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PORTUGUÊS P/ TRIBUNAIS (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE E FCC)
PROFESSOR ALBERT IGLESIA
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br
1
Seja bem-vindo à aula 3!
Hoje começaremos a tratar da sintaxe da oração e do período.
Faremos isso dividindo o conteúdo em duas aulas. Nesta, estudaremos os
termos da oração; na próxima, as orações em si mesmas.
E por falar em oração e período, você sabe identificá-los? Sabe
também diferenciar oração de frase? Veja os exemplos seguintes e responda
ao que se pede.
a) – Bom dia, senhor Miguel! Como vai?
b) – Eu vou bem, obrigado.
Então, quantas frases, orações e períodos existem no diálogo
acima? Se você respondeu: “três frases, duas orações e dois períodos”
acertou. Se respondeu algo diferente disso, precisa entender que: frase é
todo enunciado que possui sentido completo, capaz de transmitir uma
informação satisfatória para a situação em que é utilizado.
Assim sendo, na fala da primeira personagem existem duas frases:
a primeira é encerrada pelo ponto de exclamação; a segunda, pelo ponto de
interrogação. Na fala do senhor Miguel, existe apenas um enunciado, isto é,
uma frase, que é delimitada pelo ponto.
O conceito de frase é, portanto, bastante abrangente, incluindo
desde estruturas linguísticas muito simples até estruturas complexas:
– Ai!
– Durante algum tempo, vivi no Rio de Janeiro.
As frases de maior complexidade normalmente se organizam a
partir de um ou mais verbos (locuções verbais). À frase que se organiza ao
redor de um verbo ou locução verbal damos o nome de oração (frase
verbal). Portanto o primeiro enunciado não caracteriza uma oração, já que
nele não há verbo (é uma frase nominal). Na sequência, ainda na fala da
primeira personagem, surge a primeira oração: “Como vai?”. A segunda fala,
observe, se organiza em torno da forma verbal “estou” e constitui a segunda
oração do diálogo.
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A frase organizada em orações constitui o período, que pode
ser simples (formado apenas por uma oração) ou composto (formado por
mais de uma oração). Atente para o fato de que o final do período é marcado
por ponto, ponto de exclamação, ponto de interrogação (e mais rarametne por
reticências), e não por vírgula ou ponto-e-vírgula. Veja os exemplos:
Vive-se um momento social delicado. (período simples, uma só
oração).
Ele estuda, trabalha e pratica esporte. (período composto, três
orações).
Guarde esses conceitos, principalmente o de período, pois na aula
4, ao estudarmos detalhadamente as orações, estabeleceremos distinção entre
período composto por coordenação, por subordinação e período misto.
Por enquanto, limitemo-nos aos termos da oração. E só faz sentido falar deles
quando estivermos diante de uma oração.
O organograma abaixo é uma apresentação sistemática e resumida
do que entendemos por termos da oração.
Eis os termos da oração! Sentiu a falta do vocativo? É que ele, na
verdade, não faz parte desse grupo, isto é, não faz parte da oração, é um
termo independente dela. Não fique espantado. Os livros somente o
apresentam na mesma seção em que tratam dos termos da oração por uma
questão meramente didática. É isso que também farei aqui, principalmente
Termos da Oração
Essenciais 1 - Sujeito
2 - Predicado
Integrantes 1 – Complemento verbal
2 – Complemento nominal
3 – Agente da passiva
Acessórios 1 – Adjunto adverbial
2 – Adjunto adnominal
3 – Aposto
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porque, em prova, é comum as bancas examinadoras induzirem os
candidatos a confundi-lo com o sujeito da oração.
Termos Essenciais da Oração
1. Sujeito � é o termo do qual, geralmente, se declara alguma
coisa; concorda em número e pessoa com o verbo da oração (concordância
verbal). Frise-se que só faz sentido falar em sujeito quando estamos lidando
com orações, ou seja, quando é possível perceber uma relação entre um
determinado termo de uma oração e o verbo dessa mesma oração.
Nós estudamos muito.
José e Maria estudam muito.
Sujeito é uma função substantiva da oração, ou seja, são os
substantivos e as palavras de valor substantivo que atuam como
núcleos dessa função nas orações da Língua Portuguesa. Observe:
Os cidadãos
Todos
Ambos
Os covardes
Na sequência, temos: substantivo, pronome substantivo, numeral
substantivo e adjetivo substantivado exercendo a função de núcleo do sujeito.
Também é possível que o sujeito seja representado por uma oração inteira.
Era forçoso que fosse assim.
A diferença na linguagem
1 “Para os gramáticos, a arte da palavra quase se esgota na
arte da escrita, o que se vê ainda pelo uso que fazem dos
acentos, muitos dos quais fazem alguma distinção ou evitam
4 algum equívoco para os olhos mas não para os ouvidos.” [...]
manifestaram sua insatisfação.
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4
Bento Prado Jr. A retórica de Rousseau. São Paulo: Cosac Naify, 2008, p. 129-130.
1. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Em suas duas ocorrências, a forma verbal
“fazem” (l. 2 e l. 3) concorda com sujeitos distintos.
Comentário – Eu disse (e você já deve saber) que o verbo da oração
concorda em número e pessoa com o sujeito dela. Isso quer dizer, por
exemplo, que o verbo deverá ficar na terceira pessoa do plural se o sujeito
também o estiver. É o que acontece com a forma verbal “fazem”. Resta, então,
identificar os sujeitos das duas ocorrências.
Em seu primeiro emprego, a forma verbal “fazem” tem por
sujeito o termo “os gramáticos”, que inicia o período. Note que ele não
aparece materialmente expressa na mesma oração da qual o verbo “fazem” é
parte integrante, mas é subentendido pelo contexto. São “os gramáticos”
quem fazem uso dos acentos referidos no texto.
A segunda ocorrência da forma verbal “fazem” tem como
sujeito a expressão partitiva “muitos dos quais”. Note que, nela, há a
presença do pronome relativo “os quais”, representante semântico do
substantivo “acentos”. Escrita de outra maneira, a passagem poderia ficar
assim: muitos dos acentos fazem alguma distinção...
Resposta – Item certo.
2. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “Quem precisa de transplantes de
pâncreas precisa se inscrever na lista de outro estado, como São Paulo,
por exemplo”.
O sujeito de ‘precisa se inscrever na lista de outro estado’ é ‘Quem’.
Comentário – Aqui o erro é sutil. O pronome indefinido “Quem” é sujeito da
primeira ocorrência do verbo “precisa”. O sujeito de “precisa se inscrever na
lista de outro estado” é toda a oração anterior: “Quem precisa de transplantes
de pâncreas”.
Resposta – Item errado.
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• TIPOS DE SUJEITO
1.1 Simples � possui apenas um núcleo.
Todos aqueles estudantes participaram da manifestação.
[...] Durante os governos do
Império (1822-1889), e de igual forma após a proclamação
10 da República, significativo número de brilhantes engenheiros
brasileiros elaborou planos detalhados e ambiciosos de
transportes para o Brasil. [...]
Olímpio J. de Arroxelas Galvão. In: Internet: <www.ipea.gov.br> (com adaptações).
3. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A forma verbal “elaborou” (l.11) está no
singular porque concorda com o núcleo do sujeito da oração: “número”
(l.10).
Comentário – O sujeito é representado por toda a expressão “significativo
número de brilhantes engenheiros brasileiros”. Nela, o termo central, nuclear,
mais importante é o termo “número” (no singular). Em torno dele estão seus
adjuntos adnominais.
Resposta – Item certo.
1.2 Oculto, elíptico, implícito, desinencial � é aquele que não está
materialmente expresso na oração, mas pode ser identificado pela desinência
verbal ou pelo contexto.
Ficamos algum tempo sem falar. (o sujeito da oração é “nós”,
indicado pela desinência de primeira pessoa do plural “mos”).
“Soropita ali viera; na véspera, lá dormira”. (o contexto nos
permite afirmar que o sujeito da forma verbal “dormira” tem sua referência em
“Soropita”).
Hoje estudei muito. (o sujeito agora é representado pelo pronome
de primeira pessoa do singular “eu”).
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“Guilhermina bocejou. Iria adormecer?” (outra vez, o contexto nos
auxilia na identificação do sujeito, que tem como referência o termo
“Guilhermina”)
[...]
À luz desses entendimentos é que os direitos humanos
13 devem ser vistos. Não mais direitos que apenas se cristalizam em
leis ou códigos, mas que se constituem a partir de conflitos,
que traduzem as transformações e os avanços históricos da
16 humanidade. Não se pode mais entendê-los como fruto de uma
sociedade abstrata, mas como a expressão coativa de tensões e
contradições engendradas pelos embates de interesses e projetos
19 de grupos sociais.
Roberto A. R. de Aguiar. Ética e direitos humanos. In: Desafios Éticos.
Conselho Federal de Medicina, p. 60-1, 1993 (com adaptações).
4. (Cespe/TCE-Acre/ACE/2009) A forma verbal “traduzem” (l.15) está
flexionada no plural porque o sujeito da oração, o pronome “que” (l.14)
retoma a expressão no plural “leis ou códigos” (l.14).
Comentário – O sujeito (termo sintático) do verbo “traduzem” é o pronome
relativo “que” da linha 15. Este retoma o termo “direitos” (representado
semanticamente pelo pronome relativo), expresso na linha 13 e oculto nas
linhas 14 – “mas [direitos] que se constituem” – e 15 – “[direitos] que
traduzem.
Resposta – Item errado.
1 Inovar é recriar de modo a agregar valor e incrementar
a eficiência, a produtividade e a competitividade nos processos
gerenciais e nos produtos e serviços das organizações. Ou seja,
4 é o fermento do crescimento econômico e social de um país.
[...]
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Luís Afonso Bermúdez. O fermento tecnológico. In: Darcy.
Revista de jornalismo científico e cultural da Universidade de
Brasília, novembro e dezembro de 2009, p. 37 (com adaptações).
5. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) A forma verbal “é” (l.4) está
flexionada no singular porque, na oração em que ocorre, subentende-se
“Inovar” (l.1) como sujeito.
Comentário: no período inicial, o sujeito “Inovar” está explícito já no início
dele. Na linha 4, o mesmo sujeito foi ocultado.
Resposta: item certo.
6. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “Não há quem não se arrepie ao
ler como o jovem Nabuco descobriu que a tepidez do que parecia a ordem
natural das coisas, de menino mimado pelas mucamas, era na verdade
brutal e amarga. Era menino ainda, estava sentado no patamar da escada
superior da casa onde havia sido criado pela madrinha”.
O sujeito de “era” é “a ordem natural das coisas”.
Comentário – O termo indicado pela banca examinadora integra a oração
adjetiva restritiva “que parecia a ordem natural das coisas”. Nela, o verbo
“parecia” é de ligação; o pronome relativo “que” funciona como sujeito desse
verbo; o termo “a ordem natural das coisas” é predicativo desse sujeito. O
sujeito do verbo “Era” (em negrito) está oculto (ele) no período e tem como
referência o termo “o jovem Nabuco”.
Resposta – Item errado.
7. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) “Inovar é recriar de modo a
agregar valor e incrementar a eficiência, a produtividade e a
competitividade nos processos gerenciais e nos produtos e serviços das
organizações. Ou seja, é o fermento do crescimento econômico e social de
um país.”
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A forma verbal “é” está flexionada no singular porque, na oração em que
ocorre, subentende-se “Inovar” como sujeito.
Comentário – No período inicial, o sujeito “Inovar” está explícito já no início
dele. No período seguinte, o mesmo termo foi ocultado. Repare bem: “Inovar é
recriar... Ou seja, [inovar] é o fermento...”
Resposta – Item certo.
1.3 Composto � possui mais de um núcleo.
O professor, a diretora e eu saímos cedo.
O lazer e o esporte conduzem à saúde mental e física.
8. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “A capacidade de associação, ou o
poder de conectar perguntas, problemas ou ideias de campos distintos e
aparentemente sem nenhuma relação entre si, é fundamental no DNA do
inovador.”
O sujeito de “é fundamental no DNA do inovador” é composto, já que
enumera mais de um assunto e os separa por meio de vírgula.
Comentário – Sujeito composto caracteriza-se por ser constituído por mais de
um núcleo, e não por enumerar mais de um assunto e os separar por meio de
vírgula. O sujeito da oração indicada é o termo “A capacidade de associação”,
cujo núcleo é o substantivo “capacidade”.
Resposta – Item errado.
1.4 Indeterminado � é aquele que não se pode ou não se quer
determinar, podendo ocorrer de duas maneiras basicamente:
a) colocando-se o verbo na terceira pessoa do plural, sem que
haja referência a outro termo anteriormente identificado.
Telefonaram para você.
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Gritaram muito.
b) colocando o pronome oblíquo se junto a verbos de ligação,
intransitivos, transitivos indiretos ou transitivos diretos cujos objetos
diretos estejam preposicionados; os verbos ficam sempre na terceira
pessoa do singular:
Ficou-se feliz.
