Aula5Edificaes_20140601152939

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 Caracterização e definição do processo Será que os proce sso de produção atuai s são os adequados para este novo desempenho desejado pela empresa? Exist em proces sos mais efe tivos em rela ção à tecnologia de produção? Temos como reduzir os custos produtivos e de movimentação na nova fábrica? Como podemos desenvolver um sistema produtivo que maximize a produtividade e minimize os custos de produção? Qual o melhor processo produtivo a ser utilizado? Que tipos de equipamentos? Caracterização e definição do processo Definir qual o melhor processo produtivo a ser utilizado Tipos de equipamentos Realização: Bechmarking Visita a fornecedores de equipamentos Caracterização e definição do processo Início do estudo dos processos fabris: Avaliação macro: Entradas (input) Transformação Produtos finais (output) PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO INPUT OUTPUT Instalações Materiais Informações Bens e Serviços Caracterização e definição do processo Relatório identificando os principais processos produtivos que serão utilizados Pontos de Entradas (input) Transformação Produtos finais (output) - s - Enxadas - Est ampagem - Fabri cação dos cab os - Tratamento térmic o - Montagem - Embalagem - Est ocagem - Mão de obra -150 funcionários - 5 lídere s e 2 gerentes - Matéria -pr ima - 90 ton de aço / mês -150.000 rebites -40 m 3 de madeira -Embalagens SAÍDA (OUTPUT) PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENTRADA (INPUT)

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aula de edificações projeto e layout de fábrica. Engenharia Mecânica.

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  • Caracterizao e definio do processo

    Ser que os processo de produo atuais so os adequados para este novo desempenho desejado pela empresa?

    Existem processos mais efetivos em relao tecnologia de produo?

    Temos como reduzir os custos produtivos e de movimentao na nova fbrica?

    Como podemos desenvolver um sistema produtivo que maximize a produtividade e minimize os custos de produo?

    Qual o melhor processo produtivo a ser utilizado? Que tipos de equipamentos?

    Caracterizao e definio do processo

    Definir qual o melhor processo produtivo a ser utilizado

    Tipos de equipamentos

    Realizao: Bechmarking Visita a fornecedores de equipamentos

    Caracterizao e definio do processo

    Incio do estudo dos processos fabris: Avaliao macro:

    Entradas (input) Transformao Produtos finais (output)

    PROCESSO DE TRANSFORMAOINPUT OUTPUT

    Instalaes Materiais

    Informaes

    Bens e Servios

    Caracterizao e definio do processo

    Relatrio identificando os principais processos produtivos que sero utilizados Pontos de Entradas (input) Transformao Produtos finais (output)

    - Ps- Enxadas

    - Estampagem- Fabricao dos cabos- Tratamento trmico- Montagem- Embalagem- Estocagem

    - Mo de obra-150 funcionrios- 5 lderes e 2 gerentes- Matria-prima- 90 ton de ao / ms-150.000 rebites- 40 m3 de madeira-Embalagens

    SADA (OUTPUT)PROCESSOS DE FABRICAO

    ENTRADA (INPUT)

  • EDIFCIO INDUSTRIAL E ARRANJO FSICO (LAYOUT)

    As concepes dos edifcios industriais estaro sempre sujeitas s solues espaciais encontradas para materializar uma empresa

    O processo de projetao e de construo dos edifcios industriais so orientados pelos padres vigentes na organizao da produo.

    No interior das edificaes, a distribuio espacial do trabalho e a organizao fsica do processo de produo so resultantes do projeto de arranjo fsico e de fluxo de materiais

    EDIFCIO INDUSTRIAL E ARRANJO FSICO (LAYOUT)

    O resultado de projeto de arranjo dos elementos fsicos de uma atividade industrial, passou a ser chamado de facilitydesign a partir da dcada de 40, em funo de:

    1. Incorporao dos princpios e tcnicas aplicados no arranjo espacial de mquinas e equipamentos aos demais setores da fbrica, como estoques, administrao;

    2. Uso destes princpios para o projeto de outras atividadesprodutivas como correios, restaurantes, hospitais, etc.;

    3. Projeto de utilidades e requisitos da edificao4. Incorporao dos estudos relativos ao fluxo dos materiais

    (logstica)

