Aula 13 Fisiologia Gastrintestinal Final Parte 1

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Fisiologia Gastrintestinal Prof (a): Dra. Cintia Tusset Faculdade da Serra Gaúcha

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Fisiologia Gastrintestinal

Prof (a): Dra. Cintia Tusset

Faculdade da Serra Gaúcha

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Anatomia do Sistema

Gastrintestinal

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Princípios Gerais da Função Gastrintestinal

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Tubo Digestivo

O tubo digestivo fornece ao organismo um suprimento

contínuo de água, eletrólitos e nutrientes. Isso exige:

a) movimento do alimento ao longo do tubo digestivo;

b) secreção de sucos digestivos e digestão do alimento;

c) absorção de produtos digestivos, água e eletrólitos;

d) circulação do sangue para transportar substâncias

absorvidas;

e) controle nervoso e hormonal de todas as funções

anteriormente citadas.

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Princípios Gerais da Motilidade Gastrintestinal

Características da parede

gastrintestinal

• As funções motoras do intestino são

executadas pelas diferentes camadas

de músculo liso;

• A parede intestinal é composta pelas

seguintes camadas: serosa, camada

muscular longitudinal, camada

muscular circular, camada submucosa e

mucosa;

• O músculo liso gastrintestinal funciona

como sincísio.

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Movimentos no Trato Gastrintestinal

Ocorrem dois tipos de movimentos no trato gastrinstetinal:

a) Movimentos propulsivos

b) Movimentos de mistura

• O peristaltismo é o movimento propulsivo básico do trato

gastrintestinal;

• O peristaltismo e as contrações constritivas locais produzem mistura

no tubo alimentar.

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Controle Neural da Função Gastrintestinal

O trato gastrinstetinal tem seu próprio sistema nervoso, denominado sistema

nervoso entérico;

O sistema entérico é composto por dois plexos:

a)Plexo mioentérico (relacionado ao controle dos movimentos gastrintestinais)

b)Plexo submucoso (relacionado ao controle da secreção gastrintestinal e do

fluxo sanguíneo)

Os nervos parassimpáticos aumentam a atividade do sistema nervoso entérico;

O sistema nervoso simpático geralmente inibe a atividade no trato gastrintestinal,

produzindo muitos efeitos opostos ao sistema nervoso parassimpático.

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Sistema Nervoso Entérico

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Hormônios Gastrintestinais

• Além do sistema nervoso, o trato gastrintestinal sofre a influência de

uma série de hormônios:

• Gastrina

• Colocistocinina

• Secretina

• Peptideo Inibitório Gástrico

• Esses hormônios afetam sobretudo o controle da secreção

gastrinstestinal, porém também afetam a motilidade de algumas

partes do sistema digestório.

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Fluxo Sanguíneo Gastrintestinal

• Os vasos sanguíneos do trato gastrinstetinal

fazem parte da circulação esplâncnica;

• O fluxo sanguíneo gastrintestinal é

habitualmente proporcional ao nível da

atividade local;

• A estimulação parassimpática aumenta o fluxo

sanguíneo;

• A estimulação simpática diminui o fluxo

sanguíneo;

• A vasoconstrição simpática é importante

quando outras partes do organismo

necessitam do fluxo sanguíneo adicional.

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Propulsão e Mistura do Alimento no Trato

Gastrintestinal

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Para que ocorra o processamento ótimo do

alimento no tubo digestivo, o tempo em que

deverá permanecer em cada segmento do

trato digestivo é de suma importância,

devendo ocorrer a mistura apropriada.

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Ingestão do alimento •A deglutição pode ser dividida em:

estágio voluntário, estágio faríngeo e

estágio esofágico;

•Quando o alimento está pronto para

ser deglutido, ele é “voluntariamente”

comprimido e empurrado para trás,

em direção à faringe, pela pressão da

língua;

•A fase faríngea da deglutição é

involuntária e consiste na passagem

do alimento da faringe até o esôfago;

•A fase esofágica da deglutição

também é involuntária, e tem a

função primária de conduzir

rapidamente o alimento da faringe

para o estômago..

