Avaliacao do impacte economico do turismo a nivel regional

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Universidade de Aveiro 2006 Departamento de Economia, Gestão e Engenharia Industrial Maria Celeste de Aguiar Eusébio Avaliação do impacte económico do turismo a nível regional O caso da Região Centro de Portugal

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Avaliacao do impacte economico do turismo a nivel regional

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  • 1. Universidade de Aveiro2006Departamento de Economia, Gesto e EngenhariaIndustrialMaria Celeste deAguiar EusbioAvaliao do impacte econmico do turismo anvel regionalO caso da Regio Centro de Portugal

2. Universidade de Aveiro2006Departamento de Economia, Gesto e EngenhariaIndustrialMaria Celeste deAguiar EusbioAvaliao do impacte econmico do turismo anvel regionalO caso da Regio Centro de PortugalTese apresentada Universidade de Aveiro para cumprimento dos requisitosnecessrios obteno do grau de Doutor em Turismo, realizada sob aorientao cientfica do Prof. Doutor Eduardo Anselmo de Castro, ProfessorAssociado na Seco Autnoma de Cincias Sociais, Jurdicas e Polticas daUniversidade de Aveiro e do Prof. Doutor Carlos Costa, Professor Associadocom Agregao no Departamento de Engenharia e Gesto Industrial daUniversidade de Aveiro.Este trabalho de investigao foiapoiado financeiramente pelo Institutode Turismo de Portugal 3. Dedico este trabalho aos meus filhosNuno Filipe e Liliana 4. o jripresidente Reitora da Universidade de AveiroProf. Dr. Joo Albino Matos da Silvaprofessor catedrtico da Faculdade de Economia da Universidade do AlgarveProf. Dr. Henrique Manuel Morais Dizprofessor catedrtico da Universidade de AveiroProf. Dr. Pedro Miguel Giro Nogueira Ramosprofessor associado com agregao da Faculdade de Economia da Universidade de CoimbraProf. Dr. Diogo Jos Brochado de Abreuprofessor associado com agregao da Faculdade de Letras da Universidade de LisboaProf. Dr. Carlos Manuel Martins da Costaprofessor associado com agregao da Universidade de Aveiro (Co-Orientador)Prof. Dr. Eduardo Anselmo Moreira Fernandes de Castroprofessor associado da Universidade de Aveiro (Orientador)Prof. Dr Elisabeth Kastenholzprofessora auxiliar da Universidade de AveiroProf. Dr Celeste Maria Dias Amorim Varumprofessora auxiliar da Universidade de Aveiro 5. agradecimentos A realizao de uma dissertao de doutoramento uma tarefa intelectualsolitria, para a qual muito contribui o apoio e estmulo de vrias pessoas eentidades. Assim, e muito embora correndo o risco de me esquecer dealgum, a quem peo desde j as minhas sinceras desculpas, quero expressarpublicamente a todos o meu profundo agradecimento, no querendo, contudodeixar de particularizar alguns reconhecimentos.Em primeiro lugar, quero agradecer aos meus orientadores, Senhor Prof.Doutor Eduardo Anselmo de Castro e Senhor Prof. Doutor Carlos Costa pelaexcelente orientao cientifica que me dispensaram, pelo estmulo, apoiocrtico, constante disponibilidade e pela oportunidade que me concederam de,no decorrer deste trabalho de investigao, poder participar em projectos queme permitiram contactar com outros investigadores e amadurecercientificamente. Universidade de Aveiro e em particular ao Departamento de Economia,Gesto e Engenharia Industrial (DEGEI), pelas condies fsicas e materiaisdisponibilizadas e pelo estmulo para prosseguir com os meus trabalhos,mesmo nos perodos mais difceis.A todos os funcionrios e docentes do Departamento de Economia, Gesto eEngenharia Industrial pelo carinho e apoio nesta rdua caminhada.A todos os meus colegas e amigos da Universidade de Aveiro, pela suaamizade, discusso de algumas temticas e encorajamento nos perodosmenos ureos.Da Dr. Paula Malta aprecio as leituras e anotaes que realizou a estetrabalho.A toda a minha famlia e em particular ao meu marido, Eduardo Eusbio, aosmeus filhos, Liliana e Nuno Filipe, aos meus pais e irmos, nos quais encontreifora, afecto, apoio e estmulo para continuar.Ao Instituto de Turismo de Portugal que me concedeu uma bolsa deinvestigao que muito contribuiu para o trabalho desenvolvido nestadissertao. 6. palavras-chave Turismo, impactes econmicos, regies de destino de turismo, modelizao,despesas tursticas, determinantes, multiplicadores, Regio Centro dePortugal, modelos input-output, segmentao.resumo A presente dissertao visa desenvolver uma metodologia que permita avaliaros benefcios econmicos que o turismo proporciona para as regies dedestino. A concretizao deste objectivo implicou uma reflexo terica sobretemticas como a definio conceptual do fenmeno turstico e de destinoturstico, delimitao dos benefcios econmicos do turismo, delimitao dasdespesas tursticas, identificao das determinantes dessas despesas,conceito e tipo de multiplicadores tursticos e mtodos que podem serutilizados na sua quantificao.Com base nas reflexes tericas, construiu-se um modelo de avaliao dosbenefcios econmicos das despesas tursticas. Este modelo constitudo pordois sub-modelos. Um permite estimar as despesas tursticas que ficam nasregies de destino, enquanto que o outro permite estimar os multiplicadores(da produo, do rendimento das famlias e do emprego) dessas despesas.O modelo proposto para estimar os benefcios econmicos das despesastursticas para as regies de destino utilizado como base de segmentao domercado turstico.O modelo foi posteriormente aplicado Regio Centro de Portugal. Esta tarefaobrigou utilizao de dados secundrios e recolha de dados primrios.Para estimar as despesas tursticas realizou-se, durante o ano de 2003, uminqurito por questionrio, tendo sido inquiridos 2 877 visitantes da RegioCentro. A pertinncia desta informao traduz-se no apenas na validao domodelo desenvolvido mas tambm no conhecimento da procura turstica deuma regio, sobre a qual existem grandes limitaes em termos de informaoturstica, apesar de encenar grandes potencialidades para o desenvolvimentodesta actividade. Por sua vez, os multiplicadores tursticos foram calculadosatravs de um modelo input-output rectangular que foi desenvolvido para aRegio Centro, tambm para o ano de 2003, com recurso a mtodos mistos.Os resultados obtidos com o estudo realizado permitiram identificar asrelaes existente entre as determinantes do comportamento do consumidorem turismo (caractersticas do visitante, caractersticas da viagem ecaracterstica do destino) e a durao da estada dos visitantes nos destinos eas despesas dirias que realizam nesses destinos. Por sua vez, o clculo dosmultiplicadores das despesas tursticas permitiu identificar os produtos quedevem ser desenvolvidos para maximizar os benefcios das despesastursticas em termos de produo, rendimento das famlias e emprego.A utilizao do modelo de avaliao dos benefcios econmicos das despesasdos visitantes, como base de segmentao do mercado turstico da RegioCentro, permitiu identificar trs segmentos com diferentes impacteseconmicos.Finalmente, considera-se que o modelo desenvolvido nesta dissertao passvel de ser aplicado para quantificar os benefcios econmicos dasdespesas dos visitantes a outras regies de destino de turismo, bem comopara identificar os segmentos de maior valor econmico. 7. keywords Tourism, economic impacts, tourism destination region; modelization; touristexpenditures; determinants of tourist expenditures; tourism multipliers, CentralRegion of Portugal, input-output models, tourist market segmentation.abstract The present dissertation aims at developing a methodology that may evaluatethe economic benefits which tourism provides to destination regions. In order toachieve this goal a theoretical reflection was necessary, approaching themessuch as the conceptual definition of the tourism phenomenon and of touristdestination, as well as discussing the specification of economic benefits oftourism and of tourist consumption, the identification of potential determinantsof tourist expenditures, the concept and types of tourism multiplier effects andpossible methods for their quantification.Based on the understanding achieved from these theoretical reflections, amodel for evaluating the economic benefits of tourism was developed. Thismodel includes two sub-models. One of these estimates the touristexpenditures of a tourism destination region, while the other quantifies themultipliers of tourist expenditures (output multiplier, income multiplier andemployment multiplier). Additionally, the model proposed to evaluate theeconomic benefit of tourist expenditures to a tourism destination region, wasused to segment the tourist market.The model proposed to evaluate the economic benefit of tourist expenditures toa tourist destination was applied to the Central Region of Portugal. Theimplementation of this model required the use of secondary data as well as thecollection of primary data. To estimate the tourist expenditures a visitor surveywas undertaken, during the year of 2003, resulting in 2 877 visitors having beeninterviewed in the Central Region. The relevance of this information does notonly lie in the validation of the suggested model, but also in the possibility ofgetting to know the tourist demand of a region, for which information on thetourism phenomenon is only available on a limited scale and where importanttourism potential exists, although the relative importance of the activity is stillweak. The tourist multipliers were obtained through a make and use model thatwas developed for the Central Region of Portugal, referring to the year of 2003,that was constructed using mixed (direct and indirect) methods.The results obtained in this study allowed for testing the relationship betweenthe determinants of consumer behaviour in tourism (profile of visitors,characteristics of the trip and destination characteristics) and the duration ofstay in the tourism destination and the tourist expenditure per day and pervisitor. With the model proposed to quantify the tourist multiplier, it is possibleto identify the products that should be developed in the Central Region tomaximize total economic benefits of tourist expenditure in production, incomeand employment.The use of the total economic benefits of tourist expenditure to segment thetourist market permitted the identification of three segments with differenteconomic impacts on the region.Finally, from the results obtained with this study it is possible to conclude thatthe model, that has been developed and tested, can be applied to other tourismdestinations regions. 