Aula Mestrado Imuno
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• QUESTÕES PARA AS PROVAS;
• CONTEÚDO DAS AULAS;
• HORÁRIO DE ATENDIMENTO ON-LINE;
Identificação de Bactérias Gram-negativas
blog do professor:
http://chicoteixeira.wordpress.com
Profa. Dra. Patrícia Orlandi
Profa. MSc. Carolinie Nobre
As Enterobacteriaceae
Constituem as bactérias isoladas com maior
freqüência de amostras clínicas;
Salmonella;
Shigella;
Klebsiella pneumoniae;
Escherichia coli;
Proteus;
LPS
As Enterobacteriaceae
Apesar da complexidade desta família, com
um total de mais 150 espécies, menos de 20
espécies são responsáveis por 95% das
infecções;
As Enterobacteriaceae
São microrganismos ubiquitários;
Encontram-se:
ÁGUA
VEGETAÇÃO
SOLO
MICROBIOTA
INTESTINAL
Enquanto outros são membros comensais e
causam infecções oportunistas, envolvendo
praticamente todas as partes do corpo:
Klebsiella pneumoniae;
Escherichia coli;
Proteus mirabilis;
MUITAS INFECÇÕES INTESTINAIS
30 a 35% DE TODAS
AS SEPSES
As Enterobacteriaceae
Causam diversas doenças humanas:
Alguns organismos estão sempre associados
a doenças:
Salmonella typhi
Espécies de Shigella
Yersinia pestis
MAIS DE 70% DAS INFECÇÕES
DO TRATO URINÁRIO
Está associado a diversas doenças, incluindo
sepse, meningite e gastroenterite;
Escherichia coli
As cepas de E. coli que causam gastroenterite
estão subdivididas em cinco patótipos:
Possui uma ampla quantidade de fatores de
virulência. Além dos fatores apresentados por
todos os membros da família;
E. coli é o bastonete Gram-negativo mais
comumente isolado em pacientes com sepse;
Escherichia coli
Pode colonizar praticamente todos os animais,
incluindo aves domésticas, répteis, gado,
roedores, animais domésticos, pássaros e
humanos;
Salmonella
Sorotipos como S typhi e S. paratyphi estão
altamente adaptados a humanos e não causam
doenças em outros hospedeiros;
Outras cepas de Salmonella (S. choleraesuis)
estão adaptadas a animais e, quando infectam
humanos, podem causar doenças graves;
Causa doenças através da invasão e
multiplicação em células que revestem a
mucosa do cólon;
Shigella
Mais de 22500 infecções por Shigella foram
relatadas nos Estados Unidos em 2009;
entretanto, estima-se que ocorram quase
450000 casos a cada ano;
A shiguelose é uma doença essencialmente
pediátrica: 70% das infecções ocorrem em
crianças com menos de 15 anos;
É um patógeno altamente virulento que causa
doença sistêmica com alta taxa de mortalidade;
Yersinia
Y. Enterocolitica e Y. pseudotuberculosis são
patógenos essencialmente entéricos raramente
isolados a partir do sangue;
Todas as infecções por Yersinia são zoonóticas
com humanos como hospedeiros acidentais.
