Aula 5 e 6 - Farmacologia - Profa Gilmara Holanda
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FARMACOLOGIA
AULA 5
FACULDADE DE ENSINO E CULTURA DO CEARÁ – FAECECURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
4°SEMESTRE
Profa. Gilmara Holanda da Cunha2012.2
AULA 5E
AULA 6
Administração
Farmacocinética
Medicamento administrado ao paciente
AbsorçãoDistribuiçãoMetabolismoEliminação
Farmacodinâmica
Farmacoterapêutica
Interação entre fármaco e receptor
Efeito ou resposta do medicamento
Eliminação
AULA 5
� MECANISMO DE AÇÃO DOS FÁRMACOS (AGONISMO E ANTAGONISMO)
� ALVOS PARA AÇÃO DOS FÁRMACOS
� BIODISPONIBILIDADE
� MEIA-VIDA DOS FÁRMACOS
ALVOS PARA A AÇÃO DOS FÁRMACOS
� Receptores
� Canais iônicos
� Enzimas
� Moléculastransportadoras
(HANG HP et al., 2012; GOODMAN & GILMAN, 2012).
ALVOS PARA A AÇÃO DOS FÁRMACOS
RECEPTORES
� Elementos sensoresno sistema decomunicação química
� Coordena a funçãode diferentes célulasdo corpo.
(HANG HP et al., 2012; GOODMAN & GILMAN, 2012)
ALVOS PARA A AÇÃO DOS FÁRMACOS
RECEPTORES
(HANG HP et al., 2012; GOODMAN & GILMAN, 2012).
TIPOS DE RECEPTORESTipo 1Canais iônicos
Tipo 2Receptores acoplados à proteína G
Tipo 3Receptoresligados à quinase
Tipo 4Receptores nucleares
Localização Membrana Membrana Membrana Intracelular
Efetor Canal iônico Canal ou enzima Enzima Transcrição de
genes
Exemplos Direto Proteína G Direto Através do DNA
Estrutura nAChR mAChR Receptores de Receptores de
(RANG et al., 2012).
Estrutura nAChR
GABAA
mAChR
Receptor
adrenérgico
Receptores de
insulina, fatores
de crescimento
e citocinas
Receptores de
hormônios
esteróides e da
tireóide
Estrutura Subunidades
em torno de
um poro
central
Estrutura
monométrica ou
dimétrica com 7
hélices
transmembrana
Hélice
transmembrana
que liga o
domínio
intracelular ao
extracelular
Estrutura
monomérica com
receptor e domínios
de ligação do DNA
separados
ALVOS PARA A AÇÃO DOS FÁRMACOS
CANAIS IÔNICOS
� Canais iônicos regulados por voltagem ou por ligantes
(RANG et al., 2012).
ALVOS PARA A AÇÃO DOS FÁRMACOS
CANAIS IÔNICOS
(RANG et al., 2012).
ALVOS PARA A AÇÃO DOS FÁRMACOS
ENZIMAS� A molécula da substância é um análogo do
substrato que atua como inibidor competitivo da enzima
(RANG et al., 2012).
ALVOS PARA A AÇÃO DOS FÁRMACOS
MOLÉCULAS TRANSPORTADORAS
� Bomba de Na+/K+ (Glicosídios cardíacos)� Bomba de prótons (Omeprazol)
(RANG et al., 2012).
INTERAÇÕES FÁRMACO-RECEPTOR
� Ocupação de um receptor por uma molécula defármaco: pode ou não ativar o receptor
� Ativação: capacidade da molécula ligada deafetar o receptor e desencadear uma resposta
(RANG et al., 2012).
INTERAÇÕES FÁRMACO-RECEPTOR
� Afinidade: Tendência de um fármaco em seligar ao receptor.
� Eficácia: Tendência de uma vez ligada, asubstância ativar o receptor.
(RANG et al., 2012).
substância ativar o receptor.
� Antagonista: substância que se liga ao receptorsem causar ativação, impedindo a ligação doagonista.
TIPOS DE ANTAGONISMO
� Antagonismo químico: interação emsolução
� Antagonismo farmacocinético: umfármaco que afeta a absorção,
(RANG et al., 2012).
fármaco que afeta a absorção,metabolismo ou excreção de outro
� Antagonismo competitivo: ambos osfármacos se ligam aos mesmos receptores(o antagonismo pode ser reversível ouirreversível)
TIPOS DE ANTAGONISMO
� Antagonismo não-competitivo: oantagonista interrompe a conexãoreceptor-efetuador
� Antagonista fisiológico: dois agentes
(RANG et al., 2012).
� Antagonista fisiológico: dois agentesproduzem efeitos fisiológicos opostos
INTERAÇÕES FÁRMACO-RECEPTOR
20
40
60
80
100 ControleOEAzFHOEAzFCOEAzFMOEAz
***
************
***
*********
***
***
******
Rel
axam
ento
(%
)
(CUNHA, G.H., 2012).
