AVALIAÇÃO DOS CONTEÚDOS DE NORBIXINA E BIXINA DEPROGÊNIES DE URUCUM (Bixa orellana L.), EM FUNÇÃO DO TEMPO, \

DE DEMORA PARA A ANALISE

Raimunda Fátima Ribeiro de NAZARÉI, Carlos da Silva MARTINS2

RESUMO

Foram estudadas 36 progênies de urucuzeiro, para verificar seus conteúdos de corantes, bem comoa influência do tempo decorrido entre o recebimento e a análise das amostras, no laboratório deagroindústria do CPATU . Este fator, comprovadamente, interfere reduzindo os teores de norbixi-na e bixina das sementes de urucum. Os experimentos para estudos de melhoramento genético fo-ram instalados nos municípios de Capitão Poço e Tracuateua, no Estado do Pará e visa a obtençãode cultivares com elevados teores de corantes. Já foram obtidas duas novas cultivares nestes cincoanos de experimentação, as quais detém entre 6 e 7% de bixina. Os resultados das progênies estu-dadas mostraram que a demora para a execução das análise causa uma perda considerável de co-rantes nas amostras .0 tempo variou de três dias à quatro meses e os percentuais de amostra commais de 3% de bixina variaram de 67 % à 16%, respectivamente.Palavras-chave: Norbixina, bixina, progênies.

SUMMARY: EVALUATION OF THE CONTENTS OF NORBIXIN AND BIXIN OFPROGENIES OF ANNA TIO, IN FUNCTION OF DELA Y OF ANA LYSIS

The objective of this study was to evaluate the contents of dyes of 36 progenies of annatto, as wellas the influence of the delay period between receipt and analysis of the samples, at the CPATUagroindustry laboratory. This facto r is known to interfere reducing the contents of norbixin and bi-xin of the annatto seeds. The experiments for studies on genetic improvements were implanted inthe municipalities of Capitão Poço and Tracuateua, Pará State, with the objective of producingcultivars with high contents of dyes. Two new cultivars were obtained in the last five years, whichones contain between 6 and 7% of bixin. The results showed that the delay of analysis cause a con-siderable loss of dyes in the samples. The delay period varied from three days to four months, andthe percentual of sample containing more than 3% of bixin varied from 67% to 16%, respectively.Key word: Norbixin, bixin, progenies.

I. Farm. Bioquímico, M.Sc., Tecnologia de Alimentos, Pesquisadora da EMBRAPA-CPATU. Cx. Postal 48, 66.095-100 - Belém-PA.2. Eng. Agr", M.Sc., Genética e melhoramento de Plantas, Pesquisador da EMBRAPA-CPATU. Cx. Postal 48, 66.095- I00 - Belém-PA.

Rev. Bras. Cor. Nat., v.3, 1999 67

INTRODUÇÃO

o urucum é uma fonte de matéria-prima para aprodução dos corantes bixina e norbixina, hoje lar-gamente utilizados nas indústrias de alimentos(AMAURY, T. et aI., 1986; e NAZARÉ, R.F.R.,1994), de cosméticos e dermatológica (CIMA, E.1986).

Sabe-se sobre a estocagem do urucum, que em-bora ainda não estejam bem definidas as condiçõesótimas para o armazenamento dos grãos, na prática,já foram demonstrados efeitos deterioradores da luz,umidade e insetos sobre estes grãos (TERRONES etaI., 1988).

Do ponto de vista da produção para comerciali-zação, esta matéria-prima sofre oscilações drásticasde qualidade e de preço. O urucuzeiro pode produzirmaterial com teores de corantes variando desde me-nos de 1%, até exemplares contendo acima de 8%,causando com isso, grandes variações do preço nomomento da comercialização com as firmas proces-sadoras e produtoras de corantes naturais.

O teor mínimo do corante bixina em uma parti-da de sementes de urucum para comercialização poralgumas empresas é de 2,5%, sendo que a grandemaioria passou a exigir o mínimo de 3,0% destecorante, em sementes contendo de 8,0 à 10,0% deumidade.

O CPATU, InICIOUhá cinco anos um trabalhojunto aos produtores da região Suldoeste paraense,ocasião em que foi feito um levantamento do conte-údo de corantes em 132 amostras de sementes. Osmelhores materiais foram objeto de ensaios de pro-pagação e instalados dois experimentos para estudosde melhoramento genético, sendo um no municípiode Capitão Poço e outro em Tracuateua, ambas noestado do Pará. Os materiais produzidos nos doisexperimentos são analisados à cada coleta. Nestetrabalho, são apresentados os resultados obtidos atéo momento relativos as percentagens de umidade,norbixina e bixina . O fator tempo de demora paraanálise foi constatado causando redução dos teoresdos corantes citados.

