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CCDD Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 1 Projeto Pós-graduação Curso Engenharia de Produção Disciplina Ergonomia e Qualidade de Vida no Trabalho Tema Introdução à Ergonomia: Antropometria e Ambientes de Trabalho Professora Silvana Bastos Stumm Introdução Vamos abordar, nesta aula, um assunto que desperta bastante atenção, mas nem todos o entendem, falaremos sobre ergonomia e antropometria e os ambientes de trabalho. Nosso objetivo é que você entenda o quão importante é o estudo da ergonomia, o conhecimento de antropometria e como estão relacionadas. Você sabe o que é ergonomia e antropometria? Como elas estão relacionadas aos ambientes de trabalho? Então, assista ao vídeo em que a professora Silvana nos apresenta o que vamos aprender neste tema. Acesse o material on-line e aproveite. Problematização Você é um grande profissional na área de ergonomia e sabe que para os empregados sentirem-se melhor no ambiente de trabalho o desgaste deve ser o menor possível, mantendo, assim, a saúde em dia. O diretor de uma grande empresa que se preocupa com os trabalhadores o contratou porque vários empregados têm reclamado de dores nos braços, na coluna, sentem os olhos irritados e têm a sensação de desconforto constante. Como houve uma reforma recente no local e o mobiliário é novo, o diretor estranha as queixas. Tudo foi projetado com o máximo cuidado” disse o diretor. Essa é uma empresa que investe muito em novas tecnologias, preocupa-se com o trabalhador e sua família. Além disso, o diretor, sempre muito atencioso, conversa com todos os funcionários, sabe o nome de cada um, logo se vê que é excelente pessoa. Então, logo que o número de

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Projeto Pós-graduação

Curso Engenharia de Produção

Disciplina Ergonomia e Qualidade de Vida no Trabalho

Tema Introdução à Ergonomia: Antropometria e Ambientes de Trabalho

Professora Silvana Bastos Stumm

Introdução

Vamos abordar, nesta aula, um assunto que desperta bastante atenção,

mas nem todos o entendem, falaremos sobre ergonomia e antropometria e os

ambientes de trabalho. Nosso objetivo é que você entenda o quão importante é

o estudo da ergonomia, o conhecimento de antropometria e como estão

relacionadas.

Você sabe o que é ergonomia e antropometria? Como elas estão

relacionadas aos ambientes de trabalho? Então, assista ao vídeo em que a

professora Silvana nos apresenta o que vamos aprender neste tema. Acesse o

material on-line e aproveite.

Problematização

Você é um grande profissional na área de ergonomia e sabe que para os

empregados sentirem-se melhor no ambiente de trabalho o desgaste deve ser

o menor possível, mantendo, assim, a saúde em dia. O diretor de uma grande

empresa que se preocupa com os trabalhadores o contratou porque vários

empregados têm reclamado de dores nos braços, na coluna, sentem os olhos

irritados e têm a sensação de desconforto constante.

Como houve uma reforma recente no local e o mobiliário é novo, o

diretor estranha as queixas. “Tudo foi projetado com o máximo cuidado” disse o

diretor. Essa é uma empresa que investe muito em novas tecnologias,

preocupa-se com o trabalhador e sua família. Além disso, o diretor, sempre

muito atencioso, conversa com todos os funcionários, sabe o nome de cada

um, logo se vê que é excelente pessoa. Então, logo que o número de

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reclamações começou a aumentar você foi chamado para detectar e resolver o

problema.

Como os ambientes foram projetados para haver espaços de circulação

maiores, as paredes que não interferiam na edificação foram substituídas por

divisórias. Os espaços ficaram mais amplos a fim de receber estações de

trabalho, afinal, o diretor gostava de ver todos trabalhando de forma integrada.

A central de ar-condicionado recebeu manutenção, todos os ambientes foram

pintados na cor branca para dar sensação de maior, o piso recebeu cerâmica

branca também e os empregados ganharam computadores novos.

Como poderia haver reclamação se tudo o que foi feito, foi pensando no

melhor? Como você irá resolver esse problema? De que forma encontrará a

solução? Não responda agora, estude seu material e ao final voltaremos a falar

sobre isso.

Introdução à Ergonomia

Você certamente já ouviu falar muito sobre ergonomia e deve saber seu

significado, mas consegue responder rapidamente o que é ergonomia? Um

pouco difícil, não é mesmo? Pense um pouco sobre isso que iremos responder

daqui a pouco.

