Avaliação de Softwares Educacionais

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Trabalho de Prática de Ensino Avaliação de Softwares Educacionais Douglas M. Santos Três Lagoas/MS Campus de Três Lagoas – CPTL/UFMS 2013

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Trabalho de Prática de Ensino

Avaliação de Softwares Educacionais

Douglas M. Santos

Três Lagoas/MSCampus de Três Lagoas – CPTL/UFMS

2013

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Introdução

O presente trabalho é um estudo criterioso de classificações, uso e avaliação de softwaresrelativos à sua aplicação no ensino de disciplinas educacionais, em especial o uso da tecnologiapara o ensino de matemática, do uso da tecnologia como ferramentas educacionais tanto docentequanto do discente, ajudando professores e alunos como ferramenta de entendimento,demostração, simulação e visualização.

Antes do uso consciente de uma tecnologia em sala de aula, deve-se sanar todas e quaisquerdúvidas da eficiência e eficácia desta ferramenta, a sua relação com os parâmetros curriculares,sua aplicabilidade, e se sua eficácia justifica os custos de tal aquisição, assim como os livrosdidáticos, o software deve passar por uma análise crítica, não sob o ponto de vista tecnológico,mas do ponto de vista pedagógico, deve estar em acordo com a realidade dos alunos que irãomanipulá-la, e acima de tudo dever ter sua finalidade clara e bem específica, ainda que seadmita a multilateralidade, como podemos presenciar no uso dos aplicativos.

Avaliar um software significa analisar sua funcionalidade levando em consideração fatoressociais, antropológicos, educacionais; deve-se fazer um estudo criterioso, e mesmo depois daescolha do software, exige-se testes e ensaios para confirmar a sua eficiência na aplicabilidadepedagógica, desta forma evitando o desperdício de tempo e dinheiro.

Este material auxiliará o docente não só na escolha de um software, mas também no usoconsciente de cada tipo de tecnologia que os mesmos oferecem.

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Resumo

Com o aumento do uso de tecnologias no cotidiano da sociedade, a acessibilidade das classesmais humildes a tecnologias de ponta como Computadores, Notebooks, netbooks , celulares eoutros equipamentos, surgiu a preocupação em aplicar o uso destas tecnologias também naeducação, hora como ferramentas auxiliares para o ensino de disciplinas, hora como a própriaeducação tecnológica que leva a criança a se familiarizar com o seu uso e aplicação. Estetrabalho é uma pequena abordagem de, quais os tipos de tecnologias utilizadas na Educação emoutras palavras os tipos de softwares e sua aplicação no exercício do ensino, este trabalhoexpões os tipos de classificação, exemplifica o seu uso e conclui com com uma descriçãointrínseca aos objetivos da educação, os critérios a serem avaliados para que um software possaser usado eficazmente no Ensino Fundamental e Ensino Médio.

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Celulares, notebooks, tabletes, são tantas tecnologias que alunos e professores estão diariamenteem contato, que seria impossível não explorar sua aplicabilidade na educação. A maior parte dasescolas publica já estão equipadas com salas de tecnologia, de vídeo, oficinas e laboratórios, ecada vez mais professores e alunos se inclinam ao uso destas tecnologias para a aplicação emsala de aula buscando uma interação professor↔tecnologias↔aluno; gerando uma preocupaçãoque se manifestam em perguntas como: Quanto, como, de que forma, e até onde pode-seexplorar o uso destas tecnologias? O que deve existir em um software para o mesmo serconsiderado como eficaz no uso em sala de aula? Quais os critérios de avaliação que devem serlevados em conta na hora da escolha de um software para sua aplicação em educação, maisespecificamente no exercício da docência em sala de aula?

Porém para uma análise correta de software educacional, ou que pode ter sua aplicabilidadevoltada para o ensino em sala de aula, devemos conhecer o que seria esta tecnologia, e conhecê-la melhor e nada melhor que irmos para o início.

O que seria Tecnologia?