Existem duas formas de infecção por Y. pestis,
a peste urbana, na qual ratos são o reservatório
natural e a peste silvestre (animais selvagens);
Apresentam uma cápsula proeminente que é
responsável pela aparência mucóide das
colônias isoladas e pela alta virulência dos
organismos in vivo;
Klebsiella
K granulomatis é o agente etiológico do
granuloma inguinal, uma doença que afeta a
genitália e a região inguinal. Esta doença é
chamada donovanose, em referência à origem
histórica do nome do gênero;
A infecção do trato urinário por P. mirabilis é a
doença mais comum provocada por este
gênero;
Proteus
P. mirabilis produz uma grande quantidade de
urease, que degrada a uréia em CO2 e amônia,
este processo aumenta o pH da urina e facilita
a formação de cálculos renais;
A alcalinidade aumentada da urina também é
tóxica ao uroepitélio;
As Enterobacteriaceae
Fisiologia e Estrutura:
São bastonetes Gram-negativos de tamanho
moderado:
Todas as enterobactérias podem crescer de
maneira aeróbia ou anaeróbia (anaeróbios
facultativos), em meios não seletivos (ágar
sangue) ou seletivos (ágar MacConkey);
A maioria são móveis, se movimentam
através de flagelos peritríquios e são não
esporulados:
As Enterobacteriaceae
Fisiologia e Estrutura:
Identificação Presuntiva
Apresentam necessidades nutricionais simples,
fermentam glicose, reduzem nitrato e são
catalase-positivas e oxidase-negativas;
A identificação presuntiva é baseada na
aparência das colônias em crescimento no meio
de isolamento primário e na avaliação de
determinadas reações bioquímicas. A coloração
de Gram apresenta bastonetes gram-negativos
arredondados e curtos;
Identificação Presuntiva
Na cultura mista mostrando crescimento após
24 horas em ágar sangue visualizamos dois
morfotipos de bastonetes gram-negativos e um
terceiro morfotipo de um microrganismo menor
que pode ser suspeito de ser uma espécie
gram-positiva;
Colônias rosas, brilhantes, mucóides, grandes,
no ágar MacConkey, típicas de muitas espécies
de Klebsiella e Enterobacter;
Identificação Presuntiva
Ágar MacConkey com colônias fermentadoras
de lactose e precipitação de sais biliares no
meio que circunda as colônias (ex. E. coli);
Superfície do ágar MacConkey mostrando
colônias vermelhas de ferment. de lactose e
colônias claras menores de não fermentadores
de lactose;
Placas de ágar EMB mostrando coloração
verde brilhante produzida pelos ferment.;
Culturas mistas de E. coli e Shigella spp.; A
maioria das espécies de Shigella não fermenta
lactose e, portanto, produz colônias
semitranslúcidas não-pigmentadas no ágar
EMB. Outras espécies não fermentadoras
produzem colônias que parecem semelhantes
àquelas ilustradas aqui;
Identificação Presuntiva
Três tubos de caldo de cultura de coloração
púrpura contendo tubos de Durham para
demonstrar a formação de gás. Os dois tubos à
direita mostram ácido proveniente da glicose
(cor amarela). O tubo na extrema direita mostra
a coleta de gases no tubo de Durham,
característica de um microrganismo que produz
ácido e gás a partir de glicose;
Identificação Presuntiva
Identificação Presuntiva
No teste de citocromo oxidase que revela uma
reação de cor púrpura positiva, qualquer
microrganismo que apresente uma reação
positiva pode ser excluído da família;
Meios para teste de nitrato contendo tubos de
Durham para mostrar a formação de gás N2, o
tubo à esquerda mostra uma reação positiva
(cor vermelha – nitritos que reagem formando
p-sulfobenzeno-azo-a-naftilamina). O tubo do
meio também é positivo (gás nitrogênio);
Identificação Presuntiva
As características das colônias de organismos
em diferentes meios são utilizadas para
identificar os membros comuns da família;
Por exemplo, a capacidade de fermentar
lactose é utilizada para diferenciar cepas
fermentadoras de lactose (Escherichia,
Klebsiella, Enterobacter, Citrobacter e Serratia
spp.) de cepas que não fermentam lactose, ou
que o fazem lentamente (Proteus, Salmonella,
Shigella e Yersinia spp.);
Ágar Ferro de Kligler (KIA)
Série de tubos de KIA inclinado mostrando
vários padrões de reações. O tubo na extrema
esquerda mostra uma inclinação ácida (amar.) e
uma base ácida (amarelo), indicando tanto a
fermentação da glicose quanto da lactose.
Observe também o espaço na base do tubo e a
divisão no ágar no meio do tubo, que indicam
produção de gás (CO2) pelo microrganismo.