Frederick Taylor (1856 – 1915), considerado o pai da administração

científica, achava que o homem produzia apenas um terço do que de fato

poderia produzir. As ferramentas deveriam ser padronizadas e o operário

deveria se adaptar à máquina.

Hoje, sabemos que não é assim e o estudo da ergonomia traz uma

contribuição bastante importante nesse aspecto. São várias as pesquisas com

o objetivo de proporcionar conforto ao trabalhador e protegê-lo das doenças

ocupacionais causadas por esforços repetitivos. Antes de abordarmos esse

assunto intensamente, vamos falar um pouco mais de história.

Taylor (1995) afirmava que uma empresa prospera mais com o resultado

da maior produção possível dos homens e das máquinas. Não vamos falar aqui

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em ganhos capitais, especificamente, mas sim na saúde do trabalhador em

relação à ergonomia. Para Taylor, o homem devia adaptar-se à máquina,

diferentemente do que dita a ergonomia.

Saiba Mais: assista ao vídeo a seguir, um trecho do filme “Tempos Modernos”

de Charles Chaplin para você ter ideia dessa adaptação do homem à máquina.

https://www.youtube.com/watch?v=KPgxcat-zYo

Segundo Taylor (1995), os operários deveriam seguir um padrão de

modo a não existir lapsos na jornada diária de trabalho. Os tempos eram

cronometrados, os trabalhadores controlados e os mais produtivos recebiam

incentivos salariais. Produzir pouco era sinônimo de “vadiagem”, expressão

usada pelo próprio Taylor. Selecionava-se o trabalhador, somava-se a ele um

método de trabalho entendido como ideal e condicionava-se a remuneração à

eficiência. Dessa maneira, acreditava-se que a produtividade seria maior.

Imagine-se vivendo àquela época. Se ocorresse um acidente de

trabalho, você saberia traduzir o pensamento de Taylor? O operário só sofria

um acidente por negligência, sendo ele o único culpado. As diferenças são

muitas. Hoje, já se sabe que há outras preocupações, tanto de cunho

psicológico quanto social.

Saiba Mais: Aproveite o que foi apresentado nesse contexto e se aprofunde

um pouco mais lendo o artigo do link as seguir com informações sobre Taylor.

http://www.ergopublic.com.br/arquivos/1253626458.4-arquivo.pdf

Agora, vamos ajudá-lo a responder o significado de ergonomia:

ergonomia, etimologicamente falando, tem sua origem nas palavras gregas

ergon e nomos. Ergon significa trabalho e nomos, regras. Com base nessas

definições Ergonomia é o estudo das leis do trabalho.

A professora Silvana vai explicar melhor sobre a teoria de Taylor e o que

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estamos estudando até aqui na videoaula que conta no seu material on-line.

Confira!

De acordo com Laville (1977), a ergonomia é uma disciplina com o

objetivo de melhorar as condições de trabalho. Segundo Iida (2005), a

ergonomia é definida como o estudo da adaptação do trabalho ao homem. Mas

é importante você entender que trabalho, nessa definição, tem um significado

um pouco maior. É toda situação onde existe o relacionamento entre o homem

e uma atividade produtiva, envolvendo tanto o ambiente físico quanto os

aspectos organizacionais (IIDA, 2005).

Além das definições supracitadas, podemos citar outras ainda, como a

da Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO), do Institute of Ergonomics

& Human Factors da Inglaterra e mais algumas. Veja como a ergonomia é

vasta e complexa.

A ABERGO (2014), por exemplo, adota a definição da Associação

Internacional de Ergonomia (IEA): disciplina científica que trata tanto das

interações entre o homem e outros elementos quanto da aplicação das teorias

e métodos ao bem-estar humano e desempenho global do sistema.

Para o Institute of Ergonomics & Human Factors (2014) a ergonomia

envolve projetos para os indivíduos na interação com produtos, processos ou

sistemas.

Saiba Mais: Antes de continuar, faça uma breve pausa e acesse o endereço

eletrônico da ABERGO. Com certeza você encontrará informações úteis e

complementares ao seu estudo. http://www.abergo.org.br

Saiba Mias: Consulte também o site http://www.ergonomics.org.uk e veja como

a ergonomia é bastante estudada em outros países também.

