Auditoria de obras Rodoviárias

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Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios) Aula 00 - Aula Demonstrativa Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha www.pontodosconcursos.com.br | Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha Aula 00 AUDITORIA DE OBRAS RODOVIÁRIAS TCE-SC (Teoria e Exercícios) Especificação e execução de serviços: terraplenagem: (cortes, aterros, bota-foras, etc.). Controle e execução. Professores: Fabrício Mareco e Gustavo Rocha

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AUDITORIA DE OBRAS RODOVIÁRIAS TCE-SC (Teoria e Exercícios)

� Especificação e execução de serviços: terraplenagem: (cortes, aterros, bota-foras, etc.). Controle e execução.

Professores: Fabrício Mareco e Gustavo Rocha

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Olá pessoal! Saiu o edital do concurso para Auditor Fiscal de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina! No total serão 10 vagas (9 para ampla concorrência e 1 para candidatos com deficiência) para o cargo de Auditor Fiscal de Controle Externo – Especialidade: Engenharia Civil, sendo que os 30 melhores classificados na prova objetiva serão convocados para avaliação de títulos. O salário é excelente, cerca R$ 11.607,42 iniciais! Portanto, vale muito a pena! Estamos muito satisfeitos em dar nossa contribuição nessa sua caminhada rumo à sua aprovação neste concurso. Então, convidamos vocês a participarem deste novo curso de Auditoria de Obras Rodoviárias para TCE/SC (Teoria e Exercícios). A prova está prevista para o dia 3/4/2015. O nosso objetivo é que terminemos o curso até 14/3/2016. Com isso, terão tempo de estudar todo o conteúdo e ainda ter tempo para dar uma boa revisada em toda a matéria até a data da prova.

Esse curso cobrirá todo o conteúdo programático da disciplina de Obras Rodoviárias exigido no Edital do TCE-SC. E nele nós procuramos apresentar cada assunto da maneira mais didática possível, de maneira que o entendimento mesmo que abrangente, seja assimilado de forma tranquila pelo aluno. A abordagem dos assuntos nas aulas será feita com a profundidade necessária para a resolução das questões de provas anteriores. Não se pretende aqui esgotar os temas ou extrapolar a abrangência exigida pela Banca. Assim, o objetivo do curso será o de melhorar o custo-benefício do seu estudo, no limite suficiente à resolução das questões de prova.

Procuramos no nosso curso filtrar para vocês o que achamos de mais importante sobre essa disciplina, especialmente os conceitos mais relevantes de cada tópico.

Acreditamos que com o conteúdo desse curso, vocês terão um material contendo os temas mais relevantes e com maior probabilidade de cobrança na prova.

Aula

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E é com esta finalidade que vamos apresentar um material que aborde o conteúdo da disciplina diretamente ao ponto principal de cada assunto, evidenciando os principais temas cobrados em provas de concursos. Este curso será ministrado por dois professores que têm experiência diretamente nesta área: Auditorias de Obras Rodoviárias. Bem, vamos às apresentações: Meu nome é Fabrício Helder Mareco Magalhães, graduado em engenharia civil pela Universidade Federal do Ceará - UFC e Mestre engenharia generalista pela École Centrale de Lyon na França. Durante a faculdade, realizei vários estágios na área de obras rodoviárias, razão pela qual escolhi em ser lotado na extinta Secretaria de Obras Rodoviárias - Secobrodov, hoje SeinfraRodovias, quando entrei no Tribunal de Contas da União – TCU em 2012. Trabalhei por três anos nesse setor, fiscalizando e instruído processos relacionados com obras públicas rodoviárias, tendo tido a oportunidade de ter exercido o cargo de Assessor-Substituto nessa Secretaria. Ademais, ao longo desses três anos, realizei vários cursos pelo TCU voltados para a área rodoviária. Atualmente, embora lotado na Secretaria de Controle Externo do Estado do Ceará – Secex/CE continuo fiscalizando e realizando trabalhos na área rodoviária. Com intuito de me qualificar e agregar mais conhecimento aos meus cursos, comecei uma especialização na área de Gestão, Licenciamento e Auditoria Ambiental, tema, como veremos, intrinsecamente relacionado a projetos e execução de obras rodoviárias. Eu sou o Gustavo Baptista Lins Rocha, graduado pela Universidade Federal de Goiás com pós-graduação em Construção Civil pela Escola de Administração de São Paulo da Fundação Getulio Vargas – FGV/EASP. Trabalhei durante muitos anos na iniciativa privada e durante esse período tive oportunidade de acompanhar diversos tipos de obras de engenharia (edificações, pontes, saneamento etc.), mas, sobretudo, executei diversas obras rodoviárias. Após esse período na iniciativa privada, no início de 2010 resolvi dar um novo rumo à minha vida, prestando concursos públicos. No final deste mesmo ano fui aprovado em 1º lugar para o concurso do Inmetro. Em 2011, fiz o concurso para Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União – TCU na área de obras, sendo aprovado em 4º lugar nesse certame. Esse é o cargo que ocupo atualmente, estando lotado na Secretaria de Infraestrutura de Obras Rodoviárias – Seinfra Rodovias, tendo a oportunidade de já ter exercido

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o cargo de Diretor-Substituto na 3ª Diretoria de Obras Rodoviárias dessa Secretária do TCU. Durante nossa experiência como Auditor de Obras realizamos diversas auditorias nas mais variadas obras rodoviárias, além de termos participados de uma série de cursos ministrados para o TCU para a área de rodovias. Acreditamos que neste período pós-edital o estudo deva ser o mais estratégico. Dessa forma, pensamos em desenvolver o curso trazendo a teoria da matéria da forma mais enxuta possível, focando nos conceitos básicos que são considerados imprescindíveis para entender a lógica por traz das questões. Por falar em questões, TODAS em nosso curso serão COMENTADAS!! Isso mesmo!! E não pensem que serão poucas não, acreditamos que serão mais de 600 questões comentadas!! Só nessa aula demonstrativa já temos 86 no total!! Esse grande número de questões comentadas é simplesmente para que você, candidato, chegue na prova conhecendo bem como a matéria é cobrada pela banca e conhecendo as suas principais pegadinhas!! Uma outra vantagem de ter um curso com bastante questões comentadas é que antes da data da prova, caso você não tenha tempo de revisar todo o conteúdo da matéria, você pode estudar apenas pelos comentários das questões que você revisará praticamente tudo de mais importante na matéria. Como a banca que fará o concurso será a CESPE, a grande maioria das questões comentadas no curso serão dessa banca. No entanto, visando abranger o máximo possível daquilo que já foi cobrado desta disciplina em diversos outros concursos, lançaremos mãos de questões que já foram cobradas em outras bancas como a VUNESP, a ESAF e a FCC. Faremos o possível para tornar o tema claro para o entendimento, sempre trazendo o enfoque que as bancas têm dado para cada assunto. Nosso objetivo é colocá-los em nível adequado de conhecimento para vocês se familiarizarem com a forma de cobrança dos assuntos e comentar o máximo de questões sobre o tema. Essa será a chave para a sua aprovação. Pessoal, outra coisa que consideramos muito importante para a aprovação de vocês é o canal direto que vocês terão com a gente por meio do uso do fórum de dúvidas quando adquirirem o curso. Dessa forma, se porventura restar dúvidas sobre determinando tema ou questão, ou, até mesmo dar sugestões para melhoria do curso, vocês poderão fazê-lo por esse canal. Uma coisa que aprendemos nessa vida de concurseiro é que disciplina, determinação, persistência, assim como um estudo estratégico são elementos

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que ajudam bastante a atingir mais rapidamente o sucesso da aprovação. Faça um planejamento dos estudos e tenha sobre tudo muita força de vontade!! No que concerne à previsão e ao cronograma das aulas, ao todo nosso curso terá 11 aulas, sendo os assuntos dispostos da seguinte forma:

Aula Conteúdo Programático

00 -Especificação e execução de serviços: terraplenagem: (cortes, aterros, bota-foras, etc.). Controle e execução.

01 -Especificação e execução de serviços: pavimentação: reforço do subleito, sub-base, base e revestimento asfáltico. Controle e execução.

02

-Estudos geotécnicos (análise de relatório de sondagens). -Especificações de materiais: características físicas. -Controle de materiais: cimento, agregados, aditivos, materiais betuminosos.

03 -Principais equipamentos utilizados na terraplenagem e de pavimentação. -Equipamentos para transporte, desmonte e compactação de solo.

04 -Especificação e execução de serviços: drenagem

05 -Especificação e execução de serviços: obras de arte especiais. -Execução de serviços de sinalização. -Principais impactos ambientais e medidas mitigadoras.

06 -Principais ensaios técnicos: de solo, de materiais betuminosos e de agregados.

07 -Análise orçamentária: Sistema de Custos Rodoviários do DNIT (SICRO). Metodologia e conceitos, produtividade e equipamentos.

08

-Organização do canteiro de obras. -Fiscalização: acompanhamento da aplicação de recursos (medições, cálculos de reajustamento, mudança de data-base, emissão de fatura etc.), análise e interpretação de documentação técnica (editais, contratos, aditivos contratuais, cadernos de encargos, projetos, diário de obras etc.)

09 -Acompanhamento de obras: apropriação de serviços. -Geometria de vias urbanas e estradas; Especificação e dimensionamento de pavimentos.

10 - Vistoria, recuperação e conservação de pavimentos.

Lembramos que os exercícios que forem resolvidos serão apresentados em forma de lista no final de cada aula, para que aqueles alunos que desejam resolvê-los antes de ver o gabarito e de ler os respectivos comentários. Pessoal, após as devidas apresentações, não percamos tempo e vamos ao que nos interessa!!

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O tema que trataremos hoje é serviços de Terraplenagem. Veremos que na concepção de uma rodovia a escolha do trajeto é de vital importância na quantificação do custo de uma rodovia e que dependendo do trajeto e da cota do terrapleno escolhido pode-se usar uma boa parte do material que será obtido em cortes para a construção dos aterros ou rejeitá-lo quando inservível como material de bota-fora.

Também veremos as Normas DNIT sobre as Especificações de Serviços de terraplenagem. Consideramos essa parte como a mais cansativa da aula, porque há muito decoreba o que gera um número muito grande de conceitos a serem retidos. Mas, garanto a vocês que essa leitura que farão poderá ser a diferença entre os aprovados e os não aprovados no certame. Vamos ver que em diversas questões existentes sobre o tema, as bancas gostam de pedir a literalidade dessas Normas. Estudaremos as partes que consideramos mais importantes, mas aconselhamos que posteriormente, se tiverem tempo, leiam as normas que serão tratadas nesta aula.

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SUMÁRIO

1.TERRAPLENAGEM ....................................................................................................................... 9

1.1 ETAPAS CONSTITUINTES DA TERRAPLENAGEM ...................................................................... 9

1.2 ATIVIDADES PRELIMINARES À EXECUÇÃO DA TERRAPLENAGEM ......................................... 14

1.3. ABERTURA E MELHORIA DE CAMINHOS DE SERVIÇO .......................................................... 20

2. CORTES .................................................................................................................................... 23

2.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS .................................................................................................... 23

2.2. TIPOS DE CORTES ................................................................................................................. 24

2.3. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DIFICULDADE EXTRATIVA ........................................................ 26

2.4. TALUDE DE CORTE ................................................................................................................ 29

2.5. TALUDE ESCALONADO ......................................................................................................... 31

2.6. EXECUÇÃO - NORMA DNIT 106/2009-ES – CORTES ............................................................. 31

3. EMPRÉSTIMOS ......................................................................................................................... 46

3.1. EMPRÉSTIMOS LATERAIS ..................................................................................................... 46

3.2. EMPRÉSTIMOS CONCENTRADOS ......................................................................................... 47

4. BOTA – FORA ........................................................................................................................... 50

5. ATERROS .................................................................................................................................. 52

5.1. COMPACTAÇÃO DOS ATERROS ............................................................................................ 54

5.2. MATERIAIS ............................................................................................................................ 55

5.3. ASPECTOS CONSTRUTIVOS E PARTICULARIEDADES ............................................................. 56

5.4. EXECUÇÃO DE ATERROS COM MATERIAIS ROCHOSOS ........................................................ 58

6. EXECUÇÃO DE ATERROS COM AREIA ...................................................................................... 58

7. EXECUÇÃO DE ATERROS SOBRE SOLOS MOLES ...................................................................... 59

7.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS .................................................................................................... 59

7.2. ESTABILIDADE DOS ATERROS E CONSOLIDAÇÃO DAS FUNDAÇÕES .................................... 60

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7.3. CONTROLE DE INSUMOS ...................................................................................................... 69

7.4. CONTROLE DA EXECUÇÃO DA COMPACTAÇÃO ................................................................... 71

8. COMPENSAÇÃO DE VOLUMES ................................................................................................ 76

8.1. COMPENSAÇÃO LONGITUDINAL .......................................................................................... 77

8.2 COMPENSAÇÃO LATERAL OU TRANSVERSAL ........................................................................ 77

8.3. FATORES DE CONVERSÃO .................................................................................................... 78

9. DISTRIBUIÇÃO DO MATERIAL A SER ESCAVADO ..................................................................... 81

9.1 DIAGRAMA DE BRÜCKNER .................................................................................................... 83

QUESTÕES COMENTADAS NA AULA 0 ........................................................................................ 94

LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS EM AULA ........................................................................ 147

GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS EM AULA ............................................................... 171

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................. 173

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1.TERRAPLENAGEM

O serviço de terraplenagem tem como objetivo a conformação do relevo terrestre para implantação de obras de engenharia, tais como açudes, canais de navegação, canais de irrigação, rodovias, ferrovias, aeroportos, pátios industriais, edificações, barragens e plataformas diversas. De forma genérica, a terraplanagem ou movimento de terras, pode ser entendida como o conjunto de operações necessárias para remover a

terra, dos locais em que se encontra em excesso para aqueles em que

há falta, tendo em vista um determinado projeto a ser implantado.

Pessoal, muitas pessoas confundem o termo “terraplenagem”, e acham que a terraplenagem serve para aplainar (deixar plano) o terreno. Isso não é verdade, a terraplenagem é o movimento de terra para conformar o terreno natural, e adequá-lo às dimensões do projeto.

1.1 ETAPAS CONSTITUINTES DA TERRAPLENAGEM

O DNIT define terraplenagem como o conjunto de operações de escavação, carga, transporte, descarga e compactação dos solos, aplicadas da construção de aterros e cortes, dando à superfície do terreno a forma projetada para construção de rodovias. Vejam que o Manual de Implantação Básica do DNIT traz 5 operações de terraplenagem, são elas: a) escavação b) carga c) transporte

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d) descarga e) compactação Portanto, a terraplenagem pode ser definida como um conjunto de operações destinadas a conformar o terreno existente aos gabaritos definidos em projeto, englobando os serviços de corte (escavação de materiais) e de aterro (deposição e compactação de materiais escavados). A conjugação desses dois serviços tem por finalidade proporcionar condições geométricas compatíveis com o volume e tipo dos veículos que irão utilizar a rodovia. a) Escavação Consiste no emprego de ferramentas cortantes, como a faca de lâmina ou os dentes da caçamba de uma carregadeira, com o intuito de romper a compacidade do solo em seu estado natural.

1.1.1. Carregamento Consiste no enchimento da caçamba, ou no acúmulo diante da lâmina, do material que já sofreu seu processo de desagregação, ou seja, que já foi escavado.

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1.1.2. Transporte Consiste na movimentação da terra do local em que é escavada para onde será colocada em definitivo. Distinguimos o transporte com carga, quando o equipamento está carreado, isto é, a caçamba está ocupada em sua totalidade pelo material escavado, do transporte vazio, fase em que a máquina já retorna ao local de escavação sem a carga de terra.

1.1.3. Descarga e espalhamento Consistem na descarga e espalhamento do material transportado no local do aterro a se construído, com o objetivo de execução do aterro propriamente dito. Quando as especificações determinam a obtenção de certo grau de compactação no aterro haverá, ainda, a operação final de adensamento do solo até índices mínimos estabelecidos.

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Espalhamento com motoniveladora

Essas quatro primeiras operações básicas podem ser executadas pela mesma máquina ou por equipamentos diversos. Exemplificando, um trator de esteira provido de lâmina, executa sozinho todas as operações acima indicadas, sendo que as três primeiras com simultaneidade. 1.1.4. Compactação Compactação de aterros é o processo manual ou mecânico de aplicação de forças destinadas a reduzir o volume do solo até atingir a densidade máxima. Entre outras razões, a diminuição do volume deve-se a: ● Melhor disposição dos grãos do solo, permitindo aos menores ocupar os espaços deixados pelos maiores; ● Diminuição do volume de vazios pela nova arrumação do solo; ● Utilização da água como lubrificante.

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Essas cinco operações repetem-se através do tempo, constituindo-se, portanto, num trabalho cíclico e o seu conjunto denomina-se ciclo de operação. A determinação do ciclo de operação permitirá o estudo da estimativa da produção de um equipamento de terraplenagem.

1 - (IPOJUCA 2009 – CESPE) Terraplenagem é a movimentação de terra por corte ou aterro de uma determinada área, com o objetivo de torná-la plana e, se necessário ao projeto, horizontal. Bem, nessa questão o examinador tentou enganar o candidato alterando o conceito de terraplenagem. No início da aula vimos que o serviço de terraplenagem tem como objetivo a conformação do relevo terrestre para implantação de obras de engenharia.

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Portanto, pessoal, não caia nessa não! Lembrem-se quando estão viajando de carro por uma rodovia e recordem como há inúmeros trechos com subidas e descidas ao longo do caminho. O conteúdo da afirmativa está errado.

Gabarito: Errada

2 - (TJ/CE CESPE – 2014) A terraplanagem é o processo de movimentação de terra constituído por algumas operações básicas que ocorrem em sequência ou de forma simultânea. Assinale a opção em que são apresentadas as operações que constituem fases integrantes da movimentação de terra.

A) remoção com transporte; escavação

B) remoção com transporte; sondagem

C) descarga com espalhamento; organização do canteiro

D) escavação; limpeza do terreno

E) carga do material escavado; sondagem

Questão bem tranquila que trata das fases integrantes da movimentação de terra. Como estudamos, há 5 operações de terraplenagem, são elas: a) escavação b) carga c) transporte d) descarga e) compactação

Logo a alternativa correta é a letra A.

Gabarito: Letra A

1.2 ATIVIDADES PRELIMINARES À EXECUÇÃO DA TERRAPLENAGEM

A terraplenagem consiste, em termos gerais, na execução de cortes e de aterros. Porém, antes de dar início às operações básicas*, é necessária a retirada de todos os elementos, naturais ou artificiais, que não participarão diretamente ou que possam interferir nestas duas operações. *Não se pode começar nenhuma operação básica antes dos serviços preliminares

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O conjunto de todas essas atividades é designado por Serviços Preliminares, os quais compreendem o desmatamento, o destocamento e a limpeza. O desmatamento é o corte e remoção de toda vegetação de qualquer densidade e posterior limpeza das áreas destinadas à implantação da plataforma a ser construída.

O destocamento e a limpeza são operações de escavação e remoção total dos tocos e raízes e da camada de solo orgânico, na profundidade necessária, até o nível do terreno considerado apto para terraplenagem das áreas destinadas à implantação da plataforma a ser construída.

Trator de Esteiras efetuando o destocamento A área a desmatar deverá ser definida após o projeto de terraplenagem onde são previstos os limites necessários à implantação dos cortes e aterros denominados off-sets de terraplenagem.

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Os off-sets são as linhas de estacas demarcadoras da área de execução dos serviços. Caros alunos, segundo o Glossário de Termos Técnicos Rodoviários do DNIT, off-set significa estaca cravada a 2 m da crista de corte ou pé de aterro, devidamente cotada, que serve de apoio à execução de terraplenagem e controle topográfico, sempre no mesmo alinhamento das seções transversais.

Essa “folga” (de 2,00m) é necessária para que durante a execução das escavações dos cortes ou compactação dos aterros a referência do off-set seja mantida. Um auxiliar de campo, chamado de “greidista” irá acompanhar a aferição destas medidas e garantir que os serviços estejam sendo realizados conforme as definições de projeto.

É comum durante a fase de implantação da rodovia a alteração dos limites de desmatamento definidos em projeto, em face da dificuldade das máquinas de acompanhar a linha sinuosa que limita os off-set, principalmente nas regiões de vegetação densa. Então para facilitar o desempenho operacional, o desmatamento passa a ser feito por segmento de reta, aumentando a área a desmatar, agredindo o meio ambiente, facilitando a erosão e o assoreamento, bem como diminuindo a estabilidade do talude.

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Pessoal, nosso interesse é o foco em concursos públicos. O importante é tentar extrair do conteúdo os principais conceitos de cada tema e mostrar como são as cobranças das bancas. Vamos a um resumo da norma DNIT 104/2009 – ES “Terraplenagem – Serviços Preliminares” que contém os serviços de “desmatamento, destocamento e limpeza” que fizemos para vocês. Em seguida, vamos ver como isso já caiu em provas:

Desmatamento, Destocamento e Limpeza

►Nos cortes

Nas áreas destinadas a CORTES, a exigência é de que a camada 60 cm abaixo do greide projetado fique totalmente isenta de tocos ou raízes.

►Nos aterros

Quando a cota vermelha* de um ATERRO for superior a 2,00 m, o desmatamento deve ser executado de modo que os cortes das árvores fique no máximo, nivelado ao terreno natural, não havendo necessidade do DESTOCAMENTO.

*cota vermelha é a diferença da cota final de projeto (greide) em relação à cota do terreno natural

Verificação

-É admitida, como tolerância, uma variação da largura da faixa a ser trabalhada de + 0,15 m p/ cada lado do eixo*

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* Não é admitida variação negativa

� Medição – Desmatamento, Destocamento e Limpeza

a) árvores com diâmetro inferior a 0,15 m => m2*

* metro quadrado

b) árvores com diâmetro igual ou superior a 0,15 m devem ser medidas ISOLADAMENTE, em função de 2 conjuntos:

b.1) Árvores com diâmetro entre 0,15 m e 0,30 m

b.2) Árvores com diâmetro superior a 0,30 m

Obs: o diâmetro das árvores deve ser apreciado a um metro de altura do nível do terreno.

Além do resumo, vamos ver outros detalhes importantes da norma DNIT 104/2009 – ES “Terraplenagem – Serviços Preliminares”: - Nos serviços preliminares, preferencialmente, devem ser utilizados tratores de esteiras, com lâminas ou com implementos especiais* apropriados às tarefas, e motosserras. * “empurrador de árvore”, “destocador” e “ancinho” - O equipamento empregado, nos serviços preliminares, deve dispor de estruturas metálicas de proteção à cabine do operador e à própria máquina, para protegê-los de eventual queda de galhos e ramos secos ou mesmo de árvores que venham a ser derrubadas.

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- As operações devem ser complementadas com o emprego de serviço manual. - A fiscalização deve assinalar, mediante caiação, as árvores que devem ser preservadas e as toras que pretende reservar – as quais devem ser, então, transportadas para local determinado, visando posterior aproveitamento. - A limpeza deve ser sempre iniciada pelo corte das árvores e arbustos de maior porte, tomando-se os cuidados necessários para evitar danos às árvores a serem preservadas, linhas físicas aéreas ou construções nas vizinhanças. - Na operação de limpeza, quando o terreno for inclinado, o trator deve trabalhar sempre de cima para baixo. MEDIDAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL: – O projeto deve fornecer orientações sobre os procedimentos a serem adotados para garantir a qualidade dos serviços de manejo; – O material decorrente das operações executadas deve ser retirado e estocado de forma a não agredir o meio-ambiente, podendo ser usado nos taludes de aterros; – Não devem ser utilizados explosivos para remoção da vegetação;

Leia também: DNIT 104/2009-ES (Terraplenagem – Serviços Preliminares - Especificações de Serviço) Disponível em: http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT104_2009_ES.pdf

3 – (PETROBRÁS TEC. EDIFICAÇÃO 2004 – CESPE) Na construção de aterros, deve ser procedida uma preparação adequada do terreno para receber o aterro, especialmente com retirada de vegetação ou restos de demolições eventualmente existentes.

Acabamos de ver que os Serviços Preliminares compreendem o desmatamento, o destocamento e a limpeza.

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Vimos também que antes de dar início às operações básicas (cortes e aterros) é necessária a retirada de todos os elementos, naturais ou artificiais, que não participarão diretamente ou que possam interferir nestas duas operações. Já o item 4.1 da norma DNIT 106/2009-ES condiciona o início dos serviços à área objeto dos serviços se apresentar convenientemente desmatada e destocada com o respectivo entulho removido.

Gabarito: Certa

4 – (TCE - RN 2006 – CESPE) Os serviços de desmatamento, destocamento e limpeza são considerados preliminares e nenhum movimento de terra pode começar antes de esses serviços terem sido totalmente concluídos.

Vejam que as provas por diversas vezes retomam alguns temas. Por isso é tão importante resolvermos questões sobre os conteúdos cobrados em concursos, especialmente da banca que irá organizá-los. Segundo a norma DNIT 108/2009-ES (Terraplenagem – Aterro – Especificações de Serviço), antes do início da execução dos aterros, os elementos/componentes do processo construtivo pertinente e que serão utilizados para a respectiva implantação do aterro, devem estar em condições adequadas, condições estas retratadas pelo atendimento do disposto nos itens 4.1 a 4.8 da norma DNIT 106/2009-ES (Terraplenagem - Cortes – Especificações de Serviço). Por sua vez, o item 4.1 da norma DNIT 106/2009-ES condiciona o início dos serviços à área objeto dos serviços se apresentar convenientemente desmatada e destocada com o respectivo entulho removido.

Gabarito: Certa

1.3. ABERTURA E MELHORIA DE CAMINHOS DE SERVIÇO

São estradas de padrão apenas suficiente que garanta o trânsito de equipamentos e veículos, com a finalidade de interligar cortes e aterros, assegurar o acesso ao canteiro de serviço, áreas de empréstimos, jazidas, obras de arte, fontes de abastecimento de água e demais instalações previstas no canteiro da obra. Tais estradas se constituem em obras de baixo custo, com movimentos de terra mínimos, envolvendo ordinariamente, a utilização de solo local e abrangendo plataforma com largura de 4,0 m a 5,0 m.

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A abertura dos caminhos de serviço, ordinariamente compreende o aproveitamento da camada do solo superficial ocorrente na respectiva faixa a ser trabalhada – cumprindo observar que, por se tratar de via provisória e a ser submetida ao tráfego de pequena magnitude, os requisitos geotécnicos exigidos para os solos são relativamente brandos, conforme as normas da espécie. Agora, um pequeno resumo de algumas partes importantes da norma DNIT 105/2009-ES (Terraplenagem - Caminhos de Serviço - Especificações de Serviço)

Caminhos de Serviço

Vias implantadas de caráter provisório => deslocamento de equipamentos e veículos

Verificação

-Estabelece-se para a largura da pista de caminho de serviço uma tolerância de + 0,20 m, em relação a definida pela fiscalização

�Medição – Caminhos de Serviços

a) Se dentro dos “off-sets” => será medido como serviço correspondente (Corte ou Aterro)

Caminho de Serviço

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b) Se fora dos “off-sets” => medição específica dos serviços (escavação, carga, transporte, etc) como caminho de serviço

Também é importante saber: - Os caminhos de serviços, embora de utilização provisória, devem estar submetidos a serviço de MANUTENÇÃO atento e permanente, em função da magnitude do tráfego. - Os serviços de manutenção devem estar sempre presentes, com a mobilização periódica de motoniveladora, para promover a regularização da pista e de sorte a garantir, para o equipamento, desenvolvimento de velocidade adequada e com a devida segurança. Da mesma maneira, a fim de combater a formação de poeira deve-se umedecer as pistas com caminhões pipa ou adicionar-se substâncias estabilizantes que retêm a umidade natural. - As exigências pode evoluir, a juízo da Fiscalização, para a execução de revestimento primário*, envolvendo, então, a utilização de material adequado, a ser especificado pelo DNIT. *Revestimento primário: Camada de solo selecionado de boa qualidade, estabilizado, superposta ao leito natural de uma rodovia, para permitir uma superfície de rolamento com características superiores às do solo natural, garantindo melhores condições de trânsito.

Execução de revestimento primário (camada de solo de boa qualidade, para melhorar as condições de trânsito) - Quando evidenciada a necessidade, a juízo da Fiscalização, deve-se buscar uma melhoria relativa do “greide”, eliminando-se ou suavizando-se as rampas de inclinação mais forte.

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Pessoal, isso significa que para os caminhos de serviço deve-se buscar sempre aproveitar o leito natural do terreno (já que os caminhos de serviços são provisórios). Mas há situações em que o terreno natural tem uma topografia muito acentuada, então, nesses casos, a juízo da fiscalização, deve-se suavizar as rampas de inclinação forte. - Nas baixadas, ante a ocorrência de solos de má qualidade ou a possibilidade de inundações, pode caber, a juízo da Fiscalização, a execução de pequenos aterros, com os respectivos dispositivos de drenagem, inclusive bueiros. - As pistas devem ser dotadas de adequadas condições de escoamento das águas pluviais. Se necessário, a plataforma deve dispor de caimentos transversais de 1% a 2%, evitando-se a formação de poças d’água ou o umedecimento do solo, que diminuem sua capacidade de suporte. Leia também: DNIT 105/2009-ES (Terraplenagem - Caminhos de Serviço - Especificações de Serviço) Disponível em: http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT105_2009_ES.pdf

2. CORTES

2.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

CORTE é um segmento da rodovia, cuja implantação requer escavação do material constituinte do terreno natural, ao longo do eixo e no interior dos limites das seções do projeto (off-sets) que definem o corpo estradal, o qual corresponde à faixa terraplenada.

