Autoimunidade na oftalmopatia de graves (2)
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WIERSINGA, W,M.
J Clin Endocrinol Metab, August 2011, 96(8):2386–2394
Artigo
Acadêmicos: Igor Rodrigues
Ivah Avner
Maurivan Carneiro
Thiago Henrique
Volnei Vinicius
Wanessa Carvalho
OBJETIVOS Explicar a patogenia da imunidade envolvida na
oftalmopatia da doença de graves;
Comparar as assertivas do artigo com a literaturareferenciada em “KUMMAR ABBAS FAUSTO” e artigospré-selecionados sobre o tema;
Metodologia do artigo Foram selecinados atigos no banco de dados PubMed
relacionados ao tema e escrutíniode suas listas de referências.
Além disso, foram selecionados resumos deOftalmopatia de Graves apresentados no 14thInternational Thyroid Congress 2010 in Paris, France.
INTRODUÇÃOÉ um distúrbio auto-imune caracterizado por uma
combinação variável de hipertireoidismo, oftalmopatia edermatopatia. (GOLDMAN, 2009)
A prevalência varia entre as populações, refletindofatores genéticos e a ingestão de iodo. (LONGO, 2013)
Afeta mais mulheres que homens, frequentementeentre os 30 e 60 anos de idade.
Tríade Clínica1. Hipertireodismo devido ao aumento difuso e
hiperfuncional da tireóide;
2. Oftalmopatia infiltrativa resultando em exolftalmia;
3. Dermatopatia infiltrativa localizada, algumas vezeschamada de mixedema pretibial.
KUMMAR, ABBAS, 2005
OFTALMOPATIAConstitui um distúrbio distinto, caracterizado
pela inflamação e edemaciação da musculaturaextraocular e da gordura orbital, retraçãopalpebral, edema periorbital, injeção vascularepiescleral, quemose e proptose. (GOLDMAN,2009)
Papel do HLA e das Células T 1º Células T CD8 retrobulbar dos pacientes vão reconhecer
os fibroblastos oculares (FO) autólogos;
2º, celulas T retrobulbares de pacientes com Oftalmopatia de Graves (OG) proliferam-se em resposta a proteínas autólogas a partir do FO (mas não a partir de mioblastos orbitais)
3º, Fibroblastos Orbitais proliferam em resposta a células T autólogas dependente MHC ClassII e da sinalização de CD40-CD40L;
4º, A expressão de (HLA)-DR é observada nas células intersticiais do FO, mas não sobre as fibras musculares dos olhos.
Outras literaturas ARDLEY, 2012 KUMMAR, ABBAS, 2005
Confirma e identifica a susceptibilidade genética e o papel do HLA-DR e do T – CD4 na gênese da OG
Evidencia a importância da presença de determinados haplótipos do complexo de histocompatibilidade, especificamente o HLA-B8 e DR-3.Afirma que o HLA são componentes críticos para apresentação de antígenos às células T, enquanto o CTLA-4 é um receptor de inibição que impede que as células T reajam aos antígenos do hospedeiro.
Fisiopatologia da OG O inchaço dos músculos oculares e gordura orbital / tecido
conjuntivo é devido a edema inflamatório e acumulação de glicosaminoglicanos (GAG), que os compostos hidrofílicos osmoticamente capazes de atrair e vincular grandes quantidades de água.
Fibroblastos Orbitais são, portanto, também importantes células efetoras em Oftalmopatia de Graves, capazes de secreção de ácido hialurônico substancial através da regulação por ácido hialurônico sintases específicas sobre estimulação adequada, por exemplo por citocinas pró-inflamatórias, tais como IL-1β.
Outras literaturas SMITH, 2011 KUMMAR, ABBAS, 2005
Acrescenta algumas outras informações a cerca das citocinas envolvidas no processo: tais como a expressão de CD45, CD11b, CD16/32;Não expressam CXCR4, CD34 ou CD115, os mesmos não foram citados no artigo em estudo.
Aborda apenas que a GAGs, aumentam a expressão do receptor de TSH na superfície, perpetuando a resposta auto-imune, o resultado é a infiltração progressiva do espaço retro-orbital e oftalmopatia.
Fisiopatologia da OG
SMITH, 2010
Fisiopatologia da OG - Esquema
Absorção de TSH-R e/ou IGF-IR pelas APC
diferenciação de fibroblastosem adipócitos
da carga osmótica tecidual
produçãode citocinas
Estimula a secreçãode Ác. Hialuronico eglicosaminoglicana
Fibrose e edema periorbital
Reação autoimune é iniciada no nódulo linfático de drenagem
Células especifica T e células B são geradas
Recrutamento de fibroblastos
Proliferação dagordura orbitária
TSHR como autoantígeno na OG A prevalência de OG em pacientes não tratados com
Hipertiroidismo de Graves aumenta com a maiorligação inibitória de imunoglobulina TSH (TBII) níveissuperior a 38% em TBII superiores a 40 U/litro.
Anticorpos TSHR (TSHR-Ab) podem ser detectadosno soro da maioria, se não de todos os pacientes comOG.
TSHR-Ab tem valor prognóstico para o curso de OG,níveis mais elevados pode ser associada com piorevolução e maior gravidade.