Os ergonomistas, profissionais da área, são os responsáveis em

planejar, projetar e avaliar tarefas, postos de trabalho, produtos, ambientes e

sistemas a fim de compatibilizá-los com as necessidades, habilidades e

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limitações do indivíduo (IIDA, 2005 e ABERGO, 2014).

Tais profissionais, segundo Iida (2005), preocupam-se com as seguintes

áreas: ergonomia física, ergonomia cognitiva e ergonomia organizacional.

A física está relacionada à anatomia humana, antropometria que estudaremos

mais a frente, fisiologia e biomecânica. A ergonomia cognitiva aborda os

processos mentais tais quais percepção, memória, raciocínio e resposta motora

e a organizacional envolve a otimização de sistemas.

Objetivos da Ergonomia

Vamos falar agora dos objetivos da ergonomia. Você já percebeu o

quanto temos a falar sobre esse assunto? Quantos artigos podemos ler e o

quanto devemos estudar? Então, com tantas informações é fácil imaginar um

grande número de objetivos que devemos alcançar quando tratamos de

ergonomia.

Em primeiro lugar está a saúde do trabalhador. Quando pensamos em

um ambiente qualquer de trabalho, seja um chão de fábrica ou um canteiro de

obras, a saúde sempre será o objetivo principal. Os outros objetivos relevantes

são a segurança e a satisfação do labutador (IIDA, 2005). Talvez você encontre

a eficiência como um objetivo da ergonomia, mas a eficiência surge como

resultado do trabalho em que a saúde, a segurança e a satisfação vêm antes

de tudo.

Saiba Mais: Assistindo ao filme no link indicado, você compreenderá

rapidamente esses objetivos.

http://uipi.com.br/destaques/destaque-2/2013/08/21/ergonomia-no-trabalho-e-

importante-para-a-saude-do-colaborador/

Falando mais um pouco em história... A ergonomia surgiu em 1949, na

Inglaterra, mais precisamente no dia 12 de julho. Um grupo de estudiosos

reuniu-se para discutir o assunto e formalizar sua aplicação, mas o nome veio,

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de fato, no ano de 1950. Foi a partir da Segunda Guerra Mundial que a

ergonomia se desenvolveu. A necessidade em aperfeiçoar e utilizar

equipamentos militares exigia esforços dos operadores (KRUGER, 2007).

Como os erros e acidentes se repetiam e muitas vezes resultavam em óbito, as

pesquisas se intensificaram ainda mais para adaptar as máquinas aos

operadores (IIDA, 2005).

Agora que já falamos sobre as definições e os objetivos, vamos abordar

as contribuições da ergonomia para o nosso dia a dia, especialmente para o

ambiente laboral.

Quem são os profissionais com quem podemos contar nessa área?

Você imediatamente pensou em engenheiro de segurança do trabalho, certo?

Mas saiba que são diversos os profissionais que podem atuar no campo da

ergonomia além do engenheiro de segurança. O engenheiro de produção faz

parte desse rol, assim como os médicos do trabalho, engenheiros de projeto,

desenhistas industriais, psicólogos, enfermeiros, fisioterapeutas entre outros.

No vídeo disponibilizado no material on-line, a professora Silvana vai

comentar mais sobre esses profissionais. Não deixe de assistir!

Um especialista em ergonomia pode contribuir, e muito, identificando os

locais com risco de acidente e de doenças ocupacionais promovendo o bem-

estar e a saúde do trabalhador. Conforme Wisner (1987), a contribuição da

ergonomia distingue-se em concepção, correção e conscientização, Iida

(2005) ainda acrescenta a participação. Falaremos um pouco de cada uma.

Quando a contribuição acontece durante a elaboração do projeto,

chama-se ergonomia de concepção. Nesta ocasião é possível analisar todas as

alternativas, apesar de serem situações hipotéticas. Aqui o analista deve ser

bastante experiente (IIDA, 2005).

Para situações já existentes e que provocam fadiga, doenças do

trabalho, interferem na qualidade e na produtividade do indivíduo, utiliza-se a

ergonomia de correção (IIDA, 2005). Dependendo da interferência a ser feita o

custo pode tornar-se elevado.

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A ergonomia de conscientização preocupa-se em conscientizar os

trabalhadores para que lhes seja possível reconhecer e corrigir os problemas

diários (IIDA, 2005).

