Órgão Informativo do Capítulo de São Paulo do Colégio Brasileiro de CirurgiõesDepartamento de Cirurgia da Associação Paulista de Medicina

CirúrgicasCirúrgicasCirúrgicasCirúrgicasCirúrgicasnº 34Jul/07

ATUALIDADESATUALIDADESwww.cbcsp.org.br

Arrigo Raia é homenageado pelo Capítulo

Sessão Solene lota

auditório

A Sessão Solene na Capitalpaulista empossou 75 MembrosAspirantes, 30 Membros Adjuntose 28 Membros Titulares noColégio Brasileiro de Cirurgiões.Um Membro foi elevado àcategoria de Associado Jubilado ecinco ao posto de MembroEmérito. O ECBC Dario Birolinifez um discurso crítico a respeitoda situação atual da educaçãomédica no Brasil. (Mais infor-mações na página 4).

No evento também foientregue o Prêmio Daher Cutait,que é outorgado a um jovemcirurgião pelo conjunto das suasatividades científicas e profis-sionais. O vencedor da edição 2007foi o Professor Assistente doDepartamento de Morfologia daFCMSCSP, TCBC José HumbertoT. G. Fregnani, e a MençãoHonrosa foi concedida a TCBCAndré Siqueira Matheus.

Posse e mais um Prêmio

O profes-sor Emérito doDepartamentode Cirurgia daUniversidadede São Paulo,ECBC ArrigoRaia, foi conde-

corado com o Prêmio BeneditoMontenegro na Sessão Solene doCapítulo de São Paulo, em junho, noHotel Holiday Inn Parque Anhembi.

O médico, que chegou a chefiaro Setor de Cirurgia do HC, em SãoPaulo, fez estágio no início dacarreira com o professor BeneditoMontenegro, que “emprestou” onome ao Prêmio concedido peloCapítulo.

Arrigo Raia é natural de Ara-raquara e formado na Faculdade deMedicina da USP. Foi responsávelpor organizar a Disciplina deCirurgia; criou grupos de trabalhopara o estudo de vários órgãos;publicou cerca de 300 trabalhos emrevistas nacionais e estrangeiras econquistou mais de 30 prêmiosoutorgados por sociedades cientí-ficas e congressos médicos.

Ao receber a homenagem dasmãos do Mestre do Capítulo de SãoPaulo, TCBC Paulo Roberto Corsi,Arrigo Raia fez um discursoemocionado. Lembrou dos mo-mentos importantes da vida e da

carreira, desde quando, aos 10 anosde idade, decidiu ser cirurgião.“Sinto-me orgulhoso por ter vi-venciado a evolução da cirurgia dosistema digestivo no Brasil e de tercontribuído para que ela fosse pos-sível”, concluiu.

Paulo Roberto Corsi ressaltouque o Prêmio Benedito Montenegroé outorgado pelo Capítulo a umcirurgião que tenha atuado noEstado de São Paulo e contribuídode maneira inequívoca para o de-senvolvimento da cirurgia brasileira.

Para obter mais informações arespeito da vida e da carreira doprofessor Arrigo Raia é só entrar nosite do Capítulo de São Paulo nolink: http://www.cbcsp.org.br/2957.

Arrigo Raia com Corsi

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EDIT

OR

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EXPEDIENTE

Capítulo São Paulo www.cbcsp.org.brAv. Brigadeiro Luís Antônio, 278 - 6° andarSão Paulo - SP - CEP 01318-901Tel.: (11) 3101-8045, 3101-8792 ou 3188-4245E-mail: contato@cbcsp.org.br ou flavia@cbcsp.org.br

Mestre: TCBC Paulo Roberto CorsiVice-Mestre: TCBC Gaspar de Jesus Lopes Filho1° Secretário: TCBC Paulo Maurício Chagas Bruno2° Secretário: TCBC Cláudio José C. Bresciani1° Tesoureiro: TCBC Sidney Roberto Nadal2° Tesoureiro: TCBC Paulo KassabDefesa Profissional: TCBC Antônio José Gonçalves

Periódico trimestral de divulgação do Capítulo de São Paulo do ColégioBrasileiro de CirurgiõesAno X - nº 34 – Jul. 2007

Organização e Projeto Gráfico: Doc Press (11) 5533-8781Jornalista Responsável: Anadi Luchetti – MTb 34.161Diagramação: Noeme Azevedo – MTb 16.263Impressão: RWCTiragem: 3.000 exemplaresNota: As matérias assinadas são de inteira responsabilidade do autor.

As diretorias das seções especializadas, departamentos, regionais e os nomesdos cirurgiões responsáveis encontram-se no site www.cbcsp.org.br

2

Crescer para melhorrepresentar

O Colégio Brasileiro de Cirurgiões, entidade máxima

dos cirurgiões do nosso país, acaba de finalizar o seu XXVII

congresso nacional, evento extraordinário, tradicional,

incomparável na sua magnitude e nível científico. Todos os

participantes e, em especial, o Capitulo de Minas Gerais

do Colégio estão de parabéns pelo sucesso do evento.

