Avaliação Psicológica III ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL · vocacional, desenvolvimento vocacional,...
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A ESCOLHA PROFISSIONAL
Antes do capitalismo - a profissão era determinada pelos laços de sangue - influência da família.
No capitalismo - o indivíduo pode ser “tudo o que quiser ser”.
Conceito de que o indivíduo escolhe sua profissão, emergindo todo o conhecimento correspondente à orientação vocacional.
A ESCOLHA PROFISSIONAL
Nos dias atuais - expressiva cobrança quanto ao sucesso e a realização profissional.
Conflitos, pressões, mitos, modelos que influenciam a escolha profissional.
Existem influências sociais, pessoais, limites ou possibilidades nesse contexto e
quanto mais o jovem conhece esses fatores, mais controle pode ter sobre sua escolha.
FATORES QUE INFLUENCIAM
• Características da Profissão: mercado de trabalho, a importância social, remuneração, tipo de trabalho e habilidades necessárias.
• Caminho para se chegar a Profissão: a escolarização e o vestibular, os custos da formação.
• Grupo Social: a família e os amigos, questões de gênero e história pessoal (expectativas quanto a si mesmo; gostos; habilidades; profissão de pessoas significativas; condições materiais, seus limites e possibilidades; desejos).
• Satisfação Pessoal x Satisfação Material: conflito comum.
Nasce em 1907 – com a criação do primeiro centro
de OP dos EUA, o Vocational Bureau of Boston, por
Frank Parsons.
1909 – Parsons publica o livro Choosing a vocation
Proposta de Parsons
Autoconhecimento - habilidades, interesses,
ambições, limitações e outras características
pessoais;
Conhecimento das possibilidades e características
das diversas profissões;
Integração entre as características individuais e
ocupacionais.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA OP
1920 – 1930: Psicologia Diferencial e
Psicometria influenciam a prática de OP,
principalmente com o desenvolvimento de
testes de inteligência, aptidão, habilidades,
interesses e personalidade.
1947 – Criação do Instituto de Seleção e
Orientação Profissional no Brasil (ISOP),
com o objetivo de desenvolver, adaptar e
validar instrumentos de avaliação psicológica.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA OP
Modelo de Avaliação Psicológica Centrado no resultado: primeiro modelo - surge entre a primeira e a segunda década do séc. XX. Preocupa-se em definir uma escolha profissional específica.
O uso dos testes psicológicos é enfatizado para a definição das características individuais (inteligência, aptidões, interesses e personalidade) com o objetivo de combiná-las com as características e ambientes ocupacionais.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA OP
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Teoria dos Tipos Vocacionais de Jonh Holland: baseada em traços de personalidade - 6 dimensões: o realista, o investigativo, o artístico, o social, o empreendedor e o convencional.
Embora considere aspectos da personalidade, o foco está mais no resultado da OP (o que a pessoa decide) do que no processo da orientação e da decisão.
Teoria do Traço e Fator: base no auto conhecimento e informações profissionais - perdura até mesmo com o surgimento de novos paradigmas em OP.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Segunda metade do séc. XX
Declínio no uso dos testes psicológicos em OP devido à mudança de paradigma. Foco em trabalhar com a noção de autoconhecimento.
Nesse contexto – predominam a Teoria do Desenvolvimento Vocacional de Donald Super e o Aconselhamento psicológico não diretivo proposto por Rogers.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
A partir da década de 70 no Brasil:
a OP passou a ser menos centrada nos testes psicológicos, ocorrendo maior valorização dos processos de aprendizagem envolvidos na escolha – influência dos modelo evolutivo e clínico.
O modelo evolutivo e clínico apontam a escolha profissional não como um fato isolado, mas como o resultado de um processo contínuo de desenvolvimento.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Proposta de Bohoslavsky:
- Testes psicológicos perdem o papel central, com uma função de um levantamento inicial das características pessoais do orientando, sendo seus resultados integrados a outras atividades do processo de OP.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Modelo de Avaliação Psicológica Centrado no Processo
Pode fazer uso ou não de instrumentos e tem como objetivo auxiliar o orientador no planejamento do procedimento de OP.