Por último, mas não menos importante, a ergonomia da participação tem

como objetivo envolver os trabalhadores de forma ativa na busca de soluções.

Com a compreensão deste texto e das aulas ficou mais fácil de entender

a ergonomia e seus conceitos. Aplique no seu dia a dia o que você viu aqui, dê

sugestões e orientações. Você tem muito a contribuir.

Antropometria e Ambientes de Trabalho

Não se pode falar em ergonomia sem entender o que é antropometria e

discorrer sobre os ambientes de trabalho. Com certeza, muitos de vocês

sabem a definição e importância do estudo da antropometria. Primeiramente

vamos a sua definição. Lopes Filho e Silva (2003) consideram a antropometria

como uma técnica milenar de mensuração do corpo humano e de todas as

suas partes. De acordo com o IBGE (2013), a antropometria estuda as medidas

e proporções do corpo humano ou de suas várias partes.

Vamos, então, analisar sua importância para a ergonomia. Lembra que

falamos sobre Taylor e sobre as máquinas e equipamentos da época? O

homem deveria adaptar-se à máquina e não o inverso. Agora, volte à

atualidade e reflita um pouco. O estudo da antropometria permitiu obter-se

medidas mais seguras para se fabricar roupas, equipamentos, automóveis.

Portanto, podemos dizer com segurança que são as máquinas e equipamentos

que devem adaptar-se ao homem.

A professora Silvana vai complementar nossos estudos falando mais

sobre a antropometria. Confira o vídeo no seu material virtual.

Mas que medidas devem ser levadas em consideração? Bastam apenas

as medidas ou é necessário preocupar-se com outras características?

Certamente devemos pensar em outras questões igualmente importantes como

sexo, variações intraindividuais, etnia e clima.

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Há diferença de medidas entre homens e mulheres relativa ao

crescimento, aos músculos e à gordura, além de mudanças que naturalmente

acontecem na forma e peso. As diferenças étnicas caracterizam-se,

especialmente, pelas diferenças de altura. Compare os japoneses com os

italianos, por exemplo, os italianos são mais altos. Quanto ao clima, os locais

onde a temperatura é mais elevada, os habitantes têm o corpo mais esguio se

comparado com as regiões de climas mais frios.

Com essas informações, torna-se mais simples entender que hoje

equipamentos, máquinas e ferramentas são projetados de modo a proporcionar

conforto ao usuário. Para tanto, afirma Kruger (2007), os projetos, mesmo

visando o uso coletivo, fundamentam-se na curva de Gauss. Isso garante

atender 95% da população e para os 5% restantes elaborar-se-ão projetos

específicos.

Desconsiderando-se o indivíduo de porte médio, a classificação do

trabalhador resume-se em: jovens e idosos; homens e mulheres; altos e

baixos; magros e gordos; íntegros e deficientes (KRUGER, 2007). Os postos

de trabalho que falaremos mais adiante devem atender o todo.

Mas em alguns momentos será necessário adequar o trabalho para uma

circunstância específica ocorrida durante determinada atividade. Quais

características devem ser consideradas? Conforme Kruger (2007), as

preocupações devem ser em relação às posições dos comandos, às zonas de

alcance das mãos e dos pés; às posturas ou gestos suscetíveis de impedir a

recepção de um sinal; aos membros envolvidos pelos diferentes comandos da

máquina; às ações simultâneas das mãos, dos pés ou de ambos; ao grau de

encadeamento de gestos sucessivos.

Posturas e Movimentos dos Trabalhadores

Vamos conversar agora sobre as posturas e os movimentos dos

trabalhadores nas diversas formas de labor.

A postura, segundo Iida (2005), é o aspecto mais importante para

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dimensionar o espaço de trabalho. São três as posturas básicas para o corpo

humano: deitada, sentada, em pé. Precisamos, também, definir o significado

de espaço de trabalho. Logicamente todos nós temos noção do espaço que

precisamos para exercer determinada atividade, mas será que estamos certos?

Em que nos baseamos?

“Espaço de trabalho é um volume imaginário, necessário para o

organismo realizar os movimentos requeridos durante o trabalho” (IIDA, 2005).

Entretanto, inúmeras vezes identificamos trabalhadores realizando tarefas com

postura inadequada. Com o passar do tempo surgem dores, fadiga muscular e,

em alguns casos, distensões musculares. Infelizmente, não é com frequência

que encontramos trabalhadores em posturas corretas e executando

movimentos adequados. Os principais trabalhos com consequências

prejudiciais à saúde de acordo com Iida (2005) são os trabalhos estáticos – a

mesma postura por tempo bastante longo; os trabalhos de força e os trabalhos

em posturas indesejáveis – tronco inclinado e torcido.