Vive-se bem.
Gosta-se de você.
Bebeu-se do vinho. (caso a preposição fosse retirada
– bebeu-se o vinho –, teríamos uma voz passiva sintética com
sujeito representado pelo termo “o vinho”).
1 A qualidade do ambiente urbano torna-se, cada vez
mais, uma destacada fonte de cobrança da população sobre
seus governantes. Repleta de problemas nessa área, a cidade
4 de São Paulo experimenta, nos últimos anos, uma notável
mudança de comportamento das autoridades municipais, que
passam a incorporar o tema em suas prioridades de gestão.
[...]
Folha de S.Paulo. Editorial, 8/1/2009 (com adaptações).
9. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) O emprego do pronome “se” (l.1) indica
que a oração em que o verbo está inserido tem sujeito indeterminado.
Comentário – Na linha 1, o pronome é parte integrante do verbo de ligação
tornar-se, também conhecido como verbo pronominal, e não se confunde com
o primeiro exemplo da letra “b”. Lá, o verbo ficar é de ligação, mas não é
pronominal; o se é índice de indeterminação do sujeito, e não parte integrante
do verbo.
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Conclui-se que o sujeito da forma verbal “torna-se” (l. 1) é o
termo “A qualidade do ambiente”, que está bem determinado, expresso no
texto.
Resposta – Item errado.
[...]
Todavia, foi somente após a Independência que começou a
se manifestar explicitamente, no Brasil, a preocupação com
7 o isolamento das regiões do país como um obstáculo ao
desenvolvimento econômico. [...]
Olímpio J. de Arroxelas Galvão. In: Internet: <www.ipea.gov.br> (com adaptações).
10. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Em “se manifestar” (l.6), o “se” indica
sujeito indeterminado.
Comentário – Você já aprendeu a indeterminar o sujeito e pode verificar que
ele não ocorre no trecho indicado. O sujeito está muito bem determinado,
porém aparece depois do verbo. Vamos reorganizar o trecho: “a preocupação
com o isolamento das regiões do país como um obstáculo ao desenvolvimento
econômico começou a se manifestar”. O termo sublinhado é o sujeito da
locução verbal.
Resposta – Item errado.
1.5 Inexistente ou oração sem sujeito � ocorre quando o fato expresso
na oração não pode ser atribuído a nenhum ser, surgindo um dos chamados
verbos impessoais, os quais ficam sempre na terceira pessoa do singular
(com raríssimas exceções). Observe os seguintes casos:
a) verbos que exprimem fenômenos da natureza: chover, nevar,
gear, amanhecer, entardecer etc.
Está amanhecendo.
Trovejou violentamente.
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ATENÇÃO! Choveram flores sobre os noivos. � o verbo foi empregado com
sentido figurado (conotativo), por isso possui sujeito (simples).
b) utilizando-se o verbo haver no sentido de existir, acontecer,
ou indicando tempo decorrido.
Aqui há alunos estudiosos.
Houve muitas brigas depois do jogo.
Há meses não o via.
ATENÇÃO! O verbo ter, de acordo com a norma culta, só pode ser empregado
na oração quando indicar posse e possuir sujeito. Caso contrário, será
substituído pelo verbo haver no sentido de existir.
O aluno não teve aula. – correto
Não tem aula. – errado / Não há aula. – correto
1 É uma grande ilusão imaginar que o Brasil estará entre
as cinco maiores economias do mundo na década atual se não
realizar investimentos pesados em um novo padrão de energia,
4 independente da utilização de petróleo. [...]
Delfim Netto. Fórmulas de crescimento. Internet:
<www.cartacapital.com.br> (com adaptações).
11. (Cespe/AGU/Agente Administrativo/2010) No texto, a forma verbal “É”
(l.1) inicia uma oração com sujeito inexistente.
Comentário – A posição natural do sujeito é antes do predicado; porém a
posposição do sujeito ao verbo é algo comum em nossa Língua. Veja alguns
exemplos:
É muito fácil esta questão!
“Breve desapareceram os dois guerreiros...” (José de Alencar)
Foi isso o que aconteceu no primeiro período do texto. O
sujeito “imaginar que o Brasil estará...” encontra-se posposto ao predicado.
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Note que o sujeito surgiu sob a forma de oração reduzida (“imaginar”) e que
ainda podemos analisar a oração “que o Brasil estará” como objeto direto
(imaginar o quê? – “imaginar que o Brasil estará...”).
Convém lembrar que, nas orações sem sujeito, o conteúdo
verbal não é atribuído a nenhum ser; seu verbo é impessoal, empregado
sempre na terceira pessoa do singular. São verbos impessoais: haver (nos
sentidos de existir, acontecer, realizar-se, decorrer) e fazer, passar (de), ir
(para), ser e estar com referência ao tempo.
Fazia um frio intenso.
Era no mês de agosto.
Se estiver calor, abra a janela,
Já passava das dez horas da noite!
Ia para três anos que estudávamos.
Resposta – Item errado.
12. (Cespe/CEF/Arquiteto/2010) “A população carcerária no Brasil é composta
fundamentalmente por jovens entre 18 e 29 anos de idade. Vale a pena
deixá-los sem futuro?”
Na oração “Vale a pena deixá-los sem futuro?”, o sujeito é inexistente.
Comentário – O sujeito existe e é a oração reduzida de infinitivo “deixá-los
sem futuro”. Normalmente, as orações subordinadas substantivas subjetivas
vêm pospostas ao verbo da oração principal. Cuidado para não confundi-las
com um objeto direto.
Resposta – Item errado.
c) utilizando-se o verbo fazer exprimindo fenômeno da
natureza ou tempo decorrido.
Faz muito calor aqui.
Faz anos que não o vejo.
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predicado
sujeito
ATENÇÃO! Fazem dois dias de vida os bebês. � nesse exemplo, o fato
expresso na oração foi atribuído ao termo “os bebês”; sendo ele, pois, o
sujeito.
d) utilizando-se o verbo ir exprimindo tempo decorrido.
Vai para uns quinze anos escrevi uma crônica do Curvelo.
e) utilizando-se o verbo ser indicando distância ou tempo
decorrido.
Da minha casa à tua são dez quilômetros.
É uma hora e trinta minutos. // São duas horas.
Hoje são oito de maio. // Hoje é dia oito de maio.
Observe que a verbo SER concorda com a expressão que indica a
distância ou o tempo decorrido.
2. Predicado � é tudo aquilo que se declara a respeito do sujeito;
em termos práticos, equivale a tudo que é diferente do sujeito e do vocativo,
quando este ocorrer.
À noite, a temperatura diminuiu.
Atenção! Em todo predicado necessariamente existe um verbo, que é o que
de fato caracteriza uma oração, já que pode haver oração sem sujeito, como
você já perceberá.
• TIPOS DE PREDICADO
2.1 Verbal � possui como núcleo um verbo nocional (ou uma locução
verbal), isto é, um verbo que exprime ação, acontecimento, fenômeno natural,
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desejo, atividade mental (são mais conhecidos como verbos transitivos e
verbos intransitivos)
Ele está correndo.
Eu amo minha esposa.
Precisa-se de professores.
Dei um presente a ela.
2.2 Nominal � possui como núcleo um nome (adjetivo, substantivo ou
outra palavra com valor substantivo), que desempenha a função de predicativo
do sujeito (termo que caracteriza o sujeito, tendo como intermediário um
verbo); seu verbo é não-nocional (mais conhecido como verbo de ligação).
Ele está cansado.
Você parece um monstro.
A vida é um constante retomar. (note que aqui o verbo “retomar”
foi substantivado pela presença do artigo indefinido “um”).
ATENÇÃO! Verbos podem variar de regime de acordo com o sentido que
possuem na oração. Esse é o caso, por exemplo, do verbo ESTAR. Em “Ele está
correndo”, o verbo “está” é auxiliar e integra uma locução verbal indicativa de
um processo, uma ação. Diferente é o seu emprego em “Ele está cansado”,
frase em que o mesmo verbo agora é tomado como não nocional, ou de
ligação. Na primeira frase, tem-se predicado verbal; na segunda, nominal.
Variação semelhante pode ser observada também nos seguintes
exemplos: “A correnteza virou a canoa” e “A lagarta virou borboleta”. No
primeiro caso, o verbo “virou” indica uma ação; é, pois, nocional e núcleo do
predicado verbal. Já no segundo, seu valor semântico indica uma mudança
de estado; sendo, portanto, não nocional e integrante de predicado nominal
cujo núcleo é o termo “lagarta”.
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2.3 Verbo-Nominal � apresenta dois núcleos: um verbo (que será
sempre nocional) e um nome (que funcionará como predicativo do sujeito ou
do objeto).
Os excursionistas voltaram exaustos da caminhada.
O ato foi acusado de ilegal.
Consideramos inaceitável a proposta apresentada.
Termos Integrantes da Oração
1. Complemento Verbal � termo que completa o sentido dos
verbos transitivos.
1.1 Objeto Direto (OD) � completa o sentido de um verbo transitivo
direto e, normalmente, aparece sem preposição (a preposição não é
obrigatória).
Quero glória e fama.
Os jornais nada publicaram.
Atenção! Em alguns casos, o OD vem representado por uma oração (a qual
chamamos de oração subordinada substantiva objetiva direta).
Não quero que fiques triste.
Os pronomes oblíquos também representam complementos
verbais, porém os pronomes o, a, os, as só funcionam como OD.
Comprei-o hoje.
Puseram-na de joelhos.
Irei levar-te de carro.
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13. (FCC/TRT 3ª Região/Analista Judiciário/2009) É forçoso contatar os índios
com delicadeza, para poupar os índios de um contato talvez mais brutal,
em que exploradores submetessem os índios a toda ordem de
humilhação, tornando os índios vítimas da supremacia das armas do
branco.
Evitam-se as viciosas repetições do trecho acima substituindo-se os
segmentos sublinhados, na ordem dada, por:
(A) poupá-los - os submetessem - tornando-os
(B) poupá-los - lhes submetessem - os tornando
(C) poupar-lhes - os submetessem - tornando-lhes
(D) os poupar - submetessem-nos - lhes tornando
(E) poupar a eles - os submetessem - tornando-lhes
Comentário – Todos os verbos e termos sublinhados constituem VTD + OD
(poupar quem? / submeter quem? / tornar quem?). Perceba que o significado
deles transita diretamente (sem preposição) até o complemento. Logo, o
pronome oblíquo o é o adequado para a substituição.
Resposta – A
Às vezes, pode o objeto direto vir regido por preposição (objeto
direto preposicionado). São casos especiais de ocorrência. Seja como for,
esteja certo de que é a regência do verbo (e não a preposição) que
determinará se o complemento é ou não objeto direto. Tome nota dos casos
mais frequentes:
a) Com verbos que exprimem sentimentos:
Amamos a Deus.
Não amo a ninguém.
b) Para evitar ambiguidade:
Ama-se aos pais.
Notadamente aos mais desfavorecidos atingem essas medidas.
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c) Por motivo de ênfase:
A médico, confessor e letrado nunca enganes.
Cumpri com a minha palavra.
d) Diante de pronome oblíquo tônico:
“Rubião esqueceu a sala, a mulher e a si”.
O novo horário incomoda a mim.
Também pode o OD vir representado, repetidamente, por um
pronome oblíquo átono ou tônico. É o que chamamos de objeto direto
pleonástico (ODP)
Árvore, filho e livro, queria-os perfeitos.
Encontrou-nos a nós.
O que é o que é?
1 Se recebo um presente dado com carinho por pessoa
de quem não gosto — como se chama o que sinto? Uma
pessoa de quem não se gosta mais e que não gosta mais da
4 gente — como se chama essa mágoa e esse rancor? Estar
ocupado, e de repente parar por ter sido tomado por uma
desocupação beata, milagrosa, sorridente e idiota — como se
7 chama o que se sentiu? O único modo de chamar é perguntar:
como se chama? Até hoje só consegui nomear com a própria
pergunta. Qual é o nome? e é este o nome.
Clarice Lispector. A descoberta do mundo.
Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p. 199.
14. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Nos segmentos “— como se chama o que
sinto?” (l. 2) e “e que não gosta mais da gente” (l. 3-4), os pronomes
relativos exercem a mesma função sintática.
OD ODP
OD ODP
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Comentário – O primeiro passo é isolarmos as orações que os pronomes
relativos integram:
(1) [que sinto]
(2) [e que não gosta mais da gente].
O segundo passo é identificarmos os termos aos quais os
pronomes relativos fazem referência. Esses termos encontram-se, via de
regra, anteriores aos próprios pronomes relativos e são conhecidos como
termos antecedentes. O pronome relativo em (1) se refere ao termo “o” (=
aquilo), pronome demonstrativo, presente na oração
(3) [como se chama o].
