Aula de Cirurgia Oncológica.doc
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7/28/2019 Aula de Cirurgia Oncolgica.doc
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Princpios da Cirurgia Oncolgica
Diagnstico, Estadiamento e Tratamento esto intimamente relacionados (trip fundamental da
abordagem do paciente oncolgico).
- Determinao precisa do diagnstico (3 linhagens de tumores tumores diferenciados, tumores
indiferenciados, tumores pouco diferenciados tem comportamentos diferentes) ponto
fundamental.- Estadiamento: em que ponto da evoluo fisiopatolgica a leso se encontra? Tumor est no
epitlio, mas no venceu memb basal in situ?, invadiu cadeia de linfonodos?, implantou no
peritnio?
- Tratamento: depende do diagnstico especfico e do estadiamento especfico. Varia de acordo com
o tipo de tumor e mesmo dentro do contexto do mesmo tipo de tumor (ex: tratamento de plipos
varia desde resseco simples at resseco de todo o clon, etc)
Um cncer uma proliferao celular aberrante ligada a uma deformao do DNA.
A blastognese anda mais rpido do que a angiognese drogas que agem na angiognese.
Meios Diagnsticos- Imagens
- Testes bioqumicos-imunolgicos
- Os meios diagnsticos do base ao tratamento (ex: tratamento de tumores primrios de fgado:
independente do tamanho massa resseco).
A cirurgia via servir tambm para saber a real dimenso do tumor: infiltrou linfonodos? Tem
implante peritoneal? O estadiamento implica em uma previso da sobrevida do paciente.
Cirurgia oncologicamente perfeita: resseco de toda a leso macroscopicamente visvel.
A cirurgia foi a primeira terapia do cncer. Ela exclusiva em 60% dos casos (tumores cutneos,tumores ginecolgicos, do TGI, 70% dos tumores das vsceras slidas) e conjunta em 90% dos
casos . A cirurgia depende da competncia do cirurgio (precisa ter especializao em cirurgia
oncolgica interpretar o achado que ele est encontrando na inspeo transoperatria) (fator
cirurgia se a cirurgia no for bem feita, o cirurgio pode agir como agente iatrognico e no
teraputico), com a equipe multidisciplinar (patologista, radiologista, radioterapeuta, oncologistaclnico, fsico (imagem em 3D do tumor), cirurgio) e de acordo com os recursos do local de
trabalho.
Deve existir uma relao mdico-paciente forte (ex: paciente que submetido uma cirurgia e que
no momento da operao se descobre que a extenso do tumor muito maior do que a antes
esperada cirurgia ser desfigurante discutir com o paciente).
Evoluo- Aprimoramento dos instrumentais e da tcnica operatria.
- Progresso na anestesiologia.
- Tcnicas de antissepsia.
- Descoberta e evoluo de antimicrobianos.
- Descoberta dos grupos sanguneos / provas cruzadas.
- Conhecimentos de metabologia.
- Cirurgia microvascular / reconstrues.
Citorreduo mecnica Downstaging: tentar diminuir o tamanho da leso (regressofisiopatolgica da leso) adjuvncia aos mtodos clnicos.
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Objetivos- Cura definitiva.
- Melhoria da qualidade de vida (paliativa).
- Urgncias / Emergncias.
O cirurgio um fator prognstico conhecimento da particularidade da neoplasia que ele est
tratando e do impacto que a neoplasia vai causar no paciente (saber o estadiamento da leso saberse a cirurgia vai ter um custo-benefcio bom para o paciente). O cirurgio oncolgico deve ter:
base clnica, base em cirurgia geral, base em quimioterapia, base em radioterapia, base em
imunoterapia, habilidade, conhecimento, experincia e educao.
Contexto multidisciplinarDiagnstico, Estadiamento adequado, Plano teraputico, Peri-operatrio (pr-operatrio,
transoperatrio e ps-operatrio: nutrio/UTI), Tratamento multidisciplinar neoadjuvante,
adjuvante e na doena avanada (fazer o downstaging), Reabilitao, Acompanhamento e
Documentao p/ pesquisa.
Exemplo de downstaging: quimioembolizao do tumor tumor diminui depois resseca
(tumores de fgado muito grandes, que precisa esperar pela hipertrofia dos lobos que restaro).
Estratgias para o tratamento
- Diagnstico clnico (imagem USG c/ Doppler, TC, angiografia, RM) inicia-se normalmente
com o UGS, fecha a maioria do diagnstico com TC ou RM e em casos selecionados, utiliza-se
angiografia (ex. administrao de medicamento no tumor, embolizao, etc.
- Diagnstico histolgico; citologia (citologia esfoliativa [esfregao], PAF puno bipsia
aspirativa por agulha fina tireide, prstata) ou histologia (bipsia por agulha grosa, bipsia
incisional [tira parte da leso para estudo], bipsia excisional [exame de imagem + bioqumica
caracterstica remove-se a leso por completo e manda para o patologista])
- Estadiamento;- Planejamento do tratamento.
*Ressecar puramente remover a leso (ex. cirurgias de emergncia para tratar obstrues,
resseco de tumor de estmago que est sangrando).
*Operar ressecar a leso com finalidade teraputica.
*Downstaging: regredir um pouco a leso p/ proporcionar algo depois (resseco posterior,
melhorar os resultados do tratamento adjuvante e neoadjuvante, etc) ex a quimioembolizao.