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    O termo 'Projeto de Instalaes' compreende: anlise, conceituao, projeto implantao de sistemas para a produo de produtos ou servios, representao de uma planta fsica contendo o arranjo das

    instalaes (equipamentos, materiais, pessoas, requisitos de edificaes, utilidades e circulaes)

    otimizao do inter-relacionamento entre o pessoal operacional, o fluxo de materiais, fluxo de informaes e os mtodos estabelecidos para atingir os objetivos da empresa, de forma eficiente, econmica e com segurana .

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    Os principais objetivos de um Layout so:

    1. Simplificar o processo de produo atravs de: maximizao do uso dos equipamentos, diminuio de esperas, facilidade de manuteno dos equipamentos e aumento da taxa de processamento;

    2. Minimizar o custo de movimentao de materiais pelo arranjo das atividades em funo da sequncia de produo e diminuindo as distncias entre os postos de trabalho;

    3. Promover a reduo de estoques intermedirios pelo balanceamento da operaes e de movimentao dos materiais;

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    4. Racionalizar o uso dos espaos de produo, armazenagem e servios de fbrica usando conceitos de ergonometria, dos requisitos funcionais dos equipamentos e de logstica;

    5. Garantir boas condies de trabalho para os trabalhadores em termos de segurana, satisfao e higiene, atravs da organizao do trabalho, ergonomia e conforto ambiental;

    6. Minimizar o investimento em capital pelo uso intensivo de equipamentos, diminuio de rea construda e estoques menores;

    7. Maximizar a taxa de ocupao do trabalho do pessoal da produo, expedio superviso e manuteno;

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    Para conseguir os seus objetivos, o layout deve seguir os seguintes princpios gerais:

    Princpio da integrao Os diversos elementos da produo devem estar

    harmoniosamente integrados, pois a falha em qualquer um deles resultar numa ineficincia global.

    Princpio da mnima distncia O transporte nada acrescenta ao produto. As distncias

    devem ser reduzidas ao mnimo para evitar esforos, congestionamentos e custos maiores.

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    Princpio de obedincia ao fluxo das operaes Materiais, equipamentos, pessoas, devem se dispor e

    movimentar-se em fluxo continuo e de acordo com a sequncia do processo de manufatura. Devem ser evitados cruzamentos, retornos e interrupes.

    Princpio do uso das 3 dimenses espaciais para minimizar a ocupao da edificao Os elementos do processo produtivo ocupam volume e no

    apenas uma determinada rea.

    Princpio da satisfao e segurana Deve proporcionar boas condies de trabalho e mxima

    reduo de risco. No se deve esquecer a influncia que fatores psicolgicos como cores, impresso de ordem, impresso de limpeza, possuem para melhorar a moral do trabalho.

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    Princpio da flexibilidade So frequentes e rpidas as necessidades de mudana do

    projeto do produto, mudana de mtodos e sistema de trabalho. A flexibilidade a capacidade do layout em se adaptar estas mudanas mantendo suas caractersticas de eficincia, segurana e economia. Os principais aspectos da flexibilidade esto relacionados : edifcios, servios, equipamentos e expanso. Neste princpio, deve-se considerar que as condies vo mudar e que arranjo fsico deve servir s condies atuais e futuras.

    No projeto de instalaes industriais verifica-se que, alm das reas tradicionalmente consideradas da engenharia de produo, encontram-se atividades mais abrangentes e que necessitam de conhecimentos compartilhados por outras reas de conhecimentos

    Principais conhecimentos e reas de atuao envolvidos no projeto de instalaes industriais. EDIFCIO INDUSTRIAL E

    ARRANJO FSICO (LAYOUT)

    O surgimento das fbricas A viso da estrutura de uma fbrica que se conhece hoje fruto de uma concepo de espaos de produo que comeou no sculo 17 Evoluo de quase 300 anos.

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    At o sculo 17, a produo de objetos era considerada como produo artesanal e realizada na prpria casa do arteso, que trabalhava com seus aprendizes, produzindo uma quantidade de produtos exclusivamente para atender as necessidades de sua famlia e de poucos clientes prximos no prprio vilarejo.