Vamos retomar as posturas básicas. A primeira postura a que nos

referimos, a deitada, é a indicada para repouso e recuperação de fadiga.

Alguns trabalhos como o de oficinas mecânicas, no reparo de veículos, exige o

trabalho nessa posição, mas a cabeça fica sem apoio e provoca dores

rapidamente. Na postura sentada a maior atividade muscular é do dorso e do

ventre. Inclinar-se ligeiramente à frente deixa a posição mais confortável e

natural, mas o assento deve possibilitar alternância de posições, evitando o

aparecimento precoce da fadiga muscular. Finalmente, a postura de pé facilita

o movimento do corpo como um todo, mas se a atividade não exige movimento

torna-se bastante exaustiva.

O nome OWAS que significa Ovako Working Posture Analysing System

foi criado na Finlândia por três pesquisadores, juntamente com o Instituto

Finlandês de Saúde Ocupacional (Finnish Institute of Occupational Health –

FIOH) e tinha como objetivo analisar as posturas de trabalho na indústria

siderúrgica (KARHU et al., 1977). Esse método identifica as posturas de

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trabalho mais comuns para o dorso – 4 posições, braços – 3 posições, pernas

– 7 posições, considerando o peso da carga que está sendo carregada

conforme o FIOH (2014). As tarefas foram analisadas e registradas, gerando

252 posições classificadas em 4 categorias a saber:

Classe 1 – postura normal, sem necessidade de correção;

Classe 2 – postura pouco prejudicial, com necessidade de correções

futuras;

Classe 3 – postura prejudicial, com necessidade de correção a curto

prazo;

Classe 4 – postura muito prejudicial, com necessidade de correção

imediata.

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As classes dependem do período de duração das posturas ou da

combinação das posturas dorso, braços, pernas e carga. Esse método é

utilizado como ferramenta de planejamento, tanto para estudos ergonômicos

quanto para estudos de saúde ocupacional.

Quer saber um pouco mais sobre o Ovako Working Posture Analysing

System? Então, assista à videoaula da professora Silvana no material on-line,

além disso, ela comentará também sobre as posturas.

Saiba Mais: Acesse o endereço da FIOH e você poderá ler mais sobre os

assuntos que aqui falamos!

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http://www.ttl.fi/en/ergonomics/methods/workload_exposure_methods/pages/de

fault.aspx

Para realizar os movimentos necessários para a execução de tarefas,

manter a postura de forma correta é essencial para evitar dores e desconfortos,

mas nem sempre postos de trabalho permitem ao operador manter-se ereto e

confortável. As informações abaixo estão fundamentadas no trabalho de Kruger

(2007).

Mãos e braços: o que determina o posicionamento dos controles e dos

comandos de um maquinário é o espaço necessário para mãos e braços

realizarem preensão e movimentos, e a altura de alcance. Isso influencia

diretamente o arranjo físico do posto de trabalho.

As ferramentas corretas para tarefas que as exigem devem permitir

manter as articulações na posição neutra e o punho alinhado com o

antebraço. Consultando Iida (2005), vemos que o desenho ideal para a

pega de ferramentas é o de uma pega convexa, diâmetro de 10 cm e

comprimento de 10 cm.

Para otimizar o uso de ferramentas, o ideal é aliviar seu peso com

suporte em nível superior, bem como sua manutenção periódica. Evitar

tarefas acima do nível dos ombros e mão para trás. Posturas erradas

provocam dores nos punhos, cotovelos e ombros agravando-se pelos

esforços repetitivos.

Cabeça e nuca: o campo visual do trabalhador deve englobar todos os

mostradores de instrumentos e facilitar a percepção de todo e qualquer

sinal de trabalho. Sua linha de visão deve representar a ligação entre o

olho e o objeto observado. Outro detalhe imprescindível é a postura,

cabeça e nuca não devem permanecer inclinados para frente a mais de

15 graus durante longo período de tempo. Dessa forma, o trabalhador

consegue manter uma postura mais correta para executar as tarefas

exigidas.