O termo tecnologia esta intrinsecamente ligado à área de atuação, se fizermos esta pergunta aum engenheiro, ele dará uma resposta voltada para sua realidade na engenharia, se fizer amesma pergunta a um Cientista da computação a resposta será bem diferente, porém de umaforma geral a tecnologia segundo Houaiss, é o tratado das artes em geral, ou o conjunto dosprocessos especiais relativos a uma determinada arte ou indústria, ou ainda a linguagempeculiar a um ramo determinado do conhecimento, teórico ou prático e aplicação dosconhecimentos científicos à produção em geral. A tecnologia não é só produtos eletroeletrônicoscomo a maioria está acostumada a associar, ela vai além deste horizonte, e o software é umadestas tecnologias, mas

O que seria o software?

Software é uma sequência de instruções escritas para serem interpretadas por um computadorcom o objetivo de executar tarefas específicas. Em um computador, o software é classificadocomo a parte lógica cuja função é fornecer instruções para o hardware. O hardware é toda aparte física (movel, PC, Notebook, Netbook, etc.) que constitui o computador, os softwares sãoclassificados em:

Software de Sistema: é o conjunto de informações processadas pelo sistema interno de umcomputador que permite a interação entre usuário e os periféricos do computador através deuma interface gráfica. Engloba o sistema operativo e os controladores de dispositivos (memória,impressora, teclado e outros). Em uma linguagem informal é o programa que controla ocomputador e seus dispositivos, para responder a pergunta que nunca se cala, sim! Software é omesmo que Programa.

Software de Programação: é o conjunto de ferramentas que permitem ao programadordesenvolver sistemas informáticos (outros softwares específicos), geralmente usando linguagensde programação e um ambiente visual de desenvolvimento integrado.

Software de Aplicação: são programas de computadores que permitem ao usuário executar umasérie de tarefas específicas em diversas áreas de atividade como arquitetura, contabilidade,

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educação, medicina e outras áreas comerciais. São ainda os letores de video/jogos, as bases dedados, os sistemas de automação industrial, os conhecidíssimos aplicativos, etc.

Contudo o nosso interesse é a pesquisa e avaliação de softwares educacionais, e portanto vamosaqui discriminá-los em suas formas, os softwares educacionais podem ser divididos emSoftware de referência que são aqueles que apresentam informações a respeito de assuntosdiversos como as enciclopédias ou Software de apoio pedagógico são aqueles que contribuempara o reforço de conteúdos apresentados ou funcionam para a introdução de novos conteúdos.

Os mesmos podem ser subdivididos em: Tutoriais, Simulação e Modelagem, Programação,Aplicativos, Jogos e Internet e Multimídia.

Softwares Tutoriais: O tutorial orienta o usuário para uma interação/aprendizagem maisprodutiva, permitindo muitas vezes o controle do grau de dificuldade e da sequência,interagindo com o usuário, os tutoriais são importantes no aprendizado pelo fato de elestrabalharem com no mínimo 2 possíveis canais de aprendizagem, o visual, o auditivo e muitasvezes o sinestésico, os tutoriais podem ser:

Tutoriais Fixos- Onde o aluno apenas visualiza os conteúdos investigando a essência domaterial previamente separado para estudo e apresentado pelo tutorial, separando aquilo queverdadeiramente ele considera importante, são queles que se comportam como um livro digital,as imagens, vídeos ou sons são fixos, o aluno só possui o comando de seguir, parar ou voltar,

Tutoriais Interativos- são aqueles que de alguma forma interagem com o aluno, sejarespondendo perguntas e dúvidas, seja explicando o mesmo conteúdo de forma diferente, umavez que o aluno ativar o comando específico do conteúdo, este software responde à manipulaçãodo usuário, podendo dar dicas, sugestão, correção, ou execução de outras rotinas relacionadas aoconteúdo. Os tutoriais de Exercitação são de alguma forma interativos, pois suas respostas sãobaseadas em respostas do aluno que interage com o software.

Softwares Aplicativos: (considerados multidisciplinares) Aplicativos são programas que nãosão especificamente pedagógicos, mas podem ter seu uso estendido para estes fins, comoaplicativos podemos exemplificar o pacote BrOffice, OpenOffice o tão conhecido MicrosoftOffice, que são programas de planilhas eletrônicas, editores de textos, banco de dados, gráficosapresentações de slides, multimídias e internet.