EstadiamentoCaractersticas do tumor: grau de diferenciao, invaso por contigidade, presena de metstases
(linftica e/ou hematognica), grau de malignidade (pleomorfismo, grau de diferenciao. Nmero
de mitoses, necrose tumoral) tumor mais agressivo ou menos agressivo.O estadiamento vai servir tambm para avaliar a sobrevida do paciente.
Serva p/ avaliar a extenso da doena: displasia (leses pr-neoplsicas), neoplasia in situ
(neoplasias que ainda esto no tecido que lhe deu origem), neoplasia invasiva (neoplasia que j saiu
do tecido que lhe deu origem)???
Sistemas de classificao: TNM (se baseia no tamanho do tumor, presena de linfonodosacometidos e metstases hematognicas distncia).
Estratgias pr-operatrias- Operabilidade
- Ressecabilidade
- Histria natural da doena.- Estadiamento
- Disfunes orgnicas que a operao trar ao paciente.
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- Avaliar o estado nutricional do paciente.
- Avaliar anticoagulao e o uso de antibiticos
- Fazer o preparo dos clons.
- Avaliar a utilizao da reposio de hemoderivados.
Tipos de cirurgia
- Curativa: resseco macroscpica completa do tecido tumoral fazer estadiamento, operar commargens adequadas, fazer comparao com outras terapias, avaliar operabilidade da leso, evitar
disseminao da neoplasia (evitar romper a cpsula, ligar primeiro veias, ligar lmen intestinal,
trocar luvas, etc). Ex: transplante ortotpico de fgado (ndulo satlite est a no mximo 4cm da
borda da leso primria) num doente com carcinoma hepatocelular sem necessidade de terapia
adjuvante.
- Paliativa: visa melhorar a qualidade de vida do doente, melhorando funes vitais, objetivar o
alvio dos sintomas, avaliar a necessidade de tratamento adjuvante.
- Preventiva: objetiva evitar a ocorrncia de neoplasia retocolite ulcerativa, polipose mltipla
familial, criptorquidia, plipos intestinais, mracadores genticos, mastectomia, gastrectomia,
leucopalsia, nevus.
- Cirugias de emergncia: tratar complicaes da doena bsica (tratar hemorragias, perfuraes,abcessos, obstrues [intestinais, urinrias], dentre outros complicaes (ps QT/RT).
Seleo da cirurgiaLevar em considerao aspectos do:
- Tumor: localizao anatmica, tipo histolgico, volume, agressividade biolgica, invaso,
potencial metasttico.
- Paciente: idade, performance de status tumoral, competncia imunolgica, desejo, qualidade de
vida.
Princpios que norteiam a escolha da cirurgia- Princpios tcnicos (inciso ampla e adequada, inventrio minucioso da cavidade, proteo da
ferida operatria, documentao histolgica, bloquear as vias de drenagem [veias primeiro],
disseco centrpeto [de fora p/ dentro], evitar contaminao de outros tecidos, evitar manuseio
inadequado, evitar romper o envoltrio tumoral, ligadura do lmen proximal e distal, margens
adequadas, resseco em bloco, trocar material aps manipulao do tumor, estudo AP de
congelao, abertura da pea cirgica, clipagem do loca por causa da radioterapial)
- Falhas tcnicas: largar cncer residual (local, regional), linfonodos comprometidos no removidos,
margens inadequadas, implantes tumorais na rea da cirurgia, crescimento tumoral distncia
(metstases ocultas, implantes da cirurgia), no fazer a clipagem (vai interferir na radioterapia).
Resultados- Estado clnico do paciente- Estadiamento da doena
- Cirurgias prvias
- Cirurgio
TNM- Ex: comprometimento de linfodos na via de drenagem linftica do estmago a linfadenectomia
mais radical quanto maior o nmero de linfodos comprometidos.
- Avaliao intra-operatria: comprometimento da serosa, linfonodos, etc.
- Conceito de cncer gstrico incipiente x avanado o precoce (jovem) invade at a mucosa ou
submucosa mesmo com metstase linfonodal; avanado quando invade a partir da muscularprpria mesmo sem acometimento de linfonodos impacto na sobrevida.
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- Carcinoma hepatocelular: transplante de fgado (paciente portador de CHC como complicao de
doena heptica crnica, restrito fgado, com ndulo nico de at 5cm ou 3 ndulos de 3cm e
ausncia de metstases, com estadiamento obrigatrio por mapeamento sseo e TC de trax). Quem
tem CHC ganha 10 pontos sobre o MELD atual (MELD mais alto maior probabilidade de
transplante). O MELD avalia creatinina, INR e bilirrubina e no avalia Na, encefalopatia e ascite.
- Critrio diagnstico p/ CHC:
- critrio histolgico (bipsia percutnea)- critrio no-invasivo: radiolgico: 2 tcnicas de imagem coincidentes
- Critrio de Milo para indicao de transplante heptico no CHC
- Critrio da UCSF
- Performance Status tumoral: impacto clnico da neo no paciente 0 (paciente ativo p/ exercer
atividades cotidianas sem restries), 1 (restrio a atividade fsica, mas capaz de deambular e
exercer atividades profissionais sedentrias), 2 (deambulao preservada e capaz de realizar
cuidados pessoas e sem capacidade para o trabalho. Confinado ao leito ou a cadeira por menos de
50% do perodo normal de deambulao), 3 (capaz de executar cuidados pessoais limitados,
confinado ao leito ou a cadeira por mais de 50% do perodo normal de deambulao). 4 (incapaz de
executar cuidados pessoais, confinado ao leito ou a cadeira).
- Classificao de Barcelona para CA de fgado.