Aula 2 - Modalidades de Financiamento do Setor Público e ... · rombo e chegar a um superávit de...

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Modalidades de Financiamento do Setor Público e Políticas Públicas Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/

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ModalidadesdeFinanciamentodoSetorPúblicoePolíticasPúblicas

Fernando Nogueira da Costa

Professor do IE-UNICAMPhttp://fernandonogueiracosta.wordpress.com/

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Estruturadaapresentação

Alavancagem financeira pelo crédito público

Arrecadação fiscal:carga tributária e déficits primário e nominal

Endividamento público:dívida interna mobiliária e dívida externa

Emissão monetária:relacionamento do Tesouro Nacional

com o Banco Central do Brasil

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Arrecadaçãofiscal:cargatributáriaedéficits

primárioenominal

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Estabilidade 2012-2014Depressão 2015-2017

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Atuação anticíclica: desoneração fiscal

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Política keynesiana?

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Correlação é causalidade?

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Obs.: no primeiro gráfico à direita, publicado no Valor (03/09/15), as legendas estão trocadas: a curva azul (tendência crescente) é a da variação do CDI.

”Nova Matriz Macroeconômica”

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SETOR PÚBLICO CONSOLIDADO - RESULTADO PRIMÁRIO E NOMINAL(% do PIB)

Fonte: BCB

-7,2

-5,9

-6,1 -7,9

-5,8

-3,6 -3,5-4,6 -5,1

-2,7-3,3 -3,6

-2,8-2,0

-3,3-2,5 -2,6 -2,5 -3,0

-6,0

-10,8

-8,9

0,4

-0,1-1,0

0,0

3,3 3,6 3,8 3,94,3 4,6 4,8

3,2 3,3 3,4

2,02,8 3,1

2,41,7

-0,6-2,0 -2,5

7,6

5,85,1

7,99,1

7,2 7,38,5

9,4

7,38,1

6,86,1

5,4 5,3 5,3 5,74,9 4,7

5,4

8,8

6,5

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Déficit Nominal Primário Juros Nominais

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processodeajustedascontaspúblicas• Noprocessodeajustedascontaspúblicas, aequipeeconômica

enfrentaumdesafio quasetrêsvezesmaiorqueoencontradonomomentodaviradafiscaldofimdosanos1990,queseprolonga(eseaprofundaoajustefiscal)nogovernodoLula.

• Descontandoeventosnãorecorrentesouextraordinários,osetorpúblicoconsolidadopartiudeumdéficitprimárioequivalentea1,3%doPIBem1997 econseguiureverteresseromboechegaraumsuperávitde3,6%doPIBem2008.

• Apartirdessemomento,comaexplosãodacrisemundialeoesvaziamento dabolhadecommodities,osetorpúblicopassouporumprocessodedeterioraçãofiscalechegouaumdéficitprimário equivalentea3,4%doPIB em2016,novopontodepartidaparaoajuste. 13

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Carga Tributária em termos do PIB

Base de Incidência da Arrecadação Tributária Total

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No atual cenário temeroso, o ajuste virá pelo corte das despesas, e não pela elevação de tributos, argumentando-se que já é elevada a carga tributária brasileira, considerando impostos indiretos regressivos. Tem a menor carga tributária sobre Lucro, Renda e Ganho de Capital e isenta dividendos recebidos por Pessoa Física!

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ResoluçãodosProblemasTributários• Odiagnósticoéfácil:enquantoaOCDEtemamédiade33,5%da

cargatributáriatotalnabasedeincidênciasobrerendaelucros,oBrasiltempoucomaisdametade:17,8%;emtributaçãoregressiva,temametade(49,7%)emtributaçãosobrebenseserviços,quandooidealseriater1/3comoaOCDE(32,9%).

• Porém,aterapiaédifícil: estareformatributáriaencontradificuldadesjuntoàsbancadasestaduaisnoCongressoNacionalporcausadaparticipaçãodosentesfederativosnaarrecadação.

• Cadadeputadoousenadorsópensaemseusinteressesparoquiaisepessoais,istoé,osdesuacasta,dinastiaouclã.

