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DISTRIBUIÇÃO E DISPENSAÇÃO DOS MEDICAMENTOS NA FARMÁCIA HOSPITALAR FACILITADOR: Jefferson Pessoa Hemerly

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DISTRIBUIÇÃO E DISPENSAÇÃO DOS MEDICAMENTOS NA FARMÁCIA HOSPITALAR

FACILITADOR: Jefferson Pessoa Hemerly

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DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOSDistribuição: qualquer atividade de posse,abastecimento, armazenamento e expedição deprodutos farmacêuticos, excluindo o fornecimento aopúblico. (RDC 204/2006)

Podemos destacar algumas ações da administraçãode medicamentos e materiais:

Previsão (Quanto comprar? Para quanto tempo?);Compra (cotação, pedido e entrega);Análise do estoque e da flutuação;Fluxo de distribuição interno;Armazenamento;Controle do estoque (inventário).

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LOGÍSTICA DOS MEDICAMENTOS E CORRELATOSLogística: processo de planejamento, implementaçãoe controle do fluxo eficiente e eficaz de materiais,estoques de produtos semi‐acabados e acabados,bem como a fluência de informações relativo a eles,desde a origem do produto até o seu consumo.

Council of Logistics Management (CLM)

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LOGÍSTICA DOS MEDICAMENTOS E CORRELATOSObjetivos da administração de materiais:Redução de custos de aquisição;Redução de custos de manutençãoRedução dos custos de reposição;Rotatividade de estoque ideal;Redução de custos de mão‐de‐obra;Treinamento de pessoal;Redução dos custos de reposição;Continuidade de fornecimento;Boa qualidade do estoque (qualidade noarmazenamento);Bom relacionamento com os fornecedores.

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GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAISFarmácia hospitalar: a caderneta de poupança dohospital.

Não pode haver excessos;

Objetivo da gestão dos estoques de um hospital:assegurar o eficiente abastecimento dos materiais emedicamentos necessários ao funcionamento.

Duas exigências básicas:

Não pode haver faltas;

Estoques custam caro; portanto requeremplanejamento e vigilância intensa.

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FLUXO LOGÍSTICO

Integra todos os departamentos que fazem interfacecom o fornecimento de materiais hospitalares emedicamentos:

Farmácia

Corpo de enfermagem

SND

Almoxarifado

Central de autorizações

Compras

Internação

Faturamento

Corpo clínico

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PREVISÃO: QUANDO COMPRAR E PARA QUANTO TEMPO

Produto X em estoque

Requisição do produto X

Dispensação do produto X

Estoque mínimo de X

Estoque máximo de X

Vigilância e controle

Aquisição do produto X

Uso equilibrado

Itens sem movimento

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ESTOQUE E OS MATERIAISOs insumos guardados na farmácia podemcorresponder ~30% dos gastos de um hospital,excetuando‐se salários e encargos de colaboradores.

economia – deve haver o máximo aproveitamentodos recursos financeiro investidos em materiais emenor custo possível na ação de controle;

Objetivo do estoque:

amplitude – deve possuir abrangência sobre todosos itens que mereçam interesse estratégico, pelasua representatividade financeira ou por suaimportância nos processos produtivos;

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ESTOQUE E OS MATERIAIS

duração – deve ser persistente, sem tréguas ouconcessões;

Objetivo do estoque:

clareza – o controle de estoques deve retratar osfatos envolvidos com a estocagem e utilização deforma exata, objetiva e compreensível.

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POR QUE FALTAM MATERIAIS E MEDICAMENTOS?Falta de investimento no setor de materiais;Ocorrência de corrupção e clientelismo;Baixa qualidade no serviço prestado (colaboradoresdespreparados);Inexistência de processos coordenados para o fluxo demateriais, sem controle das operações e do estoque;

Departamento de compras opera sem política definida;

Instituição conta com poucos recursos financeiros;Gestão dos setores envolvidos (farmácia, almoxarifado,compras) é despreparada e sem comprometimento.Não há metas a serem atingidas (previsõesorçamentárias);

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DIRETRIZES DE CONTROLE DE ESTOQUE

Tempo de processamento interno (TPI), que é operíodo de gestão interna da solicitação doproduto.