    As principais fontes de energia que estas fbricas utilizavam era elica e a roda dgua. A edificao que acomodava este tipo de produo era a prpria casas dos trabalhadores, confeccionadas em madeira e pedra, sem diviso entre produo e habitao.

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    A produo artesanal, sofreu modificaes, principalmente no volume de produo em decorrncia da acelerada mercanizao promovida pela navegao, com reflexos na organizao da produo.

    A produo continua ocorrendo na casa dos trabalhadores, com exceo de alguns setores como minerao;

    J havia a preocupao com o excedente que era destinado para venda e no uso da mo-de-obra operria. Estas casas de produo j apresentavam divises ntidas entre habitao e fbrica com depsitos para materiais e ferramentas, dormitrios e outros locais para hospedar os operrios e os aprendizes

    EDIFCIO INDUSTRIAL E ARRANJO FSICO (LAYOUT)

    As edificaes destinadas exclusivamente para a fabricao de bens, separadas da habitao, comearam a ser significativas na Inglaterra a partir da primeira metade do sculo 18

    Impulsionadas por avanos tecnolgicos (como as novas tcnicas de fiao dos precursores do tear mecnico de John e Thomas Lambe) que exigiam fora motriz mais constante

    Deslocamento das fbricas para locais prximos ao leitos de rios para o aproveitamento de quedas, e o desenvolvimento na rea da metalurgia, pela obteno do carvo de coque que tornava mais eficiente a utilizao do carvo vegetal como combustvel e permitia avanos para tornar o ao acessvel para a construo civil e de mquinas.

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    Os construtores projetavam e construam as fbricas, para tecelagem de algodo, a partir de mtodos empricos e baseados na experincia, sem padres e sem ajuda de projetistas

    Estes edifcios eram de paredes de alvenaria com estruturas de madeiras e uma grande extenso de aberturas de janelas.

    Embora a produo se desenvolvesse em edifcios exclusivos, no havia, nesta fase, o uso intensivo da energia mecnica, apenas roda dgua e vento. O trabalho possua caractersticas essencialmente artesanais, embora j se verificasse uma certa especializao de tarefas, como no trabalho de cermica e vidro. Entretanto, os edifcios ainda no eram adequados para comportar muitas pessoas e materiais

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    Projetado e construdo uma fbrica para a produo de artefatos de metal (fivelas e correntes p/ relgio) preocupando-se, tambm, com a construo e instalao das mquinas e em fornecer boas condies de trabalho aos trabalhadores.

    Esta fbrica conhecida como Soho Factory, tornou-se modelo de instalaes industriais da poca. Era o incio do uso do ferro fundido na construo de estruturas de mquinas.

    O conjunto de transformaes tecnolgicas, sociais e econmicas que foi denominado de revoluo industrial, iniciou-se na industria txtil na segunda metade do sculo 18,.

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    Com a inveno da mquina a vapor a localizao no era mais limitava

    A utilizao da mquina a vapor no transporte difundiu-se enormemente a troca de produtos, ampliando os mercados na Europa.

    A grande mudana que aconteceu na Inglaterra no sculo 18, como a primeira economia industrializada, foi uma combinao de condies favorveis de desenvolvimento em tecnologia, agricultura

    comrcio, finanas e transportes, somados com um crescimento populacional que, juntos, proporcionaram mudanas na economia que justificaram o nome de revoluo industrial.

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    Durante a ltima metade do sculo 18, as novas indstrias txteis se desenvolveram. As novas mquinas de tecelagem, em particular os novos teares mecnicos foram rapidamente incorporadas pelas pequenas fbricas domsticas sendo necessria a construo de novas instalaes para acomodar estas invenes.

    Com o aumento da produo impulsionada pelo desenvolvimento do tear mecnico, tornou-se necessrio a construo de novos cmodos nas antigas edificaes para acomodar as novas estruturas de mquinas e depsitos de materiais.

