Aula 4, 5 e 6

40
Arquitectura Paisagista I Aulas 4, 5 e 6 Aulas 4, 5 e 6 [email protected]

Transcript of Aula 4, 5 e 6

Page 1: Aula 4, 5 e 6

Arquitectura Paisagista I

Aulas 4, 5 e 6Aulas 4, 5 e 6

[email protected]

Page 2: Aula 4, 5 e 6

Arquitectura Paisagista

«A Arquitectura Paisagista visa Ordenar o Espaço Exterior em Relação ao Homem».Espaço Exterior em Relação ao Homem».

Qual é o objecto da ARQUITECTURA PAISAGISTA?

[email protected]

Page 3: Aula 4, 5 e 6

Arquitectura Paisagista

Objecto de intervenção é a PAISAGEM,entendida como uma realidade ecológica,corporizada fisicamente num espaço que secorporizada fisicamente num espaço que sepoderia chamar natural, a PAISAGEM NATURAL,e no qual se introduziram elementosconstruídos, a PAISAGEM CULTURAL.

Existe ainda PAISAGEM NATURAL?

[email protected]

Page 4: Aula 4, 5 e 6

Arquitectura Paisagista

PAISAGEM

Formação ecológica• percepção sensorial do ecossistema subjacente

Formação estética• porção de espaço que se abrange com um lance de vista

Formação em arquitectura• referencia ao espaço não edificado em contraposição ao

edificado

[email protected]

Page 5: Aula 4, 5 e 6

Arquitectura Paisagista

A paisagem deve ser entendida como um fenómenoarquitectónico, no qual o homem intervêm, numsubstrato físico, a par com os outros seres vivos.

«Paisagem é a figuração da biosfera eresulta da acção completa do homem, e detodos os seres veres, em equilíbrio com osfactores físicos do ambiente»

Francisco Caldeira Cabral

[email protected]

Page 6: Aula 4, 5 e 6

Arquitectura Paisagista

Definição de paisagem (jurídica):

Unidade geográfica, ecológica e estéticaUnidade geográfica, ecológica e estéticaresultante da acção do homem e da reacção danatureza, sendo primitiva quando a acçãodaquele é mínima e cultural quando a acção dohomem é determinante, sem deixar de severificar o equilíbrio biológico, e a estabilidadefísica e a dinâmica ecológica.

Decreto-Lei nº 11/87 de 7 de Abril, art 5º, alínea c)

[email protected]

Page 7: Aula 4, 5 e 6

Arquitectura Paisagista

Campo de intervenção do ArquitectoPaisagista – todo o espaço exterior construído:

• Morfologia da cidade, e distribuição de espaços verdes.• Morfologia da cidade, e distribuição de espaços verdes.

• Jardins, Praças, Parques, Corredores.

• Ordenamento do Território: actividades rurais eurbanas.

• Integração paisagística de espaços canal e de áreasdegradadas.

• Etc. etc. etc.

[email protected]

Page 8: Aula 4, 5 e 6
Page 9: Aula 4, 5 e 6

Arquitectura Paisagista

ESCALAS DE INTERVENÇÃO

Desde o pequeno espaço à grande paisagem.

SITIO 1/10 ; 1/20SITIO

LUGAR

CONCELHO ou MUNICÍPIO

REGIÃO ou PROVÍNCIA

PAÍS

1/10 ; 1/20

1/200 à 1/2000

1/2000 à 1/25000

1/50000 à 1/100000

1/4000000

Page 10: Aula 4, 5 e 6

Arquitectura Paisagista

ESCALAS DE INTERVENÇÃO

Desde o pequeno espaço à grande paisagem.

• A dimensão física da área de intervenção • A dimensão física da área de intervenção determina a diversidade e a complexidade dos inputs e das interrelacções existentes entre eles.

• A incapacidade de visualização global impossibilita a percepção directa e indutiva do objecto

Page 11: Aula 4, 5 e 6

Arquitectura Paisagista

CONTEXTO HISTÓRICO

O estudo da evolução dos processos quederam origem a construção da paisagem, éderam origem a construção da paisagem, éuma lição incontornável para quem nelaintervêm: arquitectos e arquitectospaisagistas.

Page 12: Aula 4, 5 e 6

Arquitectura Paisagista

CONTEXTO HISTÓRICO

A RI retirou o emprego do âmbito domestico (artesanato industrial), concentrando-o em novas cidades ou na periferia das existentes. novas cidades ou na periferia das existentes.

O crescimento urbano deu-se de forma acelerada e anárquica, ao sabor do laissez fairedefendido pelo liberalismo económico de Adam Smith e originando condições de salubridade deploráveis, sobretudo nos bairros operários.. .

Page 13: Aula 4, 5 e 6

Arquitectura Paisagista

CONTEXTO HISTÓRICO

século XVIII

A consciência dos problemas sociais decorrentes da RI tinha iniciado com os utopistas do séc XVIII utopistas do séc XVIII

Meslier (Mon Testament) – sintetiza as ideias do iluminismo em 1733.