Tempo de entrega dos produtos:

Tempo de processamento externo (TPE), que é otempo que o produto levará para chegar.

Locais de armazenamento, condições qualitativas equantitativas.Como e onde será estocado?

Necessidade de compra (estoque mínimo)solicitação de compra contato com fornecedores

Recebimento de cotação julgamento enegociação prazo para entrega

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DIRETRIZES DE CONTROLE DE ESTOQUE

O rol de fornecedores que abastecem o hospital éformulado por meio de critérios subjetivos eobjetivos (instituições públicas – Lei nº 8.666).

Fornecedores:

Qualificação dos fornecedores.Mesmo que a farmácia ou o almoxarifado nãosejam os executores das compras, devem teracesso ao cadastro dos fornecedores ou possuircadastros próprios, para nas emergências, ter comoacionar os representantes.

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DIRETRIZES DE CONTROLE DE ESTOQUE

Deve‐se definir quantidades mínimas e máximas decada item;

Flutuação dos estoques:

Verificar os valores do estoque por meio do cálculodas curvas ABC;Controlar a flutuação dos estoque, principalmenteos produtos da curva A.Compras acima do necessário (supera a meta),deve‐se iniciar uma ação urgente (investigação,readequação, identificação dos desvios, etc.).

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DIRETRIZES DE CONTROLE DE ESTOQUE

Determinados produtos podem ser encontrados,simultaneamente, em vários locais do hospital;

Rotatividade dos estoques:

A rotatividade deve ser viabilizada o mais próximopossível da realidade do consumo por meio dapadronização das cotas;Cotas, são quantidades preestabelecidas dosprodutos utilizados em cada estoque, com base eminformações obtidas pelo consumo;

Farmácia satélite do centro cirúrgicoFarmácia satélite do pronto‐socorroFarmácia satélite da UTIFarmácia satélite das unidades de internação

Vejamos alguns 

estoques:

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IMPACTO ECONÔMICO DOS ESTOQUES

Administrar mal um estoque significa “imobilizar”parte desse capital por tempo indeterminado;

ativo (bens e direitos) + passivo (obrigações) =patrimônio da empresa

(bens e direitos) ‐ (obrigações) =patrimônio líquido da empresa

Produto adquirido que não é usado em tempooportuno, torna‐se prejuízo para o hospital;Reposições são feitas com intervalos de tempocada vez menores, gerando posições de estoquesempre próximas da demanda;

Just in time ou on demand

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FATORES QUE ALTERAM O CONSUMO MÉDIO

Fatores extrínsecos:Epidemias – surtos ocorridos em determinadaregião que afetam o consumo de certos itens,como medicamentos;

Variações climáticas – as várias estações do anosmodificam profundamente os consumos;

Descontinuidade – muitos medicamentos deixamde ser fabricados de forma inesperada,impulsionando o consumo de outros com utilizaçãosemelhante.

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FATORES QUE ALTERAM O CONSUMO MÉDIOFatores intrínsecos:Surto de infecção hospitalar – altera o volume deantibióticos dispensados;Obsoletismo – item considerado ultrapassado doponto de vista terapêutico (outro medicamento éadotado nas condutas);Mudança de condutas – independente daqualidade do produto, uma simples troca de equipemédica pode trazer modificações nos itens usados;

Marketing da indústria farmacêutica – as visitas doslaboratórios ao ambiente médico‐hospitalar,podem trazer solicitações e alterações indesejáveisno consumo.