8. ndiceNDICEI - INTRODUOCaptulo 1 Introduo1.1. - Objectivos e contributos do trabalho de investigao 11.2. Organizao da dissertao 2II - ENQUADRAMENTO TERICOCaptulo 2 Anlise conceptual do turismo: conceitos de turismo, procura turstica, ofertaturstica e destino turstico 72.1. - Introduo 72.2. Definio de Turismo 82.2.1. Definies do turismo do lado da procura: delimitao da procura turstica 92.2.2. Definies do turismo do lado da oferta: delimitao da oferta turstica 172.3. Conceito de Destino Turstico 232.4. - Concluso 26Captulo 3 Impactes econmicos do turismo para as regies de destino 273.1. - Introduo 273.2. Tipologias de estudos de impacte econmico do turismo 283.3. Efeitos econmicos do turismo para as regies de destino 303.3.1. Custos econmicos do turismo 333.3.2. Benefcios econmicos do turismo 383.4. - Concluso 43Avaliao dos impactes econmicos do turismo a nvel regional: o caso da Regio Centro de Portugal i 9. ndiceCaptulo 4 Delimitao e metodologias de quantificao das despesas tursticas 454.1. - Introduo 454.2. Delimitao das despesas tursticas 454.3. Categorizao das despesas tursticas 484.3.1. Local onde a despesa turstica efectuada 484.3.2. - Perodo em relao viagem em que a despesa turstica realizada 484.3.3. Tipos de bens e servios consumidos 494.4. Metodologias para a obteno de dados sobre as despesas tursticas 544.4.1. Metodologias para a obteno de dados secundrios 544.4.1.1. Estatsticas oficiais sobre as transaces da balana de pagamentos 564.4.1.2. Outras informaes estatsticas 584.4.2. Metodologias para a obteno de dados primrios 604.4.2.1. - Metodologias para estimar o nmero total de visitantes 604.4.2.2. - Metodologias para obter informao sobre as despesas dos visitantes 624.4.2.3. Metodologias para avaliar as despesas dos pacotes tursticos 744.5. - Concluso 75Captulo 5 Modelizao das despesas tursticas 775.1. - Introduo 775.2. Comportamento do consumidor em turismo 775.2.1. Caractersticas do comportamento do consumidor em turismo 785.2.2. Modelos heursticos de comportamento do consumidor em turismo 795.3. Modelos operacionais das despesas tursticas: modelos macro e modelos micro 855.4. Determinantes das despesas tursticas 875.4.1. Determinantes relacionadas com o visitante 925.4.2. Determinantes relacionadas com a viagem 1055.4.3. Determinantes relacionadas com o destino 116ii Avaliao dos impactes econmicos do turismo a nvel regional: o caso da Regio Centro de Portugal 10. ndice5.5. Modelos de previso das despesas tursticas 1275.6. - Concluso 136Captulo 6 Caracterizao e mtodos de avaliao do multiplicador turstico 1376.1. - Introduo 1376.2. Multiplicador turstico 1376.2.1. Conceito de multiplicador turstico 1376.2.2. Origem do multiplicador turstico 1386.2.3. Tipos de multiplicadores tursticos 1396.2.4. Resultados de multiplicadores tursticos 1436.2.5. Factores que influenciam a dimenso dos multiplicadores tursticos 1476.2.6. Principais fraquezas dos multiplicadores tursticos 1536.3. - Modelos para quantificar o multiplicador turstico 1566.3.1. Modelos Keynesianos 1566.3.2. Modelos de base econmica 1596.3.3. - Modelos ad hoc 1616.3.4. Modelos input-output 1636.3.4.1. - Anlise input-output tradicional: abordagem geral 1656.3.4.2. Anlise input-output tradicional: abordagem regional 1726.3.4.3. - Alteraes estrutura do modelo input-output tradicional 1776.3.4.4. Multiplicadores tursticos calculados a partir de um modelo input-output 1896.3.4.5. Mtodos para construir um modelo input-output regional 1926.3.4.6. A anlise input-output em Portugal 2036.3.4.7. Avaliao dos modelos input-output na quantificao dos multiplicadores tursticos 2046.4. - Concluso 207Avaliao dos impactes econmicos do turismo a nvel regional: o caso da Regio Centro de Portugal iii 11. ndiceIII INVESTIGAO EMPRICACaptulo 7 Modelo de avaliao e previso dos benefcios econmicos das despesas tursticas paraas regies de destino: formalizao e hipteses de investigao 2097.1. Introduo 2097.2. Modelo de avaliao dos benefcios econmicos das despesas tursticas para as regies dedestino 2097.2.1. Modelo de avaliao e previso das despesas tursticas 2097.2.1.1. - Modelo de previso da durao da estada mdia dos visitantes 2147.2.1.2. - Modelo de previso das despesas dirias por visitante 2167.2.2. Modelo para quantificar os multiplicadores tursticos 2197.3. Modelo de avaliao dos segmentos de maior valor econmico para as regies e destino 2247.4. Concluso 225Captulo 8 Metodologia utilizada na aplicao do modelo de avaliao dos benefcios econmicosdas despesas tursticas Regio Centro de Portugal 2278.1. Introduo 2278.2. Metodologia utilizada na quantificao e previso das despesas tursticas 2278.2.1. Mtodos mistos utilizados na quantificao do nmero de visitantes 2298.2.2. Mtodos directos utilizados na quantificao da estada mdia e das despesas diriasdos visitantes 2318.2.2.1. - Identificao e caracterizao da populao 2318.2.2.2. Definio do plano de amostragem 2328.2.2.3. Construo do questionrio 2378.2.2.4. - Plano de administrao do questionrio 2478.2.2.5. Distribuio dos questionrios pelas dimenses utilizadas na definio da amostra epelo mtodo de administrao 250iv Avaliao dos impactes econmicos do turismo a nvel regional: o caso da Regio Centro de Portugal 12. ndice8.2.3 Mtodos de anlise 2548.3. Metodologia utilizada na quantificao dos multiplicadores tursticos 2578.3.1. Construo de uma matriz input-output rectangular nacional para o ano de 2003 2588.3.2. Construo de uma matriz input-output rectangular para a Regio Centro para o ano de 2003 2698.3.2.1. Estimao da matriz de recursos 2708.3.2.2. Estimao das importaes 2708.3.2.3. Estimao do total de recursos por produtos 2728.3.2.4. Estimao da procura final 2728.3.2.5. Desagregao do VAB por componentes 2828.3.2.6. Estimao da matriz de empregos 2858.4. Segmentao do mercado de visitantes da Regio Centro de acordo com os benefcioseconmicos que originam na regio 2858.5. Concluso 286Captulo 9 Caracterizao da Regio Centro de Portugal enquanto destino turstico 2879.1. Introduo 2879.2. Caracterizao geral da Regio Centro de Portugal 2879.2.1. Caracterizao geogrfica 2879.2.2. Caracterizao demogrfica 2889.2.3. Caracterizao econmica 2899.3. - Breve caracterizao da actividade turstica. 2919.4. Concluso 298Captulo 10 Perfil e comportamento de viagem dos visitantes da Regio Centro 29910.1. Introduo 29910.2. Categorizao dos visitantes inquiridos 29910.3. Perfil scio-demogrfico e econmico dos visitantes inquiridos 302Avaliao dos impactes econmicos do turismo a nvel regional: o caso da Regio Centro de Portugal v 13. ndice10.4. Comportamento em viagem 30510.4.1. Comportamento antes da viagem planeamento da viagem 30510.4.2. Comportamento durante a viagem entre o local de residncia e a Regio Centro 30610.4.3. Comportamento durante a visita Regio Centro 31010.4.4. Avaliao da Regio Centro enquanto destino turstico 31710.4. Concluso 325Captulo 11 Apresentao dos resultados da aplicao do modelo de avaliao dos benefcioseconmicos das despesas tursticas Regio Centro de Portugal 32711.1. Introduo 32711.2. Quantificao e previso das despesas dos visitantes 32811.2.1. Nmero total de visitantes por categorias 32811.2.2. Despesas realizadas pelos visitantes domsticos antes da viagem 33311.2.3. Despesas realizadas pelos visitantes durante a visita 33411.2.3.1. Quantificao e previso da estada mdia dos visitantes 33511.2.3.1.1. Testes de hipteses 33511.2.3.1.2. Modelo de previso da estada mdia 35511.2.3.1.3. Estimao da estada mdia 36111.2.3.2. Quantificao e previso das despesas tursticas dirias de um visitante 36311.2.3.2.1. Testes de hipteses 36411.2.3.2.2. Modelo de previso das despesas dirias dos visitantes 40511.2.3.2.3. Estimao das despesas dirias por visitante 41411.2.4. Estimao das despesas totais realizadas pelos visitantes na Regio Centro 41511.3. Quantificao dos multiplicadores das despesas dos visitantes 41811.4. Estimao dos benefcios econmicos totais das despesas dos visitantes 42511.5. Identificao dos segmentos de maior valor econmico para a Regio Centro 43111.6. Concluso 438vi Avaliao dos impactes econmicos do turismo a nvel regional: o caso da Regio Centro de Portugal 14. ndiceIV CONCLUSES E RECOMENDAESCaptulo 12 Concluses e recomendaes 44312.1. Concluses 44312.2. Contribuies 44912.3. Principais dificuldades e limitaes 45212.4. Propostas de investigao 455Referncias bibliogrficas 457AnexosAnexo 5.1 Modelos de previso da procura turstica, publicados em revistas cientficas internacionais, queforam objecto de anlise nesta dissertao.Anexo 5.2 Modelos de previso das despesas tursticas: modelos macro e modelos microAnexo 5.3 Determinantes das despesas tursticas incorporadas nos modelos macroAnexo 5.4 Determinantes das despesas tursticas incorporadas nos modelos microAnexo 5.5 Modelos utilizados para prever as despesas tursticas de acordo com o tipo de formalizaoAnexo 6.1 - Sistematizao do modelo de multiplicador de KahnAnexo 6.2 - Alguns resultados dos multiplicadores tursticos de output estudos de reviso efectuados porCooper et al. (1998) e por Loomis e Walsh (1997)Anexo 6.3 - Multiplicadores tursticos do rendimento estudo de reviso efectuado por Cooper et al. (1998)Anexo 6.5 - Multiplicador turstico do emprego estudo de reviso efectuado por Cooper et al. (1998)Anexo 6.5 - Multiplicador do emprego turstico utilizando a teoria da base econmica Nathan & Associates(1966)Anexo 6.6 - Exemplificao de um modelo input-output inter-regional para duas regies e um inter-regionalpara sete regiesAnexo 6.7 - Exemplo da estrutura bsica de uma MCSAnexo 6.8 - Verso simplificada do LINEAnexo 6.9 - Especificao do Purchases- Only Location e do Cross-Industry Quotients.Anexo 8.1 Taxas de captao turstica dos concelhos da RCAvaliao dos impactes econmicos do turismo a nvel regional: o caso da Regio Centro de Portugal vii 15. ndiceAnexo 8.2 Questionrio pilotoAnexo 8.3 Questionrio em portugusAnexo 8.4 Questionrio em inglsAnexo 8.5 - Questionrio em espanholAnexo 8.6 Questionrio em francsAnexo 8.7 Questionrio em alemoAnexo 8.8 Questionrio em ItalianoAnexo 11.1 Diagnstico de multicolineariedade das variveis independentes que fazem parte do modelo depreviso da estada mdiaAnexo 11.2 Matriz input-output rectangular estimada para a RC, para o ano de 2003Anexo 11.3 Matrizes dos coeficientes tcnicos da RC, para o ano de 2003Anexo 11.4 Matrizes dos coeficientes de interdependncia da RC, para o ano de 2003viii Avaliao dos impactes econmicos do turismo a nvel regional: o caso da Regio Centro de Portugal 16. ndice de figurasNDICE DE FIGURASCaptulo 2Figura 2.1 O Sistema de turismo segundo Leiper 8Figura 2.2 Classificao dos viajantes 12Figura 2.3 Classificao dos visitantes de acordo com o pas de origem 14Figura 2.4 Classificao dos diferentes tipos de turismo de acordo com o pas de origem dos visitantes 14Figura 2.5 Classificao dos diferentes tipos de turismo que ocorrem numa regio de acordo com aorigem dos visitantes 15Figura 2.6 Classificao dos bens e servios consumidos pelos visitantes 21Captulo 3Figura 3.1 Sistematizao dos principais custos e benefcios econmicos do turismo para asregies de destino 32Figura 3.2 Ajustamento do ponto de equilbrio por deslocao da curva da procura de produtostursticos 35Figura 3.3 Potenciais benefcios econmicos do turismo para a economia de uma regio de destino 40Figura 3.4 Categorias de benefcios do turismo na economia das regies de destino 40Figura 3.5 Exemplificao dos benefcios indirectos do turismo para a economia das regies de destino 42Figura 3.6 - Exemplificao dos benefcios induzidos do turismo para a economia das regies de destino 42Captulo 4Figura 4.1 Delimitao das despesas tursticas 47Figura 4.2 Tipologias de despesas tursticas com interesse para este projecto de investigao, deacordo com o perodo em relao viagem em que so realizadas 49Figura 4.3. Categorias de bens e servios que devem ser estudadas nos estudos de avaliaodos benefcios econmicos do turismo para as regies de destino 53Figura 4.4 Tipologias dos dados que podem ser utilizados para avaliar as despesas dos visitantes 54Captulo 5Figura 5.1 - Modelo de comportamento do