-2.0 -1.5 -1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5
-40
-20
0
***** *
log [µµµµg/mL]
Rel
axam
ento
(%
)
Curvas concentração-efeito do relaxamento induzido pelas substâncias (0,01 a3000 µg/mL). N = 8 experimentos.*P < 0,05; **P < 0,01; ***P < 0,001: em relação ao Controle.
BIODISPONIBILIDADEBIODISPONIBILIDADE
BIODISPONIBILIDADE
� Fração do fármaco inalterado que tem� Fração do fármaco inalterado que temacesso à circulação sistêmica.
� Pode ser reduzida considerando aabsorção e degradação metabólica(fígado/trato gastrintestinal).
(HANG HP et al., 2004; GOODMAN & GILMAN, 2006).
(STORPIRTIS et al., 2009).
CLASSIFICAÇÃO DABIODISPONIBILIDADE
� Biodisponibilidade absoluta
� Biodisponibilidade relativa
� Bioequivalência
(STORPIRTIS et al., 2009).
� Fração efetivamente absorvida de um fármaco.
BIODISPONIBILIDADE ABSOLUTACLASSIFICAÇÃO
� Fração efetivamente absorvida de um fármaco.
� Adota-se como referencial, quando possível, omedicamento referência na mesma dose,administrado por via intravascular.
(STORPIRTIS et al., 2009).
� Comparação das biodisponibilidades de
BIODISPONIBILIDADE RELATIVACLASSIFICAÇÃO
� Comparação das biodisponibilidades demedicamentos administrados por viaextravascular.
� Necessário para registro de medicamentosgenéricos, empregando-se o critério dabioequivalência.
(STORPIRTIS et al., 2009).
BIOEQUIVALÊNCIACLASSIFICAÇÃO
� Quando duas preparações farmacêuticas� Quando duas preparações farmacêuticas
administradas pela mesma via e mesma dose
apresentam a mesma biodisponibilidade.
(STORPIRTIS et al., 2009).
Fatores que afetam a absorção gastrintestinalMOTILIDADE DO TGI
� Doenças e estados de má absorção
� Fármaco tomado após refeição é absorvidomais lentamente
(RANG et al., 2012).
mais lentamente
� Aceleração do esvaziamento gástrico aumentaabsorção do fármaco
� Fluxo sanguíneo esplâncnico: reduzido nahipovolemia – diminui absorção
Fatores que afetam a absorção gastrintestinalCARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS
DO FÁRMACO
� Natureza da formulação
� Solubilidade do fármaco
� Lipossolubilidade
� Ionização
(Storpirtis et al., 2009).
Fatores que afetam a absorção gastrintestinalCARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS
DO FÁRMACO
� Polimorfismo
� Mistura racêmica� Mistura racêmica
� Tamanho da partícula
� pH
(Storpirtis et al., 2009).
Fatores que influenciam na biodisponibilidadeINTERAÇÃO COM OUTRAS SUBSTÂNCIAS
NO TGI
� Alimentos� Alimentos
� Fármacos
(HANG HP et al., 2012; GOODMAN & GILMAN, 2012; STORPIRTIS et al., 2009).
(STORPIRTIS et al., 2009).
FÁRMACO TOTAL POR VIA ORAL
FÁRMACO DISSOLVIDOFÁRMACO DISSOLVIDONOS FLUIDOS DO ESTÔMAGONOS FLUIDOS DO ESTÔMAGO
FÁRMACO EM SOLUÇÃOFÁRMACO EM SOLUÇÃONO INTESTINONO INTESTINO
FÁRMACO NÃO DISSOLVIDO
Dissolução e desintegração
FÁRMACO PERDIDO POR DEGRADAÇÃO NO ESTÔMAGO
FÁRMACO PERDIDO POR DEGRADAÇÃO NO INTESTINO, LIGAÇÃO COM ALIMENTOS E
OUTRAS SUBSTÂNCIAS
FÁRMACO PERDIDO PELAS BIOTRANSFORMAÇÕES
FÁRMACO LIGADO A PROTEÍNAS PLASMÁTICAS
E A TECIDOS QUE NÃO SEJAM LOCAIS DE AÇÃO
DO FÁRMACO
FÁRMACO NO SEU FÁRMACO NO SEU LOCAL DE AÇÃOLOCAL DE AÇÃO
FÁRMACO EM SOLUÇÃO QUE É FÁRMACO EM SOLUÇÃO QUE É ABSORVIDO NO LÚMEN INTESTINALABSORVIDO NO LÚMEN INTESTINAL
FÁRMACO NO FÍGADOFÁRMACO NO FÍGADO
FÁRMACO QUE ALCANÇA A FÁRMACO QUE ALCANÇA A CIRCULAÇÃO GERALCIRCULAÇÃO GERAL
FÁRMACO DISTRIBUÍDO POR FÁRMACO DISTRIBUÍDO POR TODO O ORGANISMOTODO O ORGANISMO
� AUC: Quantidade defármaco que entra nacirculação
� Cmáx: Pico de [ ] máxima
CCmaxmax
Co
nce
ntr
ação
pla
smát
ica
Co
nce
ntr
ação
pla
smát
ica
AUCAUC00--tt
CÁLCULO DA BIODISPONIBILIDADEPARÂMETROS FARMACOCINÉTICOS
0 2 4 6 8 10 11 12 14 16 18 20 22 24
� Cmáx: Pico de [ ] máxima
� Tmáx: Tempo para atingir opico
� T1/2: Meia-vida dofármaco
� Ke: Constante da taxa deeliminação terminal
TTmaxmax
Co
nce
ntr
ação
pla
smát
ica
Co
nce
ntr
ação
pla
smát
ica
TempoTempo
AUCAUC00--∞∞
Meia-vida do fármaco (T1/2)
� Parâmetro farmacocinético
� É o tempo necessário para que as� É o tempo necessário para que asconcentrações plasmáticas ou aquantidade do fármaco presente noorganismo sejam reduzidas a 50%
O QUE É UM PRODUTO FARMACÊUTICO INTERCAMBIÁVEL?