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Trabalho em pé: atividades com necessidade de serem executadas

com mais exigência de força ou movimentos do corpo, são melhores

realizadas em pé. Especialmente em tarefas com necessidade de

deslocamentos constantes. Essa posição deve ser alternada com a

posição sentada, podendo ser utilizada, inclusive uma cadeira mais alta

com apoio para os pés, possibilitando ao trabalhador manter-se meio

sentado, meio em pé.

Trabalhos a serem exercidos em pé, carecem de espaço suficiente para

as pernas e pés, de maneira tal que o indivíduo não se curve ao se

aproximar do trabalho. Se houver necessidade de leitura pertinente

durante as atividades, o correto é colocar uma superfície inclinada para

aí manter o material a ser lido.

Devem-se evitar alcances que demandem do trabalhador a inclinação do

corpo ou o giro. As ferramentas a serem usadas e os controles devem

permanecer próximos ao corpo, definida essa proximidade estendendo-

se os braços abertos para os lados e encontrando-se em frente.

Altura correta de trabalho: Para determinar a altura ideal da plataforma

de trabalho, vai depender do tipo de tarefa, das dimensões do

trabalhador e de sua preferencia particular. Tal plataforma precisa ser

regulável e ter faixas de ajustes para as diferenças pessoais. Quando a

atividade é manual e em pé, recomendam-se alturas entre 5 e 10 cm

abaixo da altura dos cotovelos. Se forem tarefas detalhadas, os

cotovelos devem ser apoiados. No dimensionamento da altura,

consideram-se as pessoas altas, pois as baixas podem utilizar um

estrado para atingir a altura que o trabalho exige.

Trabalho sentado: tarefas nesta posição proporcionam maior

rendimento do trabalho e melhoram o bem-estar, resultando em menor

fadiga. Não há exigência das articulações dos pés, joelhos e quadris,

diferentemente do que ocorre no trabalho em pé.

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O corpo permanece melhor apoiado no piso, o assento, no encosto e

braços da cadeira e na mesa. A superfície de trabalho deve ser elevada

possibilitando ao trabalhador visualizar bem os objetos, mas sem forçar

em excesso a curvatura das costas e/ou nuca. As alturas mais baixas

limitam-se pelo espaço livre necessário para as pernas sob a bancada.

Considerações complementares devem ser feitas para as atividades

executadas na posição sentada: alternar com a posição em pé e

andando; altura do assento e encosto devem ser ajustáveis, mas em

número limitado; tarefas minuciosas e específicas requerem cadeiras

especiais; a altura da superfície de trabalho depende do tipo de

atividade; as alturas da superfície e assento devem ser compatíveis; é

necessário usar apoio para os pés; evitar manipulações fora de alcance;

para leituras, a superfície de trabalho deve ser inclinada.

Veja agora algumas vantagens e desvantagens do trabalho exercido na

posição sentada:

Vantagens: alívio das pernas, as posições do corpo não são

forçadas e o consumo de energia é reduzido.

Desvantagens: flacidez dos músculos da barriga, desenvolvimento

de cifose; digestão e respiração prejudicadas; sobrecarga na coluna.

Saiba Mais: Assista agora a um vídeo muito importante em que o professor

José Orlando Gomes explica mais sobre a ergonomia. O que é essa ciência?

Como ela pode ser aplicada no trabalho? Confira!

https://www.youtube.com/watch?v=86Rs-bAioJs

Com o que foi visto e aprendido sobre as posições de trabalho,

recomenda-se que as posturas sejam alternadas entre posição sentada e em

pé. Isso é importante tanto do ponto de vista ortopédico quanto fisiológico.

O adequado é realizar trabalhos alternando as posturas, permitindo

variações das tarefas. Pode-se usar cadeiras próprias para esses fins, como a

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cadeira Balans, desde que se siga a alternância recomendada, pois usá-la

continuamente acarreta outros problemas. Outra possibilidade é usar um selim

para apoio do corpo na posição em pé.

Lembre-se que a postural natural relaxada do nosso corpo é sempre a

melhor. Portanto, essa deve ser nossa prioridade. Os benefícios para o

organismo serão indiscutivelmente maiores.