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    O mais avanado exemplo da poca foi uma fbrica e depsito de 7 pavimentos, com estrutura em ferro fundido, que considerada um marco do desenvolvimento das plantas industriais modernas.

    Esta edificao durante mais de 30 anos foi considerada modelo, at que foi construda uma fbrica de 8 pavimentos utilizando ferro forjado em uma estrutura semelhante ao do ferro fundido e substituindo os tijolos por concreto.

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    Da mesma forma que os moinhos, os antigos depsitos tambm tiveram que ser reconstrudos, deixando as proximidades dos cursos dgua e deslocando-se ao longo das ferrovias.

    Estes depsitos eram extensos, com amplos espaos livres, de estruturas pesadas em madeira e ferro para suportar grandes cargas, com paredes em tijolos e pedra e grandes portas laterais para facilitar o recebimento de mercadorias, especialmente para acomodar levantamentos com guinchos.

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    A disseminao da energia hidrulica e da mquina a vapor, iniciada na manufatura de l e depois disseminada para outros setores da indstria, livrou as novas fbricas de sua dependncia de mquinas manuais e permitiu o aproveitamento de novos tipos de trabalhos e de mo-de-obra, particularmente das grandes cidades, surgindo os primeiros distritos e, posteriormente, as cidades industriais da Inglaterra, sendo a principal, Manchester que em 20 anos, no final do sculo 18, foi transformada pela construo de 50 novas fiaes de algodo

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    Estas fbricas, resultantes de ampliaes das antigas, eram inadequadas s novas estruturas da produo.

    As primeiras fbricas eram praticamente oficinas com as mquinas dispostas sem uma organizao prvia, de maneira a comportar o trabalho individualizado ou de pequeno grupo de artesos e seus aprendizes, comportando a mxima quantidade possvel de equipamentos, apertados dentro das pequenas reas urbanas disponveis, ampliando as instalaes conforme as necessidades imediatas de mercado.

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    As mudanas na tcnica empregada nos mecanismos de mquinas-ferramenta e na rea social, j eram experimentadas por empresas que se preocupavam com questes relativas s condies de trabalho

    Estas indstrias eram excees da regra geral, tanto que em 1802, para tentar melhorar as condies nas fbricas, foi apresentado no Parlamento Ingls um projeto de lei para coibir alguns excessos, com duas recomendaes: 1a.) todas as paredes e superfcies da fbricas

    deveriam ser pintadas de cal duas vezes por ano; 2a.) as reas de janelas deveriam permitir uma

    ventilao adequada.

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    O edifcio industrial, construdo para abrigar exclusivamente a produo de bens, foi estabelecido definitivamente a partir do final do sculo 18.

    No sculo 19, os arquitetos comearam a se preocupar com a relao entre questes sociais e as funcionais na concepo de um edifcio industrial, principalmente nas estruturas e no tratamento, na disposio das funes da fbrica e no conforto ambiental(acstico, luminosidade e ventilao).

    A defasagem que existia entre a concepo de edifcios pelos arquitetos e sua construo pelos engenheiros era particularmente notada na rea de edificao industrial.

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    Com o advento da mquina a vapor e sua utilizao intensiva na fbrica agravaram-se as condies de trabalho industrial, marcadas por uma mudana radical na liberdade que os trabalhadores tinham quando trabalhavam nas pequenas oficinas nas residncias.

    As mudanas na tecnologia e na organizao do trabalho tiveram implicaes nos locais de trabalho, transferindo o trabalho de pequenas oficinas para novas fbricas visando economia de escala de produo e a concentrao de trabalhadores em um mesmo local, para obter maior eficincia na produo permitindo assim, colocar em prtica o trabalho especializado e o desenvolvimento de novas habilidades industriais requisitadas pela tecnologia mecnica

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    No final do sculo 18 e incio do sculo 19 as pssimas condies de trabalho e de habitao dos trabalhadores na Inglaterra comearam a causar preocupaes de tal forma que, em 1830, comeou a vigorar uma legislao sobre fbricas que regulamentava algumas caractersticas do trabalho como jornada de trabalho, salrio mnimo, higiene e conforto ambiental,

    Novos edifcios industriais, construdos a partir desta legislao, ganharam novas caractersticas, mudando e influenciando na aparncia dos distritos industriais, criando talvez, o primeiro emblema do edifcio industrial moderno poucas inclinaes, grandes portas e pequenas janelas.