Babeuf propões a reforma do direito de propriedade em 1754.

Malthus, em 1798, o progresso encerra possiblidades limitadas: “A população cresce em progressão geométrica, enquanto que a produção de alimentos cresce em progressão aritmética”

Page 14: Aula 4, 5 e 6

Arquitectura Paisagista

CONTEXTO HISTÓRICO

século XVIII

Os modelos urbanos propostos pelo socialismo utópico continham uma forte sensibilidade higienista, nascida do recente desenvolvimento da forte sensibilidade higienista, nascida do recente desenvolvimento da investigação no âmbito físico e geológico:1. Invenção do microscópico2. Descoberta da célula e implantação da taxonomia (Lineu)3. Teoria da Terra (James Hutton 1785) 4. Fotossíntese (Pristley 1774) – atmosfera urbana

EXPECTATIVA VERDE

Page 15: Aula 4, 5 e 6

Arquitectura Paisagista

CONTEXTO HISTÓRICO

século XIX

Todos os modelos posteriores introduzem a vegetação na cidade

PULMÕES VERDES

Page 16: Aula 4, 5 e 6

Arquitectura Paisagista

CONTEXTO HISTÓRICO

século XIX

Todos os modelos posteriores introduzem a vegetação na cidade

PULMÕES VERDES

Page 17: Aula 4, 5 e 6

Arquitectura Paisagista

CONTEXTO HISTÓRICO

século XIX

Todos os modelos posteriores introduzem a vegetação na cidade

CIDADE JARDIM

Page 18: Aula 4, 5 e 6

Todos os modelos posteriores introduzem a vegetação na cidade

Arquitectura Paisagista

CONTEXTO HISTÓRICO

século XX

CIDADE LINEAR

Page 19: Aula 4, 5 e 6

CONTEXTO HISTÓRICO

século XIX

• DARWIN

Arquitectura Paisagista

• DARWIN

• HUMBOLDT

• PASTEUR

• KOCK

• LISTER

Page 20: Aula 4, 5 e 6

CONTEXTO HISTÓRICO

século XX

A vegetação, o sol e o espaço que permite a entrada do sol são

Arquitectura Paisagista

A vegetação, o sol e o espaço que permite a entrada do sol sãoconsiderados na CARTA DE ATENAS como os materiais primordiaisdo urbanismo.

Solo deixa de ser considerado um inerte e passa a ser reconhecidocomo uma entidade viva, produtora de biomassa, dinâmica,indispensável a produção de alimentos.

PLANEAMENTO TEVE DE INCORPORAR ESTE NOVO CONHECIMENTO

Page 21: Aula 4, 5 e 6

CONTEXTO HISTÓRICO

século XX

Arquitectura Paisagista

Page 22: Aula 4, 5 e 6

CONTEXTO HISTÓRICO

século XX

Antecedentes do modernismo.

Tony Garnier projecta a cidade industrial destinada

Arquitectura Paisagista

Tony Garnier projecta a cidade industrial destinada exclusivamente a uma comunidade ligada a industria.

FUNÇÃO como única componente na concepção do espaço – incompatibilidade e carências sociais.

Page 23: Aula 4, 5 e 6

CONTEXTO HISTÓRICO

século XX

Antecedentes do modernismo.

É NESTE CONTEXTO QUE SURGE A NECESSIDADE DE

Arquitectura Paisagista

É NESTE CONTEXTO QUE SURGE A NECESSIDADE DE GRANDES INTERVENÇÕES PLANEADAS NA PAISAGEM.

A URBANIZAÇÃO PÚBLICA PASSA A SER UM PROCESSO SUSCEPTIVEL DE COMPATIBILIZAR INTERESSSES

INDIVIDUAIS E COLECTIVOS.

Page 24: Aula 4, 5 e 6

CONTEXTO HISTÓRICOséculo XX

Antecedentes do modernismo.

Arquitectura Paisagista

Page 25: Aula 4, 5 e 6

CONTEXTO HISTÓRICO

MODERNISMO

Arquitectura Paisagista

Page 26: Aula 4, 5 e 6

CONTEXTO HISTÓRICO

MODERNISMO – a função sobre a forma

Avant-garde – significado social aos artistas

Arquitectura Paisagista

Avant-garde – significado social aos artistas

SUPERIOR MISSÃO DE TRANSFORMAR A SOCIEDADE

Page 27: Aula 4, 5 e 6

CONTEXTO HISTÓRICO

MODERNISMO – a função sobre a forma

Arquitectura Paisagista

ARQUITECTURA COMO ACTIVIDADE QUE RESOLVE PROBLEMAS

Page 28: Aula 4, 5 e 6

PR

OG

RES

SIV

A A

LTE

RA

ÇÃ

O D

AS

FUN

ÇÕ

ES D

O C

AM

PO

Arquitectura Paisagista CONTEXTO HISTÓRICO

MODERNISMO e AP

PR

OB

LEM

AS:

1)

CR

ESC

IME

NTO

DA

S C

IDA

DES

2)

