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ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA EMESCAM JESSYCA BARRETO MELO DE JESUS LETÍCIA KELLY FREITAS LIMA ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE À APLICABILIDADE DO PARTO HUMANIZADO VITÓRIA 2018

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ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA – EMESCAM

JESSYCA BARRETO MELO DE JESUS

LETÍCIA KELLY FREITAS LIMA

ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE À APLICABILIDADE DO PARTO HUMANIZADO

VITÓRIA

2018

JESSYCA BARRETO MELO DE JESUS

LETÍCIA KELLY FREITAS LIMA

ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE À APLICABILIDADE DO PARTO HUMANIZADO

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Escola superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória, como requisito parcial para obtenção do título em Bacharel em Enfermagem. Orientadora: Dra. Italla Maria Pinheiro Bezerra

VITÓRIA

2018

JESSYCA BARRETO MELO DE JESUS

LETÍCIA KELLY FREITAS LIMA

ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE À APLICABILIDADE DO PARTO HUMANIZADO

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Vitória como requisito parcial para obtenção do grau de bacharel em Enfermagem.

Aprovada em de de .

BANCA EXAMINADORA

________________________________

Prof. (a) Dra. Italla Maria Pinheiro Bezerra

Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória – EMESCAM.

Orientadora.

Prof. (a) Dra. Maria Carlota de Rezende Coelho

Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória – EMESCAM.

Prof. (a) Msc. Sara Maestri

Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória – EMESCAM.

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradecemos à Deus por ter nos sustentado durante toda a graduação. Aos nossos pais pela paciência e a dedicação conosco, sendo nossos maiores incentivadores ao longo de nossa caminhada. A nossa orientadora, por toda a disponibilidade e conhecimento ofertados durante toda a pesquisa.

RESUMO A humanização do parto tem como princípio a autonomia e o direito de escolha de como e aonde a mulher quer parir, trazendo consigo uma série de benefícios como: diminuição do tempo de trabalho de parto, alívio da dor, fortalecimento do vínculo mãe e filho e diminuição do índice de mortalidade neonatal. Contudo, há uma série de fatores que interferem a aplicabilidade da humanização do parto no ambiente hospitalar. Objetivo: Analisar a atuação da equipe de enfermagem na implementação do parto humanizado. Método: Trata-se de uma pesquisa descritiva de abordagem qualitativa, que foi realizada na Pró-Matre Maternidade e apresenta como participantes a equipe de enfermagem. Para a coleta de dados foi utilizado a entrevista semiestruturada e para a organização a técnica de análise de conteúdo. Resultados: Evidenciou-se que a mulher tem direto de escolha de parto, e que há oferta a mulher de métodos não farmacológicos para alívio da dor, desmistificando o parto doloroso e os benefícios tanto para a mãe quanto para o bebê, possibilitando o contato da mãe com o bebê logo após o parto. Contudo, a falta de preparação da mulher durante o pré-natal e a falta de treinamentos por parte da equipe, além de informações contraditórias por parte dos profissionais dificulta a implementação. Como facilitador apontou-se a instituição com um alto índice de partos de baixo risco seguido de uma abertura da instituição para a implementação. Conclusão: Com base nas categorias definidas e analisadas, evidenciou-se que na maternidade em questão, a humanização do parto está sendo implementada de forma progressiva, embora os enfermeiros obstetras possuem outras funções, o que afeta diretamente na assistência ao trabalho de parto e parto. Notou-se também que a educação continuada ainda é necessária, visto que os técnicos de enfermagem não possuem conhecimento suficiente a respeito da humanização, o que pode implicar uma assistência de qualidade, além da falta de interdisciplinaridade na assistência a gestante.

Palavras-Chave: Parto humanizado. Aplicabilidade.Enfermagem.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 6

2 OBJETIVOS ............................................................................................................................. 9

2.1 OBJETIVO GERAL .............................................................................................................. 9

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................................................. 9

3 TIPO DE ESTUDO ................................................................................................................ 10

3.1 LOCAL DE ESTUDO ......................................................................................................... 10

3.2 PARTICIPANTES DO ESTUDO ...................................................................................... 10

3.3 INSTRUMENTOS DE COLETA ....................................................................................... 11

3.4 ORGANIZAÇÃO DOS DADOS ........................................................................................ 11

3.5 ASPECTOS ÉTICOS ......................................................................................................... 12

4 RESULTADOS ...................................................................................................................... 13

5 DISCUSSÃO .......................................................................................................................... 15

6 CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 21

7 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 22

Apêndice I: Entrevista semiestruturada aos profissionais de enfermagem (enfermeiro e

técnicos). .................................................................................................................................... 25

Apêndice II ............................................................................................................................... 26

