Aula 01

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LABORATÓRIO DE PAVIMENTAÇÃO JACIARA DUARTE

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LABORATÓRIO DE PAVIMENTAÇÃO JACIARA DUARTE

Bibligrafia: Sousa Pinto, Carlos; – Curso básico de Mecânica

dos solos Normas ABNT – DNIT Vargas, M; – Introdução à Mecânica dos Solos

PROGRAMAÇÃO: - Solo na geotecnia; - Sondagem, amostragem e preparação de amostras; - Especificações ABNT/DNER (DNIT); - Ensaios de Laboratório;

- Compactação; - Índice de suporte Califórnia (ISC ou CBR); - Controle de Compactação;

PAVIMENTO RODOVIÁRIO

Em obras de engenharia civil como construções

de rodovias, aeroportos, ruas, etc, a superestrutura é constituída por um sistema de camadas de espessuras finitas, assente sobre o terreno de fundação, considerado como semi-espaço infinito e designa como subleito.

FUNÇÕES DO PAVIMENTO

Segundo a NBR-7207/82 da ABNT tem-se a seguinte definição:

"O pavimento é uma estrutura construída após terraplenagem e destinada, econômica e simultaneamente, em seu conjunto, a: a) Resistir e distribuir ao subleito os esforços verticais produzidos pelo tráfego; b) Melhorar as condições de rolamento quanto à comodidade e segurança; c) Resistir aos esforços horizontais que nela atuam, tornando mais durável a superfície de rolamento.

ASPECTOS FUNCIONAIS DO PAVIMENTO

Quando o pavimento é solicitado por uma carga de veículo Q, que se desloca com uma velocidade V, recebe uma tensão vertical (de compressão) e uma tensão horizontal (de cisalhamento). A variadas camadas componentes da estrutura do pavimento também terão a função de diluir a tensão vertical aplicada na superfície, de tal forma que o subleito receba uma parcela bem menor desta tensão superficial (p1).

Seção Transversal Típica de Pavimento Flexível

REVESTIMENTO

Camada destinada a resistir diretamente às ações do tráfego, a impermeabilizar o pavimento, a melhorar as condições de rolamento, no que se refere ao conforto e à segurança, e a transmitir, de forma atenuada, as ações do tráfego às camadas inferiores.

Ao contrário da base, o revestimento não resiste aos esforços estáticos, isto é, um caminhão, por exemplo, não pode ficar parado porque deforma o asfalto. Sua função é resistir aos esforços horizontais, ou seja, de atrito, de rodagem. São classificados em: alvenaria poliédrica, paralelepípedos (calçamentos) e revestimentos flexíveis betuminosos.

Alvenaria Poliédrica

Bloquetes

Paralelepípedos

revestimentos betuminosos são constituídos por associação de agregados e materiais betuminosos

Classificação dos pavimentos Essencialmente pode-se classificar a estrutura de um pavimento em: Pavimentos flexíveis São aqueles constituídos por camadas que não trabalham à tração. Normalmente são constituídos de revestimento betuminoso delgado sobre camadas puramente granulares. A capacidade de suporte é função das características de distribuição de cargas por um sistema de camadas superpostas, onde as de melhor qualidade encontram-se mais próximas da carga aplicada. Um exemplo de uma seção típica pode ser visto a seguir. Pavimento flexível: constituído por um revestimento betuminoso sobre uma base granular ou de solo estabilizado granulometricamente.

Seção Transversal Típica de Pavimento Flexível

PAVIMENTO RÍGIDO

São constituídos por camadas que trabalham essencialmente à tração. Seu dimensionamento é baseado nas propriedades resistentes de placas de concreto de cimento Portland, as quais são apoiadas em uma camada de transição, a sub-base.

Pavimento rígido: construído por placas de concreto (raramente é armado) assentes sobre o solo de fundação ou Sub-base intermediária.

Seção Transversal Típica de Pavimento Rígido

Placa de concreto

Sub-base

Subleito

DIFERENÇA ENTRE PAVIMENTOS

O dimensionamento do pavimento flexível é comandado pela resistência do subleito e do pavimento rígido pela resistência do próprio pavimento.

NOMENCLATURA DA SEÇÃO TRANSVERSAL - CAMADAS

A nomenclatura descrita a seguir refere-se às camadas a aos componentes principais que aparecem numa seção típica de pavimentos flexíveis e rígidos.

