Aula Plaquetopenias
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11/06/2013
1
Plaquetopenias adquiridas e hereditrias
Erich de Paula
Departamento de Patologia Clnica
FCM - Unicamp
Sumrio
Aspectos gerais
Causas de plaquetopenia
Plaquetopenias hereditrias
Plaquetopenias adquiridas PTI
PTT
CIVD
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Plaquetas
Distribuio Contagem normal: 150.000 450.000/mm3
Sobrevida mdia de 8 dias
Remoo pelo SRE (bao e fgado)
70% na circulao e 30% no bao
Funo
Hemostasia
Imunidade inata
Etapas do processo de hemostasia
Hemostasia primria Contrao vascular
Formao do plugue plaquetrio
Hemostasia secundria Ativao da cascata de coagulao
Deposio e estabilizao da fibrina
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Trombocitopoiese
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Manifestaes clnicas
Quadro clnico: sangramento cutneo-mucoso
Petquias
Prpuras e equimoses
Sgto em mucosas
Menorragia
Manifestaes hemorrgicas
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Sumrio
Aspectos gerais
Causas de plaquetopenia
Plaquetopenias hereditrias
Plaquetopenias adquiridas PTI
PTT
CIVD
Causas de plaquetopenia
Falha na produo (causas centrais)
Agestes citotxicos (quimio ou radioterapia)
Doenas afetando a medula ssea
Reduo da sobrevida (causas perifricas)
Relacionada a drogas
Coagulao intravascular disseminada (CIVD)
Prpura trombocitopnica trombtica
Imune (PTI)
Distribuio anormal das plaquetas
Hiperesplenismo
Hemodiluio
Plaquetopenias hereditrias
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Abordagem do paciente com plaquetopenia
Histria e exame fsico Queixa e tipo de sangramento
Exposio a stress hemosttico
Esplenomegalia?
Avaliao laboratorial A pseudoplaquetopenia foi devidamente excluda?
H outras alteraes no hemograma alm da plaquetopenia?
As condies associadas plaquetopenia do paciente foram avaliadas?
Pseudoplaquetopenia
Formao de agregados plaquetrios por mecanismos imunolgicos associados ao EDTA ou desconhecidos
Investigar atravs da coleta da amostra em citrato (tubo de coagulograma)
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Pseudoplaquetopenia
Aspectos gerais
Causas de plaquetopenia
Plaquetopenias hereditrias
Plaquetopenias adquiridas PTI
PTT
CIVD
Sumrio
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Introduo
Grupo heterogneo de doenas, algumas com freqncia extremamente rara
Quadro clnico caracterizado por sangramento cutneo-mucoso e aps procedimentos invasivos
Clinicamente classificveis em trombopatias graves e leves
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Histria clnica
Queixas hemorrgicas: dados subjetivos
Incio dos sangramentos: imediatamente aps o fator desencadeante
Situaes de stress hemosttico: crianas x adultos assintomticos
Histria familiar: hemogramas antigos e de familiares
Co-morbidades: perda auditiva, Gnefrite, catarata, imunodeficincias, alteraes msculo-esquelticas
Investigao laboratorial
Testes de screening da hemostasia primria
o Tempo de sangramento
o Prova do lao
o PFA-100
o Hemograma completo
o Teste de agregao plaquetria
Testes complementares
o Citometria de fluxo
o Biologia molecular
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Agonista
Agregados
plaquetrios
transmisso
de luz
PRP
transmisso luz basal
0
10
20
100
Agonista
primeira onda
segunda onda
50
Teste de agregao plaquetria
Trombopatias hereditrias Entidades de diagnstico laboratorial direto
Trombastenia de Glanzmann (Def Gp IIb/IIIa)
Contagem plaquetria normal com TS
Ausncia de agregao com ADP, adrenalina, colgeno