consumidor de Wahab, Crampon e Rothfield (1976) 80Figura 5.2 - Modelo de comportamento do consumidor em turismo de Schmll (1977) 81Figura 5.3 Principais factores que influenciam o comportamento do visitante,segundo Mayo e Jarvis (1981) 82Figura 5.4 O processo de tomada de deciso em turismo segundo Mathieson e Wall (1982) 83Figura 5.5 Processo de tomada de deciso em turismo - momentos de escolha 85Avaliao dos impactes econmicos do turismo a nvel regional: o caso da Regio Centro de Portugal ix 17. ndice de figurasFigura 5.6 Variveis utilizadas na quantificao das despesas tursticas e tipo de modelos a utilizarna sua previso 87Figura 5.7 Factores que influenciam a tomada de deciso em turismo, segundo Swarbrookee Horner (2001) 88Figura 5.8 - Consumo de produtos tursticos em relao ao consumo de outro tipo de produtos 88Figura 5.9 Categorizao das variveis que influenciam as despesas tursticas de um visitante 92Figura 5.10 Factores explicativos das despesas tursticas caractersticas scio-econmicase demogrficas dos visitantes 93Figura 5.11 - Possveis relaes entre as variaes no rendimento dos turistas e a quantidade deprocura turstica de um determinado destino, num determinado perodo de tempo 96Figura 5.12 Elasticidades procura turstica-rendimento 97Figura 5.13 Elasticidades despesas tursticas rendimento para diferentes tipos de turismo 99Figura 5.14 - O paradoxo do cio 102Figura 5.15 - Relao ciclo de vida da famlia despesas tursticas: hipteses tericas 105Figura 5.16 Determinantes das despesas tursticas relacionadas com a viagem 106Figura 5.17 As componentes da imagem do destino 117Figura 5.18 Elasticidades da procura turstica-preo 119Figura 5.19 Exemplificao de um modelo de redes neuronais 133Captulo 6Figura 6.1 Esquema simplificativo do princpio do multiplicador em turismo 138Figura 6.2 - O modelo de Keynes desde a sua formalizao mais simples mais complexa 157Figura 6.3 - Multiplicador do rendimento regional simples das despesas tursticas apresentado porArcher (1976) 158Figura 6.4 - Formalizao do multiplicador do rendimento regional de um modelo de base econmica 160Figura 6.5 - Modelo de multiplicador regional turstico desenvolvido por Archer e Owen (1971) 162Figura 6.6 - Alteraes efectuadas por Henderson e Cousins (1974) ao modelo de Archer e Owen (1971) 162Figura 6.7 Exemplificao da composio de uma tabela input-output 166Figura 6.8 Exemplificao das condies de identidade de um modelo input-output. 167Figura 6.9 Condio fundamental de equilbrio da anlise input-output 168Figura 6.10 - Modelo input-output inter-regional de Isard (1951) 174Figura 6.11 - Exemplificao de um quadro de recursos nacional 181Figura 6.12 - Exemplificao de um quadro de empregos nacional 181Figura 6.13 - Exemplificao de um quadro de recursos e de empregos para a economia nacional 183Figura 6.14 Esquema simplificado de um quadro de recursos e de empregos para uma regio 184Figura 6.15 Coeficientes tcnicos e coeficientes de quota de mercado de uma matriz rectangular 186x Avaliao dos impactes econmicos do turismo a nvel regional: o caso da Regio Centro de Portugal 18. ndice de figurasFigura 6.16 Matriz input-output rectangular fechada em relao s famlias 188Figura 6.17 Formalizao do multiplicador do output calculado a partir de um modelo input-output 189Figura 6.18 Formalizao do multiplicador do rendimento das famlias calculado atravs de um modeloinput-output 190Figura 6.19 Formalizao do multiplicador de emprego calculado atravs de um modelo input-output 191Captulo 7Figura 7.1 Modelo de avaliao dos benefcios econmicos das despesas dos visitantes para asregies de destino 210Figura 7.2 Delimitao das despesas dos visitantes, incorporadas no modelo de avaliao dosbenefcios econmicos do turismo para as regies de destino 211Figura 7.3 Metodologia de quantificao das despesas tursticas realizadas durante a visita regio de destino 213Figura 7.4 Determinantes da estada mdia dos visitantes numa determinada regio de destino 214Figura 7.5 - Determinantes das despesas mdias dirias por visitante efectuadas durante a visitaa uma determinada regio de destino 217Figura 7.6 Modelos input-output a utilizar no clculo dos multiplicadores das despesas dos visitantes 220Figura 7.7 Estrutura da matriz input-output regional rectangular que serve de base ao clculodos multiplicadores simples das despesas dos visitantes 220Figura 7.8 Estrutura da matriz input-output regional rectangular que serve de base ao clculodos multiplicadores totais das despesas dos visitantes 220Figura 7.9 Estrutura do modelo dos multiplicadores das despesas dos visitantes 221Figura 7.10 Formalizao do modelo input-output aberto para o clculo dos multiplicadores simples 222Figura 7.11 Formalizao do modelo input-output fechado em relao s famlias para o clculodos multiplicadores totais 223Figura 7.12 Modelo de clculo dos efeitos directos, indirectos e induzidos das despesas dos visitantes 224Figura 7.13 Modelo de segmentao do mercado turstico de acordo com os benefcios econmicosque geram para as regies de destino 225Captulo 8Figura 8.1 Informao necessria para quantificar e prever as despesas dos visitantes da RC 227Figura 8.2 Processo geral de recolha de dados sobre as despesas 228Figura 8.3 Categorizao da informao recolhida de acordo com o tipo de mtodo utilizado 228Figura 8.4 Delimitao conceptual dos visitantes da Regio Centro de Portugal identificao dosgrupos para os quais existe informao estatstica disponvel 229Figura 8.5 Plano de amostragem 233Avaliao dos impactes econmicos do turismo a nvel regional: o caso da Regio Centro de Portugal xi 19. ndice de figurasFigura 8.6 Processo de amostragem utilizado amostragem por cluster via multi-etapas 234Figura 8.7 Distribuio temporal da amostra 234Figura 8.8 Distribuio espacial da amostra 235Figura 8.9 Tipo de informao a recolher atravs do questionrio aos visitantes 238Figura 8.10 Estrutura do questionrio realizado aos visitantes da Regio Centro de Portugal, em 2003 239Figura 8.11 Grelha de despesas tursticas includa no questionrio para quantificar as despesastursticas realizadas pelos visitantes domsticos antes da viagem 242Figura 8.12 Grelha includa no questionrio aos visitantes para quantificar as despesas tursticasrealizadas durante a estada na Regio Centro de Portugal 244Figura 8.13 - Caractersticas da Regio Centro que foram objecto de avaliao por parte dos inquiridos 244Figura 8.14 Metodologia de administrao do questionrio aos visitantes da Regio Centro de Portugal 247Figura 8.15 Sistematizao dos mtodos de anlise utilizados na avaliao das despesas diriasdos visitantes e da estada mdia no destino 256Figura 8.16 Estrutura da metodologia utilizada para quantificar os multiplicadores das despesasdos visitantes na RC 258Figura 8.17 Classificao de produtos (A31) e de ramos de actividade (A31) utilizada na construoda matriz input-output 262Figura 8.18 Categorizao das componentes de despesas efectuadas pelos visitantes durante a visita RC nas seces da Classificao Nacional de Bens e Servios /2002 263Figura 8.19 Categorizao das componentes de despesas efectuadas pelos visitantes domsticos antesda viagem nas seces da Classificao Nacional de Bens e Servios /2002 264Figura 8.20 Estrutura da matriz input-output nacional construda para o ano de 2003 267Figura 8.21 Matrizes de coeficientes nacionais utilizadas para construir a matriz input-output daRegio Centro 268Figura 8.22 Tipo de informao disponvel da RC para construir uma matriz input-output rectangular 269Figura 8.23 Componentes da procura final da matriz input-output da Regio Centro 272Figura 8.24 Desagregao do consumo final na RC das famlias no residentes 278Captulo 9Figura 9.1 NUTS III da Regio Centro 287Figura 9.2 Territrio e populao da Regio Centro, em 2002 288Figura 9.3 Populao residente por grupos etrios, em 2002 289Figura 9.4 Distribuio do VAB a preos de base, por NUTS III e ramos de actividade, 2000-2001 291Figura 9.5 - Regies de turismo da Regio Centro 295Captulo 10xii Avaliao dos impactes econmicos do turismo a nvel regional: o caso da Regio Centro de Portugal 20. ndice de figurasFigura 10.1 Delimitao das dimenses de comportamento dos visitantes da RC analisadasnesta dissertao 299Figura 10.2 - Origem dos visitantes da Regio Centro 300Figura 10.3 Categorias de visitantes da RC, de acordo com a durao da estada e o local deresidncia 301Figura 10.4 Meios de transporte utilizados pelos visitantes entre o local de residncia e a RC 307Figura 10.5 Durao mdia da viagem dos inquiridos 308Figura 10.6 A importncia da Regio Centro enquanto destino turstico na viagem dos inquiridos 309Figura 10.7 Destinos complementares da Regio Centro de Portugal 309Figura 10.8 Motivos da visita Regio Centro de Portugal 310Figura 10.9 Nvel de familiaridade dos inquiridos com a Regio Centro 311Figura 10.10 Destinos tursticos da RC visitados pelos inquiridos 312Figura 10.11 Alojamento turstico utilizado na Regio Centro pelos turistas inquiridos 313Figura 10.12 Meios de transporte utilizados na visita RC pelos visitantes inquiridos 314Figura 10.13 Actividades tursticas realizadas na RC pelos visitantes inquiridos 315Figura 10.14 Caractersticas dos visitantes inquiridos da Regio Centro, em termos de composiodo grupo de viagem 315Figura 10.15 Composio do grupo de viagem: presena de crianas no grupo 316Figura 10.16 Tipo de visitas dos inquiridos Regio Centro em termos de organizao da viagem 317Figura 10.17 Nvel global de satisfao dos visitantes da visita Regio Centro 318Figura 10. 18 Probabilidade de os visitantes voltarem a visitar a Regio Centro 318Figura 10.19 Probabilidade de os visitantes recomendarem a Regio Centro ao grupo de familiarese amigos 319Figura 10.20. - Descrio dos factores de atributos da Regio Centro 324Captulo 11Figura 11.1 Formalizao do clculo do nmero de turistas que durante 2003 visitaram a RC 329Figura 11.2 Formalizao do clculo do nmero de excursionistas que em 2003 visitaram a RC 330Figura 11.3 Anlise comparativa, no que respeita ao local de residncia, entre os resultados doquestionrio aos visitantes da RC e o nmero de hspedes dos estabelecimentos hoteleiros 332Figura 11. 