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2.2. TIPOS DE CORTES

2.2.1. Corte a céu aberto Escavação praticada na superfície do solo.

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2.2.2. Corte a meia encosta Escavação para passagem de uma rodovia, que atinge apenas parte de sua seção transversal. 2.2.3. Corte em caixão Escavação em que os taludes estão praticamente na vertical.

Corte em caixão (taludes praticamente na vertical) 2.2.4. Corte em raspagem Quando a sua altura não supera 0,40 m em secção plena ou 0,80 m em seção mista.

Corte em raspagem

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2.3. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DIFICULDADE EXTRATIVA

É a seguinte a definição das categorias de material escavado, no âmbito do DNIT: a) 1ª categoria: terra em geral, piçarra ou argila, rocha em adiantado estado de decomposição, seixos rolados ou não, com diâmetro máximo inferior de 15 cm, qualquer que seja o teor de umidade, compatíveis com a utilização de “dozer”, “scraper” rebocado ou motorizado.

Material 1ª Categoria b) 2ª categoria: rocha com resistência à penetração mecânica inferior ao granito, blocos de pedra de volume inferior a 1m³, matacões e pedras de diâmetro médio superior a 15 cm, cuja extração se processa com emprego de explosivo ou uso combinado de explosivos, máquinas de terraplenagem e ferramentas manuais comuns.

Material de 2ª Categoria (escavação difícil, pode usar explosivos) c) 3ª categoria: rocha com resistência à penetração mecânica superior ou igual à do granito e blocos de rocha de volume igual ou superior a 1 m³, cuja extração e redução, para tornar possível o carregamento, se processam com o emprego CONTÍNUO de explosivo.

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Material de 3ª categoria – rocha não alterada (uso contínuo de explosivos) Em princípio, os materiais da 1ª categoria são aqueles facilmente escaváveis com os equipamentos normais, ainda que se apresentem bastante rijos, em razão de baixo teor de umidade, pois, se úmidos, podem perder a resistência oferecida ao desmonte. Além disso, ainda que estejam misturados com pedras, seixos rolados ou matacões, desde que sejam escaváveis com o equipamento indicado, são considerados como de 1ª categoria. O mesmo se pode afirmar no caso de rocha alterada, desde que apresente pouca compacidade e permita o uso dos equipamentos comuns. Os materiais de 2ª categoria são mais resistentes ao desmonte e não admitem o uso dos equipamentos comuns, a não ser após o emprego de algum tratamento prévio. Já os materiais de 3ª categoria são rochas cuja extração e redução, para tornar possível o carregamento, se processam com o emprego CONTÍNUO de explosivo. É importante destacar que o primeiro critério empregado na classificação dos materiais é a comparação de sua resistência de penetração com a do granito e o segundo critério deve considerar as dificuldades de escavação, classificando-os em primeira, segunda e terceira categorias. Na verdade, a necessidade de se classificar os materiais de escavação nas citadas categorias provém do simples fato de que os mais resistentes, oferecendo maior dificuldade ao desmonte, demandam emprego de um número maior de horas de equipamento ou obrigam ao seu uso de modo mais intensivo, gerando, obviamente, maiores custos de escavação.

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Após essa constatação, conclui-se que as diferentes categorias corresponderão preços unitários de escavação bastante diversos. Daí deriva a importância econômica da classificação dos materiais, permitindo a remuneração dos serviços de desmonte de acordo com o esforço empregado nessa operação. Pessoal, a especificação de Serviço 106/2009 – ES – Terraplenagem – Cortes do DNIT trás um conceito um pouco deferente do visto anteriormente (Manual de Implantação Básica do DNIT). Vamos ver: “3.9 - Material de 1ª categoria Compreende os solos em geral, residuais ou sedimentares, seixos rolados ou não, com diâmetro máximo inferior a 0,15 m, qualquer que seja o teor de umidade apresentado. O processo de extração é compatível com a utilização de “Dozer” ou “Scraper” rebocado ou motorizado. 3.10 - Material de 2ª categoria Compreende os solos de resistência ao desmonte mecânico inferior à da rocha não alterada, cuja extração se processe por combinação de métodos que obriguem a utilização do maior equipamento de escarificação exigido contratualmente; a extração eventualmente pode envolver o uso de explosivos ou processo manual adequado. Estão incluídos nesta categoria os blocos de rocha de volume inferior a 2 m³ e os matacões ou pedras de diâmetro médio compreendido entre 0,15 m e 1,00 m. 3.11 - Material de 3ª categoria Compreende os materiais com resistência ao desmonte mecânico equivalente à rocha não alterada e blocos de rocha com diâmetro médio superior a 1,00 m, ou de volume igual ou superior a 2 m³, cuja extração e redução, a fim de possibilitar o carregamento, se processem com o emprego contínuo de explosivos.”

Portanto, as duas classificações, apesar de divergentes, são válidas. Guardem as duas!!

Podem ficar tranquilos, pois as bancas não vão explorar questões elementares do tipo: “Uma rocha com volume igual a 1,5 m3, pode ser classificada como material de 3ª categoria?”. Geralmente, o conceito cobrado traz todo o entendimento do que é um material de 3ª categoria, por exemplo.

Reparem que o primeiro critério é quanto á resistência do material, e, no caso, a norma traz um parâmetro diferente do Manual de Implantação Básica.

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Norma => resistência ao desmonte mecânico equivalente à rocha não alterada

Manual => resistência à penetração mecânica superior ou igual à do granito

Isso vocês precisam saber! Esses detalhes dos dois conceitos!

O mais importante, para a classificação do material de 3ª categoria, realmente, é que para a sua extração é necessário o uso CONTÍNUO de explosivos.

Tentem assimilar o conceito como um todo, dessa forma se vier uma questão de prova, vocês facilmente saberão diferenciar as classificações dos materiais. Veremos várias questões de concursos que ajudarão a entender como essas classificações costumam ser abordadas.

5 - (MP/ENAP CESPE - 2015) Da composição do quadro-resumo de terraplenagem deve constar a classificação dos materiais escavados, cujo primeiro critério deve ser a comparação com materiais como o granito e cujo segundo critério deve considerar as dificuldades de escavação, definindo-se os materiais como de primeira categoria, de segunda categoria e de terceira categoria.

Pessoal, acabamos de ver que os critérios utilizados na classificação dos materiais nas categorias está relacionado em comparar os materiais com a resistência do granito e considerar as dificuldades de escavação, classificando-os em primeira, segunda e terceira categorias. Tal critério se torna bastante evidente quando estudamos os conceitos dos materiais de 2ª e 3ª categorias:

2ª categoria: rocha com resistência à penetração mecânica inferior ao granito, blocos de pedra de volume inferior a 1m³, matacões e pedras de diâmetro médio superior a 15 cm, cuja extração se processa com emprego de explosivo ou uso combinado de explosivos, máquinas de terraplenagem e ferramentas manuais comuns.

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3ª categoria: rocha com resistência à penetração mecânica superior ou igual à do granito e blocos de rocha de volume igual ou superior a 1 m³, cuja extração e redução, para tornar possível o carregamento, se processam com o emprego CONTÍNUO de explosivo.

Gabarito: Certa

2.4. TALUDE DE CORTE

Superfície inclinada do terreno natural de um corte

2.4.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS Denomina-se talude a superfície inclinada ou vertical, proveniente dos trabalhos de terraplenagem e que limita o terreno natural com o corpo da estrada. É também chamado de saia de corte ou de aterro. Nos cortes, o talude é resultante da escavação do terreno natural. Sua inclinação é determinada antes do início dos serviços. Nos cortes em solos finos e expansivos, a inclinação é maior do que nos solos estáveis, chegando a vertical nos cortes em rocha sã. Nos aterros, o talude é resultado da colocação dos materiais, provenientes dos cortes e/ou empréstimos, em camadas sucessivas compactadas. Tanto nos cortes como nos aterros, a inclinação do talude é função da natureza do solo e das alturas destes. A prática rodoviária aconselha, para os cortes, um talude máximo de 1:1 (V:H) e, para os aterros compactados, a inclinação máxima de 2:3 (V:H), tendo-se sempre presente que cada tipo de solo merece um estudo específico, devendo o assunto ser definido, de forma precisa, no Projeto de Engenharia.

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2.5. TALUDE ESCALONADO

Talude em geral alto, em que se praticam banquetas, com vistas à redução da velocidade das águas pluviais superficiais, para facilitar a drenagem e aumentar a estabilidade do maciço.

Seção transversal de um corte escalonado

2.6. EXECUÇÃO - NORMA DNIT 106/2009-ES – CORTES

EQUIPAMENTOS A seleção do equipamento deve obedecer às indicações seguintes: a) Corte em solo - utilizam-se, em geral, tratores equipados com lâminas, escavo-transportadores, ou escavadores conjugados com transportadores diversos.

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A operação deve incluir, complementarmente, a utilização de tratores e moto-niveladoras para escarificação, manutenção de caminhos de serviço e áreas de trabalho, além de tratores empurradores (“pushers”).

b) Corte em rocha – empregam-se perfuratrizes pneumáticas ou elétricas para o preparo das minas, tratores equipados com lâmina para a operação de limpeza da praça de trabalho, e carregadores conjugados com transportadores para a carga e transporte do material extraído. Nesta operação, utilizam-se explosivos e detonadores adequados à natureza da rocha e às condições do canteiro de serviço.

c) Remoção de solos orgânicos, turfa* ou similares, inclusive execução de corta-rios, utilizam-se retro escavadeiras e escavadeiras com implementos adequados, e complementados por outros equipamentos citados nas alíneas anteriores.

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*turfa é um tipo de solo com grande porcentagem de partículas fibrosas de material carbonoso, ao lado de matéria orgânica no estado coloidal, com coloração marrom-escura a preta; material mole, não plástico, combustível e de cheiro característico, além de consistência fofa. Resumindo, a TURFA é um material muito ruim para a construção de uma rodovia, visto que tem péssimas características estruturais. EXECUÇÃO - NORMA DNIT 106/2009-ES – CORTES Quando alcançado o nível da plataforma dos cortes: a) Se for verificada a ocorrência de ROCHA sã ou em decomposição, deve-se promover o rebaixamento do greide, da ordem de 0,40m, e o preenchimento do rebaixo com material inerte, indicando no projeto de engenharia ou em sua revisão;

Rocha = quaRenta cm b) Se for verificada a ocorrência de solos de expansão maior que 2% e baixa capacidade de suporte, deve-se promover sua remoção, com rebaixamento de 0,60 m.

expanSivos = Sessenta cm Em se tratando de solos orgânicos, o projeto ou sua revisão fixarão a espessura a ser removida. Em todos os casos, deve-se proceder à execução de novas camadas, constituídas de materiais selecionados, os quais devem ser objeto de fixação no projeto de engenharia ou em sua revisão; c) No dos cortes em solo, considerando o preconizado no projeto de engenharia, devem ser verificadas as condições do solo “in natura” nas camadas superficiais (0,60 m superiores, equivalente à camada final do aterro), em termos de grau de compactação. Os segmentos que não atingirem as condições mínimas de compactação devem ser escarificados, homogeneizados, levados à umidade adequada e, então,

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devidamente compactados, de sorte a alcançar a energia estabelecida no Projeto de Engenharia. Os taludes dos cortes devem apresentar, após a operação de terraplenagem, a inclinação indicada no projeto de engenharia, para cuja definição foram consideradas as indicações provenientes das investigações geológicas e geotécnicas. Constatada a conveniência técnica e econômica de reserva de materiais escavados nos cortes, para a confecção das camadas superficiais da plataforma, deve ser procedido o depósito dos referidos materiais, para sua oportuna utilização. Ou seja, pessoal, o material escavado no corte pode ser estocado para posterior uso. Atendido o projeto e, desde que técnica e economicamente aconselhável, a juízo da Fiscalização, as massas em excesso, que resultariam em bota-foras, podem ser integradas aos aterros, constituindo alargamentos da plataforma, adoçamento dos taludes ou bermas de equilíbrio*. *falaremos sobre os bermas de equilíbrio daqui a pouco quando estudaremos aterro Então pessoal, desse modo, os excessos de volumes do corte podem ser aproveitados nos aterros, desde que técnica e economicamente aconselhável, além disso tem que ser aprovado pela Fiscalização. Isso vale para os excessos!! A regra é aproveitar todo o volume do corte para os aterros. Somente quando o material escavado do corte for muito ruim é que se faz o bota-fora**! **veremos em breve os conceitos de bota-fora As massas excedentes que não se destinarem ao fim indicado na subseção anterior devem ser, então, objeto de deposição em bota-foras e de modo a não se constituírem em ameaça à estabilidade da rodovia e nem prejudicarem o aspecto paisagístico da região, atendendo ao preconizado no projeto de engenharia. Nos cortes de altura elevada, em função do definido no projeto de engenharia, deve ser procedida a implantação de patamares, com banquetas de largura mínima de 3 m, valetas revestidas e proteção vegetal.

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Nos pontos de passagem* de corte para aterro, a Fiscalização deve exigir, precedendo a execução deste último, a escavação transversal ao eixo, até a profundidade necessária para evitar recalques diferenciais**. *ponto de passagem é o limite de onde termina o corte e onde começa o aterro, ou vice-versa. **abatimento (afundamento) do solo, de maneira não uniforme (desigual).

Corte

- Regra: escavação do terreno natural até o nível (greide) da terraplenagem indicado (nível da plataforma)

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- Exceção:

- ocorrência de rocha sã ou em decomposição: rebaixamento de 0,40m + execução de novas camadas c/ materiais selecionados

- ocorrência de solos expansivos (> 2%), poucos resistentes ou orgânicos: rebaixamento de 0,60m + substituição por solos selecionados

� Medição - Cortes

- considera o volume extraído medido no corte (“in natura”) e a distância de transporte entre este e o local de depósito

- cálculo dos volumes: Seções Primitivas

- aplicando o método da "média das áreas"

Verificação

a) Variação da altura máxima para eixos e bordas

• Cortes em solo = ± 0,05 m

• Cortes em rocha = ± 0,10 m

b) Variação máx. da largura => + 0,20 m p/ cada semi-plataforma*

* Não é admitida variação negativa

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Leia também: DNIT 106/2009-ES (Terraplenagem – Cortes - Especificações de Serviço) Disponível em: http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT106_2009_ES.pdf Questões de concursos: 6 - (CGU 2008 – ESAF) Segundo as especificações do DNIT – Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes, “o corte é um segmento natural da rodovia cuja implantação requer escavação do terreno natural, ao longo do eixo e no interior dos limites das seções do projeto, que definem o corpo estradal”. Com relação a esse serviço, é correto afirmar que: a) o sistema de medição considera o volume medido após a extração e a distância de transporte entre este e o local do depósito. b) quando houver excesso de materiais de cortes e não for possível incorporá-los ao corpo de aterros, deverão ser constituídas áreas de empréstimos. c) quando, ao nível da plataforma dos cortes, for verificada a ocorrência de rocha, sã ou em decomposição, promove-se um rebaixamento da ordem de 0,40m e a execução de novas camadas com materiais selecionados. d) nos cortes de altura elevada é prevista a implantação de patamares, com banquetas de largura mínima de 1m, valetas revestidas e proteção vegetal. e) para a escavação dos materiais classificados como de 1ª e 2ª categorias, poderão ser utilizados tratores de lâmina, “motoscrapers”, escavadeiras e carregadeiras. Pessoal, essa questão da ESAF, do concurso da CGU de 2008, cobrou algumas literalidades de norma do DNIT.

Durante a aula, abordamos os principais pontos das normas de terraplenagem, inclusive fizemos um resumo do que achamos que deve ser revisado com mais frequência. Mas, mesmo assim, achamos muito importante dar uma lida em algumas dessas normas do DNIT. Especialmente nas seguintes:

- DNIT 104/2009-ES (Terraplenagem - Serviços Preliminares - Especificações de Serviço)

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- DNIT 105/2009-ES (Terraplenagem - Caminhos de Serviço - Especificações de Serviço)

- DNIT 106/2009-ES (Terraplenagem - Cortes – Especificações de Serviço)

- DNIT 107/2009-ES (Terraplenagem - Empréstimos – Especificações de Serviço)

- DNIT 108/2009-ES (Terraplenagem - Aterros – Especificações de Serviço)

Os links para o acesso a essas normas foram disponibilizados ao longo da aula no final de cada um desses assuntos.

Então, vamos analisar cada um dos itens dessa questão:

a) o sistema de medição considera o volume medido após a extração e a distância de transporte entre este e o local do depósito.

Em suma, a norma DNIT 106/2009-ES estabelece que como critério de medição o seguinte:

A medição será feita pelo volume extraído, MEDIDO NO CORTE, e a distância de transporte entre este e o local de depósito, obedecendo-se às seguintes condições: ► O cálculo dos volumes será resultante da aplicação do método da "média das áreas". ► A distância de transporte será medida ao longo do percurso seguido pelo equipamento transportador, entre os centros de gravidade das massas. O percurso a ser utilizado deverá ser previamente aprovado pela Fiscalização. ► Uma vez perfeitamente caracterizado o material de 3ª categoria, proceder-se-á à medição específica do mesmo, não se admitindo, neste caso, classificação percentual do referido material. Os cortes que apresentarem mistura de 3ª categoria com as demais, com limites pouco definidos, deverão merecer atenção especial da Fiscalização, de maneira a permitir uma classificação justa dos materiais escavados. Em função da respectiva magnitude, deve ser promovida a anexação de fotografias do corte, efetuadas imediatamente antes da extração da rocha e em sequencia à detonação do explosivo, procedendo-se, ainda, devidas anotações no “Diário de Obras”. É importante sabermos que nesses preços estão consideradas: - as operações de escavação, carga e transporte ao local de deposição;

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- manutenção dos caminhos de serviço; - escarificação; e - conformação de taludes. O método das áreas, citado anteriormente, consiste no cálculo do volume de cada interperfil, elaborado a partir das áreas das seções transversais, pela aplicação do método da média das áreas:

sendo “l” o espaçamento entre duas seções subseqüentes S1 e S2 (ver figura a seguir).

A alternativa, afirma que o sistema de medição considera o volume medido após a extração. Conforme visto, a medição será feita pelo volume extraído, MEDIDO NO CORTE (“in natura”).Portanto, o item está incorreto. b) quando houver excesso de materiais de cortes e não for possível incorporá-los ao corpo de aterros, deverão ser constituídas áreas de empréstimos.

Vimos que, quando houver excesso de material de cortes e for impossível incorporá-los ao corpo dos aterros, serão constituídos BOTA-FORAS e não áreas de empréstimos, o que torna a alternativa incorreta.

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EMPRÉSTIMOS � locais em que é retirado material para o aterro

BOTA-FORA � local de deposição do material inservível* retirado nos cortes

*devido à má qualidade, volume ou excessiva distância de transporte

c) quando, ao nível da plataforma dos cortes, for verificada a ocorrência de rocha, sã ou em decomposição, promove-se um rebaixamento da ordem de 0,40m e a execução de novas camadas com materiais selecionados.

De acordo com a norma DNIT 106/2009-ES para cortes a regra é escavação do terreno natural até o nível (greide) da terraplenagem indicado (nível da plataforma).

As exceções são:

a) quando, ao nível da plataforma dos cortes, for verificada a ocorrência de ROCHA sã ou em decomposição , promove-se um rebaixamento da ordem de 0,40m e a execução de novas camadas com materiais selecionados.

Rocha = quaRenta cm b) quando, ao nível da plataforma dos cortes, for verificada a ocorrência de solos de elevada expansão, baixa capacidade de suporte ou solos orgânicos, promove-se um rebaixamento da ordem de 0,60m, para posterior substituição por solos selecionados.

expanSivos = Sessenta cm Conforme constatado, a alternativa está correta, sendo, portanto, o gabarito da questão. d) nos cortes de altura elevada é prevista a implantação de patamares, com banquetas de largura mínima de 1m, valetas revestidas e proteção vegetal. Mais uma vez recorrendo à norma DNIT 106/2009-ES, temos que: nos cortes de altura elevada, em função do definido no projeto de engenharia, deve ser procedida a implantação de patamares, com banquetas de largura mínima de 3 m, valetas revestidas e proteção vegetal. e) para a escavação dos materiais classificados como de 1ª e 2ª categorias, poderão ser utilizados tratores de lâmina, “motoscrapers”, escavadeiras e carregadeiras.

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Com relação aos materiais de 1ª categoria tá tudo certo! Mas os materiais de 2ª categoria, como vimos nas definições da aula, são aqueles que não podem ser escavados de forma normal e econômica pelos equipamentos usuais, a saber: tratores de lâmina, motoscrapers, escavadeiras e carregadeiras, devido à elevada resistência mecânica à extração, que pode atingir valores estimados entre 500 e 1000 kg/cm². Errado o item. Gabarito: Letra C

7 - (Técnico em Estradas - IEPRO 2009) O Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes – DNIT, na especificação de serviço, classifica os materiais escavados em três categorias para efeito de pagamento. Os materiais classificados de 2a categoria estão definidos por: a) Rochas fraturadas com blocos de diâmetro inferior a 0,15 m e volume superior a 2,00 m3; b) Solos consolidados contendo blocos de pedra com volume superior a 2,00 m3; c) Blocos de rocha com volume inferior a 2,00 m3, matacões e pedras de diâmetro médio inferior a 1,00 m, cuja extração necessita utilização de equipamento com escarificadores e eventualmente poderá envolver o uso de explosivos; d) Rochas brandas e fraturadas com blocos com diâmetro médio inferior a 0,15 m; e) Alterações de rocha fendilhada e/ou alterada, cuja extração se processa em equipamentos com utilização escarificadores. Pessoal, conforme vimos na aula, a especificação de serviço 106/2009 – ES – Cortes, trás o seguinte conceito de material de 2ª categoria:

Material de 2ª categoria Compreende os solos de resistência ao desmonte mecânico inferior à da rocha não alterada, cuja extração se processe por combinação de métodos que obriguem a utilização do maior equipamento de escarificação exigido contratualmente; a extração eventualmente pode envolver o uso de explosivos ou processo manual adequado. Estão incluídos nesta categoria os blocos de rocha de volume inferior a 2 m³ e os matacões ou pedras de diâmetro médio compreendido entre 0,15 m e 1,00 m.

Portanto, a resposta correta é a letra “c”.

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Gabarito: Letra C

8 - (TCE-ES/2012 – CESPE) Na execução de aterros, os materiais provenientes de escavações de cortes devem ser descartados, devido à dificuldade de controle tecnológico desses materiais. É justamente o contrário do que se afirma na questão. Deve-se dar prioridade aos materiais provenientes das escavações dos cortes, sendo que só se deve recusar a utilização desses materiais devido: - a má qualidade;

- ao excesso de volume; ou

- a excessiva distância de transporte (que inviabilize economicamente a utilização deste material no aterro).

Caros alunos, a regra é que o material escavado no corte seja depositado no aterro.

Porém quando ele apresenta pelo menos uma das 3 características citadas acima, faz-se o “Bota-fora”.

Gabarito: Errada

9 - (Téc. Estradas DNIT 2013 – ESAF) Segundo a especificação de serviço DNIT 106/2009 – ES do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes relativa a serviços de terraplenagem realizados em cortes, é correto afirmar que: a) material de 2a categoria, composto por solo e matacão com diâmetro nominal máximo de 20 cm, deverão ser escavados com a utilização de Dozer ou Screper. b) material denominado de bota fora deverá ser depositado sempre em áreas apropriadas, localizadas a uma distância mínima de 2 km da faixa de domínio. c) em serviços de corte em rocha, emprega-se perfuratriz pneumática ou elétrica na preparação dos locais destinados à instalação das minas, tratores equipados com lâminas para operação de limpeza da área, e carregadores conjugados com transportadores para operação de carregamento e transporte do material extraído. d) durante a escavação, constatado que a cota topográfica da plataforma final coincidiu sob um maciço rochoso, é recomendada a

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paralisação da escavação, não sendo necessário realizar rebaixamento do greide e substituição de material. e) os taludes de corte deverão, após operação de terraplenagem, apresentar inclinações compatíveis com as características do solo local; inclinação esta definida pela experiência profissional do encarregado de terraplenagem. Vejam que a banca citou a especificação de serviço. Portanto, os conceitos cobrados nesta questão deveriam estar de acordo com a referida norma. Vamos analisar cada uma das alternativas apresentadas: a) material de 2a categoria, composto por solo e matacão com diâmetro nominal máximo de 20 cm, deverão ser escavados com a utilização de Dozer ou Screper. Há dois erros nessa alternativa. Para os materiais de 2ª categoria: - diâmetro nominal deve estar compreendido entre 0,15 m e 1,00 m - extração se processe por combinação de métodos que obriguem a utilização do maior equipamento de escarificação exigido contratualmente. Além disso, a extração eventualmente PODE envolver o uso de explosivos ou processo manual adequado. Item incorreto. b) material denominado de bota fora deverá ser depositado sempre em áreas apropriadas, localizadas a uma distância mínima de 2 km da faixa de domínio. O material denominado de bota-fora (inservível) deve ser depositado fora da plataforma da rodovia, de preferência nos limites da faixa de domínio, quando possível. Item incorreto. c) em serviços de corte em rocha, emprega-se perfuratriz pneumática ou elétrica na preparação dos locais destinados à instalação das minas, tratores equipados com lâminas para operação de limpeza da área, e carregadores conjugados com transportadores para operação de carregamento e transporte do material extraído. É isso mesmo!

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Perfuratriz na preparação dos locais e trator com lâmina para limpeza

Carregadores e transportadores para operação de carregamento e transporte

do material extraído Correta. Portanto, esta alternativa é o gabarito da questão. d) durante a escavação, constatado que a cota topográfica da plataforma final coincidiu sob um maciço rochoso, é recomendada a paralisação da escavação, não sendo necessário realizar rebaixamento do greide e substituição de material. Pessoal, vimos que isso não está correto! Quando, ao nível da plataforma dos cortes, for verificada a ocorrência de ROCHA sã ou em decomposição , promove-se um rebaixamento da ordem de 0,40m e a execução de novas camadas com materiais selecionados.

Rocha = quaRenta cm Item incorreto. e) os taludes de corte deverão, após operação de terraplenagem, apresentar inclinações compatíveis com as características do solo local; inclinação esta definida pela experiência profissional do encarregado de terraplenagem.

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A primeira parte do item está correto, as inclinações devem ser compatíveis com as características do solo local. Porém, a inclinação deve estar indicada no projeto de engenharia.

Item incorreto.

Gabarito: Letra C

10 – (UNIPAMPA 2009 – CESPE) Durante os serviços de cortes de solo pode haver excesso de material que gerará os bota-foras. O manejo ambiental desses materiais prevê sua compactação e o depósito em áreas à jusante da rodovia.

O entendimento dessa questão está na especificação de serviços ES – 00181 - Execução de Cortes e Aterros da Companhia Estadual de Habitação e Obras Públicas do Estado de Sergipe – CEHOP/SE. Segundo essa norma: Quando houver excesso de material de cortes e for impossível incorporá-los ao corpo dos aterros, serão constituídos “bota-foras”, que poderão ser compactados, caso haja previsão em projeto. Preferencialmente, as áreas a eles destinadas serão localizadas a jusante da obra. Pessoal, o termo “jusante” refere-se aos elementos/trechos que se localizam após da estrutura. Já o termo “montante” refere-se aos elementos/trechos que se localizam antes da estrutura.

MONTANTE = ANTES

JUSANTE = APÓS

E por que a jusante?

Os bota-foras devem ser dispostos preferencialmente à jusante (depois da obra) da futura rodovia para se evitar carreamento de materiais que possam se desprender e atrapalhar a construção e causar acidentes na construção das rodovias, caso fossem depositados a montante (antes da obra).

Gabarito: Certa

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3. EMPRÉSTIMOS

Áreas indicadas no projeto, ou selecionadas, onde devem ser escavados materiais a utilizar na execução da plataforma da rodovia, nos segmentos em aterro. Tais áreas são utilizadas para suprir a deficiência ou insuficiência de materiais extraídos dos cortes. Empréstimos são escavações efetuadas em locais previamente definidos para a obtenção de materiais destinados à complementação de volumes necessários para aterros, quando houver insuficiência de volume nos cortes, ou por razões de ordem qualitativa de materiais, ou de ordem econômica (elevadas distâncias de transporte). Dependendo da situação podem ser considerados dois tipos distintos de empréstimos: laterais e concentrados (ou localizados).

3.1. EMPRÉSTIMOS LATERAIS

Os empréstimos laterais se caracterizam por escavações efetuadas próximas ao corpo estradal, sempre dentro dos limites da faixa de domínio. Ao lado da plataforma rodoviária.

