Aula 06
Transcript of Aula 06
CRP-0357
Produção Gráfica
Aula 6
Processos de impressão: policromias, hexachrome e estocástica
Policromias
• Duotones: quando duas tintas simulam meios-tons
– Monotone: impressão em qualquer cor, inclusive C, M, Y ou K
– Duotone: impressão monocromática com base em duas cores
– Tritone, Quadtone: idem para três ou mais cores
• Cor especial: qualquer uma que não seja CMYK
Exemplos: duotones
Exemplos: policromias
RGB vs. CMY
• RGB e CMY têm espaços cromáticos diferentes.
• É preciso converter a imagem para que a qualidade de cores não fique comprometida
• Mesmo assim, algumas cores não imprimem bem.
Hexacromia Pantone
• Mais dois tons bastante saturados de laranja e verde
• Dá uma tonalidade mais viva e cores que a escala Europa (CMYK) não alcança
Como vemos as cores
Hexacromia Pantone
Hi-Fi color
Mais três cores: vermelho, verde e azul-violeta. Só imprime em retícula
estocástica
Hi-fi color
Retícula estocástica
Retícula estocástica
• Também chamada de retícula de Freqüência Modulada
• Os tons são condensados de acordo com a cor desejada
• Melhor definição de detalhes
• Cores mais vívidas
• Melhor simulação de tons contínuos
• O processo é parecido com o da impressora inkjet, só que com pontos microscópicos (7 a 40 milésimos de mm)
Registro
Erros de registro
Erros de registro
Problema: as cores escurassempre aparecem
Erros de registro
É preciso “cavar um buraco” para que as cores não se
misturem...
Se a área só for cavada, pode ocorrer um erro de registro
Erros de registro
...e sobrepor uma área para não aparecer o erro de
registro
Erros de registro
Cuidado com áreas pequenas
Erros de registro
Erros de registro
Erros de registro
Para evitar erros de registro
• Knock-out: a imagem a ser impressa “por cima” na verdade é impressa sobre fundo branco, como se “cavasse” um buraco sobre o fundo.
• Overprint: uma imagem é impressa sobre a outra. O resultado cromático pode ser imprevisível. Pode ser usado para compensar erros de registro em molduras de fotos ou em textos.
• Trap: avanço de uma cor sobre a outra para se precaver quanto a erros de registro.
• Em textos e áreas pequenas: knock-out ou overprint.
Calçamento
• Preto transparente: 100% K.
• Preto neutro: 100%K, 40%C, 30%M, 20%Y.
• Carga de tinta:
– Para evitar problemas de secagem e de decalque (aquele em que a imagem aparece no verso), a soma dos percentais de cores não deve ultrapassar 320%.
– Recomenda-se que a área mais escura da imagem não ultrapasse os 240%.
– Este valor cobre a maioria dos casos, embora cada papel tenha seu próprio percentual de absorção. Casos especiais devem ser consultados com o fornecedor ou produtor gráfico.
• Preto calçado (ou frio): 100%K, 40%C.
• Preto quente: 100%K, 40%M.
• Preto para marcas de corte e registro: 100%C, 100%M, 100%Y, 100%K
• Preto “cool”: 70%C, 50%M, 30%Y, 100%K
Provas de fotolito:
• Utilizadas para ver se a impressão se aproxima do layout desejado. As mais antigas eram as provas de prelo, que, apesar de poderem ser feitas em qualquer papel, podiam ter os pigmentos facilmente alterados.
• Provas automáticas também são chamadas por seus nomes comerciais: Cromalin (DuPont) e Match-Print (3M).
• Falsas provas: provas de pre-print em dye-sublimation.
Anatomia de uma prova
• Marcas de corte
• Marcas de registro
• Marcas de dobras e facas especiais
• Tiras de cor
• Tiras de tonalidade
Processo tradicional vs. eletrônico
Agências de propaganda no passado: processo tradicional• A única vantagem da época: o cliente também
sabia que as coisas levavam mais tempo, por isso havia mais prazo.
• A qualidade gráfica da época era, na maior parte das vezes, bem ruim.
• Os estúdios tinham profissionais mais experientes, mas valorizavam um aspecto mais artesanal que criativo. O resultado era bem mais pobre visualmente.
Agências de propaganda no passado: processo tradicional• O diretor de arte rascunhava uma idéia enquanto
o redator datilografava(!) o conteúdo.