Agregao normal com ristocetina
Citometria: reduo GPIIb ou IIIa
Sndrome de Bernard Soulier (Def Gp Ib/IX)
Plaquetopenia varivel (
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Trombopatias hereditrias Entidades de diagnstico laboratorial direto
Macrotrombocitopenias hereditrias relacionadas ao gene MYH9
Autossmica dominante
Macroplaquetas com trombocitopenia varivel
Corpsculos de Dohle nos neutrfilos
Diagnstico por biologia molecular
Pode se associar a doena renal e surdez neurosensorial
Tratamento Aspectos gerais
Nvel de evidncia Sries de casos e opinio de especialistas
Recomendaes Trombopatialevexgrave
Importncia da histria hemorrgica
Orientaes gerais Registro em cadastro de pacientes com coagulopatia
Orientao escrita a outros profissionais
Restrio ao uso de drogas anti-plaquetrias
Admisso/internao precoce durante episdios hemorrgicos
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Tratamento Anti-fibrinolticos
Indicaes Menorragia
Sangramentos leves em mucosas
Adjuvante em procedimentos em mucosas Incio 24h antes do procedimento; manter at aps 5-7d
cido -amino-caprico e cido tranexmico Uso sistmico ou tpico
Tratamento Transfuso de plaquetas
Indicaes Sangramentos graves
Pr procedimentos invasivos em pacientes com trombopatias graves
Complicaes Infeces
Refratariedade plaquetria: aloimunizao anti-HLA e anti-HPA (pacientes com TG e SBS)
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Trombocitopenias hereditrias Concluses
Grupo heterogneo de doenas hemorrgicas
Exames disponveis frequentemente insuficientes para definio diagnstica
Histria hemorrgica melhor parmetro para estratificar risco hemorrgico
Transfuso de plaquetas apenas quando inevitvel pelo risco de refratariedade plaquetria
Aspectos gerais
Causas de plaquetopenia
Plaquetopenias hereditrias
Plaquetopenias adquiridas PTI
PTT
CIVD
Sumrio
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Definio: condio clnica caracterizada por reduo transitria ou permanente da contagem plaquetria mediada por mecanismos imunes
Plaquetopenia imune (PTI)
Rodeghiero et al, Blood 2009
Prpura Trombocitopnica Imune
PTI primria Diagnstico de excluso
PTI secundria Colagenoses
Infecces virais HCV e HIV
Neoplasias
PTI primria x secundria
Rodeghiero et al, Blood 2009
Cines et al, Blood 2009
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Fisiopatologia da plaquetopenia na PTI
Reduo na sobrevida das plaquetas
Reduo na produo de plaquetas Supresso da produo da megacaricitos por plasma de
pacientes com PTI ricos em auto-anticorpos
Deficincia relativa de trombopoietina (TPO)
Nichol, Stem Cells 1998
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Abordagem inicial
A plaquetopenia imune-mediada?
Como o caso deve ser investigado?
Devo iniciar o tratamento?
Abordagem inicial
A plaquetopenia imune-mediada?
Como o caso deve ser investigado?
Devo iniciar o tratamento?
CAUSAS ALTERNATIVAS DE PLAQUETOPENIA
E MTODO DE EXCLUSO
- Doenas medulares: avaliao completa do hemograma
- Hiperesplenismo: exame fsico
- CIVD, PTT: histria e exame fsico
- Medicamentos: histria
- Plaquetopenias hereditrias: histria, hemograma dos familiares
DIAGNSTICO DE EXCLUSO
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Como o caso deve ser investigado?
AVALIAO BSICA
Hemograma completo (+esfregao)
Contagem de reticulcitos
Avaliao medular (casos selecionados)
Coombs direto
AVALIAO COMPLEMENTAR PARA EXCLUSO DE PTI SECUNDRIA
Sorologias hepatites B e C e HIV
Colagenoses (FAN, etc)
Neoplasias (individualizar)
Devo tratar o paciente?