Nos casos de segmentos de cortes se processa o alargamento da plataforma com consequente deslocamento dos taludes.

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No caso de aterros, escavações do tipo “valetões”, em um ou ambos os lados. Logicamente, o que vai definir a execução ou não desses empréstimos é a qualidade do material adjacente aos cortes ou aterros em que se fará a escavação e o volume necessário para suprir a carência de material no aterro de destino.

3.2. EMPRÉSTIMOS CONCENTRADOS

Os empréstimos concentrados* são definidos por escavações efetuadas em áreas fora da faixa de domínio, em locais que contenham materiais em quantidade e qualidade adequada para confecção dos aterros. A utilização desse tipo de empréstimo se dá quando não existem materiais adequados nas faixas laterais a cortes ou aterros para efetivação de empréstimos laterais, ou quando esses últimos não proporcionam a retirada do volume total necessário. Os locais dos empréstimos concentrados ou localizados devem ser selecionados dentre as elevações do terreno natural próximas ao aterro a que se destinará o material, devendo-se definir a área e forma de exploração de tal maneira que, após a escavação, se tenha uma aparência topográfica natural. As medidas minimizadoras dos impactos ambientais sugeridas para os empréstimos materiais aplicam-se, na totalidade, aos empréstimos concentrados. *os empréstimos concentrados são também chamados de JAZIDAS DE EMPRÉSTIMOS, estas jazidas se localizam fora da faixa de domínio.

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Empréstimos

2 Tipos: - Laterais: dentro dos limites da faixa de domínio

- Concentrados: fora da faixa de domínio

Nos Cortes:

a) Adoção de taludes mais suaves (maior inclinação) => melhorar a estabilidade

b) Rebaixamento do fundo de corte, com modificação do greide, para melhorá-lo.

���� Execução de empréstimos

- No caso de caixas de empréstimos laterais destinadas a trechos com greide elevado, as bordas internas das caixas devem ter distância mínima de 5,00 m do pé do aterro.

- Empréstimos laterais entre borda externa das caixas de empréstimo e o limite da faixa de domínio deve ser mantida, sem exploração, uma faixa de 2,00 m de largura, a fim de permitir a implantação da vedação delimitadora*.

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* No caso de empréstimo de alargamento de corte => largura mínima de 3,00 m.

� Medição - Empréstimos

- considera o volume extraído medido na caixa de empréstimo (“in natura”)

CONDICIONANTES AMBIENTAIS • Atendimento aos preceitos vigentes e os instituídos pelos competentes órgãos regionais; • Execução do PRAD – Plano de Recuperação de Áreas Degradadas aprovado, elaborado em conformidade com o respectivo Programa Ambiental; • Preservação dos cursos d’água, dos centros urbanos e das unidades habitacionais; • Preservação das áreas situadas em reservas florestais, ecológicas ou de valor cultural, protegidas pela legislação; • Preservação de sistemas naturais e das espécies de fauna rara, ou em extinção, e de interesse científico ou econômico; • Adoção de medidas, objetivando evitar a ocorrência ou aceleração de processos erosivos e a formação de processos de instabilidade física; • Instalação de sistema de drenagem específico; • Realização de inspeções ambientais, de conformidade com a periodicidade estabelecida, e a ter lugar durante a fase de operação das caixas de empréstimo.

Recuperação de área de empréstimo lateral

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DNIT 107/2009-ES (Terraplenagem – Empréstimos - Especificações de Serviço) Disponível em: http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT107_2009_ES.pdf

4. BOTA – FORA

Material de escavação de cortes, não aproveitado nos aterros, devido à sua má qualidade, ao seu volume ou à excessiva distância de transporte, e que é depositado fora da plataforma da rodovia, de preferência nos limites da faixa de domínio, quando possível, ou seja, são volumes de matérias escavados não utilizáveis na terraplenagem. O local de depósitos desses materiais deve ser criteriosamente definido, a fim de não causar danos às outras obras de construção. Local de bota-fora: lugar estabelecido para depósito de materiais inservíveis. MANEJO AMBIENTAL:

• Os bota-foras devem evitar que as águas pluviais promovam erosões e assoreamentos. • Após conformação final, deve ser feito revestimento vegetal dos bota-foras, inclusive do material de 3ª categoria, incorporando à paisagem local.

Utilização de material de bota-fora para recuperação de área degradada Pessoal, muitas vezes a fiscalização da obra determina que se utilize o material de bota-fora para combater erosões existentes. Dessa maneira, aproveita-se o material do bota-fora para recuperar uma área erodida.

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11 - (UNIPAMPA 2009 - CESPE) Entre as operações de corte, podem-se citar as seguintes etapas: escavação dos materiais, transporte dos materiais escavados para aterros ou bota-fora e retirada das camadas de má qualidade, visando à preparação das fundações dos aterros. Pessoal, além da parte teórica que curso traz, nós estamos tentando mostrar para vocês também algumas das principais fontes de referências usadas pelas bancas ao elaborar as questões. O objetivo é mostrar a vocês a forma como as questões são elaboradas a partir dos diversos materiais disponíveis, especialmente dos manuais e normas do DNIT (chamando a sua atenção para os mais relevantes entre os inúmeros existentes) e eventualmente a partir de outras fontes que vamos citando durante as explicações dos exercícios. Conhecendo essas fontes, aumenta, e muito, as chances do candidato estudar um material em que, eventualmente, podem ser tiradas questões de prova. Especificamente, nessa prova da Unipampa, elaborada pelo CESPE, em 2009, um das fontes foi o material do CEHOP/SE mencionado na questão anterior. Vejam só o que está escrito nele: As operações de cortes compreendem: � Escavação do terreno natural até o nível (greide) da terraplenagem indicado no projeto; � Escavação do terreno natural, abaixo do greide (quando for rocha sã ou em decomposição (0,40 m) e ocorrência de solos de elevada expansão, baixa capacidade de suporte ou solos orgânicos (0,60 m) para posterior substituição por solos selecionados. � Retirada das camadas de materiais de má qualidade com a finalidade de preparar as fundações dos aterros, de acordo com as indicações do projeto. � Transporte dos materiais retirados para aterros, depósitos ou locais de “bota-fora”, indicados pela Fiscalização ou previstos em projeto, de modo a não causar transtorno à obra, em caráter temporário ou definitivo.

Gabarito: Certa

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5. ATERROS

Conforme a NORMA DNIT 108/2009 – ES - Terraplenagem – Aterros: São segmentos de rodovia cuja implantação requer depósito de materiais provenientes de cortes e/ou de empréstimos no interior dos limites das seções de projeto (off sets) que definem o corpo estradal, o qual corresponde à faixa terraplenada. Podemos resumir a definição de ATERRO como o enchimento do terreno com material de áreas de empréstimo feito com a finalidade de se implantar a plataforma em cota superior ao terreno natural.

Aterro em seção plena

A Norma supracitada ainda traz conceitos importantes: a) Faixa terraplenada Faixa correspondente à largura que vai de crista a crista do corte, no caso de seção plena em corte; do pé do aterro ao pé do aterro, no caso de seção plena

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em aterro; e da crista do corte ao pé do aterro, no caso da seção mista. É a área compreendida entre as linhas “Off sets”. b) Corpo do aterro Parte do aterro situada sobre o terreno natural até 0,60 m abaixo da cota correspondente ao greide de terraplenagem. c) Camada final Parte do aterro constituída de material selecionado, com base em preceitos técnico-econômicos, com 60,0 cm de espessura, situada sobre o corpo do aterro ou sobre o terreno remanescente de um corte e cuja superfície é definida pelo greide de terraplenagem.

d) Plataforma da estrada Superfície do terreno ou do terrapleno, compreendida entre os dois pés dos cortes, no caso da seção em corte; de crista a crista do aterro, no caso da seção em aterro; e do pé do corte a crista do aterro, no caso da seção mista. No caso dos cortes, a plataforma compreende também a sarjeta.

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5.1. COMPACTAÇÃO DOS ATERROS

Pode-se afirmar que a compactação dos aterros é a fase em que maiores cuidados devem ser tomados no emprego correto das técnicas e procedimentos recomendados, pois a má execução desse trabalho tem sempre consequências desagradáveis e onerosas ao construtor e ao usuário das obras. Assim, a compactação é tarefa da maior importância. Existem fatores adversos e aleatórios que perturbam sua operação como: chuvas, excesso de umidade do solo e variação imprevisível nas suas características e que podem vir a contribuir para a eventual má qualidade do aterro. A compactação é a operação por processo manual ou mecânico, destinada a reduzir o volume dos vazios de um solo ou outro material, com a finalidade de aumentar-lhe a massa específica, resistência e estabilidade. A meta almejada, no caso, deve ser sempre a obtenção das massas específicas indicadas no Projeto de Engenharia e/ou pelas Especificações das Obras. Entretanto, algumas regras básicas devem ser obedecidas, visando-se o bom desenvolvimento e a qualidade dos serviços.

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a) Uma vez processada a limpeza do terreno, os buracos ou depressões ocasionados por desmatamento/destocamento devem ser preenchidos com material dos cortes ou empréstimos devidamente compactados; b) Iniciar o aterro sempre no ponto mais baixo, em camadas horizontais; c) Prever o caimento lateral ou longitudinal para o rápido escoamento das águas pluviais, evitando o seu acúmulo em qualquer ponto.

5.2. MATERIAIS

Os materiais a serem utilizados na execução dos aterros devem ser provenientes das escavações referentes à execução dos cortes e da utilização de empréstimos, devidamente caracterizados e selecionados com base nos Estudos Geotécnicos desenvolvidos através do Projeto de Engenharia. Tais materiais, que ordinariamente devem se enquadrar nas classificações de 1ª categoria e de 2ª categoria, devem atender a vários requisitos, em termos de características mecânicas e físicas, conforme se registra a seguir: a) Ser preferencialmente utilizados de conformidade com sua qualificação e destinação prévia fixada no projeto. b) Ser isentos de matérias orgânicas, micáceas e diatomáceas. Não devem ser constituídos de turfas ou argilas orgânicas. c) Para efeito de execução do corpo do aterro, apresentar capacidade de suporte adequada (ISC ≥ 2%) e expansão menor ou igual a 4%. d) Para efeito de execução da camada final dos aterros, apresentar dentro das disponibilidades e em consonância com os preceitos de ordem técnico-econômica, a melhor capacidade de suporte e expansão ≤ 2%. O atendimento aos mencionados preceitos deve ser efetivado através de análise técnico-econômica, considerando as alternativas de disponibilidade de materiais ocorrentes e incluindo-se, pelo menos, 01 (uma) alternativa com a utilização de material com CBR≥ 6%. e) Em regiões onde houver ocorrência de materiais rochosos e na falta de materiais de 1ª e/ou 2ª categoria admite-se, desde que devidamente especificado no projeto de engenharia, o emprego destes materiais de 3ª categoria (rochas), atendidas as condições prescritas no projeto de engenharia.

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Material para aterro (preferencialmente de 1ª e 2ª Categoria)

5.3. ASPECTOS CONSTRUTIVOS E PARTICULARIEDADES

Há três etapas distintas na execução propriamente dita dos aterros: o lançamento do material pelo equipamento de transporte; o espalhamento em camada, e a compactação (de cada camada).

O lançamento do material para a construção dos aterros deve ser feito em camadas sucessivas, em toda a largura da seção transversal, e em extensões tais que permitam seu umedecimento e compactação, de acordo com o previsto no projeto de engenharia. Para o corpo dos aterros, a espessura de cada camada compactada não deve ultrapassar de 0,30 m. Para as camadas finais essa espessura não deve ultrapassar de 0,20 m. Todas as camadas do solo devem ser convenientemente compactadas, de conformidade com o definido no projeto de engenharia. Ordinariamente, o preconizado é o seguinte:

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a) Para o corpo dos aterros, na umidade ótima, mais ou menos

3%, até se obter a massa específica aparente seca correspondente a 100% da massa específica aparente máxima, do ensaio realizado pela Norma DNER ME 129/94, Método A [proctor normal].

b) Para as camadas finais, aquela massa específica aparente seca

deve corresponder a 100% da massa específica aparente máxima seca do ensaio DNER-ME 129/94, Método B [proctor intermediário].

Pessoal, falaremos sobre o ensaio de compactação nas próximas aulas. Mas antecipamos que ele se divide em: Normal, Intermediário e Modificado. A diferença principal entre eles é a energia utilizada para compactação do solo. O Ensaio de Proctor Normal tem uma energia de compactação menor do que o intermediário e essa menor do que o do modificado. Vimos também que são inúmeras as características de controle exigidas quando da execução das camadas de corpo e finais de aterro. Como tais características já foram muito cobradas em provas anteriores há uma grande possibilidade de termos uma questão sobre esse tema neste certame, então resolvemos fazer um quadro-resumo que aconselhamos decorá-lo antes de sua prova:

Camada Espessura de cada camada compactada

G.Compactação ISC (%) Expansão ≤ h(ótima)

Corpo de aterro ≤ 0,3 m 100 % P.N. ≥ 2% 4%. + /- 3%

Finais de aterro ≤ 0,2 m 100 % P.I.

Melhor capacidade de suporte

2%. + /- 3%

Sendo: P.N. – Proctor Normal P.I. – Proctor Intermediário

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5.4. EXECUÇÃO DE ATERROS COM MATERIAIS ROCHOSOS

A execução deste serviço deve observar as diretrizes a seguir:

• O corpo dos aterros de rocha deve ser construído em camadas sucessivas, para toda a largura da seção transversal, com espessura máxima de 0,75 m. A maior dimensão de qualquer pedra utilizada deve ser, no máximo, igual a 0,60 m;

• A primeira camada deve ser executada mediante descarga da rocha no ponto mais baixo do trecho em execução e com utilização de trator de esteiras com lâmina para espalhamento do material na espessura indicada;

• Cada camada subsequente deve ser construída a partir de uma extremidade, lançando-se a rocha no topo da camada em construção e, após, empurrando-se o material para frente com trator de lâmina, de tal modo que as pedras sejam acomodadas sobre a camada precedente;

• Os interstícios entre as pedras maiores devem ser preenchidos com pedras de menor tamanho e com fragmentos produzidos por essa operação e pela colocação de carregamentos sucessivos de material;

• Os últimos 2,0 m do aterro devem ser executados em camada, cuja espessura não pode ser superior a 0,30 m nem conter pedras com dimensão superior a 2/3 da espessura da camada, devendo ser usados rolos vibratórios apropriados;

• Deve ser obtido um conjunto livre de grandes vazios e engaiolamentos e o diâmetro máximo dos blocos de pedra deve ser limitado pela espessura da camada;

• A camada final deve ser constituída com granulometria tal que assegure uniformidade à superfície;

• Os materiais de dimensões maiores que as especificadas devem ser reduzidos por marroagem ou outros métodos.

6. EXECUÇÃO DE ATERROS COM AREIA

Em regiões onde houver ocorrência predominante de areia, deve ser admitido seu uso na execução de aterros. O projeto de engenharia deve definir a espessura e demais características das camadas de areia e de material terroso subsequente.

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Ocorrência predominante de areia (é admitido o uso)

7. EXECUÇÃO DE ATERROS SOBRE SOLOS MOLES

7.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Muitas vezes, na construção de uma estrada, nos deparamos com problemas de construção de um aterro sobre um terreno de baixa resistência e com umidade bastante alta. A construção do aterro diretamente sobre esse tipo de terreno pode ocasionar problemas de recalques e prejudicar a qualidade do serviço. Quando a espessura da camada mole é menor do que 5 m, a melhor solução geralmente é remover todo esse material com o uso de escavadeiras dotadas de “retro” ou drag-line, colocando o material do lado ou transportando-o em caminhões basculantes para locais de bota-fora. O material depositado, resultante da remoção, deve ser disposto de forma a não prejudicar o escoamento das águas superficiais e o meio ambiente local, devendo receber conformação adequada, de forma que resulte uma superfície final "suavizada" e compatível com o terreno natural. O material de reposição deverá ser arenoso por permitir a percolação da água, devido à sua alta permeabilidade. Entretanto, quando a espessura da camada mole é superior a 5 m, exceto quando a extensão for pequena, várias soluções podem ser estudadas para o caso, as quais demandam a elaboração de projeto específico. Dentre essas soluções as mais usuais são: estacas de areia, estivas de madeira, uso de geotêxteis e até uso de explosivos.

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Remoção do solo mole com o emprego da drag-line

7.2. ESTABILIDADE DOS ATERROS E CONSOLIDAÇÃO DAS FUNDAÇÕES

A execução dos aterros implica em dois problemas principais, quanto à sua estabilidade: fundação e compactação. Ainda que a compactação da massa do aterro seja feita com todos os cuidados técnicos, a sua estabilidade pode ficar prejudicada irremediavelmente, se o mesmo não tiver como fundação uma camada de bom suporte, resultando daí em recalques excessivos ou, eventualmente, em escorregamentos laterais, que comprometem totalmente a sua utilização.

Aterro sobre solo mole que rompeu

Algumas camadas têm capacidade de suporte tão baixa, além de possuírem alta compressibilidade, que qualquer aterro executado sobre elas apresentaria um comportamento indesejável, no que se refere aos recalques ou escorregamentos. Três são os principais tipos de ocorrências:

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a) Recalque por adensamento Resulta da pressão proveniente do peso próprio e das cargas móveis que trafegam sobre o aterro, nas camadas compressíveis, ocasionando a diminuição lenta do volume de vazios pela expulsão da fase líquida, devido ao aumento da pressão neutra, resultando no adensamento da camada e, em consequência, na ocorrência de recalques. b) Ruptura por afundamento Pode ocorrer quando a camada portante for de muito baixa capacidade de suporte e atingir grande profundidade. Nesse caso, o corpo do aterro sofre um deslocamento vertical e afunda por igual no terreno mole, havendo a expulsão lateral do material de má qualidade, com água.

c) Ruptura por escorregamento A ruptura por escorregamento acontece quando o aterro é construído sobre uma camada muito mole, com baixa resistência ao cisalhamento e que se apóia sobre uma mais resistente. Na ocasião de chuvas intensas, o aumento da pressão hidrostática, devido à elevação do lençol freático, se traduz pelo aumento da pressão neutra, reduzindo sensivelmente a resistência ao cisalhamento, formando uma superfície de escorregamento que afeta o aterro, levando-o à ruptura.

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Torna-se evidente que, existindo solos muito moles, materiais com grandes porcentagens de matéria orgânica, solos brejosos ou turfosos, impõe-se, antes da execução do aterro, a adoção de medidas, visando à consolidação e estabilização do terreno de fundação. A solução a ser adotada deve ser definida em Projeto de Engenharia específico e com base em considerações técnico-econômicas. Com frequência, a solução ideal ditada estritamente pelo critério técnico conduz a custos de execução bastante elevados e, em razão disto, são adotadas soluções outras, menos onerosas que, obviamente, envolvem algum risco. 7.2.1. PROCESSO EXECUTIVO a) Preparo do terreno de fundação Antes da execução do aterro o terreno deve ser desmatado e destocado pelos processos convencionais. Se a solução de projeto for a de lançamento do aterro sem a remoção da argila mole, deve ser mantida a trama de raízes existentes na crosta superficial, pois a resistência desta camada colabora para estabilidade geral do aterro, e sua remoção, especialmente no caso de argilas muito moles, pode trazer problemas de execução, como a impossibilidade de

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se manter um espessura reduzida da camada de trabalho devido à ocorrência de rupturas localizadas. b) Lançamento da camada de trabalho Se o aterro for construído sem a remoção da camada de argila mole, deve ser lançada inicialmente uma camada de trabalho constituída de um dos seguintes materiais: • Areia limpa, satisfazendo os critérios de material drenante e com

espessura mínima de 0,50 m, para permitir a drenagem da água expulsa do subsolo pela ação do adensamento deste sob o peso do aterro;

• Material arenoso, com no máximo 5% passando na peneira 200 e

espessura mínima de 0,50 m, se não for essencial à função drenante dessa camada;

• Geotêxtil, se as condições de trabalho forem muito difíceis e/ou a areia

limpa for escassa na região. c) Alteamento e compactação O aterro deve ser compactado em camadas de 0,20 a 0,30 m de espessura, dependendo das características dos rolos empregados. O material do aterro deve satisfazer às exigências usuais, como estar isento de raízes e material orgânico, sem excesso de mica e livre de pedregulhos ou pedras com dimensão superior à metade da espessura da camada espalhada. O material de empréstimo deve satisfazer às exigências de projeto quanto à umidade e, se esta estiver muito acima da umidade ótima e o clima da região tornar impraticável a secagem do material pelos métodos convencionais (ao ar, destorroando-se com grade de discos), podem ser empregadas, após aprovação da Fiscalização, camadas alternadas de argila e areia pura, de modo a permitir redução da umidade das primeiras através da drenagem de seu excesso de água pelas camadas de areia, sob o peso do aterro sobrejacente. 7.2.2. ALTERNATIVAS CONSTRUTIVAS Vamos agora ver as principais alternativas construtivas para execução dos aterros, quando houver camada de solo inservível:

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a) Escavação completa A remoção por escavação completa, adequada a trechos onde a espessura de material compressível é pequena, sendo certamente econômico quando ela é de no máximo de 4 a 5 m. Em certos casos, como o de encontro de pontes, têm sido removidas camadas de espessuras maiores. b) Escavação parcial Quando a camada de argila mole for muito espessa (superior a 5 m), sua remoção pode ser parcial. c) Construção em etapas A construção por etapas implica subdividir a altura de aterro em duas ou três etapas. A primeira é construída aquém da altura crítica, para que seja estável, seguindo-se um período de repouso para que o processo de consolidação dissipe parte das poropressões e o solo mole ganhe resistência. Após certo tempo, quando o ganho de resistência chegar aos níveis estabelecidos no projeto e que garantam a estabilidade, uma segunda etapa do aterro pode ser executada. Esta técnica implica em geral em longos tempos de permanência que na maioria das vezes são inaceitáveis para um projeto rodoviário sobre solos moles de baixa permeabilidade. Entretanto, pode ser eficaz se empregada em conjunto com os geodrenos e sobrecarga temporária que aceleram os tempos de dissipação.

d) Execução de bermas de equilíbrio Sob certas condições, é possível evitar-se o deslocamento dos materiais instáveis, durante a execução do aterro, construindo-se camadas laterais, que servem de contrapeso aos empuxos resultantes da carga do aterro principal, denominadas bermas de equilíbrio. Evitam a formação dos bulbos e o deslocamento do material instável, bem como o afundamento do material de boa qualidade do aterro, obtendo-se um processo de estabilização rápido e econômico.

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Pessoal, as bancas costumam cobrar muito o conhecimento sobre a aplicação e definição de bermas de equilíbrio, portanto, fiquem atentos quanto a esse ponto! e) Execução de drenos verticais e.1) Areia Os drenos verticais de areia são constituídos de tubos com diâmetro entre 20 a 60 cm, com uma distância entre os drenos na ordem de dez vezes o valor do seu diâmetro. Os drenos visam aumentar o adensamento da camada mole, a sua resistência ao cisalhamento e melhoria da capacidade de suporte. ETAPAS: 1. Cravejamento de tubos (drenos) até atingir a camada de bom suporte; 2. Remoção do material interno dos drenos com jatos d’água; 3. Enchimento dos drenos c/ material filtrante, com alto teor de permeabilidade; 4. Construção de camada drenante no topo dos drenos; 5. Execução do aterro sobre a camada filtrante, fazendo com que a pressão da sobrecarga do aterro faça a água da camada mole percolar até o dreno vertical, atingindo a base do aterro e saindo pela camada drenante; 6. O adensamento da camada mole é acelerado por meio da perda de água, redução do volume de vazios e aumento da resistência de cisalhamento.

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Qualquer que seja o material constituinte do dreno, o mesmo deverá ter permeabilidade igual ou maior do que a camada permeável por onde se processo o fluxo.

Drenos de areia

e.2) Geodrenos Os geodrenos são elementos drenantes constituídos de materiais sintéticos com 100 mm de largura e 3 a 5 mm de espessura e grande comprimento. São cravados verticalmente no terreno, dispostos em malha, de forma a permitir a drenagem e acelerar os recalques. Os geodrenos são a alternativa técnica e econômica que vieram para substituir os drenos de areia, porém esses ainda vem sendo utilizados. Os geodrenos são constituídos de, pelo menos, dois materiais: o miolo drenante e o seu revestimento. Este tem por objetivo permitir a passagem da água e reter o ingresso de solo. O miolo drenante, tem por objetivo conduzir a água até a superfície do terreno e drená-la através do colchão drenante na superfície e resistir aos esforços de instalação e os provenientes da deformação do aterro.

Etapas da cravação do geodreno

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Cravação dos Geodrenos

f) Utilização de geotêxteis Vem sendo de uso cada vez maior na execução de aterros sobre solos moles. Consiste em colocação de mantas com características apropriadas, em posições cuidadosamente definidas (horizontal e verticalmente), sobre as quais vão sendo colocadas as diversas camadas de solo. Requerem cuidados especiais para garantia da drenagem e do próprio andamento dos trabalhos, geralmente exigindo a execução manual de aterro nas suas primeiras camadas. O geotêxtil distribui carga do maciço e facilita a drenagem. É de fácil aplicação e tem custo bastante competitivo, quando comparado com o de outras soluções.

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g) Aterro estaqueado Esta solução pretende transferir a carga do aterro diretamente a um substrato mais resistente, aliviando a camada mole e evitando os recalques. Consiste em empregar um conjunto de estacas, em geral pré-moldadas de concreto armado ou madeira tratada dispostas em malha quadrada. O topo das estacas recebe um capitel de concreto armado. As estacas são projetadas para transferir toda a carga do aterro para as camadas mais resistentes do terreno. Sobre a cabeça de cada estaca executa-se uma pequena laje denominada capitel, o aterro compactado é executado em seguida de maneira convencional.

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(CGE/PI 2014 – CESPE) Na execução de um aterro necessário em obra de terraplenagem para implantação de rodovia, verificou-se a existência de uma camada de solo mole com 20 metros de profundidade, que foi removida e substituída por material de melhor qualidade. Considerando essa situação, julgue os itens subsecutivos.

12 - (CGE/PI 2014 – CESPE) No processo de remoção da camada de solo mole dessa obra, o material de reposição deve ser, de preferência, arenoso.

Estudamos que ao realizar a remoção da camada de solo mole, o material de reposição deverá ser arenoso por permitir a percolação da água, devido à sua alta permeabilidade.

Gabarito: Certa

13 - (CGE/PI 2014 – CESPE) A remoção e a substituição da camada de solo mole na obra em questão constituem uma solução economicamente viável.

No enunciado da questão é dito que a espessura da camada de solo mole possui 20 metros de profundidade. Vimos em aula que quando a espessura camada mole é < que 5 m, a melhor solução geralmente é remover todo esse material com o uso de escavadeiras dotadas de “retro” ou drag-line, colocando o material do lado ou transportando-o em caminhões basculantes para locais de bota-fora. Entretanto, quando a espessura da camada mole é > que 5 m, exceto quando a extensão for pequena, várias soluções podem ser estudadas para o caso, as quais demandam a elaboração de projeto específico.

Dessa forma, a remoção e a substituição da camada de solo mole na obra em questão não constituem uma solução economicamente viável, tendo em vista que a camada de solo mole é superior a 5 m.

Gabarito: Errada

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14 - (CGE/PI 2014 – CESPE) Devido à baixa carga sobre rodovias, é desnecessário tratamento para consolidação do solo em aterros sobre camadas de argila.

Pelo contrário não é pessoal, sobre as rodovias passam altíssimas cargas e com isso torna-se extremamente necessária a realização da consolidação do solo para evitar o recalque do aterro.

Estudamos também que na construção por etapas, subvidi-se a altura do aterro em duas ou três etapas. A primeira é construída aquém da altura crítica, para que seja estável, seguindo-se um período de repouso para que o processo de consolidação dissipe parte das poropressões e o solo mole ganhe resistência. Após certo tempo, quando o ganho de resistência chegar aos níveis estabelecidos no projeto e que garantam a estabilidade, uma segunda etapa do aterro pode ser executada.

Gabarito: Errada

15 - (CGE/PI 2014 – CESPE) A utilização de drenos de areia é uma possível solução para o problema trazido pela presença de solo mole na referida obra.

Vimos que os drenos verticais de areia visam aumentar o adensamento da camada mole, a sua resistência ao cisalhamento e melhoria da capacidade de suporte. Portanto, alternativa correta.

Drenos de areia

GABARITO: Certa

16 - (FUB CESPE – 2015) A remoção de solos moles e a substituição desses por material granular poderão ser totais ou parciais e só serão viáveis para depósitos pouco extensos.

O erro da questão foi considerar que a remoção dos solos moles e a substituição por material granular SÓ seria viável para locais pouco extensos,

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porém como vimos a viabilidade ou não da remoção dos solos moles está mais relacionada com a profundidade da escavação e não com a sua extensão.