    Quando o arquiteto era chamado para intervir no processo, sua atuao era restrita ao disfarce da fachada do edifcio, atuando como um decorador de exteriores.

    Assim, a grande maioria das fbricas construdas na primeira metade do sculo 19 foi resultado da cooperao entre industriais e construtores, sem a participao do arquiteto

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    Pode-se identificar dois estgios distintos no relacionamento entre a indstria e os edifcios industriais durante a revoluo industrial:

    1o.) No estgio inicial, quando as mquinas eram dependentes da gua ou vento como foras motrizes para mquinas e processos da fabricao e

    2o.) quando do desenvolvimento da mquina vapor como nova fora motriz.

    Outros fatos mudaram a composio das edificaes neste perodo, como as leis de fbrica que comearam a exigir melhores condies de trabalho e que indicavam mudanas nas caractersticas dos edifcios, o desenvolvimento de moldes em ferro fundido para as estruturas da maquinaria e de sistemas de elevao e transportes que tornavam a produo mais limpa e eficaz, e as tcnicas construtivas de estruturas de edificaes em ferro fundido.

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    Estas tcnicas, no princpio, ficaram restritas aplicaes industriais e comerciais, abrindo uma lacuna entre a arquitetura e a engenharia.

    No foi somente a fonte de energia que influenciou a forma dos edifcios industriais, mas tambm a forma do edifcio. Quando o vapor substituiu o antigo moinho da roda dgua, associado com o desenvolvimento de tcnicas mecnicas, novas e maiores mquinas e tcnicas de produo foram incorporadas produo, e o edifcio industrial cresceu em dimenses e forma.

    Na indstria de confeco e tecelagem, os edifcio de vrios pavimentos eram mais adequados ao processo de transformao, enquanto que nas indstrias pesadas da construo e reparos de mquinas, os edifcios planos eram mais apropriados em funo dos sistemas de movimentao, dos sistemas de elevao, do peso sobre o piso e da vibrao causada pela mquina vapor

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    Havia uma diferena substancial entre os modelos de desenvolvimento da indstria americana e da europeia no sculo 19.

    Nos EUA os materiais eram abundantes e a mo-de-obra escassa, enquanto que na Europa era o contrrio. Este fato explica uma das razes para adoo intensiva de maquinaria nos EUA, substituindo o trabalho qualificado e especializando as funes.

    A caracterstica familiar das fbricas americanas no sculo passado era representada por edifcios planos, trreos, com paredes rebocadas e muitas construes em madeira.

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    Nos primeiros anos deste sculo, novas fbricas substituram as velhas instalaes dos dois sculos anteriores usadas para acomodar pequenas tecelagens e metalrgicas, trocando a madeira por construes em alvenaria e concreto armado. Estas edificaes antigas no eram adequadas ao propsito das novas fbricas deste sculo, sendo demolidas e substitudas por novas plantas, com as edificaes para a industria automobilstica servindo de modelo para as novas e grandes plantas industriais.

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    A primeira grande fbrica de concreto armado construda nos EUA com caixilhos de metal importados da Inglaterra e uma estrutura que permitia o uso de grandes aberturas de janelas. Esta era uma tendncia: uso de concreto armado, ao e grandes reas envidraadas.

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    Nos EUA onde eclodiram diversas revoltas de trabalhadores, deu-se incio ao processo de projeto com preocupaes com o conforto, sade e satisfao dos trabalhadores

    Esta era a poca das grandes plantas automotivas para a FORD em Detroit. Eram plantas com usinagens sucedendo as fundies, com imensas linhas de montagens e uma mudana drstica sobre as concepes de fbricas vigentes at ento, com o surgimento da produo em massa e sua aplicao na indstria automobilstica. Os problemas presentes neste tipo de indstria no eram, at ento, considerados no projeto de fbricas.