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1 INTRODUÇÃO

A assistência ao parto teve seu início com as parteiras, que além de

acompanharem essas mulheres, forneciam um ambiente favorável, pois nessa

época existiam vários tipos de rituais para alívio das dores causadas pelas fortes

contrações. Porém com o passar do tempo, o parto foi desenvolvendo cada vez

mais, características diferentes, onde as parteiras foram perdendo esse espaço

para o médico cirurgião. (MATEI et al., 2003)

Após a segunda guerra mundial, avaliou-se a necessidade de institucionalização

do parto, devido a altos índices de morte materna e infantil, passando de

domiciliar a hospitalar. Como consequência disso, a medicalização foi

instaurada. Com essas transfigurações os familiares perdem espaço no

processo do nascimento, até porque a estrutura hospitalar não tem o suporte

necessário para acolher a gestante e seus familiares, nesse contexto, as

gestantes passaram a compartilhar salas de pré-parto, sem apoio e nenhuma

privacidade, submetidas a uma cascata de procedimentos. É imprescindível

promover a liberdade de escolha baseada no conhecimento das alternativas

sobre o parto. (BRUGGERMANN et al., 2005).

Com as práticas cirúrgicas em evidência, o parto natural começou a ser

desvalorizado. E a falta de informação das pacientes, fez com que o processo

de humanização se tornasse cada vez mais distante da realidade. Entretanto,

essa realidade veio a ser discutida, considerando a necessidade de

implementação da humanização do parto e nascimento. (MARQUE, DIAS,

AZEVEDO, 2006)

De acordo com o Ministério da Saúde (2006), o modelo obstétrico até meados

de 2006 no Brasil, tinha o parto como um processo patológico e não como

processo fisiológico, o que levou aos altos índices de intervenção sem a devida

necessidade, deixando assim de considerar a individualidade, respeito e

integridade de cada mulher no momento do trabalho parto e parto.

Considerando esses aspectos, a humanização tem como objetivo tornar a

mulher protagonista do seu parto, assegurando-lhe seus direitos de escolha

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quanto ao local, como e com quem quer dar à luz, interferindo diretamente na

mudança de conduta dos profissionais de saúde garantindo uma assistência de

qualidade a gestante. (MATEI et al, 2003).

Para o profissional enfermeiro, a implementação da humanização é uma

incorporação de novas tecnologias de cuidado, de caráter não invasivo, não

farmacológicos, que garantem a proteção perineal e todos os direitos que a OMS

assegura a parturiente. (CAMACHO, PROGIANTI. 2013)

Dentre os profissionais, destaca-se a equipe de enfermagem como importante

no desenvolvimento de ações que possibilitem um parto humanizado. A inserção

da equipe de enfermagem no pré-parto, parto e pós-parto, surgiu com intuito de

implementar a humanização nesses quesitos. Uma assistência qualificada e

direcionada exclusivamente para o processo gravídico puerperal.

A obstetriz ou enfermeira obstétrica representa um importante recurso para prover cuidados de saúde às gestantes, parturientes, puérperas, recém-nascidos e familiares. Ela pode atuar na promoção e preservação da normalidade do processo de nascimento, atendendo as necessidades físicas, emocionais e socioculturais das mulheres. (Dossiê de humanização do parto- RIESCO, 2002, p.11).

Segundo o manual de maternidade segura da Organização Mundial de saúde

(1996), várias intervenções devem ser realizadas pela equipe de enfermagem

no decorrer do período perinatal. Dentre elas estão os cuidados não-

farmacológicos para alívio da dor no trabalho de parto, autonomia da parturiente

em relação a posturas e posições variadas, incentivo à deambulação, técnicas

de respiração ritmada e ofegante, estabelecer um diálogo contínuo com a

parturiente com o objetivo de promover uma distração da dor e favorecer o

relaxamento, banho de chuveiro e/ou de imersão, toque e massagens, além de

materiais que podem ser utilizados para acelerar o trabalho de parto, como a

bola de parto, cavalinho, barras de apoio.

Segundo CASTRO, (2005) mulheres que são partejadas por enfermeiras

obstétricas revelam um índice reduzido de cesáreas e necessitam menos de

intervenções médicas, como: utilização de fórceps, indução do parto, redução do

uso de medicações melhores índices de Apgar. Dessa forma, embora com

implementação de ações voltadas para redução desses índices, ainda é

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necessário melhoria na assistência para de fato acontecer um parto humanizado

que atenda as necessidades das mulheres.

Baseado nessas informações questionou-se como está sendo a implementação

do parto humanizado pela equipe de enfermagem? Assim, tem-se como hipótese

desse estudo que a equipe de enfermagem está implementando o parto

humanizado de acordo com os preceitos do ministério da saúde.