Stasi , Eur J Haematol 2009
Deciso individualizada, no baseada em estudos
clnicos comparativos
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Tratamento
1a linha Corticosterides
2a linha Esplenectomia
Dapsona
Rituximabe
3a linha Outros imunossupressores
Agonistas do receptor de TPO
Plasmafrese com imunoadsoro
Prpura trombocitopnica trombtica
Pntade Plaquetopenia
Anemia hemoltica microangioptica
Febre
Sintomas neurolgicos
Insuficincia renal
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CIVD
Ativao da coagulao ocorre como parte da resposta do hospedeiro a infeco/inflamao (SIRS)
Ativao local da coagulao pode restringir disseminao do foco infeccioso
Descontrole deste processo pode levar a CIVD Plaquetopeniasecundriaativaodacoagulao(PTT)
Associada a causa sistmica evidente: infeco , inflamao
H consumo de fatores da coagulao ( de TP e TTPa)
H reduo de anticoagulantes naturais (protena C, antitrombina)
Relevncia clnica desconhecida
Ausncia de tratamento especfico
Casos clnicos
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Caso clnico
Paciente do sexo masculino, 13 anos, com histria de epistaxe recorrente desde o 1 ano de vida, mas
sem outras queixas ou comorbidades. Realiza hemograma pr operatrio para cirurgia de varicocele.
Exame fsico sem alteraes. Nunca realizou outra cirurgia ou nenhum procedimento invasivo.
Em relao ao hemograma e ao quadro clnico, correto afirmar que:
1. O diagnstico mais provvel o de prpura trombocitopnica imune, que pode ser confirmado pela
pesquisa de anticorpos antiplaquetrios
2. Os achados do hemograma so sugestivos de macrotrombocitopenia hereditria
3. A possibilidade de doena hereditria pode ser descartada pela idade do paciente, j que improvvel
que tal alterao passasse sem ser notada por tantos anos
4. A avaliao da medula ssea importante para o diagnstico diferencia entre plaquetopenia hereditria
e imune
Caso 1
Descrio do esfregao
Srie vermelha: sem anormalidades morfolgicas
Srie branca: visualizados alguns corpsculos de Dohle nos neutrfilos
Srie plaquetria: presena de macroplaquetas (LPLTS +++)
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Caso clnico:
Paciente do sexo masculino, 13 anos, com histria de epistaxe recorrente desde o 1 ano de vida, mas
sem outras queixas ou comorbidades. Realiza hemograma pr operatrio para cirurgia de varicocele.
Exame fsico sem alteraes. Nunca realizou outra cirurgia ou nenhum procedimento invasivo.
Em relao ao hemograma e ao quadro clnico, correto afirmar que:
1. O diagnstico mais provvel o de prpura trombocitopnica imune, que pode ser confirmado pela
pesquisa de anticorpos antiplaquetrios
2. Os achados do hemograma so sugestivos de macrotrombocitopenia hereditria
3. A possibilidade de doena hereditria pode ser descartada pela idade do paciente, j que improvvel
que tal alterao passasse sem ser notada por tantos anos
4. A avaliao da medula ssea importante para o diagnstico diferencia entre plaquetopenia hereditria
e imune
Caso 1
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Caso clnico:
Paciente do sexo feminino, 22 anos, com emagrecimento progressivo h 2 meses associado a febre
vespertina. natural de Montes Claros MG e nunca realizou avaliao mdica, exceto no periodo de assistncia ao parto (G1P1). Vem encaminhada UBS para investigao de neoplasia, com HD de
linfoma. Ao exame fsico, emagrecimento, ausncia de linfonodomegalias, bao palpvel a 10 cm do
RCE.
Em relao ao hemograma e ao quadro clnico, correto afirmar que:
1. A HD de linfoma a hiptese mais provvel para justificar as alteraes do hemograma, devido ao
invarivel comprometimento medular deste tipo de neoplasia
2. A HD mais provvel de hiperesplenismo e hipertenso portal, que nesta faixa etria deve estar
associado a trombose de veia porta no periodo neonatal
3. A HD mais provvel de leishmaniose visceral, mas o diagnstico deve ser confirmado pela pesquisa
direta e cultura do patgeno
4. O caso incomum na forma de apresentao laboratorial. A conduta mais adequada uma laparotomia
exploradora com esplenectomia diagnstica para elucidao do quadro.
Caso 2
Descrio do esfregao
Srie vermelha: sem anormalidades morfolgicas
Srie branca: sem anormalidades morfolgicas
Srie plaquetria: sem anormalidades morfolgicas
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Caso clnico:
Paciente do sexo feminino, 22 anos, com emagrecimento progressivo h 2 meses associado a febre
vespertina. natural de Montes Claros MG e nunca realizou avaliao mdica, exceto no periodo de assistncia ao parto (G1P1). Vem encaminhada UBS para investigao de neoplasia, com HD de
linfoma. Ao exame fsico, emagrecimento, ausncia de linfonodomegalias, bao palpvel a 10 cm do
RCE.