4 Estrutura utilizada para apresentar os resultados sobre as despesas realizadas pelosvisitantes durante a visita RC 335Figura 11.5 Avaliao da existncia de diferenas estatisticamente significativas na estada mdia dosvisitantes da RC, de acordo com a sua situao perante o emprego (ANOVA, Comparaes PostHoc e Kruskall-Wallis Test) 337Figura 11.6 Avaliao da existncia de diferenas estatisticamente significativas na estada mdia dosvisitntes estrangeiros, de acordo como pas de residncia (ANOVA, Comparaes Post Hoc eKruskall-Wallis Test) 339Avaliao dos impactes econmicos do turismo a nvel regional: o caso da Regio Centro de Portugal xiii 21. ndice de figurasFigura 11.7 Avaliao da relao existente entre o nvel de habilitaes literrias dos visitantes e a duraoda estada mdia na RC (ANOVA, Anlise de tendncia, Comparaes Post Hoc e Kruskall-Wallis) 341Figura 11.8 Avaliao da relao existente entre a idade dos visitantes e a sua estada mdia na RC(ANOVA, Anlise de tendncia, Comparaes Post Hoc e Kruskall-Wallis) 342Figura 11.9 Avaliao da relao existente entre o ciclo de vida da famlia de um visitante e a sua estadamdia na RC (ANOVA, Comparaes Post Hoc e Kruskall-Wallis) 343Figura 11.10 Avaliao da relao existente entre o tipo de alojamento turstico utilizado e a estada mdia(ANOVA, Comparaes Post Hoc e Kruskall-Wallis) 347Figura 11.11 Avaliao da relao existente entre o principal motivo da visita e a durao da estada na RC(ANOVA, Comparaes Post Hoc e Kruskall-Wallis) 351Figura 11.12 Avaliao da relao existente entre o perodo anual da visita e a durao da estada na RC(ANOVA, Comparaes Post Hoc e Kruskall-Wallis) 352Figura 11.13 Avaliao da relao existente entre a sub-regio visitada na RC e a durao da estada(ANOVA, Comparaes Post Hoc e Kruskall-Wallis) 352Figura 11.14 Lineariedade da equao ajustada com Y = Zresid e X = Zpred 357Figura 11.15 Lineariedade da equao ajustada com Y = Zpred e X = Dependent 357Figura 11.16 Anlise da varincia 358Figura 11.17 Comparao dos resduos standardizados com a distribuio normal 358Figura 11.18 Histograma dos resduos stnadardizados 359Figura 11.19 - Representao grfica do modelo de previso da estada mdia dos visitantes na RC 360Figura 11.20- Avaliao da representatividade da amostra dos visitantes inquiridos da RC, em termosde poca do ano 361Figura 11.21 Estimativa da estada mdia dos visitantes da RC, por categoria de visitante, de acordocom o local de residncia 362Figura 11.22 Estimativa da durao da estada mdia dos visitantes na RC, em 2003 363Figura 11.23 - Resultados da aplicao do coeficiente de correlao de Pearson entre a despesa diriade um visitante e o seu rendimento mensal lquido 365Figura 11.24 - Avaliao da relao existente entre a situao perante o emprego dos visitantes e assuas despesas dirias no destino RC (ANOVA) 365Figura 11.25 Avaliao da relao existente entre a situao perante o emprego dos visitantes e aestrutura das despesas dirias (ANOVA e Comparaes Pos Hoc) 367Figura 11.26 Avaliao da relao existente entre a profisso dos visitantes e as suas despesasdirias no destino RC (ANOVA e Comparaes Post Hoc) 368Figura 11.27 Avaliao da relao existente entre a profisso dos inquiridos e o padro de despesasdirias na RC em termos de produtos consumidos (ANOVA e Comparaes Post Hoc) 369Figura 11.28 Avaliao da relao existente entre o pas de residncia dos visitantes estrangeirose as despesas dirias por visitante (ANOVA e Comparaes Post Hoc) 372xiv Avaliao dos impactes econmicos do turismo a nvel regional: o caso da Regio Centro de Portugal 22. ndice de figurasFigura 11.29 Avaliao da relao existente entre as habilitaes literrias dos visitantes e a estrutura dasdespesas dirias (ANOVA e Comparaes Post Hoc) 374Figura 11.30 Avaliao da relao existente entre a idade dos visitantes e as despesas dirias na RC(ANOVA, Anlise de tendncia e Comparaes Post Hoc) 375Figura 11.31 Avaliao da relao existente entre a idade dos visitantes e estrutura das suas despesasdirias (ANOVA e Comparaes Post Hoc) 377Figura 11.32 Avaliao da relao existente entre o ciclo de vida da famlia e as despesas dirias de umvisitante (ANOVA, Comparaes Post Hoc e Kruskll-Wallis) 378Figura 11.33 Resultados da aplicao do coeficiente de correlao de Pearson entre as despesas diriasde um visitante e o nvel de conhecimento que detm da RC 382Figura 11.34 Avaliao da relao existente entre o tempo de planeamento e as despesas dirias dosvisitantes (ANOVA, Anlise de tendncia e Comparaes Post Hoc) 382Figura 11.35 - Avaliao da relao existente entre a estrutura das despesas dirias dos visitantes e o tempode planeamento da viagem (ANOVA e Comparaes Post Hoc) 383Figura 11.36 Resultados da aplicao do coeficiente de correlao de Pearson entre as despesas diriasdos visitantes e o nmero de fontes de informao utilizadas 384Figura 11.37 Avaliao da relao existente entre o tipo e alojamento utilizado e o valor da despesa diriana RC (ANOVA, Comparaes Post Hoc e Kruskall-Wallis) 387Figura 11.38 Avaliao da relao existente entre o tipo de alojamento utilizado e a estrutura das despesasdirias (ANOVA, Comparaes Post Hoc e Kruskall-Wallis) 388Figura 11.39 Avaliao da relao existente entre o meio de transporte utilizado e as despesas dirias naRC (ANOVA, Comparaes Post Hoc e Kruskall-Wallis) 389Figura 11.40 Avaliao da relao existente entre o meio de transporte utilizado e a estrutura das despesasdirias (ANOVA, Comparaes Post Hoc e Kruskall-Wallis) 390Figura 11.41 Avaliao da relao existente entre o principal motivo da visita e a despesa diria dosvisitantes na RC (ANOVA e Comparaes Post Hoc) 395Figura 11.42 Avaliao da existncia de diferenas estatisticamente significativas na estrutura dasdespesas dirias dos visitantes, de acordo com o principal motivo da visita (ANOVA eComparaes Post Hoc) 396Figura 11.43 Avaliao da relao existente entre a poca do ano da visita e as despesas dirias dosvisitantes na RC (ANOVA e Comparaes Post Hoc) 397Figura 11.44 Avaliao da relao existente entre a poca do ano da visita e a estrutura das despesasdirias dos visitantes na RC (ANOVA e Comparaes Post Hoc) 397Figura 11.45 Avaliao da relao existente entre o tipo de local visitado na RC e as despesas dirias dosvisitantes (ANOVA e Comparaes Post Hoc) 399Figura 11.46 Avaliao da relao existente entre o tipo de local visitado na RC e a estrutura das despesasdirias (ANOVA e Comparaes Post Hoc) 400Figura 11.47 Representao grfica do modelo para prever a despesa mdia diria dos visitantesna RC 407Figura 11.48 Modelo de regresso linear multivariada para estimar o total das despesas dirias por visitanteno produto HH1 (alojamento) 408Figura 11.49 Modelo e regresso linear multivariada para estimar o total das despesas dirias por visitanteno produto HH2 (alimentao e bebidas) 409Avaliao dos impactes econmicos do turismo a nvel regional: o caso da Regio Centro de Portugal xv 23. ndice de figurasFigura 11.50 Modelo de regresso linear multivariada para estimar o total das despesas dirias por visitanteno produto OP (integra os produtos AA, BB, DA, DB, DC, DE, DF, DG, DI, DL, DN, DM e GG daCNBS/2002) 410Figura 11.51 Modelo de regresso linear multivariada para estimar o total das despesas dirias por visitanteno produto II (servios de transporte) 411Figura 11.52 Modelo de regresso linear multivariada para estimar o total das despesas dirias por visitanteno produto OO (servios recreativos, culturais e desportivos) 412Figura 11.53 Modelo de regresso linear multivariada par estimar o total das despesas dirias por visitanteno produto KK (servios de mquinas e de equipamentos sem pessoal e de bens pessoais edomsticos) 413Figura 11.54 Resultados obtidos na estimao da despesa diria por visitante 414Figura 11.55 Valor estimado das despesas tursticas efectuadas pelos visitantes na RC, durante o ano de2003 416Figura 11.56 Valor estimado das despesas tursticas totais efectuadas na RC, durante o ano de 2003, portipo de produtos consumidos 417Figura 11.57 Caracterizao dos segmentos de visitantes que, em 2003, visitaram a RC, de acordo com osbenefcios econmicos totais que originaram 432xvi Avaliao dos impactes econmicos do turismo a nvel regional: o caso da Regio Centro de Portugal 24. ndice de TabelasNDICE DE TABELASCaptulo 2Tabela 2.1 - Algumas das definies existentes de turismo do lado da oferta 18Tabela 2.2 - Produtos e actividades econmicas caractersticas do turismo 23Captulo 3Tabela 3.1 Externalidades do turismo 34Captulo 4Tabela 4.1 Tipo de bens e servios a incorporar no consumo turstico antes da viagem 50Tabela 4.2 - Potencialidades e limitaes da utilizao de dados secundrios na quantificao dasdespesas dos visitantes 55Tabela 4.3 Elementos bsicos de uma balana de pagamentos 56Tabela 4.4 Potencialidades e limitaes da utilizao das estatsticas oficiais da balana de pagamentospara quantificar as despesas tursticas 58Tabela 4.5 Tipos de administrao de questionrio aos visitantes durante uma visita ao destino. 67Tabela 4.6 Diary survey pontos fortes e limitaes 69Tabela 4.7 Avaliao das unidades de alojamento como pontos de inquirio dos visitantes na regio dedestino 71Captulo 5Tabela 5.1 Determinantes da procura turstica segundo Bull, 1996 89Tabela 5.2 Determinantes da procura turstica: resultados dos estudos de reviso elaborados porLim (1997) e Grouch (1994) 90Captulo 6Tabela 6.1 Multiplicadores tursticos do output reviso da literatura 144Tabela 6.2 Multiplicadores tursticos do rendimento reviso da literatura 145Tabela 6.3 Multiplicadores tursticos do emprego reviso da literatura 146Tabela 6.4 - Factores que influenciam a dimenso dos multiplicadores do turismo a nvel regional 147Tabela 6.5 Dimenso do multiplicador turstico do rendimento de acordo com o tipo de economiaem anlise 149Tabela 6.6 - Potencialidades e limitaes da anlise input-output nos estudos de avaliao doimpacte econmico do turismo a nvel regional 207Avaliao dos impactes econmicos do turismo a nvel regional: o caso da Regio Centro de Portugal xvii 25. ndice de TabelasCaptulo 7Tabela 7.1 Hipteses de investigao relacionadas com o tipo de influncia das determinantesda estada mdia dos visitantes 215Tabela 7.2 Hipteses de investigao relacionadas com o tipo de influncia das determinantesda despesa diria por visitante 218Captulo 8Tabela 8.1 Distribuio mensal dos hspedes nos estabelecimentos hoteleiros, na Regio Centro,em 2002 232Tabela 8.2 - Caracterizao das sub-regies da Regio Centro utilizadas na definio da amostra 235Tabela 8.3 Categorizao das componentes da oferta turstica da Regio Centro utilizadas na definioda amostra 236Tabela 8.4 Questes sobre a preparao da viagem 240Tabela 8.5 Questes sobre a viagem entre o local de residncia do inquirido e a Regio Centro dePortugal 240Tabela 8.6 Questes que permitem caracterizar a visita Regio Centro de Portugal 241Tabela 8.7 Questes sobre as despesas tursticas efectuadas na Regio Centro de Portugal 242Tabela 8.8 Questes sobre a avaliao que os visitantes fazem da Regio Centro de Portugal 245Tabela 8.9 Questes sobre as caractersticas scio-demogrficas, culturais e econmicasdos inquiridos. 