Acredita-se que a conduta dos profissionais de saúde implica diretamente no

processo de implementação da humanização do parto dentro do ambiente

hospitalar. Diante das reflexões acima, acredita-se que o presente estudo possa

contribuir para ampliação e difusão dos conhecimentos, pois ao dar visibilidade

ao processo de trabalho da equipe de enfermagem no parto humanizado, poderá

indicar fatores que propicie a reorientação do serviço e das práticas, com vistas

a garantia de uma assistência que atenda os princípios que fomentam o parto

humanizado e, por vez garanta uma assistência de qualidade à gestante.

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2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Analisar a atuação da equipe de enfermagem na implementação do parto

humanizado.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Descrever a percepção da equipe de enfermagem e das gestantes quanto ao

parto humanizado;

- Identificar as ações realizadas pela equipe de enfermagem durante a

assistência do trabalho de parto e parto;

- Descrever como se dá a interação das gestantes com a equipe de enfermagem;

- Identificar os fatores que dificultam e facilitam a implementação do parto

humanizado.

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3 TIPO DE ESTUDO

Trata-se de uma pesquisa descritiva de abordagem qualitativa, conduzida de

acordo com a guideline internacional para pesquisas qualitativas COREQ

(Critérios consolidados para relato de pesquisa qualitativa), obedecendo aos 32

itens estabelecidos pelo checklist (TONG; SAINSBURY; CRAIG, 2007).

Segundo Dyniewicz (2014), a partir da descrição de experiências humanas é

possível se conhecer as pessoas, e é nessa afirmação que a abordagem

qualitativa se baseia. Esse tipo de abordagem transporta princípios, interesses,

preferências e concepções que orientam o pesquisador.

3.1 LOCAL DE ESTUDO

A pesquisa foi realizada no município de Vitória, capital do estado do Espírito

Santo, Brasil, tendo como cenário a Pro-Matre Maternidade, localizada na

Avenida Vitória,1100, Ilha Monte Bello – Vitória – ES.

3.2 PARTICIPANTES DO ESTUDO

Os participantes desta pesquisa foram enfermeiros e técnicos de enfermagem

que trabalham no pré-parto e sala de parto, que são atuantes diretos no processo

de parir e estão em contato direto com a parturiente. Foram considerados

critérios de inclusão: enfermeiros e técnicos de enfermagem que trabalham há

mais de seis meses na Maternidade.

Assim como puérperas que foram submetidas ao processo de parto por esta

equipe. Possuiu como critério de inclusão: mães maiores de 18 anos que não

tiveram nenhuma intercorrência durante o processo.

Para tanto, foi considerado o processo de saturação de falas para definição do

número de participantes. Esse processo consiste quando o pesquisador, após

analisar as informações coletadas com certo número de participantes, percebe

que novas entrevistas passam a apresentar repetições de conteúdo, trazendo

11

acréscimos pouco significativos para a pesquisa em vista de seus objetivos

(TURATO, 2003).

3.3 INSTRUMENTOS DE COLETA

Para coleta dos dados, foi utilizada a entrevista semiestruturada direcionada aos

profissionais da enfermagem e puérperas, que abordou questões acerca do

parto humanizado.

Segundo Dyniewicz (2014), a entrevista semiestruturada é formada por um

pequeno número de perguntas abertas.

A coleta de dados ocorreu conforme agendamento e disposição dos profissionais

e puérperas, com o consentimento dos mesmos relacionados, levando em

consideração a disponibilidade de cada um, sem que as atividades destes

profissionais sejam prejudicadas e/ou alguma assistência que a puérpera tenha

que dá ao filho seja prejudicado.

As entrevistas foram gravadas e posteriormente transcritas pelos pesquisadores.

3.4 ORGANIZAÇÃO DOS DADOS

As entrevistas após transcritas, foram organizadas seguindo passos da técnica

de análise de conteúdo proposta por Bardin (2009), que dispõe em três etapas

para melhor direcionar a análise, a conhecer:

Pré-análise

Que é a fase de organização propriamente dita. Nela escolhem-se os documentos que serão submetidos a análise, há a formulação das hipóteses e dos objetivos e a elaboração dos indicadores que fundamentem a interpretação final

Exploração do material

Esta fase consiste essencialmente de operações de codificação, desconto ou enumeração, em função de regras previamente formuladas.

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3.5 ASPECTOS ÉTICOS

O projeto desta investigação foi submetido inicialmente ao Hospital Santa Casa

de Misericórdia de Vitória para análise da viabilidade de sua aplicação. Após

aprovado, o projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa, cumprindo

as exigências formais dispostas na Resolução 466/12, do Conselho Nacional de

Saúde/Ministério da Saúde, que dispõe sobre pesquisas envolvendo seres

humanos (BRASIL, 2012).