As planilhas eletrônicas podem ser usadas para o estudo e ensino de matrizes, funções, gráficos,além de associadas à linguagens de programação como VB, podem fornecer rotinas pararesolução de problemas e exercícios.

Os editores de textos podem ser usados para criação de tutoriais fixos, livros digitais etc.

Os aplicativos de apresentação de slides podem ser usados para criação de tutoriais fixos einterativos, com anexos de vídeos, sons, e multimídias, podendo interagir e responder segundomanipulação do aluno, e em virtude suas respostas, ou simplesmente como um livro digital.

Multimídias e internet : podemos considerar como aplicativos auxiliares, onde o aluno visualizae separa os assuntos de interesse, e depois, filtra aquilo que realmente é relevantes, criandoassim mentalmente seu próprio tutorial, são tipos de softwares que oferece possibilidades de

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combinações com textos, sons, imagens e deve-se ao aluno escolher opções oferecidas pelosoftware.

Softwares de Exercício e Prática ( Exercitação): são tipos de software que mecanizam oaprendizado do aluno, não importando se este esta aprendendo, é um software onde o aluno éavaliado pela máquina. Este tipo de software é utilizado para revisar conteúdos já trabalhadosem sala. só pode responder o que o computador pergunta, ele não pode criar situaçõesproblemas para o computador resolver, ou seja, se limita aos problemas fornecidos peloprograma, em outras palavras propõem atividades tipo acerto/erro; levando o aluno aassimilação de conteúdos e o desafiando a encarar a educação como uma competição entrecolegas de classe ou mesmo com a máquina.

Software de Simulação: permite a visualização virtual de situações reais, muitíssimo usado nasdisciplinas de geografia, física, matemática e biologia entre outras. A vivência concreta daexperiência é inviável por questões financeiras, temporais, geográficas ou de periculosidade, osoftware permite o enriquecimento cognitivo da experiência ampliando o leque das informaçõesassimiláveis, este enriquecimento pode se dar via a introdução de interfaces que permitem acaptação e o tratamento simultâneo de uma grande massa de dados, pode dar-se também via afacilidade na repetição do experimento um grande número de vezes o que permitiria a criaçãode uma sensibilidade mais aguçada a respeito do relacionamento das variáveis envolvidas naexperiência. Mas principalmente, por permitir maior flexibilidade em alguns casos e noutros porpermitir o controle a nível ideal, das variáveis de entrada do modelo, o computador podepossibilitar a realização da experiência sob condições dificilmente obtidas na realidade.

Software de autoria: são software equipados com diversas ferramentas que permitem odesenvolvimento de projetos multimídia.

Software de Jogos: originalmente programado para entreter, possui grande valor pedagógico,eé defendido por profissionais da educação que acreditam que o aluno aprende melhor quando

é livre para descobrir ele próprio as relações existentes em um dado contexto. Os jogos, seconvenientemente planejados, são um recurso pedagógico eficaz para a construção doconhecimento matemático e o uso de jogos no ensino da Matemática tem o objetivo de fazercom que os estudantes gostem de aprender essa disciplina, mudando a rotina da classe edespertando o interesse do estudante. A aprendizagem por meio de jogos, como dominó,palavras-cruzadas, memória e outros permite que o estudante faça da aprendizagem umprocesso interessante e até divertido, e este mesmo paradigma dever ser usado no momento decriação ou escolha de um jogo para se usado como ferramenta educativa.

Obs.: alguns software abrangem mais de uma subdivisão

Estas classificações não esgotam o assunto e a cada artigo ou estudo esta lista se torna maisespecífica e abrangente, a exemplo os jogos são subdivididos ainda em Jogos estratégicos, Jogosde Treinamento e Jogos Geométricos (Borin 1996), e assim sucessivamente, contudo devemosentender e analisar os softwares de maneira que se possa fazer escolhas fundamentalmenterelevantes para o ensino da disciplina ou projetos pedagógicos que incluem o uso da sala detecnologia. O que se deveria se levar em conta na hora da escolha de um software educativo?Como categorizar? Como avaliar e o que avaliar em um software educativo, ou afins usado compropósitos educacionais?