Em relao ao hemograma e ao quadro clnico, correto afirmar que:
1. A HD de linfoma a hiptese mais provvel para justificar as alteraes do hemograma, devido ao
invarivel comprometimento medular deste tipo de neoplasia
2. A HD mais provvel de hiperesplenismo e hipertenso portal, que nesta faixa etria deve estar
associado a trombose de veia porta no periodo neonatal
3. A HD mais provvel de leishmaniose visceral, mas o diagnstico deve ser confirmado pela
pesquisa direta e cultura do patgeno
4. O caso incomum na forma de apresentao laboratorial. A conduta mais adequada uma laparotomia
exploradora com esplenectomia diagnstica para elucidao do quadro.
Caso 2
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Caso clnico:
Paciente de 54 anos, sexo feminino, internada h 3 dias na UTI devido a pneumonia que evolui para
choque sptico. Em hemocultura foi isolado o patgeno Pseumonas aeruginosa, em tratamento com
antibioticoterapia e drogas vaso-ativas (noradrenalina). Sem sangramentos, exceto formao de
hematomas em locais de puno.
Em relao ao hemograma e ao caso clnico, correto afirmar que:
1. A causa mais provvel para as alteraes so o uso de antibiticos.
2. Os resultados so compatveis com a HD de coagulao intravascular disseminada
3. A presena de plaquetopenia e anemia em pacientes com choque sptico torna imperioso a avaliao de
um hematologista
4. O aumento da contagem de reticulcitos est invariavelmente associada s anemias hemolticas
Caso 3
Contagem de reticulcitos: 74.000/ul (VR 25.000 a 75.000/ul)
Descrio do esfregao
Srie vermelha: discreta anisocitose e policromasia com raros esquizcitos
Srie branca: Granulaes txicas nos neutrfilos. Diferencial: segmentados: 56%; bastonetes: 10%;
metamielcitos: 4%; mielcitos: 1%; linfcitos: 24,5%; moncitos: 4%; eosinfilos: 0,5%
Srie plaquetria: confirmado plaquetopenia
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Caso clnico:
Paciente de 54 anos, sexo feminino, internada h 3 dias na UTI devido a pneumonia que evolui para
choque sptico. Em hemocultura foi isolado o patgeno Pseumonas aeruginosa, em tratamento com
antibioticoterapia e drogas vaso-ativas (noradrenalina). Sem sangramentos, exceto formao de
hematomas em locais de puno.
Em relao ao hemograma e ao caso clnico, correto afirmar que:
1. A causa mais provvel para as alteraes so o uso de antibiticos.
2. Os resultados so compatveis com a HD de coagulao intravascular disseminada
3. A presena de plaquetopenia e anemia em pacientes com choque sptico torna imperioso a avaliao de
um hematologista
4. O aumento da contagem de reticulcitos est invariavelmente associada s anemias hemolticas
Caso 3
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Caso clnico:
Paciente de 26 anos, previamente hgida, que h 2 meses passa a apresentar sangramento gengival s
escovaes, aumento do fluxo menstrual e, h 2 semanas, mltiplas manchas em tronco e membros. H
1 dia, durante tosse, evolui com hemorragia subconjuntival bilateral. Vem ao pronto socorro onde realiza
hemograma completo. Exame fsico mostra petquias e equimoses difusas, hemorragia subconjuntival
bilateral com acuidade visual preservada. Restante sem alteraes.