MATERIAL E MÉTODOS

As sementes de urucum estudadas foram pro-duzidas em experimentos de melhoramento genéti-

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co, conduzidos pelo CPATU, nos municípios deCapitão Poço e Tracuateua-Pa.

As colheitas foram realizadas no período de1994 à 1995. As análises dos materiais foram exe-cutadas na Laboratório de Corantes Naturais da Áreade Agroindústria do CPATU e constou das seguintesdeterminações: umidade %- determinado por seca-gem da amostra de semente pré-secadas no proces-samento pós-colheita, em estufa a 105°C, até pesoconstante; norbixina % - determinado pelo métodoKOH soluções 5% e 0,5% à quente, utilizando leitu-ra em espectrofotometro a 453 nm e aplicando ocoeficiente de extinção da norbixina 3473. Bixina %- Obtido pela multiplicação da % de norbixina pelofator 1.037.

Tanto o percentual de norbixina quanto o de bi-xina são expressos em base seca, por correção com opercentual de umidade de cada amostra.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O trabalho estuda a resposta dada ao tratamentode melhoramento genético de progênies de urucum,dos experimentos instalados nos municípios paraen-ses de Capitão Poço e Tracuateua. A seguir é apre-sentada a Tabela I, onde se pede observar a correla-ção entre progênies/ amostras de I" e 2" repetições.

Com o objetivo de verificar a interferência dotempo transcorrido entre o recebimento das amostrasno laboratório e a realização efetiva das análises,foram avaliados os resultados analíticos de corantes,de amostras de I" e 2" repetições, nos dois municí-pios.

Nas Tabela 2 a 9 mostram os percentuais deumidade norbixina e bixina dos materiais, bem comoa análise em números percentuais dos dados, emfunção da demora para a efetivação das determina-ções.

No material analisado três dias após o recebi-mento no laboratório, obteve-se 67% de amostrascom resultados superiores a 3% de bixina, sendo quedestes. 22% apresentaram resultados acima de 4%.Tabela 2

ReI'. Bras. Cor. Nat., v.3. 1999

Tabela 1. Relação de identidade das amostras de sementes de urucum, 1"e 2" repetições com as respectivasprogênies

Identificação 13Repetição 23 RepetiçãoPROGÊNIE

005500580059006000610062006400830095009600970098010101040108010901130114011601180123014101450146015301540156015701600162016401690171017201760184

AMOSTRA103610071010100810121027102210091035103210211031100110331013102310201028102410191011102610021018103410291005100310041006101610171014101510251030

AMOSTRA201320352007202720242014203620182033201120082029201720222025201920262010200320162001202820042015200620022032201220302023203420092021200520312020

Rev. Bras. Cor. Nat .. v.3. 1999 69

Tabela 2. Resultados analíticos de sementes de urucum (Bixa orellana L.), provenientes de ensaio conduzidoem Capitão Poço-Pa, Ia repetição, analisadas (03) três dias após o recebimento no laboratório deAgroindústria do CPATU. - Nov/94

Localidade - Capitão Poço-Pá Umidade (%) Norbixina (%) Bixina.(%)349/94354/94351/94358/94352/94359/94362/94353/94365/94360/94361/94364/94355/94356/94350/94363/94357/94366/94

C.P.-1001C.P.-1009C.P.-1005C.P.-I013C.P.-I007

C.P.-1014C.P.-I017C.P.-1008C.P.-IOl0C.P.-1015C.P.-1016C.P.-1019C.P.-IOlOC.P.-101 IC.P.-1004C.P.-1018C.P.-10l2C.P.-1022

8,89 4,269,78 4,1810,11 4,169,30 4,16

10,13 3,849,10 3,608,85 3,45

9,39 3,399,81 3,308,28 3,229,27 3,138,65 2,9410,66 2,888,27 2,649,34 2,628,95 2,568,77 2,4710,40 1,95

4,42

4,334,314,313,983,733,583,513,42

3,343,243,052,992,742,722,652,56

2,02

Amostras analisadas = 18- < 3,00 % BIXINA = 06 AMOSTRAS (33 % das Amostras)- > 3,00 % BIXINA = 08 AMOSTRAS (45 % das Amostras)- > 4,00 % BIXINA = 04 AMOSTRAS (22 % Das Amostras)- > 4,00 % BIXINA, PROGÊNIES = 0101; 0083; 0156 e 0108

Amostras recebidas em = 11/94Amostras analisadas em = 11/94Tempo de demora para análise = 03 dias

Na Tabela 3, pode-se observar que a análise foi realizada três meses após o recebimento do material no labo-ratório, tendo os resultados acima de 3% de bixina, caído para 29% e as amostras com teores abaixo de 3%,aumentado para 71%.