Outras literaturas SMITH, 2011 KUMMAR, ABBAS, 2005
Vide figura Falam que o TSH-R são expressados pelos fibroblastos pré-adípócitosorbitais, tornan-se alvos de um ataque imunológico.As células T que reagem contra os fibroblastos secretam citosinas que estimulam sua proliferação e aumentam a expressão de TSH-R na superfície, perpetuando a resposta auto-imune.
SMITH, 2011
WALL, 2010TED – doença ocular da tireóide
IGF-I como receptor autoantígeno em OG
Os primeiros estudos relatam a capacidade de TSHR-Abpara imunoprecipitar receptores da tirosinaquinase, mais especificamente que o IGF-1R
Os efeitos podem ser bloqueados por IGF-1Rmonoclonal, sugerindo essas ações de IgG Graves sãomediados através de vias independentes do TSHR.
Continuação
As interações entre o IGF-1R receptor de fator decrescimento epitelial, a qual pode ser mediada emvários níveis, seja através de uma associação diretaentre os dois receptores, mediando a disponibilidadede uns dos outros ligantes.
As células sanguíneas T que expressam IGF-1R maiorem pacientes com doença de Graves do que nospacientes com a doença em controle.
Continuação
Baixa expressão de IGF-I / IGF-1R está associada com pior evolução;
IGF-1R, não são específicos para doença de Graves em vista dos resultados semelhantes na artrite reumatóidee possíveis outras doenças auto-imunes;
a produção local de IGF-I, na qualidade de uma forma autócrina ou parácrina, está envolvida na auto-imunereacções;
Após a lesão de tecido ou célula, existe uma onda de IGF-I para estimular a síntese de replicação reparativaas células;
Comparativos SMITH, 2011 KUMMAR, ABBAS, 2005
O Receptor IGF-1 (IGF-1R), é expresso pelos fibroblastos orbitais, células T e as B em pacientes com a doença. IGF-1R representa um patogênico e potencialmente o segundo autoantígeno que pode explicar a tireóide anormal.
Mencionam apenas que a mesma estão direcionadas contra o receptor de TSH, as mesmas foram implicadas na proliferação do epitélio folicular tireoidiano.
Fibroblastos e gordura orbital Fibroblastos Orbitais têm a capacidade de se diferenciar em adipócitos
maduros, associados a um aumento expressão TSHR e ação da IL-6 eseus produtos.
O processo de adipogênese aumenta o volume degordura, contribuindo proptose:
1) polimorfismos no gene PPAR 2) Os diferentes perfis de citocinas no músculo e gordura (tais como
citocinas Th1 predominam em músculos extra-oculares, com amplavariação interindividual em Th1-Th2 e citocinas derivadas de gordura)
3) Modulação de citocinas do 11β-hidroxiesteróide-desidrogenase umaatividade (a enzima aumenta a biodisponibilidade de cortisol e temmaior atividade no fibroblasto Orbital de pacientes com OG;
4) a exposição de fumar (o fumo do cigarro aumenta muitoadipogênese de uma maneira dependente da dose)
Considerações finais Foi possível explicar a patogenia da imunidade
envolvida na oftalmopatia da doença de graves atravésdo artigo em estudo e mais elucidada com o auxílio dasreferencias consultadas.
Os Fibroblastos orbitais são reconhecidos como ascélulas alvo principal do ataque auto-imune em OG noartigo em estudo e nas referencias consultadas.
Considerações finais (Continuação)
A existência de IGF-1R anticorpos estimuladores nosoro permanece questionável, e nenhuma dasliteraturas consultadas elucida fielmente sua interaçãona oftalmopatia de Graves.
O artigo fala que expressão de IGF-1R em linfócitos T eB podem contribuir para a auto-imunidade contrafibroblastos, e abordou mais profundo o tema do queas referencias consultadas .
A autoimunidade contra TSHR é mais provável deiniciar a resposta imune em GO, tal assertiva écontemplada em todas as literaturas consultadas.
REFERÊNCIAS ARDLEY, M. et al: Eye findings and immunological markers
in probands and their euthyroid relatives from a single family
with multiple cases of thyroid autoimmunity, Thyroid Research
2012, 5:4
FUKAO et al. The thyroid function of Graves’ disease
patients is aggravated by depressive personality during
antithyroid drug treatment. BioPsychoSocial Medicine
5:9, 2011.
GOLDMAN, Lee; AUSIELLO, Dennis. Cecil Medicina. 23 ed.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. 1766p.
Kumar V; Abbas AK; Fausto N: Robbins e Cotran: Patologia
– Bases Patológicas das Doenças. 7ª Ed, Elsevier – 2005
Referências (Continuação) LONGO,Dan et al. Medicina Interna de Harrison. 18 ed. São
Paulo: AMGH, 2013. 3610P.
Rubin E: Patologia - Bases Clinicopatológicas da Medicina. 4ª
Ed, Guanabara Koogan – 2006
SMITH, T. J; Potential role for bone marrow-derived fibrocytes
in the orbital fibroblast heterogeneity associated with thyroid-
associated ophthalmopathycei, j Clinical and Experimental
Immunology 1365-2249.2010.
WALL, J.K; Pathogenesis of thyroid eye disease — does
autoimmunity against the TSH receptor explain all
cases?, Polish Journal of Endocrinology, Volume 61;
Numer/Number 2/2010