� Equivalente terapêutico de um medicamento de
referência, que tem comprovada a eficácia e a
segurança.
(STORPIRTIS et al., 2009).
Co
nce
ntr
ação
sér
ica
(ng
/ml)
CTóx
Formulação AFormulação A
Formulação BFormulação B4
6
CCmáxmáx de diferentes formulações (VO),de diferentes formulações (VO),do mesmo fármaco e dosedo mesmo fármaco e dose
0 2 4 6 8 10 11 12 14 16 18 20 22 24
Co
nce
ntr
ação
sér
ica
(
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26
Tempo (horas)
CTerFormulação CFormulação C
2
BIODISPONIBILIDADEInfluência da via de administração
BIO
DIS
PO
NIB
ILID
AD
EIn
flu
ênci
a d
a vi
a e
alim
enta
ção
BIO
DIS
PO
NIB
ILID
AD
EIn
flu
ênci
a d
a vi
a e
alim
enta
ção
AULA 6
PRINCÍPIOS BÁSICOS DAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSASMEDICAMENTOSAS
EINTERAÇÕES MEDICAMENTOS-
NUTRIENTES
VARIAÇÃO INDIVIDUAL
Falta de eficácia Eventos adversos
(RANG et al., 2012).
VARIAÇÕES
� Efeitos da etnia
� Variação genética
(RANG et al., 2012).
� Idade
� Função renal e hepática
� Gravidez
EFEITOS DAS DOENÇAS
Absorção• Estase gástrica (enxaqueca)
• Má absorção (diarreia) Distribuição• Desnutrição
(RANG et al., 2012).
• DesnutriçãoMetabolização
• Doença hepática
Eliminação• Doença renal
INTERAÇÕES ENTRE FÁRMACOS
� Polifarmácia
� Idosos
(RANG et al., 2012).
� Alimentos
� Fitoterápicos
INTERAÇÕES COM ALIMENTOS
� Tomar antes ou depois das refeições?
� Sulfato ferroso
(RANG et al., 2012).
� Tetraciclina
INTERAÇÃO FARMACODINÂMICA
Um fármaco interfere na ação do outro
� Diuréticos aumenta toxicidade digitálica:arritmia
(RANG et al., 2012).
� Sildenafil potencializa ação dos nitratosorgânicos: hipotensão
� Antagonista dos receptores β-adrenérgicosdiminuem a eficácia dos agonistas destesreceptores (salbutamol)
INTERAÇÃO FARMACOCINÉTICA
AbsorçãoAdrenalina + Anestésico
DistribuiçãoFenilbutazona desloca a warfarina de seus locais
(RANG et al., 2012).
warfarina de seus locais de ligação na albumina
Indução EnzimáticaEtanol
Rifampicina EliminaçãoProbenecida inibe a
secreção de penicilina
REFERÊNCIAS
GOODMAN & GILMAN. As bases farmacológicas da terapêutica. 11a
edição. Mc Graw Hill, 2006.
RANG, H.P.; DALE, M.M.; RITTER, J.M.; MOORE, P.K. Farmacologia. 5a
edição. Editora Elsevier, 2004.
STORPIRTIS, S.; GONÇALVES, J.E.; CHIANN, C.; GAI, M.N.Biofarmacotécnica. Ciências Farmacêuticas. Guanabara Koogan, 2009.
Site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Não importa o tamanho do pedra.Nós conseguiremos...