Subleito:

É o terreno de fundação onde será apoiado todo o pavimento. Deve ser considerado e estudado até as profundidades em que atuam significativamente as cargas impostas pelo tráfego (de 0,60 a 1,50 m de profundidade).

Se o CBR do subleito for <2% , ele deve ser substituído por um material melhor,

(2%<_CBR<_20) até pelo menos 1,00 metro.

Se o CBR do material do subleito for >_ 20% , pode ser usado como sub-base.

NOMENCLATURA DA SEÇÃO TRANSVERSAL - CAMADAS - Leito: É a superfície do subleito (em área) obtida pela terraplanagem ou obra de arte e conformada ao greide e seção transversal. - Regularização do subleito (nivelamento, corrigi falhas): É a camada de espessura constante transversalmente e variável longitudinalmente, de acordo com o dimensionamento do pavimento, fazendo parte integrante deste e que, por circunstâncias técnico econômicas, será executada sobre o subleito regularizado. Serve para melhorar as qualidades do subleito e regularizar a espessura da sub-base;

NOMENCLATURA DA SEÇÃO TRANSVERSAL - CAMADAS

- Sub-base (camada complementar):

Camada complementar à base. Deve ser usada quando não for aconselhável executar a base diretamente sobre o leito regularizado ou sobre o reforço, por circunstâncias técnico-econômicas. Pode ser usado para regularizar a espessura da base. - Base (suporte estrutural): Camada destinada a resistir e distribuir ao subleito, os esforços oriundos do tráfego e sobre a qual se construirá o revestimento.

NOMENCLATURA DA SEÇÃO TRANSVERSAL - CAMADAS

- Revestimento: É camada, tanto quanto possível impermeável, que recebe diretamente a ação do rolamento dos veículos e destinada econômica e simultaneamente: - a melhorar as condições do rolamento quanto à comodidade e segurança; - a resistir aos esforços horizontais que nele atuam, tornando mais durável a superfície de rolamento; - Deve ser resistente ao desgaste. Também chamada de capa de rolamento ou camada de desgaste.

ESTUDOS GEOTÉCNICOS

É a parte do projeto que analisa o comportamento dos elementos do solo no que se refere diretamente à obra. Os estudos geotécnicos para um Projeto de Pavimentação compreendem:

Reconhecimento do Subleito

Estudos de Ocorrências de Materiais para Pavimentação

RECONHECIMENTO DO SUBSOLO

Para o dimensionamento de um pavimento rodoviário é indispensável o conhecimento do solo que servirá para a futura estrutura a ser construída. Este solo de fundação, chamado subleito, requer atenção especial, através de estudos geotécnicos, que possibilitam o seu reconhecimento, identificação e quantificação das suas características físicas e mecânicas assim como a obtenção dos parâmetros geotécnicos necessários ao dimensionamento da estrutura.

RECONHECIMENTO DO SUBSOLO

A espessura final do pavimento, assim como os tipos de materiais a serem empregados são função das condições do subleito. Quanto pior forem as condições do subleito, maior será a espessura do pavimento, podendo muitas vezes, ser requerida a substituição parcial do mesmo, com troca por outro de melhores condições.

RECONHECIMENTO DO SUBSOLO

O reconhecimento do subleito é normalmente feito em três fases:

Inspeção expedita no campo; Nesta fase são feitas sondagens superficiais no eixo e nos bordos da plataforma da rodovia para identificação dos diversos horizontes de solos (camadas) por intermédio de uma inspeção expedida do campo. - Executadas sondagens no eixo e nos bordos da estrada, executadas a 3,50 m do eixo, sondagem são realizados com trado ou pá e picareta. - O espaçamento máximo, entre dois furos de sondagem no sentido longitudinal, é de 100 m a 200 m - A profundidade dos furos de sondagem será, de modo

geral, de 0,60 m a 1,00 m - Material deverá ser classificado quanto a

granulometria,

ENSAIOS GEÓTECNICOS

no campo, são coletadas amostras para a realização dos seguintes ensaios de laboratório:

- Granulometria por peneiramento com lavagem do material na peneira de 2,0 mm (nº 10) e de 0,075 mm (nº 200); - Limite de Liquidez; - Limite de Plasticidade; - Limite de Contração em casos especiais de materiais do subleito; - Compactação; - Massa Específica Aparente "in situ"; - Índice Suporte Califórnia (ISC); - Expansibilidade no caso de solos lateríticos.