Gabarito: Errada

7.3. CONTROLE DE INSUMOS

Deve ser procedido o controle tecnológico dos materiais terrosos utilizados, objetivando verificar quanto ao atendimento aos vários requisitos, em termos de características físicas e mecânicas. Neste sentido, devem ser adotados os seguintes procedimentos: a) Para o corpo de aterro:

Ensaio Amostragem

01 ensaio de compactação a cada 1.000 m³ de material

01 ensaio de granulometria a cada grupo de 10 amostras do ensaio de compactação

01 ensaio de limite de liquidez

01 ensaio de plasticidade

b) Para a camada final de aterro (últimos 60 cm):

Ensaio Amostragem

01 ensaio de compactação a cada 200 m³ de material

01 ensaio de granulometria

a cada grupo de 04 amostras do ensaio de compactação

01 ensaio de limite de liquidez

01 ensaio de plasticidade

01 ensaio de índice de suporte califórnia

7.4. CONTROLE DA EXECUÇÃO DA COMPACTAÇÃO

Devem ser adotados os seguintes procedimentos:

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Ensaio de massa específica aparente seca “in situ”, em locais escolhidos aleatoriamente, por camada, distribuídos regularmente ao longo do segmento, pelos Métodos do Frasco de Areia e do Óleo*. Para pistas de extensões limitadas, com volume de, no máximo, 1.200m³ no corpo do aterro, ou 800m³ para as camadas finais, devem ser feitas, pelo menos, cinco determinações para o cálculo do grau de compactação (GC). O número de ensaios de massa específica aparente “in situ”, para o controle da execução, deve ser definido em função do risco de rejeição de um serviço de boa qualidade. *Esses dois ensaios servem para determinar a massa específica aparente seca “in situ”, a qual, ao compararmos com a massa específica aparente de laboratório**. Estudaremos detalhadamente cada um desses ensaios na aula 06 (Ensaios Técnicos). **determinada no ensaio de compactação (Proctor) Resumo: Aterro

- executado em camadas sucessivas

- espessura máx. compactada: - corpo do aterro = 0,30m

- camadas finais = 0,20m

- Camada final: 3 camadas individuais de 20 cm cada (total 60,0 cm)

- Bota-fora: Material não aproveitado nos aterros, devido à má qualidade, volume ou excessiva distância de transporte, e que é depositado fora da

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plataforma da rodovia, de preferência nos limites da faixa de domínio, quando possível (Jusante da obra)

- Execução de aterros = Descarga + espalhamento + homogeneização + umedecimento + compactação

=> Materiais de 1ª e 2ª Categoria (Pode de 3ª em circunstâncias excepcionais)

Camada

Espessura de cada camada compactada

G.C. ISC (%) Expansão ≤

h(ótima)

Corpo de

aterro

≤ 0,3 m

100 % P.N.

≥ 2%

4%.

+ /- 3%

Finais de

aterro

≤ 0,2 m

100 % P.I.

Melhor capacidade de suporte

2%.

+ /- 3%

OBS1: Camada Final: deve ser efetivado através de análise técnico-econômica, considerando as alternativas de disponibilidades ocorrentes e incluindo-se, pelo menos, 01 alternativa com a utilização de material com CBR ≥ 6%.

OBS2: Corpo de Aterro: a norma considera para o corpo de aterro GC ≥ 100% do P.I.

Verificação

a) Variação máx. de altura máxima => ± 0,04 m p/ eixos e bordas

b) Variação máx. da largura => + 0,30 m p/ plataforma*

* Não é permitida variação negativa

Leia também: DNIT 108/2009-ES (Terraplenagem – Aterros - Especificações de Serviço). Disponível em: http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT108_2009_ES.pdf

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17 – (PETROBRAS 2004 - CESPE) As turfas e os solos expansivos são utilizados como materiais de aterro, independentemente da sua altura e da finalidade. Na aula foi dito que os materiais a serem utilizados na execução dos aterros devem: a) Ser preferencialmente utilizados, de conformidade com sua qualificação e destinação prévia fixada no projeto. b) Ser isentos de matérias orgânicas, micáceas e diatomáceas. Não devem ser constituídos de turfas ou argilas orgânicas. (alínea “b” do item 5.1 da norma DNIT 108/2009-ES). c) Para efeito de execução do corpo do aterro, apresentar capacidade de suporte adequada ( ISC ≥ 2%) e expansão menor ou igual a 4%. (alínea “c” do item 5.1 da norma DNIT 108/2009-ES) d) Para efeito de execução da camada final dos aterros, apresentar dentro das disponibilidades e em consonância com os preceitos de ordem técnico-econômica, a melhor capacidade de suporte e expansão ≤ 2%. (alínea “d” do item 5.1 da norma DNIT 108/2009-ES) Vamos relembrar mais uma vez o nosso quadro-resumo para os aterros:

Camada

Espessura de cada camada compactada

G.Compacta ção

ISC (%) Expansão ≤

h(ótima)

Corpo de

aterro

≤ 0,3 m

100 % P.N.

≥ 2%

4%.

+ /- 3%

Finais de

aterro

≤ 0,2 m

100 % P.I.

Melhor capacidade de suporte

2%.

+ /- 3%

As alíneas c e d estão resumidas nesse quadro. Gabarito: Errada

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18 – (PETROBRAS 2004 - CESPE) A variação máxima no valor da umidade ótima do material de aterro deve ser de, no máximo, 6%. Mais uma questão que dá para matar com a utilização do resumo que fizemos para vocês! A variação máxima da umidade ótima é de 3%. Gabarito: Errada 19 – (INSS 2008 - CESPE) Quando houver disponibilidade de solo expansivo como material para aterro, esse deve ser preferido a outros sem essa característica. É claro que não! O solo expansivo é indesejado para aterro, tanto que a norma restringe os percentuais de expansão para as camadas de aterro. Gabarito: Errada 20 - (TCE-ES/2012 – CESPE) Na opção de aterro do tipo estaqueado, as estacas são projetadas para transferir toda a carga do aterro para um substrato mais resistente. Como acabamos de ver, é exatamente essa a função das estacas no aterro do tipo estaqueado: transferir toda a carga do aterro para um substrato mais resistente. Gabarito: Certa 21 - (TCE-ES/2012 – CESPE) A remoção de solo mole e a substituição por material granular devem ser consideradas em casos de depósitos muito extensos e de espessura de solo mole inferior a 6 m. Para espessuras maiores, deve-se aprovar solução de substituição parcial. Vamos recordar o que foi dito na aula: “A remoção por escavação completa, adequada a trechos onde a espessura de material compressível é pequena, sendo certamente econômico quando ela é de no máximo de 3 m. Em certos casos, como o de encontro de pontes, têm sido removidas camadas de espessuras maiores.” Portanto, a remoção completa deve ser considerada para os casos em que a espessura é de no máximo de 3 m e não com inferior a 6 m, como afirma o item. Gabarito: Errada

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22 - (TCE-ES/2012 – CESPE) Os geodrenos exercem grande função portante, por serem elementos drenantes constituídos de materiais sintéticos, cravados verticalmente no terreno, e dispostos em malha, de forma que seja permitido drenar e acelerar os recalques. Mais uma questão que cobra os conhecimentos acerca das diversas alternativas construtivas dos aterros. Realmente, os geodrenos são elementos drenantes constituídos de materiais sintéticos, cravados verticalmente no terreno e dispostos em malha, de forma a permitir a drenagem e acelerar os recalques. Porém esses elementos não têm a função portante, possuem a função drenante somente. Gabarito: Errada 23 - (FUB CESPE – 2015) Materiais de empréstimo para execução de corpo de aterro devem apresentar capacidade de suporte maior ou igual a 2% (ISC >= 2%) e expansão menor que 4%, determinados por meio de ensaio de compactação e de ensaio de CBR. Conforme nosso quadro-resumo, a questão está correta! Camada

Espessura de cada camada compactada

G.Compactação ISC (%) Expansão ≤

h(ótima)

Corpo de

aterro

≤ 0,3 m

100 % P.N.

≥ 2%

4%.

+ /- 3%

Finais de

aterro

≤ 0,2 m

100 % P.I.

Melhor capacidade de suporte

2%.

+ /- 3%

Gabarito: Certa

8. COMPENSAÇÃO DE VOLUMES

A execução de escavações em cortes ou empréstimos determina o surgimento de volumes de materiais que deverão ser transportados para aterros ou bota-foras. Ainda, quanto à configuração do terreno onde se realiza uma operação de corte, esta poderá determinar uma seção dita de “corte pleno” ou uma “seção mista”.

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Dependendo da situação topográfica do segmento, teremos caracterizados dois tipos distintos de compensação de volumes: compensação longitudinal ou compensação lateral.

8.1. COMPENSAÇÃO LONGITUDINAL

Uma compensação é dita longitudinal em duas situações: 1. A escavação é em corte pleno, ou a escavação provém de empréstimo não lateral a aterro. Neste caso, todo o volume extraído será transportado para segmentos diferentes daquele de sua origem: de corte para aterro (ou bota-fora) e de empréstimo para aterro, unicamente. 2. A escavação do corte é em seção mista onde o volume de corte supera o volume de aterro. Neste caso, o volume excedente de corte em relação ao volume necessário de aterro no mesmo segmento terá destinação a segmento distinto do de origem.

8.2 COMPENSAÇÃO LATERAL OU TRANSVERSAL

A compensação lateral se caracteriza pela utilização de material escavado, no mesmo segmento em que se processou a escavação. É o caso de segmentos com seções mistas ou em que a situação do terreno existente apresente pequenos aterros disseminados em cortes plenos ou vice-versa.

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8.3. FATORES DE CONVERSÃO

É de grande importância para as operações de terraplenagem, tanto no que respeita à etapa de projeto como à própria construção, que se tenha o adequado conhecimento das variações volumétricas ocorrentes durante a movimentação dos materiais envolvidos. Um material a ser terraplenado, possuidor de massa m, ocupa no corte de origem um volume Vcorte. Ao ser escavado, este material sofre um desarranjo em suas partículas, de forma que a mesma massa passa a ocupar um volume Vsolto. Finalmente, após ser descarregado e submetido a um processo mecânico de compactação, o material ocupará um terceiro volume, Vcomp. Para os solos, materiais mais frequentemente envolvidos nas operações de terraplenagem, prevalece entre estes volumes a seguinte relação:

Vcomp < Vcorte < Vsolto Em se tratando de uma mesma massa m a ser terraplenada, é fácil concluir que as variações nas densidades (ou massas específicas aparentes) do material obedecerão às desigualdades abaixo:

Dcomp > Dcorte > Dsolta

No exemplo abaixo indica que a escavação de 1,4m3 de solo no corte, gera 1,6m3 solo solto e 1 m³ de aterro compactado.

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Nota-se, portanto, e a prática confirma esta assertiva, que o material (solos em geral) compactado no aterro terá uma densidade final superior a aquela do seu local de origem e, consequentemente, ocupará um volume menor do que o ocupado originalmente. Em vista do exposto, foram conceituados alguns fatores, aqui designados genericamente por fatores de conversão, que objetivam permitir a transformação imediata entre os volumes verificados nas três etapas de terraplenagem retro-enumeradas. São eles: a – Empolamento, Fator de Empolamento e Porcentagem de Empolamento: Pessoal, segundo o DNIT, o fenômeno do empolamento pode ser expresso por três relações: 1. A primeira das relações, denominada empolamento (ep), traduz a relação entre o volume solto e o volume natural; 2. A segunda das relações, denominada porcentagem (ou taxa) de empolamento [p(%)], nos dá a taxa de aumento, em porcentagem, do volume solto em relação ao volume natural; 3. A terceira delas, denominada fator de empolamento (φ), traduz a relação de redução da massa específica aparente seca ao se escavar o material, com valor sempre menor do que 1. Abaixo, segue uma tabela exemplificativa dessas três relações para diferentes tipos de solos:

Para o cálculo do volume de aterro e desaterro (corte) não se considera o fator de empolamento. No aterro, mede-se o volume de aterro executado de acordo com a seção transversal do projeto. No corte, mede-se o volume extraído no corte.

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O fator de empolamento é levado em consideração para o transporte do material escavado, quer seja para bota-fora ou para um local de aterro. O SICRO2 – Sistema de Custos Rodoviários, do DNIT, considera o fenômeno do empolamento já na composição do transporte, sendo que o orçamentista não precisa saber o fator ou a taxa de empolamento, porque isto já está dentro da composição.

Pessoal, é o seguinte: o fator de empolamento deve ser considerado no orçamento. No caso do SICRO2*, esta consideração está no PREÇO UNITÁRIO do serviço de TRANSPORTE.

Portanto, caso o orçamentista esteja utilizando como referência o SICRO2, e ele considerar o fator de empolamento no cálculo das quantidades, ocorrerá duplicidade de utilização deste fator.

Dessa forma, o fator de empolamento deve sempre ser considerado, mas no caso do SICRO2, ele já está considerado no Preço Unitário do serviço, não devendo ser majorado no quantitativo.

*Para a orçamentação de obras rodoviárias públicas federais é obrigatório ter o SICRO2 como referência.

b - Fator de Contração: Trata-se também de parâmetro adimensional, assumindo, para os solos, valores inferiores à unidade. No entanto, quando a escavação for executada em materiais compactos (rocha sã, p.ex.) de elevada densidade “in situ”, resultará fator de contração superior à unidade. Este parâmetro permite que se faça uma estimativa do material, medido no corte, necessário à confecção de um determinado aterro. c - Fator de Homogeneização:

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O objetivo deste parâmetro, também adimensional, é similar ao do fator de contração, ou seja, estimar o volume de corte necessário à confecção de um determinado aterro. Sua aplicação é voltada para a etapa de projeto constituindo-se em subsídio fundamental ao bom desempenho da tarefa de distribuição do material escavado. Sendo o inverso do fator de contração, assume valores superiores à unidade para solos, e inferiores para materiais compactos. Pessoal, os Auditores e Analistas da área de obras rodoviárias e/ou obras viárias trabalham muito com esses fatores, especialmente o Fator de Homogeneização (FH). Quando estamos analisando os quantitativos das medições de serviços da obras auditadas, comparamos a quantidade de volume escavado (Vcorte) com a quantidade de volume de aterro compactado (Vcomp), a relação entre eles é o Fator de Homogeneização (FH) considerado nas medições de serviços. Posteriormente, por meio dos ensaios técnicos de laboratório é possível aferir se esses valores de FH, considerados nas medições, estão adequados com a realidade dos materiais empregados na execução de aterros, ou se estão majorados.

9. DISTRIBUIÇÃO DO MATERIAL A SER ESCAVADO

Calculados os volumes de cortes e aterros existentes entre cada par de seções sucessivas e estabelecidos os demais controles do projeto de terraplenagem (classificação quanto à dificuldade extrativa, critérios para a seleção qualitativa e fatores de homogeneização), é necessário que se execute a distribuição teórica do material a ser escavado, ou seja: definir toda a origem e destino dos materiais envolvidos na terraplenagem, seus volumes e classificação e as correspondentes distâncias médias de transporte. Notar que o transporte dos materiais escavados é computado, para fins de pagamento, em conjunto com a execução dos cortes (escavação, carga e transporte). O conceito de distância média de transporte advém dos primórdios da construção de estradas, quando a distribuição dos materiais era feita de forma sumária, pela observação do perfil da locação e acompanhamento simultâneo das operações de terraplenagem. Cada volume escavado e o aterro correspondente eram anotados neste perfil. As distâncias de transporte resultantes eram tomadas graficamente, medindo-se na escala do desenho as distâncias entre os centros de gravidade de cada escavação e cada aterro. Para fins de pagamento do transporte, calculava-se a distância média resultante pela expressão:

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Onde: • vi: volumes parciais escavados. • di: distâncias de transporte parciais. • Σvi: volume total escavado. O produto de um volume escavado pela distância segundo a qual este volume é transportado representa, em terraplenagem, o parâmetro conhecido como momento de transporte. O numerador da expressão de cálculo anterior indica, portanto, o momento de transporte total de distribuição em causa:

MT = Σ vi x di As unidades usuais para o momento de transporte são o m³xkm e o m³xdam. É fácil de imaginar que existem inúmeras possibilidades de se executar uma distribuição de terras na terraplenagem. A cada uma destas alternativas corresponderá uma distância média de transporte global e, consequentemente, um determinado custo de construção. Assim, o projeto de terraplenagem deverá procurar indicar a melhor distribuição de terras, de sorte que a distância média de transporte e, consequentemente, o custo das operações de terraplenagem, sejam reduzidos a valores mínimos, ou próximos a estes. A prática de projeto de estradas tem desenvolvido, em seus vários estágios, diversos procedimentos gráficos visando a execução de uma adequada distribuição de materiais na terraplenagem. Sucederam-se o “diagrama das áreas”, o “diagrama de Lalanne” e, como uma evolução deste, o “diagrama de Brückner”, ainda de uso corrente em projetos atuais. Sobre este último, apresentam-se, na seqüência, as considerações de ordem teórica pertinentes. Questões de concurso: 24 - (INSS 2008 - Cespe) Na escavação de vala, o volume de material que deve ser transportado é igual ao volume medido (cubicado) no corte. Será que o volume transportado (volume solto) é igual ao medido no corte (in natura)?

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Não é mesmo! No volume solto devemos considerar o empolamento do material devido ao rearranjo das partículas do solo.

Quando for calcular o volume transportado mutiplica-se o volume do corte pelo fator de empolamento.

Gabarito: Errada

9.1 DIAGRAMA DE BRÜCKNER

a) Construção Para que seja possível a construção gráfica do diagrama de Brückner, é necessário que se calculem as chamadas “ordenadas de Brückner”. Estas ordenadas são, em verdade, volumes de cortes e aterros acumulados sucessivamente, seção a seção, considerando-se os primeiros com sinal positivo e os segundos com sinal negativo. A somatória dos volumes é feita a partir de uma ordenada inicial arbitrária, em geral um volume suficientemente grande para evitar o aparecimento de ordenadas negativas, que dificultariam os cálculos. Os volumes envolvidos no cálculo das ordenadas de Brückner são aqueles ditos “efetivos”, ou seja: considerada a influência da camada vegetal. O fator de homogeneização é aplicado sobre os volumes de aterro, atuando neste como um multiplicador. Assim se procede, “expandindo” os volumes de aterro, para tornar realística a compensação com os volumes de cortes, que, como se sabe, sofrem redução após compactação nos aterros. Nos casos de seções mistas, a compensação lateral é feita de forma automática quando do cálculo das ordenadas de Brückner, pois os volumes de corte e de aterro são, respectivamente, somados e subtraídos a cada seção, de forma que o acréscimo ou decréscimo nas ordenadas será dado pela diferença entre os dois volumes considerados. Como regra prática, pode-se dizer que a compensação lateral será o menor dos dois volumes e que o volume disponível para compensação longitudinal, que afeta as ordenadas, será a diferença entre estes volumes. A figura abaixo exemplifica o exposto anteriormente, para uma situação em que o volume de corte disponível entre duas estacas consecutivas supera ao volume do aterro (homogeneizado) da seção mista:

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Cabe notar, ainda, que para fins práticos, o volume existente entre duas consecutivas (interperfis) é considerado aplicado na estaca correspondente à segunda seção. Este procedimento facilita a utilização do diagrama e a própria distribuição de terras, como será visto adiante. As ordenadas calculadas são plotadas geralmente sobre uma cópia do perfil longitudinal do projeto. Em abscissas é marcado o estaqueamento e em ordenadas, numa escala adequada, os valores calculados para as ordenadas de Brückner, seção a seção. Os pontos assim marcados, unidos por uma linha curva, sintetizam o diagrama de Brückner. b) Propriedades

Pessoal, fiquem atentos às propriedades abaixo, pois é um dos assuntos que mais caem em provas no que concerne ao Diagrama de Brückner. Elas são bem tranquilas de serem aprendidas. Caso tenham dúvidas, não se esqueçam de usar o nosso fórum. As propriedades básicas do diagrama de Brückner, em geral decorrentes da forma segundo a qual o mesmo é construído, são as seguintes: 1ª Propriedade: Considerando-se o sentido crescente do estaqueamento, os ramos ascendentes do diagrama correspondem a cortes (ou predominância de cortes em seções mistas) e os ramos descendentes correspondem a aterros (ou predominância de aterros nas seções mistas).

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Propriedade: Os pontos de máximo do diagrama representam a passagem de cortes para aterros e os de mínimo a passagem de aterros para cortes. 3ª Propriedade: Considerando um mesmo ramo, a diferença entre duas ordenadas mede o volume (de corte ou aterro) existente entre as seções correspondentes.

Propriedade: Linhas horizontais (ditas “linhas de compensação” ou “linhas de distribuição”), interceptando ramos ascendentes e descendentes, destacam segmentos que correspondem a volumes de cortes e aterros compensados.

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Como a linha lançada é horizontal, as ordenadas dos pontos 1, 3, 5 e 7 são iguais. Logo, aplicando-se ao exemplo acima exposto a 3ª propriedade, é fácil concluir que:

(Vc)I = (VA)I (Vc)II = (VA)II

(Vc)III = (VA)III As setas indicadas dentro de cada segmento compensado representam, em linhas gerais, a origem e a destinação de cada porção de material a ser escavado. Se, por exemplo, fossem designadas as estacas correspondentes aos pontos 1, 2 e 3 por X, Y e Z, poder-se-ia enunciar a seguinte orientação para o primeiro segmento compensado: “o corte que inicia na estaca X e termina na estaca Y, possuidor de volume (Vc)I = (2) - (1), será destinado ao aterro que inicia na estaca Y e termina na estaca Z. Neste enunciado, faltam as referências quanto à dificuldade extrativa do material do corte (1ª, 2ª ou 3ª categoria) e a distância de transporte que resultará desta operação. Este último aspecto é enfocado na 6ª propriedade. Ressalta-se, neste ponto, que os volumes de aterros utilizados para a construção do diagrama devem ter sido afetados pelo fator de homogeneização. Portanto, se fosse desejado o cálculo do volume real de aterro (“volume geométrico”) para fins de pagamento, no exemplo literal do primeiro segmento compensado, ter-se-ia que aplicar a expressão: 5ª Propriedade: A área compreendida entre a curva de Brückner e a linha de compensação mede o momento de transporte da distribuição considerada. Para o caso abaixo figurado tem-se que: S = MT

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Para se compreender esta propriedade, tomam-se inicialmente duas paralelas à linha de compensação, no âmbito do segmento compensado, destacando-se um volume v bastante pequeno.

O volume v do corte deve ser transportado ao aterro segundo uma distância de transporte d. Sendo este volume muito pequeno, a figura representada pela faixa situada entre as duas paralelas pode ser assimilada a um retângulo de área S’= v x d. Ora, por definição, o produto v x d representa o momento de transporte desta distribuição parcial (MT’):

MT’= S’ = v x d A área total S pode ser obtida pela somatória de todas as áreas de pequenas distribuições parciais como a esquematizada:

S = Σ S’I Em consequência, é possível deduzir que a área total S é também a somatória de todos os momentos de transporte parciais, ou seja, representa efetivamente o momento de transporte do segmento compensado:

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S = Σ MT’I = MT 6ª Propriedade: A distância média de transporte (DMT) de cada distribuição pode ser considerada como a base de um retângulo de área equivalente à do segmento compensado e de altura igual à máxima ordenada deste segmento. Na figura abaixo esquematizada, segundo esta propriedade, a distância média de transporte do segmento compensado seria dada por:

Pela 4ª propriedade, sabe-se que a diferença de ordenadas entre B e D representa o volume total compensado no segmento: V = BD. Por outro lado, foi demonstrado na 5ª propriedade que a área do segmento compensado representa o momento de transporte da distribuição. Então: SABCDA = MT. Como, por hipótese, o retângulo ilustrado tem área igual à do segmento compensado, resulta: S1234 = MT. A área do retângulo pode ser calculada por:

S1234 = b x BD = b x V. Sabendo-se, finalmente, que o momento de transporte da distribuição é dado pelo produto do volume compensado (V) pela correspondente distância média de transporte (DMT), resulta:

MT = V x DMT = S1234 Logo:

b x V = V x DMT, ou b = DMT Na prática, o traçado do retângulo de área equivalente é feito de forma subjetiva, porém bastante facilitado pelo fato de se trabalhar sobre papel milimetrado. O grau de precisão obtido na determinação das distâncias médias

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de transporte é perfeitamente compatível, já que a quantificação do serviço de corte é efetuada por “faixas” de distância de transporte. A teoria do diagrama de Brückner envolve, ainda, duas outras propriedades, que visam definir, dentre as diversas possibilidades de lançamento de linhas de compensação, qual seria aquela que conduziria a um custo de transporte mínimo. No entanto, muito embora razoavelmente defensáveis sob o ponto de vista teórico, estas propriedades são de difícil aplicação prática, para a grande maioria das situações normalmente verificadas em um projeto de terraplenagem, quais seja: i. Extensões de projeto relativamente elevadas, conduzindo a diagramas linearmente bastante extensos. ii. Necessidade frequente de lançamento de diversas linhas de compensação auxiliares, pelo aspecto assumido pelo diagrama. iii. Necessidade de se procurar correlacionar o sentido preferencial de escavação com a geometria longitudinal da estrada. Por exemplo: prevendo a abertura de um corte no sentido descendente do greide, com o aterro-destinatário situado a jusante.

Caros alunos, o diagrama de Brückner por vezes é explorado pelas bancas. Além disso, é muito importante para um Auditor de obras viárias usar essa ferramenta, pois através desse diagrama podemos analisar se o projeto de terraplenagem está contemplando os menores custos.

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Diagrama de Brückner (ou de massas)

1. O diagrama de massas não é um perfil. A forma do diagrama de massas não tem nenhuma relação com a topografia do terreno.

2. Inclinações muito elevadas das linhas do diagrama indicam grandes movimentos de terras.

3. Todo trecho ascendente do diagrama corresponde a um trecho de corte (oupredominância de cortes em seções mistas).

4. Todo trecho descendente do diagrama corresponde a um trecho de aterro (ou predominância de aterros em seções mistas).

5. A diferença de ordenadas entre dois pontos do diagrama mede o volume de terra entre esses pontos.

6. Os pontos extremos do diagrama correspondem aos pontos de passagem (PP).

7. Pontos de máximo correspondem à passagem de corte para aterro.

8. Pontos de mínimo correspondem à passagem de aterro para corte.

9. Qualquer horizontal traçada sobre o diagrama determina trechos de volumes compensados (volume de corte = volume de aterro corrigido). Esta horizontal, por conseguinte, é chamada de linha de compensação (ou linha de terra). A medida do volume é dada pela diferença de ordenadas entre o ponto máximo ou mínimo do trecho compensado e a linha horizontal de compensação.

10. A posição da onda do diagrama em relação à linha de compensação indica a direção do movimento de terra. Ondas positivas (linha do diagrama acima da linha de compensação) indicam transporte de terra no sentido do estaqueamento da estrada. Ondas negativas indicam transporte no sentido contrário ao estaqueamento da estrada.

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11. A área compreendida entre a curva de Brückner e a linha de compensação mede o momento de transporte da distribuição considerada.

12. A distância média de transporte de cada distribuição pode ser considerada como a base de um retângulo de área equivalente à do segmento compensado e de altura igual à máxima ordenada deste segmento.

25 – (MPOG 2008 - CESPE) Os ramos ascendentes do diagrama correspondem aos aterros, e os descendentes, aos cortes. Essa afirmação diz o contrário do que falamos em aula com relação a 1ª Propriedade do Diagrama de Brückner: Considerando-se o sentido crescente do estaqueamento, os ramos ascendentes do diagrama correspondem a cortes (ou predominância de cortes em seções mistas) e os ramos descendentes correspondem a aterros (ou predominância de aterros nas seções mistas).

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No desenho apresentado, a curva de cima representa o terreno natural e a reta inclinada, o greide, enquanto a curva de baixo representa o diagrama de massas ou diagrama de Brukner. Gabarito: Errada 26 – (MPOG 2008 - CESPE) A diferença entre as ordenadas de dois pontos do diagrama representa o volume acumulado entre eles. Exatamente igual ao que falamos na 3ª Propriedade do Diagrama de Brückner: Considerando um mesmo ramo, a diferença entre duas ordenadas mede o volume (de corte ou aterro) existente entre as seções correspondentes. Cada ordenada representa o volume acumulado até a respectiva seção. O ponto máximo representa todo o volume do corte do primeiro trecho (início do corte até o ponto de passagem entre o corte e o aterro – estacas 0 a 4). Gabarito: Certa 27 – (MPOG 2008 - CESPE) Os pontos máximos e mínimos do diagrama correspondem aos pontos de passagem de corte para aterro e de aterro para corte, respectivamente.

Foi isso que vimos na 2ª Propriedade do Diagrama de Brückner: Pontos de máximo do diagrama representam a passagem de cortes para aterros; Pontos de mínimo a passagem de aterros para cortes. Vocês encontram mais coisas sobre o Diagrama de Brückener no documento “Noções de Topografia Para Projetos Rodoviários”, disponível em: http://www.topografiageral.com/Curso/capitulo%2018.php

Gabarito: Certa 28 – (Valec 2012 – FEMPERJ) A figura abaixo ilustra o Diagrama de Bruckner para os serviços de terraplenagem de uma rodovia, onde a linha em traço grosso representa o estaqueamento no eixo dessa estrada:

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Considerando que o material proveniente de cortes entre as estacas A e B podem ser completamente reaproveitados para a realização de aterros nessa estrada, pode-se dizer que, considerando o movimento de terra em todo o trecho entre as estacas A e B, haverá: (A) sobra de 11,0m3 de material proveniente de corte; (B) falta de 12,0m3 de material para a realização de aterro; (C) sobra de 14,0m3 de material proveniente de corte; (D) falta de 17,0m3 de material para a realização de aterros; (E) sobra de 28,0m3 de material para a realização de aterro.