246Tabela 8.10 Distribuio percentual dos hspedes nos estabelecimentos hoteleiros da Regio Centropor poca do ano e por sub-regio visitada (2002) 248Tabela 8.11 Previso da distribuio dos inquritos a realizar na Regio Centro por poca do anoe por sub-regio 249Tabela 8.12 Distribuio temporal e espacial dos pontos de inquirio utilizados na administraodos questionrios aos visitantes da Regio Centro de Portugal 249Tabela 8.13 Distribuio temporal dos questionrios realizados aos visitantes da RC em 2003 251Tabela 8.14 Distribuio espacial dos questionrios realizados aos visitantes da RC em 2003 252Tabela 8.15 Distribuio por pontos de inquirio dos questionrios realizados aos visitantes da RCem 2003 253Tabela 8.16 Ligao existente entre a tipologia dos produtos consumidos pelos visitantes, apresentada nombito da CST, e a Classificao de Bens e Servios/2002, utilizada em Portugal, nas contasnacionais e regionais 260Tabela 8.17 Identificao dos grupos de bens e servios consumidos pelos visitantes de acordo com aCNBS/2000 261xviii Avaliao dos impactes econmicos do turismo a nvel regional: o caso da Regio Centro de Portugal 26. ndice de TabelasCaptulo 9Tabela 9.1 Alguns indicadores econmicos da Regio Centro de Portugal, 2001 290Tabela 9.2 Importncia relativa das diferentes actividades econmicas na Regio Centro, 2001 290Tabela 9.3 Avaliao espacial da contribuio para o VAB a preos de base das actividadescaractersticas turismo alojamento e restaurao (2001) 293Tabela 9.4 Importncia do destino turstico Regio Centro a nvel nacional, 2002 294Tabela 9.5 Avaliao espacial de alguns indicadores da performance dos destinos tursticos, 2002 294Tabela 9.6 Distribuio espacial da capacidade de alojamento dos estabelecimentos hoteleirosna Regio Centro de Portugal, 2002 296Tabela 9.7 Distribuio espacial da procura dos estabelecimentos hoteleiros na Regio Centrode Portugal, 2002 296Tabela 9.8 Distribuio espacial da procura turstica de acordo com a sua origem, 2002 297Tabela 9.9 Os concelhos mais importantes da Regio Centro em termos de actividade turstica, 2002 297Captulo 10Tabela 10.1 - Avaliao das no-respostas questo do rendimento de acordo com as caractersticasscio-demogrficas dos visitantes 304Tabela 10.2 - Caracterizao dos visitantes inquiridos em termos de ciclo de vida da famlia 305Tabela 10.3 Tipo de fontes de informao mais utilizadas pelos visitantes da RC de Portugal 306Tabela 10.4 Teste do Qui-quadrado associao entre o meio de transporte utilizado pelos visitantese o seu local de residncia 307Tabela 10.5 - Avaliao dos atributos da Regio Centro, por parte dos visitantes inquiridos 319Tabela 10.6. Diferenas estatisticamente significativas na avaliao da Regio Centro como destinoturstico em termos de atributos, de acordo com a origem dos visitantes 320Tabela 10.7 - Identificao pelos visitantes dos principais pontos fortes da RC enquanto destino turstico 321Tabela 10.8 Identificao pelos visitantes dos principais pontos fracos da RC enquanto destino turstico 321Tabela 10.9 KMO e Bartletts Test 322Tabela 10.10 Varincia total explicada 323Tabela 10.11 Matriz de componentes 323Tabela 10.12 - Consistncia interna dos factores Alpha de Cronbach 325Captulo 11Tabela 11.1 Nmero de hspedes nas unidades de alojamento turstico da RC, em 2003 329Tabela 11.2 - Distribuio dos turistas da RC inquiridos no inqurito aos visitantes por tipo dealojamento utilizado 329Tabela 11.3 Categorias de visitantes inquiridos da RC, de acordo com a durao da estada no destino 330Avaliao dos impactes econmicos do turismo a nvel regional: o caso da Regio Centro de Portugal xix 27. ndice de TabelasTabela 11.4 Distribuio por categoria dos visitantes residentes em Portugal, inquiridos em 2003 332Tabela 11.5 Comparao entre os resultados do inqurito aos visitantes e as estatsticas em termosde importncia relativa dos principais mercados externos da RC 333Tabela 11.6 Estrutura das despesas realizadas pelos visitantes domsticos antes da viagem, em termos debens e servios consumidos 334Tabela 11.7 Resultados da aplicao de medidas de associao coeficiente de correlao de Pearson entre a estada mdia de um visitante e o seu rendimento mensal lquido 336Tabela 11.8 Avaliao da existncia de diferenas estatisticamente significativas na estada mdia dosvisitantes que esto a exercer uma actividade profissional, de acordo com o tipo de profisso(ANOVA e Kruskall-Wallis) 338Tabela 11.9 Teste t para verificar se existem diferenas estatisticamente significativas na estada mdia dosvisitantes, de acordo com o local de residncia 338Tabela 11.10 Teste t para avaliar se existem diferenas estatisticamente significativas na estada mdia dosvisitantes residentes em Portugal, de acordo com o local de residncia 339Tabela 11.11 Teste t para avaliar se existem diferenas estatisticamente significativas na estada mdia dosvisitantes, de acordo com as caractersticas do local de residncia 340Tabela 11.12 Sntese dos resultados obtidos nos testes de hipteses para identificar as caractersticas dosvisitantes que influenciam a durao da estada mdia na RC 344Tabela 11.13 Avaliao da associao existente entre a estada mdia de um visitante e o nmero de visitasanteriores RC (coeficiente de correlao de Pearson) 345Tabela 11.14 Avaliao da associao existente entre a estada mdia de um visitante e o tempo deplaneamento da viagem (coeficiente de correlao de Spearman) 345Tabela 11.15 Avaliao da associao existente entre a estada mdia de um visitante e o nmero de fontesde informao utilizadas (coeficiente de correlao de Pearson) 346Tabela 11.16 Teste t para avaliar se existem diferenas estatisticamente significativas na estada mdia dosvisitantes de acordo com o tipo de fonte de informao utilizado 346Tabela 11.17 Teste t para verificar se existem diferenas estatisticamente significativas na estada mdiados visitantes, de acordo com o tipo de organizao da viagem 346Tabela 11.18 Avaliao da relao existente entre o meio de transporte utilizado e a estada mdia dosvisitantes na RC (ANOVA, Comparaes Post Hoc e Kruskall-Wallis) 348Tabela 11.19 Resultados do coeficiente de correlao de Pearson entre a estada mdia dos visitantes e adimenso do grupo de viagem 348Tabela 11.20 Teste t para avaliar se existem diferenas estatisticamente significativas na durao daestada dos visitantes de acordo com a presena de crianas no grupo 349Tabela 11.21 Coeficiente de correlao de Pearson entre o nmero de actividades tursticas praticadas e aestada mdia dos visitantes na RC 349Tabela 11.22 Teste t para avaliar se existem diferenas estatisticamente significativas na estada mdia dosvisitantes de acordo com o tipo de actividade turstica praticado 350Tabela 11.23 Coeficiente de correlao de Pearson entre o nmero de locais e atraces visitadas e aestada mdia dos visitantes na RC 353Tabela 11.24 Sntese dos resultados obtidos na aplicao dos testes de hipteses para identificar ascaractersticas da viagem que influenciam a estada mdia dos visitantes 353xx Avaliao dos impactes econmicos do turismo a nvel regional: o caso da Regio Centro de Portugal 28. ndice de TabelasTabela 11.25 Resultados dos coeficientes de correlao de Spearman entre as variveis da avaliaoholstica que os visitantes fazem do destino RC e o valor da sua estada mdia 354Tabela 11.26 Resultados do coeficiente de correlao de Pearson entre os factores da avaliao deatributos da RC como destino turstico e a durao da estada mdia dos visitantes 354Tabela 11.27 Resultados da estimao da estada mdia de um visitante na Regio Centro de Portugal 356Tabela 11.28 ANCOVA para testar se existem diferenas estatisticamente significativas na despesa diriados visitantes, de acordo com a situao perante o emprego, aps ter sido retirado o efeito dorendimento 366Tabela 11.29 ANCOVA para testar a igualdade da despesa diria dos visitantes de acordo com a profisso,aps ter sido retirado o efeito do rendimento 368Tabela 11.30 Avaliao da relao existente entre o local de residncia (Portugal versus estrangeiro) e adespesa diria por visitante (testes t) 370Tabela 11.31 Avaliao da relao existente entre o local de residncia dos visitantes portugueses e a suadespesa media diria (testes t) 371Tabela 11.32 Avaliao da relao existente entre o pas de residncia dos visitantes estrangeiros e aestrutura das despesas dirias (ANOVA) 373Tabela 11.33 Avaliao da relao existente entre as caractersticas do local de residncia dos visitantes eas suas despesas dirias (teste t) 373Tabela 11.34 Avaliao da relao existente entre o nvel de habilitaes literrias dos visitantes e as suasdespesas dirias (ANOVA e Anlise de tendncia) 373Tabela 11.35 ANCOVA para testar se existem diferenas estatisticamente significativas na despesa diriados visitantes, de acordo com as habilitaes literrias, aps ter sido retirado o efeito dorendimento 374Tabela 11.36 ANCOVA para testar se existem diferenas estatisticamente significativas na despesa diriados visitantes de acordo com a idade, aps ter sido retirado o efeito do rendimento 376Tabela 11.37 Avaliao da relao existente entre o ciclo de vida da famlia e a estrutura das despesasdirias de um visitante (ANOVA e Kruskall-Wallis) 378Tabela 11.38 Sntese dos resultados obtidos nos testes de hipteses para identificar as caractersticas dosvisitantes que influenciam o valor das despesas dirias na RC 379Tabela 11.39 Sntese das relaes existentes entre as caractersticas dos visitantes e a estrutura dasdespesas dirias na RC 380Tabela 11.40 Testes t para a igualdade das despesas mdias dirias de um visitante, de acordo com o tipode fontes de informao utilizado para obter informao sobre a Regio Centro 384Tabela 11.41 Anlise da existncia de diferenas estatisticamente significativas na estrutura das despesasdirias dos visitantes, de acordo com o tipo de fonte de informao utilizado (testes t) 385Tabela 11.42 Avaliao da relao existente entre o tipo de organizao da viagem e as despesas diriasdos visitantes na RC (testes t) 386Tabela 11.43 Resultados da aplicao do coeficiente de correlao de Pearson entre a dimenso do grupode viagem e as despesas dirias por visitante 391Tabela 11.44 Teste t para a igualdade das despesas mdias dirias de um visitante de acordo com apresena de crianas no grupo de viagem 391Tabela 11.45 Coeficientes de correlao de Pearson entre o nmero de actividades tursticas praticadas naRC e o valor da despesa diria de um visitante 392Avaliao dos impactes econmicos do turismo a nvel regional: o caso da Regio Centro de Portugal xxi 29. ndice de TabelasTabela 11.46 Testes t para avaliar se existem diferenas estatisticamente significativas nas despesasmdias dirias de um visitante, de acordo com o tipo de actividade turstica praticadona RC 393Tabela 11.47 - Diferenas estatisticamente significativas na estrutura das despesas dirias dos visitantes, deacordo com o tipo de actividade turstica praticado na RC (testes t) 394Tabela 11.48 Teste t para verificar se existem diferenas estatisticamente significativas entre a despesamdia diria de um turista e de um excursionista 398Tabela 11.49 - Avaliao da relao existente entre o tipo de visitante da RC e a estrutura das despesasdirias (testes t) 398Tabela 11.50 Coeficiente de correlao de Pearson entre a durao da estada de um turista e a despesamdia diria realizada na regio de destino 398Tabela 11.51 Avaliao da relao existente entre o nmero de locais e atraces visitadas e a despesamdia diria dos visitantes (coeficiente de correlao de Pearson) 401Tabela 11.52 Sntese dos resultados obtidos na aplicao dos testes de hipteses s caractersticas daviagem que influenciam as despesas dirias dos visitantes na RC. 401Tabela 11.53 Sntese dos resultados obtidos na avaliao da relao existente entre as caractersticas davisita RC e a estrutura das despesas dirias 402Tabela 11.54 Coeficientes de correlao de Spearman entre variveis da avaliao holstica que osvisitantes fazem da RC e o valor das despesas dirias 404Tabela 11.55 Coeficiente de correlao de Pearson entre os factores de avaliao de atributos da RegioCentro como destino turstico e as despesas mdias dirias dos visitantes 404Tabela 11.56 Modelo de regresso linear multivariada para estimar o valor das despesas dirias porvisitante 406Tabela 11.57 Estrutura das despesas dirias dos visitantes, por categoria de visitante 415Tabela 11.58 Resultados dos multiplicadores das despesas dos visitantes na RC por tipo de produto, parao ano de 2003 419Tabela 11.59 Resultados dos multiplicadores do rendimento das despesas dos visitantes na RC por tipo deproduto, para o ano de 2003 420Tabela 11.60 Resultados dos multiplicadores do emprego das despesas dos visitantes na RC, por tipo deproduto, para o ano de 2003 (emprego originado por um milhar de euros de despesas dosvisitantes) 421Tabela 11.61 Desagregao dos efeitos totais na produo, no rendimento das famlias e