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FACULDADE CATHEDRAL IBRAS INSTITUTO BRASIL DE PÓS-GRADUAÇÃO CAPACITAÇÃO E ASSESSORIA JOYCE JAMYLLE DIAS BORGES AVALIAÇÃO DO CONSUMO DE ANTIMICROBIANOS INJETÁVEIS DE UM HOSPITAL PRIVADO DE TERESINA- PIAUÍ TERESINA 2018

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FACULDADE CATHEDRAL IBRAS – INSTITUTO BRASIL DE PÓS-GRADUAÇÃO

CAPACITAÇÃO E ASSESSORIA

JOYCE JAMYLLE DIAS BORGES

AVALIAÇÃO DO CONSUMO DE ANTIMICROBIANOS INJETÁVEIS DE UM HOSPITAL PRIVADO DE TERESINA-

PIAUÍ

TERESINA 2018

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FACULDADE CATHEDRAL IBRAS – INSTITUTO BRASIL DE PÓS-GRADUAÇÃO

CAPACITAÇÃO E ASSESSORIA

JOYCE JAMYLLE DIAS BORGES

AVALIAÇÃO DO CONSUMO DE ANTIMICROBIANOS INJETÁVEIS DE UM HOSPITAL PRIVADO DE TERESINA-

PIAUÍ

Artigo apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Farmacologia Clínica e Prescrição Farmacêutica da Faculdade Cathedral/Instituto Brasil de Pós-Graduação, Capacitação e Assessoria.

Orientadora: Dra. Mayara Ladeira Coêlho

TERESINA 2018

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AVALIAÇÃO DO CONSUMO DE ANTIMICROBIANOS INJETÁVEIS DE UM

HOSPITAL PRIVADO DE TERESINA-PIAUÍ

Joyce Jamylle Dias Borges1

Mayara Ladeira Coêlho2

Resumo: A Farmácia Hospitalar está entre os setores mais importantes dentro de um hospital, pois caracteriza-se como uma unidade clínica e assistencial, com capacidade administrativa e gerencial. Os gestores procuram obter o equilíbrio econômico-financeiro a partir da recuperação dos custos e da maximização do resultado em um hospital. A farmacoeconomia é uma parte da economia aplicada aos medicamentos. A sua colocação busca avaliar custos versus eficácia do tratamento, marcando alternativas para adequar recursos sem que haja o comprometimento da terapia dos pacientes. Este trabalho teve por objetivo analisar o perfil do uso de antimicrobianos, avaliar os custos do consumo e estabelecer parâmetros farmacoeconômicos da terapia antimicrobiana utilizada. A pesquisa foi realizada em uma UTI de um hospital privado de Teresina-Piauí. Empregou-se a dose diária definida (DDD) para a análise de consumo. Para análise de custos foi avaliado o total de antimicrobianos consumidos multiplicados pelo valor unitário do antimicrobiano. A classe mais consumida no período analisado de novembro de 2015 a fevereiro de 2016 foi a das penicilinas, seguida pelos β-lactâmicos e cefalosporinas, respectivamente. A análise de custo revelou que o medicamento mais oneroso foi o meropenem, que custou cerca de R$ 125.324,82 ao hospital no período analisado, assim como foi o medicamento mais consumido. Desta forma, concluiu-se que é preciso uma atenção especial e monitorização contínua do uso desses medicamentos para reverter o alto índice do uso de antimicrobianos, principalmente aqueles de amplo espectro. Os estudos apontam para necessidade de construção e implementação de protocolos farmacoterapêuticos para orientação do uso desta classe de medicamentos.

Palavras-chaves: Farmacoeconomia, Unidade de terapia intensiva, Gestão hospitalar, Custos hospitalares, Anti-Infecciosos.

1 Farmacêutica. Aluna do Curso de Farmacologia Clínica e Farmácia Clínica com ênfase em Prescrição

Farmacêutica.

