Aula Plaquetopenias

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 11/06/2013 1 Plaquetopenias adquiridas e hereditárias Erich de Paula Departamento de Patologia Clínica FCM - Unicamp Sumário  Aspectos g erais Causas de plaquetopenia Plaquetopenias hereditárias Plaquetopenias adquiridas PTI PTT CIVD

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Plaquetopenias

Transcript of Aula Plaquetopenias

  • 11/06/2013

    1

    Plaquetopenias adquiridas e hereditrias

    Erich de Paula

    Departamento de Patologia Clnica

    FCM - Unicamp

    Sumrio

    Aspectos gerais

    Causas de plaquetopenia

    Plaquetopenias hereditrias

    Plaquetopenias adquiridas PTI

    PTT

    CIVD

  • 11/06/2013

    2

    Plaquetas

    Distribuio Contagem normal: 150.000 450.000/mm3

    Sobrevida mdia de 8 dias

    Remoo pelo SRE (bao e fgado)

    70% na circulao e 30% no bao

    Funo

    Hemostasia

    Imunidade inata

    Etapas do processo de hemostasia

    Hemostasia primria Contrao vascular

    Formao do plugue plaquetrio

    Hemostasia secundria Ativao da cascata de coagulao

    Deposio e estabilizao da fibrina

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    3

    Trombocitopoiese

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    4

    Manifestaes clnicas

    Quadro clnico: sangramento cutneo-mucoso

    Petquias

    Prpuras e equimoses

    Sgto em mucosas

    Menorragia

    Manifestaes hemorrgicas

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    5

    Sumrio

    Aspectos gerais

    Causas de plaquetopenia

    Plaquetopenias hereditrias

    Plaquetopenias adquiridas PTI

    PTT

    CIVD

    Causas de plaquetopenia

    Falha na produo (causas centrais)

    Agestes citotxicos (quimio ou radioterapia)

    Doenas afetando a medula ssea

    Reduo da sobrevida (causas perifricas)

    Relacionada a drogas

    Coagulao intravascular disseminada (CIVD)

    Prpura trombocitopnica trombtica

    Imune (PTI)

    Distribuio anormal das plaquetas

    Hiperesplenismo

    Hemodiluio

    Plaquetopenias hereditrias

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    Abordagem do paciente com plaquetopenia

    Histria e exame fsico Queixa e tipo de sangramento

    Exposio a stress hemosttico

    Esplenomegalia?

    Avaliao laboratorial A pseudoplaquetopenia foi devidamente excluda?

    H outras alteraes no hemograma alm da plaquetopenia?

    As condies associadas plaquetopenia do paciente foram avaliadas?

    Pseudoplaquetopenia

    Formao de agregados plaquetrios por mecanismos imunolgicos associados ao EDTA ou desconhecidos

    Investigar atravs da coleta da amostra em citrato (tubo de coagulograma)

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    7

    Pseudoplaquetopenia

    Aspectos gerais

    Causas de plaquetopenia

    Plaquetopenias hereditrias

    Plaquetopenias adquiridas PTI

    PTT

    CIVD

    Sumrio

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    8

    Introduo

    Grupo heterogneo de doenas, algumas com freqncia extremamente rara

    Quadro clnico caracterizado por sangramento cutneo-mucoso e aps procedimentos invasivos

    Clinicamente classificveis em trombopatias graves e leves

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    Histria clnica

    Queixas hemorrgicas: dados subjetivos

    Incio dos sangramentos: imediatamente aps o fator desencadeante

    Situaes de stress hemosttico: crianas x adultos assintomticos

    Histria familiar: hemogramas antigos e de familiares

    Co-morbidades: perda auditiva, Gnefrite, catarata, imunodeficincias, alteraes msculo-esquelticas

    Investigao laboratorial

    Testes de screening da hemostasia primria

    o Tempo de sangramento

    o Prova do lao

    o PFA-100

    o Hemograma completo

    o Teste de agregao plaquetria

    Testes complementares

    o Citometria de fluxo

    o Biologia molecular

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    Agonista

    Agregados

    plaquetrios

    transmisso

    de luz

    PRP

    transmisso luz basal

    0

    10

    20

    100

    Agonista

    primeira onda

    segunda onda

    50

    Teste de agregao plaquetria

    Trombopatias hereditrias Entidades de diagnstico laboratorial direto

    Trombastenia de Glanzmann (Def Gp IIb/IIIa)