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RECEBIMENTO DE PRODUTOSO ciclo de compras é finalizado no momento em queas mercadorias chegam na unidade hospitalar;Verificar as condições (aspectos gerais) do produto –integridade da embalagem, condições detemperatura (termolábil), instruções de uso (semateriais ou equipamentos);Verificar se o nome do produto recebido é o mesmoque foi solicitado (forma farmacêutica e dosagem);

Conferir se os preços unitários e totais são osmesmos que foram negociados;

Conferir se as quantidades recebidas são as mesmassolicitadas;

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RECEBIMENTO DE PRODUTOSO ciclo de compras é finalizado no momento em queas mercadorias chegam na unidade hospitalar;Verificar as condições (aspectos gerais) do produto –integridade da embalagem, condições detemperatura (termolábil), instruções de uso (semateriais ou equipamentos);Verificar se o nome do produto recebido é o mesmoque foi solicitado (forma farmacêutica e dosagem);

Conferir se os preços unitários e totais são osmesmos que foram negociados;

Conferir se as quantidades recebidas são as mesmassolicitadas;

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RECEBIMENTO DE PRODUTOSFicar atento à data de validade para não correr orisco de receber produtos com data de vencimentomuito próxima;Ficar atento à embalagem. Verificar se há indícios deviolação;Produtos registrados devem possuir impresso onúmero de registro em seu rótulo. Se dispensados deregistro, deverá constar na embalagem os dizeres“Declarado isento de registro pelo Ministério daSaúde”;Se produto sujeito ao controle especial (Portaria nº344), deverá existir um fluxo para a retenção de umadas vias da nota fiscal ou de uma cópia.

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COMPRASO procedimento de compra atende às necessidadesgeradas pela demanda. Assim, um hospital podecomprar:produtos – medicamentos, materiais médico‐hospitalares, itens de manutenção, produtos depapelaria, impressos, etc.

serviços – unidades de diagnóstico, lavanderia,manutenção, etc.

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REQUISITOS FUNDAMENTAIS PARA COMPRASCadastro de todos os fornecedores, contendo:

informações comerciais e institucionais;organização dos cadastros com atualizaçãopermanente;informações precisas dos fornecedores comocontatos, valores das últimas compras, dados sobrepontualidade na entrega, últimas quantidadescompradas, aspectos de qualidade, etc.

Catálogos, manuais técnicos sobre os produtos,informativos em geral (especificações técnicas).

Informações técnicas sobre os produtos utilizados:

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FLUXO DE COMPRAS

Necessidade da compra (sinalizada pela gestão deestoque);Compra é acionada por meio de solicitação decompra;Consulta aos fornecedores qualificados;Cotação de preços e atendimento às especificações;

Negociação e decisão para aquisição;Elaboração do pedido (ordem de compra);Acompanhamento do pedido (Follow‐up);Recebimento – verificação se não há divergênciasentre solicitação, ordem de compra e entrega.

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ARMAZENAMENTO“Um medicamento se conserva bem quando guardana íntegra a total atividade de seus princípios ativos enão apresenta modificações dignas de nota, ou,ainda, quando não é sede de modificações quepossam torná‐lo nocivo”.

Prof. José Cimino

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REQUISITO DO ARMAZENAMENTOAtender as especificações para armazenagem;Qdº a monografia do produto não especificar ascondições de conservação, deve‐se proteger omedicamento contra luz, congelamento e calorexcessivo;Deve‐se fazer uma análise qualitativa e quantitativado estoque (armazenamento seja adequado);Estocagem – conservação racional e segura demedicamentos e correlatos;O interior da área de armazenagem deve possuirsuperfícies lisas, sem rachaduras, semdesprendimento de pó, para facilitar a limpeza, e quenão permita a entrada de roedores, insetos e outroanimais;

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REQUISITO DO ARMAZENAMENTOIluminação, temperatura ambiente, umidade relativado ar devem ser controladas (climatizadores);Deve existir espaço racional para o fluxo de pessoas emateriais;Devem existir instruções por escrito que descrevem orecebimento, a estocagem, etc. (POPs, ITs);Nada pode ser estocado sem ser recebido;Cuidado especial com os medicamentos vencidos ousem condições de uso (Portaria nº 344 exigeprotocolo de recolhimento na vigilância sanitária);A estocagem dos produtos deve ser em ordemcronológica (o primeiro a entrar no estoque é oprimeiro a sair – PEPS);

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REQUISITO DO ARMAZENAMENTOAtenção com os produtos termolábeis. Uso derefrigeradores, freezers e câmaras frias(monitoramento diário);

Nunca estocar produtos em contato direto com assuperfícies (solo, paredes, teto);Não estocar medicamentos diferentes no mesmoestrado;Para os produtos sujeitos ao controle especial, érecomendável que a farmácia central (local dedispensação) possua ao menos dois armários;A área deve possuir portas de acesso que permitam apassagem de carrinhos.