2 Farmacêutica. Doutora em Biotecnologia pela Universidade Federal do Piauí – UFPI.

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EVALUATION OF INJECTABLE ANTIMICROBIAL CONSUMPTION OF A

PRIVATE HOSPITAL IN TERESINA-PIAUÍ

Joyce Jamylle Dias Borges1

Mayara Ladeira Coêlho2

Abstract: Hospital Pharmacy is among the most important sectors within a hospital, as it is characterized as a clinical and care unit, with administrative and managerial capacity. Managers seek to achieve economic-financial equilibrium by recovering costs and maximizing the outcome in a hospital. Pharmacoeconomics is a part of the economy applied to medicines. Its placement seeks to evaluate costs versus treatment efficacy, marking alternatives to adapt resources without compromising patient therapy. This study aimed to analyze the profile of antimicrobial use, to evaluate the consumption costs and to establish pharmacoeconomic parameters of the antimicrobial therapy used. The research was carried out in an ICU of a private hospital in Teresina-Piauí. The defined daily dose (DDD) was used for the consumption analysis. For cost analysis, the total amount of antimicrobials consumed multiplied by the antimicrobial unit value was evaluated. The most consumed class in the analyzed period from November 2015 to February 2016 was penicillins, followed by β-lactams and cephalosporins, respectively. The cost analysis revealed that the most costly drug was meropenem, which cost about R $ 125,324.82 to the hospital in the analyzed period, as well as being the drug most consumed. Thus, it was concluded that special attention and continuous monitoring of the use of these drugs is necessary to reverse the high index of antimicrobial use, especially those of a broad spectrum. The studies indicate the need for the construction and implementation of pharmacotherapeutic protocols to guide the use of this class of drugs.

Keywords: Pharmacoeconomics, Intensive Care Unit, Hospital Management, Hospital Costs, Anti-Infectious.

1 Pharmaceutical. Student of the Course of Clinical Pharmacology and Clinical Pharmacy with emphasis

on Pharmaceutical Prescription.

2 Pharmaceutical. PhD in Biotechnology, Federal University of Piauí - UFPI.

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1 INTRODUÇÃO

A Farmácia Hospitalar está entre os setores mais importantes dentro de um

hospital, pois caracteriza-se como uma unidade clínica e assistencial, com capacidade

administrativa e gerencial. É responsável pelo fornecimento seguro e racional de

medicamentos e produtos para saúde. Espera-se que o serviço de farmácia colabore

inteiramente para os resultados da assistência prestada aos pacientes. ¹

No contexto hospitalar, a farmácia encontra-se incluída em uma organização

complexa em saúde que sem dúvidas tem seus grandes benefícios, porém apresenta

grandes deficiências. As organizações de saúde são obrigadas a suprir o crescimento

da demanda com o aumento da oferta de assistência ao paciente, não obstante sem

perder o foco na redução de custos. Os gestores procuram obter o equilíbrio

econômico-financeiro a partir da recuperação dos custos e da maximização do

resultado. 2

A farmacoeconomia é uma parte da economia aplicada aos medicamentos. A

sua colocação busca avaliar custos versus eficácia do tratamento, marcando

alternativas para adequar recursos sem que haja o comprometimento da terapia dos

pacientes. ³

Sobretudo, as análises farmacoeconômicas podem auxiliar a prevenir as

variantes econômicas na utilização do medicamento estimulando o exercício da

farmacoterapia coerente e racional, especialmente dentro do ambiente hospitalar. 4

A classe de antimicrobianos está entre os medicamentos mais comumente

prescritos em hospitais e é responsável por ocasionar expressivos gastos hospitalar.5

Estima-se que em média 25 % a 35 % dos pacientes que venham a ser

hospitalizados recebem antimicrobianos para tratamento de infecções ou profilaxia

cirúrgica durante a internação. 6 Por outro lado, acredita-se que acima de 50 % das

prescrições aviadas se mostram inapropriadas quanto à via de administração, dose,

posologia, duração do tratamento e até mesmo na indicação do fármaco. Do mesmo

modo, considera-se que 30 % dos custos da farmácia hospitalar estejam incluídos

com o uso desses medicamentos. (5,7)