O Ambiente de Trabalho

Vamos abordar agora um tema que demanda bastante discussão: o

ambiente de trabalho. Nada melhor que um ambiente acolhedor e confortável

para exercemos nossas atividades laborais, certo? Mas será que isso

efetivamente ocorre? Primeiramente, quando pensamos em um ambiente

confortável imediatamente imaginamos um local com temperatura agradável,

sem muito barulho, com pessoas simpáticas, onde tudo funciona

organizadamente. Sobre temperaturas e ruídos falaremos mais adiante, o

restante falaremos agora.

Somando tudo o que dissemos, podemos resumir um bom ambiente de

trabalho como um ambiente saudável, concorda? Vejamos... Segundo o SESI

(2010), as grandes preocupações de diversos profissionais relacionam-se à

segurança, à saúde e ao bem-estar. Esses aspectos não são somente

importantes para o trabalhador, mas para sua família também. O indivíduo que

atua em um bom local de trabalho retorna para casa de forma tranquila. São

aspectos que refletem diretamente na produtividade, na competitividade e na

sustentabilidade das empresas e comunidades.

De acordo com a International Labour Organization (ILO) ou a

Organização Internacional do Trabalho (OIT), a cada ano, aproximadamente,

dois milhões de mulheres e homens morrem devido a acidentes de trabalho e

doenças ocupacionais.

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Saiba Mais: acesse este endereço, certamente você irá se surpreender.

http://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---dgreports/---

dcomm/documents/publication/wcms_067574.pdf

Saiba Mais: outro endereço eletrônico com várias informações é o seguinte:

http://apps.who.int/gb/ebwha/pdf_files/WHASSA_WHA60-Rec1/E/cover-intro-

60-en.pdf

Você conhecerá o Plano de Ação Global (PGA) aprovado em 2007 pela

Assembleia Mundial de Saúde da Organização Mundial de Saúde. Como

curiosidade, vamos apresentar os cinco objetivos definidos pelo PGA:

a. Planejar e implantar instrumentos políticos para a saúde dos

trabalhadores.

b. Proteger e incentivar a saúde no ambiente de trabalho.

c. Aperfeiçoar a qualidade e o acesso aos serviços de saúde

ocupacional.

d. Identificar e comunicar sobre os riscos para saúde, incentivando

ações e práticas para melhoria.

e. Incluir a saúde dos trabalhadores em outras políticas.

Definindo o ambiente de trabalho saudável, segundo a OMS citada pelo

SESI (2010): “Um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e

não meramente a ausência da doença”. A definição é simples, todavia,

alcançar exatamente o proposto nessa definição é o mais difícil. Você está

aprendendo a fazer isso!

Saiba Mais: clicando no link a seguir você poderá assistir a uma breve

animação sobre a importância da ergonomia no ambiente de trabalho. Confira!

https://www.youtube.com/watch?v=A_Odw-2iqr4

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Revendo a Problematização

Lembra-se da situação apresentada no início deste tema? Caso não se

recorde, assista novamente ao vídeo no material virtual e escolha a melhor

alternativa a seguir.

a. Apesar da sua preocupação com todos, o diretor reestruturou a

empresa pensando em deixá-la moderna e funcional, em primeiro

lugar.

b. Apesar de o diretor ser uma excelente pessoa e conversar com

todos, deixou de falar com os trabalhadores sobre a modernização

da empresa, mas agiu de maneira correta contratando um

profissional da área quando os problemas surgiram.

c. Muito positiva a intenção em reformar a empresa e manter o diálogo

com os trabalhadores, mas o diretor desconhecia a existência de

profissionais na área de ergonomia.

Para consultar o feedback de cada uma das alternativas, acesse o material on-line.

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Síntese

Concluímos a primeira parte de nossa conversa nesta disciplina.

Lembre-se de estudar sempre e manter-se atualizado. Encare os problemas

como desafios e coloque a saúde do trabalhador em primeiro lugar.

Vamos assistir à síntese que a professora Silvana fez do que estudamos

nesta aula, acesse-a no material on-line.