O pronome relativo em (2) se refere ao termo “uma pessoa”
presente na oração
(4) [Uma pessoa de quem não se gosta mais].
O terceiro passo é substituirmos os pronomes relativos pelos
termos a que fazem referência, reescrevendo a oração subordinada adjetiva
preferencialmente na ordem direta:
(1.1) [sinto aquilo]
(1.2) [e uma pessoa não gosta mais da gente]
Ao analisarmos as funções sintáticas dos termos “aquilo” e
“uma pessoa”, verificamos que exercem, respectivamente, as funções de
objeto direto da forma verbal “sinto” e de sujeito da forma verbal “gosta”.
Dessa forma, descobrimos também as funções sintáticas que a banca
examinadora nos propõe, visto que os pronomes relativos são seus
correspondentes semânticos nas orações em que surgem.
Resposta – Item errado.
[...] Para a sociedade,
coletivamente, só haverá vantagens na busca de maior
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19
produtividade quando seus resultados forem distribuídos
16 para elevar o nível de bem-estar coletivo. [...]
Henrique Rattner. Tecnologia e sociedade. In: Internet:
<www.espacoacademico.com.br> (com adaptações).
15. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) A coerência e a correção gramatical do
texto seriam mantidas ao se substituir “só haverá” (l.14) por só existirá.
Comentário – Preste muita atenção agora: o termo que funciona
sintaticamente como objeto direto do verbo haver é sujeito em relação ao
verbo existir. Com o verbo haver não há necessidade de concordância, mas
com o verbo existir sim. Observe:
“...só haverá vantagens...” (objeto direto)
“...só existirão vantagens...” (sujeito)
Resposta – Item errado.
[...] Cumpre
acrescentar que, no enfrentamento do desafio de inclusão
16 social, emerge cristalina a necessidade de fortalecer as
instituições democráticas.
Nessa linha de pensamento em que se procura reverter
19 um processo de descrença, a defensoria pública, erigida na
Constituição Federal de 1988 (CF) à condição de instituição
essencial à justiça, precisa preencher relevante espaço no
22 compromisso constitucional de redução das desigualdades, com
promoção do integral acesso à justiça. Assim definida, cabe-lhe
não só a assistência judiciária, pois pouco, ou nada, valem
25 direitos formalmente reconhecidos, sem que se concretizem na
vida das pessoas e dos grupos sociais. Aquilo de que se precisa,
de uma vez por todas, compreende igualmente um conjunto de
28 atividades extrajudiciais e de informação, extremamente
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20
imprescindível em um país de analfabetos e semianalfabetos,
com o intuito de proporcionar aos necessitados consciência de
31 seus direitos, fazendo-os se verem como partes integrantes
desse país, ou seja, como cidadãos.
Tatiana de Carvalho Camilher. O papel da defensoria pública
para a inclusão social rumo à concretização do estado
democrático de direito. Internet: <www.conpedi.org> (com adaptações).
16. (Cespe/DPU/Analista Técnico Administrativo/2010) A respeito de aspectos
sintáticos do texto, assinale a opção correta.
(A) A forma verbal “compreende” (l.27) concorda com o respectivo sujeito:
“um conjunto de atividades extrajudiciais e de informação” (l.27-28).
(B) Na linha 16, o deslocamento do vocábulo “cristalina” para imediatamente
depois de “necessidade” não interfere no sentido nem na estrutura
sintática do trecho.
(C) Na linha 18, o vocábulo “que” retoma “linha de pensamento” e pode,
juntamente com a preposição que o antecede e sem prejuízo gramatical
ou de sentido para o texto, receber artigo definido masculino e ser
reescrito da seguinte forma: no qual.
(D) O pronome “lhe” (l.23) faz referência a “defensoria pública” (l.19).
(E) O termo “direitos formalmente reconhecidos” (l.25) exerce função de
complemento de ambas as formas verbais “valem” (l.24) e “concretizem”
(l.25).
Comentário – Alternativa A: o verdadeiro sujeito da forma verbal
“compreende” é o termo “Aquilo”. A expressão “um conjunto de atividades
extrajudiciais e de informação” complementa o significado do verbo
compreender; é, pois, o seu objeto (direto).
Alternativa B: no original, o termo “cristalina” funciona
sintaticamente como o predicativo do sujeito “necessidade” (predicativo do
sujeito é o termo que exprime um atributo, um estado ou modo de ser do
sujeito). Vamos reescrever a passagem como a banca propôs: “emerge a
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21
necessidade cristalina de fortalecer as instituições democráticas.” Agora o
adjetivo “cristalina” exerce a função de adjunto adnominal, termo que
caracteriza ou determina os substantivos.
Alternativa C: em resumo, o que o examinador sugere é que
não há problemas na seguinte estrutura: “Nessa linha de pensamento no qual
se procura reverter um processo de descrença...”. Não é bem assim. O
pronome relativo que é neutro (serve tanto para substituir seres do gênero
masculino quanto do gênero feminino); mas o pronome o qual não. O núcleo
da expressão “linha de pensamento” (que foi por mim sublinhado) impõe-nos o
uso da forma equivalente ao feminino: a qual.
Alternativa E: façamos a pergunta ao verbo: “O que vale?”.
A resposta é o sujeito dele: “direitos formalmente reconhecidos”. Portanto esse
termo não pode ser o complemento (objeto) da forma verbal “valem”.
Também não o é da forma verbal “concretizem”. Desta também é sujeito.
Observe que a voz verbal está apassivada pelo pronome “se”. Esclareça isso
transformando a passiva sintética em passiva analítica: “sem que [direitos
formalmente reconhecidos] sejam concretizados”.
Resposta – D
17. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “Absorvia-a no leite preto que me
amamentou; ela envolveu-me como uma carícia muda toda a minha
infância”, escreveu Joaquim Nabuco sobre a escravidão que conheceu
como menino, em um engenho pernambucano. “Por felicidade da minha
hora, eu trazia da infância e da adolescência o interesse, a compaixão, o
sentimento pelo escravo — o bolbo que devia dar a única flor da minha
carreira”.
O vocábulo “que”, destacado acima, pertence à mesma categoria
gramatical e exerce, respectivamente, função sintática de objeto direto e
de sujeito.
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22
Comentário – Quanto à categoria gramatical, está certa a declaração da
banca examinadora, pois os vocábulos negritados são pronomes relativos.
Note que eles substituem, respectivamente, os termos “leite preto” e “bolbo”.
Sintaticamente, funcionam como sujeito do verbo “amamentou” (O leite preto
me amamentou.) e sujeito da locução “devia dar” (O bolbo devia dar...)
Resposta – Item errado.
[...]
essa agilidade, muito provavelmente, teve como objetivo
exclusivo permitir-nos decidir o que merecia a nossa atenção
[...]
D. Goleman. Inteligência emocional. Rio de
Janeiro: Objetiva, 2007, p. 305-6 (com adaptações).
18. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/Taquigrafia/2011) A expressão “como
objetivo exclusivo” (L.5-6) exerce a função de complemento direto da
forma verbal “teve” (L.5).
Comentário – Não é verdade. O complemento direto (ou simplesmente objeto
direto) da forma verbal “teve” é oracional: “permitir...” (= ISSO). Repare: teve
ISSO como objetivo exclusivo. A forma verbal “teve” equivale-se a considerou:
considerou ISSO como objetivo exclusivo. Trata-se, portanto, de um verbo
transobjetivo, isto é, um verbo que vem acompanhado de predicativo do
objeto. Esta é a função sintática do termo “como objetivo exclusivo”.
Resposta – Item errado.
1.2 Objeto Indireto (OI) � completa o sentido de um verbo transitivo
indireto e, normalmente, aparece preposicionado.
Preciso de ajuda.
Duvidava da riqueza da terra.
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23
Atenção! Em alguns casos, o OI vem representado por uma oração (a qual
chamamos de oração subordinada substantiva objetiva indireta).
Preciso de que me ajude.
Já vimos que os pronomes oblíquos podem representar
complementos verbais, porém os pronomes lhe e lhes só funcionam como OI:
Dei-lhe o livro.
As noites não lhes trouxeram repouso.
Não me pertencem os seus óculos.
Semelhantemente ao que acontece com o objeto direto, o objeto
indireto pode também ser representado, repetidamente, por um pronome
oblíquo átono ou tônico ou por pronome de tratamento (objeto indireto
pleonástico):
A mim, ensinou-me tudo.
Aos meus escritores, não lhes dava importância.
Quem lhe disse a você que estavam no palheiro?
19. (FCC/TRT 7ª Região/Analista Judiciário/2009) Trabalho infantil? Há quem
considere o trabalho infantil uma excrescência social, mas há também
quem veja no trabalho infantil uma saída para muitas crianças, porque
atribui ao trabalho infantil a vantagem de representar a inserção dos
menores carentes.
Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os
elementos sublinhados, na ordem dada, por:
(A) lhe considere - lhe veja - lhe atribui
(B) a ele considere - nele veja - atribui-no
(C) o considere - nele veja - lhe atribui
(D) o considere - lhe veja - o atribui
(E) lhe considere - o veja - lhe atribui
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24
Comentário – O sentido do verbo “considere” transita diretamente até o
complemento “o trabalho infantil” (= OD). Então, o pronome oblíquo o é o
adequado para substituir o termo “o trabalho infantil” (lembre-se de que
objeto direto não pode ser representado pelo pronome lhe e de que objeto
indireto não pode ser representado pelos pronomes o e a). Você só tem duas
alternativas: C e D. Se, por um acaso, há dúvida quanto ao segundo segmento
sublinhado, ela deve ser eliminada logo em seguida. O verbo “atribui” é
bitransitivo (pede dois complementos). Seu objeto direto (complemento sem
preposição) é o termo “a vantagem de representar a inserção dos menores
carentes”. O que sobrou? O objeto indireto: “ao trabalho infantil”, que deve ser
substituído pelo pronome oblíquo lhe. A questão está faturada!
Resposta – C
20. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “A coordenadora da CTPE, Zilda
Cavalcanti, atribui o crescimento dos transplantes no estado ao trabalho
contínuo de sensibilização da população para o tema. “Buscamos levar
mais informação às pessoas e aos profissionais de saúde para mudar a
cultura que existe sobre transplantes”.
As formas verbais ‘levar’ e ‘mudar’ não apresentam complemento
introduzido por preposição.
Comentário – Somente o verbo “mudar” é transitivo direto e não possui
complemento (“a cultura” = objeto direto; o “a” é artigo) introduzido por
preposição. O verbo “levar” foi empregado como bitransitivo e seu
complemento indireto (“às pessoas e aos profissionais de saúde”) é regido pela
preposição “a”, que se aglutinou com o artigo “a”, dando origem à crase (“à”).
Resposta – Item errado.
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21. (FCC/TRF-4R/Técnico Judiciário – Segurança e Transporte/2010) [...]
Também inspirou grandes pintores, como o renascentista Hieronymus
Bosch, autor de Jardim do Éden. [...]
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima
está na frase:
(A) ... que o homem moderno surgiu numa região ...
(B) ... que hoje se situa na fronteira entre Angola e Namíbia ...
(C) ... que hoje habitam os quatro cantos do mundo.
(D) A explicação é simples.
(E) ... que todos os africanos descendem de catorze populações.
Comentário – O verbo “inspirou” tem o sujeito oculto, e o termo “grandes
autores” é o objeto direto dele. Não confunda objeto direto com objeto
indireto. Este é termo obrigatoriamente preposicionado (com exceção dos
pronomes oblíquos átonos) que complementa verbo transitivo indireto.
Alternativa A: “surgiu” é verbo intransitivo, não pediu
complemento; o termo seguinte é adjunto adverbial de lugar.
Alternativa B: quanto à regência, o verbo situar foi empregado
como intransitivo, ou seja, também não pediu objeto direto nem objeto
indireto.
Alternativa C: a forma verbal “habitam” tem seu sentido
complementado pelo termo “os quatro cantos do mundo” (habitam o quê?),
que é seu objeto direto.
Alternativa D: o verbo “é” liga o sujeito ao predicativo, que
nada tem a ver com objeto direto.
Alternativa E: o verbo descender é transitivo indireto, o termo
“de catorze populações” é dele o objeto indireto (note a preposição “de”).
Resposta – C
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22. (FCC/Sefaz-SP/ Técnico da Fazenda Estadual/2010) [...] Conglomerados
como a General Electric, o Walmart e a IBM mantêm projetos de
ecoeficiência e de preservação do ambiente... [...]
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento grifado acima aparece
na frase:
(A) O mundo dos negócios e o mundo natural estão inextricavelmente ligados.
(B) Todo produto que chega ao consumidor...
(C) À medida que o mundo tomava consciência das questões ambientais...
(D) Essa relação entre o mundo dos negócios e a natureza avançou
dramaticamente.
(E) ... os empresários deparam com limites de crescimento reais ...
Comentário – O verbo “mantêm” é transitivo direto, pede complemento sem
a obrigatoriedade de preposição para regê-lo.