    Contagem plaquetria normal com TS

    Ausncia de agregao com ADP, adrenalina, colgeno

    Agregao normal com ristocetina

    Citometria: reduo GPIIb ou IIIa

    Sndrome de Bernard Soulier (Def Gp Ib/IX)

    Plaquetopenia varivel (

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    Trombopatias hereditrias Entidades de diagnstico laboratorial direto

    Macrotrombocitopenias hereditrias relacionadas ao gene MYH9

    Autossmica dominante

    Macroplaquetas com trombocitopenia varivel

    Corpsculos de Dohle nos neutrfilos

    Diagnstico por biologia molecular

    Pode se associar a doena renal e surdez neurosensorial

    Tratamento Aspectos gerais

    Nvel de evidncia Sries de casos e opinio de especialistas

    Recomendaes Trombopatialevexgrave

    Importncia da histria hemorrgica

    Orientaes gerais Registro em cadastro de pacientes com coagulopatia

    Orientao escrita a outros profissionais

    Restrio ao uso de drogas anti-plaquetrias

    Admisso/internao precoce durante episdios hemorrgicos

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    Tratamento Anti-fibrinolticos

    Indicaes Menorragia

    Sangramentos leves em mucosas

    Adjuvante em procedimentos em mucosas Incio 24h antes do procedimento; manter at aps 5-7d

    cido -amino-caprico e cido tranexmico Uso sistmico ou tpico

    Tratamento Transfuso de plaquetas

    Indicaes Sangramentos graves

    Pr procedimentos invasivos em pacientes com trombopatias graves

    Complicaes Infeces

    Refratariedade plaquetria: aloimunizao anti-HLA e anti-HPA (pacientes com TG e SBS)

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    Trombocitopenias hereditrias Concluses

    Grupo heterogneo de doenas hemorrgicas

    Exames disponveis frequentemente insuficientes para definio diagnstica

    Histria hemorrgica melhor parmetro para estratificar risco hemorrgico

    Transfuso de plaquetas apenas quando inevitvel pelo risco de refratariedade plaquetria

    Aspectos gerais

    Causas de plaquetopenia

    Plaquetopenias hereditrias

    Plaquetopenias adquiridas PTI

    PTT

    CIVD

    Sumrio

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    Definio: condio clnica caracterizada por reduo transitria ou permanente da contagem plaquetria mediada por mecanismos imunes

    Plaquetopenia imune (PTI)

    Rodeghiero et al, Blood 2009

    Prpura Trombocitopnica Imune

    PTI primria Diagnstico de excluso

    PTI secundria Colagenoses

    Infecces virais HCV e HIV

    Neoplasias

    PTI primria x secundria

    Rodeghiero et al, Blood 2009

    Cines et al, Blood 2009

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    Fisiopatologia da plaquetopenia na PTI

    Reduo na sobrevida das plaquetas

    Reduo na produo de plaquetas Supresso da produo da megacaricitos por plasma de

    pacientes com PTI ricos em auto-anticorpos

    Deficincia relativa de trombopoietina (TPO)

    Nichol, Stem Cells 1998

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    16

    Abordagem inicial

    A plaquetopenia imune-mediada?

    Como o caso deve ser investigado?

    Devo iniciar o tratamento?

    Abordagem inicial

    A plaquetopenia imune-mediada?

    Como o caso deve ser investigado?

    Devo iniciar o tratamento?

    CAUSAS ALTERNATIVAS DE PLAQUETOPENIA

    E MTODO DE EXCLUSO

    - Doenas medulares: avaliao completa do hemograma

    - Hiperesplenismo: exame fsico

    - CIVD, PTT: histria e exame fsico

    - Medicamentos: histria

    - Plaquetopenias hereditrias: histria, hemograma dos familiares

    DIAGNSTICO DE EXCLUSO

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    Como o caso deve ser investigado?

    AVALIAO BSICA

    Hemograma completo (+esfregao)

    Contagem de reticulcitos

    Avaliao medular (casos selecionados)

    Coombs direto

    AVALIAO COMPLEMENTAR PARA EXCLUSO DE PTI SECUNDRIA

    Sorologias hepatites B e C e HIV

    Colagenoses (FAN, etc)

    Neoplasias (individualizar)

    Devo tratar o paciente?

