Aula 1- Cordas

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CSAlt 2009 CORDAS Instrutor: Major BM William

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CSAlt 2009CORDAS

Instrutor: Major BM William

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SUMÁRIO• Conceito• Constituição física• Carga de Ruptura vs Carga de Trabalho• Fator de Queda (FQ)• Força de Choque (fator de impacto)• Teste UIAA• Tipos (classificação)• Legislação européia vs americana• Cuidados e manutenção• ICOp 20 / 93

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CONCEITO

Conjunto de fios torcidos de determinado comprimento e diâmetro e que serve a um fim.

Quando esse fim é específico passa a ter a denominação de “cabo”. Ex.: cabo solteiro, cabo da vida e cabo do “Freseg”.

Diâmetro (EN): 9 a 16 mm.

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CONSTITUIÇÃO FÍSICA

• FIBRAS:– animal: crina, couro, seda etc.;– vegetal: sisal, algodão, juta etc.;– sintética: nylon, polipropileno, poliéster etc.

• FIOS• CORDÕES

• Cordas “kernmantle”: capa e alma

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CR vs CT

• Carga de Ruptura (CR): carga máxima suportada (real).

• Carga de Trabalho (CT): carga máxima dentro de uma margem de segurança (teórica) .

• Fator de Segurança (FS): índice aplicado na CR para se obter a CT (FS=5 ou FS=15).

• Fórmula: CT = CR / FS• Bizú: cordas não homologadas = D x D x 20

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FATOR DE QUEDA

• Valor expresso em número que representa a severidade e o grau de perigo de uma queda.

• Escalada: FQ máximo = 2

• Via Ferrata: FQ máximo = “infinito”

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FORÇA DE CHOQUE

• Mesmo que “Força de Impacto”, sendo a força gerada pela queda do escalador.

• Escalador (UIAA): 80 kgf• Bombeiro equipado (NFPA): 136 kgf (300 lb)

• Fórmula: √2PKQ (ver Estudo sobre Proteções Fixas)

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TESTE UIAA

• Teste feito pela União Internacional de Associações de Alpinismo para homologar cordas “dinâmicas” (aceito para emissão do CE).

• Ensaio exige laboratório específico.• Corpo de prova: 80 kg• FQ: 1,78• Número de “chutes”: 5• Força de Choque: corda simples (máx. 1200 kgf)

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CLASSIFICAÇÃO

• ESTÁTICA: sem alongamento (“elongation”)

• SEMI-ESTÁTICA: 1 a 2% de alongamento.

• DINÂMICA: 6 a 10% de alongamento.

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LEGISLAÇÃO EUROPÉIA

• EN + CE = CEN• EN = norma para os testes• CE = homologação emitida (= CA no Brasil)

• EN 1891 (tipo A e tipo B)• EN 892

• INMETRO = ???

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EN 1891

• Cordas Tipo “A”:

– Resistência estática: 2200 kgf (22 kN)– Resistência estática c/ nó Oito: 15 kN (3 min)– Quedas UIAA: mínimo 5 (FQ 1) com 100 kg (daN)– Força de Choque: menor que 600 kgf (FQ = 0,3)

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EN 1891

• Cordas Tipo “B”:

– Resistência estática: 1800 kgf (18 kN)– Resistência estática c/ nó Oito: 12 kN (3 min)– Quedas UIAA: mínimo 5 (FQ 1) com 80 kg (daN)– Força de Choque: menor que 600 kgf (FQ = 0,3)

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EN 892

• Corda dinâmica:

– Simples (1): • Força de Choque menor que 12 kN• Quedas UIAA: maior ou igual a 5• Alongamento dinâmico: menor ou igual a 40%• Alongamento estático: menor ou igual a 10%

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EN 892

• Corda dinâmica:

– Dupla (1/2): • Força de Choque menor que 8 kN• Quedas UIAA: maior ou igual a 5• Alongamento dinâmico: menor ou igual a 40%• Alongamento estático: menor ou igual a 12%

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• Corda dinâmica:

– Gêmea (00): • Força de Choque menor que 12 kN• Quedas UIAA: maior ou igual a 12• Alongamento dinâmico: menor ou igual a 40%• Alongamento estático: menor ou igual a 10%

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LEGISLAÇÃO AMERICANA

• National Fire Protection Association

– NFPA 1983/2001 – revisada em 2006• Fator de Segurança = 15 para cargas humanas• Fator de Segurança = 5 para outras cargas• Uso pessoal (P): CR = 2000 kgf (15 x 136 kgf)• Uso geral (G): CR = 4000 kgf (15 x 136 x 2)

– PEERS: corda com alma de kevlar e capa de nomex– Lembrar do acidente fatal com dois bombeiros.

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MANUTENÇÃO

• Falcaçar as pontas;• Lavar com água corrente e sem produtos

químicos (exceto sabão de coco);• À máquina: acondicionar a corda num saco

próprio;• Secar à sombra;

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MANUTENÇÃO (continuação)

• Manter enrolamento frouxo (ar);• Guardar ao abrigo da luz e longe de produtos

químicos e objetos abrasivos ou cortantes;• Forrar local de uso com lona (quando

possível);• Desmanchar os nós após o uso.

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CUIDADOS

• Ler o manual do fabricante, instruir os usuários e guardar cópia para futuros fins;

• Numerar a corda e catalogá-la (ex.: EB);• Abrir uma ficha para controle de uso e

inspeções (ver ficha da PETZL);• Proteger a corda de superfícies abrasivas

(capixamas, protetores de corda, gandola etc);

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CUIDADOS (continuação)

• Evitar contato com terra, areia e similares;• Inspecionar antes e depois do uso;• Priorizar nós mais volumosos;• USAR A CORDA DE ACORDO COM SUA

CARACTERÍSTICA;• Acondicionar a corda em mochilas ou sacos de

corda específicos.

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ICOp 20 / 93

• Em 1993 foi editada pelo Comando do Corpo de Bombeiros (CCBM) da PMMG a Instrução de Conduta Operacional n. 20 (ICOp 20) a qual tratava da “Corda de Emprego Multioperacional de Bombeiro”.

• CR = 3350 kgf• Tração: Talha Tirfor de 750 kgf• Ancoragem: mínimo dois pontos.

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DÚVIDAS?

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CONTATOS

• William da Silva Rosa, Major BM – Chefe da

Divisão de Ensino/Subchefe do CEBOM

• Telefones: 3359 – 6310, 9806-9084

• E-mail: [email protected]

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GLOSSÁRIO

• PEERS: Personal Emergency Escape Rope System (Sistema Pessoal de Corda para Escape em Emergência). Kit composto de uma corda de 8 a 9 mm feita de kevlar e nomex (resistente a aproximadamente 400 graus Celsius por certo período de tempo), um DCD (pequeno freio em oito ou Grigri próprio), um mosquetão e um gancho (ou mosquetão grande) na extremidade da corda.

• DCD: Dispositivo de Controle de Descida.