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    Enquanto que, nos modelos de fbricas do sculo 19, as mquinas eram fixas e no facilmente substitudas, com a produo em massa, os layout passaram a ser mudados mais rapidamente, exigindo flexibilidade na realocao de mquinas. Isto exigia a construo de grandes espaos livres e a diminuio no nmero de colunas

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    O aparecimento do automvel foi um evento de incalculvel importncia no desenvolvimento de indstria americana e europeia.

    Pode-se dizer que as plantas para a indstria automobilstica revolucionaram completamente a construo das fbricas americanas, e Detroit pode ser realmente chamada de bero da fbrica moderna.

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    A tendncia nos EUA, a partir dos anos 30, era construir grandes unidades, bastante flexveis, onde se instalavam todos os processos dentro de um sistema estrutural nico mesmo que, temporariamente, alguns espaos dentro do edifcio no fossem ocupados e ficassem reservados para futuras expanses mantendo-se uma condio bsica de alocao de mquinas seguindo o processo de transformao

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    Os empresrios americanos que consideravam perodos curtos para a depreciao dos edifcios e incluam em seus clculos as possibilidades de mudanas totais no processos de produo e, portanto, no uso dos edifcios.

    Como resultado desta concepo adotou-se o uso de grandes coberturas e galpes unidos de forma que pudessem ser facilmente rearranjados internamente, de acordo com diferentes demandas por espaos de departamentos ou divises de uma empresa.

  • Figura 10 - Centro de distribuio de peas da FORD. Projeto do escritrio de Albert Kahn.

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    A orientao de projeto que utilizava a noo de edifcio multifuncional, comportando todas as funes da produo desde a fabricao at a administrao, era derivada de uma concepo com fortes influncias da escola de administrao racional

    Esta concepo norteava os projetos de edificaes industriais em: Design Funcional- O objetivo de um edifcio para a industria

    facilitar a produo. Deve acomodar os equipamentos de produo de tal forma que cada equipamento possa funcionar com eficincia. Este modelo geral fundamental e deve levar em conta:

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    Produo linear- as diversas sees de operaes sucessivas devem estar dispostas de forma a obter-se um fluxo de produo direto e simples, de maneira que os transportes e o manuseio de materiaissejam reduzidos ao mnimo. A linha de produo no deve ter cruzamentos ou retrocessos para se evitar congestionamentos.

    Flexibilidade- distribuio interior suficientemente elstica para a realocao de espaos e locais de acordo com mudanas nos sistema tcnicos de produo e para a ampliao de setores ou da produo sem provocar desorganizao no esquema existente.

    Espaos amplos entre colunas- a maior distncia economicamente possvel entre colunas a fim de permitir maior liberdade para acomodao das mquinas e causar o mnimo de interferncias no transporte de materiais.

    Piso e teto adequados- altura livre de acordo com a funo da produo, pisos suficientemente resistentes para suportar todo tipo decarga.

    Locais de servios convenientemente situados- elevadores, escadas, rampas colocados onde melhor cumpram suas funes e no interfiram no fluxo da produo.

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    Boa Iluminao- Iluminao natural e artificial adequadas, uniformemente distribudas e com intensidade suficiente para a realizao das tarefas, sem ofuscamento.

    Ventilao adequada- Movimento do ar suficiente para as necessidades humanas e equipamentos especiais para resolverem qualquer problema criado pelo processo de produo.

    Baixos custos iniciais e de manuteno- Economia resultante de projeto racional e uso eficiente dos materiais, reduzindo os custos iniciais e gastos com manuteno..."

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    Com a produo em massa e o uso crescente de mquinas-ferramenta comandadas mecanicamente, h uma mudana na caracterstica do trabalhador industrial, passando de operrio altamente qualificado para operador especializado por mquina ou por operao, com a dedicao do trabalhador cada tipo de mquina e a criao de postos de trabalho especializados e individuais, seguindo os conceitos do Taylorismo.

    Tal concepo do processo de trabalho condiciona o modo construtivo das fbricas, voltados para atender a produo, conforme pode-se ver no esquema de concepo de projeto de fbrica baseado na carta de processo de um automvel

    A fbrica deveria seguir este modelo de fluxo

    EDIFCIO INDUSTRIAL E ARRANJO FSICO (LAYOUT)

    O planejamento da rea de manufatura de uma unidade industrial condicionado pelo: tipo de planta usada, pela natureza do produto a ser manufaturado processo de produo empregado.