Estas quantidades de CO2, geralmente só são
produzidas pela tribo Klebsielleae;
O quarto tubo mostra inclinação alcalina
(vermelho) e base preta indicando produção de
sulfeto de hidrogênio (H2S);
O terceiro tubo mostra inclinação alcalina
(vermelho) e base ácida característica de um
microrganismo não fermentador de lactose;
Ágar Ferro de Kligler (KIA)
O segundo tubo a partir da esquerda mostra
uma reação ácido/ácido, mas sem a presença
de gás, típica da reação observada com E. coli;
Teste com o-nitrofenil-b-D-galactopiranosídio
(ONPG). Uma reação positiva indica capacidade
de produzir b-galactosidase, enzima necessária
para a degradação inicial de lactose;
Tubo com ágar semi-sólido (direita) para teste
de motilidade, produção de indol e sulfeto (SIM)
e ágar inclinado ferro de Kligler (KIA), diferença
na sensibilidade em detectar H2S. Em ambos
tubos temos S. typhi;
Características
Diferenciais de Identificação
A primeira figura mostra as reações para E. coli
(++--). A segunda figura mostra as reações para
Klebsiella/Enterobacter (- - + +);
Quatro tubos mostrando os testes do indol (I),
vermelho metila (VM), Voges-Proskauer (VP) e
citrato (C);
Características
Diferenciais de Identificação
Indol a partir de triptofano; queda no pH
(fermentação – ácidos); acetoína a partir de
piruvato; citrato de sódio como fonte de C;
ANÁLISES
FENOTÍPICAS E
GENOTÍPICAS
-ALIMENTOS FUNCIONAIS;
-CONTROLE DAS ESPÉCIES
PRESENTES;
-MÉTODOS DIFERENCIAIS DE
QUANTIFICAÇÃO E QUALIFICAÇÃO;
-AUMENTO DE PRODUTOS NO
MERCADO BRASILEIRO;
-MUDANÇAS DA NOMENCLATURA
OFICIAL;
Outros aspectos:
-Industria de Biotecnologia;
-Pesquisa;
-Biomedicina;
-Melhoramento genético
-Saúde Pública
DIAGNÓTICO BACTERIOLÓGICO
- DEMONSTRAÇÃO DIRETA DA BACTÉRIA
EXAME AO MICROSCÓPIO
COLORAÇÃO DE GRAM
COLORAÇÃO DE ZIEHL-NEELSEN
- DEMONSTRAÇÃO DE ANTÍGENOS
(MÉTODOS IMUNOLÓGICOS- ELISA)
- DEMONSTRAÇÃO DE ÁCIDOS ORGÂNICOS
(CROMATOGRAFIA)
- DEMONSTRAÇÃO DE DNA BACTERIANO
TAXONOMIA BACTERIANA
- CARACTERIZAÇÃO E DESIGNAÇÃO DOS MICRORGANISMOS - E ORGANIZAÇÃO DOS MO. EM GRUPOS - DIVIDIDO EM:
NOMENCLATURA (espécie, gênero ou família)
CLASSIFICAÇÃO (agrupamento das bactérias em Taxa)
IDENTIFICAÇÃO
TAXONOMIA POLIFÁSICA
- NÃO É MAIS SOMENTE BASEADA EM CRITÉRIOS FISIOLÓGICOS; - CRITÉRIOS FENOTÍPICOS E GENOTÍPICOS - COMBINAÇÃO
DEFINIÇÃO:
-Os métodos fenotípicos são aqueles que
caracterizam os produtos da expressão gênica
para a diferenciação das cepas.
- Em decorrência deles envolverem a expressão
do gene, estas propriedades podem variar,
baseado em mudanças das condições de
crescimento, fase de crescimento e mutações
espontâneas.
CARACTERIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO
FENOTÍPICA - MÉTODOS TRADICIONAIS
DESVANTAGENS:
-Procedimentos podem ser longos
-Ambíguos;
-Afetados pelas condições do meio;
-Espécies filogeneticamente distintas;
-Problemas técnicos que dificultam a interpretação dos
resultados (crescimento não é suficiente para degradar o
substrato que se está testando, algumas características são
instáveis – meios de cultura utilizado)
-Culturas mistas não permitem a diferenciação de espécies
CARACTERES
FENOTÍPICOS
MAIS UTILIZADOS
1-Características morfológicas das colônias;
2-Forma, Coloração de Gram, Arranjo, Motilidade,
Catalase;
3-Modo de fermentação da glicose (carboidratos) e perfil
bioquímico;
4-Fatores de crescimento;
5-Disponibilidade de oxigênio;
6-Testes de produção de gás;
7-Tolerância ao sal, pH e bile;
8-Crescimento em determinadas temperaturas (máxima
e mínima);
9-Condições do ácido láctico produzido;
10-Tipos de bacteriófagos;
11-Hidrólise da Arginina;
12-Formação de Acetoina (Acetilmetilcarbinol);
13-Fermentação butilenoglicólica;
14-Tipo de hemólise;
15-Produção de polissacarídeos extracelulares;
16-Tipagem sorológica;
17-Presença de enzimas e antígenos na superfície
celular;
18-Perfil eletroforético de proteínas;
19-Atividade antimicrobiana;
20-Lipídeos e constituintes da parede celular
-Plaqueamento
(meios seletivos, diferenciais)
Meios seletivos (antibióticos, ingredientes e suplementos)
Meios diferenciais (características morfológicas das colônias)
-Características das colônias nestes meios
(tamanho, forma, brilho, cor, viragem de meio,
presença de halo e pontos centrais, borda, tempo de
incubação)
Figure 1: Single cell sort (
Nebe-von Caron et al., 2000) of
Salmonella culture results in
different colony morphology.