O projeto de pesquisa foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP)

da Faculdade de Juazeiro do Norte – FJN por meio da plataforma Brasil. Projeto aprovado em 14 de junho de 2017 sob o parecer 2112.566. Esta pesquisa faz

parte do estudo intitulado “Atuação da Equipe de enfermagem frente à

aplicabilidade do parto humanizado” que tem como pesquisadora Maryldes

Lucena, orientanda da Profa. Dra. Italla Maria Pinheiro Bezerra, e que compõe o

mesmo grupo de pesquisa.

Em cada grupo de participantes, foi realizado um primeiro encontro a fim de

esclarecer os objetivos da pesquisa e assim solicitar autorização por escrito

destes, através do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice II)

comprovando a participação e assegurando sua autonomia.

No uso do material coletado para a pesquisa, a identidade dos informantes foi

preservada, para tanto receberam um código numérico e ainda foi garantida a

liberdade de desistir de sua participação no grupo quando desejarem.

Tratamento dos resultado obtidos e interpretação

Nesta fase os resultados brutos são tratados de forma que ao final possuam um significado. Nela, o analista pode propor inferências e adiantar interpretações a propósito dos objetivos previstos, ou que digam respeito a outras descobertas inesperadas.

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4 RESULTADOS

Fizeram parte deste estudo cinco enfermeiras, três técnicas de enfermagem que

trabalham no pré-parto e 14 puérperas que foram assistidas por estes

profissionais. Totalizando 22 entrevistados.

Em relação aos profissionais, estavam na faixa etária entre 25 a 45 anos. O

tempo de experiência profissional na área materno-infantil foi de no mínimo 6

meses há 20 anos.

Assim, como usuárias que estavam na faixa etária entre 18 a 35 anos.

Para organização dos resultados, seguiu-se a técnica de análise de conteúdo

que culminou, seguindo identificação de unidades de registro e contexto para a

de três categorias do estudo, conforme tabela abaixo.

Tabela 1: Unidades de registro, unidades de contexto e categorias analíticas segundo técnica

de Bardin.

Unidades de registro Unidades de contexto Categorias analíticas

Direito de escolha; Redução de intervenções; Empoderamento da mulher.

A mulher ter o direito de escolha, de onde, como e com quer parir. Reduzindo a taxa de intervenções desnecessárias, resgatando a autonomia da mulher.

Definição de parto humanizado;

Métodos não farmacológicos; medo da dor e benefícios; Contato entre mãe e bebê logo após o nascimento.

Ofertar a mulher métodos não farmacológicos para alívio da dor, desmistificando o parto doloroso e os benefícios tanto para a mãe quanto para o bebê. Possibilitando o contato da mãe com o bebê logo após o parto.

Ações adotadas para implementação do parto humanizado;

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Falta de preparação e conhecimento; partos de baixo risco e abertura da instituição; Falta de comunicação entre os profissionais.

A falta de preparação da mulher durante o pré-natal e a falta de treinamentos por parte da equipe, além de informações contraditórias por parte dos profissionais dificulta a implementação. Já como facilitador temos a instituição com um alto índice de partos de baixo risco seguido de uma abertura da instituição para a implementação.

Ações frente ao parto humanizado: o que dificulta e facilita este processo.

Ainda a partir das categorias construídas, foram identificadas as evidências em

cada uma, conforme figura abaixo:

Figura 1: Apresentação das categorias e evidencias do estudo. Bardin, 2009

Assim, a figura 1 evidencia que a mulher tem direto de escolha de parto, e que

há oferta a mulher de métodos não farmacológicos para alívio da dor,

Definição de parto humanizado

Direito de escolha de como e com quem quer parir;

Redução de intervenções, encarando o parto como processo fisiológico;

Empoderar a mulher.

Métodos não farmacológicos para alívio da dor;

Desmistificação do parto doloroso, reforçando os benefícios tanto para a mãe quanto para o bebê;

Contato entre mãe e bebê logo após o nascimento.

Ações adotadas para implementação

do parto humanizado

Falta de preparação durante o pré-natal, acompanhado

do medo da dor;

Falta de conhecimento acerca do que é, e os seus

benefícios e falta de treinamentos para a equipe;

Abertura da instituição para a implementação;

Maioria dos partos são de baixo risco;

Falta de comunicação entre os profissionais.

Ações frente ao parto humanizado: o que dificulta e

facilita este processo.

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desmistificando o parto doloroso e os benefícios tanto para a mãe quanto para o

bebê, possibilitando o contato da mãe com o bebê logo após o parto. Contudo,

a falta de preparação da mulher durante o pré-natal e a falta de treinamentos por

parte da equipe, além de informações contraditórias por parte dos profissionais

dificulta a implementação. Como facilitador apontou-se a instituição com um alto

índice de partos de baixo risco seguido de uma abertura da instituição para a

implementação.