Apesar disto, temos que continuar crescendo. O Capítulo

de São Paulo tem plena consciência disto e está certo de

que o próximo Diretório Nacional do CBC também.

Este crescimento tem que ter algumas diretrizes que

consistem, fundamentalmente, num estímulo a maior

participação de todos os membros, sem exceção. Para isto

há que se interiorizar o CBC em nível nacional. Temos feito

isto em SP. Hoje, temos 15 regionais e já somos o maior

Capítulo do país, com 1697 membros. Temos reuniões

mensais da diretoria executiva; semestrais com efetiva

participação dos Vice-Mestres e Diretores de Seção

Especializada, além da diretoria executiva. Sempre antes

desta reunião, a diretoria executiva solicita o envio de

assuntos para pauta por todos os participantes e solicita

uma avaliação da regional e da seção por parte dos Vice-

Mestres e diretores responsáveis. Isto torna a reunião

extremamente rica e propicia uma participação democrática

de todos. Não temos dúvida que o nosso crescimento e

liderança é fruto da maior abertura com efetiva participação

de todos. O Primeiro Congresso Paulista de Cirurgia foi

um exemplo concreto disto, que englobou a tradicional

Assembléia Cirúrgica de nosso estado e que, mantendo o

caráter tradicional desta assembléia, propiciou o lançamento

de uma marca muito forte – o

Congresso Paulista de Cirurgia

– que contou com participação

de aproximadamente 1500 co-

legas, patrocinadores de peso,

envolvimento de várias socie-

dades de especialidades cirúrgicas e que proporcionaram

uma posição de liderança do Colégio junto a estas entidades-

irmãs além de termos um resultado financeiro excelente

para os cofres do CBC.

Isto tem que ser feito em nível nacional. Temos que

abrir o Colégio cada vez mais. Isto nos tornará represen-

tativos e portanto fortes. Talvez reuniões setoriais, dada a

grandeza territorial do nosso país, sejam uma fórmula para

dar mais representatividade as decisões do nosso Colégio.

Há de haver na diretoria do CBC um efetivo entrosamento

com delegação de determinadas funções que descentralizem

a gerência de nossa instituição, proporcionando decisões

mais abrangentes e que atendam os anseios de todos. O

Colégio tem que liderar todas as sociedades de espe-

cialidades cirúrgicas. Há que se abrir o congresso brasileiro

de cirurgia para eventos destas sociedades. Tudo isto foi

feito em SP e deu certo!!!

Com certeza também dará certo no Brasil! Este é o

desafio para a nova diretoria do CBC. Sucesso ao novo

Diretório Nacional do Colégio!!

Antonio José GonçalvesDiretor de Defesa Profissional do Capítulo de São Paulo

Cirurgião Geral e de Cabeça e Pescoço

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CirúrgicasCirúrgicasCirúrgicasCirúrgicasCirúrgicasATUALIDADESATUALIDADES

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Abscessos Hepáticos PiogênicosAbscessos Hepáticos PiogênicosAbscessos Hepáticos PiogênicosAbscessos Hepáticos PiogênicosAbscessos Hepáticos Piogênicos

Gaspar de Jesus Lopes Filho

Gaspar de Jesus Lopes

Filho é o Vice-Mestre do

Capítulo de São Paulo do CBC

NOTA: A continuação desse artigo

está no site www.cbcsp.org.br.

1 INTRODUÇÃO

A abordagem dos doentes porta-

dores de abscessos hepáticos piogê-

nicos (AHP) vem sofrendo mu-

danças nas últimas décadas, em

decorrência principalmente da evo-

lução tecnológica dos recursos dia-

gnósticos e terapêuticos dispo-

níveis. Desde que OCHSNER etal., em 1938, preconizaram a dre-nagem cirúrgica obrigatória paratodos os pacientes com AHP, osresultados obtidos tornaram estavia preferencial para a quase tota-lidade dos autores até a metade dadécada de 70. Com o surgimentoda ultra-sonografia (US) e depois datomografia computadorizada (CT)foram desenvolvidas técnicas deaspiração e drenagem percutâneasdirigidas por esses métodos de

imagem e, a partir de 1980, osresultados obtidos com essas técni-cas fizeram com que a maioria dos

serviços passassem a adotá-las

como os métodos preferenciais parao tratamento inicial dos AHP.Contribuiu certamente para esta

mudança de abordagem o enorme

avanço no conhecimento da bacte-riologia desses abscessos, assim co-mo o advento de novos agentes

antimicrobianos, que permitiu am-

pliar o espectro de atuação dessesagentes, bem como utilizá-los commais segurança e por tempo mais

prolongado. Com isso, a drenagem

cirúrgica passou a ficar restrita aoscasos de falha da aspiração/drena-

gem percutâneas ou impossibilidade

de acesso aos abscessos, abscessos

múltiplos, abscessos rotos ou quan-

do houver grave comprometimento

do estado geral do paciente por sepse.