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QUADRO DE ALTERAÇÕES VISÍVEIS DE FORMAS FARMACÊUTICAS

Comprimidos

Drágeas

Pós‐efervescentes

Cápsulas

Quantidade excessiva de pó; Quebras, lascas, rachaduras na superfície; Machas, descoloração, aderência entre os comprimidos ou formação de depósitos.

Fissuras, rachaduras e manchas na superfície.

Mudança na consistência ou amolecimento ou endurecimento.

Crescimento de massa e pressão gasosa.

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QUADRO DE ALTERAÇÕES VISÍVEIS DE FORMAS FARMACÊUTICAS

Cremes e pomadas

Soluções e xaropes

Emulsões

Injetáveis

Diminuição do volume por perda de água; Mudança na consistência; Presença de líquido ao apertar a bisnaga;Endurecimento e separação de fases.

Precipitação e formação de gases.

Turbidez, presença de partículas, grumos;Cheiro forte, mudança de coloração;Liberação de gases.

Quebra na emulsão, mudança na coloração e no odor.

Suspensões Precipitações, formação de partículas, grumos, cheiro forte, mudança da coloração e liberação de gases.

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COMO DISPOR OS MEDICAMENTOS NA FARMÁCIA HOSPITALAR

É importante que o espaço ocupado pelo estoqueseja planejado e otimizado;A disposição deve facilitar a localização para amovimentação no estoque (recebimento edispensação);A ordenação dos estoque nas prateleira pode serfeita das seguintes maneiras:Ordem alfabética pelo nome comercial dosmedicamentos;Ordem alfabética por formas farmacêuticas;Ordem alfabética pelo nome dos princípios ativos;Ordem de códigos;

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COMO DISPOR OS MEDICAMENTOS NA FARMÁCIA HOSPITALAR

Em qualquer um das opções de ordenação, a escolhadeve considerar:

O tipo de medicamento;A política assistencial do hospital;O arsenal a ser estocado;A área disponível;O fluxo operacional.

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DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS PELA FARMÁCIA HOSPITALAR

É a maneira pela qual a farmácia envia osmedicamentos aos pacientes, mediante análise préviadas prescrições médicas, procurando sempre oferecerinformações sobre a melhor utilização e o preparodas doses que serão administradas:

As prescrições são documentos que formalizam opedido de medicamentos para a dispensação;

O sistema de distribuição de medicamentos devegarantir o uso racional de medicamentos, redução degastos, diminuição dos erros de administração eeficiente colaboração com a conduta terapêutica.

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DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS PELA FARMÁCIA HOSPITALAR

O tipo de dispensação deve se adequar ao perfil dohospital;Alguns critérios são avaliados pra adoção de umsistema de dispensação:corpo clínico – aberto ou fechado? Se for fechado,menores dificuldades serão enfrentadas;estrutura do hospital – a instituição está preparadapara um sistema de dispensação que exija alto graude eficiência?estrutura da farmácia – observar recursos humanose disposição física da farmácia (layout);características econômicas – investimento.

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OBJETIVOS PARA UM SISTEMA RACIONAL DE DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS

Diminuir erros de medicação;

Racionalizar a distribuição e a administração demedicamentos;Aumentar o controle sobre os medicamentos, acessodo farmacêutico às informações sobre o paciente;Diminuir os custos com medicamentos;Aumentar a segurança para o paciente.

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ORGANIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE DISPENSAÇÃO

Horários de administração dos medicamentos:seja qual for a posologia adotada nafarmacoterapia, deve haver uniformidade naaplicação dos horários;

Preparo e amarração dos kits de procedimento:facilidade para baixa dos itens dispensados;economia de pessoal envolvido na distribuição;otimização do trabalho da enfermagem;ex.: kit sonda vesical de alívio, kit lavagem vesical,kit lavagem gástrica, kit irrigação vesical, etc.

a colocação do horário de administração naprescrição médica é muito importante.