Alternativa A: o verbo “estão” é de ligação, articula o sujeito
ao seu predicativo.
Alternativa B: na língua culta, o adjunto adverbial de lugar do
verbo chegar é regido da preposição a. Veja outro exemplo: Vejam a que
ponto chegou a audácia desses criminosos!
Alternativa C: o mundo tomava o quê? A resposta
(“consciência das questões ambientais”) é do verbo o complemento direto, que
também não precisa de preposição para introduzi-lo.
Alternativa D: “avançou” foi empregado como verbo
intransitivo, sem objeto.
Alternativa E: o verbo deparar foi usado como objeto indireto;
o termo “com limites de crescimento reais” é o objeto indireto dele.
Resposta – C
2. Complemento Nominal (CN) � termo que integra ou limita o
sentido de um advérbio, adjetivo ou substantivo abstrato; aparece sempre
preposicionado e indica o alvo ou o paciente da declaração.
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Agiu favoravelmente a ambos. (o termo em destaque
complementa o sentido do advérbio “favoravelmente”).
O fumo é prejudicial à saúde. (o termo em destaque complementa
o significado do adjetivo “prejudicial”).
Tenho confiança em ti. (agora, é o substantivo abstrato
“confiança” que tem seu valor semântico complementado pelo termo em
negrito).
A função de CN é representada por um substantivo ou por qualquer
palavra substantivada, conforme se depreende dos exemplos anteriores. Isso
quer dizer que essa função sintática também pode ser exercida por uma
oração (subordinada substantiva completiva nominal):
Estou com vontade de suprimir este capítulo.
A fim de que você se sinta seguro na hora de identificar o CN e não
o confundir com o adjunto adnominal (ADJ. ADN.), eis algumas dicas
importantes:
I. Todo termo preposicionado que depende de advérbio ou
adjetivo é CN.
Ela mora perto do curso. (CN)
II. Substantivo concreto não admite CN.
Comprei o livro de Machado de Assis. (ADJ. ADN.)
III. Todo termo que depende de substantivo abstrato será CN se
a preposição não for de.
A alegria na paz é infinita. (CN)
IV. Caso a preposição seja de, o termo preposicionado será CN
quando sofrer a ação (termo paciente) ou for o alvo dela; e será ADJ. ADN.
quando praticar a ação (termo agente) ou for a origem dela – e ainda
quando transmitir a ideia de posse.
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A descoberta da vacina foi benéfica. (CN – note que a expressão
“da vacina” indica o que foi descoberto).
A descoberta do cientista foi benéfica. (ADJ. ADN. – agora, o
termo “do cientista” expressa o agente da ação de descobrir).
23. (FCC/TCE-AL/Analista de Sistemas/2008) É a liberdade que dá à vida uma
direção.
O termo sublinhado na frase acima exerce a mesma função sintática do
termo sublinhado em:
(A) Sem passado e sem história, poderíamos ser livres?
(B) Liberdade seria, a meu ver, um sinônimo de decisão.
(C) Somos livres a cada vez que, agindo, recomeçamos.
(D) Liberdade seria, pois, começar o improvável.
(E) A liberdade nos liberta, o passado é argila que nos molda.
Comentário – O verbo “dá” é bitransitivo, pede um complemento regido por
preposição (“à vida”) e outro sem (“uma direção”). Este é o objeto direto do
verbo; aquele, o objeto indireto.
Alternativa A: o adjetivo sublinhado funciona como predicativo
do sujeito (note a presença do verbo de ligação “ser”).
Alternativa B: o termo é complemento nominal do substantivo
“sinônimo”.
Alternativa C: a expressão sublinhada parece transmitir noção
de tempo e indicar quando somos livres.
Alternativa D: o verbo “começar” é transitivo direto, o que nos
permite classificar o termo sublinhado como seu complemento direto.
Alternativa E: o termo funciona como sujeito do verbo
“liberta”.
Resposta – D
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[...] Tendo como principal propósito a
13 interligação das distantes e isoladas províncias com vistas à
constituição de uma nação-Estado verdadeiramente
unificada, esses pioneiros da promoção dos transportes no
16 país explicitavam firmemente a sua crença de que o
crescimento era enormemente inibido pela ausência de um
sistema nacional de comunicações e de que o
19 desenvolvimento dos transportes constituía um fator crucial
para o alargamento da base econômica do país. [...]
Olímpio J. de Arroxelas Galvão. In: Internet: <www.ipea.gov.br> (com adaptações).
24. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A preposição em “de que o
desenvolvimento” (l.18-19) é exigida pela regência da palavra “crença”
(l.16).
Comentário – Estamos diante de um complemento nominal, termo que
integra ou limita o sentido de um advérbio, adjetivo ou substantivo
abstrato; aparece sempre preposicionado e indica o alvo ou o paciente do
processo. A preposição conecta o substantivo abstrato “crença” (l.16) ao seu
complemento.
Resposta – Item certo.
16 [...] Finalmente, considero que,
embora a formação de novos sujeitos sociais e políticos e de
arenas de participação da sociedade na formulação e gestão das
19 políticas públicas traga as marcas de nossa trajetória histórica,
constitui, ao mesmo tempo, possibilidade aberta para outra
equação entre universalismo e particularismo na sociedade
22 brasileira.
Jeni Vaitsman. Desigualdades sociais e particularismos
na sociedade brasileira. In: Cadernos de Saúde Pública, Rio
de Janeiro, n.º 18 (Suplemento), p. 38 (com adaptações).
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25. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) Por meio da conjunção “e”,
empregada duas vezes na linha 17 e uma vez na linha 18, é estabelecida
a seguinte organização de ideias: a primeira ocorrência liga duas
características de “novos sujeitos” (l.17); a segunda liga dois
complementos de “formação” (l.17); a terceira, dois complementos de
“arenas de participação da sociedade” (l.18).
Comentário – Primeira ocorrência – os termos são os adjetivos “sociais” e
“poíticos”, que funcionam como adjuntos adnominais; segunda ocorrência –
a conjunção articula dois termos que são o alvo da “formação”, isto é, são
verdadeiros complementos nominais; terceira ocorrência – aqui o raciocínio
anterior se repete, mas agora em relação à expressão “arenas de participação
da sociedade”.
Resposta – Item certo.
26. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “É o chamado efeito Médici, em
alusão à explosão criadora deflagrada em Florença quando o clã Médici
reuniu gente de toda uma série de disciplinas — escultores, cientistas,
poetas, filósofos, pintores, arquitetos — na cidade. A interação de todos
fez brotar novas ideias no cruzamento das disciplinas, o que deu origem
ao Renascimento, uma das eras mais criativas da história.”
O nome “alusão” e o verbo “deu” têm complementos introduzidos pela
mesma preposição.
Comentário – A questão tratou ao mesmo tempo de complementos nominal e
verbal. O complemento nominal vem obrigatoriamente preposicionado; o
complemento verbal que vem obrigatoriamente preposicionado é o objeto
indireto. Eis, então, o complemento do nome “alusão”: “à explosão criadora”, e
o complemento indireto do verbo “deu”: “ao Renascimento”, ambos
introduzidos pela preposição “a”.
Resposta – Item certo.
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31
[...]
liberdade política, aos Estados democráticos. Um e outro
13 reconhecimento são a mais alta expressão do espírito laico que
caracterizou o nascimento da Europa moderna, entendendo-se
esse espírito laico como o modo de pensar que confia o destino
16 do regnum hominis (reino do homem) mais à razão crítica que
aos impulsos da fé, ainda que sem desconhecer o valor de uma
[...]
Norberto Bobbio. Elogio da serenidade e outros escritos morais.
São Paulo: Editora UNESP, 2002, p. 149 (com adaptações).
27. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/Taquigrafia/2011) As expressões “do
espírito laico” (L.13) e “da fé” (L.17) complementam, respectivamente, os
vocábulos “expressão” e “impulsos”.
Comentário – Repare que as expressões limitam o significado dos vocábulos
“expressão” e “impulsos”, caracterizando-os. Observe ainda que “espírito laico”
e “fé” servem como agentes desencadeadores das respectivas ações: o espírito
laico expressa...; a fé impulsiona...Também está presente nos dois casos a
ideia de posse/pertença: a expressão é dele, ou seja, do espírito laico; os
impulsos são dela, ou seja, da fé. Portanto as expressões destacadas são
adjuntos adnominais, e não complementos nominais.
Resposta – Item errado.
3. Agente da Passiva � termo que, na voz passiva, pratica a ação
expressa pelo verbo, a qual é sofrida pelo sujeito.
As ruas foram lavadas pelas chuvas.
Mariana era apreciada por todos quantos iam a nossa casa.
A voz passiva, como regra geral, é uma flexão pertinente aos
verbos TD.
O termo “agente da passiva” vem sempre introduzido por
preposição (por, per, de).
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32
A voz passiva apresenta sujeito, o qual é o paciente da ação
expressa pelo verbo;
A voz passiva analítica (ou verbal) pode apresentar agente da
passiva, mas a sintética (ou pronominal) – como regra geral – não
apresentará agente da passiva.
Cabral descobriu o Brasil. (voz ativa com sujeito simples:
“Cabral”).
O Brasil foi descoberto por Cabral. (voz passiva analítica; o termo
destacado é o agente).
Vendem flores. (voz ativa com sujeito indeterminado).
Flores são vendidas. (voz passiva analítica sem agente da passiva).
Vendem-se flores. (voz passiva sintética sem agente da passiva).
Contudo, às vezes somos contrariados pela dinâmica da Língua,
que nem sempre se ajusta à rigidez gramatical. Gramáticos como Cegalla
(2008, página 356), por exemplo, são bem contundentes quando tratam desse
assunto. Ele diz que “Na passiva pronominal [ou sintética] não se declara o
agente”. Veja três exemplos que o eminente professor apresenta em sua obra:
Nas ruas assobiavam-se as canções dele pelos pedestres. (errado)
Nas ruas eram assobiadas as canções dele pelos pedestres. (certo)
Assobiavam-se as canções dele nas ruas. (certo)
Bem, já estamos na metade desta aula. É compreensível que você
esteja meio cansado. Tenho consciência de que é muita informação ao mesmo
tempo. Mas, sinceramente, julgo importantes estes conceitos sobre os termos
da oração. Se você não conseguir compreender a relação estabelecida entre
eles, terá dificuldades de responder corretamente às questões de prova. Logo,
avance mais um pouquinho. Vamos lá!
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33
Núc. do OD Núc. do Suj.
Termos Acessórios da Oração
1. Adjunto Adnominal � é termo de valor adjetivo que serve para
especificar ou delimitar o significado do substantivo, podendo ser expresso
por:
a) adjetivo: Compareceram pessoas interessadas.
b) locução adjetiva: Era um homem de consciência.
c) artigo: O mar era um lago sereno e azul.
d) pronome adjetivo: Minha camisa é igual à sua.
e) numeral adjetivo: Casara-se havia duas semanas.
f) oração adjetiva: Os cabelos, que eram fartos e lisos,
caíram-lhe pelo rosto.
Atenção! o mesmo substantivo pode vir acompanhado por mais de um
adjunto adnominal: As nossas primeiras experiências científicas
fracassaram.
Cuidado para você não confundir adjunto adnominal com
predicativo do objeto, e vice-versa. Abaixo, separei algumas dicas para facilitá-
lo(a) a distinguir um e outro.
Assim como o complemento nominal, o adjunto adnominal
também é parte efetiva do mesmo termo que tem o substantivo como
núcleo. Basta substituir esse termo por um pronome substantivo e perceber
que o adjunto adnominal também desaparece:
O novo método facilitou os alunos despreparados.
Ele facilitou-os.
AA AA AA AA
Suj. OD
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34
Núc. do OD Núc. do Suj.
A mesma substituição não pode ser feita para o predicativo do
objeto:
Sua atitude deixou seus amigos perplexos.
Ela deixou-os perplexos.
28. (FCC/TRT-18ª Região/Analista Administrativo/2008) Os outros privilégios
da vida a que as pessoas aspiram só existem em função de uma única
forma de utilização [...].
No período acima, são exemplos de uma mesma função sintática:
(A) vida e pessoas.
(B) privilégios e utilização.
(C) privilégios e pessoas.
(D) existem e utilização.
(E) a que e única.
Comentário – Para melhor entendimento, sugiro dividirmos as orações:
– oração principal: Os outros privilégios da vida [...] só
existem em função de uma única forma de utilização;
– oração subordinada adjetiva restritiva: ...a que as pessoas
aspiram...
Na oração principal, privilégios funciona como núcleo do
sujeito do verbo existem. Igual função tem o termo pessoas em relação ao
verbo da oração subordinada.