PR

OG

RES

SIV

A A

LTE

RA

ÇÃ

O D

AS

FUN

ÇÕ

ES D

O C

AM

PO

Page 29: Aula 4, 5 e 6

PR

OG

RES

SIV

A A

LTE

RA

ÇÃ

O D

AS

FUN

ÇÕ

ES D

O C

AM

PO

Arquitectura Paisagista CONTEXTO HISTÓRICO

MODERNISMO e AP

Paisagem rural deixou de ser

PR

OB

LEM

AS:

1)

CR

ESC

IME

NTO

DA

S C

IDA

DES

2)

PR

OG

RES

SIV

A A

LTE

RA

ÇÃ

O D

AS

FUN

ÇÕ

ES D

O C

AM

PO

Paisagem rural deixou de ser entendida como local primordial de trabalho e uma referência cultural, passando a ser vista como local de evasão dos rigores da vida urbana.

Page 30: Aula 4, 5 e 6

Arquitectura Paisagista CONTEXTO HISTÓRICO

MODERNISMO e AP

A preocupação da objectividade e da justificação cientifica dasintervenções, com raízes positivistas, conduziu a um frenesimintervenções, com raízes positivistas, conduziu a um frenesimda quantificação e à redução dos valores simbólicos eartísticos, por natureza inquantificáveis, que tinham regido apercepção da paisagem no século XIX.

Francisco Caldeira Cabral

Page 31: Aula 4, 5 e 6

Arquitectura Paisagista CONTEXTO HISTÓRICO

MODERNISMO e AP

HOMEOSTASIS (Walter Cannos, 1929)

-Consistência cientifica ao modelo de Estrutura Verde Urbana incitado porOlmsted;

-Origina o conceito de Contínuo Natural, que passa a marcar todo oplaneamento de base ecológica do séc. XX.

Page 32: Aula 4, 5 e 6

Arquitectura Paisagista CONTEXTO HISTÓRICO

HOMEOSTASIS

Page 33: Aula 4, 5 e 6

Arquitectura Paisagista CONTEXTO HISTÓRICO

MODERNISMO e AP

HOMEOSTASISHOMEOSTASIS

•Que haja livre variação e troca, originados na polaridade dos factores.

•Que a variação se verifique entre limites relativamente, definidos para o que é essencial a Variedade

Page 34: Aula 4, 5 e 6

Arquitectura Paisagista CONTEXTO HISTÓRICO

MODERNISMO e AP

CONTINUO NATURAL SURGE COMO O CONCEITO CAPAZ DEASSEGURAR A HOMEOSTASIS NA PAISAGEMASSEGURAR A HOMEOSTASIS NA PAISAGEM

INTENÇÃO DE PRESERVAR AS ESTRUTURAS FUNDAMENTAISNA PAISAGEM QUE, EM MEIO URBANO, PENETRAM NOTECIDO EFICADO DE MODO TENTACULAR E CONTINUO,ASSUMINDO DIVERSAS FORMAS E FUNÇÕES.

Page 35: Aula 4, 5 e 6

Arquitectura Paisagista CONTEXTO HISTÓRICO

MODERNISMO e AP

CONTÍNUO NATURAL

CONTINUIDADE – assegurada pela circulação da água e do ar,do solo e da vegetação que, por sua vez, constituem habitatsque permite a circulação da fauna.

ELASTICIDADE – significa a capacidade de o sistema seadaptar à variabilidade dos seus elementos, dos quais o maisevidente é a água, tanto mais, quanto maior for a amplitudedos valores registados.

Page 36: Aula 4, 5 e 6

Arquitectura Paisagista CONTEXTO HISTÓRICO

MODERNISMO e AP

CONTÍNUO NATURAL

MEANDRIZAÇÃO – aumentando as interfaces entrediferentes elementos da paisagem, ou seja, aumentando oefeito de orla entre meios diferentes, onde são maiores osgradientes entre os parâmetros físicos e biológicos.

INTENSIFICAÇÃO – de modo a garantir uma optimizaçãodaqueles mesmos parâmetros, compensando oempobrecimento ecológico das áreas mais artificialidades..

Page 37: Aula 4, 5 e 6

Arquitectura Paisagista CONTEXTO HISTÓRICO

CONTÍNUO NATURAL

PLANO DE BERLIMMartin Wagner (1929)

Page 38: Aula 4, 5 e 6

Arquitectura Paisagista CONTEXTO HISTÓRICO

CONTÍNUO NATURAL

Objectivo a conseguir através da criação de Objectivo a conseguir através da criação de novos espaços, quer da recuperação dos

existentes e da sua ligação através de «corredores verdes», integrando percursos de

peões ou de veículos.

TERRITORIALIZAÇÃO DE CONCEITOS

Page 39: Aula 4, 5 e 6

Arquitectura Paisagista CONTEXTO HISTÓRICO

CONTÍNUO NATURAL

Page 40: Aula 4, 5 e 6

Arquitectura Paisagista CONTEXTO HISTÓRICO

CONTÍNUO NATURAL