Forma, coloração de Gram, Arranjo,
Motilidade, Catalase;
Figure 2: Surface detail of
Salmonella cells obtained
by atomic force microscopy
3-Modo de fermentação da glicose
(carboidratos)
Bifidobacterium
Tube 1:Culture en WW (rose)
Tube 2:Lait
Tube 3:Type respiratoire
anaerobi (WW profond)
Tube 4:Glucose
Tube 5:Saccharose
Tube 6:Lactose
Tube 7:Glycerol
Tube 8:Mannitol
Tube 9:Amidon
Tube 10Indole
Tube 11:Nitrate
CARACTERES
GENOTÍPICOS
MAIS UTILIZADOS
DNA/RNA
DEFINIÇÃO
-MÉTODOS GENOTÍPICOS IDENTIFICAM ATRAVÉS DO GENOMA,
AO CONTRÁRIO DOS MÉTODOS BIOLÓGICOS E IMUNOLÓGICOS
(FENOTÍPICOS) QUE DETECTAM OS PRODUTOS CODIFICADOS
PELO GENOMA.
Ácidos nucléicos são universais em biologia celular, e a seqüência
de bases de nucleotídeos das moléculas não são influenciadas
pelas condições de cultivo. Análises dos ácidos nucléicos deste
modo, provem a base dos métodos de identificação e possuem a
vantagem da reprodutibilidade. Métodos genéticos são mais
promissores para uma rápida e acurada identificação.
Métodos capazes - Relação FILOGENÉTICAS
- Hibridização DNA-DNA;
- Seqüenciamento do gene codificador do rRNA 16S;
- Seqüenciamento da região espaçadora ITS (Internal
Transcribed Space) entre os genes do operon que
codificam o rRNA.
- Permitem detectar diferenças e similaridades entre
amostras bacterianas da mesma espécie, e
conseqüentemente, verificar se amostras isoladas de
diferentes pacientes ou locais possuem uma origem
comum.
•PCR • REAÇÃO DE POLIMERASE EM CADEIA
Publicação:
Mullis and Faloona, 1987
Saiki at al. 1988
1984 - PCR foi apresentada pela primeira
em um encontro científico
1976: Thomas D. Brock descobriu a DNA polimerase
termoestável de Thermus aquaticus.
1988: Esta DNA polimerase foi usada por Saiki para
fazer PCR.
Thomas D. Brock no lago do “Yellowstone National Park”
PCR requer 7 componentes essenciais:
- DNA polimerase termoestável
- Um par de oligonucleotídeos para iniciar a síntese de DNA
- Deoxinucleosídeos trifosfato (dNTPs)
- Cátion divalente : toda DNA polimerase requer cátion
divalente, usualmente Mg2+
- Tampão para manter o pH
- Cátions monovalentes, usualmente K+ (KCl)
- DNA molde
Virtualmente, qualquer seqüência alvo de DNA pode
ser amplificada por PCR
A localização da seqüência alvo é feita pelos “primers”.
Oligonucleotídeos com 20 “mers” é usualmente
seletivo o suficiente para localizar um sítio único em
um genoma de alta complexidade, tal como o genoma
humano.
O pareamento dos “primers” com a seqüência alvo na
template se faz pelo estabelecimento de pontes de
hidrogênio, segundo o pareamento convencional
descrito por Watson e Crick:
A T
C G
Especificidade dos iniciadores:
É possível calcular de ocorrência aleatória da seqüência:
n = 2NK
n = número de sítios complementares ao iniciador
N = tamanho do genoma (humano: 3 x 109)
K = [g/2]G+C x [1-g]A+T
g conteúdo relativo de G+C
Este cálculo mostra que um oligonucleotídeo de 15 nts está
representado uma única vez no genoma.
Devido às seqüências repetidas e às famílias de proteínas, menos de
85% do genoma de mamíferos pode ser encontrado com precisão,
mesmo com iniciadores de 20 nts ou mais.