Na alternativa A, o vocábulo vida integra a locução adjetiva da
vida, que funciona como adjunto adnominal do substantivo privilégios. Na
alternativa B, utilização integra uma locução (de utilização) que funciona
AA AA POD
Suj. OD POD
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35
sintaticamente como complemento nominal do substantivo forma. Na
alternativa D, o verbo existem é intransitivo. Na alternativa E, a que funciona
como objeto indireto do verbo aspiram e o adjetivo única é adjunto adnominal
do substantivo forma.
Resposta –C
[...] A democratização no século XX
não se limitou à extensão de direitos políticos e civis. O tema
16 da igualdade atravessou, com maior ou menor força, as
chamadas sociedades ocidentais.
Renato Lessa. Democracia em debate. In: Revista
Cult, n.º 137, ano 12, jul./2009, p. 57 (com adaptações).
29. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Em textos de normatização mais rígida do
que o texto jornalístico, como os textos de documentos oficiais, a
contração de preposição com artigo, como em “da igualdade” (l.16), deve
ser desfeita, devendo-se escrever de a igualdade, para que o sujeito da
oração seja claramente identificado.
Comentário – De fato, recomenda-se que o artigo que integra o sujeito do
verbo (normalmente, este surge no infinitivo) não seja aglutinado à preposição
que o antecede:
“Está na hora de a onça beber água.” (certo)
“Está na hora da onça beber água.” (errado)
Mas no trecho indicado pelo Cespe, o sujeito do verbo
“atravessou” está claramente identificado: “O tema da igualdade”. A locução
adjetiva “da igualdade” pode ser analisada, isoladamente, como adjunto
adnominal de “tema”, assim como o artigo “O”. Nesse caso, não há
necessidade de desfazer a contração existente em “da” (de + a).
Resposta – Item errado.
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30. (FCC/TRT-3ª Região/Analista Administrativo/2009) A frase em que ambos
os elementos sublinhados constituem exemplos de uma mesma função
sintática é:
(A) Aos irmãos Vilas-Boas coube levar adiante, da melhor maneira possível, a
missão que lhes foi confiada.
(B) Respeitar a cultura do outro deveria ser uma obrigação para quem dispõe
da superioridade das armas.
(C) “Selvageria” vem entre aspas para deixar claro que esse termo não condiz
com a situação analisada no texto.
(D) O chefe indígena não hesitou em recusar os presentes que lhe foram
oferecidos.
(E) Os irmãos Vilas-Boas desempenharam um papel fundamental nas
primeiras aproximações com grupos indígenas.
Comentário – Alternativa A: o vocábulo “adiante” funciona como adjunto
adverbial de lugar do verbo “levar”; “missão” é o núcleo do objeto direto do
mesmo verbo.
Alternativa B: “outro” (que integra a locução adjetiva “do
outro”) é núcleo do adjunto adnominal do substantivo “cultura”; “uma
obrigação”, que caracteriza o sujeito por meio do verbo de ligação “ser”,
funciona como predicativo dele.
Alternativa C: o adjetivo “claro” funciona como predicativo do
objeto direto do verbo “deixar”. Convém ressaltar que esse objeto direto está
sob forma de oração. Para facilitar seu entendimento, substitua a oração
objetiva direta pelo pronome isso: “para deixar claro isso”.
Alternativa D: a expressão “O chefe indígena” funciona como
sujeito da primeira oração; o pronome relativo “que” (o qual substitui o
substantivo “presentes” e introduz a oração adjetiva) é sujeito da locução
verbal “foram oferecidos”, que está flexionada na voz passiva analítica ou
verbal.
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Alternativa E: “irmãos” é o núcleo do sujeito do verbo
“desempenharam”; “primeiras” é adjunto adnominal do substantivo
“aproximações”.
Resposta – D
2. Adjunto Adverbial � é termo de valor adverbial que denota as
circunstâncias em que se desenvolve o processo verbal, ou intensifica o
sentido deste, de um adjetivo ou de um advérbio, podendo ser expresso por:
a) advérbio: Aqui não fica ninguém reprovado.
b) locução ou expressão adverbial: Lá embaixo, nós
começamos a dançar sob o sol do meio-dia.
c) oração subordinada adverbial: Quando acordou, não havia
mais ninguém por perto.
Os adjuntos adverbiais recebem diversas classificações, todas de
acordo com a circunstância que indicam. A seguir, apresento apenas uma
pequena relação:
a) causa: Por que lhes daria tanta dor?
b) companhia: Vivia com Daniela.
c) condição: Sem estudar, não passará.
d) concessão: Apesar de tudo, estudamos muito.
e) dúvida: Acaso fizeste mesmo isso?
f) fim: Há homens para tudo.
g) instrumento: Bati-lhe com o chicote.
h) intensidade: Gosto muito de ti.
i) lugar: Veja aonde vai.
j) matéria: Esta é feita de barro.
k) meio: Voltamos de bote.
l) modo: Vagarosamente ela recolheu o fio.
m) negação: Não desanimem.
n) preço: O curso custa cem reais.
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o) tempo: Estudaremos até as duas horas.
Atenção! Às vezes não é possível precisar a circunstância expressa pelo
adjunto adverbial. Neste exemplo, é difícil distinguir se o adjunto adverbial é
de modo ou de intensidade: Entreguei-me calorosamente àquela causa.
O que é o que é?
1 Se recebo um presente dado com carinho por pessoa
de quem não gosto — como se chama o que sinto? Uma
pessoa de quem não se gosta mais e que não gosta mais da
4 gente — como se chama essa mágoa e esse rancor? Estar
ocupado, e de repente parar por ter sido tomado por uma
desocupação beata, milagrosa, sorridente e idiota — como se
7 chama o que se sentiu? O único modo de chamar é perguntar:
como se chama? Até hoje só consegui nomear com a própria
pergunta. Qual é o nome? e é este o nome.
Clarice Lispector. A descoberta do mundo.
Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p. 199.
31. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Em “de repente parar por ter sido tomado
por uma desocupação” (l. 5-6), a preposição “por” introduz termo com
valor causal, na primeira ocorrência, e o agente da passiva, na segunda.
Comentário – Na primeira ocorrência, a preposição “por” integra o adjunto
adverbial (“por ter sido tomado por uma desocupação”) que denota a causa
ou o motivo do processo verbal indicado por “parar”.
Acontece que, no mesmo segmento, surge o que se denomina
de voz verbal passiva analítica: “ter sido tomado” (note que a locução verbal é
composta pelos auxiliares “ter sido” que acompanham o principal “tomado”,
que assume a forma nominal característica de particípio). Nesse tipo de voz, o
elemento que indica o agente desencadeador do processo verbal é classificado
de agente da passiva. Conforme explicação dada nesta aula, esse termo da
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oração surge sempre preposicionado. E no caso em análise, a preposição que o
introduz é justamente a preposição “por”.
Resposta – Item certo.
32. (FCC/TRT-7ª Região/Comunicação Social/2009) Mas enquanto o sonho de
Darcy não se torna realidade, o debate continua.
Os termos sublinhados exercem na frase acima a mesma função sintática
do termo sublinhado em:
(A) Ainda temos muito a caminhar.
(B) Para ele, trabalho não era opção para as crianças.
(C) Caberiam aos pais as providências (....)
(D) Ainda que a escola não venha a suprir a necessidade [...].
(E) A tragédia dos menores abandonados é de tal ordem [...].
Comentário – Sintaticamente, os termos sublinhados no período que o
examinador nos apresentou funcionam, respectivamente, como sujeitos dos
verbos TORNAR-SE e CONTINUAR. Função igual encontramos sendo
desempenhada pelo termo “A tragédia”.
Alternativa A: “muito” é objeto direto do verbo “temos” (o
quê).
Alternativa B: o termo sublinhado funciona como adjunto
adverbial de opinião. Você achou isso estranho? Mais é isso mesmo. Veja outro
exemplo: Sua atitude é, para mim, muito estranha. A preposição para introduz
adjunto adverbial de opinião, fato que, para alguns, parece incoerente. Os que
estranham essa classificação certamente apoiam a ideia de que o termo
introduzido por essa preposição é, em verdade, dativo de opinião, ou seja,
espécie de complemento verbal por extensão de significado.
Alternativa C: objeto indireto. Creio que se colocarmos os
termos na ordem direta sua compreensão será facilitada: As providências
caberiam aos pais.
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Alternativa D: o verbo suprir (o quê?) é transitivo direto; o
termo a necessidade é o seu objeto direto.
Alternativa E: a melhor resposta encontra-se nesta opção,
com o termo sublinhado sendo classificado como sujeito do verbo “é”.
Resposta – E
Canção do Ver (fragmento)
1 Por viver muitos anos
dentro do mato
Moda ave
4 O menino pegou
um olhar de pássaro –
Contraiu visão fontana.
7 Por forma que ele enxergava
as coisas
Por igual
10 como os pássaros enxergam.
As coisas todas inominadas.
Água não era ainda a palavra água.
13 Pedra não era ainda a palavra pedra. E tal.
As palavras eram livres de gramáticas e
Podiam ficar em qualquer posição.
16 Por forma que o menino podia inaugurar.
Podia dar às pedras costumes de flor.
Podia dar ao canto formato de sol.
19 E, se quisesse caber em uma abelha, era só abrir a
[palavra abelha e entrar dentro dela.
Como se fosse infância da língua.
Manoel de Barros. Poemas rupestres. Rio de Janeiro: Record, 2004.
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33. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Em “Por viver muitos anos/dentro do mato”
(v. 1-2) e “ele enxergava/as coisas/Por igual” (v. 7-9), a preposição “Por”,
nas duas ocorrências, introduz uma circunstância de modo nos períodos
em que se insere.
Comentário – Novamente estamos às voltas com a preposição “por”. No
primeiro caso, ela introduz oração de valor semântico adverbial que
comunica a causa de “o menino” ter adquirido “um olhar de cobra”. A
compreensão dessa circunstância seria facilitada se colocássemos o período na
forma direta:
O menino pegou um olhar de cobra por viver muitos anos
dentro do mato.
Em sua segunda ocorrência, a preposição “por” realmente
indica o modo como o personagem “menino” via as coisas. A expressão “por
igual” constitui uma locução adverbial formada por preposição e adjetivo
(ver explicação nas páginas 15 e 16). Pode, sem problema algum, ser
substituída por igualmente.
Resposta – Item errado.
[...]
É preciso, portanto, que o espírito da blitz na
19 avenida Paulista seja estendido para toda a cidade. O DNA
Paulistano, série de pesquisas realizadas, no ano passado,
pelo Datafolha, revelou fatias surpreendentemente elevadas
22 de pessoas que, nas diversas regiões da cidade, costumam
caminhar até o trabalho.
[...]
Folha de S.Paulo. Editorial, 8/1/2009 (com adaptações).
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34. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Na linha 22, as vírgulas após as
palavras “que” e “cidade” foram empregadas para se isolar adjunto
adverbial de lugar deslocado.
Comentário – Esta questão envolve também o conhecimento sobre a
utilização de vírgula, assunto que ainda não foi tratado neste curso. Entretanto
o exercício é útil para ratificar nosso conhecimento a respeito de adjuntos
adverbiais.
Lembre-se de que adjunto adverbial denota as
circunstâncias em que se desenvolve o processo verbal, ou intensifica o
sentido deste, de um adjetivo ou de um advérbio. No texto, ele assumiu a
forma locução e indica onde a ação de caminhar até o trabalho é
habitualmente desenvolvida pelas pessoas.
Resposta – Item certo.
35. (FCC/TCE-SP/Aux. de Fiscal. Financ./2010) [...] O crescimento econômico
não traz automaticamente o avanço no bem-estar de uma sociedade. [...]
A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado
acima é:
(A) ... que os avanços ainda são tímidos em algumas regiões.
(B) ... e os números servem de referência...
(C) ... que coloca São Paulo no topo...
(D) O destaque, aqui, cabe ao Tocantins.
(E) O estado, porém, ainda está longe da visão idílica...
Comentário – O verbo trazer tem seu sentido complementado por um objeto
direto, bem como o verbo colocar (letra C): “São Paulo” é o objeto direto dele.
Nas demais opções, temos verbo de ligação e predicativo do
sujeito (letra A); verbo transitivo indireto e objeto indireto (letra B); verbo
transitivo indireto e objeto indireto (letra D); verbo intransitivo e adjunto
adverbial (letra E).
Resposta – C
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7 [...] Na primeira década deste século,
os avanços deram-se em direção a uma agenda social, voltada
para a redução da pobreza e da desigualdade estrutural. Nos
10 próximos anos, a questão da melhoria da qualidade do ensino
deve ser uma obrigação dos governantes, sejam quais forem os
ungidos pelas decisões das urnas.
Jornal do Brasil, Editorial, 21/1/2010 (com adaptações).
36. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Médio/2010) O emprego de vírgula após
“anos”, em “Nos próximos anos, a questão da melhoria da qualidade do
ensino deve ser uma obrigação dos governantes” (l.9-11), justifica-se por
isolar termo adverbial, com noção de tempo, deslocado do final para o
começo do período.
