discípulos frutíferos. A casa de Edwards foi o lugar onde o coração de Brainerd apegou-se a oração intercessória. A força do exemplo que o discipulador tem sobre a vida de um discípulo pode mudar completamente sua cosmovisão, paradigmas e crenças. Um discipulador mergulhado na Presença levará seus discípulos a se tornarem mergulhadores radicais.

O fogo que ardia no coração de Edwards passou a queimar no coração de Brainerd. A tocha do avivamento passou deste discipulador extraordinário para o seu discipulo sedento, e ampliou ainda mais o território de alcance onde as labaredas divinas provocaram um grande incêndio, atingindo nações inteiras de índios, transformando-as completamente. O discipulado é a chave para conquista territorial. Ele expande redes de influência do Reino com vidas marcadas pelo Céu. O discipulado é

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o projeto de Deus para alcançar povos, tribos e nações. Sem o discipulado as novas gerações perecem (Mt 28:19, 20).

Ao fazer um discípulo apaixonado pela Presença, Edwards não só alcançou nações, mas influenciou diversas lideranças que nasceram além do seu tempo. O discipulador é o escultor, e o discípulo é a obra de arte, que permanece além do seu tempo. Quando perguntaram a Michelangelo, o grande artista italiano, como ele conseguia fazer esculturas tão lindas, ele disse: “Quando eu olho para um bloco de mármore, eu enxergo ali um anjo, um rei, uma princesa. Talvez, outra pessoa que passe, enxergue apenas a pedra bruta, mas eu consigo ver a imagem que se esconde dentro dela.” Então, continua ele, “o que eu faço é estender a mão ao martelo e ao cinzel até tirar a imagem para fora da pedra”. Larry Crabb conta em seu livro Em Nome do Pai que precisamos olhar para dentro da pessoa e ver aquilo em que ela irá se tornar em Cristo. Edwards conseguiu ver num jovem frágil, doente, um dos maiores missionários de todos os tempos. É a visão do discipulador que forma a cosmovisão do discípulo. O discipulador vê sob a perspectiva do futuro. O tempo presente é o ateliê do discipulado, a vida do discípulo é a matéria-prima, e o relacionamento que ele tem com o discípulo é a ferramenta da sua obra. Em 1501, quando se encontrava em Florença, Michelangelo esculpiu o Davi de mármore, retirado de uma pedra bruta. Esta obra extraordinária, com mais de quatro metros de altura, foi instalada em 1504, sob aclamações, do lado de fora do Palazzo della Signoria, sede do governo. Em 1503, pediram-lhe para esculpir 12 Apóstolos de mármore, em tamanho maior que o natural, para a Catedral de Roma. E, em 1513, Michelangelo esculpiu Moisés. Ele retirou da pedra bruta a escultura de grandes líderes, segundo o coração de Deus. Esta é a obra do discipulador.

David Brainerd tornou-se noivo da filha de Jonathan Edwards, Jerusa Edwards. Edwards cuidou de Brainerd como um pai cuida de um filho. Ele foi um grande discipulador. Brainerd morreu de tuberculose na casa de Jonathan Edwards com a idade de 29 anos, em 9 de outubro de 1747.

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Notas bibliográficas

1. J. White.

2. Steven Lawson declara em seu livro As Firmes Resoluções de Jonathan Edwards.

3. Idem.

4. LLOYD-JONES, Martyn. Avivamento.

5. EDWARDS, Jonathan. Diário.

6. Idem.

7. WAGNER, Peter. Igrejas que oram.

8. EDWARDS, Jonathan. A Busca do Avivamento.

9. FOSTER, Richard. Celebração da disciplina.

10. Irmão André. Deus pode mudar de ideia?

11. Wagner, Peter, op. cit.

12. Idem.

13. JONES, op. cit.

14. EDWARDS, Jonathan. Tratado Sobre as Afeições Religiosas.

15. Idem.

16. JONES, op. cit.

17. Idem.

18. DALLIMORE, Arnold. George Whitefield: Evangelista do Avivamento do Século 18.

19. EDWARDS, op cit.

20. Ibid.

21. Ibid.

22. Idem.

23. JONES, op. cit.

24. Ibid.

25. DALLIMORE, op. cit.

26. YANCEY, Philip. Oração.

27. DUEWELL, Wesley. Em Chamas para Deus.

28. Ibid.

29. LOPES, Hernandes Dias. Derramamento do Espírito.

30. EDWARDS, Jonathas. A vida e o diário de David Brainerd.

31. Ibid.

32. Ibid.

33. Ibid.

34. Ibid.

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