O diagrama de Bruckner indica corte nos trechos ascendentes e aterros nos trechos descendentes, sendo que a compensação é sempre zero nos trechos que cruzam a linha (linha de compensação ou linha de terra).

Até o ponto indicado pela seta houve uma compensação dos volumes de cortes e aterros. Portanto, a compensação final é indicada pelo último ponto do gráfico, mais à direita. No caso, este ponto indica uma necessidade de 17m3 de aterro, ao longo do trecho da figura. Gabarito: Letra D

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Então, pessoal, vamos a uma bateria de exercícios comentados?

Lembrando que no fim da aula serão apresentadas essas questões sem o gabarito, favorecendo o treinamento do aluno.

OUTRAS QUESTÕES COMENTADAS

29 - (TCE-RS/2014 – FCC) Nos trabalhos de terraplenagem, sabendo-se que a relação entre o volume de material no corte e o volume de material solto de terra comum seca é 0,80, a porcentagem de empolamento é (A) 55 (B) 25 (C) 80 (D) 35 (E) 40

Pessoal, essa questão é muito boa para pegar candidatos. Veja que o comando da questão pede a porcentagem de empolamento e não o empolamento propriamente dito. Como estudamos o empolamento é a relação entre o volume solto e o volume natural do solo, ou seja, o volume de corte.

Vejam que a relação, dada no comando da questão, entre o volume de material no corte e o volume de material solto nos dá o fator de empolamento, que como estudamos é sempre <1. Ou seja, podemos concluir que o fator de empolamento é o inverso do empolamento.

Como nosso objetivo é encontrar a porcentagem (ou taxa) de empolamento, p(%), que nos dá a taxa de aumento, em porcentagem, do volume solto em relação ao volume natural, basta desenvolvermos a relação Vc/Vs=0,8. Por meio dela, é possível encontrar que Vs/Vc= 1/0,8 = 1,25, ou seja, o empolamento é de 1,25 e a taxa de empolamento é de 25%, pois foi esse o aumento do solo solto em relação ao volume do solo no corte, ou natural.

Gabarito: letra B

30 - (Metrô/2009 – FCC) Em uma escavação, foram retirados 2.500 m3 de solo argiloso e 3.500 m3 de solo siltoso, ambos medidos no corte do solo, com índices de empolamento, respectivamente, iguais a 0,77 e

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0,88. Durante o transporte, os valores em m³ transportados, respectivamente, de argila e silte serão:

(A) 2.345 e 3.143.

(B) 1.925 e 3.080.

(C) 4.950 e 4.950.

(D) 3.000 e 3.000.

(E) 3.247 e 3.977.

Pessoal, após resolvermos a questão anterior essa ficou fácil. A questão solicita que encontremos o volume solto ou de transporte da argila e do silte.

Quanto ao volume transportado de argila:

O fator de empolamento da argila é de 0,88, ou seja, o Vc/Vs=0,77. Como o volume retirado ou de corte foi de 2500 m3, logo o Vs= 2500/0,77 = 3246,75 m3. Portanto o Volume transportado da argila foi de 3247 m3.

Quanto ao volume transportado do silte:

O fator de empolamento do silte é de 0,88, ou seja, o Vc/Vs=0,88. Como o volume retirado ou de corte foi de 3500 m3, logo o Vs= 3500/0,88 = 4375 m3. Portanto o Volume transportado de silte foi de 4375 m3.

Gabarito: Letra E

31 - (TCE/GO 2009 – FCC) O coeficiente de empolamento refere-se à variação volumétrica do solo de corte para o aterro. Sabendo-se que o solo é, genericamente, um sistema trifásico (sólidos, água e ar), portanto, o espaço ocupado por uma certa quantidade de solo depende dos vazios em seu interior. Em processos de terraplenagem a taxa de empolamento é a relação (A) percentual entre os volumes de corte e aterro antes da compactação. (B) percentual entre os volumes de corte e aterro, depois de compactado. (C) entre o volume de corte calculado e o volume de corte executado no campo. (D) percentual entre a massa de solo retirada da área de empréstimo e a transportada para a área de aterro. (E) volumétrica entre o solo transportado e o nivelado no campo para receber a compactação.

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Pessoal, essa questão é bastante controversa! A alternativa dada como correta foi a de letra B. No entanto, divergimos do posicionamento dado pela banca. Vimos que a porcentagem (ou taxa) de empolamento [p(%)] nos dá a taxa de aumento, em porcentagem, do volume solto em relação ao volume natural. Ou seja, representa o percentual de expansão volumétrica do solo, no estado solto, ao ser retirado do seu estado natural. No entanto, pelas alternativas acima, não há respostas. Entendemos que essa questão deveria ter sido anulada pela banca, no entanto, a examinadora resolveu manter como correta a alternativa B. Gabarito: Letra B Para responder às questões abaixo considere as seguintes informações: A terraplenagem, em geral, é paga pelo volume medido no corte, em seu estado natural. ϕ1 = fator de empolamento = 0,80 ϕ2 = fator de redução volumétrica = 0,875 capacidade de carga de um caminhão = 5m3 32 - (TCE/PI 2005 – FCC) Para o transporte de terra escavada, cujo volume natural (no corte) é avaliado em 12 000 m3, o número de viagens de caminhão necessárias é (A) 1 920 (B) 2 400 (C) 2 700 (D) 3 000 (E) 3 333 Pessoal, essa questão é bastante fácil Vejam que o volume solo de seu estado natural (ou no corte) é de 12.000 m3. E que o fator de empolamento (Vc/Vs) é 0,8. Primeiramente, devemos encontrar o empolamento do solo parq em, seguida, encontramos o volume solto ou transportado do solo. Da relação, Vc/Vs=0,8, temos que o empolamento é Vs/Vc= 1,25. Como Vc= 12.000m3, Vs= 1,25*12.000 = 15.000 m3. Logo o volume solto, ou volume a ser transportado, é de 15.000 m3!!

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Como a capacidade da caçamba do caminhão é de 5m3, o número de viagens necessárias para que o caminhão transporte os 15.000 m3 de solo solto é de n = 15.000/5 = 3.000 viagens. Gabarito: Letra D 33 - (TCE/PI 2005 – FCC) Para executar um aterro compactado de 14 000 m3, o número de viagens de caminhão necessárias é (A) 1 960 (B) 2 450 (C) 3 200 (D) 3 500 (E))4 000 Estudamos que o fator de contração, ou redução volumétrica, é dado pela expressão:

Dessa forma, temos que Vcomp/Vcorte= 0,875. Como o aterro compactado terá 14.000m3 de solo, o Volume que preciso cortar para executar tal aterro será Vcorte = Vcomp/Fc = 14.000/0,875 = 16.000 m3. Ou seja, preciso retirar 16.000 m3 de solo para executar 14.000 m3 de aterro. Ora, a questão pede o número de viagens que o caminhão fará para transportar o solo para execução dos 14.000 m3 de aterro. Para isso, temos que encontrar agora o volume solto, ou o volume a ser transportado. Como sabemos que o empolamento é de 1,25, dado pela expressão Vs/Vc=1,25, e como temos o Vc=16.000 m3, o Vs = 1,25*16.000 = 20.000 m3. Logo o volume a ser transportado será de 20.000 m3. Dessa forma, como a capacidade da caçamba do caminhão é de 5m3, o número de viagens necessárias para que o caminhão transporte os 20.000 m3 de solo solto é de n = 20.000/5 = 4.000 viagens. Gabarito: Letra E 34 - (TCE/SE 2011 – FCC) Sobre os cálculos dos volumes acumulados nos processos de terraplenagem, é correto afirmar:

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(A) Para que os volumes geométricos dos aterros possam ser compensados pelos volumes geométricos de corte, é necessário corrigir os volumes de aterro com o fator de redução de forma. (B) Para que os volumes geométricos dos aterros possam ser compensados pelos volumes geométricos de corte, é necessário corrigir os volumes de corte com o fator de redução de forma. (C) Para que os volumes geométricos dos cortes possam ser compensados pelos volumes geométricos de aterro, é necessário corrigir os volumes de aterro com o fator de empolação. (D) Considerando o fator de redução de forma, volumes geométricos dos aterros correspondem sempre à metade da quantidade de terra dos volumes geométricos de corte. (E) Considerando o fator de empolação, volumes geométricos dos aterros correspondem sempre à metade da quantidade de terra dos volumes geométricos de corte. Pessoal, na questão anterior, vimos que por meio da utilização do fator de contração, ou redução, é possível determinar o volume de corte necessário a ser realizado para a execução de um determinado aterro compactado. Tal fator é dado pela seguinte expressão: Dessa forma, a única alternativa correta é a letra A. Gabarito: Letra A 35 - (TCE/PI 2005 - FCC) Os solos, para que possam ser utilizados nos aterros das obras de terraplanagem, devem ter certas propriedades que melhoram o seu comportamento técnico. Para atingir este objetivo NÃO é recomendável (A) reduzir as possíveis variações volumétricas causadas por ações externas. (B) aumentar sua resistência de ruptura. (C) aumentar seu coeficiente de permeabilidade. (D) aumentar sua coesão e seu atrito interno. (E) reduzir seu coeficiente de permeabilidade. Pessoal, essa questão é bastante fácil e bem intuitiva. Veja que dos itens acima, apenas o item C não é recomendável para a construção de aterros, pois ao aumentar o coeficiente de permeabilidade do solo mais sujeito à ruptura estará o aterro.

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Gabarito: Letra C 36 - (Infraero/2009 – FCC) Com relação ao controle tecnológico da execução de aterros, além da realização de ensaios geotécnicos, devem ser controlados no local os seguintes aspectos: I. preparação adequada do terreno para receber o aterro, especialmente retirada da vegetação ou restos de demolições eventualmente existentes. II. emprego de materiais selecionados para os aterros, não podendo ser utilizadas turfas, argilas orgânicas, nem solos com matéria orgânica micácea ou ditomácea, devendo ainda ser evitado o emprego de solos expansivos. 00000000000 III. as operações de lançamento, homogeneização, umedecimento ou aeração e compactação do material de forma que a espessura da camada compactada seja de no máximo 0,20 m. Está correto o que se afirma em (A) I e II, apenas. (B) I, II e III. (C) I, apenas. (D) II, apenas. (E) III, apenas.

Vamos comentar cada item:

I. preparação adequada do terreno para receber o aterro, especialmente retirada da vegetação ou restos de demolições eventualmente existentes.

Correto. Como vimos a retirada da vegetação ou restos de demolições eventualmente existentes trata de serviços preliminares, que são realizados nas áreas destinadas ao recebimento do aterro.

II. emprego de materiais selecionados para os aterros, não podendo ser utilizadas turfas, argilas orgânicas, nem solos com matéria orgânica micácea ou ditomácea, devendo ainda ser evitado o emprego de solos expansivos.

Vimos que materiais a serem utilizados na execução dos aterros devem ser provenientes das escavações referentes à execução dos cortes e da utilização de empréstimos, devidamente caracterizados e selecionados com base nos Estudos Geotécnicos desenvolvidos através do Projeto de Engenharia. Em termos de características mecânicas e físicas, conforme se registra a seguir:

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a) Ser preferencialmente utilizados de conformidade com sua qualificação e destinação prévia fixada no projeto. b) Ser isentos de matérias orgânicas, micáceas e diatomáceas. Não devem ser constituídos de turfas ou argilas orgânicas. c) Para efeito de execução do corpo do aterro, apresentar capacidade de suporte adequada (ISC ≥ 2%) e expansão menor ou igual a 4%. d) Para efeito de execução da camada final dos aterros, apresentar dentro das disponibilidades e em consonância com os preceitos de ordem técnico-econômica, a melhor capacidade de suporte e expansão ≤ 2%.

Dessa forma, o item está correto.

III. as operações de lançamento, homogeneização, umedecimento ou aeração e compactação do material de forma que a espessura da camada compactada seja de no máximo 0,20 m.

Estudamos que io lançamento do material para a construção dos aterros deve ser feito em camadas sucessivas, em toda a largura da seção transversal, e em extensões tais que permitam seu umedecimento e compactação, de acordo com o previsto no projeto de engenharia. Para o corpo dos aterros, a espessura de cada camada compactada não deve ultrapassar de 0,30 m. Para as camadas finais essa espessura não deve ultrapassar de 0,20 m. Ou seja, apenas para as camadas finais é que a espessura de cada camada compactada não deve ultrapassar 0,20 m. Item errado. Logo, apenas os itens I e II estão corretos. Gabarito: letra A

37 – (Téc. Estradas DNIT 2013 – ESAF) Conforme a especificação de serviço DNIT 106/2009 – ES relativa a serviços de terraplenagem em cortes, é correto afirmar que: a) quando for atingida a cota topográfica final do greide em escavações realizadas em camadas de solos, recomenda-se investigar as condições naturais da camada de solo localizada a uma

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profundidade de 2,0 metros abaixo da cota final do greide, verificando a presença ou não de lençol freático. b) o controle geométrico dos serviços de escavação deverá ser realizado por levantamento topográfico e com a utilização de gabarito apropriado, considerando os elementos geométricos estabelecidos nas notas de serviço. c) atendido o projeto, desde que seja economicamente viável, a fiscalização poderá deliberar pelo carregamento, transporte e lançamento de todo material extraído do corte e classificado como material de 3a categoria, para dentro da estrutura do aterro a ser construído próximo ao local. d) os materiais denominados de 2a categoria são escavados somente com o uso de explosivos. e) nas superfícies dos taludes é permitido depositar blocos de rocha e ou matacão que tenham diâmetro máximo de 50cm, sendo necessário retirar qualquer outro material sólido cujo diâmetro seja superior ao estabelecido. Mais uma questão que cobrou a literalidade da especificação de serviço DNIT 106/2009 – ES. Vamos analisar cada um dos itens: a) quando for atingida a cota topográfica final do greide em escavações realizadas em camadas de solos, recomenda-se investigar as condições naturais da camada de solo localizada a uma profundidade de 2,0 metros abaixo da cota final do greide, verificando a presença ou não de lençol freático. Não há essa previsão na norma. Os estudos geotécnicos deverão orientar a execução da obra quanto à presença ou não de lençol freático. Errada. b) o controle geométrico dos serviços de escavação deverá ser realizado por levantamento topográfico e com a utilização de gabarito apropriado, considerando os elementos geométricos estabelecidos nas notas de serviço. Redação retirada do item 7.3.1 da Norma. Correta. c) atendido o projeto, desde que seja economicamente viável, a fiscalização poderá deliberar pelo carregamento, transporte e

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lançamento de todo material extraído do corte e classificado como material de 3a categoria, para dentro da estrutura do aterro a ser construído próximo ao local. Pessoal, esta previsão de utilização do material de 3ª categoria deverá estar no projeto de engenharia. Errada. d) os materiais denominados de 2a categoria são escavados somente com o uso de explosivos. Os materiais de 2ª categoria são mais resistentes ao desmonte e não admitem o uso dos equipamentos comuns, a não ser após o emprego de algum tratamento prévio. Esse tratamento prévio é o desmonte inicial obtido com o emprego de motoniveladoras com escarificadores (“rippers”), acionados hidraulicamente e montados na parte posterior de tratores de esteiras pesados, que rasgam a superfície compactada, através de várias passadas, propiciando a posterior utilização do equipamento comum.

Motoniveladora e Trator de Esteiras com escarificador (“ripper”)

Muitas vezes, porém, há necessidade de serem empregados explosivos de baixa potência, de forma descontínua, nos trechos que demonstrem maior dureza e nos quais nem o emprego de “ripper” traz os resultados esperados. Em outras circunstâncias, especialmente no caso de rocha em várias etapas de alteração, pode ocorrer a utilização concomitante dos dois processos, isto é, a pré-escarificação e o uso de explosivos. Cabe assinalar, entretanto, que determinados equipamentos modernos, dispondo de grande esforço trator, aliado à grande aderência (por exemplo,

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“motoscraper” de motor traseiro), utilizados por tratores empurradores (“pusher”), já têm sido empregados com relativo êxito na escavação de material de 2ª categoria, desde que o grau de resistência ao corte não seja muito elevado e não se apresente misturado com matacões ou blocos de rocha viva. Atualmente, de acordo com a necessidade, a 2ª categoria costuma ser subdividida em duas subcategorias; conforme seja necessária a pré-escarificação e/ou o emprego de explosivos de baixa potência: ► 2ª categoria com material pré-escarificável;

►2ª categoria com emprego descontínuo de explosivos e pré-escarificação. Portanto, os materiais de 2a categoria podem ou não ser escavados com a utilização de explosivos. Errada. e) nas superfícies dos taludes é permitido depositar blocos de rocha e ou matacão que tenham diâmetro máximo de 50cm, sendo necessário retirar qualquer outro material sólido cujo diâmetro seja superior ao estabelecido. Segundo a norma, nas superfícies dos taludes de corte não deve ser permitida a presença de blocos de rocha nos taludes que possam colocar em risco a segurança do trânsito. Errada. Gabarito: Letra B 38 - (Técnico em Estradas/Semarh - FUNCAB) “Estaca cravada a 2,0m da crista de corte ou pé de aterro, devidamente cotada, que serve de apoio à execução de terraplenagem e controle topográfico, sempre no mesmo alinhamento das seções transversais” (DNIT, 1997): A) cota vermelha. B) declividade. C) offset. D) ordenada. E) vértice.

Falamos sobre os off-sets no início da aula! Os off-sets também podem ser conceituados como linhas de estacas demarcadoras da área de execução dos serviços dispostas a 2,0m da crista de corte ou pé de aterro. Portanto, a letra C está correta.

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Gabarito: Letra C

39 – (TRE-AL 2010 - FCC) Terraplenagem é a técnica de engenharia para o manuseio de solos e rochas, inclusive o desmonte de rocha, sendo que as etapas relacionadas na aplicação dessa técnica são: (A) escavação, carregamento, transporte e espalhamento. (B) prospecção, escavação, desmonte e transporte. (C) mapeamento, planificação, escavação e carregamento. (D) prospecção, escavação, segregação e amontoamento. (E) sulcagem, estiramento, escavação e transporte.

Essa é uma questão bem básica. Na aula nós vimos que as etapas que constituem os serviços de terraplenagem são as seguintes: a)escavação; b)carregamento do material escavado; c)transporte; d)descarga e espalhamento. Portanto, a alternativa correta é a letra A Gabarito: Letra A

40 - (TCU 2007 – CESPE) Ao se executar a terraplenagem de um trecho de rodovia, o volume de corte de terra deve, necessariamente, ser transportado para os aterros no próprio trecho; apenas o volume não utilizado nos aterros deverá ser transportado para local conveniente, fora da estrada.

A palavra “necessariamente” compromete o item. O material escavado nos cortes deve ser aproveitado sempre que possível, evitando-se assim nova escavação. A intenção é que haja a compensação de volumes e, acima de tudo, evitar custos desnecessários. Mas, também pode ocorrer de o material retirado do corte ser inservível para utilização em aterros, tal como solos expansivos, argilas moles ou turfas, por exemplo.

Gabarito: Errada

41 - (TCE-ES/2012 – CESPE) Consideram-se solos de primeira categoria aqueles com resistência ao desmonte mecânico inferior à

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rocha não alterada, para os quais eventualmente há necessidade de explosivos. A especificação de Serviço 106/2009 – ES – Terraplenagem – Cortes do DNIT trás os seguintes conceitos: “3.9 Material de 1ª categoria Compreende os solos em geral, residuais ou sedimentares, seixos rolados ou não, com diâmetro máximo inferior a 0,15 m, qualquer que seja o teor de umidade apresentado. O processo de extração é compatível com a utilização de “Dozer” ou “Scraper” rebocado ou motorizado. 3.10 Material de 2ª categoria Compreende os solos de resistência ao desmonte mecânico inferior à da rocha não alterada, cuja extração se processe por combinação de métodos que obriguem a utilização do maior equipamento de escarificação exigido contratualmente; a extração eventualmente pode envolver o uso de explosivos ou processo manual adequado. Estão incluídos nesta categoria os blocos de rocha de volume inferior a 2 m³ e os matacões ou pedras de diâmetro médio compreendido entre 0,15 m e 1,00 m. 3.11 Material de 3ª categoria Compreende os materiais com resistência ao desmonte mecânico equivalente à rocha não alterada e blocos de rocha com diâmetro médio superior a 1,00 m, ou de volume igual ou superior a 2 m³, cuja extração e redução, a fim de possibilitar o carregamento, se processem com o emprego contínuo de explosivos. Portanto, a questão está incorreta porque a definição contida em seu comando contém o conceito de material classificado como de 2ª categoria. Pessoal, já comentamos anteriormente que há uma pequena diferença nos conceitos estudados na aula (retirado do Manual de Implantação Básica do DNIT) e da norma 106/2009 – ES – Terraplenagem – Cortes do DNIT. É importante saber os dois conceitos. Gabarito: Errada 42 - (MP 2006 – ESAF) A terraplenagem, no caso de edificações, tem por objetivos regularizar e uniformizar o terreno, envolvendo três operações distintas: escavação, transporte e aterro. Com relação aos serviços de terraplenagem é incorreto afirmar que

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A) o aterro deve ser executado em camadas sucessivas, com espessura máxima compactada de 0,30 m para o corpo do aterro, e de 0,20 m para as camadas finais. B) as camadas finais do aterro deverão apresentar um grau de compactação mínimo de 95%. C) cumpre à fiscalização controlar a execução dos aterros, verificando, por exemplo, a espessura das camadas, e programar a realização dos ensaios necessários ao controle de qualidade dos aterros (determinação do grau de compactação, ensaios de CBR, etc). D) quando houver possibilidade de solapamento na época chuvosa deve ser providenciado um enrocamento no pé do aterro. E) no movimento de terra é importante considerar o empolamento, pois quando se move o solo de seu lugar original, há variações de seu volume que influenciam principalmente a operação de transporte.

Vejam que o comando da questão pede a alternativa INCORRETA! Fiquem atentos para o que se pede no enunciado.

Vamos à análise de cada uma das alternativas.

A) o aterro deve ser executado em camadas sucessivas, com espessura máxima compactada de 0,30 m para o corpo do aterro, e de 0,20 m para as camadas finais. Então, é hora de relembrarmos daquele quadro-resumo que fizemos para os aterros:

Camada

Espessura de cada camada compactada

Grau Compactação

ISC (%)

Expansão ≤

h(ótima)

Corpo de

aterro

≤ 0,3 m

100 % P.N.

≥ 2%

4%.

+ /- 3%

Finais de

aterro

≤ 0,2 m

100 % P.I.

Melhor capacidad

e de suporte

2%.

+ /- 3%

Conforme visto, o item está correto.

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Fazemos questão de repetir esse quadro durante a explicação das questões porque o conteúdo dele é comumente cobrado por todas as bancas. Ele facilita muito a vida do candidato!! B) as camadas finais do aterro deverão apresentar um grau de compactação mínimo de 95%. Vimos na aula que as camadas finais correspondem aos 60 cm finais do aterro, e que suas exigências técnicas são mais rigorosas que às exigidas para o corpo de aterro. Para efeito de compactação, a camada final é dividida em três camadas individuais de 20 cm cada. Olhando a nossa esquematização dos parâmetros de aterro, baseado na norma DNIT 108/2009 ES, percebemos que as camadas finais do aterro deverão apresentar um grau de compactação mínimo de 100%. Portanto, a alternativa está incorreta, sendo esta a resposta da questão. C) cumpre à fiscalização controlar a execução dos aterros, verificando, por exemplo, a espessura das camadas, e programar a realização dos ensaios necessários ao controle de qualidade dos aterros (determinação do grau de compactação, ensaios de CBR, etc). Segundo o documento “Obras Públicas: Recomendações Básicas para a Contratação e Fiscalização de Obras de Edificações Públicas”, publicado pelo TCU, temos o seguinte: Cumpre à fiscalização realizar as seguintes atividades específicas, com relação aos serviços iniciais: � conferir visualmente a fidelidade da planta do levantamento planialtimétrico com o terreno; � verificar visualmente, durante a execução do movimento de terra, se as principais características do solo local confirmam as indicações contidas nas sondagens anteriormente realizadas; � proceder ao controle geométrico dos trabalhos, com o auxílio da equipe de topografia, conferindo as inclinações dos taludes, limites e níveis de terraplenos e outros, com vistas à obediência ao projeto e à determinação dos quantitativos de serviços realizados, para a liberação das medições; � controlar a execução dos aterros, verificando, por exemplo, a espessura das camadas, e programar a realização dos ensaios

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necessários ao controle da qualidade dos aterros (determinação do grau de compactação, ensaios de CBR, entre outros) pelo laboratório de controle tecnológico; � conferir a veracidade da planta de cadastramento das redes de águas pluviais, esgotos e linhas elétricas existentes na área.” (grifos nossos) Portanto, este item está correto. D) quando houver possibilidade de solapamento na época chuvosa deve ser providenciado um enrocamento no pé do aterro. De acordo com a especificação “ES0181 – Execução de Cortes e Aterros”, da CEHOP-SE, temos o seguinte, havendo a possibilidade de solapamento da saia em épocas chuvosas deverá ser a construído enrocamento no pé do aterro. Diante do exposto, item correto. E) no movimento de terra é importante considerar o empolamento, pois quando se move o solo de seu lugar original, há variações de seu volume que influenciam principalmente a operação de transporte. O empolamento representa, em termos percentuais, qual o incremento de volume que resulta após a escavação de um material de um corte. Ao volume que está no terreno natural chamamos de volume de corte. Este volume, ao ser escavado, sofre um desarranjo em suas partículas, de forma que a mesma massa passa a ocupar um volume, que chamamos de volume solto. Vcorte < Vsolto

O volume solto é o volume considerado nas operações de transporte.

Certo o item.

Gabarito: Letra B

43 - (Téc. Estradas DNIT 2013 – ESAF) Conforme a especificação de serviço DNIT 108/2009 – ES do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes intitulada terraplenagem aterros, é verídica a informação:

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a) para a construção de um aterro, as etapas convencionais e sequencias são, respectivamente: descarga e espalhamento do material em camadas, homogenização da camada e compactação. b) o lançamento do material para a construção de um aterro deverá ser feito em camadas sucessivas de espessura mínima igual a 50cm, realizada em toda a largura da plataforma e numa extensão máxima que permita a eficiência dos serviços de compactação. c) durante o processo de compactação, todas as camadas de solo lançadas no aterro deverão ter espessura máxima de 20cm, aceitando-se desvio de umidade de até 2% em relação à umidade ótima e grau de compactação mínimo de 95%. d) a compactação de aterro localizado próximo de encosta de ponte (encabeçamento), enchimento de cavas de fundações e trincheiras de bueiros, deverá ser realizada utilizando-se compactadores especiais, como, por exemplo, o sapo mecânico. e) em regiões onde houver incidência e predominância de solos arenosos, recomenda-se a correção granulométrica destes para a sua utilização, visto que os solos não possuem coesão suficiente para se garantir a estabilidade dos taludes e evitar o surgimento de processo erosivo. Pessoal, ressaltamos a importância de conhecer as seguintes especificações do DNIT, acerca de terraplenagem: - DNIT 104/2009-ES (Terraplenagem - Serviços Preliminares - Especificações de Serviço)

- DNIT 105/2009-ES (Terraplenagem - Caminhos de Serviço - Especificações de Serviço)

- DNIT 106/2009-ES (Terraplenagem - Cortes – Especificações de Serviço)

- DNIT 107/2009-ES (Terraplenagem - Empréstimos – Especificações de Serviço)

- DNIT 108/2009-ES (Terraplenagem - Aterros – Especificações de Serviço)

Quase sempre há questões envolvendo o conhecimento dessas normas, especialmente a DNIT 106/2009-ES (Cortes) e a DNIT 108/2009-ES (Aterros). Fiquem atentos!! Bem, vamos analisar as alternativas apresentadas pela banca:

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a) para a construção de um aterro, as etapas convencionais e sequencias são, respectivamente: descarga e espalhamento do material em camadas, homogenização da camada e compactação. Segundo a norma DNIT 108/2009-ES (Aterro), as etapas convencionais e sequenciais para execução de aterros são: - Descarga; - Espalhamento em camadas; - Homogeneização; - Umedecimento ou aeração; e - Compactação Portanto, a alternativa omitiu a etapa de “umedecimento ou aeração”, que é executada antes da compactação. Item incorreto. b) o lançamento do material para a construção de um aterro deverá ser feito em camadas sucessivas de espessura mínima igual a 50cm, realizada em toda a largura da plataforma e numa extensão máxima que permita a eficiência dos serviços de compactação. Pessoal, vocês se lembram da nossa tabela de aterros? Pois é, ela ajuda bastante! A espessura máxima é de 30 cm para o corpo do aterro e 20 cm para a camada final. Item incorreto. c) durante o processo de compactação, todas as camadas de solo lançadas no aterro deverão ter espessura máxima de 20cm, aceitando-se desvio de umidade de até 2% em relação à umidade ótima e grau de compactação mínimo de 95%. Tudo errado! Outra alternativa que a tabela “mataria”. A espessura máxima pode ser de 30 cm para o corpo do aterro (para a camada final é de 20 cm). A tolerância da umidade ótima é de ± 3%, e o grau de compactação deve ser igual ou maior que 100%. Portanto, item incorreto. d) a compactação de aterro localizado próximo de encosta de ponte (encabeçamento), enchimento de cavas de fundações e trincheiras de bueiros, deverá ser realizada utilizando-se compactadores especiais, como, por exemplo, o sapo mecânico.