A utilização desta classe é cada vez mais frequente na prática médica. O

aparecimento de novos medicamentos e a disponibilidade colabora no uso de forma

inadequada, afetando a posologia e comprometendo o tratamento, favorecendo a

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resistência de cepas bacterianas devido à ineficácia da terapia, assim como

provocando impacto inteiramente nos custos. 8

O presente trabalho justifica-se pela necessidade encontrada na instituição

pesquisada em mensurar a utilização de medicamentos como forma de melhorar o

serviço de atendimento ao paciente hospitalar e buscar a maximização de seus

resultados financeiros que favoreçam a gestão de custos eficiente no âmbito do

serviço de farmácia. Este estudo baseou-se na avaliação amostral de pacientes de

uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um Hospital Privado de Teresina.

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL:

Analisar o perfil do uso de antimicrobianos, avaliar os custos do consumo e

estabelecer parâmetros farmacoeconômicos da terapia antimicrobiana

utilizada.

2.2 OBJETIVO ESPECIFICOS:

Analisar o perfil de uso de antimicrobianos mensalmente;

Estabelecer parâmetros de consumo de medicamentos antimicrobianos;

Avaliar os gastos da unidade com antimicrobianos mensal.

3 METODOLOGIA

Segundo o Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), a pesquisa foi

realizada obedecendo a Resolução nº466/2012 do Conselho Nacional de Saúde

(CNS), que trata das Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisas

Envolvendo Seres Humanos. O presente trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética

em Pesquisa (CEP-FACID), por meio da Plataforma Brasil, com número de protocolo

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CAAE 48196915.2.0000.5211. A assinatura do termo de consentimento livre e

esclarecido foi dispensada.

Este estudo baseou-se em modelo farmacoeconômico onde empregou-se a

dose diária definida (DDD) para a análise de consumo do tipo observacional

participante e abordagem quali-quantitativa de pesquisa descritiva prospectiva. Para

análise de custos foi avaliado o total de antimicrobianos consumidos multiplicados

pelo valor unitário do antimicrobiano.

A pesquisa foi realizada em uma Unidade de Terapia Intensiva de um Hospital

Privado do município de Teresina-PI, junto ao hospital conforme a Autorização de Fiel

Depositário e Termo de Compromisso de Utilização de Dados (TCUD). O hospital

estudado possui quatro Unidades de Terapia Intensiva. Para esta pesquisa foram

analisados pacientes internados em uma UTI, que fizeram uso de antimicrobianos,

com faixa etária a partir da idade adulta (≥ 20 anos de acordo com o Ministério da

Saúde), independente do sexo. Optou-se por avaliar apenas os antimicrobianos

injetáveis. A UTI escolhida possui 11 leitos.

Para conhecer o perfil de utilização de antimicrobianos por pacientes

internados os dados foram coletados a partir da análise das fichas de controle de uso

de antimicrobianos e das prescrições médicas, no período de novembro de 2015 a

fevereiro de 2016. A seleção de utilização de antimicrobianos deu-se a partir dos

medicamentos injetáveis desta classe já padronizados. Foi feito um levantamento de

dados agregados a partir dos registros eletrônicos de consumo de medicamentos do

hospital.

Os dados de consumo de antimicrobianos coletados basearam-se na

abordagem quantitativa, com objetivo de avaliar os parâmetros farmacoeconômicos

do consumo de antimicrobianos da UTI hospitalar através da utilização da

padronização de medicamentos. O plano amostral considerado foi o de amostra por

blocos, com a seleção da UTI, de onde coletaram-se dados do consumo de

medicamentos para apuração do processo. Constituíram as variáveis analisadas:

quantidade consumida de cada antimicrobiano injetável por paciente, tempo de uso,

classificação quanto à classe, dose e o valor em reais do medicamento. Essas

variáveis foram coletadas por dia durante o período estabelecido.