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Funções Motoras do Estômago

Funções

a) Armazenamento do alimento, até

que possa ser processado no

duodeno;

b) Mistura do alimento com as

secreções gástricas, até formar uma

mistura semilíquida, denominada de

quimo;

c) Esvaziamento do alimento no

intestino delgado, com velocidade

adequada para a digestão e

absorção eficientes;

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Funções Motoras do Estômago

• O estômago relaxa quando o alimento chega a ele;

• A retropulsão constitui um importante mecanismo de mistura;

• O esfíncter pilórico é importante no controle do esvaziamento

gástrico;

• O esvaziamento gástrico é inibido por reflexos enterogástricos

provenientes do duodeno;

• Hormônios também podem afetar o esvaziamento gástrico.

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Movimentos do Intestino Delgado

• A distensão da parede intestinal dsencadeia contrações de mistura,

denominadas contrações de segmentação;

• O quimo é propelido, ao longo do intestino delgado, por ondas

peristálticas;

• O peristaltismo é controlado por sinais nervosos e hormonais;

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Movimentos do Intestino Delgado

• A válvula ileocecal impede

o fluxo retrógrado do

conteúdo fecal do cólon

para o intestino delgado;

• O esfíncter ileocecal e a

intensidade do

peristaltismo no íleo

terminal são controlados

por reflexos provenientes

do ceco.

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Movimentos do Cólon

Funções:

a) Absorção de água e

eletrólitos;

b) Armazenamento da

matéria fecal até que

possa ser expelida.

A contração dos

músculos circular e

longitudinal no intestino

grosso provoca o

desenvolvimento de

haustrações (mistura);

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Movimentos do Cólon

• Os movimentos de massa são

importantes para a propulsão do

conteúdo fecal ao longo do intestino

grosso;

• O aparecimento dos movimentos de

massa após refeições é facilitado

pelos reflexos gastrocólicos e

duodenocólicos;

• A defecação pode ser iniciada por

um reflexo intrínseco mediado pelo

sistema nervoso entérico local;

• O reflexo intrínseco da defecação

que funciona por si só é

relativamente fraco.

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Secreções do Trato Gastrintestinal

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Funções Secretoras do Trato Alimentar

As glândulas secretoras desempenham duas importantes

funções no trato gastrintestinal:

a) Secreção de enzimas digestivas

b) Produção de muco pelas glândulas mucosas, para a

lubrificação e a proteção de todas as partes do tubo digestivo.

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Secreção do Trato Alimentar – Princípios Básicos

• O contato do alimento com o epitélio estimula a secreção;

• Os tipos de estímulos envolvidos são: estimulação tátil, irritação química, e

distensão da parede intestinal;

• A estimulação parassimpática aumenta a secreção glandular;

• A estimulação simpática pode ter efeito duplo sobre a secreção

glandular:

• A estimulação simpática, isoladamente, provoca ligeiro aumento da secreção;

• Se a secreção já estiver aumentada, a estimulação simpática superposta

habitualmente reduz a secreção, visto que ela diminui o fluxo sanguíneo para a

glândula.

• Além disso, no estômago e intestino, vários hormônios gastrintestinais regulam

o volume e as características químicas das secreções.

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Secreção da Saliva

• A saliva contém secreção serosa

(contém ptialina – digestão de

amidos) e secreção mucosa (contém

mucina – lubrificação e proteção das

superfícies);

• A saliva também apresenta uma

importante função na higiene oral,

protegendo nossa boca das bactérias;

• A salivação é controlada,

principalmente, por sinais nervosos

parassimpáticos.

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Secreção Gástrica

• A mucosa gástrica tem dois tipos

importantes de glândulas tubulares:

a) Glândulas oxínticas (formadoras de

ácido), sendo composta de três tipos de

células: mucosas do colo (secretam

muco), pépticas (secretam

pepsinogênio), parietais (secretam ácido

clorídrico e fator intrínseco);

b) Glândulas pilóricas: secretam muco, bem

como pepsinogênio, e principalmente o

hormônio gastrina;

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Secreção Gástrica

• O ácido gástrico é secretado pelas células parietais;

• O ácido clorídrico é tão necessário quanto a pepsina para a digestão

das proteínas no estômago;

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Secreção Gástrica

• A secreção de ácido é controlada por sinais nervosos e hormonais;

• Quando carne e outros alimento atingem o estômago, algumas

proteínas desses alimentos estimulam a secreção de gastrina;