    Stasi , Eur J Haematol 2009

    Deciso individualizada, no baseada em estudos

    clnicos comparativos

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    Tratamento

    1a linha Corticosterides

    2a linha Esplenectomia

    Dapsona

    Rituximabe

    3a linha Outros imunossupressores

    Agonistas do receptor de TPO

    Plasmafrese com imunoadsoro

    Prpura trombocitopnica trombtica

    Pntade Plaquetopenia

    Anemia hemoltica microangioptica

    Febre

    Sintomas neurolgicos

    Insuficincia renal

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    CIVD

    Ativao da coagulao ocorre como parte da resposta do hospedeiro a infeco/inflamao (SIRS)

    Ativao local da coagulao pode restringir disseminao do foco infeccioso

    Descontrole deste processo pode levar a CIVD Plaquetopeniasecundriaativaodacoagulao(PTT)

    Associada a causa sistmica evidente: infeco , inflamao

    H consumo de fatores da coagulao ( de TP e TTPa)

    H reduo de anticoagulantes naturais (protena C, antitrombina)

    Relevncia clnica desconhecida

    Ausncia de tratamento especfico

    Casos clnicos

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    20

    Caso clnico

    Paciente do sexo masculino, 13 anos, com histria de epistaxe recorrente desde o 1 ano de vida, mas

    sem outras queixas ou comorbidades. Realiza hemograma pr operatrio para cirurgia de varicocele.

    Exame fsico sem alteraes. Nunca realizou outra cirurgia ou nenhum procedimento invasivo.

    Em relao ao hemograma e ao quadro clnico, correto afirmar que:

    1. O diagnstico mais provvel o de prpura trombocitopnica imune, que pode ser confirmado pela

    pesquisa de anticorpos antiplaquetrios

    2. Os achados do hemograma so sugestivos de macrotrombocitopenia hereditria

    3. A possibilidade de doena hereditria pode ser descartada pela idade do paciente, j que improvvel

    que tal alterao passasse sem ser notada por tantos anos

    4. A avaliao da medula ssea importante para o diagnstico diferencia entre plaquetopenia hereditria

    e imune

    Caso 1

    Descrio do esfregao

    Srie vermelha: sem anormalidades morfolgicas

    Srie branca: visualizados alguns corpsculos de Dohle nos neutrfilos

    Srie plaquetria: presena de macroplaquetas (LPLTS +++)

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    ASH Image Bank

    Caso clnico:

    Paciente do sexo masculino, 13 anos, com histria de epistaxe recorrente desde o 1 ano de vida, mas

    sem outras queixas ou comorbidades. Realiza hemograma pr operatrio para cirurgia de varicocele.

    Exame fsico sem alteraes. Nunca realizou outra cirurgia ou nenhum procedimento invasivo.

    Em relao ao hemograma e ao quadro clnico, correto afirmar que:

    1. O diagnstico mais provvel o de prpura trombocitopnica imune, que pode ser confirmado pela

    pesquisa de anticorpos antiplaquetrios

    2. Os achados do hemograma so sugestivos de macrotrombocitopenia hereditria

    3. A possibilidade de doena hereditria pode ser descartada pela idade do paciente, j que improvvel

    que tal alterao passasse sem ser notada por tantos anos

    4. A avaliao da medula ssea importante para o diagnstico diferencia entre plaquetopenia hereditria

    e imune

    Caso 1

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    22

    Caso clnico:

    Paciente do sexo feminino, 22 anos, com emagrecimento progressivo h 2 meses associado a febre

    vespertina. natural de Montes Claros MG e nunca realizou avaliao mdica, exceto no periodo de assistncia ao parto (G1P1). Vem encaminhada UBS para investigao de neoplasia, com HD de

    linfoma. Ao exame fsico, emagrecimento, ausncia de linfonodomegalias, bao palpvel a 10 cm do

    RCE.

    Em relao ao hemograma e ao quadro clnico, correto afirmar que:

    1. A HD de linfoma a hiptese mais provvel para justificar as alteraes do hemograma, devido ao

    invarivel comprometimento medular deste tipo de neoplasia

    2. A HD mais provvel de hiperesplenismo e hipertenso portal, que nesta faixa etria deve estar

    associado a trombose de veia porta no periodo neonatal

    3. A HD mais provvel de leishmaniose visceral, mas o diagnstico deve ser confirmado pela pesquisa

    direta e cultura do patgeno

    4. O caso incomum na forma de apresentao laboratorial. A conduta mais adequada uma laparotomia

    exploradora com esplenectomia diagnstica para elucidao do quadro.