• Apesardeserumtemadifícil– aredistribuiçãodacargatributáriademaneiraatorná-laprogressiva –énecessárioàNaçãooenfrentar.

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21Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional

DESPESAS COM PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS(% do PIB)

5,4

4,8

4,2

4,54,4

4,5

4,8 4,8

4,5

4,3 4,34,4

4,3 4,3

4,6

4,3

4,1

3,93,8 3,8

4,04,1

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

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115,7126,1 130,1 132,9 133,2

142,3 148,4 152,7 148,7162,6

177,9196,4

214,3233,9

248,2

274,8

299,2318,2

333,3 333,3 332,7

116,6126,9

139,5153,1 158,7

167,9178,6

189,0 197,2218,0

263,4282,9 286,0

306,9

330,8342,7

365,6

387,7 387,7 398,7

20,2 25,5 25,6 30,2 36,348,5 55,4 61,6 67,0 68,6

52,1 58,7 56,043,5 47,4 54,5 54,5 58,1

239,5

0,9 0,89,1

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Arrecadação Líquida Beneficios Previdencários Necessidade de Financiamento

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PREVIDÊNCIA - EVOLUÇÃO DA ARRECADAÇÃO LÍQUIDA E DA DESPESA COM BENEFÍCIOS (Em R$ bilhões de dezembro de 2014 - INPC)

Fonte: Informes da Previdência Social, volume 27 número 1 de 2015 e 28 número 12 de 2015

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JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA COMO PROPORÇÃO DAS DESPESAS PRIMÁRIAS DA UNIÃO

(em preços constantes de Jan/2016)

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JEAD (Juros, encargos, amortizações das dívidas e despesas )

Fonte: Artigo de Nelson Cardoso Amaral - PEC 241: a “morte” do PNE (2014-2024) e o poder de diminuição dos recursos educacionais

AnoDespesas Primárias Pagamento de

JEAD

R$ Milhões

1998 774.863.625.469 172.390.147.149

1999 734.608.434.402 215.945.099.043

2000 647.134.145.773 230.096.828.368

2001 807.286.553.822 190.708.743.714

2002 755.782.206.949 298.165.080.030

2003 728.364.827.087 303.932.964.717

2004 780.800.584.048 286.532.126.426

2005 859.286.299.137 255.468.547.005

2006 926.877.372.275 479.665.353.640

2007 1.022.475.240.234 403.828.449.682

2008 1.106.972.278.053 452.946.221.855

2009 1.166.289.594.623 578.328.136.037

2010 1.245.554.359.798 384.274.725.306

2011 1.302.288.538.828 313.871.029.145

2012 1.381.685.371.030 593.486.307.952

2013 1.445.392.821.426 317.491.182.117

2014 1.484.466.578.754 416.990.759.502

2015 1.405.076.619.461 412.056.336.159

MEMO:

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Volta da Velha Matriz

Neoliberal

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CARGA TRIBUTÁRIA LÍQUIDA(% do PIB)

CTB = Carga Tributária Bruta*TPASS = (-) Transferências p/ Previdência e Assistência Social e Subsídios (TAPS) *DJ = Despesas com juros**CTL = Carga Tributária Líquida*

Fonte: * Dados da SPE/MF publicados no Informativo Econômico de 30.09.2016** BCB

MEMO:

Notas:

Carga Tributária Líquida 1 = Carga Tributária Bruta - Transferências p/ Previdência e Assistência Social e Subsídios (TAPS)