Comentário – É isso mesmo! A expressão “Nos próximos anos” funciona como
adjunto adverbial de tempo. Sua antecipação ocasionou o emprego da vírgula.
A mesma função sintática exerce o termo “Na primeira década deste século”.
Resposta – Item certo.
3. Aposto � é termo de caráter nominal que se junta a um
substantivo, ou a qualquer palavra substantivada, para explicá-lo, especificá-
lo, esclarecê-lo, desenvolvê-lo ou resumi-lo, classificando-se em:
a) explicativo: O professor, um homem muito estudioso,
escreveu vários livros.
b) especificativo: A cidade de Paracambi é linda.
c) enumerativo: Ele reivindicava várias coisas: melhor salário,
assistência médica e redução da carga horária.
d) distributivo: Havia várias pessoas: umas tristes, outras
alegres.
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e) resumitivo ou recapitulativo: Amor, alegria, saudade, tudo
era paixão.
O aposto também pode vir representado por uma oração (oração
subordinada substantiva apositiva).
Só quero uma coisa: que vocês estudem.
O aposto equivale ao termo a que se refere (sujeito, predicativo,
complemento verbal, complemento nominal, agente da passiva, etc.).
Ela, Dora, foi muitíssimo discreta.
As escrituras eram duas: a da hipoteca e a da venda das
propriedades.
O aposto especificativo não vem marcado por sinais de pontuação
(dois-pontos, vírgulas, travessões). Esse tipo de aposto é, normalmente, um
substantivo próprio que individualiza um substantivo comum, prendendo-se a
ele diretamente ou por meio de preposição.
A cidade de Lisboa é linda.
O cantor Caetano Veloso foi premiado novamente.
O mês de maio é o mês das noivas.
1 Toda a questão do conhecimento, como desejo
de penetrar os fenômenos e dizer sua lógica,
organização e seu funcionamento, pode ser pensada a
4 partir do que se deve denominar uma filosofia de
superfície: aquela que se dedica a tratar crítica e
analiticamente o mundo das superfícies. [...]
Márcia Tiburi. Uma filosofia da superfície. In: Cult, ano 11, p. 42 (com adaptações).
Pred. do Suj.
Suj.
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37. (Cespe/TCE-Acre/Analista de Controle Externo/2009) Nas linhas de 1 a 3,
o trecho “como desejo [...] funcionamento” tem a função de explicar ou
definir como o “conhecimento” deve ser entendido no desenvolvimento do
texto.
Comentário – Observe que o trecho em destaque é termo de caráter nominal
relacionado a substantivo, para explicá-lo, esclarecê-lo,
desenvolvê-lo. Isso o faz lembrar algo? Volte um pouquinho e confira as
características de um aposto, pois essa é a função sintática do trecho
analisado.
Resposta – Item certo.
[...]
A exposição das gestantes à poluição, em especial
16 nos três primeiros meses de gestação, leva à diminuição do
peso dos bebês ao nascer, um dos principais determinantes
da saúde infantil. As consequências mais imediatas — e
19 moderadas — de encher os pulmões todos os dias com o ar
das metrópoles são logo sentidas: entupimento das vias
aéreas, mal-estar, crises de asma, irritação dos olhos. [...]
35 O poluente associado à maior
probabilidade de morte dos fetos é o monóxido de carbono
37 (CO), um gás sem cor nem cheiro que resulta da queima
incompleta dos combustíveis. Como se vê, a qualidade do ar
é questão que merece atenção urgente dos administradores
40 públicos.
Gazeta do Povo (PR), 8/1/2009 (com adaptações).
38. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Na linha 21, as vírgulas utilizadas no
interior do período que termina na palavra “olhos” têm a função de
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separar elementos de mesma função gramatical componentes de uma
enumeração.
Comentário – Você já identificou a função sintática dos termos separados
pela vírgula? Lembra-se do aposto, termo de caráter nominal que se refere a
um substantivo – ou a qualquer palavra substantivada – para explicá-lo,
especificá-lo, esclarecê-lo, desenvolvê-lo ou resumi-lo? Pois os termos –
enumerados e coordenados entre si – esclarecem o significado do termo
“consequências”
Resposta – Item certo.
39. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) O trecho “um gás sem cor nem cheiro
que resulta da queima incompleta dos combustíveis” (l.37-38) exerce a
função de aposto.
Comentário – Agora ficou fácil atestar a veracidade da informação. O termo
apontado é aposto explicativo de “monóxido de carbono”.
Resposta – Item certo.
[...]
Diante da impossibilidade de reunião de todos os
envolvidos — aqueles que, de alguma forma, sentem os
13 reflexos das decisões tomadas — e sendo cada vez mais
urgente a tomada de decisões em tempo recorde, identificou-se
a necessidade de eleger representantes. Assim nasceu a
16 democracia representativa, com seus prós e contras.
[...]
Tatiana de Carvalho Camilher. O papel da defensoria pública
para a inclusão social rumo à concretização do estado
democrático de direito. Internet: <www.conpedi.org> (com adaptações).
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40. (Cespe/DPU/Analista Técnico Administrativo/2010) O trecho entre
travessões nas linhas 12 e 13 explica a expressão “todos os envolvidos”
(l.11-12).
Comentário – Esta foi para confirmar o conceito de aposto explicativo. Não
vai me dizer que, depois de tudo o que foi falado aqui sobre ele, você errou a
questão?
Resposta – Item certo.
Por fim, quero apresentar-lhe o vocativo. Ele é um termo isolado,
não faz parte dos termos essenciais, dos termos integrantes nem dos termos
acessórios. A função do vocativo é chamar ou interpelar a pessoa a
quem nos dirigimos. Vem sempre marcado por pontuação, admite a
anteposição de interjeição e não deve ser confundido com o sujeito da oração.
Meu amigo, que horas são? (sujeito inexistente)
A ordem, meus amigos, é a base do governo. (sujeito: “A
ordem”)
Ó minha amada, que olhos os teus! (frase nominal).
Fique com mais algumas questões do Cespe e da FCC.
[...]
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41. (Cespe/STM/Analista Judiciário/Execução de Mandados/2011) O sujeito da
forma verbal “vivem” (L.2) não ocorre de maneira explícita no período,
devendo ser inferido da leitura do texto.
Comentário – Fique atento, pois o examinador gosta de usar um velho
recurso que confunde muita gente: inverter a ordem entre sujeito e verbo. A
ordem consagrada é SUJEITO – VERBO – OBJETO; mas é frequente o sujeito
aparecer depois do verbo, no lugar que tradicionalmente é ocupado pelo
complemento. Foi isso que aconteceu no período sob análise. O sujeito é a
expressão “milhões de brasileiros à sua volta”. Repare que até é possível
substituir esse termo por um pronome pessoal: O leitor interessado em
compreender um pouco melhor como vivem eles (ou ...como eles vivem...)
poderia aproveitar... Portanto o sujeito ocorre de maneira explícita.
Resposta – Item errado.
[...]
42. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Com relação aos
sentidos e aspectos linguísticos do texto, julgue o item seguinte.
O sujeito das orações “Foi adolescente” (l.6) e “Chegou à idade adulta”
(l.9-10) remete a “A atual geração de adultos” (l.3-4).
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Comentário – É isso mesmo. Embora o termo não esteja materialmente
expresso na oração, ele pode ser subentendido por meio do contexto. Trata-se,
portanto, de um caso de sujeito oculto.
Resposta – Item certo.
[...]
43. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Considerando as
ideias e a estruturação sintática do texto, julgue o item seguinte.
O sujeito da oração “Resume o historiador Marco Antonio Villa” (l.9) está
oculto.
Comentário – Intuitivamente, sabemos que a posição do sujeito é
naturalmente antes do verbo. O examinador se aproveitou disso para dizer que
o sujeito não está materialmente expresso na oração. Mentira dele! O que
aconteceu foi a inversão do termos: o verbo iniciou a oração e o sujeito surgiu
logo após. Que tal lermos tudo com outra ordenação: O historiador Marco
Antonio Villa resume... (o sujeito simples está em negrito).
Resposta – Item errado.
44. (Cespe/EBC/Cargos de Nível Superior/2011) As orações “São tantos os
espaços para a dita participação popular” (l.1) e “não há espaços de
visibilidade claros” (l.11) são exemplos de oração sem sujeito.
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Comentário – A primeira oração possui sujeito. Ele apareceu posposto ao
verbo, o que normalmente dificulta a análise dos candidatos (eles costumam
confundir o sujeito com o objeto direto). Repare: “São tantos os espaços...”.
Mas a segunda oração realmente não possui sujeito. O verbo
haver foi usado com sentido de existir, o que o torna impessoal.
Resposta – Item errado.
45. (FCC/TRE-PE/Analista Judiciário – Assistência Social/2011) O termo
sublinhado em Sabe-se quão barbaramente os ingleses subjugaram
os hindus exerce a função de ......, a mesma função sintática que é
exercida por ...... na frase Cometeram-se incontáveis violências
contra os hindus.
Preenchem corretamente as lacunas do enunciado acima,
respectivamente:
(A) objeto direto – os hindus
(B) sujeito – os hindus
(C) sujeito - violências
(D) agente da passiva – os hindus
(E) agente da passiva – violências
Comentário – O termo “os ingleses” funciona como sujeito do verbo
“subjugaram”. Faça aquela famosa perguntinha: “Quem subjugou os hindus?”.
A resposta é o sujeito.
Na outra oração, o termo “violências” também funciona como
sujeito. O cuidado que você deve ter é simplesmente notar que a voz verbal é
passiva sintética. Transforme tudo em passiva analítica que fica mais fácil:
Incontáveis violências foram cometidas contra os hindus.
Resposta – C
46. (FCC/TRT-23ª Região (MT)/Analista Judiciário–Contabilidade/2011)
Destes proviriam as pistas que indicariam o caminho ...
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O verbo empregado no texto que exige o mesmo tipo de complemento
que o grifado acima está também grifado em:
(A) ... a principal tarefa do historiador consistia em estudar possibilidades de
mudança social.
(B) Os caminhos institucionalizados escondiam os figurantes mudos e sua
fala.
(C) Enfatizava o provisório, a diversidade, a fim de documentar novos
sujeitos...
(D) ...sociabilidades, experiências de vida, que por sua vez traduzissem
necessidades sociais.
(E) Era engajado o seu modo de escrever história.
Comentário – Cuidado com as inversões sintáticas feitas pelo examinador!
Reorganize os termos da oração para facilitar sua análise: As pistas que
indicariam o caminho proviriam destes... Agora ficou fácil perceber que o
verbo é transitivo indireto e que o seu complemento é objeto indireto.
Somente na letra A temos outro verbo transitivo indireto
(consistia em quê?) com seu objeto indireto (“em estudar possibilidades de
mudança social”).
Na alternativa B, o verbo é transitivo direto (escondia o quê?).
Na alternativa C, a mesma regência tem o verbo “Enfatizava”. Na letra D,
também (traduzissem o quê?). Já na última opção, temos verbo de ligação
unindo sujeito ao predicativo. Observe: O seu modo de escrever história era
engajado.
Resposta – A
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52
Por enquanto é só. Abaixo estão as questões sem os respectivos
comentários, para que você possa se exercitar durante a semana. Adiante está
o gabarito.
Fique com Deus e até a próxima aula.
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53
Lista das Questões Comentadas
A diferença na linguagem
1 “Para os gramáticos, a arte da palavra quase se esgota na
arte da escrita, o que se vê ainda pelo uso que fazem dos
acentos, muitos dos quais fazem alguma distinção ou evitam
4 algum equívoco para os olhos mas não para os ouvidos.” [...]
Bento Prado Jr. A retórica de Rousseau. São Paulo: Cosac Naify, 2008, p. 129-130.
1. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Em suas duas ocorrências, a forma verbal
“fazem” (l. 2 e l. 3) concorda com sujeitos distintos.
2. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “Quem precisa de transplantes de
pâncreas precisa se inscrever na lista de outro estado, como São Paulo,
por exemplo”.
O sujeito de ‘precisa se inscrever na lista de outro estado’ é ‘Quem’.
[...] Durante os governos do
Império (1822-1889), e de igual forma após a proclamação
10 da República, significativo número de brilhantes engenheiros
brasileiros elaborou planos detalhados e ambiciosos de
transportes para o Brasil. [...]
Olímpio J. de Arroxelas Galvão. In: Internet: <www.ipea.gov.br> (com adaptações).
3. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A forma verbal “elaborou” (l.11) está no
singular porque concorda com o núcleo do sujeito da oração: “número”
(l.10).
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54
[...]
À luz desses entendimentos é que os direitos humanos
13 devem ser vistos. Não mais direitos que apenas se cristalizam em
leis ou códigos, mas que se constituem a partir de conflitos,
que traduzem as transformações e os avanços históricos da
16 humanidade. Não se pode mais entendê-los como fruto de uma
sociedade abstrata, mas como a expressão coativa de tensões e
contradições engendradas pelos embates de interesses e projetos
19 de grupos sociais.