5 DISCUSSÃO

A inserção da humanização do parto na maternidade, garante uma proposta de

mudança nas práticas de atendimento que leve em consideração também os

direitos das mulheres a uma maternidade segura e prazerosa. (Diniz et al, 2002).

Assim, ao se aproximar dos participantes e indagados sobre a definição de

parto humanizado evidenciou-se que é aquele em que a mulher tem o direito

de escolha, de quem, como e aonde quer parir. Um parto onde o número de

intervenções seja mínimo, encarando todo o processo como algo fisiológico.

Destacando o empoderamento feminino.

“PUÉRPERA 1- O parto humanizado pra mim é aquele

parto que respeita a mulher, respeita o tempo da mulher,

o tempo do bebê, que empodera a mulher[...]”

“ENFERMEIRA 1- É aquele parto em que a gente

consegue respeitar a paciente como conjunto, em todos

os seus aspectos, sociais, físicos e o mínimo possível de

intervenção medicamentosa [...]”‘.

Pra mim o parto humanizado seria a paciente ganhar no

leito, como foi hoje, um parto bonito, sem ocitocina, sem

nada. A mãe só nos chamou quando o bebe estava

“aflorando”, foi lindo o parto, e pra mim é isso, tem que ser

um parto sem ter que levar lá para aquela mesa, onde a

paciente fica mais exposta e aqui na cama ela parece

muito mais à vontade pra ter o parto, o parto é muito mais

bonito. ’’ TÉC. ENFERMAGEM 3

“ENFERMEIRA 4- Parto humanizado pra mim seria... Na

verdade é, qualquer parto que aconteça sem intervenção

nenhuma ou mínimas intervenções, é... Desde que

tenha... seja assistido por profissionais e que as

intervenções não atrapalhem no processo fisiológico [...]”.

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Para Duarte (2003), o parto humanizado é aquele com o menor número de

intervenções possíveis para o binômio mãe e bebê, e que as intervenções sejam

utilizadas somente quando houver real indicação, ou quando os seus riscos

forem menores do que o risco de não as utilizar. Um fator que desfavorece a

humanização é que muitos serviços médicos ainda ignoram as recomendações

da Organização Mundial de Saúde (OMS), do Ministério da Saúde (MS) e outros

órgãos regulamentadores do parto humanizado.

Portanto, mesmo que o parto se constitua uma rotina nos hospitais e

maternidades, ressalta-se que cada mulher deve receber um atendimento

diferenciado, uma vez que a visão sobre o que é o parto e a maneira como ele é

vivenciado é única (REIS et al, 2013).

Para Oliveria et al. (2010) e Andrade e Lima (2014), o cuidado e o conforto devem

ser proporcionados contribuído para a singularidade de cada parturiente, pois o

objetivo principal da assistência materna de qualidade é favorecer experiências

positivas para a mulher e sua família, colaborando com a manutenção a sua

saúde física e emocional, prevenindo complicações e respondendo às

emergências.

Nesse contexto, é necessário que os profissionais de Enfermagem, além de

possuir competência técnica, estejam envolvidos com os aspectos psicológicos

e tenham competência na compreensão das mães, oferecendo assim,

necessário suporte emocional à mulher, respeitando sua autonomia, direito de

um acompanhante de escolha e garantia de que serão informadas sobre todos

os procedimentos a que serão submetidas, o que concretiza uma assistência

humanizada (SILVA et al., 2015)

Desta forma, uma discussão profunda e constante a respeito da reformulação do

modelo de assistência ao parto e nascimento se faz necessária para redução do

cunho intervencionista que este processo assumiu. É necessário um debate que

venha a ser baseado em evidências científicas, buscando valorizar as

concepções e as práticas de acompanhamento e aconselhamento no parto e no

nascimento (MAHEIROS et al., 2012).

O valor do cuidado para as mulheres durante a atenção ao parto, deve ser

reconhecido, ao mesmo tempo em que as práticas profissionais na assistência

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obstétrica devem ir ao encontro das necessidades individuais delas, com

respeito e sensibilidade, assim afirmam Andrade e Lima (2014).

Nesse sentido, Pinheiro e Bittar (2013) revelam que segundo o modelo de

atenção humanizada à parturiente, a presença dos profissionais é crucial durante

todo o trabalho de parto, devendo oferecer às mulheres o apoio psicológico e

emocional na parturição, além de técnicas de relaxamento e massagens, música

ou quaisquer outras práticas alternativas que tragam alívio e conforto à gestante.