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No caso de aterros junto a muros de arrimo, a compactação junto ao paramento interno deve ser feita com equipamento tipo sapo ou placa vibratória. O emprego de equipamento pesado de terraplanagem (rolos vibratórios ou pneumáticos) pode induzir esforços horizontais de magnitude maior que a prevista nos cálculos da estrutura da ponte ou bueiro. Além disso, em locais muito estreitos (cavas ou trincheiras), a compactação adequada somente é possível com a utilização desses equipamentos especiais (placa vibratória ou sapo mecânico), sendo muito eficientes.

Utilização de sapo mecânico para compactação próximo à lateral de um bueiro

celular e compactação de vala

Placa Vibratória

Item correto. e) em regiões onde houver incidência e predominância de solos arenosos, recomenda-se a correção granulométrica destes para a sua utilização, visto que os solos não possuem coesão suficiente para se garantir a estabilidade dos taludes e evitar o surgimento de processo erosivo.

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Vimos na aula que, segundo a norma, em regiões onde houver ocorrência predominante de areia, deve ser admitido seu uso na execução de aterros. O projeto de engenharia deve definir a espessura e demais características das camadas de areia e de material terroso subsequente. Item incorreto. Gabarito: Letra D 44 - (UNIPAMPA 2009 - CESPE) O revestimento vegetal dos taludes, quando previsto, deve ser executado ao final dos serviços de terraplenagem. Ao contrário do que afirma a questão a especificação de serviços ES – 00181 da CEHOP/SE afirma que o revestimento vegetal dos taludes, quando previsto, deverá ser executado imediatamente após o corte. Portanto, o item está errado. Gabarito: Errada

45 - (ANTAQ/2005 - CESPE) Nas escavações de material para aterro, solo com diâmetro máximo de 15 cm é classificado como material de 3.ª categoria. Olha só, pessoal! Na aula falamos sobre a classificação dos materiais quanto à dificuldade de extração. A norma DNIT 106/2009-ES – Cortes – Especificações de Serviços usa as seguintes definições: Material de 1ª categoria Compreende os solos em geral, residuais ou sedimentares, seixos rolados ou não, com diâmetro máximo inferior a 0,15 m, qualquer que seja o teor de umidade apresentado. O processo de extração é compatível com a utilização de “Dozer” ou “Scraper” rebocado ou motorizado. Material de 2ª categoria Compreende os solos de resistência ao desmonte mecânico inferior à da rocha não alterada, cuja extração se processe por combinação de métodos que obriguem a utilização do maior equipamento de escarificação exigido contratualmente; a extração eventualmente pode envolver o uso de explosivos ou processo manual adequado. Estão incluídos nesta categoria

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os blocos de rocha de volume inferior a 2 m³ e os matacões ou pedras de diâmetro médio compreendido entre 0,15 m e 1,00 m. Material de 3ª categoria Compreende os materiais com resistência ao desmonte mecânico equivalente à rocha não alterada e blocos de rocha com diâmetro médio superior a 1,00 m, OU de volume igual ou superior a 2 m³, cuja extração e redução, a fim de possibilitar o carregamento, se processem com o emprego contínuo de explosivos. Esquematizando:

1ª categoria ���� ø < 0,15 m 2ª categoria ���� 0,15 m < ø < 1,00 m 3ª categoria ���� ø > 1,00 m

Portanto, a afirmativa está errada. Solo com diâmetro máximo de 15 cm é classificado como material de 1ª categoria.

Gabarito: Errada

46 - (PETROBRAS 2008 - CESPE) Ao se movimentar terra, ou transportá-la, deve-se considerar o empolamento.

Vimos na aula que há variações no volume dependendo do estado em que este se encontra. Até colocamos para vocês uma relação entre estes volumes:

Vcomp < Vcorte < Vsolto

Ou seja, o volume compactado é menor que o volume no corte (“in natura”), que por sua vez é menor que o volume solto.

E qual o conceito de empolamento?

EMPOLAMENTO é o aumento percentual de volume de um solo escavado em relação ao seu volume inicial ou em natura. Volume empolado é o mesmo que volume solto.

Então, o correto, pessoal, é considerarmos o empolamento nos cálculos de transporte de terra.

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Gabarito: Certa

47 – (Infraero 2011 – FCC) Ao se deparar com regiões de solos compressíveis (moles), o engenheiro deve estudar a melhor solução para obter o melhor desempenho do pavimento a ser implantado. Dependendo da espessura de ocorrência deste material, procede-se com a remoção. Caso contrário, deve-se intervir nesta região anteriormente à implantação do pavimento. Uma solução possível é a implantação de bermas de equilíbrio, que podem ser simplificadamente definidas como (A) aterros drenantes para equilibrar a umidade do maciço do aterro principal. (B) aterros executados para equilibrar o peso exercido pelo solo mole. (C) cortes laterais para drenar os solos moles saturados. (D) aterros laterais para equilibrar o peso exercido pelo maciço do aterro principal. (E) cortes combinados com drenos verticais na região de solo mole.

Na aula, vimos a definição de berma de equilíbrio:

Aterro ladeado por banquetas laterais, gradualmente decrescentes em altura, de sorte que a distribuição das tensões se faz em área bem mais ampla do que aquela que resultaria da utilização de um aterro convencional.

As bermas de equilíbrio deverão ser executadas desde o início da construção do aterro.

Gabarito: Letra D

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A figura acima apresenta a seção transversal de projeto para uma ponte e seus aterros de encontro em uma rodovia. Para a execução de todo o projeto, pretende-se utilizar os dados de sondagem à percussão, executada no local, e cujos resultados são mostrados na figura. O aterro será compactado com grau de compactação igual a 80% e com desvio de umidade máximo em relação à umidade ótima de ± 3%. O controle de compactação do aterro proposto baseia-se na verificação do peso específico úmido de cada camada compactada, ao final da compactação, com a utilização do ensaio de frasco de areia. Para a base do aterro, está prevista a utilização de uma camada de reforço de geogrelha, com resistência a tração igual a 35 kN/m. A solução de fundação proposta para a ponte é de tubulões executados a céu aberto, sem revestimento. Com relação a essa proposta, julgue os itens. 48 – (TCU 2005 - CESPE) Nas especificações de execução do aterro, deve-se prever que a sua construção dure o menor tempo possível, pois, quanto mais rapidamente o aterro for executado, melhores serão as suas condições de estabilidade.

A norma DNER-PRO 381/98 – “Projeto de aterro sobre solos moles para obras viárias” prevê como uma das soluções para construção de aterro sobre solo mole a construção por etapas, que implica subdividir a altura do aterro em duas ou três etapas.

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O aterro deve ser construído em etapas, com alturas < h crítica, para que não haja o colapso do solo mole subjacente, até que ele se consolide com cada etapa de sobrecarga do aterro, com a saída da água dos vazios do solo mole. Como foi visto, na aula, obtém-se um ganho de resistência de argila mole, se o aterro for construído em etapas. Portanto, é necessário especificar no projeto como se deve controlar e acompanhar esse ganho, que em geral é feito com emprego de instrumentação. Gabarito Errada 49 – (TCU 2005 - CESPE) As especificações de compactação do solo de aterro propostas são insatisfatórias para as características da obra.

As especificações propostas no enunciado da questão são: a) O aterro será compactado com grau de compactação igual a 80% e; b) com desvio de umidade máximo em relação à umidade ótima de ± 3%. Mais uma vez, vamos recorrer à esquematização que fizemos para os aterros:

Camada

Espessura de cada camada compactada

Grau Compactação

ISC (%)

Expansão ≤

h(ótima)

Corpo de

aterro

≤ 0,3 m

100 % P.N.

≥ 2%

4%.

+ /- 3%

Finais de

aterro

≤ 0,2 m

100 % P.I.

Melhor capacidad

e de suporte

2%.

+ /- 3%

O valor de 80% é insatisfatório, tanto para o corpo de aterro quanto para as camadas finais. Já com relação ao com desvio de umidade máximo em relação à umidade ótima de ± 3%, tal especificação está de acordo para o corpo de aterro. Portanto, as especificações de compactação do solo de aterro propostas são insatisfatórias para as características da obra. Gabarito: Certa

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50 – (TCU 2005 - CESPE) A utilização da geogrelha como reforço na base do aterro do encontro reduzirá substancialmente os recalques do aterro. Segundo a norma DNER-PRO 381/98 – “Projeto de aterro sobre solos moles para obras viárias”, as geogrelhas atuam na estabilidade do aterro e na redução de deslocamentos laterais, sem influência significativa nos recalques. Gabarito: Errada 51 – (TCU 2005 - CESPE) O controle de compactação do aterro com base somente na obtenção do peso específico úmido, como proposto no projeto, é insatisfatório. Essa estava fácil, não é pessoal!! A palavra restritiva “somente” já deixa o candidato desconfiado. E era razoável imaginar que a realização de somente um ensaio não fosse suficiente para a realização do controle tecnológico do aterro. O controle de execução do aterro é realizado através dos ensaios de teor de umidade (ensaio denominado speedy), do ensaio de densidade “in situ” (ensaio do frasco de areia) e do ensaio de compactação (ensaio proctor normal para o corpo do aterro ou intermediário para as camadas finais). Não se preocupe com esses ensaios ainda. Eles serão estudados com mais detalhes nas aulas seguintes. Colocamos aqui só para mostrar que o controle de compactação do aterro com base somente na obtenção do peso específico úmido, como proposto no projeto, é de fato insatisfatório, já que são necessários diversos outros ensaios. Gabarito: Certa 52 - (Téc. Estradas DNIT 2013 - ESAF) Em relação ao conteúdo controle geométrico das seções, é correto afirmar que: a) nos aterros, o controle será por instrumento denominado de cruzeta, fixado a uma distância de 5 metros do eixo da plataforma. b) nos aterros, o controle será realizado por meio de estaca denominada de off-set, fixada junto à cota mais baixa do aterro (no pé do aterro). c) em aterros, o controle da rampa (saia) poderá ser realizado com a utilização de gabarito de madeira, com relação de cateto 3:2, sendo 3

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(medida horizontal) e 2 (medida vertical), ou através de teodolito e mira graduada. d) no corte, a estaca off-set utilizada para o controle da cota de escavação, deverá ser colocada exatamente no local onde a máquina iniciará o corte; ela permanecerá neste local até o final da escavação, servindo de referência de cota para a paralisação da escavação. e) em serviços de corte admiti-se um erro de + ou - 50 cm entre as cotas da plataforma da terraplenagem em relação às cotas do projeto. Dentre as opções apresentadas na questão vamos ver qual é a correta: a) nos aterros, o controle será por instrumento denominado de cruzeta, fixado a uma distância de 5 metros do eixo da plataforma. O controle geométrico dos aterros deve ser feito por levantamento topográfico e com gabarito apropriado e considerando os elementos geométricos estabelecidos nas “Notas de Serviço”. Pessoal, as “Notas de Serviço” de terraplenagem constituem um conjunto de planilhas nas quais são relacionados todos os pontos característicos da seção transversal necessários à implantação da geometria projetada, estaca por estaca. Os pontos são referenciados nas notas de serviço em termos de seus afastamentos (distâncias) em relação ao eixo de locação e as correspondentes cotas. Veja abaixo o modelo de nota de serviço apresentado pelo DNIT:

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Com a Nota de Serviço, procede-se à marcação dos off-sets no campo. Para isso, devem ser colocadas, junto aos off-sets dos aterros, varas com cruzetas na parte superior, de modo a indicar a altura a ser atingida pelo aterro. Já vimos na aula que o off-set é a representação da “faixa terraplenada”, que corresponde aos limites das seções transversais dos cortes ou aterros. Esta representação, de acordo com o DNIT, é uma estaca cravada a 2 m da crista de corte ou pé de aterro, devidamente cotada. Ou seja, o off set é a delimitação da seção de terraplenagem. Esses “off-sets” orientam os operadores das máquinas e é através deles que podemos saber se é necessário cortar ou aterrar aquela parte da estrada. Nos pés do aterro são fixadas cruzetas de marcação, indicando a altura da plataforma em relação aos pontos de "off-set".

Dessa forma, a alternativa está incorreta, pois as cruzetas devem ser colocadas juntos aos off-sets, no pé do aterro, e não a 5 metros do eixo da plataforma.

Alternativa incorreta. b) nos aterros, o controle será realizado por meio de estaca denominada de off-set, fixada junto à cota mais baixa do aterro (no pé do aterro). Acabamos de ver que o off-set é fixado a 2 metros do pé do aterro. Alternativa incorreta.

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c) em aterros, o controle da rampa (saia) poderá ser realizado com a utilização de gabarito de madeira, com relação de cateto 3:2, sendo 3 (medida horizontal) e 2 (medida vertical), ou através de teodolito e mira graduada. Na prática, os taludes dos aterros variam de 2:3 (V: H) a 1:4 (V: H). O talude 1:4 (V:H) é empregado nas autoestradas quando os aterros são baixos (abaixo de 2,50 m), visando oferecer melhor segurança ao tráfego. Tendo-se sempre presente que cada tipo de solo merece um estudo específico, devendo o assunto ser definido, de forma precisa, no Projeto de Engenharia.

Gabarito de madeira

Dessa forma, a inclinação máxima para aterros compactados é a de 2:3 (V:H). A banca apenas trocou a ordem da relação dos catetos (V:H) para (H:V), o que não invalida a questão. Ou seja 2:3 (V:H) é a mesma coisa que 3:2 (H:V). Alternativa correta. d) no corte, a estaca off-set utilizada para o controle da cota de escavação, deverá ser colocada exatamente no local onde a máquina iniciará o corte; ela permanecerá neste local até o final da escavação, servindo de referência de cota para a paralisação da escavação. Se a estaca de off-sets for colocada exatamente no local onde o equipamento iniciará o corte, este poderá danificá-la, prejudicando o controle geométrico do aterro. Vimos na aula que a “folga” (de 2,00m) é necessária para que durante a execução das escavações dos cortes ou compactação dos aterros a referência do off-set seja mantida. Alternativa incorreta. e) em serviços de corte admiti-se um erro de + ou - 50 cm entre as cotas da plataforma da terraplenagem em relação às cotas do projeto. Vimos na aula que, para os serviços de cortes:

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a) Variação da altura máxima para eixos e bordas

• Cortes em solo = ± 0,05 m

• Cortes em rocha = ± 0,10 m

Portanto, alternativa incorreta. Gabarito: Letra C 53 – (PF REGIONAL 2004 – CESPE) Para cálculo de volumes de aterros e cortes, deve-se considerar o volume de transporte como igual ao volume de aterro ou corte dividido pelo fator de empolamento.

Muita calma nessa hora!! Na aula vimos que o fator de empolamento é:

O volume de transporte mencionado na questão é o volume solto. Vtransp = Vsolto. Portanto, deve-se considerar o volume de transporte como igual ao VOLUME DE CORTE multiplicado pelo fator de empolamento. Gabarito: Errada 54 – (Infraero 2011 – FCC) Na execução da terraplenagem em um terreno para a implantação de um aeroporto, foi necessária, na movimentação de terra, o empréstimo de solo. Depois de compactado mediu-se o volume de 1.200 m3 de solo. Por meio do controle tecnológico conduzido, verificou-se que a densidade do solo compactado é de 2.030 kg/m3, a densidade natural é de 1.624 kg/m3 e a densidade solta é de 1.160 kg/m3. Considerando que este solo foi transportado por caminhão basculante com capacidade de 6 m3, o número de viagens necessárias foi de

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(A) 400. (B) 200. (C) 250. (D) 300. (E) 350.

Essa é uma questão em que temos que fazer umas continhas

Dados:

Vcomp = 1.200 m3

Dcomp = 2.030 kg/ m3

Dnat = 1.624 kg/ m3

Dsolta = 1.160 kg/ m3

Vocês se lembram quando fizemos as relações das densidades? Vamos recordar:

Em se tratando de uma mesma massa m a ser terraplenada, é fácil concluir que as variações nas densidades (ou massas específicas aparentes) do material obedecerão às desigualdades abaixo: Dcomp > Dcorte > Dsolta

A questão nos fornece o volume compactado. Mas o volume que queremos é o volume solto, que é o volume considerado nas operações de transporte.

Para isso, basta compararmos a densidade compactada com a densidade solta, dividindo uma pela outra.

Dcomp = 2030 = 1,75

Dsolta 1.160

Então, se o volume compactado é 1.200 m3, o volume solta será:

Vsolto = 1.200,00 m3 x 1,75 = 2.100,00 m3

O comando da questão informa que o transporte foi realizado com caminhões basculante com capacidade de 6 m3. Então, se dividirmos o total do volume solto pela capacidade dos caminhões, teremos a quantidade de viagens necessárias, ou seja:

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2.100 = 350

6

Portanto, o número necessário de viagens foi de 350 viagens.

Gabarito: Letra E

55 – (TCU 2009 – CESPE) Em serviços de terraplanagem, o preço unitário relativo ao destocamento do terreno é expresso por m2 da área a ser destocada, independentemente do diâmetro das árvores.

Opa! Não foi isso que vimos na aula não! De acordo com a norma DNIT 104/2009 – ES - Terraplenagem – Serviços Preliminares - Especificação de Serviço: Medição – Desmatamento, Destocamento e Limpeza

a) árvores com diâmetro inferior a 0,15 m => m2

b) árvores com diâmetro igual ou superior a 0,15 m devem ser medidas ISOLADAMENTE, em função de 2 conjuntos:

b.1) Árvores com diâmetro entre 0,15 m e 0,30 m

b.2) Árvores com diâmetro superior a 0,30 m

Portanto, somente as árvores com diâmetro inferior a 0,15 m é que possuem o preço unitário relativo ao destocamento do terreno expresso por m2 da área a ser destocada, as árvores com diâmetro igual ou superior a 0,15 m devem ser medidas isoladamente. Gabarito: Errada 56 – (TRT 17ª Região 2009- CESPE) Em uma obra de compactação de um aterro, o critério de medição do serviço é o volume medido por camada acabada.

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É isso aí! Os aterros são medidos em m3 por camada acabada, afinal fazem parte do custo unitário dos serviços de compactação de aterros: a descarga e o espalhamento do material em camadas, o ajuste e homogeneização da umidade do solo, a compactação propriamente dita e o respectivo acabamento do aterro. (item 8.1 da norma DNIT 108/2009 ES- Terraplenagem – Aterro – Especificações de Serviço).

Gabarito: Certa 57 – (SEGER-ES 2011- CESPE) Os solos expansivos são adequados para a execução de aterros, pois permitem rápida compactação e adensamento.

Ninguém cai mais nessa não, né? Só erra uma questão dessas quem não leu esta aula!!

Gabarito: Errada 58 – (BASA 2007- CESPE) Em um serviço de movimento de terra, para efeito de orçamento do transporte de terra escavada na execução de um corte, multiplica-se o volume de solo a ser escavado no seu estado natural, ou intacto, pelo preço unitário de transporte.

Não é mesmo!! Falamos tanto que o volume transportado é o volume solto, e para calcularmos esse volume temos que considerar o empolamento. Portanto, mutiplica-se o volume do corte pelo fator de empolamento.

Gabarito: Errada

59 – (INSS 2008- CESPE) Aterros com volumes superiores a 1.000 m3 devem ter, obrigatoriamente, controle tecnológico na sua execução.

Segundo a norma DNIT 108/2009 ES devem ser adotados os seguintes procedimentos:

Um ensaio de compactação para cada 1000 m³ de um mesmo material do corpo do aterro (segundo o Método DNER-ME 129 - Proctor Normal); Gabarito: Certa 60 - (MPU 2004 – ESAF) As ordenadas de Bruckner correspondem às diferenças entre as cotas projetadas para a estrada e as cotas de seu perfil original.

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O diagrama de massas NÃO é um perfil. A forma do diagrama de massas não tem nenhuma relação com a topografia do terreno. A diferença de ordenadas entre dois pontos do diagrama mede o volume de terra entre esses pontos. Portanto, a afirmativa está incorreta.

Gabarito: Errada

61 - (Engenheiro de Trânsito 2012-BIORIO) - Ao analisar o diagrama de Brückner (diagrama de massas), constata-se um ponto de máximo local pertencente a um trecho compensado por uma linha de terra no sentido do estaqueamento. Esse ponto corresponde no perfil longitudinal: (A) a uma passagem de aterro para corte; (B) a uma passagem de corte para aterro; (C) ao ponto de maior cota vermelha neste trecho; (D) ao ponto de maior cota azul neste ponto; (E) a um greide cuja inclinação da tangente é zero

Pessoal, conforme a 2ª Propriedade do diagrama de Brückner: Os pontos de máximo do diagrama representam a passagem de cortes para aterros e os de mínimo a passagem de aterros para cortes. Portanto, a alternativa correta é a letra B.

Gabarito: Letra B

62 - (INFRAERO/ADAPTADA - NCE UFRJ) - O significado de um ponto máximo em um diagrama de Bruckner (diagrama de massas de terraplenagem) é: (A) máxima compensação; (B) passagem de corte para aterro; (C) menor momento de transporte; (D) distância média de transporte; (E) volume escavado.

E aí, pessoal, qual é a resposta? Agora ficou fácil! Vimos que o ponto máximo em um diagrama de Brückner refere-se à passagem de cortes para aterros, portanto a letra B está correta!!

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Pessoal, vejam a importância de se fazer provas anteriores e de bancas diferentes. Quem sabe uma questão desse tipo não cai na prova de vocês, hein?! Gabarito: Letra B

63 - (Ponto dos Concursos 2012) – As linhas horizontais que interceptam ramos ascendentes e descendentes no diagrama de Brückner destacam: (A) o volume médio escavado no trecho em aterro. (B) o volume total escavado na frente de ataque da zona de corte considerada. (C) o momento parcial de transporte do empréstimo. (D) o volume de cortes e aterros compensados. (E) os pontos de início de corte e fim de aterro no perfil longitudinal.

Pessoal, a 4ª propriedade diz:

Linhas horizontais (ditas “linhas de compensação” ou “linhas de distribuição”), interceptando ramos ascendentes e descendentes, destacam segmentos que correspondem a volumes de cortes e aterros compensados.

Portanto, concluímos que a alternativa correta é a letra D, já que traduz literalmente 4ª propriedade.

Gabarito: Letra D

64 – (TRE - RN 2011 – FCC) Considere as afirmações abaixo sobre projeto de terraplenagem. I. Define-se como ponto de passagem os pontos onde terminam os cortes e começam os aterros e os pontos onde terminam os aterros e começam os cortes. II. Quando o material do corte é aplicado no aterro ele sofre uma redução de volume, por causa da compactação. O valor desta redução depende do tipo de solo, densidade natural e adensamento nos cortes e grau de compactação dos aterros. III. Linha de compensação é toda linha horizontal, traçada sobre o diagrama de massas (Diagrama de Bruckner) que corte pelo menos uma onda. Todas as ondas do diagrama de massas deverão ser

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cortadas, ou ao menos tangenciadas, por uma única linha de compensação. Está correto o que se afirma em (A) I, apenas. (B) II, apenas. (C) III, apenas. (D) I e II, apenas. (E) I, II e III.

Vamos analisar cada uma das afirmativas:

I. Define-se como ponto de passagem os pontos onde terminam os cortes e começam os aterros e os pontos onde terminam os aterros e começam os cortes.

Então pessoal, é isso mesmo! Os pontos de passagem são os pontos de máximo e de mínimo do diagrama, e eles correspondem aos pontos onde terminam os cortes e começam os aterros (ponto máximo) e os pontos onde terminam os aterros e começam os cortes (ponto mínimo).

Observem só o desenho abaixo:

Correto, portanto, o item. II. Quando o material do corte é aplicado no aterro ele sofre uma redução de volume, por causa da compactação. O valor desta redução depende do tipo de solo, densidade natural e adensamento nos cortes e grau de compactação dos aterros.

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Corretíssimo o que se afirma no item acima. Quando executamos um aterro, compactamos o volume que estava originalmente no corte. Essa compactação faz com que este material sofra uma redução no seu volume, e consequentemente um aumento da densidade.

O valor desta redução de volume depende do tipo de material (geralmente, as argilas sofrem uma redução de volume maior que as areias, por exemplo); densidade natural (condição que a massa específica do solo se apresenta no local do corte antes do material ser retirado); adensamento nos corte (quantidade de vazios que o solo apresenta no seu “estado natural”) e grau de compactação (quantidade de energia despendida para compactar o solo).

Afirmativa correta.

III. Linha de compensação é toda linha horizontal, traçada sobre o diagrama de massas (Diagrama de Bruckner) que corte pelo menos uma onda. Todas as ondas do diagrama de massas deverão ser cortadas, ou ao menos tangenciadas, por uma única linha de compensação.

Qualquer horizontal traçada sobre o diagrama determina trechos de volumes compensados (volume de corte = volume de aterro corrigido). Esta horizontal, por conseguinte, é chamada de linha de compensação (ou linha de terra).

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Além disso, todas as ondas do diagrama de massas deverão ser cortadas, ou ao menos tangenciadas, por uma única linha de compensação.

Portanto, está certa a afirmativa.

Gabarito: Letra E

Pessoal, este tema (diagrama de massas) é um assunto bem explorado nos concursos, portanto fiquem atentos aos conceitos.

Vamos a uma pequena revisão no tema:

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65 - (FISCAL DE OBRAS RODOVIARIAS - UFPR 2010) Ao se efetuar um corte no terreno, o volume do material solto é maior que o volume original do solo. Esse fenômeno é denominado: a) inchamento. b) empolamento. c) desadensamento. d) incorporação de vazios. e) expansão.

Vimos em aula que a taxa de empolamento representa, em termos percentuais, qual o incremento de volume que resulta após a escavação de um material de um corte:

Portanto, a resposta correta é a letra B.

Gabarito: Letra B

66 - (Técnico em Estradas/Semarh - FUNCAB). Em escavações, são considerados materiais de 3ª categoria os: A) solos orgânicos e as argilas moles. B) que exigem uso contínuo de explosivos. C) que são escaváveis com auxílio de escarificador. D) que exigem uso eventual de explosivos. E) solos em geral.

Conforme vimos na aula, os matérias de 3ª categoria exigem o uso contínuo de explosivos. Gabarito: Letra B

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A partir da figura acima, que apresenta um aterro para pavimento rodoviário construído sobre uma camada de solo mole, saturada, uniforme e homogênea, julgue os seguintes itens. 67 - (PF 2002 - CESPE) A utilização de bermas de equilíbrio reduz a altura admissível do aterro. Ao contrário, a utilização de bermas de equilíbrio proporciona mais estabilidade, portanto, aumenta a altura admissível do aterro, ou seja, se utilizarmos bermas de equilíbrio poderemos construir um aterro mais alto. Gabarito: Errada

68 - (PF 2002 - CESPE) Na situação mostrada na figura, para uma maior garantia da estabilidade do aterro, seria recomendado que o mesmo fosse construído o mais rápido possível. Simplesmente repetição da questão do TCU 2005. E olha que essa mesma abordagem foi feita em uma questão da prova do concurso de Analista de Infraestrutura (Área I) do MPOG 2010. Gabarito: Errada

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69 - (Infraero 2011- FCC) No projeto de terraplenagem de uma rodovia deve ser definida a movimentação de terra resultante da implantação do greide projetado. O diagrama de massas, ou diagrama de Brückner, é utilizado para a representação dos momentos de transporte ao longo do traçado. Analise o diagrama:

No diagrama acima, o volume do maior aterro é igual a

(A) 40 m3. (B) 50 m3. (C) 140 m3. (D) 130 m3. (E) 10 m3.

Pessoal, lembram que quando falamos do diagrama de massas (ou diagrama de Brückner) mencionamos que na sua representação, considerando-se o sentido crescente do estaqueamento, os ramos ascendentes do diagrama correspondem a cortes e os ramos descendentes correspondem a aterros.

Então ficou fácil! Se olharmos no diagrama o ponto máximo (+ 50) de quando o sentido começa a ficar descendente (estaca 101) até o ponto mínimo (-90) de quando termina essa descendência (Estaca 103,5), teremos o primeiro trecho todo em aterro. Este valor é igual a 140 m3(50 + 90).

O segundo trecho em aterro começa na estaca 106 (+ 40) e termina na estaca 107 (-10). Com volume de 50 m3.

Portanto, a resposta é 140 m3.