O consumo dos antimicrobianos por pacientes na UTI escolhida da instituição

foi expresso em Dose Diária Definida (DDD) por 100 leitos-dia. Utilizou-se a

classificação ATC/DDD, para calcular valor de DDD para cada antimicrobiano

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utilizado.9 A DDD estabelece uma unidade de medida única, independente do preço

e da forma farmacêutica, que consente avaliar as tendências no consumo de

medicamentos, expressa pela fórmula abaixo:

Nº de unidades dispensadas

DDD/100 pacientes-dia = x conc. do princípio ativo (g) x 100

DDD (g) x Taxa de ocupação hospitalar

x n° de leitos disponíveis x tempo em dias

Para fins de cálculo utilizou-se a média da taxa de ocupação hospitalar no

período analisado fornecido pelo hospital, a quantidade de leitos disponíveis

considerada, e o tempo considerado de um mês. Os valores foram avaliados mês a

mês, até compreender os quatro meses estudados.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

De acordo com o gráfico 1 através dos valores expressos em unidades, a

classe mais consumida no período analisado foi a da penicilina, representada pelos

antimicrobianos amoxicilina/clavulanato de potássio, ampicilina/sulbactam, oxacilina e

piperacilina/tazobactam. A segunda classe mais consumida foi a dos β-lactâmicos,

que inclui os carbapenêmicos. A terceira classe mais consumida foi das

cefalosporinas, representada pelos antimicrobianos de terceira geração e quarta

geração, o que pode ter sido influenciado pelo grande número de tratamentos

profiláticos em pacientes pós-cirúrgicos.

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Gráfico 1. Consumo de antimicrobianos por classes terapêuticas, valores expressos em unidades, no período de novembro de 2015 à fevereiro de 2016

Neste estudo calculou-se a frequência do consumo de antimicrobianos

dividindo os mesmos em classes farmacológicas. Esta análise foi feita frente aos

protocolos terapêuticos preconizados pela CCIH da unidade e dados da literatura

científica.

A diferença entre as médias mensais está relacionada ao tipo de paciente

atendido em cada leito da UTI estudada, às especialidades médicas disponíveis e aos

tratamentos executados, podendo oscilar em diferentes meses do ano de acordo com

as causas da internação. A unidade analisada não possui protocolos de

antibioticoprofilaxia e de uso empírico de antimicrobianos, podendo desta forma ser

justificado um alto número de utilização de antimicrobianos.

Foram analisados os dez medicamentos mais consumidos expressos por

Dose Diária Definida por 100 pacientes-dia somados no período analisado de uso

sistêmico, nas preparações para uso parenteral, representados no gráfico 2. Durante

o período de estudo, o antimicrobiano mais consumido no hospital foi o meropenem

(143,04 DDD/100 leitos-dia) seguido do fluconazol (108,25 DDD/100 leitos-dia) e

ampicilina/sulbactam (87,16 DDD/100 leitos-dia). Isto evidencia que existe diferença

entre as médias de DDD/100 leitos-dia entre os antimicrobianos avaliados. Assim, é

0

100

200

300

400

500

600

nov/15 dez/15 jan/16 fev/16

PENICILINAS

B-LACTÂMICOS

CEFALOSPORINAS

POLIMIXINAS

GLICOPEPTÍDEOS

AMINOGLICOSÍDEOS

LINCOSAMINAS

OXAZOLIDINONAS

GLICILCICLINAS

QUINOLONAS

NITROIMIDAZÓLICOS

SULFONAMIDAS

ANTIFUNGICOS

MACROLÍDEOS

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possível observar que ocorreram oscilações do consumo ao longo do período

analisado para a maioria dos antimicrobianos.