Roberto A. R. de Aguiar. Ética e direitos humanos. In: Desafios Éticos.
Conselho Federal de Medicina, p. 60-1, 1993 (com adaptações).
4. (Cespe/TCE-Acre/ACE/2009) A forma verbal “traduzem” (l.15) está
flexionada no plural porque o sujeito da oração, o pronome “que” (l.14)
retoma a expressão no plural “leis ou códigos” (l.14).
1 Inovar é recriar de modo a agregar valor e incrementar
a eficiência, a produtividade e a competitividade nos processos
gerenciais e nos produtos e serviços das organizações. Ou seja,
4 é o fermento do crescimento econômico e social de um país.
[...]
Luís Afonso Bermúdez. O fermento tecnológico. In: Darcy.
Revista de jornalismo científico e cultural da Universidade de
Brasília, novembro e dezembro de 2009, p. 37 (com adaptações).
5. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) A forma verbal “é” (l.4) está
flexionada no singular porque, na oração em que ocorre, subentende-se
“Inovar” (l.1) como sujeito.
6. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “Não há quem não se arrepie ao
ler como o jovem Nabuco descobriu que a tepidez do que parecia a ordem
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natural das coisas, de menino mimado pelas mucamas, era na verdade
brutal e amarga. Era menino ainda, estava sentado no patamar da escada
superior da casa onde havia sido criado pela madrinha”.
O sujeito de “era” é “a ordem natural das coisas”.
7. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) “Inovar é recriar de modo a
agregar valor e incrementar a eficiência, a produtividade e a
competitividade nos processos gerenciais e nos produtos e serviços das
organizações. Ou seja, é o fermento do crescimento econômico e social de
um país.”
A forma verbal “é” está flexionada no singular porque, na oração em que
ocorre, subentende-se “Inovar” como sujeito.
8. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “A capacidade de associação, ou o
poder de conectar perguntas, problemas ou ideias de campos distintos e
aparentemente sem nenhuma relação entre si, é fundamental no DNA do
inovador.”
O sujeito de “é fundamental no DNA do inovador” é composto, já que
enumera mais de um assunto e os separa por meio de vírgula.
1 A qualidade do ambiente urbano torna-se, cada vez
mais, uma destacada fonte de cobrança da população sobre
seus governantes. Repleta de problemas nessa área, a cidade
4 de São Paulo experimenta, nos últimos anos, uma notável
mudança de comportamento das autoridades municipais, que
passam a incorporar o tema em suas prioridades de gestão.
[...]
Folha de S.Paulo. Editorial, 8/1/2009 (com adaptações).
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56
9. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) O emprego do pronome “se” (l.1) indica
que a oração em que o verbo está inserido tem sujeito indeterminado.
[...]
Todavia, foi somente após a Independência que começou a
se manifestar explicitamente, no Brasil, a preocupação com
7 o isolamento das regiões do país como um obstáculo ao
desenvolvimento econômico. [...]
Olímpio J. de Arroxelas Galvão. In: Internet: <www.ipea.gov.br> (com adaptações).
10. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Em “se manifestar” (l.6), o “se” indica
sujeito indeterminado.
1 É uma grande ilusão imaginar que o Brasil estará entre
as cinco maiores economias do mundo na década atual se não
realizar investimentos pesados em um novo padrão de energia,
4 independente da utilização de petróleo. [...]
Delfim Netto. Fórmulas de crescimento. Internet:
<www.cartacapital.com.br> (com adaptações).
11. (Cespe/AGU/Agente Administrativo/2010) No texto, a forma verbal “É”
(l.1) inicia uma oração com sujeito inexistente.
12. (Cespe/CEF/Arquiteto/2010) “A população carcerária no Brasil é composta
fundamentalmente por jovens entre 18 e 29 anos de idade. Vale a pena
deixá-los sem futuro?”
Na oração “Vale a pena deixá-los sem futuro?”, o sujeito é inexistente.
13. (FCC/TRT 3ª Região/Analista Judiciário/2009) É forçoso contatar os índios
com delicadeza, para poupar os índios de um contato talvez mais brutal,
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em que exploradores submetessem os índios a toda ordem de
humilhação, tornando os índios vítimas da supremacia das armas do
branco.
Evitam-se as viciosas repetições do trecho acima substituindo-se os
segmentos sublinhados, na ordem dada, por:
(A) poupá-los - os submetessem - tornando-os
(B) poupá-los - lhes submetessem - os tornando
(C) poupar-lhes - os submetessem - tornando-lhes
(D) os poupar - submetessem-nos - lhes tornando
(E) poupar a eles - os submetessem - tornando-lhes
O que é o que é?
1 Se recebo um presente dado com carinho por pessoa
de quem não gosto — como se chama o que sinto? Uma
pessoa de quem não se gosta mais e que não gosta mais da
4 gente — como se chama essa mágoa e esse rancor? Estar
ocupado, e de repente parar por ter sido tomado por uma
desocupação beata, milagrosa, sorridente e idiota — como se
7 chama o que se sentiu? O único modo de chamar é perguntar:
como se chama? Até hoje só consegui nomear com a própria
pergunta. Qual é o nome? e é este o nome.
Clarice Lispector. A descoberta do mundo.
Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p. 199.
14. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Nos segmentos “— como se chama o que
sinto?” (l. 2) e “e que não gosta mais da gente” (l. 3-4), os pronomes
relativos exercem a mesma função sintática.
[...] Para a sociedade,
coletivamente, só haverá vantagens na busca de maior
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produtividade quando seus resultados forem distribuídos
16 para elevar o nível de bem-estar coletivo. [...]
Henrique Rattner. Tecnologia e sociedade. In: Internet:
<www.espacoacademico.com.br> (com adaptações).
15. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) A coerência e a correção gramatical do
texto seriam mantidas ao se substituir “só haverá” (l.14) por só existirá.
[...] Cumpre
acrescentar que, no enfrentamento do desafio de inclusão
16 social, emerge cristalina a necessidade de fortalecer as
instituições democráticas.
Nessa linha de pensamento em que se procura reverter
19 um processo de descrença, a defensoria pública, erigida na
Constituição Federal de 1988 (CF) à condição de instituição
essencial à justiça, precisa preencher relevante espaço no
22 compromisso constitucional de redução das desigualdades, com
promoção do integral acesso à justiça. Assim definida, cabe-lhe
não só a assistência judiciária, pois pouco, ou nada, valem
25 direitos formalmente reconhecidos, sem que se concretizem na
vida das pessoas e dos grupos sociais. Aquilo de que se precisa,
de uma vez por todas, compreende igualmente um conjunto de
28 atividades extrajudiciais e de informação, extremamente
imprescindível em um país de analfabetos e semianalfabetos,
com o intuito de proporcionar aos necessitados consciência de
31 seus direitos, fazendo-os se verem como partes integrantes
desse país, ou seja, como cidadãos.
Tatiana de Carvalho Camilher. O papel da defensoria pública
para a inclusão social rumo à concretização do estado
democrático de direito. Internet: <www.conpedi.org> (com adaptações).
16. (Cespe/DPU/Analista Técnico Administrativo/2010) A respeito de aspectos
sintáticos do texto, assinale a opção correta.
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(A) A forma verbal “compreende” (l.27) concorda com o respectivo sujeito:
“um conjunto de atividades extrajudiciais e de informação” (l.27-28).
(B) Na linha 16, o deslocamento do vocábulo “cristalina” para imediatamente
depois de “necessidade” não interfere no sentido nem na estrutura
sintática do trecho.
(C) Na linha 18, o vocábulo “que” retoma “linha de pensamento” e pode,
juntamente com a preposição que o antecede e sem prejuízo gramatical
ou de sentido para o texto, receber artigo definido masculino e ser
reescrito da seguinte forma: no qual.
(D) O pronome “lhe” (l.23) faz referência a “defensoria pública” (l.19).
(E) O termo “direitos formalmente reconhecidos” (l.25) exerce função de
complemento de ambas as formas verbais “valem” (l.24) e “concretizem”
(l.25).
17. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “Absorvia-a no leite preto que me
amamentou; ela envolveu-me como uma carícia muda toda a minha
infância”, escreveu Joaquim Nabuco sobre a escravidão que conheceu
como menino, em um engenho pernambucano. “Por felicidade da minha
hora, eu trazia da infância e da adolescência o interesse, a compaixão, o
sentimento pelo escravo — o bolbo que devia dar a única flor da minha
carreira”.
O vocábulo “que”, destacado acima, pertence à mesma categoria
gramatical e exerce, respectivamente, função sintática de objeto direto e
de sujeito.
[...]
essa agilidade, muito provavelmente, teve como objetivo
exclusivo permitir-nos decidir o que merecia a nossa atenção
[...]
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60
D. Goleman. Inteligência emocional. Rio de
Janeiro: Objetiva, 2007, p. 305-6 (com adaptações).
18. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/Taquigrafia/2011) A expressão “como
objetivo exclusivo” (L.5-6) exerce a função de complemento direto da
forma verbal “teve” (L.5).
19. (FCC/TRT 7ª Região/Analista Judiciário/2009) Trabalho infantil? Há quem
considere o trabalho infantil uma excrescência social, mas há também
quem veja no trabalho infantil uma saída para muitas crianças, porque
atribui ao trabalho infantil a vantagem de representar a inserção dos
menores carentes.
Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os
elementos sublinhados, na ordem dada, por:
(A) lhe considere - lhe veja - lhe atribui
(B) a ele considere - nele veja - atribui-no
(C) o considere - nele veja - lhe atribui
(D) o considere - lhe veja - o atribui
(E) lhe considere - o veja - lhe atribui
20. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “A coordenadora da CTPE, Zilda
Cavalcanti, atribui o crescimento dos transplantes no estado ao trabalho
contínuo de sensibilização da população para o tema. “Buscamos levar
mais informação às pessoas e aos profissionais de saúde para mudar a
cultura que existe sobre transplantes”.
As formas verbais ‘levar’ e ‘mudar’ não apresentam complemento
introduzido por preposição.
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21. (FCC/TRF-4ª Região/Técnico Judiciário – Segurança e Transporte/2010)
[...] Também inspirou grandes pintores, como o renascentista Hieronymus
Bosch, autor de Jardim do Éden. [...]
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima
está na frase:
(A) ... que o homem moderno surgiu numa região ...
(B) ... que hoje se situa na fronteira entre Angola e Namíbia ...
(C) ... que hoje habitam os quatro cantos do mundo.
(D) A explicação é simples.
(E) ... que todos os africanos descendem de catorze populações.
22. (FCC/Sefaz-SP/ Técnico da Fazenda Estadual/2010) [...] Conglomerados
como a General Electric, o Walmart e a IBM mantêm projetos de
ecoeficiência e de preservação do ambiente... [...]
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento grifado acima aparece
na frase:
(A) O mundo dos negócios e o mundo natural estão inextricavelmente ligados.
(B) Todo produto que chega ao consumidor...
(C) À medida que o mundo tomava consciência das questões ambientais...
(D) Essa relação entre o mundo dos negócios e a natureza avançou
dramaticamente.
(E) ... os empresários deparam com limites de crescimento reais ...
23. (FCC/TCE-AL/Analista de Sistemas/2008) É a liberdade que dá à vida uma
direção.
O termo sublinhado na frase acima exerce a mesma função sintática do
termo sublinhado em:
(A) Sem passado e sem história, poderíamos ser livres?
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(B) Liberdade seria, a meu ver, um sinônimo de decisão.
(C) Somos livres a cada vez que, agindo, recomeçamos.
(D) Liberdade seria, pois, começar o improvável.
(E) A liberdade nos liberta, o passado é argila que nos molda.
[...] Tendo como principal propósito a
13 interligação das distantes e isoladas províncias com vistas à
constituição de uma nação-Estado verdadeiramente
unificada, esses pioneiros da promoção dos transportes no
16 país explicitavam firmemente a sua crença de que o
crescimento era enormemente inibido pela ausência de um
sistema nacional de comunicações e de que o
19 desenvolvimento dos transportes constituía um fator crucial
para o alargamento da base econômica do país. [...]
Olímpio J. de Arroxelas Galvão. In: Internet: <www.ipea.gov.br> (com adaptações).
24. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A preposição em “de que o
desenvolvimento” (l.18-19) é exigida pela regência da palavra “crença”
(l.16).
16 [...] Finalmente, considero que,
embora a formação de novos sujeitos sociais e políticos e de
arenas de participação da sociedade na formulação e gestão das
19 políticas públicas traga as marcas de nossa trajetória histórica,
constitui, ao mesmo tempo, possibilidade aberta para outra
equação entre universalismo e particularismo na sociedade
22 brasileira.
Jeni Vaitsman. Desigualdades sociais e particularismos
na sociedade brasileira. In: Cadernos de Saúde Pública, Rio
de Janeiro, n.º 18 (Suplemento), p. 38 (com adaptações).