Carga Tributária Líquida 2 = Carga Tributária Líquida 1 - Despesas com Juros

% do PIB

CTB TPASS DJ CTL-1 CTL-2

2002 32,1 14,0 7,7 18,1 10,5

2003 31,4 14,3 8,5 17,1 8,6

2004 32,4 14,0 6,6 18,3 11,8

2005 33,6 14,3 7,2 19,3 12,0

2006 33,3 14,6 6,7 18,7 12,0

2007 33,7 14,5 6,0 19,2 13,2

2008 33,5 14,0 5,3 19,5 14,2

2009 32,3 14,8 5,1 17,5 12,4

2010 32,4 14,3 5,0 18,2 13,1

2011 33,4 14,5 5,4 18,9 13,5

2012 32,7 14,5 4,4 18,2 13,8

2013 32,7 14,7 4,7 18,0 13,3

2014 32,4 15,6 5,4 16,8 11,4

2015 32,7 16,6 8,4 16,0 7,7

18,11%

17,09%

18,34%

19,26% 19,17% 19,53%

18,16%18,89%

18,21% 17,96%

16,81%16,03%

8,64%

13,29%

11,42%

17,50%

18,71%

10,45%

11,79%12,02%

11,99%

13,19%

14,21%

12,37%

13,13%

13,48%

13,77%

7,67%

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Carga Tributária Líquida - 1 Carga Tributária Líquida - 2

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reduçãodogastocomjuro

• AreduçãodogastocomjuronãosetraduziráemdiminuiçãodaDívidaLíquidadoSetorPúblico(DLSP),poisomenorgastocomojuroéconsumidopeloaumentodadívidabruta,jáqueogovernonãoestimaentregarumsuperávitprimárioaté2020.

• Assim,odéficitprimário continuarámaiordoqueoganhogeradopelaquedadojuro.

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dinâmicadaDívidaLíquidadoSetorPúblico(DLSP)/PIB

• AdinâmicadaDLSPmedidaemporcentagemdoPIBdependedequatrovariáveisbásicas:

1. dataxa“real” decrescimentodoPIB;

2. dataxadejuros(líquida)“real” incidentesobreaDLSP;

3. dovalordosuperávitprimáriocomoporcentagemdoPIB;

4. dovalordos“ajustespatrimoniais” incidentessobreaDLSPmedidoemporcentagemdoPIB:1. ajustescambiais;2. ajustesporcontadereconhecimentosdedívidas;3. privatizações. 30

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NecessidadedeSuperávitPrimário

• Mesmogastandomenoscomjuro,comonãohásuperávitprimário,adívidacresce,pois,alémdepagarojurosobreoestoquedoendividamento,ogovernotemdeiraomercadotomarmaisdinheiroemprestadoparacobrirassuasdespesasfiscais— enãosófinanceiras.

• Para2017,odéficitprimárioprevisto édeR$143,1bilhões,e,para2018,deR$130bilhões,acimade2%doPIB:ascifrasultrapassamaeconomiaestimadacompagamentodejuros.

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Necessidadedaretomadadocrescimentoeconômico

• Adívidalíquida saiudeR$1,6trilhãoem2013,últimoanocomsuperávit primário,paramaisdeR$3trilhõesemmarçode2017.

• EmproporçãodoPIB,adívidaerade30,5%em2013eagoraestáem47,8%;fecha2017em52,4%doPIB.

• Comumamelhoradoritmodecrescimento,ouseja,dodenominadorPIBsobotraçodafração,arelaçãodívida/PIBpoderiaseestabilizareatémesmoapontarumabreveredução.

• Mas,semsuperávitprimário,adívidamantémtrajetóriadealtanominal. 32

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Endividamentopúblico:dívidainternamobiliáriae

dívidaexterna

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No cálculo da dívida bruta, não se deduz as reservas internacionais do cálculo. Rondava os 57% do PIB entre 2003-2013; em 2017, está acima dos 70%,

e deverá subir a 76% no fim de 2017 e 78,5% em 2018.35

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PRINCIPAIS DETENTORES DOS TÍTULOS PÚBLICOS FEDERAIS – DPMFi(%)

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Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional

37,8%39,6%

37,7%

30,8% 31,5%30,1% 30,2% 29,8%

25,0%

23,1%

29,7%26,9%

28,7%

25,7% 25,3% 24,7%

21,7%20,3%

19,6% 22,1%17,7% 17,1%15,8%

14,2%15,4% 16,0% 17,1%

17,1%

21,4%

25,1%

5,1%7,2%

8,8%11,4% 11,3%

13,7%16,1%

18,6%

18,8%

14,3%

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Instituições Financeiras Fundos de Investimentos Previdência Não-residentes

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Mais do que o patamar, a trajetória do endividamento é um dos vetores acompanhados pelas agências de classificação de risco para determinar

a nota do país. Quando o Brasil ganhou o selo de “bom pagador” em 2008, a dívida líquida tinha trajetória declinante e equivalia a 43% do PIB.