Gráfico 2. Os dez medicamentos mais consumidos expressos por Dose Diária Definida por 100 pacientes-dia somados no período analisado

O meropenem apresentou um consumo elevado em todos os meses

avaliados, sendo assim na UTI estudada foi o antimicrobiano predominantemente

prescrito. Isso significa dizer que, por conta de seu amplo espectro antimicrobiano e

baixa toxicidade, o meropenem está entre as terapias de primeira linha para pacientes

criticamente enfermos, especialmente quando há suspeita de uma infecção por gram-

negativos. No entanto, a eficácia dos antimicrobianos não é facilmente medida, uma

vez que a resposta clínica é geralmente tênue antes de 48 horas de terapia. Do

mesmo modo, a indisponibilidade de monitoramento de drogas terapêuticas de rotina

para a grande maioria desses medicamentos faz com que seja difícil apontar falha

clínica, devido à subdosagem por falta de susceptibilidade in vivo do organismo. 10

No quadro 1 pode-se observar os valores calculados em DDD para todos os

antimicrobianos estudados no período.

Quadro 1 - Consumo de antimicrobianos expressos por Dose Diária Definida por 100 pacientes-dia no período analisado

Medicamentos ATC DDD (g) DDD/100 PD

143,04

108,25

87,16

71,35

65,67

48,06

42

37,77

37,12

36,13

0 20 40 60 80 100 120 140 160

MEROPENEM (1G)

FLUCONAZOL (2MG/ML-100ML)

AMPICILINA+SULBACTAM (1G+500MG)

POLIMIXINA B (500.000UI)

PIPERACILINA+TAZOBACTAM (4G+500MG)

CEFTAZIDIMA (1G)

IMIPENEM+CILASTATINA (500+500MG)

OXACILINA (500MG)

VANCOMICINA (500MG)

CLINDAMICINA (150MG/ML-4ML)

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Amicacina (100mg-2mL) J01GB06 1 0,46

Amicacina (500mg-2mL) J01GB06 1 33,19

Amoxicilina/Clavulanato de

Potássio (1g+200mg) J01CR02 3 0,54

Ampicilina/Sulbactam

(1g+500mg) J01CR01 2 87,16

Anfotericina B (50mg) J02AA01 0,035 13,96

Anidulafungina (100mg) J02AX06 0,1 0,34

Cefepime (2g) J01DE01 2 9,57

Ceftazidima (1g) J01DD02 4 48,06

Ceftriaxona (1g) J01DD04 2 22,98

Ciprofloxacino (2mg/mL-

100mL) J01MA02 0,5 19,64

Claritromicina (500mg) J01FA09 1 2,59

Clindamicina (150mg/mL-4mL) J01FF01 1,8 36,13

Ertapeném (1g) J01DH03 1 5

Fluconazol (2mg/mL-100mL) J02AC01 0,2 108,25

Gentamicina (80mg/2mL) J01GB03 0,24 19,59

Imipenem/Cilastatina

(500+500mg)

J01DH51 2

42

Levofloxacino (5mg/mL-100mL) J01MA12 0,5 10,83

Linezolida (2mg/mL-300mL) J01XX08 1,2 34,38

Meropenem (1g) J01DH02 2 143,04

Metronidazol (500mg-100mL) J01XD01 1,5 6,35

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Oxacilina (500mg) J01CF04 2 37,77

Piperacilina/Tazobactam

(4g+500mg) J01CR05 14 65,67

Polimixina B (500.000UI) J01XB02 0,15 71,35

Sulfametoxazol/Trimetoprim

(80+16mg/mL-5mL) J01EE01 2 3,79

Tigeciclina (50mg) J01AA12 0,1 32,82

Vancomicina (500mg) J01XA01 2 37,12

Voriconazol (200mg) J02AC03 0,4 1,24

De acordo com o estudo de Rodrigues e Bertoldi11 com análise de quatro

meses do tipo observacional participante, obtiveram os valores maiores de DDD para

o ciprofloxacino (16,43), sulbactam associado à ampicilina (13,36) e oxacilina (11,57).