    Caso 2

    Descrio do esfregao

    Srie vermelha: sem anormalidades morfolgicas

    Srie branca: sem anormalidades morfolgicas

    Srie plaquetria: sem anormalidades morfolgicas

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    ASH image bank

    Caso clnico:

    Paciente do sexo feminino, 22 anos, com emagrecimento progressivo h 2 meses associado a febre

    vespertina. natural de Montes Claros MG e nunca realizou avaliao mdica, exceto no periodo de assistncia ao parto (G1P1). Vem encaminhada UBS para investigao de neoplasia, com HD de

    linfoma. Ao exame fsico, emagrecimento, ausncia de linfonodomegalias, bao palpvel a 10 cm do

    RCE.

    Em relao ao hemograma e ao quadro clnico, correto afirmar que:

    1. A HD de linfoma a hiptese mais provvel para justificar as alteraes do hemograma, devido ao

    invarivel comprometimento medular deste tipo de neoplasia

    2. A HD mais provvel de hiperesplenismo e hipertenso portal, que nesta faixa etria deve estar

    associado a trombose de veia porta no periodo neonatal

    3. A HD mais provvel de leishmaniose visceral, mas o diagnstico deve ser confirmado pela

    pesquisa direta e cultura do patgeno

    4. O caso incomum na forma de apresentao laboratorial. A conduta mais adequada uma laparotomia

    exploradora com esplenectomia diagnstica para elucidao do quadro.

    Caso 2

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    24

    Caso clnico:

    Paciente de 54 anos, sexo feminino, internada h 3 dias na UTI devido a pneumonia que evolui para

    choque sptico. Em hemocultura foi isolado o patgeno Pseumonas aeruginosa, em tratamento com

    antibioticoterapia e drogas vaso-ativas (noradrenalina). Sem sangramentos, exceto formao de

    hematomas em locais de puno.

    Em relao ao hemograma e ao caso clnico, correto afirmar que:

    1. A causa mais provvel para as alteraes so o uso de antibiticos.

    2. Os resultados so compatveis com a HD de coagulao intravascular disseminada

    3. A presena de plaquetopenia e anemia em pacientes com choque sptico torna imperioso a avaliao de

    um hematologista

    4. O aumento da contagem de reticulcitos est invariavelmente associada s anemias hemolticas

    Caso 3

    Contagem de reticulcitos: 74.000/ul (VR 25.000 a 75.000/ul)

    Descrio do esfregao

    Srie vermelha: discreta anisocitose e policromasia com raros esquizcitos

    Srie branca: Granulaes txicas nos neutrfilos. Diferencial: segmentados: 56%; bastonetes: 10%;

    metamielcitos: 4%; mielcitos: 1%; linfcitos: 24,5%; moncitos: 4%; eosinfilos: 0,5%

    Srie plaquetria: confirmado plaquetopenia

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    Caso clnico:

    Paciente de 54 anos, sexo feminino, internada h 3 dias na UTI devido a pneumonia que evolui para

    choque sptico. Em hemocultura foi isolado o patgeno Pseumonas aeruginosa, em tratamento com

    antibioticoterapia e drogas vaso-ativas (noradrenalina). Sem sangramentos, exceto formao de

    hematomas em locais de puno.

    Em relao ao hemograma e ao caso clnico, correto afirmar que:

    1. A causa mais provvel para as alteraes so o uso de antibiticos.

    2. Os resultados so compatveis com a HD de coagulao intravascular disseminada

    3. A presena de plaquetopenia e anemia em pacientes com choque sptico torna imperioso a avaliao de

    um hematologista

    4. O aumento da contagem de reticulcitos est invariavelmente associada s anemias hemolticas

    Caso 3

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    26

    Caso clnico:

    Paciente de 26 anos, previamente hgida, que h 2 meses passa a apresentar sangramento gengival s

    escovaes, aumento do fluxo menstrual e, h 2 semanas, mltiplas manchas em tronco e membros. H

    1 dia, durante tosse, evolui com hemorragia subconjuntival bilateral. Vem ao pronto socorro onde realiza

    hemograma completo. Exame fsico mostra petquias e equimoses difusas, hemorragia subconjuntival

    bilateral com acuidade visual preservada. Restante sem alteraes.