PCR é um processo iterativo, consistindo de três elementos:
- Desnaturação da template por aquecimento
- Pareamento dos iníciadores à seqüência alvo fita única
- Extensão dos iniciadores pela DNA polimerase termoestável
A TÉCNICA DE PCR
Amplificação da região ITS em leveduras
Amplificação da região ITS em S. cerevisiae
841 bp
PCR (REAÇÃO DE POLIMERASE EM CADEIA)
- Permite a detecção de microrganismos isolados ou
diretamente em material clínico, mesmo se presente em
pequenas quantidades;
-Amplificação de seqüências nucleotídicas específicas
(segmento alvo);
-Amplificação – processo de síntese de DNA dirigida
(desnaturação, ligação de primers -seqüências pequenas
presentes nas extremidades que ladeiam o segmento-alvo e
a extensão dos primers, através da DNA polimerase, para
produzir cópias idênticas do segmento-alvo.
-Seqüência entre os dois primers é amplificada
• PCR – Polimerase Chain Reaction
- Polimerase termoestável;
- Deoxinucleotídeos (dNTP);
- Dois iniciadores (primers)
Etapas
1) Separação das hélices do DNA a ser amplificado;
2) Ligação complementar entre os primers e o DNA;
3) Síntese do DNA pela Taq polimerase.
•Multiplex-PCR
- A técnica de PCR na sua forma mais simples;
- Amplifica regiões específicas do DNA;
- Utiliza um conjunto de iniciadores diferentes;
- Mais regiões amplificadas mais confiável é a técnica;
- Conhecimento prévio das seqüências (ou seja, do gene/
região de interesse).
BAX SYSTEM
DETECÇÃO DE PATÓGENOS;
-Salmonella sp
-Listeria sp
-Listeria monocytogenes
-E. coli O157:H7;
-Enterobacter sakazakii
CARACTERÍSTICAS
- ANÁLISE DE PRESENÇA OU AUSÊNCIA;
- UTILIZA A TÉCNICA PCR
(POLYMERASE CHAIN REACTION);
- DETECÇÃO DO DNA BACTERIANO;
- TOTALMENTE AUTOMATIZADO
(AMPLIFICAÇÃO, DETECÇÃO E INTERPRETAÇÃO);
- ALTO VOLUME DE ANÁLISE (96 AMOSTRAS SIMULTÂNEAS PARA O
TARGET DE ESCOLHA);
- MUITO FÁCIL USO;
- OS REAGENTES ESTÃO EM TABLETES;
- 3 ½ PARA O ENRIQUECIMENTO;
- DETECÇÃO: 1UFC/25g DO ALIMENTO;
- ALTA ESPECIFICIDADE.
-(POLYMERASE CHAIN REACTION)
ETAPAS EXTERNAS
1 – PREPARAÇÃO DO DNA
ASPECTOS QUE DEVEM SER OBSERVADOS:
- 1º
-Salmonella:
Protocolo padrão (TSB, Água Peptonada, Caldo Lactosado) -
interferência química
Regrow: BHI
-E. coli:
Protocolo padrão
-L. monocytogenes ou sp:
1-Caldo LEB (24hs)
2-Mops Bleb (24hs)
- 2º (Lise celular) – Gram +
2 – AMPLIFICAÇÃO
ETAPAS INTERNAS
3 – DETECÇÃO
SONDAS
Sondas genéticas (PROBE)
-Segmentos específicos de DNA ou RNA (fita
simples) que reconhecem e anelam (hibridizam)
com seqüências complementares (pareamento de
bases complementares) formando moléculas
híbridas de fita dupla.
-As sondas são marcadas (radioisótopos,
enzimas ou moléculas quimioluminescentes);
-As amostras em teste são inoculadas sobre um
suporte sólido (filtro nitrocelulose) colocado na
superfície de um meio de cultura sólido.
- As colônias desenvolvidas sobre o filtro são
submetidas a um tratamento (lise), expondo e
desnaturando seu genoma;
- Para os testes de hibridização, os filtros são
incubados com uma solução contendo a sonda
marcada. Onde for homólogo ela hibridiza e é
detectada (cor ou luz);
- Praticamente todos os microrganismos contêm
alguma seqüência nucleotídica exclusiva que
pode ser usada como sonda (sondas podem ser
gênero, espécie ou mesmo amostra específica).
Sondas
Pequeno fragmento de DNA ou RNA usado para detectar
uma sequência complementar por hibridação com uma
amostra de ácido nucleico.
Cadeia dupla
DNA
DNA
desnaturado
aquecimento
DNA marcado
reactivamente
DNA marcado
por corantes
fluorescentes
Cadeia dupla de
DNA marcado hibridação
Sondas de DNA – Southern blot
Método para realçar o
resultado de uma electroforese em
gel de agarose, por marcação de
sequências específicas de DNA.