Já no estudo de Ralph e colaboradores12, as informações foram coletadas no

período de um ano feito frente aos protocolos terapêuticos preconizados pela CCIH,

onde o medicamento mais consumido foi a ceftriaxona, com 11,4 DDD/100 pacientes-

dia, seguidamente pela oxacilina (9,67 DDD/100 pacientes-dia), benzilpenicilina g

potássica (6,62 DDD/100 pacientes-dia), cefalotina (4,73 DDD/100 pacientes-dia),

cefepime (4,10 DDD/100 pacientes-dia), metronidazol (3,05 DDD/100 pacientes-dia)

e ampicilina (3,01).

Na análise feita por Onzi, Holffman e Camargo13, durante o período de estudo

que foi de um ano, o antimicrobiano mais consumido no hospital foi a

ampicilina/sulbactam seguido do ciprofloxacino e cefazolina. Esses grupos foram

responsáveis por aproximadamente 80 % do consumo dos antimicrobianos

selecionados. A média mensal de DDD encontrada para a ampicilina/sulbactam,

ciprofloxacino e cefazolina correspondem a 30,89 DDD/100 leitos-dia, 7,50 DDD/100

leitos-dia, e 4,13 DDD/100 leitos-dia, respectivamente.

Pode estar relacionado este visível aumento de consumo de antimicrobianos

a uma falta de política de controle de medicamentos prescritos e dispensados no

hospital havendo falhas na monitorização desses medicamentos, à falta de protocolos

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de utilização de antimicrobianos, ocorrendo consequentemente o excesso de

prescrições. O alto consumo desses medicamentos tem como consequências,

diferente de outras classes de medicamentos, o aumento de microrganismos

resistentes, onde não basta afetar o paciente que está com a infecção, mas também

afeta o paciente internado do leito próximo e/ou ao lado, ou também em casos de

pacientes que já estiveram naquele hospital internados e que disponibilizaram os

microrganismos resistentes para a comunidade. Desta forma, podem ser

manifestadas infecções que precisem de tratamentos mais onerosos e complexos,

originando maiores gastos com a saúde, que vão desde uma permanência mais

extensa do paciente no hospital, conglomerando gastos dos mais diversos tipos como

com exames mais sofisticados, procedimentos mais complexos, uso de

antimicrobianos mais potentes e de alto custo até gastos indiretos advindos da perda

de resposta e produtividade do paciente. (14-15-16)

No gráfico 3 calculou-se o custo individual de cada medicamento durante o

período analisado multiplicando-se o número de unidades dispensadas pelo preço

unitário obtido.

Gráfico 3. Antimicrobianos mais onerosos, expressos em reais, no período analisado

Desta forma, o medicamento mais oneroso nitidamente foi o meropenem, que

custou cerca de R$ 125.324,82 ao hospital no período analisado, na UTI estudada,

justificado pelo seu alto custo unitário. Levando-se em consideração o âmbito

0 10000 20000 30000 40000 50000

CEFTAZIDIMA (1G)

CIPROFLOXACINO (2MG/ML-100ML)

FLUCONAZOL (2MG/ML-100ML)

IMIPENEM+CILASTATINA (500+500MG)

LINEZOLIDA (2MG/ML-300ML)

MEROPENEM (1G)

PIPERACILINA+TAZOBACTAM (4G+500MG)

POLIMIXINA B (500.000UI)

TIGECICLINA (50MG)

VANCOMICINA (500MG)

fev/16

jan/16

dez/15

nov/15

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financeiro da utilização dos medicamentos, cujas informações obtidas estão

sintetizadas no gráfico 3.

Igualmente no estudo de Ralph e colaboradores12, onde as informações foram

coletadas no período de um ano coletadas no período de um ano feito frente aos

protocolos terapêuticos preconizados pela CCIH, o medicamento mais oneroso foi o

meropenem, que custou cerca de R$ 31.097,18 ao hospital.