    Em relao ao hemograma e ao caso clnico, correto afirmar que:

    1. A gravidade da plaquetopenia indica provvel causa medular

    2. A presena de leucopenia associada mostra que o comprometimento da granulocitopoiese, favorecendo

    a hiptese de doena medular, e no de plaquetopenia de causa perifrica

    3. O hemograma compatvel com o quadro de infeco viral aguda

    4. O hemograma compatvel com prpura trombocitopnica imune

    Caso 4

    Descrio do esfregao

    Srie vermelha: sem anormalidades morfolgicas

    Srie branca: sem anormalidades morfolgicas

    Srie plaquetria: sem anormalidades morfolgicas

    Contagem de reticulcitos

    Relativa: 5 % (VR: 0,5-2,5) %

    Absoluta: 190 (VR: 22 139) x 109/L

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    ASH Image Bank

    Caso clnico:

    Paciente de 26 anos, previamente hgida, que h 2 meses passa a apresentar sangramento gengival s

    escovaes, aumento do fluxo menstrual e, h 2 semanas, mltiplas manchas em tronco e membros. H

    1 dia, durante tosse, evolui com hemorragia subconjuntival bilateral. Vem ao pronto socorro onde realiza

    hemograma completo. Exame fsico mostra petquias e equimoses difusas, hemorragia subconjuntival

    bilateral com acuidade visual preservada. Restante sem alteraes.

    Em relao ao hemograma e ao caso clnico, correto afirmar que:

    1. A gravidade da plaquetopenia indica provvel causa medular

    2. A presena de leucopenia associada mostra que o comprometimento da granulocitopoiese, favorecendo

    a hiptese de doena medular, e no de plaquetopenia de causa perifrica

    3. O hemograma compatvel com o quadro de infeco viral aguda

    4. O hemograma compatvel com prpura trombocitopnica imune

    Caso 4

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    Caso clnico:

    Paciente de 38 anos, sexo masculino, previamente hgido. Procura UBS devido a queixa de disfuno

    ertil, instalada nos ltimos 2 meses. Na anamnese, revela ainda astenia progressiva no mesmo

    perodo. Realiza hemograma completo como parte da avaliao inicial. Ao exame fsico, BEG,

    descorado, anictrico, afebril. Petquias e equimoses em membros inferiores.

    Em relao ao hemograma, correto afirmar que:

    1. A presena de pancitopenia sugere o diagnstico de aplasia da medula ssea

    2. A descrio das clulas que predominam na srie branca compatvel com a descrio de blastos, o

    que configura a presena de um hiato leucmico e por consequncia, de uma leucemia aguda

    3. A presena de anemia macroctica e pancitopenia confirmam o diagnstico de anemia megaloblstica

    4. O quadro caracterstico de hiperesplenismo

    Caso 5

    Descrio do esfregao

    Srie vermelha: anisocitose moderada com microcitose e macrocitose.

    Srie branca: Predomnio (cerca de 55%) de clulas de tamanho grande, cromatina frouxa, nuclolos

    evidentes, granulao conspcua no citoplasma e bastonetes de Auer

    Srie plaquetria: alguns agregados plaquetrios

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    Caso clnico:

    Paciente de 38 anos, sexo masculino, previamente hgido. Procura UBS devido a queixa de disfuno

    ertil, instalada nos ltimos 2 meses. Na anamnese, revela ainda astenia progressiva no mesmo

    perodo. Realiza hemograma completo como parte da avaliao inicial. Ao exame fsico, BEG,

    descorado, anictrico, afebril. Petquias e equimoses em membros inferiores.

    Em relao ao hemograma, correto afirmar que:

    1. A presena de pancitopenia sugere o diagnstico de aplasia da medula ssea

    2. A descrio das clulas que predominam na srie branca compatvel com a descrio de

    blastos, o que configura a presena de um hiato leucmico e por consequncia, de uma leucemia

    aguda

    3. A presena de anemia macroctica e pancitopenia confirmam o diagnstico de anemia megaloblstica

    4. O quadro caracterstico de hiperesplenismo

    Caso 5

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    Caso clnico:

    Paciente de 40 anos, sexo feminino, previamente hgida. D entrada no PS com febre h 1 dia e

    sonolncia progressiva h 7 dias. Durante a avaliao apresenta crise convulsiva tnico-clnica

    generalizada. Necessita de entubao devido a rebaixamento do nvel de conscincia. Ao exame,

    palidez cutnea, ictercia 2+/4+ e diversas petquias e equimoses em tronco e extremidades. Sem sinais

    focais ao exame neurolgico. CT de crnio, TP e TTPa normais.