GRANULOMETRIA POR PENEIRAMENTO

A granulometria de um solo é o estudo da distribuição das partículas por tamanho. O processo de separação da massa de solo em frações, cada uma consistindo de grãos dentro de uma certa variação de tamanho, é conhecido como análise granulométrica, que independe da umidade do solo, composição mineralógica, densidade e forma dos grãos.

A análise granulométrica é feita por peneiramento para solos grossos (areias e pedregulhos) até a abertura de malha da peneira 200 (0,075 mm), e pela sedimentação para solos finos.

Norma NBR 7181 de Dezembro/84, da ABNT.

ANÁLISE GRANULOMÉTRICA

ANÁLISE GRANULOMÉTRICA

ANÁLISE GRANULOMÉTRICA

Para identificação dos solos a partir das partículas que os constituem, são empregados correntemente dois tipos de ensaios, a análise granulométrica e os índices de consistência.

Só a distribuição granulométrica não caracteriza bem o comportamento dos solos sob o ponto de vista da engenharia. A fração fina dos solos tem uma importância muito grande neste comportamento. Quanto menores as partículas, maior a superfície específica (superfície das partículas dividida por seu peso ou por seu volume). O comportamento de partículas com superfícies específicas tão distintas perante a água é muito diferenciado. Por outro lado, as partículas de minerais-argila diferem acentuadamente pela estrutura mineralógica. Desta forma, para a mesma porcentagem de fração argila, o solo pode ter comportamento muito diferente, dependendo das características dos minerais presentes.

LIMITES DE CONSISTÊNCIA

O estudo dos minerais-argila é muito complexo. À procura de uma forma mais prática de identificar a influência das partículas argilosas, a engenharia a substituiu por uma análise indireta, baseada no comportamento do solo na presença de água. Generalizou-se, para isto, o emprego de ensaios e índices propostos pelo engenheiro químico Atterberg, pesquisador do comportamento dos solos sob o aspecto agronômico, adaptados e padronizados pelo professor de mecânica dos solos, Arthur Casagrande.

Os limites se baseiam na constatação de que um solo argiloso ocorre com aspectos bem distintos conforme o seu teor de umidade. Quando muito úmido, ele se comporta como um líquido; quando perde parte de sua água, fica plástico; e quando mais seco, torna-se quebradiço. Os teores de umidade correspondentes às mudanças de estado, como se mostra na Figura abaixo, são definidos como: Limite de Liquidez (LL) e limite de Plasticidade (LP) dos solos. A diferença entre estes dois limites, que indica a faixa de valores em que o solo se apresenta plástico, é definida como o índice de Plasticidade (IP) do solo. Em condições normais, só são apresentados os valores do LL e do IP como índices de consistência dos solos. O LP só é empregado para a determinação do IP.

DETERMINAÇÃO DO LIMITE DE LIQUIDEZ. No ensaio de limite de liquidez mede-se, indiretamente, a

resistência ao cisalhamento do solo para um dado teor de umidade, através do número de golpes necessários ao deslizamento dos taludes da amostra. O limite de liquidez de um solo é o teor de umidade que separa o estado de consistência líquido do plástico e para o qual o solo apresenta uma pequena resistência ao cisalhamento. ensaio utiliza o aparelho de Casagrande, onde tanto o equipamento quanto o procedimento são normalizados ABNT/NBR 6459/82

DETERMINAÇÃO DO LIMITE DE LIQUIDEZ

O aparelho de Casagrande, é formado por uma base dura (ebonite), uma concha de latão, um sistema de fixação da concha à base e um parafuso excêntrico ligado a uma manivela que movimentada a uma velocidade constante, de duas rotações por segundo, elevará a concha a uma altura padronizada para a seguir deixá-la cair sobre a base. Um cinzel (gabarito), com as dimensões mostradas na mesma figura completa o aparelho. O solo utilizado no ensaio é a fração que passa na peneira de 0,42mm (# 40) de abertura e uma pasta homogênea deverá ser preparada e colocada na concha; utilizando o cinzel, deverá ser aberta uma ranhura. Conforme a concha vai batendo na base, os taludes tendem a escorregar e a abertura na base da ranhura começa a se fechar. O ensaio continua até que os dois lados se juntem, longitudinalmente, por um comprimento igual a 10,0 mm, interrompendo-se o ensaio nesse instante e anotando-se o número de golpes necessários para o fechamento da ranhura.