Preocupa-se com processos internos e externos que levam o indivíduo à decisão sobre a sua escolha profissional - autoconhecimento sobre suas próprias condições, possibilidades e limitações.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Modelo de Avaliação Psicológica Centrado no Processo
O orientador é um facilitador.
A entrevista é o principal instrumento.
O enfoque dos testes está na maturidade, indecisão, bem-estar psicológico, aspectos contextuais (influência familiar e de amigos).
DEFINIÇÃO DE OP
Contexto atual - dificuldade de conceituação, indicando possível confusão teórica e falta de delimitação conceitual entre os profissionais.
Exs: orientação profissional, orientação vocacional, desenvolvimento vocacional, orientação profissional vocacional, desenvolvimento de carreira.
Orientação profissional – termo mais indicado e apropriado no momento.
NECESSIDADES DE APERFEIÇOAMENTO DOS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
PSICOLÓGICA EM OP
Qualificação dos instrumentos disponíveis, de acordo com normas do CFP;
Aumento de esforços para disponibilizar instrumentos já existentes e em uso internacional, com adaptação e validação à realidade brasileira;
Preocupação dos cursos de Psicologia em ensinar diferentes possibilidades de avaliação em OP;
Maior agilidade na divulgação e comercialização dos instrumentos desenvolvidos em pesquisas.
UM MODELO DE OP
Processo composto por 7 sessões, 1 sessão por semana com duração de 1 hora.
1ª sessão
Entrevista inicial e contrato de trabalho.
Objetivo de levantar:
as expectativas do orientando; áreas ou profissões de interesse; disciplinas com melhor desempenho; pressões que tem enfrentado quanto à escolha profissional; dúvidas e dificuldades encontradas até o momento.
UM MODELO DE OP
2ª sessão
Aplicação da EMEP – Escala de Maturidade para Escolha Profissional – composta por 45 afirmações divididas em 5 subescalas: determinação, responsabilidade, independência, autoconhecimento, conhecimento da realidade educativa e socioprofissional.
Aplicação do BFP – Bateria Fatorial de Personalidade.
UM MODELO DE OP
3ª sessão
Aplicação da EAP –Escala de Aconselhamento Profissional – avalia 7 dimensões: Ciências Exatas; Artes e
Comunicação; Ciências Biológicas e da Saúde; Ciências Agrárias e Ambientais; Atividades Burocráticas; Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e Entretenimento.
Definição de profissões de interesse para que orientando e orientador façam uma pesquisa, via internet, considerando mercado de trabalho, faculdades e cursos disponíveis, questões financeiras, etc.
UM MODELO DE OP
4ª sessão
Apresentação e discussão dos resultados obtidos com a aplicação dos instrumentos.
Discussão dos resultados obtidos nas pesquisas sobre profissões e mercado de trabalho.
UM MODELO DE OP 5ª sessão
Aplicação do Jogo Critérios para a escolha profissional: objetiva facilitar a escolha profissional de jovens ou adultos, estimulando os seguintes aspectos:
ampliar o conhecimento de interesses e valores;
refletir sobre as expectativas com relação ao futuro profissional;
definir critérios para a escolha profissional;
estabelecer relações entre aspectos internos (interesses e valores) e a vida profissional; entre outros aspectos.
UM MODELO DE OP 6ª sessão
Reaplicação da EMEP para verificar melhoria nas dimensões medidas anteriormente.
Continuidade da discussão sobre os dados obtidos.
7ª sessão
Entrevista devolutiva – síntese organizando os dados de todas as atividades realizadas durante o processo.
Realiza-se com o orientando a hierarquia dos cursos preferidos, considerando as análises realizadas.
OUTROS INSTRUMENTOS
Escala de Estilos de Pensar e Criar
AIP – Avaliação dos Interesses Profissionais
Questionário de Busca Autodirigida (SDS)
Profissiogame
Teste de Fotos de Profissões (BBT-Br)
Medidas de Inteligência