    Em relao ao hemograma e ao quadro clnico, correto afirmar que:

    1. A presena de alterao nas 3 sries sugere doena hematolgica com acometimento da medula ssea

    2. O hemograma sugestivo de anemia hemoltica auto-imune associada a CIVD

    3. O hemograma sugestivo de plaquetopenia auto-imune (PTI) com AVC hemorrgico

    4. O hemograma sugestivo de PTT (prpura trombocitopncia trombtica)

    Caso 6

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    31

    Caso clnico:

    Paciente de 40 anos, sexo feminino, previamente hgida. D entrada no PS com febre h 1 dia e

    sonolncia progressiva h 7 dias. Durante a avaliao apresenta crise convulsiva tnico-clnica

    generalizada. Necessita de entubao devido a rebaixamento do nvel de conscincia. Ao exame,

    palidez cutnea, ictercia 2+/4+ e diversas petquias e equimoses em tronco e extremidades. Sem sinais

    focais ao exame neurolgico. CT de crnio, TP e TTPa normais.

    Em relao ao hemograma e ao quadro clnico, correto afirmar que:

    1. A presena de alterao nas 3 sries sugere doena hematolgica com acometimento da medula ssea

    2. O hemograma sugestivo de anemia hemoltica auto-imune associada a CIVD

    3. O hemograma sugestivo de plaquetopenia auto-imune (PTI) com AVC hemorrgico

    4. O hemograma sugestivo de PTT (prpura trombocitopncia trombtica)

    Caso 6

    1

    Novos anticoagulantes podem mudar o tempo

    de tratamento da TVP e do TEP?

    Posted on 8 de Abril de 2013

    Cerca de 40% dos pacientes com tromboembolismo venoso (TEV) apresentaro uma nova trombose em at 5

    anos aps a parada da anticoagulao. Ainda assim, estes pacientes no recebem anticoagulao definitiva, pois

    na maioria dos casos o risco hemorrgico acaba sendo maior que o benefcio antitrombtico. Este o princpio

    bsico do tratamento do TEV, baseado em numerosos estudos que sustentam a equao risco x benefcio do uso

    de anticoagulantes nestes pacientes. Recentemente, a eficcia e a convenincia dos chamados novos

    anticoagulantes orais foi demonstrada em estudos de tratamento e preveno do TEV. Alguns destes estudos

    foram alm, sugerindo que estes agentes podem at mesmo apresentar um risco hemorrgico inferior ao da

    varfarina em alguns subgrupos de pacientes. Mas seriam estas vantagens suficientes para modificar a equao

    risco x benefcio que rege o uso de anticoagulantes orais? Trs estudos publicados em Fevereiro de 2013 no The

    New England Journal of Medicine exploraram precisamente esta importante questo.

    Os trs estudos utilizaram um desenho semelhante: prolongar a anticoagulao alm do tempo padro (3 a 6

    meses), e avaliar a frequncia de eventos tromboemblicos recorrentes e de sangramentos nos grupos tratados

    com anticoagulantes e nos grupos controle. Em um destes estudos

    (http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1207541 para assinantes), o uso do Apixaban, um inibidor oral do

    fator X ativado (em duas doses distintas: profiltica e teraputica) foi comparado com o placebo, por 12 meses

    alm do tempo inicialmente indicado de anticoagulao. Nos outros dois estudos

    (http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1113697 para assinantes), o uso extendido do inibidor direto de

    trombina Dabigatran foi comparado com a Varfarina ou com o placebo (respectivamente), em pacientes que j

    haviam completado pelo menos 3 meses de anticoagulao. Como esperado, o Dabigatran reduziu em quase

    90% o risco de TEV em comparao ao placebo, a um custo de um aumento de 3 vezes no risco de

    sangramentos. Quando comparado diretamente Varfarina, o Dabigatran atingiu (por pouco, deve-se mencionar) o

    critrio de no-inferioridade de eficcia, mas resultou em aproximadamente 50% menos sangramentos. O estudo

    com o Apixaban revelou uma reduo semelhante (da ordem de 80%) do risco de TEV recorrente (igual nas duas

    doses testadas) em comparao ao placebo. E num resultado surpreendente, um risco hemorrgico semelhante

    ao do placebo.

    Embora insuficientes para responder a pergunta-ttulo deste post, os trs estudos sugerem que novos

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    Falando de SangueO que h de novo na literatura cientfica em hematologia

    http://blog.inctsangue.net.br