• A gastrina , por sua vez, atua sobre as células enterocromafins do

estômago causando a liberação de histamina que age nas células

oxínticas estimulando a secreção de ácido clorídrico;

• A secreção de pepsinogênio é estimulada pela acetilcolina liberada pelo

plexo mioentérico e pela estimulação da secreção das células pépticas

pelo ácido gástrico;

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Fases da Secreção Gástrica

Existem três fases de

secreção gástrica:

a) Fase cefálica (20%)

b) Fase gástrica (70%)

c) Fase intestinal (10%)

• O quimo no intestino delgado

inibe a secreção durante a

fase gástrica (reflexo

enterogástrico e hormônios –

secretina, peptídeo inibidor

gástrico, entre outros).

Retardar a passagem do quimo do estômago quando o intestino delgado

já estiver cheio ou hiperativo

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Secreção Pancreática

• As enzimas digestivas são secretadas pelos ácinos

pancreáticos;

• As enzimas mais importantes para a digestão de proteínas

são: tripsina, quimiotripsina e carboxipolipeptidase;

• A enzima digestiva pancreática para digestão de

carboidratos é a amilase pancreática;

• As principais enzimas pancreáticas para a digestão de

gorduras são: lipase pancreática, colesterol-esterase e

fosfolipase.

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Secreção Pancreática

• Os íons bicarbonato e a água são secretados pelas células

epitelais dos dúctulos e ductos;

• A secreção pancreática é estimulada pela acetilcolina

(parassimpático), pela colecistocinina e pela secretina;

• A secretina estimula a

secreção de bicarbonato que

neutraliza o quimo ácido;

• A colecistocinina estimula a

secreção enzimática pelo

pâncreas.

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Secreção Pancreática

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Secreção de Bile pelo Fígado

• A bile é importante para a digestão e a absorção de gorduras,

bem como para a remoção de produtos de degradação do

sangue;

• A bile é secretada pelo fígado em duas etapas:

a) A parte inicial, secretada pelos hepatócitos, contém grandes

quantidades de ácidos biliares, colesterol e outros constituintes

orgânicos;

b) Solução aquosa de íons sódio e bicarbonato é adicionada à bile

durante seu fluxo pelos ductos biliares. Essa segunda secreção é

estimulada pela secretina, resultando em quantidades aumentadas

de íons bicarbonato.

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Secreção de Bile

• A bile é secretada

continuamente pelas

células hepáticas, mas a

maior parte é

armazenada na vesícula

biliar até ser secretada

para o duodeno;

• A bile é concentrada na

vesícula biliar;

• A colecistocinina

estimula a contração da

vesícula biliar.

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Secreções do Intestino Delgado

• As glândulas de Brunner secretam muco alcalino no intestino

delgado;

• Essa secreção é estimulada por:

a) Estímulos táteis ou irritantes da mucosa sobrejacente;

b) Estimulação vagal, que ocasiona secreção concomitante, com aumento da

secreção gástrica;

c) Hormônios gasntrintestinais, sobretudo a secretina;

• O muco protege a parede duodenal a digestão pelo suco gástrico;

• Os sucos digestivos intestinais são secretados pelas criptas de

Lieberkuhn;

• Os mais importantes processos de regulação da secreção do intestino

delgado são reflexos nervosos entéricos locais.

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Secreções do Intestino Grosso

• A maior parte da secreção do intestino grosso consiste em

muco;

• O muco do intestino grosso

a) protege a parede contra escoriações;

b) proporciona o meio aderente para a substância fecal;

c) protege a parede intestinal contra a atividade bacteriana;

d) forma uma barreira para impedir o ataque da parede

intestinal pelos ácidos formados nas fezes.

• A taxa de secreção de muco é regulada principalmente pela

estimulação tátil e por reflexos nervosos locais.

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Referências Bibliográficas

Guyton & Hall. Fundamentos de Guyton. Tratado de Fisiologia Médica.

10º ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

Guyton & Hall. Tratado de Fisiologia Médica. 11º ed. Rio de Janeiro:

Elsevier, 2006.

Guyton & Hall. Tratado de Fisiologia Médica. 9º ed. Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan, 1997.

Imagens: google imagens: sistema gastrintestinal