    A fbrica deveria ser construda com edificao de apenas um pavimento(trreo), que era praticamente a forma usual nos EUA, em funo da economia em fundaes para mquinas pesadas e para facilitar as linhas de produo; mesmo sendo mais onerosa para serem erguidas e mais complicadas para o tratamento natural de calor e de ventilao

    EDIFCIO INDUSTRIAL E ARRANJO FSICO (LAYOUT)

    A sequncia lgica das operaes de manufatura determinavam a forma construtiva da fbrica.

    A movimentao dos materiais deveria ser linear, a mo-de-obra especializada por posto de trabalho, com produtos acabados simples e padronizados.

    Sequncias em linha e sem interrupes, conforme representado no mapofluxograma de uma fbrica padro

  • EDIFCIO INDUSTRIAL E ARRANJO FSICO (LAYOUT)

    EDIFCIO INDUSTRIAL E ARRANJO FSICO (LAYOUT)

    As bases do projeto arquitetnico eram principalmente: o fluxo de produo, o diagrama de movimentao interna da fbrica seguindo no sentido longitudinal do edifcio e ampliaes na horizontal e perpendiculares cadeia principal de produo

    Facilitava a distribuio de novos espaos e no se atrapalhava a produo

    Outro conceito utilizado da flexibilidade do edifcio

  • EDIFCIO INDUSTRIAL E ARRANJO FSICO (LAYOUT)

    As principais preocupaes quanto flexibilidade era direcionada para resolver problemas de mudanas de equipamentos, como substituio e introduo de modelos novos com inovaes tecnolgicas, e para acomodar expanses da fbrica

    Neste sentido, os edifcios industriais eram projetados em um nico pavimento, com grandes vos livres, sendo seu comprimento muito maior que sua largura

    As fbricas com apenas um pavimento passaram a ser consideradas padro em funo do conceito de que o transporte horizontal era melhor e mais econmico que o vertical.

    Tambm, um edifcio industrial adaptado para vrios tipos de produo (e de produtos) era mais fcil de ser vendido (ou alugado) quando estava desocupado e podia ser adaptado para a produo de armamentos durante os tempos de guerra.

    EDIFCIO INDUSTRIAL E ARRANJO FSICO (LAYOUT)

    Uniformidade de caractersticas era a maior qualidade das fbricas americanas.

    Os industriais preferiam, para a fbrica, edifcios amplos, extensos em comprimento, reas livres, salas fechadas e isoladas para os escritrios, telhado planos e contnuos (com trelias e com grande p direito), marquises e mezaninos.

    Estas caractersticas permitiam que a rea de fabricao ficasse sem obstculos, facilitando a circulao.

    A tendncia era colocar a estrutura (trelias) do telhado uma altura de 5 a 6 metros do piso para a colocao de sanitrios em mezaninos de tal forma que os trabalhadores pudessem ter acesso num tempo menor e com pequenos percursos

    EDIFCIO INDUSTRIAL E ARRANJO FSICO (LAYOUT)

    O tipo de arranjo fsico continuava sendo a base do projeto da edificao.

    O fluxo regular de materiais atravs da linha de produo continuava sendo o objetivo principal do conjunto da fbrica

    A base de toda movimentao de materiais era o sistema transportador, em suas centenas de diferentes tipos construdos e a tendncia era a substituio do transporte manual por mecanizado como forma de tornar o processo mais automtico e flexvel.

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    A partir do final da 2a. guerra, mudanas importantes ocorreram na Europa em relao aos edifcios industriais.