Entretanto, a percepção de que a promoção de cuidado ao processo de

gravidez/parto/nascimento/amamentação, do movimento de humanização do

parto e a luta pela diminuição das intervenções desnecessárias devem ser

entendidos como processo singular, natural e fisiológico e que requer o

fortalecimento do papel da mulher como protagonista nesse processo

(GONÇALVES et al, 2014)

Acredita-se, pois, que a percepção sobre um determinado assunto influencia na

prática adotada no dia – a –dia, sejam pelos profissionais sejam pelas mulheres,

pois irá indicar o caminho a seguir de forma atender as necessidades reais de

saúde. Contudo, é importante destacar que essa percepção das mulheres deve

ser construída durante assistência de pré-natal, assim como dos profissionais

durante sua formação.

Ao questionar as participantes do estudo sobre as ações adotadas para

implementação do parto humanizado, as entrevistadas afirmaram que as

técnicas para alivio da dor, desmistificação da dor do trabalho de parto e contato

entre mãe e bebê logo após o nascimento, são práticas que inserem a

humanização durante o trabalho de parto e parto.

‘’ENFERMEIRA 3- Usando os meios pra diminuir essa

dor, que é a bola, o banho, o agachamento, a

caminhada...Fazendo com que essa gestante participe

ativamente do trabalho de parto dela, porque o parto é

dela, nós ajudamos, mas o parto é da mulher. Que ela

atue nesse parto mesmo.’’

“PUÉPERA 13- [...]eles ficaram me incentivando a fazer

exercício, na bola, no cavalinho e tomar banho morno. Me

incentivaram muito[...]”

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“ENFERMEIRA 5- Pois é, eu uso várias praticas pra essa

humanização, que seria mais o conforto da paciente,

trazer o conforto das posições, dentro de conversas, de

distrações, massagens que a gente faz, de levar para o

banheiro, num chuveiro quente, por que aqui nós não

temos a banheira, mas tem o chuveiro quente pelo menos

e conversar né[...]”

Segundo Marque et al (2006), o pré natal realizado adequadamente influencia

diretamente nas escolhas da mulher, diminuindo o índice de cesariana

desnecessária, visto que quando a mulher é bem direcionada, ela se torna crítica

e capaz de colocar em prática sua autonomia, podendo assim optar pela melhor

via de parto, definindo o que será melhor para ela e para seu filho, desde que

seja viável para a segurança de ambos.

Em estudo realizado por Davim, Torres e Dantas (2009) foi observado que os

exercícios respiratórios, relaxamento muscular, massagem lombossacral e o

banho de chuveiro, aplicados de forma combinada e/ou independente, são

técnicas eficazes para o conforto e para o alívio da dor durante o trabalho de

parto em sua fase ativa.

Já Andrade e Lima (2012) afirmam que a comunicação entre a equipe, à mulher

e sua família se torna fundamental no favorecimento de uma experiência

positiva, e para manter a saúde física e emocional de ambos, o que implica no

apoio constante da equipe assistencial, e suas angústias e questionamentos,

devendo haver esclarecidos com linguagem clara e acessível e com tom de voz

que traduza calma e serenidade.

No entanto, sabe-se que a humanização engloba muitos outros conceitos, além

de técnicas não farmacológicas de alivio da dor, a humanização abrange

também a preparação da gestante em todos os aspectos (físico, cultural e

emocional) durante o pré-natal, elaboração do plano de parto, respeitando as

escolhas da mulher de onde, como e com quem quer parir, inserindo a família

ativamente no contexto gravídico puerperal, com práticas baseadas em

evidencias cientificas que visem um desfecho favorável e positivo para mãe e

bebê.

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Ainda baseado nos depoimentos foram levantados alguns fatores que

dificultam ou facilitam na implementação da humanização do parto na

instituição. Como pontos negativos, apontaram a falta de preparação durante o

pré-natal, acompanhado do medo da dor; Falta de comunicação entre os

profissionais; Falta de conhecimento acerca do que é, e os seus benefícios e

falta de treinamentos para a equipe. Como pontos positivos, a abertura da

instituição para a implementação e por a maioria dos partos serem de baixo risco.

‘’ ENFERMEIRA 5- O que dificultam são os médicos, eles

não facilitam pra gente estar inseridas né, por que isso ai é

a realidade dos obstetras, por que eles não querem que o

enfermeiro se insira nesse contexto e eles ainda estão se

adaptando a tudo isso, o estado ainda é muito involutivo,

nós ainda não temos o poder do enfermeiro obstetra[...]’’

‘’ PUERPERA 11- [...] um fala uma coisa, e o outro fala

outra, aí a enfermeira falava “você ta passando mal? Deita”,

aí a médica vinha “você ta passando mal? Você tem que

fazer força, levanta!”

‘’ ENFERMEIRA 3- [...] Infelizmente aqui a gente assim,

aqui na maternidade, como eu faço parte de outros setores

também, aí você tem que passar visita, você não tem tanto

tempo de ficar lá’’.