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Os critérios para a escolha/avaliação de software para se aplicado como recurso pedagógico emsala de aula, deve seguir os mesmos parâmetros dos livros e outros materiais didáticosimpressos, para revisão verificaremos os itens descritos abaixo e aplicaremos algumas de suascaracterísticas aos softwares.

• Apresenta uma organização coerente e funcional, estruturada na perspectiva doprofessor e do aluno?

• Desenvolve uma metodologia facilitadora e enriquecedora das aprendizagens?

• Estimula a autonomia e a criatividade?

• Motiva para o saber e estimula o recurso a outras fontes de conhecimento e a outrosmateriais didáticos?

• Permite recursos pedagógicos diversificados?

• Contempla sugestões de experiências de aprendizagem diversificadas(pratico/experimental)?

• Permite atividades adequadas ao desenvolvimento de projetos interdisciplinares?

• Explicita as aprendizagens essenciais?

• Promove a cidadania e não apresenta discriminação relativas ao sexo, etnias, religião edeficiências?

• A concepção e a organização gráfica facilitam a sua utilização e motivam o aluno para aaprendizagem?

• Os textos, disposições e layout são claros, rigorosos e adequados ao nível de ensino e àdiversidade dos alunos a que se destinam?

• Apresenta robustez suficiente para resistir à normal utilização?

• Permite a reutilização, revisão e correção?

Estes são critérios usados em avaliação de livros, apostilas, manuais de ensino conformeDireção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC) 2008/2009, podemosobservar que a utilização destes critérios podem ser estendidos à avaliação de softwareseducativos, dentre outras perguntas específicas ao softwares podemos destacar:

• Para quem o software será direcionado?

• Quais as faixas etárias, que séries ele poderá ser aplicado?

• Em quais disciplinas?

• Quais o nível dos alunos e professores que manipularão o software,

• Ele está relativamente coincidente com a realidade social da unidade educacional?

• Qual a exigência de conhecimento tecnológico que o software exige?

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• Possui facilidade de instalação, compreensão execução e manipulação do software?

• Está de acordo com as exigências dos parâmetros curriculares?

• Qual a usabilidade do software no ensino, pequena, moderada, ou possui uma latautilização inclusive multidisciplinar?

• O que posso explorar neste software para o ensino de minha disciplina?

Como podemos ver as perguntas não se esgotam por aí, pois a utilização de tecnologiasaplicadas ao ensino depende de fatores como o conhecimento e a predisposição do professor embuscar utilidade para o software e aperfeiçoamento tecnológico dos profissionais de educação edos alunos, temos que analisar ainda se este será a melhor ferramenta para o trabalho, ou se nãopassará de um mero divertimento para os alunos, portanto, podemos analisar os critérios que umsoftware precisa possui como se segue:

1. O programa é adequado ao currículo escolar;

2. Analisar que tipo de hardware ou SO (Sistema Operacional) é necessário para aexecução do programa, pois se o programa escolhido precisar de som ou atemesmo de uma placa de vídeo para a sua utilização e a escola não fornecer seráimpossível se trabalhar com o mesmo.

3. O idioma em que o software foi programado é conhecido pelo usuário, essaanálise se torna importante à medida que um aluno que esteja utilizando osoftware pretenda utilizar a ajuda, se esta for de idioma diferente da língua mãe,será inútil, o mesmo é válido para os comandos, atalhos e sistemas de interações,se estes forem incompreensíveis pelos alunos, a única aprendizagem que terãoserá a Mecânica.

4. Facilidade de leitura e clareza e compreensão dos comandos. Se os comandos aserem executados não estiverem claros, a aprendizagem poderá se tornarcomprometida.

5. Facilidade da utilização do software. Verificar se a utilização é simples e se hápossibilidade de se desfazer alguma tarefa acidental ou manipulação errada, semque se tenha que reiniciar o programa.

