Aula 05
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CRP-0357
Produção Gráfica
Aula 5
Processos de impressão: silk-screen e off-set.
SILK SCREEN
• Usa um matriz feita de material poroso ou finamente perfurado, como uma tela de nylon ou aço, montada em uma moldura rígida.
• Começou como uma técnica de marcação de peças industriais, e foi adotada por artistas gráficos no começo do século XX.
• Pode-se imprimir tecido, cerâmica, vidro, plástico, papel, metal, cortiça e madeira. Em qualquer formato, cor ou tamanho.
• O processo está associado a camisetas porque foi, por muitos anos, a única forma de imprimir em tecido. Também é o principal método usado para imprimir bonés, rótulos de CDs e DVDs, banners, materiais promocionais, painéis e cartões de visitas com impressão em relevo.
• O custo é alto para pequenas tiragens e a varia em proporção direta com a qualidade que se exige da impressão.
SILK SCREEN: processo
• A tela é feita de um material poroso, de textura bem fina. Originalmente usava-se seda (daí o nome), mas desde os anos 40 usa-se uma tela de poliéster presa a uma moldura rígida, de alumínio ou madeira.
• A matriz (estêncil) é um negativo do material final. Ela bloqueia algumas áreas da tela com material impermeável.
• A tela é colocada sobre o material a ser impresso e a tinta, sobre a tela. Uma espécie de rodo força a tinta através dos poros para o suporte final.
• A precisão da impressão é diretamente relacionada à precisão do estêncil, delicadeza dos poros da tela, espessura da tinta e textura do suporte.
• Terminado o processo, a tela pode ser guardada ou lavada para se remover qualquer obstrução de poros e, depois, reutilizada.
• Quando surgiu o processo de impressão off-set, a diferença em qualidade e velocidade entre os dois processos era tão grande que muitos passaram a acreditar que silk screen era sinônimo de impressão em baixa qualidade. Não é verdade.
SILK SCREEN: fotolito e estêncil
• O método mais simples é recortar uma máscara em material impermeável, como plástico ou borracha, e colá-lo à tela. Outra forma simples é pintar a própria tela com tinta impermeável.
• A emulsão fotográfica tornou o processo mais prático, preciso e menos artesanal:
– A imagem original ee criada em um suporte transparente (fotolito) – ela pode ser desenhada, fotocopiada ou impressa, contanto que seja monocromática e opaca. O melhor é usar preto.
– Um negativo de filme PB também pode ser usado, mas é importante lembrar que a matriz de impressão é uma imagem invertida do material final (preto onde deve ser transparente e vice-versa).
– O fotolito é colocado sobre uma tela coberta de emulsão fotográfica. Ela é exposta à luz e se polimeriza, criando uma superfície impermeável. O processo gera imagens de alta fidelidade, que podem reproduzir dezenas de milhares de exemplares.
SILK SCREEN: vantagens
• Silk screen é mais versátil que a impressão convencional:
– Pode imprimir em uma grande variedade de materiais
– O suporte de impressão não precisa ser planos
– Ele nem precisa ser móvel (pode-se imprimir em paredes ou postes)
– A superfície não precisa ser impressa sob pressão, como em tipografia, litografia, gravura ou até mesmo off-set
• Por isso variações dessa forma de impressão continuam a ser utilizadas para marcação de produtos industriais, tecidos e até placas de circuitos eletrônicos.
SILK SCREEN: vantagens
• O processo é acessível. Material rudimentar para sua execução é barato e fácil de se achar. Por isso é freqüentemente usado em manifestações de arte underground, independente e amadora.
• Impressões coloridas podem ser feitas ao usar quatro telas para CMYK (cyan, magenta, yellow and black). Conforme o processo e o suporte, pode-se chegar a um material de altíssima qualidade.
• O custo adicional para cada cor de impressão depende, quase que exclusivamente, de telas e pigmentos.
• Assim pode-se imprimir em cores especiais ou em um grande número de cores (o que garante maior vividez e fidelidade cromática) sem que o custo fique proibitivo.
OFF-SET
• Atualmente é o processo de impressão mais popular.