70 Rev. Bras. Cor. Nat., v.3, 1999

Tabela 3. Resultados analíticos de sementes de urucum (Bixa oreLLana L.), provenientes de ensaio conduzidoem Capitão Poço-Pa, 1a repetição, analisadas (03) três meses após o recebimento no laboratório deAgroindústria do CPATU- Fev/95

N°Amostra Localidade - Capitão Poço-PA Umidade (%) Norbixina .(%) Bixina. (%)376/94 C.P.-I032 8,68 3,56 .3,69375/94 C.P.-1031 9,26 3,47 3,6037l/94 C.P.-I027 8,16 3,18 3,30373/94 C.P.-I029 9, li 2,95 3,06374/94 C.P.-I 030 8,36 2,78 2,88377/94 ·t C.P.-I033 9,76 2,78 2,88379/94 C.P.-1035 9,65 2,59 2,68378/94 C.P.-1034 9,00 2,55 2,64369/94 C.P.-1025 9,34 2,54 2,63367/94 C.P.-I023 8,44 2,42 2,51372/94 C.P.-1028 9,43 2,12 2,20368/94 C.P.-1024 9,23 1,90 1,97380/94 C.P.-I036 8,96 1,82 1,89370/94 C.P.-1026 9,11 1,75 1,81

Amostras analisadas = 14- < 3,00 % BIXINA = 10 AMOSTRAS (71 % das amostras)- > 3,00 % BIXINA = 04 AMOSTRAS (29 % das amostras)- < 3,00 % BIXINA, PROGÊNIES = 0096; 0098; 0062 e O I54

Amostras recebidas em = 11194Amostras analisadas em = 02/95Tempo de demora para análise = 03 Meses

Assim, sucessivamente, todas as amostra cujas análises foram feitas com maiores períodos transcorridosdesde o recebimento no laboratório, até a determinação propriamente dita, mostraram mais resultados inferi-ores a 3% dos corantes, bixina e norbixina .Tabelas 4 a 9.

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Tabela 4. Resultados analíticos de sementes de urucum (Bixa orellana), provenientes de ensaio conduzidoem Capitão Poço-Pa, 23 repetição, analisadas (03) três meses após o recebimento no laboratório deAgroindústria do CPATU- Fev/95

N°Amostra - Reg.AAI Localidade - CapitãoPoço

Umidade (%) Norbixina (%) Bixina (%)

381/94386/94391/94394/94388/94395/94384/94392/94396/94385/94389/94382/94383/94390/94387/94393/94

C. P.-2001C. P.-2006C. P.-2011C. P.-2014C. P.-2008C. P.-2015C. P.-2004C. P.-2012C. P.-2016C. P.-2005C. P.-2009C. P.-2002C. P.-2003C. P.-201OC. P.-2007C. P.-2013

7,86 3,63 3,768,64 3,20 3,327,19 3,10 3,216,60 3,10 3,216,03 3,09 3,206,63 2,75 2,858,33 2,64 2,748,27 2,64 2,746,50 2,59 2,687,87 2,47 2,567,41 2,39 2,488,31 2,34 2,438,41 2,30 2,388,09 2,26 2,348,80 1,96 2,039,10 1,69 1,75

Amostras Analisadas = 6- < 3,00 % BIXINA = II (69 % das amostras)- > 3,00 % BIXINA = 05 (31 % das amostras)- < 3,00 % BIXINA, PROGÊNIES = 0123; 0153; 0096; 0062 e 0097

Amostras recebidas em = 08/11194Amostras analisadas em = 10 a 22/02/95Tempo de demora para análise = 03 Meses

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Tabela 5. Resultados analíticos de sementes de urucum (Bixa oreltana L.), provenientes de ensaio conduzidoem Capitão Poço-Pa, 2a repetição, analisadas (04) quatro meses após o recebimento no laboratóriode Agroindústria do CPA TU- Mar/95

N°Amostra - AAII Ano Localidade - Capitão Poço Norbixina (%)Umidade(%)

Bixina (%)