Adaptado de http://www.mun.ca/biology/scarr/Gr12-18.html
Sondas de RNA – Northern blot
Técnica usada para identificar e localizar as sequências
de mRNA complementares a uma sonda de DNA ou RNA
• Permite verificar se um determinado gene de um genoma
é ou não transcrito no RNA em estudo.
http://www.sigmaaldrich.com/img/assets/6560/sg_ls_mb_nap_total_rna_gel2.jpg
RFLP
• RESTRICTION FRAGMENTE LENGHT
POLYMORFISM
RESTRICTION FRAGMENTE LENGHT POLYMORFISM
– RFLP - Polimorfismo observado no tamanho dos fragmentos
resultantes da restrição enzimática
-As bactérias apresentam em seu cromossomo
regiões que tendem a variar de amostra para
amostra, dentro de uma mesma espécie bacteriana,
embora essas regiões sejam constantes dentro de
uma mesma amostra.
-Quando o cromossomo é purificado e clivado com
endonucleases de restrição, em numerosos
fragmentos de fita dupla, essa variabilidade pode
ser observada.
-Os fragmentos devem ser separados em gel (poliacrilamida
ou agarose).
-Ao se comparar o DNA de duas amostras por esse método,
é freqüentemente possível distinguir diferenças no padrão
de bandeamento (devido as diferenças no tamanho dos
fragmentos).
-As diferenças podem ser sutis, e as vezes, para melhor
visualização podemos escolher sondas que hibridizam
especialmente com regiões altamente variáveis. Após a
hibridização, as diferenças na localização e no tamanho dos
fragmentos são acentuadas e facilmente identificadas.
ETAPAS - RFLP
1 – Isolamento do DNA cromossômico;
2 – Digestão com enzima (s) de restrição;
3 – Eletroforese em Gel de Campo Pulsante; – PFGE (Pulsed Fied Gel Electrophoferis)
4 – Coloração com Brometo de Etídio;
5 – Fotografia do perfil obtido.
Ação - E. R.
Purificação
Digestão com Eco R1
Digestão com Hind ll
Banda escolhida
ou probe
PFGE
• PULSED-FIELD GEL ELECTROPHORESIS
PULSED-FIELD GEL ELECTROPHORESIS - PFGE
-Eletroforese em gel de agarose mais utilizado;
-Entretanto este método não permite uma resolução eficiente
de fragmentos de DNA maiores do que 40Kb;
-Estes fragmentos são tão grandes que acabam apresentando
uma mesma taxa de migração no campo elétrico;
PFGE – as moléculas são submetidas a campos elétricos
aplicados alternadamente em duas direções; da mesma forma
de RFLP, o DNA é purificado e clivado com enzimas de
restrição, só que, no caso da PFGE, as enzimas utilizadas
cortam o DNA em número menor de fragmentos e, portanto,
maiores em tamanho.
PFGE de cepas de S.Typhi: nos. 1e10- marcador molecular,
2 a 7- surto, 8 e 9- esporádicos
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 kb
1135
668,9
78,2
216,9
PULSENET - AMERICA LATINA
PROVA PILOTO Resultados
1 2 3 4 5 6 7 8 9 101 2 3 4 5 6 7 8 9 10
BRAL05.001c. tif ARIM04.002.tif
1 2 3 4 5 6 7 8 9 101 2 3 4 5 6 7 8 9 10
BRAL05.001c. tif ARIM04.002.tif
- Contraste - banda / fundo : descoloração x sistema de imagem
- linha 2 Variações de DO
- Última banda do padrão
AMOSTRAS - Prova Piloto
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Eletroforese em CHEFFII - 20h
Dice (Opt:1.50%) (Tol 1.5%-1.5%) (H>0.0% S>0.0%) [0.0%-100.0%]
PFGE-XbaI
10
0
90
80
70
60
PFGE-XbaI
ARcepa7
BRALcepa7
ARcepa6
BRALcepa6
ARcepa3
BRALcepa3
ARcepa1
BRALcepa1
ARcepa5
BRALcepa5
ARcepa4
BRALcepa4
ARcepa2
BRALcepa2
Comparação dos perfis eletroforéticos obtidos no
Brasil e Argentina
PULSENET - AMERICA LATINA
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
E.coli O157:H7 - PFGE
Linhas 1,5,10 - Padrão de peso molecular; 2,3,4,6,7,8,9 : amostras O157:H7
PULSENET - AMERICA LATINA
S.Enteritidis -S.Typhimurium - PFGE Surtos - 2005
Linhas 1,5,10 : Padrão de PM; Linhas 2,3,4,6 : S.Typhimurium;7,8,9:S.Enteritidis
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
RAPD
• Random Amplified Polymorphic DNA
RAPD RANDOM AMPLIFIED POLYMORPHIC
DNA
É uma variação do protocolo de PCR, com duas características distintivas: utiliza um primer único, e o primer tem sequência arbitrária, isto é, sua sequência alvo é desconhecida
APLICAÇÕES DO RAPD:
•Obtenção de ´fingerprints´ genômicos de
indivíduos, variedades e populações;
•Análise da estrutura e diversidade genética em
populações naturais, de melhoramento e bancos
de germoplasma;
•Estabelecimento de relacionamentos filogenéticos
em diferentes espécies;
•Construção de mapas genéticos e localização de
genes de interesse econômico.