“ENFERMEIRA 1- Então, os fatores eu acredito que sejam totalmente humanos, os recursos humanos. Se eu tenho uma equipe que aceita aquele parto, aquela situação, vai funcionar, agora, se tem um da equipe que fala: ah, pra quê que eu vou ajudar, isso não vai dar certo, esse negocio de humanizado hoje é moda...Que não entende que aquilo é provado cientificamente que ajuda no processo de trabalho de parto e no próprio parto, aí pode dificultar[...]”

“PUÉRPERA 5- Eu achei positivo foi o que eu falei, a

atenção, atenção do começo ao fim, tudo assim, nenhum

momento foram negativos comigo, tudo elas vinham e

falavam calma, eu falava que não iria aguentar, e elas não

saíram de perto de mim eu achei legal isso, porque em

nenhum momento elas saíram de perto de mim[...]”

A prática de uma assistência humanizada durante o trabalho de parto pode

apresentar inúmeras dificuldades, podendo estar relacionadas à necessidade de

profissionais capacitados e sensibilizados para tal; da disponibilidade de

recursos tecnológicos e infraestrutura adequada da instituição (MOTTA et al.,

2016)

20

Com base nisso, Gentile (1997) afirmou que os principais elementos que

desfavorecem a implementação do parto, são: o despreparo das equipes, a

infraestrutura pública inadaptada e o aumento progressivo de cesarianas. E para

assegurar os direitos das mulheres e das crianças estes impasses devem ser

vencidos.

O ministério da Saúde (2014) ainda nos fala que há uma dificuldade para que

gestores e profissionais de saúde assegurem às mulheres e crianças acesso,

equidade e integralidade, os quais devem submeter-se ao modelo de práticas

baseadas em evidência científica e em redes de cuidado, direcionada ao

estabelecimento de vínculos e ao acolhimento.

A maternidade do estudo tem um cenário favorável à humanização do parto,

devido à uma demanda de partos de baixo risco, o que deveria permitir a

assistência efetiva do enfermeiro obstetra e sua equipe, o que beneficiaria a

gestante, salientando que é comprovado cientificamente que mulheres

partejadas por enfermeiros obstetras possuem um índice menor de intervenções

e cesarianas.

21

6 CONCLUSÃO

Com base nas categorias definidas e analisadas, evidenciou-se que na

maternidade em questão, a humanização do parto está sendo implementada de

forma progressiva, embora os enfermeiros obstetras possuem outras funções, o

que afeta diretamente na assistência ao trabalho de parto e parto. Notou-se

também que a educação continuada ainda é necessária, visto que os técnicos

de enfermagem não possuem conhecimento suficiente a respeito da

humanização, o que pode implicar uma assistência de qualidade, além da falta

de interdisciplinaridade na assistência a gestante.

22

7 REFERÊNCIAS

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defendemos e com o qual trabalhamos. Cadernos HumanizaSUS. 2014;

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em: http://pfdc.pgr.mpf.mp.br Acesso em: Março de 2017.

25

Apêndice I: Entrevista semiestruturada aos profissionais de enfermagem

(enfermeiro e técnicos).

1- Para você, o que seria o parto humanizado? 2- Qual a importância do parto humanizado e suas vantagens? 3- Na sua prática diária, a humanização do parto está inserida? De que

forma? 4- No geral, como é a sua relação com a gestante? 5- Por que as pessoas têm medo do parto normal? 6- Descreva uma situação vivenciada por você, em que sua assistência

efetivamente ajudou no trabalho de parto. 7- Quais são os fatores que dificultam e facilitam a implementação do parto

humanizado nesta instituição? 8- Com sua qualificação atinge as demandas para exercer a assistência ao

parto humanizado?

Entrevista semiestruturada aos profissionais de enfermagem (puérpera).

1- O que você entende por parto humanizado? 2- Descreva como foi a assistência prestada pela equipe de enfermagem

aqui na instituição no momento que chegou ao momento do parto. 3- Após o parto, descreva que ações foram desenvolvidas pela equipe. 4- Quais fatores você aponta como positivo na assistência? 5- E como negativos?

26

Apêndice II

FACULDADE DE JUAZEIRO DO NORTE

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA EM SERES HUMANOS

9 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO- TCLE

TÍTULO DA PESQUISA:

ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE À APLICABILIDADE DO

PARTO HUMANIZADO

PESQUISADOR (A) RESPONSÁVEL: MARYLDES LUCENA

Prezado (a) Colaborador (a),

Você esta sendo convidado (a) a participar desta Pesquisa que irá analisar a percepção

dos enfermeiros (as) e usuários sobre as ações de atenção à saúde da mulher.

