AULA - Bandura (Sem Vídeo)

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PSICOLOGIA DA PERSONALIDADE I Profa. Joseane Garcia

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Bandura

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Introduo

PSICOLOGIA DA PERSONALIDADE I

Profa. Joseane Garcia

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BANDURAE ATEORIA DE APRENDIZAGEM SOCIAL

2BANDURA04/12/1925 (88 anos)1949 - graduao de psicologia em 1949. 1952 - doutorado na Universidade do Estado de Iowa. Durante o doutorado, Bandura foi influenciado pelo behaviorismo e pela teoria da aprendizagem. Lecionou na Universidade de Stanford desde 1963. Compreende a cognio como uma importante varivel da personalidade humana.Entre o estmulo e a resposta, h tambm o espao cognitivo de cada indivduo.BANDURAEnfatiza os conceitos de personalidade que reconhecem a importncia do contexto social. Muitos dos nossos comportamentos foram adquiridos ao longo do processo de socializao atravs da observao e imitao dos outros.De acordo com sua abordagem, as caractersticas de uma personalidade so explicadas em termos de variveis cognitivas, como competncias e expectativas, e no por traos. Segundo Bandura, os seres humanos aprendem observando. Este pressuposto se ope teoria da aprendizagem, que acredita que ela s ocorre se existir reforo.

Para Bandura, a personalidade aprendida.

EXPERIMENTO DO JOO BOBOExperimentos conduzidos por Bandura em 1961 e 1963 estudando padres de comportamento associados com agresso.Bandura esperava que os experimentos provassem que agressividade pudesse ser explicada, ao menos em parte, pela teoria social do aprendizado. A teoria social do aprendizado diz que comportamento como a agressividade aprendida atravs de observao e imitao do comportamento alheio.

EXPERIMENTO DO JOO BOBO66 crianas, meninos e meninas de 3 a 5 anos, foram dividas em grupos:assistiam um filme em que o Joo-bobo era agredido por um adulto, seguido de elogios e recompensas;idem, seguido de bronca;grupo controle: crianas que no viam o vdeo.

Depois, as prprias crianas eram colocadas com um Joo-Bobo para ver se havia alguma mudana comportamental nelas.EXPERIMENTO DO JOO BOBOO resultado mostrou que todas as crianas que viram o vdeo tinham aprendido de igual modo a reproduzir os comportamentos agressivos observados.

No houve grande diferena entre a situao de modelo recompensado e na situao sem consequncias.

Bandura distingue aprendizagem e desempenho. O reforo fornece os incentivos necessrios para o desempenho, mas no imprescindvel para a aprendizagem.

Os meninos eram de modo geral bem mais agressivos do que as meninas.

Outra concluso interessante que quando o modelo do mesmo sexo a influncia maior sobre a criana.

EXPERIMENTO DO JOO BOBOBandura ofereceu incentivos (adesivos e suco) para algumas crianas em cada situao, caso conseguissem comportar-se como o modelo que tinham visto. Estas crianas demonstraram altos nveis de aprendizagem dos comportamentos agressivos em todas as situaes.

Assim, punir o vilo pode temporariamente inibir o desempenho da agressividade imitativa, mas os comportamentos que foram aprendidos podem apresentar-se mais tarde quando as condies de incentivo mudam. APRENDIZAGEM VICARIANTEAs mudanas comportamentais resultantes da exposio a modelos so chamadas de aprendizagem observacional ou aprendizagem vicariante.Diferena entre reforo direto de vicariante:Direto: ao seguir o comportamento desejado, o sujeito reforado.Vicariante: o reforo recebido pelo modelo.PROCESSOS DE APRENDIZAGEM DE OBSERVAOBandura verificou que a aprendizagem por observao governada por 4 mecanismos relacionados entre si:

Processos de ateno: Nada que no for observado ser aprendido. Os modelos atraem mais a nossa ateno quando tm algum trao caracterstico, como suas roupas ou outro aspecto de sua aparncia fsica, quando so amados ou odiados e quando so vistos repetidamente.Tambm as caractersticas do observador influenciam a ateno, como capacidades sensoriais, nvel de excitao, motivao, conjunto perceptivo e reforos passados.PROCESSOS DE APRENDIZAGEM DE OBSERVAOProcessos de reteno: Nem tudo que observado retido.A reteno ocorre por meio de representaes imaginadas (como imagens de lugares ou pessoas familiares) e pela codificao verbal.A codificao simblica facilita a reteno, conforme os postulados da psicologia cognitiva.Alm da organizao cognitiva, da exercitao simblica e da exercitao motora.

PROCESSOS DE APRENDIZAGEM DE OBSERVAOProcessos de produo: O comportamento que est sendo modelado tem de ser reproduzido a partir de sua codificao memorizada. necessrio que haja prtica dos movimentos corporais apropriados e feedback sobre a preciso desses movimentos para a produo adequada do comportamento.

PROCESSOS DE APRENDIZAGEM DE OBSERVAOProcessos motivacionais e de incentivo:A no ser que seja motivada, uma pessoa no produzir um comportamento aprendido.Nosso incentivo para aprender influenciado por nossa antecipao do reforo ou da punio em faz-lo. Ver que um comportamento de um modelo produz uma recompensa ou evita uma punio pode ser um forte incentivo para que prestemos ateno no comportamento, o memorizemos e o executemos corretamente. Fatores tambm como som, luz ,vdeo podem prender nosso interesse mesmo que no tenhamos recebido nenhum reforo para ficarmos atentos a a eles.