O elevado consumo de antimicrobianos em UTI reflete a gravidade dos

pacientes. Estas unidades agrupam os pacientes clínicos ou cirúrgicos mais graves

internados em hospitais e apresentam as taxas de infecção mais elevadas. (6,5)

A terapia com antimicrobianos é caracteristicamente iniciada de forma

empírica, uma vez que a identificação do germe responsável não ocorre em grande

parte dos casos. A seleção da terapia é baseada em alguns fatores: o patógeno mais

comum em determinada situação, fatores que aumentam o risco para determinados

patógenos, estratificação de risco do caso e efeitos adversos dos antibióticos (como

alergia e causa de estado confusional em idosos, marcadamente com o uso de

quinolonas nesse grupo de pacientes). A terapêutica empírica inicial deve ser alterada

e corrigida quando houver isolamento do patógeno em cultura, levando à redução do

espectro antimicrobiano de acordo com o perfil de sensibilidade. 17

Diante destes resultados (gráfico 3), percebe-se os valores direcionados a

medicamentos antimicrobianos e a quantidade em reais gasto com essa classe de

medicamentos, onde muitas vezes são dispensados sem o devido controle. Através

da análise do estudo, percebe-se que a CCIH deve ter uma ação mais ativa à

avaliação do uso de antimicrobianos e monitorar as reações provenientes do seu

consumo, para prevenir possíveis problemas que sua utilização desmedida acarreta,

assim como deve-se ter o controle do percentual dos recursos financeiros que são

concentrados na aquisição dessa classe de medicamentos. A vigilância constante das

infecções hospitalares e o desenvolvimento de políticas adequadas para o controle da

utilização de antimicrobianos são de alta relevância e requerem prioridade. 18

O tratamento de infecções hospitalares sem dúvidas é mais custoso, pois

exige maior tempo de tratamento e medicamentos de uso mais restrito, o que

demonstra a importância do uso racional de antimicrobianos para que o ambiente

hospitalar não propicie a instalação de infecções graves. 19

No gráfico 4 está expresso o consumo em unidades (frasco, ampola ou bolsa)

dos antimicrobianos no período de novembro de 2015 a fevereiro de 2016, onde o

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meropenem é o medicamento que teve mais saída, tendo em seguida a

piperacilina/tazobactam, a polimixina B e a ceftazidima que tiveram maior quantidade

por período consumido, chamando atenção o meropenem por ser uma droga de amplo

espectro, pode-se justificar a escolha por casos agudos de alta complexidade.

Gráfico 4. Consumo expresso em unidades dos antimicrobianos padronizados pelo hospital no período de novembro de 2015 a fevereiro de 2016

A ceftazidima pode ser explicada pelo fato desta cefalosporina de 3ª geração

ter amplo espectro de ação, até mesmo contra bactérias gram negativas, ultrapassar

a barreira hematoencefálica e não necessitar de adequação para pacientes renais por

ser excretada pela bile. Apesar disso, seu alto consumo é preocupante, pois pode

favorecer a seleção de microrganismos resistentes. 19

Diante dos dados, pode-se observar a necessidade da determinação precoce

do agente etiológico, racionalizando a utilização da classe de antimicrobianos

onerosos à instituição estudada.

Diante da pesquisa percebeu-se nitidamente o grande número de pacientes

0

100

200

300

400

500

600

700

800

AM

ICA

CIN

A (

10

0M

G-2

ML)

AM

ICA

CIN

A (

50

0M

G-2

ML)

AM

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)

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G)

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1G

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50

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A (

50

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G)

VO

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AZO

L (2

00

MG

)

fev/16

jan/16

dez/15

nov/15

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idosos internados na UTI sendo bastante expressivo e significativo, uma vez que esta

faixa etária de pessoas necessitam primordialmente de internação hospitalar para

cuidar de suas condições geralmente alarmante e debilitadas e também para prevenir

sinais sugestivos a infecções ou enfermidades ainda não diagnosticadas.