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25. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) Por meio da conjunção “e”,
empregada duas vezes na linha 17 e uma vez na linha 18, é estabelecida
a seguinte organização de ideias: a primeira ocorrência liga duas
características de “novos sujeitos” (l.17); a segunda liga dois
complementos de “formação” (l.17); a terceira, dois complementos de
“arenas de participação da sociedade” (l.18).
26. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “É o chamado efeito Médici, em
alusão à explosão criadora deflagrada em Florença quando o clã Médici
reuniu gente de toda uma série de disciplinas — escultores, cientistas,
poetas, filósofos, pintores, arquitetos — na cidade. A interação de todos
fez brotar novas ideias no cruzamento das disciplinas, o que deu origem
ao Renascimento, uma das eras mais criativas da história.”
O nome “alusão” e o verbo “deu” têm complementos introduzidos pela
mesma preposição.
[...]
liberdade política, aos Estados democráticos. Um e outro
13 reconhecimento são a mais alta expressão do espírito laico que
caracterizou o nascimento da Europa moderna, entendendo-se
esse espírito laico como o modo de pensar que confia o destino
16 do regnum hominis (reino do homem) mais à razão crítica que
aos impulsos da fé, ainda que sem desconhecer o valor de uma
[...]
Norberto Bobbio. Elogio da serenidade e outros escritos morais.
São Paulo: Editora UNESP, 2002, p. 149 (com adaptações).
27. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/Taquigrafia/2011) As expressões “do
espírito laico” (L.13) e “da fé” (L.17) complementam, respectivamente, os
vocábulos “expressão” e “impulsos”.
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28. (FCC/TRT-18ª Região/Analista Administrativo/2008) Os outros privilégios
da vida a que as pessoas aspiram só existem em função de uma única
forma de utilização [...].
No período acima, são exemplos de uma mesma função sintática:
(A) vida e pessoas.
(B) privilégios e utilização.
(C) privilégios e pessoas.
(D) existem e utilização.
(E) a que e única.
[...] A democratização no século XX
não se limitou à extensão de direitos políticos e civis. O tema
16 da igualdade atravessou, com maior ou menor força, as
chamadas sociedades ocidentais.
Renato Lessa. Democracia em debate. In: Revista
Cult, n.º 137, ano 12, jul./2009, p. 57 (com adaptações).
29. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Em textos de normatização mais rígida do
que o texto jornalístico, como os textos de documentos oficiais, a
contração de preposição com artigo, como em “da igualdade” (l.16), deve
ser desfeita, devendo-se escrever de a igualdade, para que o sujeito da
oração seja claramente identificado.
30. (FCC/TRT-3ª Região/Analista Administrativo/2009) A frase em que ambos
os elementos sublinhados constituem exemplos de uma mesma função
sintática é:
(A) Aos irmãos Vilas-Boas coube levar adiante, da melhor maneira possível, a
missão que lhes foi confiada.
(B) Respeitar a cultura do outro deveria ser uma obrigação para quem dispõe
da superioridade das armas.
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(C) “Selvageria” vem entre aspas para deixar claro que esse termo não condiz
com a situação analisada no texto.
(D) O chefe indígena não hesitou em recusar os presentes que lhe foram
oferecidos.
(E) Os irmãos Vilas-Boas desempenharam um papel fundamental nas
primeiras aproximações com grupos indígenas.
O que é o que é?
1 Se recebo um presente dado com carinho por pessoa
de quem não gosto — como se chama o que sinto? Uma
pessoa de quem não se gosta mais e que não gosta mais da
4 gente — como se chama essa mágoa e esse rancor? Estar
ocupado, e de repente parar por ter sido tomado por uma
desocupação beata, milagrosa, sorridente e idiota — como se
7 chama o que se sentiu? O único modo de chamar é perguntar:
como se chama? Até hoje só consegui nomear com a própria
pergunta. Qual é o nome? e é este o nome.
Clarice Lispector. A descoberta do mundo.
Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p. 199.
31. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Em “de repente parar por ter sido tomado
por uma desocupação” (l. 5-6), a preposição “por” introduz termo com
valor causal, na primeira ocorrência, e o agente da passiva, na segunda.
32. (FCC/TRT-7ª Região/Comunicação Social/2009) Mas enquanto o sonho de
Darcy não se torna realidade, o debate continua.
Os termos sublinhados exercem na frase acima a mesma função sintática
do termo sublinhado em:
(A) Ainda temos muito a caminhar.
(B) Para ele, trabalho não era opção para as crianças.
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(C) Caberiam aos pais as providências (....)
(D) Ainda que a escola não venha a suprir a necessidade [...].
(E) A tragédia dos menores abandonados é de tal ordem [...].
Canção do Ver (fragmento)
1 Por viver muitos anos
dentro do mato
Moda ave
4 O menino pegou
um olhar de pássaro –
Contraiu visão fontana.
7 Por forma que ele enxergava
as coisas
Por igual
10 como os pássaros enxergam.
As coisas todas inominadas.
Água não era ainda a palavra água.
13 Pedra não era ainda a palavra pedra. E tal.
As palavras eram livres de gramáticas e
Podiam ficar em qualquer posição.
16 Por forma que o menino podia inaugurar.
Podia dar às pedras costumes de flor.
Podia dar ao canto formato de sol.
19 E, se quisesse caber em uma abelha, era só abrir a
[palavra abelha e entrar dentro dela.
Como se fosse infância da língua.
Manoel de Barros. Poemas rupestres. Rio de Janeiro: Record, 2004.
33. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Em “Por viver muitos anos/dentro do mato”
(v. 1-2) e “ele enxergava/as coisas/Por igual” (v. 7-9), a preposição “Por”,
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nas duas ocorrências, introduz uma circunstância de modo nos períodos
em que se insere.
[...]
É preciso, portanto, que o espírito da blitz na
19 avenida Paulista seja estendido para toda a cidade. O DNA
Paulistano, série de pesquisas realizadas, no ano passado,
pelo Datafolha, revelou fatias surpreendentemente elevadas
22 de pessoas que, nas diversas regiões da cidade, costumam
caminhar até o trabalho.
[...]
Folha de S.Paulo. Editorial, 8/1/2009 (com adaptações).
34. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Na linha 22, as vírgulas após as
palavras “que” e “cidade” foram empregadas para se isolar adjunto
adverbial de lugar deslocado.
35. (FCC/TCE-SP/Aux. de Fiscal. Financ./2010) [...] O crescimento econômico
não traz automaticamente o avanço no bem-estar de uma sociedade. [...]
A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado
acima é:
(A) ... que os avanços ainda são tímidos em algumas regiões.
(B) ... e os números servem de referência ...
(C) ... que coloca São Paulo no topo ...
(D) O destaque, aqui, cabe ao Tocantins.
(E) O estado, porém, ainda está longe da visão idílica ...
7 [...] Na primeira década deste século,
os avanços deram-se em direção a uma agenda social, voltada
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para a redução da pobreza e da desigualdade estrutural. Nos
10 próximos anos, a questão da melhoria da qualidade do ensino
deve ser uma obrigação dos governantes, sejam quais forem os
ungidos pelas decisões das urnas.
Jornal do Brasil, Editorial, 21/1/2010 (com adaptações).
36. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Médio/2010) O emprego de vírgula após
“anos”, em “Nos próximos anos, a questão da melhoria da qualidade do
ensino deve ser uma obrigação dos governantes” (l.9-11), justifica-se por
isolar termo adverbial, com noção de tempo, deslocado do final para o
começo do período.
1 Toda a questão do conhecimento, como desejo
de penetrar os fenômenos e dizer sua lógica,
organização e seu funcionamento, pode ser pensada a
4 partir do que se deve denominar uma filosofia de
superfície: aquela que se dedica a tratar crítica e
analiticamente o mundo das superfícies. [...]
Márcia Tiburi. Uma filosofia da superfície. In: Cult, ano 11, p. 42 (com adaptações).
37. (Cespe/TCE-Acre/Analista de Controle Externo/2009) Nas linhas de 1 a 3,
o trecho “como desejo [...] funcionamento” tem a função de explicar ou
definir como o “conhecimento” deve ser entendido no desenvolvimento do
texto.
[...]
A exposição das gestantes à poluição, em especial
16 nos três primeiros meses de gestação, leva à diminuição do
peso dos bebês ao nascer, um dos principais determinantes
da saúde infantil. As consequências mais imediatas — e
19 moderadas — de encher os pulmões todos os dias com o ar
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das metrópoles são logo sentidas: entupimento das vias
aéreas, mal-estar, crises de asma, irritação dos olhos. [...]
35 O poluente associado à maior
probabilidade de morte dos fetos é o monóxido de carbono
37 (CO), um gás sem cor nem cheiro que resulta da queima
incompleta dos combustíveis. Como se vê, a qualidade do ar
é questão que merece atenção urgente dos administradores
40 públicos.
Gazeta do Povo (PR), 8/1/2009 (com adaptações).
38. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Na linha 21, as vírgulas utilizadas no
interior do período que termina na palavra “olhos” têm a função de
separar elementos de mesma função gramatical componentes de uma
enumeração.
39. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) O trecho “um gás sem cor nem cheiro
que resulta da queima incompleta dos combustíveis” (l.37-38) exerce a
função de aposto.
[...]
Diante da impossibilidade de reunião de todos os
envolvidos — aqueles que, de alguma forma, sentem os
13 reflexos das decisões tomadas — e sendo cada vez mais
urgente a tomada de decisões em tempo recorde, identificou-se
a necessidade de eleger representantes. Assim nasceu a
16 democracia representativa, com seus prós e contras.
[...]
Tatiana de Carvalho Camilher. O papel da defensoria pública
para a inclusão social rumo à concretização do estado
democrático de direito. Internet: <www.conpedi.org> (com adaptações).
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70
40. (Cespe/DPU/Analista Técnico Administrativo/2010) O trecho entre
travessões nas linhas 12 e 13 explica a expressão “todos os envolvidos”
(l.11-12).
[...]
41. (Cespe/STM/Analista Judiciário/Execução de Mandados/2011) O sujeito da
forma verbal “vivem” (L.2) não ocorre de maneira explícita no período,
devendo ser inferido da leitura do texto.
[...]
42. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Com relação aos
sentidos e aspectos linguísticos do texto, julgue o item seguinte.
O sujeito das orações “Foi adolescente” (l.6) e “Chegou à idade adulta”
(l.9-10) remete a “A atual geração de adultos” (l.3-4).
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71
[...]
43. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Considerando as
ideias e a estruturação sintática do texto, julgue o item seguinte.
O sujeito da oração “Resume o historiador Marco Antonio Villa” (l.9) está
oculto.
44. (Cespe/EBC/Cargos de Nível Superior/2011) As orações “São tantos os
espaços para a dita participação popular” (l.1) e “não há espaços de
visibilidade claros” (l.11) são exemplos de oração sem sujeito.
45. (FCC/TRE-PE/Analista Judiciário – Assistência Social/2011) O termo
sublinhado em Sabe-se quão barbaramente os ingleses subjugaram
os hindus exerce a função de ......, a mesma função sintática que é
exercida por ...... na frase Cometeram-se incontáveis violências
contra os hindus.
Preenchem corretamente as lacunas do enunciado acima,
respectivamente:
(A) objeto direto – os hindus
(B) sujeito – os hindus
(C) sujeito - violências
(D) agente da passiva – os hindus
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(E) agente da passiva – violências
46. (FCC/TRT-23ª Região (MT)/Analista Judiciário–Contabilidade/2011)
Destes proviriam as pistas que indicariam o caminho ...
O verbo empregado no texto que exige o mesmo tipo de complemento
que o grifado acima está também grifado em:
(A) ... a principal tarefa do historiador consistia em estudar possibilidades de
mudança social.
(B) Os caminhos institucionalizados escondiam os figurantes mudos e sua
fala.
(C) Enfatizava o provisório, a diversidade, a fim de documentar novos
sujeitos...
(D) ...sociabilidades, experiências de vida, que por sua vez traduzissem
necessidades sociais.
(E) Era engajado o seu modo de escrever história.
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Gabarito das Questões Comentadas
1. Item certo
2. Item errado
3. Item certo
4. Item errado
5. Item certo
6. Item errado
7. Item certo
8. Item errado
9. Item errado
10. Item errado
11. Item errado
12. Item errado
13. A
14. Item errado
15. Item errado
16. D
17. Item errado
18. Item errado
19. C
20. Item errado
21. C
22. C
23. D
24. Item certo
25. Item certo
26. Item certo
27. Item errado
28. C
29. Item errado
30. D
31. Item certo
32. E
33. Item errado
34. Item certo
35. C
36. Item certo
37. Item certo
38. Item certo
39. Item certo
40. Item certo
41. Item errado
42. Item certo
43. Item errado
44. Item errado
45. C
46. A