no empregooriginado por alteraes nas despesas tursticas dos visitantes 422Tabela 11.62 Diferenas estatisticamente significativas nos multiplicadores totais (produo, rendimentodas famlias e emprego) de acordo com o perfil scio-demogrfico e econmico dosVisitantes 423Tabela 11.63 Diferenas estatisticamente significativas nos multiplicadores totais (produo, rendimentodas famlias e emprego), de acordo com as caractersticas da visita RC 425Tabela 11.64 Valor estimado dos efeitos totais das despesas dos visitantes da RC na produo, no ano de2003 426Tabela 11.65 Valor estimado dos efeitos totais das despesas dos visitantes na RC no rendimento dasfamlias, no ano de 2003 427xxii Avaliao dos impactes econmicos do turismo a nvel regional: o caso da Regio Centro de Portugal 30. ndice de TabelasTabela 11.66 Valor estimado dos efeitos totais das despesas dos visitantes na RC no emprego, no ano de2003 427Tabela 11.67 Desagregao dos efeitos totais (directos, indirectos e induzidos) das despesas dos visitantesna RC na produo, no ano de 2003 428Tabela 11.68 Desagregao dos efeitos totais (directos, indirectos e induzidos) das despesas dos visitantesna RC no rendimento das famlias, no ano de 2003 429Tabela 11.69 Desagregao dos efeitos totais (directos, indirectos e induzidos) das despesas dos visitantesna RC no nmero de empregos, no ano de 2003 430Tabela 11.70 Diferenas estatisticamente significativas entre os clusters de acordo com o perfil scio-demogrficodos visitantes (Teste do Qui-quadrado) 433Tabela 11.71 Diferenas estatisticamente significativas entre os clusters de acordo com a idade e orendimento dos visitantes (ANOVA e Kruskall-Wallis) 434Tabela 11.72 Diferenas estatisticamente significativas entre os clusters de acordo com as caractersticasda viagem (Teste do Qui-quadrado) 435Tabela 11.73 Diferenas estatisticamente significativas entre os clusters de acordo com as caractersticasda viagem (Teste do Qui-quadrado) 436Tabela 11.74 Diferenas estatisticamente significativas entre os clusters de acordo com as caractersticasda viagem (ANOVA e teste do Kruskall-Wallis) 437Tabela 11.75 Diferenas estatisticamente significativas entre os clusters, de acordo com a avaliao que osvisitantes fazem da RC (ANOVA e teste do Kruskall-Wallis) 438Avaliao dos impactes econmicos do turismo a nvel regional: o caso da Regio Centro de Portugal xxiii 31. ndice de Tabelasxxiv Avaliao dos impactes econmicos do turismo a nvel regional: o caso da Regio Centro de Portugal 32. GlossrioGLOSSRIOONU Organizao das Naes UnidasOCDE Organizao para a Cooperao e Desenvolvimento EconmicoEU Unio EuropeiaOMT Organizao Mundial de TurismoCST Conta Satlite do TurismoSIC Classificao Industrial StandardCITAT Classificao Internacional de Actividades TursticasNUTS Nomenclaturas das Unidades Territoriais para fins EstatsticosINE Instituto Nacional de EstatsticaCEE Comunidade Econmica EuropeiaVFA Visita de Familiares e AmigosSEC-1995 Sistema Europeu de Contas de 1995SEC-1993 Sistema de Contas Nacionais das Naes Unidas de 1993FMI Fundo Monetrio InternacionalIPT ndice de Preos TursticosIPC ndice de Preos TursticosMEE Modelo de Equaes EstruturaisRC Regio Centro de PortugalMCS Matriz de Contabilidade SocialAvaliao dos impactes econmicos do turismo a nvel regional: o caso da Regio Centro de Portugal xxv 33. IntroduoCaptulo 1 Introduo1.1. - Objectivos e contributos do trabalho de investigaoO estudo da problemtica do desenvolvimento regional invoca, na maioria dos casos, o turismo como umadas actividades econmicas que revela um grande potencial para promover esse desenvolvimento.Acontece, no entanto, que este potencial s ser correctamente conhecido se estiver baseado emconhecimento. Para dar resposta a este desafio, trabalha-se, nesta dissertao, a temtica da avaliao dosimpactes econmico do turismo para as regies de destino.Apesar da temtica da avaliao dos impactes econmicos do turismo revelar j alguma pertinncia naliteratura de turismo denominada como uma rea do conhecimento relativamente jovem, com os primeirosestudos a ter lugar a partir da dcada de 70. Foi este facto que motivou a sua anlise, atravs de umaabordagem que se considera inovadora em termos metodolgicos ao interligar duas perspectivas de anlisefundamentais para os destinos tursticos - a economia e o marketing. Outro aspecto inovador prende-se coma rea territorial de aplicao Regio Centro de Portugal.A interligao entre uma abordagem econmica e uma abordagem de marketing permite dar resposta aquestes cruciais associadas ao desenvolvimento das regies de destino, relacionando as variveiseconmicas que sofrem transformaes em consequncia de alteraes no comportamento dos visitantes.Por sua vez, a identificao dos grupos de visitantes que proporcionam maiores efeitos econmicos para osdestinos so um input crucial nas estratgias de marketing desses destinos.Tendo presente as duas perspectivas de anlise - economia do turismo e marketing em turismo -delimitaram-se os seguintes objectivos especficos desta dissertao:- criar um quadro terico e conceptual para avaliar o impacte econmico do turismo para as regies dedestino;- desenvolver uma metodologia inovadora para estimar os benefcios totais do turismo para as economiasdas regies de destino;- validar o modelo desenvolvido de avaliao dos benefcios econmicos para as regies de destino,atravs da sua aplicao Regio Centro de Portugal;- recomendar a utilizao dos benefcios econmicos totais das despesas dos visitantes como base desegmentao do mercado turstico.A concretizao dos objectivos enunciados contribuir para o desenvolvimento da investigao, tanto nodomnio da economia do turismo, como no que concerne ao marketing em turismo.No que respeita aos principais contributos para a economia do turismo, destacam-se:- clarificao das componentes que devem ser objecto de investigao nos estudos de impacteeconmico do turismo;- modelizao da procura turstica;Avaliao dos impactes econmicos do turismo a nvel regional: o caso da Regio Centro de Portugal 1 34. Introduo- quantificao dos multiplicadores tursticos;- identificao das melhores prticas em termos de quantificao e previso das despesas tursticas;- aplicao de metodologias adequadas quantificao do multiplicador turstico.Por sua vez, no domnio do marketing em turismo referem-se como contributos:- identificao dos factores que influenciam o processo de compra em turismo;- desenvolvimento de metodologias de recolha de dados primrios relevantes realizao de estudos demercado em turismo;- identificao dos benefcios totais originados pelos visitantes nos destinos como base de segmentao domercado turstico.A relevncia do trabalho que se apresenta, nesta dissertao, no se limita apenas aos contributos,anteriormente enunciados. A seleco da Regio Centro de Portugal, como rea de aplicao, evidencia aimportncia deste estudo em termos de desenvolvimento regional.A Regio Centro de Portugal, apesar de invocar potencialidades para o desenvolvimento turstico, destaca-se,no contexto nacional, como uma das regies onde a actividade turstica ainda apresenta um fracodinamismo.A investigao fundamental no desenvolvimento turstico das regies de destino, e neste caso particular daRegio Centro, revelando-se crucial o desenvolvimento de metodologias que permitam estimar os impacteseconmicos do turismo numa determinada comunidade e utilizar os resultados da aplicao dessasmetodologias para segmentar o mercado. Concorda-se com Wall (1999) em relao ao facto de j se sabermuito sobre as consequncias do turismo para as reas de destino em termos gerais, mas pouco sabidorelativamente aos tipos de visitantes que estimulam essas alteraes e aos contextos em que elas ocorrem.1.2. - Organizao da dissertaoA presente dissertao organiza-se em quatro partes, cada uma das quais estruturada em captulos.A primeira parte compreende, apenas, o presente captulo, onde feita uma descrio da temtica destadissertao, dos seus objectivos, da sua relevncia em termos de investigao em turismo e da suaestrutura.A segunda parte (Parte II) apresenta todas as reflexes tericas necessrias para desenvolver o modeloproposto nesta dissertao. Estas reflexes traduzem-se em:Captulo 2 - Definio conceptual de turismo (conceitos de turismo, procura turstica, oferta turstica edestino turstico);Captulo 3 - Identificao e caracterizao dos impactes econmicos do turismo para as regies de destino;Captulo 4 - Delimitao e metodologias para a quantificao das despesas tursticas;Captulo 5 - Modelizao das despesas tursticas;Captulo 6 - Multiplicador turstico.Avaliao dos impactes econmicos do turismo a nvel regional: o caso da Regio 2 Centro de Portugal 35. IntroduoA concretizao dos objectivos desta investigao implica uma delimitao adequada das componentes quefazem parte da procura e da oferta turstica. Por esta razo, apresenta-se no segundo captulo uma anliseconceptual e tcnica dos intervenientes na actividade turstica, nomeadamente dos praticantes de turismo(visitantes) e das actividades econmicas que fazem parte da oferta turstica dos destinos. Procura-se,igualmente, definir regio de destino de turismo, na medida em que esta ser a rea de aplicao territorialdesta investigao.No intuito de delimitar adequadamente os efeitos econmicos que o turismo proporciona para as regies dedestino apresenta-se, no terceiro captulo, uma delimitao das componentes da actividade turstica queinterferem, em termos positivos e/ou negativos, na economia das regies de destino. Das trs componentesidentificadas - consumo turstico individual, consumo turstico colectivo e formao bruta de capital fixo -apenas ser objecto de anlise o consumo turstico individual e, dentro deste agregado, apenas as despesasdos visitantes. Aps esta delimitao, identificam-se os principais benefcios e custos econmicos que asdespesas dos visitantes proporcionam nos destinos tursticos. Dos dois pratos da balana destacam-se osbenefcios econmicos do turismo como rea de interesse neste projecto. Os benefcios totais das despesasdos visitantes so desagregados em benefcios directos, indirectos e induzidos. Enquanto que os benefcioseconmicos directos esto relacionados com as despesas dos visitantes, os benefcios indirectos einduzidos esto associados ao conceito de multiplicador turstico. Por este motivo, estes dois conceitos(despesas tursticas e multiplicador turstico) so objecto de anlise detalhada nos restantes captulos queconstituem o enquadramento terico.A quantificao das despesas dos visitantes, designadas nesta dissertao por despesas tursticas,implica uma delimitao adequada das componentes que integram este agregado. Esta delimitaoapresenta-se na primeira seco do quarto captulo, tendo sido utilizados como referncia asrecomendaes da Organizao Mundial de Turismo (OMT), em termos de quantificao das despesastursticas, e o quadro conceptual da Conta Satlite do Turismo (CST) da OMT. Na segunda seco,descrevem-se as metodologias mais adequadas para obter informao sobre as despesas tursticas.A compreenso das determinantes que influenciam as despesas tursticas e os modelos que podem serutilizados na sua previso so temticas a analisar no quinto captulo. Este captulo inicia com umaabordagem do comportamento do consumidor em turismo, invocando os modelos mais citados na literatura eos que se revelam de maior interesse para esta