A trajetória de alta da dívida bruta dificulta a recuperação do grau de investimento?

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PréEfeito Temer

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taxaimplícitadaDLSP• OutropontorelevantedareduçãodainflaçãoedaSelicseobservanocustodecarregamentodadívida.

• AtaxaimplícitadaDLSP passoude40% nocomeçodoanode2016eem2017estáoscilandoemtornode17%,nasmediçõesem12meses:mesmodevendomais,estámenoscustosocarregaresseendividamento.

• Essataxaimplícita captaumamédiadastaxasdejurosincidentessobreosativoseospassivosdaDLSP.

• Adívidamobiliária,p.ex.,temtítulosdedívidapúblicacomdiferentesindexadores,comoataxaSelic(LFT),odeságionosprefixados(LTN)eosíndicesdepreços(NTNs).

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custo“efetivo”dadívida• Ataxadejurosimplícitanadívidalíquida dependede

reduçãode subsídios paraterquedasmaisexpressivas.• Recentemente,atrajetóriadataxaimplícitanadívidalíquidae

ocustodadívidamobiliáriafederalseaproximou:adiferença,quechegoua15,5pontosemjan.2016,caiupara4,5pontosemfev.2017,considerandoastaxasacumuladasem12meses.

• Ataxadejurosimplícitanadívidapública émaiordoqueocustomédiomensaldadívidamobiliária porqueogovernotemdébitos (odinheirocaptadonomercado)remuneradospelaSelic eativos (comoempréstimosaosbancospúblicos)portaxasmaisbaixas,comoaTJLP.

• Assim,o custo“efetivo”dadívidaacabaficandomaiordoqueataxacomqueogovernoconseguesefinanciarnomercado.41

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Por meio dos contratos de “swap cambial”, o BC realiza uma operação que equivale à uma venda de moeda no mercado futuro (derivativos), o que reduz a pressão sobre a alta da moeda.

Os swaps são contratos para troca de riscos: o BC oferece um contrato de venda de dólares, com data de encerramento definida, mas não entrega a moeda norte-americana. No vencimento desses contratos, o investidor se compromete a pagar uma taxa de juros sobre o valor deles e recebe do BC a variação do dólar no mesmo período.

Esses contratos servem também para dar “proteção” aos agentes que têm dívida em moeda estrangeira –neste caso, quando o dólar sobe, eles recebem sua variação do BC.

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operaçõesdeswap

• Nosúltimosdoisanos,asoperaçõesdeswap,queoBCfazparadarliquidezeconteravolatilidadecambial,foram determinantesnocomportamentodasvariáveisfiscais,chegandoaterimpactopróximoa2pontospercentuaisdoPIB.

• Ganhoseperdascomswap bateramnacontadejuros,quealcançou8,5%doPIBnofinaldoanode2015,comreflexosobreoresultadonominal,quefoirecordedeficitário,atingindo10,7%doPIB.

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Emissãomonetária:relacionamentodoTesouroNacional

comoBancoCentraldoBrasil

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2 X 2º colocado!

• JurosnoBrasiléavariáveldeterminante devariáveis-chave,masdeterminada demaneiraarbitráriaedisparatadaemrelaçãoaorestodomundo.

Dez 2016

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Reflexo da queda do PIB em 7,2% no biênio e aumento do desemprego

8,93

6,462,47

Dez

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Juros: 82% em 2015 e 72% em 2016 do Déficit Nominal.