DETERMINAÇÃO DO LIMITE DE LIQUIDEZ

Aparelho de Casagrande

DETERMINAÇÃO DO LIMITE DE LIQUIDEZ

Ensaio de Limite de Liquidez

RESULTADO ENSAIO DE LIMITE DE LIQUIDEZ

Retirando-se uma amostra do local onde o solo se uniu determina-se o teor de umidade, obtendo-se assim um par de valores, “teor de umidade x número de golpes”, que definirá um ponto no gráfico de fluência. A repetição deste procedimento para teores de umidade diversos, permitirá construir o gráfico apresentado na Figura abaixo. Convencionou-se, que no ensaio de Casagrande, o teor de umidade correspondente a 25 golpes, necessários para fechar a ranhura, é o limite de liquidez.

DETERMINAÇÃO DO LIMITE DE PLASTICIDADE

Uma explicação para o limite de plasticidade não é tão simples, como a do limite de liquidez, podendo-se citar, no qual a coesão é pequena para permitir deformação, porém, suficientemente alta para garantir a manutenção da forma adquirida. Independentemente, das explicações sugeridas, o limite de plasticidade é o extremo inferior do intervalo de variação do teor de umidade no qual o solo apresenta comportamento plástico.

DETERMINAÇÃO DO LIMITE DE PLASTICIDADE

O equipamento necessário à realização do ensaio é muito simples tendo-se, apenas, uma placa de vidro com uma face esmerilhada e um cilindro padrão com 3mm de diâmetro. O ensaio inicia-se rolando, sobre a face esmerilhada da placa, uma amostra de solo com um teor de umidade inicial próximo do limite de liquidez, até que, duas condições sejam, simultaneamente, alcançadas: 1)o rolinho tenha um diâmetro igual ao do cilindro padrão e o 2)aparecimento de fissuras (inicio da fragmentação). O teor de umidade do rolinho, nesta condição, representa o limite de plasticidade do solo. O ensaio é normalizado pela NBR 7180/82. Repetem-se as operações anteriores até que se obtenham três valores que não difiram da respectiva média de mais 5%.

Limite de Plasticidade

ÍNDICE DE PLASTICIDADE (IP) Dos diversos índices, relacionando os limites de liquidez, de plasticidade e

às vezes o teor de umidade do solo, o mais utilizado atualmente é o índice de plasticidade. Fisicamente representaria a quantidade de água que seria necessário acrescentar a um solo, para que ele passasse do estado plástico ao líquido. Sendo definido como a diferença entre o limite de liquidez e o limite de plasticidade, portanto, temos: IP = LL – LP Este índice determina o caráter de plasticidade de um solo, assim, quando maior o “IP”, tanto mais plástico será o solo. Sabe-se, ainda, que as argilas são tanto mais compressíveis quando maior for o “IP”. Os solos poderão ser classificados em: - fracamente plásticos 1 < IP ≤ 7 - medianamente plásticos 7 < IP ≤ 15 - altamente plásticos IP > 15 A plasticidade de um solo argiloso está relacionada à forma de suas partículas, e que é característica do argilo-mineral existente no solo.

DETERMINAÇÃO DO LIMITE E DO GRAU DE CONTRAÇÃO

Limite de contração do solo é o teor de umidade onde ocorre a transição entre o estado de consistência sólida e semi-sólida O Limite de Contração deve ser determinado sempre que o Índice de Plasticidade for alto. O Grau de Contração indica a tendência de aparecerem fissuras quando sofre secagem, (permite uma avaliação dos efeitos negativos dos solos de alto IP). O valor do LC tem pouca utilidade prática. Mas quando se executa o ensaio, determina-se também o Grau de Contração, que permite prever e evitar ocorrência de vários acidentes causados por fissuração causada por secagem em maciços. Seu valor tem forte relação com o da expansão (obtido no ensaio CBR) de solos argilosos. NBR 7183/82(ABNT), ME087/94(DNER), M7–54T (DER/SP), NBR6457, NBR 6508

DETERMINAÇÃO DO LIMITE E DO GRAU DE CONTRAÇÃO

ENSAIO 1. Tomar cerca de 50 g do material que passa na peneira 40 (de uma amostra homogênea); 2. Determinar o volume da cápsula de contração (V1) enchendo-a de mercúrio, removendo o excesso por pressão da placa de vidro contra a face superior da cápsula, e medindo o volume de mercúrio que a encheu, na proveta graduada de 25 cm³

DETERMINAÇÃO DO LIMITE E DO GRAU DE CONTRAÇÃO

3. Colocar a amostra na bacia de porcelana e misturar lentamente água suficiente para saturar o solo, até obter massa fluida.