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ORGANIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE DISPENSAÇÃO

Pode‐se subdividir a disposição interna da farmácia:área de estocagem, localização dos medicamentosarmazenados;a estabilidade de medicamentos fracionados ouunitarizados pode estar reduzida;na farmácia hospitalar, os medicamentos devemficar dispostos em compartimentos de fácilmanuseio (escaninhos ou bins), o que otimiza otempo de atendimento/manuseio;

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ORGANIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE DISPENSAÇÃO

Pode‐se subdividir a disposição interna da farmácia:

área de dispensação, as bancadas de triagem,separação, conferência e baixa dos medicamentosdeterminam ser aquele espaço, o local dedispensação;

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ORGANIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE DISPENSAÇÃOQuadro de colaboradores:a qualificação dos profissionais envolvidos nadispensação é de suma importância;deve haver uma distribuição racional do horário decada colaborador (escala de trabalho);a produtividade é baseada no número deprescrições recebidas vs. Prescrições separadas comacerto (conferência do farmacêutico);

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ORGANIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE DISPENSAÇÃOUm sistema de dispensação precisa ser executado deforma homogênea pelos profissionais envolvidos;Desde a geração da prescrição médica até a entregados medicamentos ao doente, deve transcorrer semsubjetivismos;

De nada adiante a farmácia executar a triagem,separação e conferência dos medicamentos, se asprescrições médicas não forem liberadas no horáriopreconizado;Da mesma forma, se as prescrições são liberadas nohorário certo, mas existem deficiências na separaçãorealizada pela farmácia, muitos problemas poderãoocorrer.

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TIPOS DE SISTEMAS DE DISPENSAÇÃOHá uma tendência para que o medicamento chegueao paciente de forma íntegra, individual epersonalizada, apresentado de maneira aproporcionar otimização do tempo da enfermagem;Mais segurança para quem administra e para quemrecebe o medicamento;Controle do medicamento: identificar o que deve serenviado e para quem será administrado;Os tipos de sistema de dispensação mais conhecidose utilizados atualmente são:dose coletiva;dose individualizada;dose unitária.

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TIPOS DE SISTEMAS DE DISPENSAÇÃO: DOSE COLETIVA

Conhecido como estoque descentralizado;

Os pedidos são feitos em nome da unidadesolicitante e não em nome do paciente;Neste sistema, a enfermagem no recebimento ou nomomento do uso terá que identificar os itensreferente a cada paciente;Não há como realizar de maneira precisa oacompanhamento da utilização e a posologia dosmedicamentos;Os medicamentos dispensados sob a forma coletivachegam à farmácia em recipiente próprios (caixas) oumesmo em cestas ou sacos plásticos;

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TIPOS DE SISTEMAS DE DISPENSAÇÃO: DOSE COLETIVA

Objetivos:enviar medicamentos para o atendimento dossolicitantes;executar as requisições recebidas;controlar o estoque para geração de compras;

Vantagens:registro das movimentações de saída – fácil e rápido;

exige número reduzido de colaboradores;não necessita funcionar 24 horas;exige número reduzido de colaboradores;Aviamento rápido;

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TIPOS DE SISTEMAS DE DISPENSAÇÃO: DOSE COLETIVA

Desvantagens:

descentralização desordenada dos estoques;

controle deficiente dos estoques;perdas por desvios, validade earmazenamento incorreto;não há garantia de qualidade;

ocasiona desvio das atividades dosprofissionais de enfermagem;a farmácia não participa diretamenteda dispensação ao paciente;

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TIPOS DE SISTEMAS DE DISPENSAÇÃO: DOSE INDIVIDUALIZADA

Se comparado à dose coletiva, a grande diferença éque a dispensação é feita em nome do paciente pormeio de prescrição médica (sem esquema posológicorígido);É considerada um pré‐requisito para a dose unitária;