    As novas fbricas eram de 3 tipos: 1.) a fbrica avanada constituda de mdulo padro e

    construda por uma agencia de desenvolvimento para futuras ocupaes de novos empreendimentos industriais, como locatrios(incubadoras);

    2.) a fbrica construda para um locatrio ou proprietrio especfico, onde o processo e a rea so conhecidos;

    3.) ampliao de plantas j existentes, no mesmo local ou muito prximo

    As novas tendncias de projeto de fbricas no mais colocavam todas as atividades em um nico edifcio, mas separavam blocos de escritrios (administrativa) conectados ao edifcio principal da produo por passarelas

  • EDIFCIO INDUSTRIAL E ARRANJO FSICO (LAYOUT)

    A colocao de dutos, escadas, rampas e tubulaes, aparentes ou externas, para no obstruir futuras expanses

    EDIFCIO INDUSTRIAL E ARRANJO FSICO (LAYOUT)

    Expanses desordenadas em edificaes jobsoletas causavam inmeros transtornos na produo

    O principal problema era o fluxo interno da produo que acabava sendo prejudicado e, portanto, contribuindo para uma baixa produtividade da fbrica.

    EDIFCIO INDUSTRIAL E ARRANJO FSICO (LAYOUT)

    EDIFCIO INDUSTRIAL E ARRANJO FSICO (LAYOUT)

    novos edifcios industriais deveriam atender requisitos de melhoria de condies de trabalho voltando seus projetos para: 1. Um nico pavimento 2. Edifcios retangulares com relao entre 2:1 a 3:1 entre

    comprimento e largura 3. Grandes reas de janelas envidraadas 4. reas externas de lazer e servios de pessoal

  • Planejamento Estratgico da Unidade Fabril

    Caractersticas

    Inclui o planejamento do nmero, tamanho e localizao dos prdios Os elementos fundamentais do planejamento do espao

    (espao, afinidades e limitaes) As afinidades so mais simples e est includo o uso do

    espao exterior O engenheiro de produo frequentemente posiciona os

    prdios no terreno em conjunto com um arquiteto ou engenheiro civil

    Esta fase deve considerar expanses futuras Neste nvel o planejamento ainda afeta o longo prazo

    Fatores a serem considerados

    Plano diretor Ir descrever como sero feitas as futuras expanses Garante a flexibilidade necessria fbrica

    Estilos de desenvolvimento do terreno Agrupamento das unidades produtivas (UPE)

    Estilos de desenvolvimento do terreno

    72

  • Estilos de desenvolvimento do terreno

    73

    Agrupamento das UPEs

    OUTROS: Por Produto; Por Necessidades especiais.

    Planejamento do Terreno: EXEMPLO

    Resumo de UPEs

    Planejamento do Terreno: EXEMPLO

    76

    Layout PrimitivoCom Expanso

  • Planejamento do Terreno: EXEMPLO

    77

    Layout PrimitivoCodificado

    Visando Expanso

    Planejamento do Terreno: EXEMPLO

    78

    Layout PrimitivoCodificado

    Visando Construo

    Planejamento do Terreno: EXEMPLO

    PlanejamentoDe Espao

    (Construo)

    FASE 1 FASE 2

    Planejamento do Terreno: EXEMPLO

    PlanejamentoDe Espao

    (Mobilidade)

    FASE 1 FASE 2

  • 81

    1. Caractersticas das Construes2. Estruturas3. Materiais para as estruturas4. Tipos de Estrutura5. Padronizao de Estruturas Industriais6. Normas Aplicveis s Estruturas Industriais7. Coberturas8. Tapamentos Laterais e Divisrias9. Pisos Industriais10. Tipos de revestimentos de Pisos Industriais11. Roteiro para Seleo e Clculo do Piso Industrial12. Fundaes13. Tipos de Fundaes14. Fundaes de Equipamentos15. Normas Aplicveis s Fundaes

    Edificaes Industriais

    82

    1. NR 08 : Edificaes2. NR 10 : Segurana em Instalaes e Servios em

    Eletricidade3. NR 11 : Transporte, Movimentao, Armazenamento e

    Manuseio de Materiais4. NR 12 : Segurana no Trabalho em Mquinas e

    Equipamentos5. NR 13 : Caldeiras, Vasos de Presso e Tubulaes6. NR 23 : Proteo contra incndios

    Referncia:CAMAROTTO, J. A. Estudo das relaes entre o projeto

    de edifcios industriais e a gesto da produo.

    Normas Regulamentadoras