RAPD usando o primer OPA-11 em linhagens de S. cerevisiae
RAPD de 3 linhagens de S. cerevisiae
Bolsista: Carolinie Batista Nobre da Cruz
Orientadora: Dra. Patrícia Puccinelli Orlandi Nogueira
• Construir sistemas de PCR para a detecção múltipla (multiplex) para a
amplificação simultânea de vários loci de identificação de E.coli
diarreiogênicas (DEC) emergentes na cidade de Manaus.
- Determinação dos genes para identificação das categorias de DEC;
- Isolamento das amostras de DEC padrões estocadas na bacterioteca do
Laboratório de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) da FIOCRUZ;
- Extração do DNA das amostras;
- Padronização do sistema de PCR Multiplex;
- Caracterização genotípica de 93 amostras de DEC caracterizadas por
métodos fenotípicos de amostras fecais de coletadas de crianças de 5 a 14
anos internados em hospitais de Manaus.
MULTIPLEX 1 (Anelamento a 56°C)
GENE TAMANHO ORGANISMO Padrão ORIGEM AÇÃO REFERÊNCIA
invE 766 EIEC M90T Plasmídio Invasão Daniel Muller, 2007
bfpA 550 EPEC Atípica E2346 Plasmídio Pilin Donnenberg et al.,
1982
ent 518 EHEC 1731 - Enterotoxina Daniel Muller, 2007
EAF 397 EPEC E234869 Cromossomo Intimina Gomes-Duarte et al.
2009
stx2 324 STEC ST5 - Shiga toxina
bacterióf. Daniel Muller, 2007
M 1 2 3 4 5 6 7 8
1 – Multiplex 1
2 – invE
4 – bfpA
5 – ent
6 – EAF
7 – stx2
8 – C –
Anelamento a 56ºC
invE (766 pb)
bfpA (550 pb)
ent (518 pb) ent (518 pb)
MULTIPLEX 2 (Anelamento a 58°C)
GENE TAMANHO ORGANISMO Padrão ORIGEM AÇÃO REFERÊNCIA
uidA 1487 E. coli K12-3 - Beta-
glucorinidase Daniel Muller, 2007
EAE 917 EHEC e EPEC E234869 Cromossom
o Intimina
Gomes-Duarte et al.
2009
bfpB 910 EPEC Típica E234869 Plasmídio - Daniel Muller, 2007
escV 544 EPEC, ATEC e
STEC E234869 - Região Lee Daniel Muller, 2007
stx1 244 STEC ST8 ou ST5 - Shiga toxina
bacterióf. Daniel Muller, 2007
estlB 171 ETEC ST8 ou ST5 Plasmídio Toxina ST Daniel Muller, 2007
ast1 102 EAEC EAEC O42 Plasmídio Enterotoxina Daniel Muller, 2007
1 – Multiplex 2
2 – uidA
3 – EAE
4 – escV
5 – bfpB
6 – stx1
7 – estlb
8 – ast1
9 – C –
M 1 2 3 4 5 6 7 8 9
• 957 amostras de 0 a 14 anos;
• Triplicata (Colônia A, B e C)
• Totalizando 2.871 amostras genotipadas;
• Extração de DNA;
• Multiplex PCR;
• Simplex PCR;
• Invasão e aderância celular
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
invE bfpA ent EAF stx2
28% 27%
12%
29%
20%
30%
24%
11%
26%
16% Multiplex 1
Simplex 1
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
uidA EAE bfpB escV stx1 estlb ast1
95%
6%
29% 27%
13%
0%
11%
97%
9%
25% 27%
10% 9%
14%
Multiplex 2
Simplex 2
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30% 28%
23% 24%
2% 4%
8%
0%
6% 5%
26%
18% 19%
5% 6%
9% 9%
4% 3%
Multiplex
Simplex
• Neste estudo foram desenvolvidos dois sistemas de PCR multiplex de rápida otimização.