6. Possibilidade de reiniciar uma atividade a partir do ponto onde foi encerrada, ouseja, iniciar a utilização do software a partir de qualquer ponto de interesse doaluno. Softwares que não possuem esta possibilidade acabam por tornarem-secansativos, desmotivando os alunos durante a sua execução.

7. Adequação a faixa etária. Se pretender aplicar um determinado software que nãoesteja na faixa etária do aluno, comprometera o seu aprendizado assim como suamotivação.

8. Verificar se o programa incentiva aluno a continuar executando as tarefas casocometa um erro, ou se desmotiva, causando constrangimento.

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9. Verificar se o programa apresenta múltiplos caminhos para a mesma solução. Oaluno pode encontrar a resposta do problema de várias formas diferente. Casoisso ocorra pode prejudicar o aprendizado do aluno ao pensar que sua forma deresolução esta equivocada, além de fazer o aluno acreditar que só existe umaforma de resolver um determinado exercício.

10. O nível de interação. Quanto mais o programa for interativo melhor será oaprendizado do aluno, pois este fixa e compreende melhor, enquanto umprograma que não fornece muita interação passa a ser considerado apenas maisuma ferramenta para o aluno ser um mero receptor de informação.

11. Exploração do conteúdo. Se os conteúdos são explorados através de problemasou exercícios que estimulam o desenvolvimento do raciocínio matemático.

Para a melhor escolha de um software, temos que nos preocupar desde sua aparência atesua qualidade didática e principalmente a sua usabilidade em sala de aula. Caso umdesses itens falhe pode acarretar em prejuízo no aprendizado do aluno, além de ocorrero risco de a aula ser apenas um mero divertimento e sair de seu propósito principal,lembrando sempre que os softwares devem ser utilizado como ferramenta educacional e não emsubstituição a um docente.

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Conclusão

Neste trabalho abordamos o assunto de critérios para a avaliação de software, concluindo suatotal importância na aprendizagem, destacando-se o mesmo como auxilio/ferramenta e não emsubstituição de um docente.

A tendência contemporânea é se criar softwares que substituam de forma eficaz o docente, queinteraja automaticamente com o aluno e que o professor docente, faça o papel apenas de tutor,esta é a realidade que já vemos acontecendo com os cursos de informática e treinamentos dequalificação profissional no Brasil, porém não podemos deixar que esta tendência venhamarginalizar ainda mais a educação, uma vez que a mesma tendência, não teve bons resultadosnos cursos profissionalizantes e cursos na área de informática e tecnologia, os softwares devemsim serem usados, mas como ferramentas educativas auxiliares, para facilitar o entendimento evisualização daquilo que se estuda, principalmente em disciplinas como a matemática, a física ea química onde a abstração dificulta um melhor entendimento da matéria.

Portanto o professor que ira utilizar um software em sala deve primeiramente conhecer oproduto que ira trabalhar, avaliá-lo se esta de acordo com o planejamento escolar, de acordocom a faixa etária daqueles que o manipularão, se o produto irá realmente auxiliar o professor,se ele será realmente uma ferramenta de facilitação do ensino/aprendizado, levando os alunos avisualizar e entender aquilo que não poderia ser visualizado sem um apoio tecnológico, deve-seter o mesmo cuidado que se tem, quando levamos em consideração o livro didático, uma vezque um mesmo livro não agrada todos os docentes, o software deve entre outras coisas atender anecessidade do docente, deve ser de fácil manipulação e acessibilidade possibilitando o seu usocom um mínimo de conhecimentos de informática.

Este trabalho tem caráter introdutório do assunto do uso da tecnologia, aqui representada porsoftwares aplicada em educação, mais especificamente em sala de aula e critérios de avaliaçãodos mesmos, recorrendo-se a uma analogia junto a avaliação de materiais didáticos impressos,como livros manuais etc., não deixando de lado o destacamento da importância do uso destastecnologias, e da necessidade do conhecimento e familiarização do docente com tecnologiasusadas por seus alunos tais como o Twitter, Skipe, Perfis compartilhados etc.; esperamos queeste seja de caráter enriquecedor e esclarecedor, para aqueles que são veteranos, ou que seiniciam nesta grande arte que é a arte de ensinar.

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