Os idosos são mais capazes de obter infecções que o adulto jovem devido a

alterações fisiológicas naturais do envelhecimento, além de procedimentos invasivos

bastante recorrentes. (22-23) Do mesmo modo, possuem diminuída capacidade de

reagir a infecções, sendo imprescindível um maior cuidado na escolha dos

antimicrobianos, uma vez que estes interagem e fazem com que ocorram possíveis

reações adversas com muitos medicamentos que comumente fazem parte dos

tratamentos destes pacientes. 20

Dessa maneira, o estudo dos custos terapêuticos com antimicrobianos e os

respectivos impactos na saúde pública e saúde dos pacientes, pode ser considerado

uma importante ferramenta administrativa indispensável para o domínio, avaliação e

desenvolvimento de ações preventivas e corretivas, promovendo assim o controle das

infecções hospitalares. (22-23)

Os resultados e estudos precisos das avaliações com gastos em infecções

adquiridas no hospital têm resultados importantes e direcionamento clínico para os

pacientes, gestores, administradores, convênios e pagadores particulares. Mostrar

aos gestores hospitalares os gastos com os antimicrobianos e os convencer a investir

em prevenção de infecções não é fácil, é preciso que se mostrem dados confiáveis e

reais do cotidiano de mortalidade atribuída, prolongamento da hospitalização e gastos

adicionais com atendimentos, assistência, exames, tratamentos e materiais médico-

hospitalares advindo das infecções hospitalares. 21

Para que a utilização exacerbada e desregulada de antimicrobianos seja

controlada, é preciso se ter uma tomada de decisões que visem o controle permanente

da seleção dos medicamentos, da padronização, do protocolo de prescrições do uso

desses medicamentos, e do acompanhamento da dispensação. A ausência deste

controle provoca facilmente falhas no tratamento dos pacientes. Ressalta-se que

esses pacientes devem ter suas expectativas atendidas, e os hospitais dependem do

fluxo de pacientes.

Tendo em vista que os mais diversos diagnósticos podem utilizar indicadores

eficientes de qualidade de hospitais como índice de infecção hospitalar, falha

terapêutica, reinternação, a farmacoeconomia é, certamente, um dos principais

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instrumentos de auxílio na demanda cada vez maior da atualidade. Além disso, a

existência de diferentes métodos de análises faz com que as avaliações sejam

realizadas por farmacêuticos dentro da gestão hospitalar, no âmbito da farmácia, que

atuam assistencialmente e gerencialmente, inovando e trazendo a excelência do

serviço com os mais diversos e menores recursos disponíveis.

5 CONCLUSÃO

Percebe-se a importância de mensurar a utilização de medicamentos como

forma de melhorar o serviço de atendimento ao paciente hospitalar, em especial na

Unidade de Terapia Intensiva, de forma a garantir um tratamento eficiente, eficaz e

seguro se possível num curto período de tempo, avaliando os parâmetros

farmacoeconômicos do consumo de antimicrobianos da UTI hospitalar, considerando

o perfil de uso de antimicrobianos. Associado a isso, precisa-se determinar

parâmetros de consumo de medicamentos antimicrobianos, avaliando os gastos da

unidade com esses e possibilitando melhoria na qualidade de vida dos pacientes.

Percebeu-se uma grande utilização de antimicrobianos e bastante recursos

destinados a estes em relação a outros estudos, sendo necessário uma atenção

especial e monitorização contínua do uso desses medicamentos para reverter o

comportamento. Sugere-se a construção e implementação de guias de protocolos

farmacoterapêuticos para a utilização desta classe de medicamentos.

Sabe-se que os antimicrobianos são medicamentos de extrema importância e

que são bastante utilizados principalmente no âmbito hospitalar, desta forma,

necessita-se urgentemente elaborar e desenvolver protocolos de antibioticoprofilaxia

e de uso empírico de antimicrobianos que tenha como principal foco o uso racional

desta classe de medicamentos. O hospital em estudo deve ter um controle do

aviamento das prescrições através de uma CCIH atuante, que proporcione e venha a

suprir uma educação continuada aos profissionais de saúde, e os orientar a

determinadas situações.

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