Gabarito: Letra C

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70- (Téc. Estradas DNIT 2013 – ESAF) Em relação à sistemática a ser empregada na execução de empréstimos de materiais utilizados para execução de aterros, de acordo com a Especificação de Serviço DNIT 107/2009 – ES, a opção incorreta é: a) nos cortes, de uma maneira geral, deve ser adotado o rebaixamento do fundo do corte, com modificação do greide, para melhorá-lo. b) no caso dos cortes em tangente, de altura significativa, promover o alargamento até determinada altura, criando-se banquetas e melhorando a estabilidade dos taludes. c) no caso dos aterros, os empréstimos laterais devem ser feitos com o intuito de diminuir a distância de transporte do equipamento, melhorando as condições de drenagem (elevação do greide). d) os solos para efeito de execução do corpo do aterro devem apresentar capacidade de suporte compatível (ISC ≥ 4%) e expansão menor ou igual a 2%, compactados com a energia do Proctor Normal. e) a borda externa das caixas de empréstimos laterais e o limite da faixa de domínio deve ser mantida sem exploração numa faixa de 2,00 m de largura, a fi m de permitir a implantação da vedação delimitadora. Reparem, mais uma vez, que nesta questão a banca pede para vocês escolherem a opção INCORRETA. No caso, o erro está na alternativa “d”. Mais uma questão que a nossa tabela sobre aterros resolveria. Para efeito de execução do corpo do aterro, apresentar capacidade de suporte adequada (ISC ≥ 2%) e não a 4%. Gabarito: Letra D 71 – (MPOG 2012 – Área I – CESPE) Caso uma quantidade de terra lançada em um aterro seja compactada mecanicamente, o seu volume final será igual ao volume que essa massa ocupava no corte. Vimos na aula que o volume no corte (“in natura”) é diferente do volume compactado. Afinal, compactação de aterros é o processo manual ou mecânico de aplicação de forças destinadas a reduzir o volume do solo até atingir a densidade máxima.

Vcomp < Vcorte < Vsolto

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Gabarito: Errada Com relação às operações de terraplenagem e às obras de estradas, julgue os itens a seguir. 72 – (TRT 10a/2013 – CESPE) Os materiais de empréstimo para a execução de corpo de aterro devem ter capacidade de suporte maior ou igual a 2% (ISC 2%) e expansão menor ou igual a 4%, valores estes determinados por meio de ensaios de compactação e de CBR. Pessoal, vejam como esse assunto é recorrente!! Vamos à nossa tabela:

Camada

Espessura de cada camada compactada

G.C. ISC (%) Expansão ≤

h(ótima)

Corpo de

aterro

≤ 0,3 m

100 % P.N.

≥ 2%

4%.

+ /- 3%

Finais de

aterro

≤ 0,2 m

100 % P.I.

Melhor capacidade de suporte

2%.

+ /- 3%

Dessa forma, a questão está correta! Gabarito: Certa 73 - (TRT 10a/2012/Prova anulada – CESPE) Durante a terraplenagem, é considerado material de 3a categoria aquele que necessita de emprego de escarificador eventualmente auxiliado por explosivos. A norma DNIT 106/2009-ES – Cortes – Especificações de Serviços usa as seguintes definições: Material de 2ª categoria Compreende os solos de resistência ao desmonte mecânico inferior à da rocha não alterada, cuja extração se processe por combinação de métodos que obriguem a utilização do maior equipamento de escarificação exigido contratualmente; a extração eventualmente pode envolver o uso de explosivos ou processo manual adequado. Estão incluídos nesta categoria os blocos de rocha de volume inferior a 2 m³ e os matacões ou pedras de diâmetro médio compreendido entre 0,15 m e 1,00 m. Material de 3ª categoria

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Compreende os materiais com resistência ao desmonte mecânico equivalente à rocha não alterada e blocos de rocha com diâmetro médio superior a 1,00 m, OU de volume igual ou superior a 2 m³, cuja extração e redução, a fim de possibilitar o carregamento, se processem com o emprego contínuo de explosivos. Após essas definições, vemos que a questão está errada, pois ela traz o conceito de material de 2ª categoria. Gabarito: Errada 74 - (ITESP 2013 – VUNESP) Banquetas laterais de equilíbrio como, por exemplo, na figura apresentada, têm por objetivo ajudar a resistência ao cisalhamento da camada mole de fundação do aterro. Essas plataformas laterais de contrapeso, construídas junto ao aterro, criam um momento resistente que, se opondo ao de ruptura provocado pela carga de aterro, auxilia a resistência ao cisalhamento próprio da argila. O texto se refere a:

(A) inclinações do talude. (B) materiais estabilizantes. (C) muros de arrimo e ancoragens. (D) drenagens superficiais e profundas. (E) bermas.

Para quem viu o conteúdo da nossa aula deve ter acertado fácil, fácil. Afinal, comentamos várias vezes sobre as Bermas. Inclusive chamamos a atenção de vocês para que fiquem atentos a esse conteúdo. As bancas costumam cobrar bastante sobre ele.

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Gabarito: Letra E

75 - (PREFEITURA SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP 2015 – VUNESP) Para compactar e adensar um talude executa-se um reaterro escavando um material que tem empolamento igual a 20%. Se são carregados cinco caminhões de 3 m3 com material solto em uma hora de trabalho, então, em 4 horas de trabalho, o volume desse material medido no corte é de (A) 100 m3. (B) 80 m3. (C) 60 m3. (D) 50 m3. (E) 40 m3.

Temos que cada caminhão carrega 3,00 m3 de material solto e o empolamento é de 20%, portanto, na verdade, cada caminhão carrega 2,4 m3 de material do corte (estado natural, que está confinado):

Vimos que a porcentagem (ou taxa) de empolamento [p(%)] nos dá a taxa de aumento, em porcentagem, do volume solto em relação ao volume natural. Ou seja, representa o percentual de expansão volumétrica do solo, no estado solto, ao ser retirado do seu estado natural, ou seja:

► Vs = Vc x (taxa de empolamento)

No caso a taxa de empolamento é sempre maior que 1.

Vs/Vc = 1,20

Portanto, Vc = 3/1,20 => Vc = 2,50 m3

► Como temos 5 caminhões para 1 hora de trabalho, então:

V1 = 2,5 x 5 = 12,50 m3 por hora

► Para 4 horas de trabalho teremos:

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V4 = 12,50 x 4 = 50 m3

Gabarito: Letra D

76 - (SPTrans 2012 – VUNESP) A garantia do correto controle tecnológico da execução de aterros e reaterros em obras de construção de edificações residenciais, comerciais ou industriais requer (A) o emprego de materiais selecionados para o aterro, permitido o uso de solos com matéria orgânica micácea ou diatomácea. (B) que nas operações de lançamento, homogeneização, umedecimento ou aeração e compactação do material, a espessura da camada compactada seja de, no máximo, 0,30 m. (C) que as camadas devam ser compactadas, estando o material na umidade ótima do correspondente ao ensaio de comparação, admitindo-se uma variação desta umidade de 10% para mais ou para menos. (D) o grau de compactação a ser atingido seja de, pelo menos, 85%. (E) que durante a execução deva ser feito um controle de compactação diário por camada. Mais uma questão da banca VUNESP! Vamos analisar cada uma das alternativas para verificarmos qual é a certa:

(A) o emprego de materiais selecionados para o aterro, permitido o uso de solos com matéria orgânica micácea ou diatomácea.

Na aula explicamos que, para a seleção dos materiais para compactação dos aterros, temos que atender a vários requisitos, em termos de características mecânicas e físicas, conforme se registra a seguir:

a) Ser preferencialmente utilizados de conformidade com sua qualificação e destinação prévia fixada no projeto. b) Ser isentos de matérias orgânicas, micáceas e diatomáceas. Não devem ser constituídos de turfas ou argilas orgânicas. c) Para efeito de execução do corpo do aterro, apresentar capacidade de suporte adequada (ISC ≥ 2%) e expansão menor ou igual a 4%.

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d) Para efeito de execução da camada final dos aterros, apresentar dentro das disponibilidades e em consonância com os preceitos de ordem técnico-econômica, a melhor capacidade de suporte e expansão ≤ 2%. Portanto, está errada a alternativa A. Pois devem estar ISENTOS desses materiais!! ITEM INCORRETO (B) que nas operações de lançamento, homogeneização, umedecimento ou aeração e compactação do material, a espessura da camada compactada seja de, no máximo, 0,30 m. Correto isso! Vimos várias vezes isso! Espessura MÁXIMA de 30 cm para compactação de aterros!!! ITEM CORRETO (C) que as camadas devam ser compactadas, estando o material na umidade ótima do correspondente ao ensaio de comparação, admitindo-se uma variação desta umidade de 10% para mais ou para menos. Mais uma para matar com a utilização do resumo que fizemos para vocês! A variação máxima da umidade ótima é de 3%. ITEM INCORRETO (D) o grau de compactação a ser atingido seja de, pelo menos, 85%. 85%??? Não, né!!!! Outra alternativa que a tabela “mataria”. O grau de compactação deve ser igual ou maior que 100%. ITEM INCORRETO (E) que durante a execução deva ser feito um controle de compactação diário por camada. Não existe essa de controle diário!! O controle deve ser realizado da seguinte forma:

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a) Para o corpo de aterro:

Ensaio Amostragem

01 ensaio de compactação a cada 1.000 m³ de material

01 ensaio de granulometria a cada grupo de 10 amostras do ensaio de

compactação 01 ensaio de limite de liquidez

01 ensaio de plasticidade

b) Para a camada final de aterro (últimos 60 cm):

Ensaio Amostragem

01 ensaio de compactação a cada 200 m³ de material

01 ensaio de granulometria

a cada grupo de 04 amostras do ensaio de compactação

01 ensaio de limite de liquidez

01 ensaio de plasticidade

01 ensaio de índice de suporte Califórnia

Gabarito: Letra B 77 - (PREFEITURA DE DIADEMA/SP 2011 – VUNESP) Com a escavação de um material que tem empolamento igual a 20%, em uma hora de trabalho carregaram-se 10 caminhões de 6 m3 com material solto. Em quatro horas de trabalho, o volume de material medido no corte é de (A) 90 m3. (B) 100 m3. (C) 120 m3. (D) 150 m3. (E) 200 m3.

Mais uma questão desse tipo! Vocês não podem ir para essa prova sem saber resolver esse tipo de questão, pois as bancas muitas vezes cobram esse tipo de conhecimento em questões de concurso:

► Vs/Vc = taxa de empolamento

Vs/Vc = 1,20

Portanto, Vc = 6/1,20 => Vc = 5,00 m3

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► Como temos 10 caminhões para 1 hora de trabalho, então:

V1 = 5,00 x 10 = 50,00 m3 por hora

► Para 4 horas de trabalho teremos:

V4 = 50,00 x 4 = 200 m3

Gabarito: Letra E 78 - (PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP 2012 – VUNESP) O diagrama de massas (ou de Brückner) é aplicado na análise da distribuição dos materiais escavados, definindo a origem e o destino dos solos e rochas que são objeto das operações de terraplenagem, com indicação de seus volumes, classificações e distâncias médias de transporte. Considerando as propriedades do diagrama de massas, pode-se afirmar que (A) inclinações muito elevadas das linhas do diagrama indicam grandes movimentos de terra. (B) todo trecho descendente do diagrama corresponde a um trecho de corte. (C) os pontos de máximo correspondem à passagem de aterro para corte. (D) a área compreendida entre a curva de Brückner e a linha de compensação mede a distância média de transporte da distribuição considerada. (E) a diferença de ordenadas entre dois pontos do diagrama mede o fator de homogeneização de volumes.

Conforme o Resumo que fizemos para vocês acerca do diagrama de Brückner (ou diagrama de massas):

- inclinações muito elevadas indicam grandes movimentos de terras;

- diferença de ordenadas entre 2 pontos � mede o volume de terra entre esses pontos;

- Pontos extremos: pontos de passagem.

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- Pontos de máximo: passagem de corte para aterro.

- Pontos de mínimo: passagem de aterro para corte;

- a horizontal traçada sobre o diagrama é chamada de linha de compensação (ou linha de terra).

- a distância média de transporte (DMT) pode ser considerada como a base de um retângulo.

Portanto, a alternativa correta é a letra A

Gabarito: Letra A

79 - (Fundação Casa/2013 – VUNESP) Ao se efetuar um movimento de terra, admite-se um empolamento de 20% para terra comum seca, que no estado natural tem um peso específico de 2.400 kgf/m3. No estado solto, o peso específico é de (A) 1.200 kgf/m3 (B) 1.500 kgf/m3 (C) 1.840 kgf/m3 (D) 2.000 kgf/m3 (E) 160 kgf/m3

Mais uma questão sobre empolamento envolvendo material no estado natural e material no estado solto.

Bem, é bastante fácil! O empolamento é justamente a diferença de volume entre os dois estados.

No estado solto o peso específico é MENOR que no estado natural (confinado ou no corte).

Portanto:

Se PN = 2.400 Kgf/m3 então:

PS = PN/1,20 => 2.400/20 => PS = 2.000 Kgf/m3

Gabarito: Letra D

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80 - (PREFEITURA DE DIADEMA/SP 2011 – VUNESP) Sobre o controle tecnológico da execução de aterros, considere os seguintes casos: X – aterros com responsabilidade de suporte de fundações, pavimentos ou estruturas de contenção; Y – aterros com altura superior a 1 m; Z – aterros com volume superior a 1 000 m3. O controle é obrigatório em (A) X, Y e Z. (B) X e Z, apenas. (C) Y e Z, apenas. (D) X e Y, apenas. (E) Z, apenas.

Questão bem fácil! Em todos os casos é obrigatório o controle tecnológico na execução dos aterros!!

Gabarito: Letra A

81 - (PREFEITURA DE SOROCABA/SP 2011 – VUNESP) Para implantação de uma obra de saneamento, executou-se um aterro. Após a sua conclusão, foi feito o levantamento topográfico, determinando-se a área das seções transversais do maciço, conforme a tabela.

Considerando-se um afastamento de 20 m entre as seções, o volume total executado do aterro foi de (A) 8 351,00 m³. (B) 11 482,60 m³.

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(C) 16 702,00 m³. (D) 22 965,20 m³. (E) 33 404,00 m³.

Essa é uma questão bem fácil! Basta calcular os volumes em cada um dos segmentos e depois soma-los.

Para calcular o volume de cada segmento deve-se obter a Área Média do segmento e multiplicar pelo comprimento entre as estacas:

V1 = (272,84 + 521,94)/2 x 20,00 = 7.947,80 m3

V2 = (521,94 + 353,48)/2 x 20,00 = 8.754,20 m3

VT = V1 + V2 = 7.947,80 + 8.754,20 => VT = 16.702,00 m3

Gabarito: Letra C 82 - (SAEP/2014 – VUNESP) Para executar um reaterro, escavou-se um material que tem empolamento igual a 20%, carregando-se 3 caminhões de 5 m3 com material solto em uma hora de trabalho. Em 8 horas de trabalho, o volume de material medido no corte é de (A) 90 m3 (B) 200 m3 (C) 150 m3

(D) 120 m3 (E) 100 m3

Vejam como essa banca gosta desse tipo de questão.

► Vs/Vc = taxa de empolamento

Vs/Vc = 1,20

Portanto, Vc = 5/1,20 => Vc = 4,17 m3

► Como temos 3 caminhões para 1 hora de trabalho, então:

V1 = 4,17 x 3 = 12,50 m3 por hora

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► Para 8 horas de trabalho teremos:

V4 = 12,50 x 8 = 100 m3

Gabarito: Letra E

Figura II

(TCE/RN CESPE – 2015) Em um projeto de terraplanagem, a distribuição de materiais dos cortes pelos aterros seguiu as ordenadas da curva de Brückner, apresentada na figura I.

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Na distribuição de terras, admitiu-se que a DMT máxima é de 1.000 m, e que só há local para empréstimo ou bota-fora no meio do trecho. Com o intuito de se obter o menor custo, a linha de compensação foi dividida em três segmentos, na forma da distribuição apresentada na figura II. Com base nessas informações, julgue os próximos itens. 83 - (TCE/RN CESPE – 2015) A distribuição elaborada, dos materiais escavados, apresentou um volume de empréstimo de 300 m3 e um volume de bota-fora de 400 m3. Pessoal, questão bem tranquila de Diagrama de Bruckner. Primeiramente, vemos que há três segmentos de linhas horizontais na figura II (est. 0 a 50, est. 58 a 142 e est. 149 a 200). Tais linhas, denominadas também de linha de compensação, indicam que naquele trecho os volumes de cortes são iguais aos volumes de aterro corrigidos, ou seja, não há empréstimo ou bota-fora a ser feito! No entanto, entre as estacas 52 a 58 e 142 a 149 não há tal linha de compensação, significando que há empréstimo ou bota fora a ser feito, ou os dois. Vimos que entre as estacas 52 a 58 a curva é descendente, representando assim um trecho em aterro, logo o volume de material de empréstimo a ser realizado será a diferença entre as ordenadas (volumes) de cada estaca que é 300m3. Da mesma forma, utilizando o mesmo raciocínio, entre as estacas 142 e 149 a curva é ascendente representando um trecho em corte, logo o volume de bota-fora será a diferença entre as ordenadas (volumes) de cada estaca, isto é 400m3. Logo alternativa está correta.

Como estudamos, deve-se dar prioridade aos materiais provenientes das escavações dos cortes para ser utilizado nos aterros, sendo que só se deve recusar a utilização desses materiais devido: - a má qualidade;

- ao excesso de volume; ou

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- a excessiva distância de transporte (que inviabilize economicamente a utilização deste material no aterro).

No enunciando da questão, admitiu-se que a DMT máxima seria de 1000m, o que inviabilizaria o transporte do material retirado do corte na estaca 142 a 149 para a 52 a 58, tendo em vista que a DMT seria superior a 1000m.

Gabarito: Certa 84 - (TCE/RN CESPE – 2015) A partir do perfil esquemático do terreno, verifica-se que serão executados três cortes e dois aterros. Pessoal, primeiramente vemos que o enunciado da questão está errado, pois o digrama de massas não tem nenhuma relação com ou perfil ou topografia do terreno!! Mas deixando esse erro de lado, é possível identificar na figura II três trechos ascendentes, representado cortes, e três trechos descendentes, representando aterros. Logo, a questão está errada (aliás, duplamente rsrs), pois afirma que serão executados três cortes e dois aterros. Gabarito: Errada 85 - (TCE/RN CESPE – 2015) O maior corte, localizado entre as estacas 0 e 52, tem volume de 600 m3 e o maior aterro, entre as estacas 58 e 100, tem volume de 300 m3. O maior corte será entre as estacas onde houver a maior curva ascendente, portanto a maior curva ascendente se dará entre as estacas 130 e 170, com o volume de 1050m3. O maior aterro será entre as estacas onde houver a maior curva descendente, portanto a maior curva descendente se dará entre as estacas 25 e 75, com o volume de 1200m3. Gabarito: Errada

86 - (MP/ENAP CESPE - 2015) A distribuição do material escavado pode ser efetivada por meio do diagrama de Bruckner, o mais utilizado, do diagrama de áreas e do diagrama de Lalanne. Pessoal estudamos que a prática de projeto de estradas tem desenvolvido, em seus vários estágios, diversos procedimentos gráficos visando a execução de uma adequada distribuição de materiais na terraplenagem.

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Dessa forma, surgiram o “diagrama das áreas”, o “diagrama de Lalanne” e, como uma evolução deste, o “diagrama de Brückner”, ainda de uso corrente em projetos atuais. Dessa forma, tanto o diagrama de Lalanne bem como o de Bruckner são utilizados para a distribuição do material escavado, sendo de Bruckner o mais utilizado atualmente. Gabarito: Certa Pessoal, chegamos ao fim da nossa aula demonstrativa do curso de Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios). Esperamos que tenham gostado do material e que ele possa ajudá-los a conseguir sucesso na caminhada rumo à aprovação nesse excelente órgão. Qualquer dúvida, acessem nosso fórum de dúvidas disponível no site do curso. Não deixem de usá-lo. Nós nos vemos na próxima aula! Bons estudos! Um forte abraço. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha 1 - (IPOJUCA 2009 – CESPE) Terraplenagem é a movimentação de terra por corte ou aterro de uma determinada área, com o objetivo de torná-la plana e, se necessário ao projeto, horizontal. 2 - (TJ/CE CESPE – 2014) A terraplanagem é o processo de movimentação de terra constituído por algumas operações básicas que ocorrem em sequência ou de forma simultânea. Assinale a opção em que são apresentadas as operações que constituem fases integrantes da movimentação de terra.

A) remoção com transporte; escavação

B) remoção com transporte; sondagem

C) descarga com espalhamento; organização do canteiro

LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

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D) escavação; limpeza do terreno

E) carga do material escavado; sondagem

3 – (PETROBRÁS TEC. EDIFICAÇÃO 2004 – CESPE) Na construção de aterros, deve ser procedida uma preparação adequada do terreno para receber o aterro, especialmente com retirada de vegetação ou restos de demolições eventualmente existentes.

4 – (TCE - RN 2006 – CESPE) Os serviços de desmatamento, destocamento e limpeza são considerados preliminares e nenhum movimento de terra pode começar antes de esses serviços terem sido totalmente concluídos.

5 - (MP/ENAP CESPE - 2015) Da composição do quadro-resumo de terraplenagem deve constar a classificação dos materiais escavados, cujo primeiro critério deve ser a comparação com materiais como o granito e cujo segundo critério deve considerar as dificuldades de escavação, definindo-se os materiais como de primeira categoria, de segunda categoria e de terceira categoria.

6 - (CGU 2008 – ESAF) Segundo as especificações do DNIT – Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes, “o corte é um segmento natural da rodovia cuja implantação requer escavação do terreno natural, ao longo do eixo e no interior dos limites das seções do projeto, que definem o corpo estradal”. Com relação a esse serviço, é correto afirmar que: a) o sistema de medição considera o volume medido após a extração e a distância de transporte entre este e o local do depósito. b) quando houver excesso de materiais de cortes e não for possível incorporá-los ao corpo de aterros, deverão ser constituídas áreas de empréstimos. c) quando, ao nível da plataforma dos cortes, for verificada a ocorrência de rocha, sã ou em decomposição, promove-se um rebaixamento da ordem de 0,40m e a execução de novas camadas com materiais selecionados. d) nos cortes de altura elevada é prevista a implantação de patamares, com banquetas de largura mínima de 1m, valetas revestidas e proteção vegetal.

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e) para a escavação dos materiais classificados como de 1ª e 2ª categorias, poderão ser utilizados tratores de lâmina, “motoscrapers”, escavadeiras e carregadeiras. 7 - (Técnico em Estradas - IEPRO 2009) O Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes – DNIT, na especificação de serviço, classifica os materiais escavados em três categorias para efeito de pagamento. Os materiais classificados de 2a categoria estão definidos por: a) Rochas fraturadas com blocos de diâmetro inferior a 0,15 m e volume superior a 2,00 m3; b) Solos consolidados contendo blocos de pedra com volume superior a 2,00 m3; c) Blocos de rocha com volume inferior a 2,00 m3, matacões e pedras de diâmetro médio inferior a 1,00 m, cuja extração necessita utilização de equipamento com escarificadores e eventualmente poderá envolver o uso de explosivos; d) Rochas brandas e fraturadas com blocos com diâmetro médio inferior a 0,15 m; e) Alterações de rocha fendilhada e/ou alterada, cuja extração se processa em equipamentos com utilização escarificadores. 8 - (TCE-ES/2012 – CESPE) Na execução de aterros, os materiais provenientes de escavações de cortes devem ser descartados, devido à dificuldade de controle tecnológico desses materiais. 9 - (Téc. Estradas DNIT 2013 – ESAF) Segundo a especificação de serviço DNIT 106/2009 – ES do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes relativa a serviços de terraplenagem realizados em cortes, é correto afirmar que: a) material de 2a categoria, composto por solo e matacão com diâmetro nominal máximo de 20 cm, deverão ser escavados com a utilização de Dozer ou Screper. b) material denominado de bota fora deverá ser depositado sempre em áreas apropriadas, localizadas a uma distância mínima de 2 km da faixa de domínio.

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c) em serviços de corte em rocha, emprega-se perfuratriz pneumática ou elétrica na preparação dos locais destinados à instalação das minas, tratores equipados com lâminas para operação de limpeza da área, e carregadores conjugados com transportadores para operação de carregamento e transporte do material extraído. d) durante a escavação, constatado que a cota topográfica da plataforma final coincidiu sob um maciço rochoso, é recomendada a paralisação da escavação, não sendo necessário realizar rebaixamento do greide e substituição de material. e) os taludes de corte deverão, após operação de terraplenagem, apresentar inclinações compatíveis com as características do solo local; inclinação esta definida pela experiência profissional do encarregado de terraplenagem. 10 – (UNIPAMPA 2009 – CESPE) Durante os serviços de cortes de solo pode haver excesso de material que gerará os bota-foras. O manejo ambiental desses materiais prevê sua compactação e o depósito em áreas à jusante da rodovia.

11 - (UNIPAMPA 2009 - CESPE) Entre as operações de corte, podem-se citar as seguintes etapas: escavação dos materiais, transporte dos materiais escavados para aterros ou bota-fora e retirada das camadas de má qualidade, visando à preparação das fundações dos aterros.

(CGE/PI 2014 – CESPE) Na execução de um aterro necessário em obra de terraplenagem para implantação de rodovia, verificou-se a existência de uma camada de solo mole com 20 metros de profundidade, que foi removida e substituída por material de melhor qualidade. Considerando essa situação, julgue os itens subsecutivos.

12 - (CGE/PI 2014 – CESPE) No processo de remoção da camada de solo mole dessa obra, o material de reposição deve ser, de preferência, arenoso.

13 - (CGE/PI 2014 – CESPE) A remoção e a substituição da camada de solo mole na obra em questão constituem uma solução economicamente viável.

14 - (CGE/PI 2014 – CESPE) Devido à baixa carga sobre rodovias, é desnecessário tratamento para consolidação do solo em aterros sobre camadas de argila.

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15 - (CGE/PI 2014 – CESPE) A utilização de drenos de areia é uma possível solução para o problema trazido pela presença de solo mole na referida obra.

16 - (FUB CESPE – 2015) A remoção de solos moles e a substituição desses por material granular poderão ser totais ou parciais e só serão viáveis para depósitos pouco extensos.

17 – (PETROBRAS 2004 - CESPE) As turfas e os solos expansivos são utilizados como materiais de aterro, independentemente da sua altura e da finalidade. 18 – (PETROBRAS 2004 - CESPE) A variação máxima no valor da umidade ótima do material de aterro deve ser de, no máximo, 6%. 19 – (INSS 2008 - CESPE) Quando houver disponibilidade de solo expansivo como material para aterro, esse deve ser preferido a outros sem essa característica. 20 - (TCE-ES/2012 – CESPE) Na opção de aterro do tipo estaqueado, as estacas são projetadas para transferir toda a carga do aterro para um substrato mais resistente. 21 - (TCE-ES/2012 – CESPE) A remoção de solo mole e a substituição por material granular devem ser consideradas em casos de depósitos muito extensos e de espessura de solo mole inferior a 6 m. Para espessuras maiores, deve-se aprovar solução de substituição parcial. 22 - (TCE-ES/2012 – CESPE) Os geodrenos exercem grande função portante, por serem elementos drenantes constituídos de materiais sintéticos, cravados verticalmente no terreno, e dispostos em malha, de forma que seja permitido drenar e acelerar os recalques. 23 - (FUB CESPE – 2015) Materiais de empréstimo para execução de corpo de aterro devem apresentar capacidade de suporte maior ou igual a 2% (ISC >= 2%) e expansão menor que 4%, determinados por meio de ensaio de compactação e de ensaio de CBR. 24 - (INSS 2008 - CESPE) Na escavação de vala, o volume de material que deve ser transportado é igual ao volume medido (cubicado) no corte.

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25 – (MPOG 2008 - CESPE) Os ramos ascendentes do diagrama correspondem aos aterros, e os descendentes, aos cortes. 26 – (MPOG 2008 - CESPE) A diferença entre as ordenadas de dois pontos do diagrama representa o volume acumulado entre eles. 27 – (MPOG 2008 - CESPE) Os pontos máximos e mínimos do diagrama correspondem aos pontos de passagem de corte para aterro e de aterro para corte, respectivamente. 28 – (Valec 2012 – FEMPERJ) A figura abaixo ilustra o Diagrama de Bruckner para os serviços de terraplenagem de uma rodovia, onde a linha em traço grosso representa o estaqueamento no eixo dessa estrada:

Considerando que o material proveniente de cortes entre as estacas A e B podem ser completamente reaproveitados para a realização de aterros nessa estrada, pode-se dizer que, considerando o movimento de terra em todo o trecho entre as estacas A e B, haverá: (A) sobra de 11,0m3 de material proveniente de corte; (B) falta de 12,0m3 de material para a realização de aterro; (C) sobra de 14,0m3 de material proveniente de corte; (D) falta de 17,0m3 de material para a realização de aterros; (E) sobra de 28,0m3 de material para a realização de aterro.