4. Lubrificar com vaselina ou óleo apropriado as paredes da cápsula de contração, de modo a impedir aderência do corpo de prova. Colocar no centro da cápsula de contração aproximadamente 1/3 do volume do solo necessário para enchê-la, batendo-a, em seguida, de encontro a uma superfície firme, de modo que o solo ocupe todo o fundo. Repetir por mais duas vezes esta operação, enchendo completamente a cápsula de contração, de forma a obter uma superfície plana de solo. Em todo o processo sempre evitar formação de bolhas de ar;

5. Secar ao ar até sensível mudança de tonalidade, deixando depois em estufa a 105C 110 C até constância de peso

Determinar o volume da pastilha seca da seguinte forma:

6.1. colocar na cápsula de porcelana a cuba de vidro, cheia de mercúrio, removendo o excesso por aplicação da placa com pinos;

6.2 retirar a pastilha da cápsula de contração, colocando-a cuidadosamente sobre o mercúrio, na cuba; fazer pressão com a placa de vidro, de

modo que os três pinos obriguem a pastilha imergir inteiramente no mercúrio medindo na proveta de 25 cm o volume de mercúrio deslocado pela pastilha, que deverá ser anotado como volume de solo seco (V2);

GRAU DE CONTRAÇÃO (C)

GRAU DE CONTRAÇÃO (C) C = 100 (V1 - V2) / V1 (%) onde V1= volume inicial do corpo de prova (volume da

cápsula de contração); V2 = volume do corpo de prova após a contração.

GRAU DE CONTRAÇÃO (C)

Segundo Scheidig, e sem caráter decisivo, - C < 5% BOM - 5% < C < 10% REGULAR - 10% < C < 15% POBRE - C > 15% PÉSSIMO - A análise de Scheidig é voltada à aplicação de

solos como barragens, mas também pode ser aplicada à solos em encostas, como taludes de corte ou aterro, em que a terraplanagem retirou a proteção natural da vegetação.

GRAU DE CONTRAÇÃO (C)

Por exemplo: em um solo com grau de contração regular ou boa, normalmente não há necessidade de proteções especiais contra a ação do sol. Soluções simples como o plantio de vegetação (p.exemplo grama) podem ser suficientes para evitar o aparecimento de trincas ou fissuras na superfície do talude.

Quando o solo tiver grau de contração pobre ou péssimo, a secagem produzirá fissuras que facilitarão a posterior entrada de água (p. exemplo, de chuva). No interior da fissura, estando à sombra, não haverá evaporação e a água é absorvida, aumentando o teor de umidade na região do fim da fissura. Eventualmente, em período chuvoso, o teor de umidade do solo pode se aproximar do limite de liquidez (em que a resistência ao cisalhamento é muito pequena). Torna-se então muito grande a possibilidade de deslizamento da encosta (queda de barreira por deslizamento), que é uma das muitas causas de desmoronamento.

Compactação; Índice Suporte Califórnia (ISC);

COMPACTAÇÃO

CURVA DE COMPACTAÇÃO

CONTROLE DE COMPACTAÇÃO

Massa Específica Aparente "in situ“; Aplica-se ao subleito e as diversas camadas do pavimento; O método do frasco de areia aplica-se a solos com qualquer tipo de granulação, contendo ou não pedregulhos, que possam ser escavados com ferramentas manuais, e cujos vazios naturais sejam suficientemente pequenos para que a areia usada no ensaio neles não penetre. O material em estudo deve ser suficientemente coeso e firme para que as paredes da cavidade a ser aberta permaneçam estáveis e as operações realizadas não provoquem deformações na cavidade.