Objetivos:enviar medicamentos para o atendimento dossolicitantes;executar as prescrições individualizadas recebidas;atuar no corpo clínico para esclarecer asapresentações, interações, incompatibilidades,posologia, etc;proporcionar segurança à farmacoterapia adotada;

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TIPOS DE SISTEMAS DE DISPENSAÇÃO: DOSE INDIVIDUALIZADA

Vantagens:evita descentralização desordenada dos estoques;otimização do estoque;garantia de controle de estocagem de medicamentos;inserção da farmácia na equipe multiprofissional;menor quantidade de desvios e perdas;menor número de erros de transcrição eadministração de medicamentos;

Desvantagens:Custo para implantação do projeto, incluindoequipamentos e colaboradores;Desvio das atividades da enfermagem para adispensação;

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TIPOS DE SISTEMAS DE DISPENSAÇÃO: DOSE UNITÁRIA

A dispensação é feita em nome do paciente e segueuma prescrição médica com horários preestabelecidosa cada 24 horas;As principais diferenças com os outros sistemas são:medicamentos acondicionados em embalagensunitárias;disposição dos medicamentos por horários;medicamentos prontos para serem administrados;

Dose unitária: “dispensar o medicamento certo, aopaciente certo, na hora certa, seguindo umaprescrição médica”.

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TIPOS DE SISTEMAS DE DISPENSAÇÃO: DOSE UNITÁRIA

O modelo padrão prevê a dispensação em intervalosde 24 horas; entretanto, em certos hospitais ocorreadequações para três blocos de 8 horas cada;Vantagens da divisão por turnos (a cada 8 h) são:menor número de devoluções (alta do paciente ouprescrições modificadas);otimização dos recursos humanos da farmácia;possibilitar que cada plantão de enfermagemconfira os medicamentos do seu turno.

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TIPOS DE SISTEMAS DE DISPENSAÇÃO: DOSE UNITÁRIA

Objetivos principais;

oferecer segurança a farmacoterapia adotada;reduzir erros de administração de medicamentos;reduzir estoques intermediários e aumentar ocontrole sobre eles;oferecer medicamentos nas doses indicadas deforma organizada e higiênica;permitir maior contato da farmácia com o corpoclínico e com a enfermagem;trazer economiapara o hospital.

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TIPOS DE SISTEMAS DE DISPENSAÇÃO: DOSE UNITÁRIA

Objetivos principais:

oferecer segurança a farmacoterapia adotada;reduzir erros de administração de medicamentos;reduzir estoques intermediários e aumentar ocontrole sobre eles;oferecer medicamentos nas doses indicadas deforma organizada e higiênica;permitir maior contato da farmácia com o corpoclínico e com a enfermagem;trazer economiapara o hospital.

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DOSE UNITÁRIA – VANTAGENS:segurança no tratamento;segurança para os profissionais envolvidos;maior controle da administração do medicamento;acompanhamento do tratamento médico;redução dos estoques intermediários;controle de estoque de forma geral;redução dos erros de administração demedicamentos;otimização das devoluções dos medicamentos àfarmácia;redução do custo final;maior disponibilidade de tempo p/ a enfermagem;integração do farmacêutico com a equipemultiprofissional;

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DOSE UNITÁRIA – DESVANTAGENS/REQUISITOS:

custo da implantação (área, equipamentos,embalagens, tecnologia);Tempo para treinamento dos colaboradores.

Investir na dose unitária traz dividendos financeiros emelhora de maneira inquestionável a qualidade dosserviços.

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DOSE UNITÁRIA – REQUISITOS DAS EMBALAGENS:

nome do paciente;data da dose;número do leito;convênio (em alguns casos);código de barra (se possível).

Os medicamentos podem ser dispensados nasembalagens plásticas unitárias (não as tiras), o quefacilita sua troca em caso de suspensão, alteração dedose ou posologia, bem como possibilita acréscimode medicamentos que vierem a ser prescritos.A etiqueta do medicamento unitarizado deve conter onome do produto, lote, validade, princípio ativo ecódigo de barra (se possível).