investigao. A anlise destes modelos permite, por um lado,compreender o processo de tomada de deciso em turismo e, por outro, os factores que influenciam esseprocesso. Da reviso da literatura referente aos factores que influenciam a aquisio de produtos tursticos,prope-se um quadro conceptual que categoriza esses factores. Com base neste quadro, descrevem-sedetalhadamente cada um dos factores e o tipo de influncia previsvel na compra de produtos tursticos,recorrendo-se para o efeito anlise de 86 estudos realizados no domnio da previso da procura turstica.Avaliao dos impactes econmicos do turismo a nvel regional: o caso da Regio Centro de Portugal 3 36. IntroduoO desenvolvimento de modelos de previso das despesas tursticas no destino obriga seleco do tipoformalizao do modelo mais adequado, pelo que se apresenta, na quinta seco deste captulo, umasistematizao dos modelos mais utilizados na literatura para prever a aquisio de produtos tursticos.No sexto captulo abordam-se temticas relacionadas com o multiplicador turstico. O captulo inicia comuma anlise deste conceito e da sua origem, seguindo-se uma sistematizao das tipologias demultiplicadores que so objecto de quantificao nos estudos de impacte econmico do turismo, com basenuma reviso de 30 artigos publicados sobre esta temtica. A grande diversidade de resultados encontradosna literatura, em termos de dimenso dos multiplicadores tursticos, justificvel atravs dos factores queinfluenciam a dimenso desses multiplicadores e que so, tambm, objecto de anlise neste captulo.A quantificao dos multiplicadores tursticos implica o recurso modelizao. Dos modelos passveis de serutilizados para quantificar os multiplicadores tursticos so objecto de anlise os modelos Keynesianos, osmodelos de base econmica, os modelos ad hoc e os modelos input-output, destacando-se estes ltimoscomo os que evidenciam maior nvel de utilizao nos estudos de impacte econmico do turismo, o quejustifica uma anlise detalhada dos suas caractersticas, pressupostos, formalizao e metodologias deoperacionalizao.Os ensinamentos retirados nos captulos que constituem a segunda parte permitiram o desenvolvimento deum modelo de avaliao dos benefcios econmicos do turismo para as regies de destino, que apresentado na terceira parte (Parte III), a qual se estrutura da seguinte forma:Captulo 7 - Apresentao do modelo de avaliao dos benefcios econmicos das despesas tursticas paraas regies de destino;Captulo 8 - Metodologia utilizada na aplicao do modelo de avaliao dos benefcios econmicos dasdespesas tursticas Regio Centro de Portugal;Captulo 9 - Caracterizao da Regio Centro de Portugal enquanto destino turstico;Captulo 10 - Perfil e comportamento de viagem dos visitantes da Regio Centro;Captulo 11 - Apresentao dos resultados da aplicao do modelo de avaliao dos benefcios econmicosdas despesas tursticas Regio Centro de Portugal.O modelo de quantificao dos benefcios econmicos das despesas tursticas para as regies de destino,que se apresenta no stimo captulo, incorpora um sub-modelo para estimar as despesas tursticas e outrosub-modelo para estimar os multiplicadores tursticos. O sub-modelo para quantificar as despesas tursticastotais incorpora, ainda, dois modelos micro de regresso multivariada, um para estimar a estada mdia dosvisitantes e outro para estimar as despesas dirias por visitante. Por sua vez, a quantificao dosmultiplicadores tursticos concretizada atravs do recurso a um modelo input-output regional. Por fim, naterceira seco deste captulo apresenta-se o modelo proposto para segmentar o mercado turstico.No oitavo captulo descrevem-se as metodologias utilizadas para dar resposta aos problemas deinvestigao colocados no stimo captulo, nomeadamente em termos de estimao das despesas tursticasAvaliao dos impactes econmicos do turismo a nvel regional: o caso da Regio 4 Centro de Portugal 37. Introduoe do multiplicador turstico e no que respeita segmentao do mercado turstico. Para se proceder estimao das despesas tursticas descrevem-se os mtodos indirectos utilizados para estimar o nmero devisitantes de um destino e o mtodo directo - concretamente o inqurito por questionrio aplicado aosvisitantes da Regio Centro, durante o ano de 2003 - utilizado para estimar a estada mdia dos visitantes eas suas despesas dirias. Apresentam-se, igualmente, as tcnicas estatsticas utilizadas na validao domodelo de avaliao das despesas tursticas. Na terceira seco deste captulo descreve-se o processometodolgico utilizado para desenvolver o modelo input-output rectangular para a Regio Centro, para o anode 2003, que serviu de base quantificao dos multiplicadores das despesas tursticas. Por fim, descreve-sea estratgia de segmentao do mercado turstico da Regio Centro utilizada.No nono captulo caracteriza-se a regio de destino que objecto de aplicao do modelo de avaliao dosbenefcios econmicos das despesas tursticas: a Regio Centro de Portugal. Esta caracterizao efectua-seem termos geogrficos, demogrficos, econmicos e tursticos, atravs de dados secundrios.A caracterizao dos visitantes que procuram a Regio Centro como destino turstico e do seucomportamento de viagem concretiza-se no dcimo captulo, com base nos resultados do inqurito porquestionrio realizado aos visitantes desta Regio, durante o ano de 2003, tendo sido inquiridos 2 876visitantes.O captulo onze dedicado apresentao dos resultados obtidos na aplicao, Regio Centro, dosmodelos propostos nesta dissertao para avaliar os benefcios totais originados pelas despesas tursticas epara segmentar o mercado turstico. A validao do modelo para estimar as despesas tursticas realizadaatravs da aplicao de testes de hipteses e do recurso regresso multivariada. Por sua vez, a validaodo modelo input-output regional para calcular os multiplicadores tursticos realizada recorrendo a doismodelos input-output que foram construdos para a Regio Centro de Portugal: um modelo aberto e ummodelo fechado em relao ao sector institucional famlias. A segmentao do mercado turstico concretiza-seatravs da anlise de cluster hierrquica, tendo como variveis de segmentao o efeito total dasdespesas dos visitantes em termos de output, o rendimento das famlias e o emprego.A concluir esta dissertao, encontra-se a quarta parte, constituda apenas pelo captulo das concluses erecomendaes. Neste captulo relacionam-se as evidncias empricas obtidas na terceira parte com oquadro conceptual apresentado na segunda parte. Procura-se, igualmente, sistematizar as contribuies dosresultados obtidos para a economia do turismo, o marketing de destinos tursticos e o desenvolvimento daRegio Centro de Portugal como destino turstico. Apesar de ao longo de todo o trabalho de investigao seter procurado adoptar as metodologias mais adequadas, por vezes a concretizao deste objectivo no severificou, razo pela qual se apresentam, neste captulo, as principais limitaes subjacentes a este estudo ese identificam linhas futuras de investigao.Avaliao dos impactes econmicos do turismo a nvel regional: o caso da Regio Centro de Portugal 5 38. IntroduoAvaliao dos impactes econmicos do turismo a nvel regional: o caso da Regio 6 Centro de Portugal 39. Captulo 2 Anlise conceptual do turismo: conceitos de turismo, procura turstica, oferta turstica e destino tursticoCaptulo 2 - Anlise conceptual do turismo: conceitos de turismo, procuraturstica, oferta turstica e destino turstico2.1. IntroduoA importncia do turismo reconhecida universalmente, tratando-se de um agente poderoso de alteraes anvel econmico, social, cultural e ambiental. Apesar deste papel relevante que se lhe confere, muitas vezes alvo de alguma ambiguidade e inconsistncia, fruto das diferentes terminologias que tm sido utilizadas nainvestigao. Perante esta realidade, tornou-se imperativo apresentar nesta dissertao uma anliseconceptual deste fenmeno descrevendo e delimitando as diferentes componentes que o integram. Estatarefa fundamental quando se pretende avaliar as suas consequncias econmicas, tanto a nvelinternacional, como nacional, regional ou mesmo local.Na primeira seco deste captulo aborda-se a problemtica de no existir homogeneidade nas definies deturismo encontradas na literatura, fazendo referncia s abordagens que tm sido mais citadas. Dasdiferentes abordagens destaca-se a sistmica, por se considerar a abordagem mais adequada no mbitodesta dissertao.Tendo presente a abordagem sistmica do turismo, procura definir-se o turismo do lado da procura e do ladoda oferta, utilizando para o efeito definies conceptuais e tcnicas.No mbito das definies de turismo do lado da procura analisa-se o quadro conceptual dos praticantes deturismo, definindo: visitante, turista e excursionista. Relacionado com a origem geogrfica dos visitantesdefinem-se os diferentes tipos de turismo: turismo domstico, turismo receptor, turismo emissor, turismointerno, turismo internacional e turismo nacional.Relativamente s definies do turismo do lado da oferta, aborda-se a questo to problemtica: poder oturismo ser definido como uma actividade econmica devidamente balizada? Devido importnciaestratgica da Conta Satlite do Turismo (CST) neste domnio, apresenta-se uma abordagem sumria da suagnese e das suas caractersticas, na medida em que atravs da CST que possvel definir, com algumaclareza, a oferta de turismo, classificando os bens e servios consumidos pelos visitantes em bens e serviosespecficos e no especficos. Por sua vez, os bens especficos admitem ainda a classificao emcaractersticos e conexos.Por fim, define-se destino turstico de forma a compreender a rea de aplicao desta dissertao em termosespaciais.Avaliao dos impactes econmicos do turismo a nvel regional: o caso da Regio Centro de Portugal 7 40. Captulo 2 Anlise conceptual do turismo: conceitos de turismo, procura turstica, oferta turstica e destino turstico2.2. - Definio de TurismoO turismo tem sido alvo de vrias abordagens, consequncia da sua natureza multifacetada emultidisciplinar. Tal realidade tem contribudo para que seja possvel observar na literatura vrias definiesdeste fenmeno, pois, tal como afirmam McIntosh e Goeldner (1986), o turismo tem sido estudado atravs deabordagens econmicas, sociolgicas e geogrficas, bem como com recurso a anlises interdisciplinares esistmicas. Esta opinio partilhada por outros autores, nomeadamente Smith (1990), que defende que avariedade nas definies existentes de turismo se deve ao facto de os investigadores em turismo o definiremde acordo com a sua prpria formao acadmica e perspectiva pessoal. Tambm Leiper (1993) refora estaopinio argumentando:- os economistas interpretam o turismo, essencialmente, pelos seus resultados econmicos edefinem-no como uma indstria1;- os profissionais de Marketing definem-no como um mercado2;- os ambientalistas focam, principalmente, os impactes ambientais e definem-no como um sistemaintegrado3;- os cientistas sociais tendem a referir a dimenso humana dos turistas como o factor central4.Esta grande variedade nas definies de turismo de certa forma compreensvel devido ao facto de se tratarde uma actividade bastante complexa, tendo tambm sido observada por Hunt e Layne (1991), num artigo dereviso das terminologias e definies utilizadas na literatura sobre viagens e turismo nos ltimos 40 anos.Estes autores verificaram que