Massa Específica Aparente "in situ“;

ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA (ISC)

MATERIAIS DE PAVIMENTAÇÃO

ESTUDO DAS OCORRÊNCIAS DE MATERIAIS PARA PAVIMENTAÇÃO

são feitos estudos específicos nas Jazidas da região próxima à construção da rodovia que serão analisadas para possível emprego na construção das camadas do pavimento (regularização do subleito, reforço, sub-base, base e revestimento ).

termo “Jazida” denomina todo depósito natural de material capaz de fornecer matéria-prima para as mais diversas obras de engenharia e o termo “Ocorrência” é empregado quando a matéria-prima ainda não está sendo explorada.

A prospecção é feita para se identificar as ocorrências que apresentam a possibilidade de seu aproveitamento, tendo em vista a qualidade do material e seu volume aproximado.

Inspeção expedita no campo; - Sondagens; e - Ensaios de laboratórios.

Faz-se 4 e 5 furos de sondagem na periferia e no interior da área delimitada, convenientemente localizados até à profundidade necessária, ou compatível com os métodos de extração a serem adotados.

JAZIDAS

Uma ocorrência será considerada satisfatória para a prospecção definitiva, quando os materiais coletados e ensaiados quanto a: • Granulometria por peneiramento com lavagem do material na peneira de 2,0 mm (nº 10) e de 0,075 mm (nº 200); • Limite de Liquidez LL.; • Limite de Plasticidade LP; • Equivalente de Areia; • Compactação; • Índice Suporte Califórnia - ISC;

NORMAS

Fundada em 1940, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o órgão responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro. Normas regentes dos ensaios: NBR 6457/1986 – Amostras de Solos – Preparação para Ensaios de Compactação e Caracterização; NBR 6457/1986 – Teor de Umidade Natural; NBR 7181/1984 – Solo – Análise Granulométrica; NBR 6508/1984 – Massa Específica Real dos Grãos; NBR 6459/1984 – Solo – Determinação do Limite de Liquidez; NBR 7180/1984 – Solo – Determinação do Limite de Plasticidade.

9603-1986 – Sondagem a trado; 9604–1986 – Abertura de poço e trincheira em

solo para retirada de amostras; 6484/1986 – Sondagem de simples

reconhecimento; 07182/1984 – Ensaio de compactação 09895/1986-Índice de suporte Califórnia; 7250/1980 Identificação de amostras de solos

obtidas em sondagem;

AMOSTRAGEM

NBR -9604/1986 - Abertura de poço e trincheira em solo para retirada de amostras. Define os tipos de amostras:

Amostras Deformadas: Extraída por raspagem, ou escavação, implicando na destruição da estrutura e na alteração das condições de compacidade ou consistência natural.

Amostras Indeformadas: Extraída com mínimo de deformação procurando manter sua estrutura e condições de umidade e compacidade ou consistência natural.

INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Métodos geotécnicos

Diretos- São métodos que permitem o acesso ao material investigado, solo, seja “in situ” ou através de amostras Manuais Poços, Trincheiras, Trados

manuais Mecânicos Sondagens à percussão com

circulação de água (SPT); Sondagens rotativas; Sondagens mistas;

INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Semi-diretosEnsaio de palheta ou “vane test” (VST); Ensaio de penetração dinâmica ou “diep sondering” (CPT); Ensaio pressiométrico (PMT)

Indiretos(geofísicos) São métodos que não permitem o acesso ao material investigado, seja “in situ” ou em amostras, utilizando-se de meios indiretos para a delimitação e caraterização da unidade geológica.

Sísmico;Gravimétricos; Magnéticos;Elétricos

INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS MÉTODOS DIRETOS – MANUAIS

POÇOS - NBR 9604/86 escavação manual, com enxadão, pá e sarilho, com

seções de 1,0m2 de lado quando seção circular ou 1,20m quando seção quadrada, atravessando as camadas de solo. Drenagem através de sulcos.

Profundidade limitada pela presença de água, material instável e rocha; para prosseguir a escavação nessas condições são necessários procedimentos especiais; atingida a profundidade prevista pelo programa de sondagem;

Visualização de grande extensão do material e a retirada de grandes volumes de amostra e de amostras indeformadas.

Profundidade máxima em condições ideais: 20m

INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS MÉTODOS DIRETOS – MANUAIS

TRINCHEIRAS – NBR 9604/86 São escavações geralmente vertical, ao longo de uma

determinada linha ou seção de modo a se obter uma exposição contínua do terreno, com dimensões variáveis, sendo a mínima que permita a entrada de um observador, 1m, visando a inspeção das paredes e fundo, e a retirada de amostras deformadas e indeformadas.