A PARTICIPAÇÃO NA PESQUISA: A sua participação no desenvolvimento da pesquisa se

dará por meio da técnica de um roteiro de entrevista semiestruturada, na qual será previamente

agendada com data, horário e local de acordo com a sua disponibilidade e preferência, em

27

consonância com a Resolução CNS Nº 466 de 2012, no item III. 1.b e o item IV. 3.b. As

entrevistas serão gravadas com aparelho digital e transcritas na integra.

2. QUANTO AOS RISCOS E DESCONFORTOS: O tipo de procedimento apresenta um

risco mínimo, mas que será reduzido mediante orientações e avisos da total proteção à

confidencialidade, com particular ênfase na garantia do sigilo de informações

confidenciais e sigilosas, obtidas na pesquisa, através do anonimato dos participantes, por

meio da adoção de nomes-fantasia/pseudônimos. Nos casos em que o procedimento

utilizado no estudo traga algum desconforto, os pesquisadores serão responsáveis para

informar ao entrevistado que ele tem o direito de retirar-se da pesquisa a qualquer

momento, não havendo qualquer tipo de constrangimento entre as partes.

E caso o profissional ou puérpera precisem se ausentar por algum motivo, o momento

será respeitado, retornando para continuar a entrevista assim que este estiver disponível.

3. O BENEFÍCIO DESSA PESQUISA: Os benefícios esperados com o estudo são

relacionados a conhecer os fatores que facilitam e dificultam a implementação do parto

humanizado na instituição, bem como o olhar dos profissionais de enfermagem sobre esse

processo, proporcionando a possibilidade de analisar as intervenções necessárias para que

esse evento seja de fato implementado.

Ainda esta pesquisa poderá contribuir para aumentar o interesse dos profissionais sobre

o tema, os levando a buscar qualificação para entendimento especializado nesta área da

assistência.

4. FORMAS DE ASSISTÊNCIA: Caso você precise de alguma orientação por sentir

prejudicado por causa da pesquisa, pode procurar a pesquisadora, cuja informações se

encontram abaixo.

5. CONFIDENCIALIDADE: Todas as informações que você nos fornecer serão utilizadas

somente para esta pesquisa. Suas respostas, dados pessoais, etc. ficarão em segredo e o seu

nome não aparecerá em lugar nenhum dos questionários, fitas gravadas, fichas de avaliação

etc. nem quando os resultados forem apresentados.

6. ESCLARECIMENTOS: Se tiver alguma dúvida a respeito da pesquisa e/ou dos métodos

utilizados na mesma, pode procurar a qualquer momento o pesquisador responsável.

28

Nome do pesquisador responsável: Maryldes Lucena

Endereço: Rua São Francisco 1224, Bairro São Miguel, Juazeiro do Norte - Ceará.

Coordenação de Cursos, Térreo.

Telefone para contato: (88)- 999222104

Horário de atendimento: Manhã e Tarde

Se desejar obter informações sobre os seus direitos e os aspectos éticos envolvidos na

pesquisa poderá consultar o Comitê da Faculdade de Juazeiro do Norte (FJN)

Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos – CEP Faculdade de Juazeiro do

Norte

Rua São Francisco 1224, Bairro São Miguel, Juazeiro do Norte - Ceará. Coordenação

de Cursos, Térreo.

Telefone (88) 21012777.

7. RESSARCIMENTO DAS DESPESAS: Caso o (a) Sr. (a) aceite participar da pesquisa, não

receberá nenhuma compensação financeira.

8. CONCORDÂNCIA NA PARTICIPAÇÃO: Se o (a) Sr. (a) estiver de acordo em

participar deverá preencher e assinar o Termo o Termo de Consentimento Pós-

esclarecido que se segue, e receberá uma cópia deste Termo.

O sujeito de pesquisa ou seu representante legal, quando for o caso, deverá rubricar

todas as folhas do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE – apondo

sua assinatura na última página do referido Termo.

O pesquisador responsável deverá da mesma forma, rubricar todas as folhas do

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE – apondo sua assinatura na

última página do referido Termo.

CONSENTIMENTO PÓS INFORMADO

29

Pelo presente instrumento que atende às exigências legais, o

Sr.(a)__________________________, portador(a) da cédula de

identidade__________________________, declara que, após leitura minuciosa do

TCLE, teve oportunidade de fazer perguntas, esclarecer dúvidas que foram devidamente

explicadas pelos pesquisadores, ciente dos serviços e procedimentos aos quais será

submetido e, não restando quaisquer dúvidas a respeito do lido e explicado, firma seu

CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO em participar voluntariamente desta

pesquisa.

E, por estar de acordo, assina o presente termo.

Vitória ES, _______ de ________________ de _____.

______________________________

Assinatura do participante

______________________________

Ou Representante legal

Impressão dactiloscópica