existe uma grande inconsistncia nos significados de turismo, particularmentede turismo domstico, e uma grande proliferao de terminologias e definies da palavra viagens.Das vrias abordagens que tm sido utilizadas para compreender o turismo, considera-se que a abordagemsistmica uma das mais adequadas. Vrios autores, nomeadamente Leiper (1979), Mathieson e Wall(1990), Mill e Morrison (1992), Poon (1993), Gunn (1994), Chadwick (1994) e Middleton (2001), tm utilizadoesta abordagem para definirem turismo. Embora se atribua grande valor s diferentes abordagens sistmicasformuladas pelos autores enunciados, considera-se a de Leiper (1979), devido sua clareza, simplicidade eflexibilidade a que melhor se enquadra nos objectivos deste trabalho, permitindo incorporar uma abordageminterdisciplinar deste fenmeno e demonstrando que todos os seus elementos esto relacionados e que almde interagirem interagem tambm com o ambiente externo. Como se pode observar na Figura 2.1, estesistema constitudo por trs elementos fundamentais: os turistas, que representam a procura; a indstria1 - Bukart (1981) define turismo como uma indstria.2 - Kaul (1985) defende que o turismo mais um mercado do que uma indstria.3 - Mill & Morrison (1985) e Leiper (1979) definem o turismo como um sistema.4 - MacCannell (1976) define turismo como sendo a teoria e a prtica de viajar, o comportamento dos turistas.8 Avaliao dos impactes econmicos do turismo a nvel regional: o caso da Regio Centro de Portugal 41. Captulo 2 Anlise conceptual do turismo: conceitos de turismo, procura turstica, oferta turstica e destino tursticode turismo, que representa a oferta; e, um elemento geogrfico que constitudo pela regio de origem,regio de trnsito e regio de destino. Importa, assim, definir melhor cada um destes elementos.Ambiente externo: fsico, cultural, social, poltico e tecnolgicoChegada eestadia dosturistasRegio de Trnsito turistasPartida deturistasRegresso dosturistasIndstriaTursticaFigura 2.1 - O Sistema de turismo segundo LeiperFonte: Leiper (1979)Regio deorigem dosturistasRegio dedestino dosNesta dissertao, para definir procura e oferta de turismo, optou-se pela abordagem de Cooper et al. (1998).Estes autores analisam a temtica da conceptualizao do turismo classificando as suas definies em doisgrandes grupos: definies do lado da procura e definies do lado da oferta. Por sua vez, em cada umdestes grupos as definies ainda podem ser classificadas em definies de natureza conceptual edefinies de natureza tcnica.2.2.1. - Definies do turismo do lado da procura: delimitao da procura tursticaA maioria das definies de turismo referida na literatura classificada como definies do lado da procura.Realidade justificada pela natureza humana e social desta actividade e pelo facto de existir algumadificuldade em delimitar o conjunto de bens e servios que consumido pelos visitantes, uma vez que muitosdesses bens e servios so tambm consumidos pela populao local.Uma das primeiras definies conceptuais do turismo do lado da procura foi apresentada pelo economistaaustraco, Herman von Schulland, em 1910 (Gilbert, 1990:8), afirmando que o turismo : a soma total dasoperaes, principalmente de natureza econmica, que esto directamente relacionadas com a entrada,estada e movimento de estrangeiros dentro de um determinado pas, cidade ou regio.A definio apresentada por Herman von Schulland, apesar de contribuir para uma melhor clarificao doconceito de turismo, apresenta bastantes limitaes, uma vez que no exemplifica claramente a verdadeiranatureza deste fenmeno, ao excluir as viagens domsticas.Avaliao dos impactes econmicos do turismo a nvel regional: o caso da Regio Centro de Portugal 9 42. Captulo 2 Anlise conceptual do turismo: conceitos de turismo, procura turstica, oferta turstica e destino tursticoEm 1942, os Professores Hunziker e Krapf, da Universidade de Berna, definiram turismo como: a soma dosfenmenos e relaes provenientes da viagem e da estada de no-residentes, desde que essa estada noconstitusse uma residncia permanente, nem tivesse como objectivo exercer uma actividade profissional(Holloway, 1995:1).Esta definio, embora j incorporasse as viagens domsticas no mbito do turismo exclua as viagens denegcios.Da dcada de 40 at dcada de 80, muitas outras definies de turismo aparecem na literatura, umas comum carcter mais abrangente, outras com um carcter mais restritivo. No entanto, quase todas elas eramobjecto de algumas limitaes.A necessidade de adoptar uma abordagem que pudesse ser aceite universalmente e atravs da qual fossepossvel efectuar estudos comparativos e aumentar a credibilidade do turismo, estiveram na base demltiplos esforos desenvolvidos por vrias entidades, nomeadamente a Organizao das Naes Unidas(ONU), a Organizao para a Cooperao e Desenvolvimento Econmico (OCDE), a Unio Europeia (UE) ea Organizao Mundial do Turismo (OMT). Estes esforos permitiram apresentar a seguinte definioconceptual de turismo: turismo diz respeito s actividades praticadas pelos indivduos durante as suasviagens e permanncias em locais situados fora do seu ambiente habitual por um perodo contnuo que noultrapasse um ano, por motivos de lazer, negcios e outros (ONU e OMT, 1994).A utilizao desta definio conceptual no invalida o recurso a uma definio de carcter tcnico, onde sejapossvel delimitar as viagens que so efectuadas no mbito do turismo e as que no fazem parte destegrupo, pois s assim ser possvel conhecer a verdadeira dimenso deste fenmeno.A definio conceptual de turismo apresentada pela ONU e pela OMT (1994) traduz-se numa definiotcnica atravs das seguintes delimitaes:- durao mnima da estada 24 horas para os visitantes que pernoitam no local visitado;- durao mxima de estada um ano;- motivos especficos de visita lazer, recreio e frias; visitar familiares e amigos, negcios, sade,religio e outros;- distncia mnima considerada muitas vezes definida uma distncia mnima para delimitar otermo ambiente habitual a OMT recomenda 160 Km. (Cooper et al., 1998).A definio de turismo do lado da procura reala claramente o papel dos praticantes desta actividade(visitantes), urge assim, identific-los e delimit-los de forma objectiva.Durante muito tempo, utilizou-se o termo turista para simbolizar o grupo de praticantes da actividade turstica.Tal como afirma Leiper (1993:539), se ismo representa um conjunto de ideias, de teorias colocadas emprtica pelos seus aderentes istas, ento, numa primeira anlise, poder-se- dizer que os turistas so os10 Avaliao dos impactes econmicos do turismo a nvel regional: o caso da Regio Centro de Portugal 43. Captulo 2 Anlise conceptual do turismo: conceitos de turismo, procura turstica, oferta turstica e destino tursticopraticantes do turismo. A definio deste conceito no , no entanto, assim to simplista. A diversidade dedefinies encontradas na literatura disso um bom exemplo.Smith (1990) procura interpretar essa realidade, agrupando as definies de turistas em trs grupos:definies populares, heursticas e tcnicas.O facto de as definies populares5 serem, normalmente, subjectivas e imprecisas, obriga a queacademicamente se utilize outro tipo de definies, as heursticas (Leiper, 1993).Na literatura existem vrias definies heursticas de turista6, que no necessitam de prescrio oficial,podem variar de acordo com as caractersticas de cada pesquisa e so utilizadas, normalmente, empesquisas qualitativas.Aps a anlise das definies populares e das definies heursticas de turista, verificou-se que nenhumadelas se adequa aos objectivos deste estudo, uma vez que necessrio recolher, analisar, interpretar ecomparar informao estatstica. Desta forma, considera-se que uma definio tcnica deste conceito amais adequada.A primeira definio tcnica de turista foi apresentada em 1937, pela Liga das Naes Unidas, querecomendou a utilizao a nvel internacional da seguinte definio de turista: pessoa que viaja por umperodo de pelo menos 24 horas num pas que no seja o da sua residncia habitual (Holloway, 1995: 2).A principal limitao da definio apresentada em 1937 a de ignorar o movimento de pessoas a nveldomstico.Em 1963, numa conferncia das Naes Unidas sobre Turismo Internacional, foram colocadas em evidnciaas recomendaes feitas, em 1950, pela International Union of Official Travel Organizations (IUOTO)7. Apartir desta altura, recomendou-se a utilizao do termo visitante para descrever os praticantes de turismo,que podero ainda ser denominados turistas ou excursionistas.O termo turista utilizado para visitantes temporrios que permanecem pelo menos 24 horas no localvisitado e cujo motivo da visita possa ser includo num dos seguintes grupos: frias; negcios; sade;estudos; participao em conferncias, congressos e reunies; visita de familiares e amigos; religio edesporto.5 - Um exemplo deste tipo de definies encontra-se no Westers New International Dictionary, onde turista definidocomo uma pessoa que faz uma viagem por motivos de lazer ou cultura e permanece, pelo menos, uma noite no localvisitado, normalmente numa estalagem ou motel (citado por Leiper, 1993: 540).6 - Leiper (1993: 541) refere o seguinte exemplo deste tipo de definies: turista um visitante de uma determinadaregio, que permanece pelo menos uma noite e menos do que um ano, e que o seu objectivo no seja o de ganhardinheiro no local visitado.7 - Actualmente, designa-se por Organizao Mundial de Turismo.Avaliao dos impactes econmicos do turismo a nvel regional: o caso da Regio Centro de Portugal 11 44. Captulo 2 Anlise conceptual do turismo: conceitos de turismo, procura turstica, oferta turstica e destino tursticoPor sua vez, o termo excursionista8, ou visitante que no pernoita no local visitado, utilizado paravisitantes temporrios que permanecem menos do que 24 horas no local visitado.9Em Junho de 1991, na conferncia internacional sobre estatsticas de viagem e turismo, realizada em Otavapela OMT juntamente com o governo do Canad, foi elaborado um conjunto de recomendaes, conceitos,definies e classificaes relacionado tanto com a procura turstica como com a oferta.Aps todos os esforos desenvolvidos, principalmente pelas Naes Unidas e pela OMT, pode afirmar-seque actualmente existe um quadro conceptual que permite uma visualizao completa dos praticantes deturismo, como se pode observar na Figura 2.2.ViajantesFora do seu ambiente habitual?Sim NoPor um perodo de tempo inferior a 12 mesesconsecutivosSim NoO principal motivo da viagem no o de exerceruma actividade remunerada nos locais visitadosNoCom permanncia na regio de destino por umperodo igual ou superior a 24 horas?Sim NoTuristas ExcursionistasOutros ViajantesPessoas viajando noseu ambiente habitualPessoas que mudamde lugar de residnciaPessoas sem lugar deresidncia fixaPessoas que viajampara locais onde soremuneradosOutros viajantesexcludos porconvenoMotivos da Visita:Lazer, recreio e friasVisitar familiares e amigosNegcios e motivos profissionaisSadeReligio / peregrinaoOutrosFigura 2.2 - Classificao dos viajantesFonte: elaborado com base em OMT (1995)SimVisitantehabitantes dos arredores; trabalhadoresfronteirios; pessoas que viajam nosarredores imediatos do seu local deresidnciaMigrantes a longo prazo; pessoas quese deslocam para outro local do seupas de residnciaNmadas, Vagabundos,RefugiadosMigrantes a curto prazo;trabalhadores sazon