• Seu princípio marca uma revolução completa na forma de se imprimir: off-set difere dos outros processos gráficos convencionais:
– Não há incisão, cortes ou relevos, mas um método chamado “planográfico”, em que os espaços em branco e as áreas de impressão estão praticamente no mesmo plano da matriz.
– A matriz é feita com uma folha de alumínio coberta de uma emulsão fotosensível.
– A separação entre as áreas de impressão é feita através de um processo químico, não mecânico: a repulsão entre a tinta off-set, que é oleosa, e a água.
OFF-SET: processo
• Como no silk-screen, usa-se emulsão fotográfica e fotolitos, mas há várias diferenças:
– O fotolito é positivo, não negativo: ele marca as áreas que serão impressas, não as protege da tinta.
– A emulsão fotográfica aplicada na chapa de impressão não se polimeriza, mas cria um material gorduroso, repelente à água e receptivo à tinta.
– A tinta não é aplicada diretamente: ela é transferida da matriz para um cilindro de borracha e desse cilindro para o papel.
OFF-SET: processo
• A chapa é montada em rolo de impressão que, ao rodar, a coloca em contato sucessivo com rolos umedecidos com água e com tinta.
• A água adere às áreas que não serão impressas; a tinta faz o mesmo nas áreas a serem impressas. Cada uma repele a outra.
• A imagem com tinta (entintada) é transferida para um cilindro de borracha que a transfere para o papel, por pressão.
• Esse processo se repete por tantas cores quantas forem necessárias. As máquinas antigas eram de uma ou duas cores. Hoje é comum encontrar impressoras de quatro a sete cores, que fazem até acabamento (verniz).
• A técnica de transferir a imagem da matriz para um cilindro de borracha antes de transferi-la para o papel é chamada off-set. Ela também pode ser utilizada em Tipografia, Rotogravura e Litografia.
• Ou seja, é possível ter Tipografia, Rotogravura ou Litografia offset.
OFF-SET: processo
• Máquinas de impressão off-set são compostas de unidades autônomas (“castelos”), interligadas em uma linha de produção.
• As máquinas mais antigas tinham apenas uma ou duas dessas unidades – uma impressão em quatro cores demandava duas ou mais passagens pela máquina, o que costumava causar imprecisões e perdas por defeitos. Impressões de cores especiais e vernizes sofriam os mesmos problemas.
• As máquinas mais modernas têm cinco ou seis “castelos”, o que permite a impressão com maior precisão e velocidade.
• Por demandar várias matrizes, é um processo que tem alto custo fixo e baixo custo variável. É por isso que algumas gráficas têm tiragens mínimas e suas faixas de orçamento variam em patamares.
• Essas máquinas também permitem a impressão em processos mais modernos e de maior qualidade, como a impressão em seis cores (Hexacromia) ou sete cores (Hi-Fi Color).
OFF-SET: vantagens
• A matriz não entra em contato direto com o papel. Isso permite:
– Maior detalhe – como não há pressão, não há bordas irregulares ou manchadas;
– Maior consistência – o material praticamente não se desgasta,por isso a diferença entre o primeiro e o último impressos de um lote é desprezível;
– Maior velocidade – a maioria dos impressos conhecidos usam essa técnica;
– Materiais de menor espessura – usa menos tinta, por isso é menos visível no verso;
– Maior durabilidade da matriz – que pode ser lavada e reciclada;
– Custo variável baixo – impressão “mais barata” à medida que aumenta em volume;
– Possibilidade de impressão em uma grande variedade de papéis e superfícies absorventes lisas ou rugosas com um mínimo de pressão; e
– Melhor controle da impressão em frente-e-verso – há equipamentos que imprimem as duas faces do papel simultaneamente.
Qual processo é mais adequado?
• Vantagens
• Deficiências
• Custo
• Tiragem
• Oferta de materiais e disponibilidade(sazonalidade, matérias-primas)
• Competência e experiência dos fornecedores
Elementos a se considerar em um briefing de gráfica:
• Suporte (e sua espessura)
• Tipo de tinta
• Tipografia
• Imagens e sua resolução
• Número de cores
• Encadernação
• Acabamento
• Distribuição
Tudo se resume a uma palavra: CONTEXTO