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Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ERGONOMIA. ABERGO. Disponível em: <http://www.abergo.org.br>. Acesso em: 05 jun. 2014. IIDA, I. Ergonomia. Projeto e produção. São Paulo: Edgard Blücher, 2005. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, IBGE. Laboratório de Avaliação Nutricional de Populações. LANPOP. Pesquisa nacional de saúde. Manual de antropometria, Rio de Janeiro, 2013. KARHU, O.; KANSI, P.; KUORINKA, I. Correcting working postures in industry: a practical method for analysis. Applied Ergonomics, v. 8, n. 4, p. 199-201, 1977. KRUGER, José Adelino. Ergonomia e segurança do trabalho. Apostila para curso de pós-graduação em gestão da produção. Faculdade de Tecnologia SENAI de desenvolvimento gerencial. FATESG. Goiânia, 2007. LAVILLE, Antoine. Ergonomia. Trad. Márcia M. N. Teixeira. São Paulo: EPU/EDUSP, 1977. LOPES FILHO, José Almeida e SILVA, Silvio Santos. Antropometria. Sobre o homem como parte integrante dos fatores ambientais. Sua funcionalidade, alcance e uso. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/04.042/642>. Acesso em: 05 jun. 2014. MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Normas Regulamentadoras de Segurança e Saúde no Trabalho. NR 17 – Ergonomia. Disponível em: <http://www.mtb.gov.br> Acesso em: 08 Mar. 2001.

SERVIÇO NACIONAL DA INDÚSTRIA, SESI. Organização Mundial da Saúde. Ambientes de trabalho saudáveis: um modelo para ação. Para empregadores, trabalhadores, formuladores de políticas e profissionais; OMS/Tradução do Serviço Social da Indústria. Brasília, SESI DN/2010. TAYLOR, Frederick Winslow. Princípios de administração científica. Editora: Atlas, São Paulo, 1995. WISNER, Alain. Por dentro do trabalho – Ergonomia: método e técnica. Trad. Flora M. G. Vezzá. São Paulo: FTD/Oboré, 1987.

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Atividades

Como você viu, a ergonomia é uma disciplina que tem o objetivo de 1.

melhorar as condições de trabalho. Também é definida como o estudo

da adaptação do trabalho ao homem. Nesse contexto, como você pode

definir trabalho?

a. Toda e qualquer função em que haja esforço físico é trabalho.

b. É uma atividade que demanda muito esforço físico e pouco esforço

mental.

c. É uma situação qualquer da qual participam várias pessoas

exercendo uma mesma atividade.

d. É toda situação onde existe o relacionamento entre o homem e uma

atividade produtiva, envolvendo tanto o ambiente físico quanto os

aspectos organizacionais.

Ergonomistas são profissionais responsáveis em planejar, projetar e 2.

avaliar tarefas, postos de trabalho, produtos, ambientes e sistemas a fim

de compatibilizá-los com as necessidades, habilidades e limitações dos

indivíduos. Com que áreas esses profissionais se envolvem?

a. Ergonomia física.

b. Ergonomia física, ergonomia cognitiva.

c. Ergonomia física, ergonomia cognitiva e ergonomia organizacional.

d. Ergonomia física, ergonomia cognitiva e ergonomia produtiva.

Sabemos que há diferença de medidas entre homens e mulheres 3.

relativa ao crescimento, músculos, gordura, forma e peso, mas quando

vamos dimensionar um espaço de trabalho, a postura é o aspecto mais

importante. Existem 3 posturas que são básicas. Assinale a resposta

que traz a alternativa correta.

a. Deitada, sentada, em pé.

b. Sentada, de joelhos, em pé.

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c. Sentada, agachada, de joelhos.

d. Em pé, sentada, abaixada.

A posição sentada apresenta várias vantagens e desvantagens na 4.

execução de diversas atividades. Marque nas alternativas a seguir com

(V) para as vantagens e (D) para as desvantagens.

( ) Alívio das pernas, consumo de energia reduzido.

( ) Flacidez dos músculos da barriga.

( ) Sobrecarga na coluna, desenvolvimento de cifose.

( ) Posições do corpo não forçadas.

Agora marque a sequência correta:

a. V, F, V, F.

b. V, V, F, V.

c. F, F, V, F.

d. V, F, F, V.

Algumas atividades de trabalho precisam ser executadas na postura em 5.

pé. São tarefas que exigem mais força ou movimentos do corpo. Devem-

se evitar alcances que demandem do trabalhador a inclinação do corpo

ou o giro. As ferramentas a serem usadas e os controles devem

permanecer próximos ao corpo. Como se determina essa proximidade?

a. Estendendo-se os braços para cima.

b. Estendendo-se os braços abertos para os lados e encontrando-se em

frente.

c. Abrindo-se os braços para os lados e encontrando-se atrás.

d. Estendendo-se os braços para frente e encontrando-se na frente.

Para consultar o gabarito das questões, acesse o material on-line.