• Houve uma média de 2% de diferença entre a amplificação dos genes pelo multiplex e
simplex, exceto o gene estlb que foi apenas amplificado pelo simplex PCR.
• O método permitiu a identificação de sete categorias de DEC, pois ETEC apresentou
somente no simplex PCR. Müller et al 2007, Kimata et al. 2005, descrevem que os genes
ST e LT para a identificação de ETEC (ETEC-LT e ETEC-ST), sendo necessário modificar a
reação para que haja a identificação das oito categorias de DECs;
• Daniel Müller (2007) demonstra que amostras de E. coli clínica os isolados provenientes de
pacientes diarréia de várias regiões geográficas distintas, foram identificados cinco estirpes
não convencionais expressando perfis de fator de virulência diferentes.
• Estima-se que, no Brasil, diarréias sejam a causa de mais de 200.000 óbitos anuais de
crianças, nos quais EPEC se encontra entre as principais causas (Gomes et al., 1989;
Gomes et al., 1991; Mangia et al., 1993).
• Estima-se que, no Brasil, diarréias sejam a causa de mais de 200.000 óbitos anuais de
crianças, nos quais EPEC se encontra entre as principais causas (Gomes et al., 2001;
Gomes et al., 2005; Mangia et al., 2003).
• Nas crianças de 0-1 mês foram identificados 21% de EIEC nas amostras, esta cepa
tem um comportamento patológico muito semelhante a Shigella, resultando diarréia
com sangue, de alta gravidade para estes neonatos (Doyle e Cliver, 1990).
• Nestas crianças também foi identificado duas amostras positivas para os genes ent,
stx1 e stx2 sendo identificada como EHEC típicas, mais conhecida como O157:H7,
causadora da Síndrome Hemolítica Urêmica em crianças.
• A identificação de EIEC e EHEC tiveram um papel importante em nosso estudo, pois a
maioria dos estudos, mostrou que esse patógeno não é comumente isolado, porém,
Toledo e col. em estudo com crianças com diarréia que viviam em favelas na grande
São Paulo - SP, encontraram uma frequência de 15,9% de EIEC em crianças de 1 mês
a 5 anos (Martinez et al, 1998).
SALMONELLA SP. Padronização dos genes de virulência
• invA(a) – 244pb
• invA(b) – 450pb
• fimA – 571pb
• agfA – 700pb
• Flic(a) – 334pb
• spvC – 433pb
• sfdA – 299pb
• phoP – 244pb
• slyA – 450pb
• sfa – 571pb
• Flic(b) – 700pb
• aceK – 334pb
• sdf – 433pb
• Amostras:
• (9) Salmonella sp.
• (14) Salmonella choleraesuis
• (15) Salmonella paratyphi
invA(a)
invA(b)
slyA
sfa fliC(a)
sdf
fimA
agfA
phoP
aceK
16S
spvC
slyA
sfA
fliC(b)
sfdA
agfA
• aceK
• 70ºC
• slyA
• inv(a)
• inv(b)
• Sfa
• sfd
• 60ºC
– fimA
– phoP
• 63ºC
– spvC
– sdfA
– fliC
– agfA
• 68ºC
– aceK
BACTÉRIAS DE
BIOFILME E SALIVA
Padronização dos genes de virulência
Padronização
16S
Eykenella
corrodens
(192pb)
Tanerella
forsythenis
(641pb)
Prevotella nigreens
(804pb)
Prevotella intermedia
(575pb)
MULTIPLEX
SEQUENCIAMENTO DO
GENE 16S RNA
Amostras de água Rio Pardo
117
Resultados
• 57 amostras de água
• 371 colônias isoladas
• Extração de DNA
• PCR (16s rRNA – 530-F e 1492-R)
• Purificação – PEG
• Sequenciamento – ABI (Alfredo da Mata)
118
Resultados
0
10
20
30
40
50
10
7
1 2
7
1 1 1
32
4
21
27
9
3 1 2 1 1
24
7
19
1
5
36
6
1
119
Resultados
• Filogenia MEGA 5.1
120
Muito
Obrigada!!!