Em relao ao hemograma e ao caso clnico, correto afirmar que:
1. A gravidade da plaquetopenia indica provvel causa medular
2. A presena de leucopenia associada mostra que o comprometimento da granulocitopoiese, favorecendo
a hiptese de doena medular, e no de plaquetopenia de causa perifrica
3. O hemograma compatvel com o quadro de infeco viral aguda
4. O hemograma compatvel com prpura trombocitopnica imune
Caso 4
Descrio do esfregao
Srie vermelha: sem anormalidades morfolgicas
Srie branca: sem anormalidades morfolgicas
Srie plaquetria: sem anormalidades morfolgicas
Contagem de reticulcitos
Relativa: 5 % (VR: 0,5-2,5) %
Absoluta: 190 (VR: 22 139) x 109/L
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Caso clnico:
Paciente de 26 anos, previamente hgida, que h 2 meses passa a apresentar sangramento gengival s
escovaes, aumento do fluxo menstrual e, h 2 semanas, mltiplas manchas em tronco e membros. H
1 dia, durante tosse, evolui com hemorragia subconjuntival bilateral. Vem ao pronto socorro onde realiza
hemograma completo. Exame fsico mostra petquias e equimoses difusas, hemorragia subconjuntival
bilateral com acuidade visual preservada. Restante sem alteraes.
Em relao ao hemograma e ao caso clnico, correto afirmar que:
1. A gravidade da plaquetopenia indica provvel causa medular
2. A presena de leucopenia associada mostra que o comprometimento da granulocitopoiese, favorecendo
a hiptese de doena medular, e no de plaquetopenia de causa perifrica
3. O hemograma compatvel com o quadro de infeco viral aguda
4. O hemograma compatvel com prpura trombocitopnica imune
Caso 4
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Caso clnico:
Paciente de 38 anos, sexo masculino, previamente hgido. Procura UBS devido a queixa de disfuno
ertil, instalada nos ltimos 2 meses. Na anamnese, revela ainda astenia progressiva no mesmo
perodo. Realiza hemograma completo como parte da avaliao inicial. Ao exame fsico, BEG,
descorado, anictrico, afebril. Petquias e equimoses em membros inferiores.
Em relao ao hemograma, correto afirmar que:
1. A presena de pancitopenia sugere o diagnstico de aplasia da medula ssea
2. A descrio das clulas que predominam na srie branca compatvel com a descrio de blastos, o
que configura a presena de um hiato leucmico e por consequncia, de uma leucemia aguda
3. A presena de anemia macroctica e pancitopenia confirmam o diagnstico de anemia megaloblstica
4. O quadro caracterstico de hiperesplenismo
Caso 5
Descrio do esfregao
Srie vermelha: anisocitose moderada com microcitose e macrocitose.
Srie branca: Predomnio (cerca de 55%) de clulas de tamanho grande, cromatina frouxa, nuclolos
evidentes, granulao conspcua no citoplasma e bastonetes de Auer
Srie plaquetria: alguns agregados plaquetrios
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Caso clnico:
Paciente de 38 anos, sexo masculino, previamente hgido. Procura UBS devido a queixa de disfuno
ertil, instalada nos ltimos 2 meses. Na anamnese, revela ainda astenia progressiva no mesmo
perodo. Realiza hemograma completo como parte da avaliao inicial. Ao exame fsico, BEG,
descorado, anictrico, afebril. Petquias e equimoses em membros inferiores.
Em relao ao hemograma, correto afirmar que:
1. A presena de pancitopenia sugere o diagnstico de aplasia da medula ssea
2. A descrio das clulas que predominam na srie branca compatvel com a descrio de
blastos, o que configura a presena de um hiato leucmico e por consequncia, de uma leucemia
aguda
3. A presena de anemia macroctica e pancitopenia confirmam o diagnstico de anemia megaloblstica
4. O quadro caracterstico de hiperesplenismo
Caso 5
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Caso clnico:
Paciente de 40 anos, sexo feminino, previamente hgida. D entrada no PS com febre h 1 dia e
sonolncia progressiva h 7 dias. Durante a avaliao apresenta crise convulsiva tnico-clnica
generalizada. Necessita de entubao devido a rebaixamento do nvel de conscincia. Ao exame,
palidez cutnea, ictercia 2+/4+ e diversas petquias e equimoses em tronco e extremidades. Sem sinais
focais ao exame neurolgico. CT de crnio, TP e TTPa normais.