2 ETIOPATOGENIA

Os fatores etiopatogênicos mais

freqüentemente envolvidos com os

AHP estão apresentados no Quadro.

3 DIAGNÓSTICO

Os AHP apresentam freqüen-temente evolução subaguda e odiagnóstico clínico é dificultado

pelo fato de que tanto os sintomase sinais quanto as alterações labo-ratoriais costumam apresentarem-

se inespecíficos para esta doença.

A maioria dos pacientes se apre-senta com menos de 3 semanasentre o início da infecção e o desen-

volvimento dos abscessos, mas há

casos com evolução de até 1 ano.As queixas mais comuns são febre,dor, calafrios, sudorese e icterícia.

Outros sintomas que podem

também ser referidos são anorexia,emagrecimento, vômitos, diarréia,astenia, constipação, desorientação,

etc. Os achados mais comuns no

exame físico são a febre, a icterícia,a dor à percussão do hipocôndrio

direito e a hepatomegalia dolorosa.

Entre as alterações laboratoriais

mais freqüentes estão a leucocitose

variável, anemia, hipoalbumine-

mia, elevação das aminotrans-

ferases e a bacteremia, que está

presente em mais de 50% dos casos

em que a hemocultura é realizada.

Entre os exames de imagem, a

ultra-sonografia (US) apresenta

acurácia diagnóstica de 80 a 90%,

além de poder fornecer informa-ções a respeito da etiologia dosAHP em muitos casos. Pela suadisponibilidade, custo e exe-quibilidade deve ser considerada o

exame inicial de eleição na suspeitaclinica de AHP. A tomografiacomputadorizada (CT) é um

importante e valioso método

diagnóstico para a detecção delesões que ocupam espaço nofígado, apresentando acurácia

superior à da US, em torno de 90 a

95%. Quando disponível, devetambém ser utilizada para a abor-dagem desses doentes.

Patogênese Localização Etiologia Bacteriologia

Portal Lobo D > E Infecção abdominal Polimicrobiana

Biliar Múltiplos Colangite/obstrução E. coli

Arterial Qualquer lobo Infecção sistêmica S.aureus

Criptogenética Lobo D > E Desconhecida B. fragilis

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ATUALIDADES

AG

END

A

4

Curso Continuado de Cirurgia Geral

Datas: um sábado por mês

Informações: (11) 3101-8045

Nota: desconto para membros do CBC

XXIV Curso Anual de Cirurgia de

Urgência

Datas: um sábado por mês

Informações: (11) 3101-8045

Nota: desconto para membros do CBC

XIV Curso Continuado Teórico Prático

de Videocirurgia em Araçatuba/SP

Datas: 25 a 28/07/2007

Informações: (18) 3622-3772

VIII Curso Continuado de

Videocirurgia de Esôfago e Vesícula

em Botucatu/SP

Datas: 29 a 31/08/2007

Informações: (14) 3815-3205

Jornada de Cirurgia Plástica de

Campos do Jordão/SP

Datas: 21 a 16/09/2007

Informações: (11) 3825 9685

ACONTECEU:

I Jornada da Regional Noroeste em

Fernandopólis/SP

Datas: 23/06/2007

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Birolini e aeducaçãomédica

O discurso do ci-rurgião Dario Birolinifoi marcado por críticascontundentes ao sis-tema atual de educaçãomédica. Birolini lem-brou que, hoje noBrasil, existem mais de150 escolas de Medi-cina colocando nomercado cerca de 10mil profissionais por ano. “Faltam hospitais-escola e, comoconseqüência, a maioria dos médicos termina o curso sem aformação ideal”, denunciou. Para o ECBC, a residência apesarde ser fundamental, é feita por apenas metade dos alunos. “Aqualidade profissional vem caindo”, sentenciou. O cirurgiãodisse aos colegas que, hoje em dia, não há tempo para estudar eaprimorar os conhecimentos, mas concluiu: “está nas nossas mãosmudar essa realidade e manter a qualidade da medicina”.

Médicos

comemoram

a CBHPM

Na Sessão Solene, os dirigentes de entidades médicas discursaram

e comemoraram a aprovação pelo Congresso Nacional do projeto de

lei que institui o rol de procedimentos baseado na CBHPM –

Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos.

O presidente do Sindicato dos Médicos/SP, Cid Carvalhaes, disse

que tinha muito o que comemorar com a medida. Já o presidente da

APM, ACBC Jorge Carlos Curi, afirmou que a aprovação da CBHPM

mostra de que forma um trabalho coeso dá resultados efetivos. O

presidente da AMB, José Luis do Amaral, também abordou a

importância da CBHPM em seu discurso. “A Classificação foi

elaborada por 50 especialidades médicas e foi amplamente defendida

pela Agência Nacional de Saúde Complementar”.

O Mestre do Capítulo de São Paulo, Paulo Roberto Corsi, leu o fax enviado por Geraldo Alckmin. O ex-

governador receberia o título de Membro Honorário do CBC, mas o mau tempo impediu que o avião dele

decolasse de Boston na véspera.

Amaral elogia a CBHPM

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