DETERMINISMO RECPROCOA teoria de Bandura explica a influncia entre fatores ambientais, pessoais e o comportamento, denominando este entrelaamento de determinismo recproco. Uma compreenso da personalidade requer o reconhecimento de todas essas influncias mtuas.

Este conceito reconhece que o meio influencia o comportamento, como o behaviorismo sempre postulou. Mas tambm reconhece que caractersticas internas da pessoa influenciam o comportamento, assim como as abordagens dos traos. Por outro lado, o comportamento tambm causa mudanas no meio e no indivduo.

O meio pode ser causa e tambm pode ser efeito do comportamento. A grande novidade que o comportamento pode ser causa. PERSONALIDADEPara Bandura, o self no uma espcie de um agente psquico que determina ou que causa o comportamento, mas sim um conjunto de processos e estruturas cognitivos relacionados a pensamento e percepo. Dois aspectos importantes do self so o autorreforo e a autoeficcia. Os processos de autorregulao so constitudos de trs etapas: auto observao, auto avaliao e auto reforo.

AUTORREFORO

AUTORREFORONs nos recompensamos por satisfazer ou superar padres pessoais e nos punimos por nossos fracassos.O reforo autoadministrado pode ser tamgvel ou emocional. A punio autoadministrada pode expressar-se como vergonha, culpa ou depresso. necessrio que haja padres internos de desempenho, critrios subjetivos ou pontos de referncia segundo os quais comparamos nosso desempenho. Adquirimos nosso primeiro conjunto de padres internos a partir do comportamento de modelos, em geral nossos pais e professores. AUTOEFICCIAAutoeficcia refere-se as crenas que o indivduo possui sobre seu valor e suas potencialidades.Bandura acredita que, na prtica clnica, valorizando a autoeficcia o sujeito pode progredir no tratamento, do mesmo modo que sujeitos com baixo grau de autoeficcia podem apresentar uma demora maior de resposta. No se trata de possuir certas capacidades, mas sim de acreditar que as tem, ou que pode adquiri-las por meio de esforo pessoal (expectativa de resultado). Todavia, a autoeficcia afeta o comeo e a perseverana do comportamento dirigido, j que, os indivduos tendem a desviar-se de situaes quando julgam no serem capazes de resolv-las, entretanto atuam com mais garantia em circunstncias que possam dominar. AUTOEFICCIABandura mede a autoeficcia especificamente para domnios particulares do comportamento. Uma pessoa pode ter uma autoeficcia elevada para um comportamento e baixa para outro. Bandura fez uma distino entre autoeficcia (a crena de que se tem a capacidade para desempenhar o comportamento) e expectativas de resultados. Este ltimo conceito refere-se crena de que, se for bem feito, o comportamento produzir os resultados desejados.

PESSOA COMPORTAMENTO RESULTADOExpectativas de autoeficciaExpectativas de resultados ESTGIOS DO DESENVOLVIMENTO DE MODELAGEM E EFICCIAInfncia: A modelagem limita-se imitao direta. O beb ainda no desenvolveu a capacidade cognitiva necessria para imitar o comportamento de um modelo. fundamental que o comportamento modelado seja repetido. O beb comea a desenvolver a autoeficcia medida que busca exercer maior influncia sobre seu ambiente. As experincias de construo de eficcia so centradas nos pais. Professores tambm influenciam julgamentos de autoeficcia.Adolescncia: O sucesso deste estgio depende do nvel de autoeficcia estabelecido durante a infncia.

ESTGIOS DO DESENVOLVIMENTO DE MODELAGEM E EFICCIAVida adulta: Dois perodos:Adulta jovem: necessrio que exista elevada autoeficcia para que as experincias (casamento, ascenso profissional, paternidade e maternidade) apresentem resultados positivos. Meia-idade: Conforme nos confrontamos com nossas limitaes e redefinimos nossos objetivos (ex: famlia e carreira), temos de reavaliar nossas aptides e encontrar novas oportunidades para melhorar a autoeficcia. ESTGIOS DO DESENVOLVIMENTO DE MODELAGEM E EFICCIAVelhice: As reavaliaes de autoeficcia so difceis. Se no conseguirmos mais fazer algo que costumvamos fazer bem, ento podemos nem mais tentar faz-lo. Por ex: A reduo de eficcia fsica pode levar a fadiga e diminuio de atividades fsicas. Para Bandura, a autoeficcia o fator crucial na determinao do sucesso ou fracasso ao longo de toda a vida.

TERAPIABandura criticava a terapia baseada apenas na fala. Para ele, a psicoterapia deveria ser vista como um processo de aprendizagem.Aplicao no tratamento de fobias em adultos e crianas.Medo de cobra: As melhoras ocorriam quando os pacientes observavam modelos vivos ou filmados que no demonstravam medo de cobras ou por dessensibilizao sistemtica, tcnica que envolve o treino de relaxamento e imagens imaginadas de cobras. Na modelagem encoberta, as pessoas so instrudas a imaginar um modelo lidando com uma situao temida ou ameaadora.

23BIBLIOGRAFIABANDURA, Albert et all. Teoria social cognitiva: conceitos bsicos. Porto Alegre: Artmed, 2008.

SCHULTZ, Duane P. Teorias da Personalidade. So Paulo: CengageLearning, 2013.

CLONINGER, Susan C. Teorias da Personalidade. So Paulo: Martins Fontes, 1999.