Trocar Operações Compromissadas por Depósitos Remunerados no Banco Central: equivalente a 18% do PIB

com médias diárias de R$ 1,1 trilhão em janeiro de 2017

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** Não considera o volume de Operações Compromissadas. O total de Títulos Públicos Federais, somadas as Operações Compromissadas com lastro nesses títulos nas carteiras dos fundos, equivale a 82% do estoque de Títulos Público Federais em mercado. As Operações de Mercado Aberto somavam R$ 1.158.639 milhões ou R$ 1,158 trilhões. 49

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Bolha de Commodites e Esterilização do ImpactoMonetário do Balanço de

Pagamentos

Troca de Pós-fixadospor Prefixados

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As reservas internacionais do Brasil estão acima do nível recomendado puramente por precaução, qualquer que seja a métrica que possa ser utilizada: há um excesso que pode ser vendido.Venda das reservas precisa ser feita de forma gradual, pois a medida poderá afetar o mercado de câmbio, provocando uma valorização adicional do real, com repercussões negativas para as exportações do país.Os recursos obtidos com a venda das reservas devem ser usados apenas para reduzir o endividamento público e não para fazer investimentos ou gastos correntes, pois senão haveria impacto negativo sobre o resultado primário das contas públicas e piora da dívida líquida = f(aumento da dívida - diminuição das reservas)

Se fossem vendidos US$ 60 bilhões, haveria uma redução do custo de carregamento das reservasequivalente 0,23% do PIB, algo em torno de R$ 15 bi.

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Alavancagemfinanceirapelocréditopúblico

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formasdefinanciamentodogastopúbliconaóticaortodoxa

ΔG

Δ PF

Δ TDP

Fundos Sociais Δ E

Colocação no mercado financeiro

DDA=OFA

Crédito > Poupança DDA>OFA

(G – T) > 0 Δ MΔ TSexpansão

monetária

ação defomento

açãocomercial

desequilíbriomonetário

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graudeeficiênciaXgraudealavancagem• Economistasortodoxosafirmamque“osbancospúblicossãomenoseficientesqueosbancosprivados”.

• Apartirdecomparaçõesdedadosagregadosinferemque“aprivatizaçãotrariabenefícios”.

• Comparaçõesdeeficiência- (DP+ODA)/(RBIF+RPS)-nãosótendemacometerafaláciadeagregação,comotambémocultamdiferençamuitoimportanteparaagestãopública:IFPFservemdegrandesalavancasparagovernar:([LL’ comDF]/PT)- (LL/PL)>0onde:PT=PL+P3º 54

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• Seobteressamesmavalorizaçãodoativocomatomadadeumempréstimodecapitaldeterceiros,dandomuitomaiorescala nacompradesseativo,pode-senoexemploatédobrarocapitalpróprio,ouseja,obterumarentabilidadede100%sobreoprópriocapitalemcasodejurozero.Olimitedojuroaserpagotemdeserinferioràrentabilidadepatrimonialinicial(10%)paravalerapena.

• Osconcessionáriosdeserviçosdeutilidadepúblicaobtémdinheiromaisbaratodoqueovigentenomercado:osempréstimospúblicostêmjurossubsidiados,comlongosprazosdecarênciaepagamento.Ocustododinheiromenor“alavanca”oretornodoinvestimento,achamadataxaderetornoalavancada.55

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IFPF:alavancagemfinanceira• Emtermosdecustofiscaleorçamentosgovernamentais,IFPFpodem“fazermaispormenos”.

• São9vezesmais,secompararovaloremdinheironecessárioparaexecutardiretamentepolíticaspúblicascomamesmaquantidadederecursoscapitalizadosnasIFPFparafazerempréstimos(etomardepósitos).

• Essasinstituiçõespodemgerarpolíticaspúblicascujogastoefetivosaiporcercade10%docustofiscalpotencial.

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IFPF:alavancasparagestorespúblicos• AsalocaçõesorçamentáriasparacapitalizarasIFPFsetransformamemreservasdeempréstimos.

• Estesempréstimosmultiplicamaquantidadededinheironaeconomia, exacerbandociclosdeexpansãoouatuandocontra-ciclodequedadarenda.

• Semsupervisãoadequada,o“créditoamigo”eamáalocaçãoderecursospodemocorrer,sejaobancoprivado,nacional,estrangeiro,governamentaloucooperativo.

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[email protected]://fernandonogueiracosta.wordpress.com/