Cuidados: instabilizarão das paredes; quedas de pessoas e animais (necessário cerca e cobertura);

Profundidade limitada pela presença de água, material instável e rocha; para prosseguir a escavação nessas condições são necessários procedimentos especiais.

Atingida a profundidade prevista pelo programa de sondagem

INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS MÉTODOS DIRETOS – MANUAIS

SONDAGENS À TRADO (ST) – NBR 9603/86 Escavados manualmente com o auxílio de uma broca chamada trado, acoplada a hastes de aço de ¾ de polegadas e a um tê para imprimir o movimento giratório. Trados: espiralados (helicoidal ou espiral) convexos (concha ou cavadeira Inicia-se a sondagem com trado cavadeira/concha quando avanço tornar-se difícil mudança de trado pra o espiral. Sondagem identificada pela sigla ST, seguida do número indicativo de ordem Somente atravessa a camada de solo, sendo interrompidos pela ocorrência de quaisquer materiais mais duros (rocha alterada mole, linha de seixos, etc) e pela presença de água subterrânea Permite a obtenção de grande volume de amostras deformadas Método rápido e portátil; obtenção de amostras deformadas. Método muito utilizado acima do N.A.

Sondagem a trado

INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS MÉTODOS DIRETOS – MECÂNICOS

SONDAGENS A PERCUSSÃO (SPT) – NBR 6484 Escavados manualmente com o trado, acoplado a hastes de aço de ¾ de polegadas e a um T para o movimento giratório

Executadas com tripé, motor, hastes, ferramentas, etc de diâmetro de 2 1/2 ou 4 polegadas, empregando trado ou trépano e circulação de água (lavagem);

Geralmente executadas com um ensaio de resistência à penetração tipo SPT a cada metro;

Perfura abaixo do nível d’água (NA) subterrâneo com revestimento, trépano e bomba d’água;

Permite obter amostras deformadas com trado, e semi-deformadas, com barrilete amostrador do ensaio SPT;

INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS MÉTODOS DIRETOS – MECÂNICOS

– SONDAGENS A PERCUSSÃO (SPT) (Cont)

– Método rápido até 20m. Profundidade máxima em condições ideais: 40m

– Amostras do barrilete permitem visualizar as estruturas dos solos facilitando a identificação dos tipos de solo.

– Geralmente executadas com equipamento portátil com perfuração mecânica através de trado, amostragem pouco deformada e ensaio SPT mecanizado.

– Método de ensaio padrão para o projeto de fundações de edifícios, usualmente empregado para a investigação de camadas de solo.

– Principais limitações: somente atravessa a camada de solo; pode ser interrompida por estrato de material duro intercalado no solo; pequena quantidade de amostra.

Sondagem de simples reconhecimento com SPT – NBR 6484

INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS MÉTODOS DIRETOS – MECÂNICOS

SONDAGENS ROTATIVAS (SR) Executadas através de equipamentos próprios (tripé, perfuratriz, bombas, hastes, revestimentos, brocas, ferramentas, etc). Tem capacidade para atravessar qualquer tipo de material e atingir profundidades de centenas de metros

Este método de sondagem é feito por meio de equipamento motomecanizado pesado, que consiste na rotação de uma coroa cortante com aplicação simultânea de pressão para avanço vertical, podendo atingir grandes profundidades. Usada para a perfuração de maciços rochosos com obtenção e preservação de amostras de rochas Permite a retirada de testemunhos da rocha atravessada, recuperados através do barrilete. Principais limitações: custo elevado (R$ 300,00/metro); produção baixa (5m/dia)

SONDAGEM ROTATIVA

INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS MÉTODOS DIRETOS – MECÂNICOS

Sondagem Mista

Usada quando há uma cobertura de material terroso (solo) sobre o maciço rochoso no local onde será executada a sondagem rotativa. Neste caso, a perfuração inicia-se com a sondagem a percussão e quando a resistência do material atinge 50 golpes para 30 cm no ensaio SPT, inicia-se então a perfuração com a sondagem rotativa.

Sondagens a Percussão - SPT e Rotativa/Mista.