• TÍtulos, imagens e textos eram apresentados separadamente ao diretor de criação.
• Aprovadas as peças, elas seguiam para o estúdio, que era cheio de pranchetas.
• Lá a imagem era ilustrada, o título desenhado à mão e o texto, decalcado.
• Enquanto isso uma secretária datilografava o texto em papel timbrado.
Agências de propaganda no passado: processo tradicional • Tudo era montado em papel cartão e coberto
com papel-manteiga, para não se desfazer com a chuva.
• O cliente via algo muito diferente do resultado final: ilustração em vez de fotografia, texto falso (às vezes não tinha o mesmo tamanho do texto real) e assim por diante.
Agências de propaganda no passado: processo tradicional • Uma vez aprovado, o texto ia para a fotocomposição,
um processo em que era re-digitado em uma máquina (a composer) que produzia uma tripa de texto na tipografia correta, em alta definição, em papel fotográfico.
• Depois ele seguia para a revisão, feita por um humano.
• A fotografia, depois de aprovada, seguia para um processo de separação cromática, a quadricromia, que gerava quatro fotolitos.
• Um deles era projetado em papel fotográfico no tamanho final, em um processo chamado de Bromuro.
Agências de propaganda no passado: processo tradicional • Todo esse material era levado para o profissional
de paste-up, que recortava o Bromuro e a fotocomposição (linha a linha, se fosse necessário fazer o texto contornar a imagem) e as colava em um papel para fazer a arte final.
• A cola usada para isso tinha Benzina e o estúdio tinha um cheiro forte que dava barato em muitos.
• Com uma caneta nanquim, todos os splashes e linhas eram desenhados à mão.
• Desnecessário dizer que todo esse processo não tinha Undo e qualquer etapa errada ou que demandasse alterações precisava recomeçar.
Agências de propaganda no passado: processo tradicional • Pronta, a arte-final era fotografada e formava o
filme preto do fotolito.
• As outras cores seguiam a indicação do bromuro na arte-final e eram, também, fotografadas.
• Os quatro fotolitos eram retocados para eliminar quaisquer marcas de poeira, emendas e impurezas e seguiam para a prova de prelo, uma espécie de gráfica manual que queimava uma chapa especial e imprimia uma ou mais cópias, sempre poucas.
Agências de propaganda no passado: processo tradicional • As provas seguiam para o cliente, que fazia a
aprovação final antes de mandar para a gráfica, onde as chapas definitivas eram gravadas e o material, finalmente impresso.
• Em anúncios de revistas, várias dessas etapas eram feitas na própria editora, para poupar tempo. Todo o processo levava de uma a duas semanas, e chegava a envolver mais de 20 profissionais.
Agências de propaganda no passado: processo tradicional • A tipografia era um capítulo à parte. Ela poderia ser
decalcada ou desenhada à mão, o que limitava bastante as opções.
• As agências precisavam ter em seus estúdios pilhas de caixas de filme transferível.
• Cada tipo, em cada estilo, de cada tamanho precisava de um filme diferente.
• Helvetica Bold, corpo 12 era diferente de Helvetica Bold corpo 11 e de Helvetica Regular corpo 12.
• Cada tipo específico era chamado de “fonte”. Helvetica era uma “família tipográfica”.
Agências de propaganda no passado: processo tradicional • Se a gráfica ainda não usasse modernidades como
os fotolitos, precisaria de tipos de metal (uma liga de chumbo e antimônio) para cada fonte. No processo de fotocomposição, cada família tipográfica precisava de uma matriz especial. Desnecessário dizer que aberrações como “corpo 11,75″ não existiam nem em piadas.
• Com isso tudo, propaganda e editoração eram processos muito caros, e não poderiam ser tocados por qualquer um. A pulverização das agências e editoras depois do surgimento da Editoração Eletrônica não é coincidência.
Processo eletrônico: vantagens
• Se a gráfica ainda não usasse modernidades como os fotolitos, precisaria de tipos de metal (uma liga de chumbo e antimônio) para cada fonte. No processo de fotocomposição, cada família tipográfica precisava de uma matriz especial. Desnecessário dizer que aberrações como “corpo 11,75″ não existiam nem em piadas.
• Com isso tudo, propaganda e editoração eram processos muito caros, e não poderiam ser tocados por qualquer um. A pulverização das agências e editoras depois do surgimento da Editoração Eletrônica não é coincidência.