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29 - (TCE-RS/2014 – FCC) Nos trabalhos de terraplenagem, sabendo-se que a relação entre o volume de material no corte e o volume de material solto de terra comum seca é 0,80, a porcentagem de empolamento é (A) 55 (B) 25 (C) 80 (D) 35 (E) 40

30 - (Metrô/2009 – FCC) Em uma escavação, foram retirados 2.500 m3 de solo argiloso e 3.500 m3 de solo siltoso, ambos medidos no corte do solo, com índices de empolamento, respectivamente, iguais a 0,77 e 0,88. Durante o transporte, os valores em m³ transportados, respectivamente, de argila e silte serão:

(A) 2.345 e 3.143.

(B) 1.925 e 3.080.

(C) 4.950 e 4.950.

(D) 3.000 e 3.000.

(E) 3.247 e 3.977.

31 - (TCE/GO 2009 – FCC) O coeficiente de empolamento refere-se à variação volumétrica do solo de corte para o aterro. Sabendo-se que o solo é, genericamente, um sistema trifásico (sólidos, água e ar), portanto, o espaço ocupado por uma certa quantidade de solo depende dos vazios em seu interior. Em processos de terraplenagem a taxa de empolamento é a relação (A) percentual entre os volumes de corte e aterro antes da compactação. (B) percentual entre os volumes de corte e aterro, depois de compactado. (C) entre o volume de corte calculado e o volume de corte executado no campo. (D) percentual entre a massa de solo retirada da área de empréstimo e a transportada para a área de aterro. (E) volumétrica entre o solo transportado e o nivelado no campo para receber a compactação. Para responder às questões abaixo considere as seguintes informações:

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A terraplenagem, em geral, é paga pelo volume medido no corte, em seu estado natural. ϕ1 = fator de empolamento = 0,80 ϕ2 = fator de redução volumétrica = 0,875 capacidade de carga de um caminhão = 5m3 32 - (TCE/PI 2005 – FCC) Para o transporte de terra escavada, cujo volume natural (no corte) é avaliado em 12 000 m3, o número de viagens de caminhão necessárias é (A) 1 920 (B) 2 400 (C) 2 700 (D) 3 000 (E) 3 333 33 - (TCE/PI 2005 – FCC) Para executar um aterro compactado de 14 000 m3, o número de viagens de caminhão necessárias é (A) 1 960 (B) 2 450 (C) 3 200 (D) 3 500 (E))4 000 34 - (TCE/SE 2011 – FCC) Sobre os cálculos dos volumes acumulados nos processos de terraplenagem, é correto afirmar: (A) Para que os volumes geométricos dos aterros possam ser compensados pelos volumes geométricos de corte, é necessário corrigir os volumes de aterro com o fator de redução de forma. (B) Para que os volumes geométricos dos aterros possam ser compensados pelos volumes geométricos de corte, é necessário corrigir os volumes de corte com o fator de redução de forma. (C) Para que os volumes geométricos dos cortes possam ser compensados pelos volumes geométricos de aterro, é necessário corrigir os volumes de aterro com o fator de empolação. (D) Considerando o fator de redução de forma, volumes geométricos dos aterros correspondem sempre à metade da quantidade de terra dos volumes geométricos de corte. (E) Considerando o fator de empolação, volumes geométricos dos aterros correspondem sempre à metade da quantidade de terra dos volumes geométricos de corte. 35 - (TCE/PI 2005 - FCC) Os solos, para que possam ser utilizados nos aterros das obras de terraplanagem, devem ter certas propriedades que melhoram o seu comportamento técnico. Para atingir este objetivo NÃO é recomendável

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(A) reduzir as possíveis variações volumétricas causadas por ações externas. (B) aumentar sua resistência de ruptura. (C) aumentar seu coeficiente de permeabilidade. (D) aumentar sua coesão e seu atrito interno. (E) reduzir seu coeficiente de permeabilidade. 36 - (Infraero/2009 – FCC) Com relação ao controle tecnológico da execução de aterros, além da realização de ensaios geotécnicos, devem ser controlados no local os seguintes aspectos: I. preparação adequada do terreno para receber o aterro, especialmente retirada da vegetação ou restos de demolições eventualmente existentes. II. emprego de materiais selecionados para os aterros, não podendo ser utilizadas turfas, argilas orgânicas, nem solos com matéria orgânica micácea ou ditomácea, devendo ainda ser evitado o emprego de solos expansivos. 00000000000 III. as operações de lançamento, homogeneização, umedecimento ou aeração e compactação do material de forma que a espessura da camada compactada seja de no máximo 0,20 m. Está correto o que se afirma em (A) I e II, apenas. (B) I, II e III. (C) I, apenas. (D) II, apenas. (E) III, apenas.

37 – (Téc. Estradas DNIT 2013 – ESAF) Conforme a especificação de serviço DNIT 106/2009 – ES relativa a serviços de terraplenagem em cortes, é correto afirmar que: a) quando for atingida a cota topográfica final do greide em escavações realizadas em camadas de solos, recomenda-se investigar as condições naturais da camada de solo localizada a uma profundidade de 2,0 metros abaixo da cota final do greide, verificando a presença ou não de lençol freático. b) o controle geométrico dos serviços de escavação deverá ser realizado por levantamento topográfico e com a utilização de gabarito apropriado, considerando os elementos geométricos estabelecidos nas notas de serviço. c) atendido o projeto, desde que seja economicamente viável, a fiscalização poderá deliberar pelo carregamento, transporte e lançamento de todo material extraído do corte e classificado como

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material de 3a categoria, para dentro da estrutura do aterro a ser construído próximo ao local. d) os materiais denominados de 2a categoria são escavados somente com o uso de explosivos. e) nas superfícies dos taludes é permitido depositar blocos de rocha e ou matacão que tenham diâmetro máximo de 50cm, sendo necessário retirar qualquer outro material sólido cujo diâmetro seja superior ao estabelecido. 38 - (Técnico em Estradas/Semarh - FUNCAB) “Estaca cravada a 2,0m da crista de corte ou pé de aterro, devidamente cotada, que serve de apoio à execução de terraplenagem e controle topográfico, sempre no mesmo alinhamento das seções transversais” (DNIT, 1997): A) cota vermelha. B) declividade. C) offset. D) ordenada. E) vértice.

39 – (TRE-AL 2010 - FCC) Terraplenagem é a técnica de engenharia para o manuseio de solos e rochas, inclusive o desmonte de rocha, sendo que as etapas relacionadas na aplicação dessa técnica são: (A) escavação, carregamento, transporte e espalhamento. (B) prospecção, escavação, desmonte e transporte. (C) mapeamento, planificação, escavação e carregamento. (D) prospecção, escavação, segregação e amontoamento. (E) sulcagem, estiramento, escavação e transporte.

40 - (TCU 2007 – CESPE) Ao se executar a terraplenagem de um trecho de rodovia, o volume de corte de terra deve, necessariamente, ser transportado para os aterros no próprio trecho; apenas o volume não utilizado nos aterros deverá ser transportado para local conveniente, fora da estrada.

41 - (TCE-ES/2012 – CESPE) Consideram-se solos de primeira categoria aqueles com resistência ao desmonte mecânico inferior à rocha não alterada, para os quais eventualmente há necessidade de explosivos. 42 - (MP 2006 – ESAF) A terraplenagem, no caso de edificações, tem por objetivos regularizar e uniformizar o terreno, envolvendo três operações distintas: escavação, transporte e aterro.

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Com relação aos serviços de terraplenagem é incorreto afirmar que A) o aterro deve ser executado em camadas sucessivas, com espessura máxima compactada de 0,30 m para o corpo do aterro, e de 0,20 m para as camadas finais. B) as camadas finais do aterro deverão apresentar um grau de compactação mínimo de 95%. C) cumpre à fiscalização controlar a execução dos aterros, verificando, por exemplo, a espessura das camadas, e programar a realização dos ensaios necessários ao controle de qualidade dos aterros (determinação do grau de compactação, ensaios de CBR, etc). D) quando houver possibilidade de solapamento na época chuvosa deve ser providenciado um enrocamento no pé do aterro. E) no movimento de terra é importante considerar o empolamento, pois quando se move o solo de seu lugar original, há variações de seu volume que influenciam principalmente a operação de transporte.

43 - (Téc. Estradas DNIT 2013 – ESAF) Conforme a especificação de serviço DNIT 108/2009 – ES do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes intitulada terraplenagem aterros, é verídica a informação: a) para a construção de um aterro, as etapas convencionais e sequencias são, respectivamente: descarga e espalhamento do material em camadas, homogenização da camada e compactação. b) o lançamento do material para a construção de um aterro deverá ser feito em camadas sucessivas de espessura mínima igual a 50cm, realizada em toda a largura da plataforma e numa extensão máxima que permita a eficiência dos serviços de compactação. c) durante o processo de compactação, todas as camadas de solo lançadas no aterro deverão ter espessura máxima de 20cm, aceitando-se desvio de umidade de até 2% em relação à umidade ótima e grau de compactação mínimo de 95%. d) a compactação de aterro localizado próximo de encosta de ponte (encabeçamento), enchimento de cavas de fundações e trincheiras de bueiros, deverá ser realizada utilizando-se compactadores especiais, como, por exemplo, o sapo mecânico.

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e) em regiões onde houver incidência e predominância de solos arenosos, recomenda-se a correção granulométrica destes para a sua utilização, visto que os solos não possuem coesão suficiente para se garantir a estabilidade dos taludes e evitar o surgimento de processo erosivo. 44 - (UNIPAMPA 2009 - CESPE) O revestimento vegetal dos taludes, quando previsto, deve ser executado ao final dos serviços de terraplenagem. 45 - (ANTAQ/2005 - CESPE) Nas escavações de material para aterro, solo com diâmetro máximo de 15 cm é classificado como material de 3.ª categoria. 46 - (PETROBRAS 2008 - CESPE) Ao se movimentar terra, ou transportá-la, deve-se considerar o empolamento.

47 – (Infraero 2011 – FCC) Ao se deparar com regiões de solos compressíveis (moles), o engenheiro deve estudar a melhor solução para obter o melhor desempenho do pavimento a ser implantado. Dependendo da espessura de ocorrência deste material, procede-se com a remoção. Caso contrário, deve-se intervir nesta região anteriormente à implantação do pavimento. Uma solução possível é a implantação de bermas de equilíbrio, que podem ser simplificadamente definidas como (A) aterros drenantes para equilibrar a umidade do maciço do aterro principal. (B) aterros executados para equilibrar o peso exercido pelo solo mole. (C) cortes laterais para drenar os solos moles saturados. (D) aterros laterais para equilibrar o peso exercido pelo maciço do aterro principal. (E) cortes combinados com drenos verticais na região de solo mole.

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A figura acima apresenta a seção transversal de projeto para uma ponte e seus aterros de encontro em uma rodovia. Para a execução de todo o projeto, pretende-se utilizar os dados de sondagem à percussão, executada no local, e cujos resultados são mostrados na figura. O aterro será compactado com grau de compactação igual a 80% e com desvio de umidade máximo em relação à umidade ótima de ± 3%. O controle de compactação do aterro proposto baseia-se na verificação do peso específico úmido de cada camada compactada, ao final da compactação, com a utilização do ensaio de frasco de areia. Para a base do aterro, está prevista a utilização de uma camada de reforço de geogrelha, com resistência a tração igual a 35 kN/m. A solução de fundação proposta para a ponte é de tubulões executados a céu aberto, sem revestimento. Com relação a essa proposta, julgue os itens. 48 – (TCU 2005 - CESPE) Nas especificações de execução do aterro, deve-se prever que a sua construção dure o menor tempo possível, pois, quanto mais rapidamente o aterro for executado, melhores serão as suas condições de estabilidade. 49 – (TCU 2005 - CESPE) As especificações de compactação do solo de aterro propostas são insatisfatórias para as características da obra. 50 – (TCU 2005 - CESPE) A utilização da geogrelha como reforço na base do aterro do encontro reduzirá substancialmente os recalques do aterro.

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51 – (TCU 2005 - CESPE) O controle de compactação do aterro com base somente na obtenção do peso específico úmido, como proposto no projeto, é insatisfatório. 52 - (Téc. Estradas DNIT 2013) Em relação ao conteúdo controle geométrico das seções, é correto afirmar que: a) nos aterros, o controle será por instrumento denominado de cruzeta, fixado a uma distância de 5 metros do eixo da plataforma. b) nos aterros, o controle será realizado por meio de estaca denominada de off-set, fixada junto à cota mais baixa do aterro (no pé do aterro). c) em aterros, o controle da rampa (saia) poderá ser realizado com a utilização de gabarito de madeira, com relação de cateto 3:2, sendo 3 (medida horizontal) e 2 (medida vertical), ou através de teodolito e mira graduada. d) no corte, a estaca off-set utilizada para o controle da cota de escavação, deverá ser colocada exatamente no local onde a máquina iniciará o corte; ela permanecerá neste local até o final da escavação, servindo de referência de cota para a paralisação da escavação. e) em serviços de corte admiti-se um erro de + ou - 50 cm entre as cotas da plataforma da terraplenagem em relação às cotas do projeto. 53 – (PF REGIONAL 2004 – CESPE) Para cálculo de volumes de aterros e cortes, deve-se considerar o volume de transporte como igual ao volume de aterro ou corte dividido pelo fator de empolamento.

54 – (Infraero 2011 – FCC) Na execução da terraplenagem em um terreno para a implantação de um aeroporto, foi necessária, na movimentação de terra, o empréstimo de solo. Depois de compactado mediu-se o volume de 1.200 m3 de solo. Por meio do controle tecnológico conduzido, verificou-se que a densidade do solo compactado é de 2.030 kg/m3, a densidade natural é de 1.624 kg/m3 e a densidade solta é de 1.160 kg/m3. Considerando que este solo foi transportado por caminhão basculante com capacidade de 6 m3, o número de viagens necessárias foi de (A) 400. (B) 200. (C) 250. (D) 300. (E) 350.

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55 – (TCU 2009 – CESPE) Em serviços de terraplanagem, o preço unitário relativo ao destocamento do terreno é expresso por m2 da área a ser destocada, independentemente do diâmetro das árvores.

56 – (TRT 17ª Região 2009- CESPE) Em uma obra de compactação de um aterro, o critério de medição do serviço é o volume medido por camada acabada.

57 – (SEGER-ES 2011- CESPE) Os solos expansivos são adequados para a execução de aterros, pois permitem rápida compactação e adensamento.

58 – (BASA 2007- CESPE) Em um serviço de movimento de terra, para efeito de orçamento do transporte de terra escavada na execução de um corte, multiplica-se o volume de solo a ser escavado no seu estado natural, ou intacto, pelo preço unitário de transporte.

59 – (INSS 2008- CESPE) Aterros com volumes superiores a 1.000 m3 devem ter, obrigatoriamente, controle tecnológico na sua execução.

60 - (MPU 2004 – ESAF) As ordenadas de Bruckner correspondem às diferenças entre as cotas projetadas para a estrada e as cotas de seu perfil original. 61 - (Engenheiro de Trânsito 2012-BIORIO) - Ao analisar o diagrama de Brückner (diagrama de massas), constata-se um ponto de máximo local pertencente a um trecho compensado por uma linha de terra no sentido do estaqueamento. Esse ponto corresponde no perfil longitudinal: (A) a uma passagem de aterro para corte; (B) a uma passagem de corte para aterro; (C) ao ponto de maior cota vermelha neste trecho; (D) ao ponto de maior cota azul neste ponto; (E) a um greide cuja inclinação da tangente é zero

62 - (INFRAERO/ADAPTADA - NCE UFRJ) - O significado de um ponto máximo em um diagrama de Bruckner (diagrama de massas de terraplenagem) é: (A) máxima compensação; (B) passagem de corte para aterro; (C) menor momento de transporte; (D) distância média de transporte; (E) volume escavado.

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63 - (Ponto dos Concursos 2012) – As linhas horizontais que interceptam ramos ascendentes e descendentes no diagrama de Brückner destacam: (A) o volume médio escavado no trecho em aterro. (B) o volume total escavado na frente de ataque da zona de corte considerada. (C) o momento parcial de transporte do empréstimo. (D) o volume de cortes e aterros compensados. (E) os pontos de início de corte e fim de aterro no perfil longitudinal.

64 – (TRE - RN 2011 – FCC) Considere as afirmações abaixo sobre projeto de terraplenagem. I. Define-se como ponto de passagem os pontos onde terminam os cortes e começam os aterros e os pontos onde terminam os aterros e começam os cortes. II. Quando o material do corte é aplicado no aterro ele sofre uma redução de volume, por causa da compactação. O valor desta redução depende do tipo de solo, densidade natural e adensamento nos cortes e grau de compactação dos aterros. III. Linha de compensação é toda linha horizontal, traçada sobre o diagrama de massas (Diagrama de Bruckner) que corte pelo menos uma onda. Todas as ondas do diagrama de massas deverão ser cortadas, ou ao menos tangenciadas, por uma única linha de compensação. Está correto o que se afirma em (A) I, apenas. (B) II, apenas. (C) III, apenas. (D) I e II, apenas. (E) I, II e III.

65 - (FISCAL DE OBRAS RODOVIARIAS - UFPR 2010) Ao se efetuar um corte no terreno, o volume do material solto é maior que o volume original do solo. Esse fenômeno é denominado: a) inchamento. b) empolamento. c) desadensamento. d) incorporação de vazios. e) expansão.

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66 - (Técnico em Estradas/Semarh - FUNCAB). Em escavações, são considerados materiais de 3ª categoria os: A) solos orgânicos e as argilas moles. B) que exigem uso contínuo de explosivos. C) que são escaváveis com auxílio de escarificador. D) que exigem uso eventual de explosivos. E) solos em geral.

A partir da figura acima, que apresenta um aterro para pavimento rodoviário construído sobre uma camada de solo mole, saturada, uniforme e homogênea, julgue os seguintes itens. 67 - (PF 2002 - CESPE) A utilização de bermas de equilíbrio reduz a altura admissível do aterro. 68 - (PF 2002 - CESPE) Na situação mostrada na figura, para uma maior garantia da estabilidade do aterro, seria recomendado que o mesmo fosse construído o mais rápido possível.

69 - (Infraero 2011- FCC) No projeto de terraplenagem de uma rodovia deve ser definida a movimentação de terra resultante da implantação do greide projetado. O diagrama de massas, ou diagrama de Brückner, é utilizado para a representação dos momentos de transporte ao longo do traçado. Analise o diagrama:

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No diagrama acima, o volume do maior aterro é igual a

(A) 40 m3. (B) 50 m3. (C) 140 m3. (D) 130 m3. (E) 10 m3.

70 - (Téc. Estradas DNIT 2013 – ESAF) Em relação à sistemática a ser empregada na execução de empréstimos de materiais utilizados para execução de aterros, de acordo com a Especificação de Serviço DNIT 107/2009 – ES, a opção incorreta é: a) nos cortes, de uma maneira geral, deve ser adotado o rebaixamento do fundo do corte, com modificação do greide, para melhorá-lo. b) no caso dos cortes em tangente, de altura significativa, promover o alargamento até determinada altura, criando-se banquetas e melhorando a estabilidade dos taludes. c) no caso dos aterros, os empréstimos laterais devem ser feitos com o intuito de diminuir a distância de transporte do equipamento, melhorando as condições de drenagem (elevação do greide). d) os solos para efeito de execução do corpo do aterro devem apresentar capacidade de suporte compatível (ISC ≥ 4%) e expansão menor ou igual a 2%, compactados com a energia do Proctor Normal. e) a borda externa das caixas de empréstimos laterais e o limite da faixa de domínio deve ser mantida sem exploração numa faixa de 2,00 m de largura, a fim de permitir a implantação da vedação delimitadora.

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71 – (MPOG 2012 – Área I – CESPE) Caso uma quantidade de terra lançada em um aterro seja compactada mecanicamente, o seu volume final será igual ao volume que essa massa ocupava no corte.

Com relação às operações de terraplenagem e às obras de estradas, julgue os itens a seguir. 72 – (TRT 10a/2013 – CESPE) Os materiais de empréstimo para a execução de corpo de aterro devem ter capacidade de suporte maior ou igual a 2% (ISC 2%) e expansão menor ou igual a 4%, valores estes determinados por meio de ensaios de compactação e de CBR. 73 - (TRT 10a/2012/Prova anulada – CESPE) Durante a terraplenagem, é considerado material de 3a categoria aquele que necessita de emprego de escarificador eventualmente auxiliado por explosivos. 74 - (ITESP 2013 – VUNESP) Banquetas laterais de equilíbrio como, por exemplo, na figura apresentada, têm por objetivo ajudar a resistência ao cisalhamento da camada mole de fundação do aterro. Essas plataformas laterais de contrapeso, construídas junto ao aterro, criam um momento resistente que, se opondo ao de ruptura provocado pela carga de aterro, auxilia a resistência ao cisalhamento próprio da argila. O texto se refere a:

(A) inclinações do talude. (B) materiais estabilizantes. (C) muros de arrimo e ancoragens. (D) drenagens superficiais e profundas. (E) bermas.

75 - (PREFEITURA SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP 2015 – VUNESP) Para compactar e adensar um talude executa-se um reaterro escavando um

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material que tem empolamento igual a 20%. Se são carregados cinco caminhões de 3 m3 com material solto em uma hora de trabalho, então, em 4 horas de trabalho, o volume desse material medido no corte é de (A) 100 m3. (B) 80 m3. (C) 60 m3. (D) 50 m3. (E) 40 m3.

76 - (SPTrans 2012 – VUNESP) A garantia do correto controle tecnológico da execução de aterros e reaterros em obras de construção de edificações residenciais, comerciais ou industriais requer (A) o emprego de materiais selecionados para o aterro, permitido o uso de solos com matéria orgânica micácea ou diatomácea. (B) que nas operações de lançamento, homogeneização, umedecimento ou aeração e compactação do material, a espessura da camada compactada seja de, no máximo, 0,30 m. (C) que as camadas devam ser compactadas, estando o material na umidade ótima do correspondente ao ensaio de comparação, admitindo-se uma variação desta umidade de 10% para mais ou para menos. (D) o grau de compactação a ser atingido seja de, pelo menos, 85%. (E) que durante a execução deva ser feito um controle de compactação diário por camada.

77 - (PREFEITURA DE DIADEMA/SP 2011 – VUNESP) Com a escavação de um material que tem empolamento igual a 20%, em uma hora de trabalho carregaram-se 10 caminhões de 6 m3 com material solto. Em quatro horas de trabalho, o volume de material medido no corte é de (A) 90 m3. (B) 100 m3. (C) 120 m3. (D) 150 m3. (E) 200 m3.

78 - (PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP 2012 – VUNESP) O diagrama de massas (ou de Brückner) é aplicado na análise da distribuição dos materiais escavados, definindo a origem e o destino

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dos solos e rochas que são objeto das operações de terraplenagem, com indicação de seus volumes, classificações e distâncias médias de transporte. Considerando as propriedades do diagrama de massas, pode- -se afirmar que (A) inclinações muito elevadas das linhas do diagrama indicam grandes movimentos de terra. (B) todo trecho descendente do diagrama corresponde a um trecho de corte. (C) os pontos de máximo correspondem à passagem de aterro para corte. (D) a área compreendida entre a curva de Brückner e a linha de compensação mede a distância média de transporte da distribuição considerada. (E) a diferença de ordenadas entre dois pontos do diagrama mede o fator de homogeneização de volumes.

79 - (Fundação Casa/2013 – VUNESP) Ao se efetuar um movimento de terra, admite-se um empolamento de 20% para terra comum seca, que no estado natural tem um peso específico de 2.400 kgf/m3. No estado solto, o peso específico é de (A) 1.200 kgf/m3 (B) 1.500 kgf/m3 (C) 1.840 kgf/m3 (D) 2.000 kgf/m3 (E) 160 kgf/m3

79 - (PREFEITURA DE DIADEMA/SP 2011 – VUNESP) Sobre o controle tecnológico da execução de aterros, considere os seguintes casos: X – aterros com responsabilidade de suporte de fundações, pavimentos ou estruturas de contenção; Y – aterros com altura superior a 1 m;

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Z – aterros com volume superior a 1 000 m3. O controle é obrigatório em (A) X, Y e Z. (B) X e Z, apenas. (C) Y e Z, apenas. (D) X e Y, apenas. (E) Z, apenas.

81 - (PREFEITURA DE SOROCABA/SP 2011 – VUNESP) Para implantação de uma obra de saneamento, executou-se um aterro. Após a sua conclusão, foi feito o levantamento topográfico, determinando-se a área das seções transversais do maciço, conforme a tabela.

Considerando-se um afastamento de 20 m entre as seções, o volume total executado do aterro foi de (A) 8 351,00 m³. (B) 11 482,60 m³. (C) 16 702,00 m³. (D) 22 965,20 m³. (E) 33 404,00 m³.

82 - (SAEP/2014 – VUNESP) Para executar um reaterro, escavou-se um material que tem empolamento igual a 20%, carregando-se 3 caminhões de 5 m3 com material solto em uma hora de trabalho. Em 8 horas de trabalho, o volume de material medido no corte é de (A) 90 m3

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(B) 200 m3 (C) 150 m3

(D) 120 m3 (E) 100 m3

Figura II

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(TCE/RN CESPE – 2015) Em um projeto de terraplanagem, a distribuição de materiais dos cortes pelos aterros seguiu as ordenadas da curva de Brückner, apresentada na figura I.

Na distribuição de terras, admitiu-se que a DMT máxima é de 1.000 m, e que só há local para empréstimo ou bota-fora no meio do trecho. Com o intuito de se obter o menor custo, a linha de compensação foi dividida em três segmentos, na forma da distribuição apresentada na figura II. Com base nessas informações, julgue os próximos itens. 83 - (TCE/RN CESPE – 2015) A distribuição elaborada, dos materiais escavados, apresentou um volume de empréstimo de 300 m3 e um volume de bota-fora de 400 m3. 84 - (TCE/RN CESPE – 2015) A partir do perfil esquemático do terreno, verifica-se que serão executados três cortes e dois aterros. 85 - (TCE/RN CESPE – 2015) O maior corte, localizado entre as estacas 0 e 52, tem volume de 600 m3 e o maior aterro, entre as estacas 58 e 100, tem volume de 300 m3. 86 - (MP/ENAP CESPE - 2015) A distribuição do material escavado pode ser efetivada por meio do diagrama de Bruckner, o mais utilizado, do diagrama de áreas e do diagrama de Lalanne.

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1) E

2) Letra A

3) C

4) C

5) C

6) Letra C

7) Letra C

8) E

9) Letra C

10) C

11) C

12) C

13) E

14) E

15) C

16) E

17) E

18) E

19) E

20) C

21) E

22) E

23) C

24) E

25) E

26) C

27) C

28) Letra D

29) Letra B

30) Letra E

31) B

32) D

33) E

34) A

35) C

36) A

37) Letra B

38) Letra C

39) Letra A

40) E

41) E

42) Letra B

43) Letra D

44) E

45) E

46) C

47) Letra D

48) E

GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

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49) C

50) E

51) C

52) Letra C

53) E

54) Letra E

55) E

56) C

57) E

58) E

59) C

60) E

61) Letra B

62) Letra B

63) Letra D

64) Letra E

65) Letra B

66) Letra B 67) E

68) E

69) Letra C

70) Letra D

71) E

72) C

73) E

74) Letra E

75) Letra D

76) Letra B

77) Letra E 78) Letra A

79) Letra D

80) Letra A

81) Letra C

82) Letra E

83) C

84) E

85) E

86) C

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BRASIL. Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes - DNIT. Diretoria de Planejamento e Pesquisa. Coordenação Geral de Estudos e Pesquisa. Instituto de Pesquisas Rodoviárias. Manual de Implantação Básica - 3. ed. Rio de Janeiro: 2010.

BRASIL. Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. DNERES278- 97 – Terraplenagem – Serviços Preliminares. ______. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT. NORMA DNIT 104/2009 – ES - Terraplenagem – Serviços Preliminares -Especificação de Serviço ______. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT. NORMA DNIT 105/2009 – ES - Terraplenagem – Caminhos de Serviço -Especificação de Serviço. ______. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT. NORMA DNIT 106/2009 – ES - Terraplenagem - Cortes - Especificação de Serviço. ______. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT. NORMA DNIT 107/2009 – ES - Empréstimos - Aterros - Especificação de Serviço. ______. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT. NORMA DNIT 108/2009 – ES - Terraplenagem - Aterros - Especificação de Serviço. ______. Tribunal de Contas da União. Obras Públicas Recomendações Básicas para a Contratação e Fiscalização de Obras de Edificações Públicas. ABRAM, Isaac e ROCHA, Aroldo. Manual Prático de Terraplenagem, 1ª ed., Salvador/BA, 2000. Curso de Construção de Estradas – Coletânea de Notas de Aula Escola Politécnica da UFBA – Salvador – Outubro, 1996. Introdução à Terraplenagem. Apostila da disciplina TT-401 – Transportes “A” do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Paraná – UFPR. Curitiba: 2010.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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RICARDO, Hélio de Souza e CATALANI, Guilherme, Manual prático de escavação: terraplanagem e escavação de rocha, 3ª. ed. – São Paulo/SP: Pini, 2007.

SERGIPE. Companhia Estadual de Habitação e Obras Públicas do Estado de Sergipe – CEHOP/SE. Execução de Cortes e Aterros – ES00181.