Em relao ao hemograma e ao quadro clnico, correto afirmar que:
1. A presena de alterao nas 3 sries sugere doena hematolgica com acometimento da medula ssea
2. O hemograma sugestivo de anemia hemoltica auto-imune associada a CIVD
3. O hemograma sugestivo de plaquetopenia auto-imune (PTI) com AVC hemorrgico
4. O hemograma sugestivo de PTT (prpura trombocitopncia trombtica)
Caso 6
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Caso clnico:
Paciente de 40 anos, sexo feminino, previamente hgida. D entrada no PS com febre h 1 dia e
sonolncia progressiva h 7 dias. Durante a avaliao apresenta crise convulsiva tnico-clnica
generalizada. Necessita de entubao devido a rebaixamento do nvel de conscincia. Ao exame,
palidez cutnea, ictercia 2+/4+ e diversas petquias e equimoses em tronco e extremidades. Sem sinais
focais ao exame neurolgico. CT de crnio, TP e TTPa normais.
Em relao ao hemograma e ao quadro clnico, correto afirmar que:
1. A presena de alterao nas 3 sries sugere doena hematolgica com acometimento da medula ssea
2. O hemograma sugestivo de anemia hemoltica auto-imune associada a CIVD
3. O hemograma sugestivo de plaquetopenia auto-imune (PTI) com AVC hemorrgico
4. O hemograma sugestivo de PTT (prpura trombocitopncia trombtica)
Caso 6
1
Novos anticoagulantes podem mudar o tempo
de tratamento da TVP e do TEP?
Posted on 8 de Abril de 2013
Cerca de 40% dos pacientes com tromboembolismo venoso (TEV) apresentaro uma nova trombose em at 5
anos aps a parada da anticoagulao. Ainda assim, estes pacientes no recebem anticoagulao definitiva, pois
na maioria dos casos o risco hemorrgico acaba sendo maior que o benefcio antitrombtico. Este o princpio
bsico do tratamento do TEV, baseado em numerosos estudos que sustentam a equao risco x benefcio do uso
de anticoagulantes nestes pacientes. Recentemente, a eficcia e a convenincia dos chamados novos
anticoagulantes orais foi demonstrada em estudos de tratamento e preveno do TEV. Alguns destes estudos
foram alm, sugerindo que estes agentes podem at mesmo apresentar um risco hemorrgico inferior ao da
varfarina em alguns subgrupos de pacientes. Mas seriam estas vantagens suficientes para modificar a equao
risco x benefcio que rege o uso de anticoagulantes orais? Trs estudos publicados em Fevereiro de 2013 no The
New England Journal of Medicine exploraram precisamente esta importante questo.
Os trs estudos utilizaram um desenho semelhante: prolongar a anticoagulao alm do tempo padro (3 a 6
meses), e avaliar a frequncia de eventos tromboemblicos recorrentes e de sangramentos nos grupos tratados
com anticoagulantes e nos grupos controle. Em um destes estudos
(http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1207541 para assinantes), o uso do Apixaban, um inibidor oral do
fator X ativado (em duas doses distintas: profiltica e teraputica) foi comparado com o placebo, por 12 meses
alm do tempo inicialmente indicado de anticoagulao. Nos outros dois estudos
(http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1113697 para assinantes), o uso extendido do inibidor direto de
trombina Dabigatran foi comparado com a Varfarina ou com o placebo (respectivamente), em pacientes que j
haviam completado pelo menos 3 meses de anticoagulao. Como esperado, o Dabigatran reduziu em quase
90% o risco de TEV em comparao ao placebo, a um custo de um aumento de 3 vezes no risco de
sangramentos. Quando comparado diretamente Varfarina, o Dabigatran atingiu (por pouco, deve-se mencionar) o
critrio de no-inferioridade de eficcia, mas resultou em aproximadamente 50% menos sangramentos. O estudo
com o Apixaban revelou uma reduo semelhante (da ordem de 80%) do risco de TEV recorrente (igual nas duas
doses testadas) em comparao ao placebo. E num resultado surpreendente, um risco hemorrgico semelhante
ao do placebo.
Embora insuficientes para responder a pergunta-ttulo deste post, os trs estudos sugerem que novos
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Falando de SangueO que h de novo na literatura cientfica em hematologia
http://blog.inctsangue.net.br