397/94404/94411/94405/94408/94413/94410/94400/94412/94414/94399/94398/94401/94402/94409/94415/94403/94407/94406/94

C. P.-2017C. P.-2024C. P.-2032C. P.-2025C. P.-2029C. P.-2034C. P.-2031C. P.-2020

C. P.-2033C. P.-2035C. P.-2019C. P.-2018C. P.-2021C. P.-2022C. P.-2030C. P.-2036C. P.-2023C. P.-2028C. P.-2026

Amostras analisadas = 19- < 3,00 % BIXINA = 16 AMOSTRAS (84 % das amostras)- >3,00 % BIXINA = 03 AMOSTRAS (16 % das amostras)- >3,00 % BIXINA, PROGÊNIES = 0101;0061 e 0156

Amostras recebidas em = 08/11/94Amostras analisadas em = 06 a 15/03/95Tempo de demora para análise = 04 Meses

Rev. Bras. Cor. Nat., v.3, 1999

6,417,257,217,507,247,547,237,587,807,757,437,47

7,677,626,077,667,657,678,04

3,333,082,902,832,812,672,522,49

2,362,262,252,232,142,031,821,791,741,621,46

3,45

3,193,012,932,912,772,612,582,45

2,342,332,312,222,101,891,861,801,681,51

73

Tabela 6. Resultados analíticos de sementes de urucum (Bixa orellana L.), provenientes de ensaio conduzidoem Tracuateua-Pa, 13 repetição, analisadas (04 à 33) dias após o recebimento no laboratório deAgroindústria do CPATU- Mar/95

N°Amostra Localidade - Tracuateua Umidade (0/0) Norbixina.(% ) Bixina. (%)

0119527/951119528/9523/9505/9519/9507/9508/9518/9514/9533/9513/9502/9529/9506/9539/9510/9512/9524/9531/9515/9526/9504/9536/9509/9525/9520/9521/9537/9535/9516/9522/9530/9503/9534/9532/9517/9538/95

T-l001T-1031T-I013T-1032T-1027T-I005T-1021T-l007T-I008T-1020T-1016T-2002T-1015T-1002T-1033T-1006T-2008T-1012T-1014T-I028T-1035T-1017T-I030T-I004

T-2005T-I01OT-1029T-1024T-1025T-2006T-2004T-1018T-1026T-I034T-I003T-2003T-1036T-I019T-2007

10,46

9,758,09

10,665,828,786,707,147,646,158,48

8,557,949,877,936,287,866,916,647,147,148,058,7210,43

8,399,797,297,64

6,918,029,969,367,877,5410,859,118,677,118,52

4,513,923,793,773,583,533,423,41

3,373,283,103,093,072,962,962,912,902,872,872,872,862,842,832,822,762,702,662,602,592,522,512,48

2,472,452,432,40

2,312,212,20

4,684,063,933,913,713,663,553,543,493,40

3,213,203,183,073,073,023,002,982,982,982,962,942,932,922,862,802,762,702,682,612,612,572,562,542,522,492,392,292,28

74 ReI'. Bras. Cor. Nat., v.3, 1999

Amostras analisadas = 39- < 3,00 % BIXINA = 22 AMOSTRAS (56 % das amostras)- > 3,00 % BIXINA = 15 AMOSTRAS (38 % das amostras)- > 4,00 % BIXINA = 02 AMOSTRAS (06 % das amostras) 44%- > 4,00 % BIXINA, PROGÊNIES =010 I e 0098

Amostras recebidas em = 01/95Amostras analisadas em = O 1 e 02/95Tempo de demora para análise = 06 a 33 Dias

Tabela 7. Resultados analíticos de sementes de urucum (Bixa orellana L.), provenientes de ensaio conduzidoem Tracuateua-Pa, 2' repetição, analisadas entre O le 02 meses após o recebimento no laboratóriode Agroindústria do CPATU- Fev/95

N°Amostra Localidade - Tracuateua Umidade (%) Norbixina. (%) Bixina. (%)

48/9556/9558/9562/9557/9546/9542/9553/9541/9540/9563/9552/9545/9565/9561/9549/9564/9551/9554/9560/9543/9547/9566/9550/9559/9555/95

T-2017T-2025T-2028T-2032T-2026T-2015T-2011T-2022T-201OT-2009T-2033T-2021T-2014T-2035T-2031T-2018T-2034T-2020T-2023T-2030T-2012T-2016T-2036T-2019T-2029T-2024

6,186,777,707,587,006,327,237,749,52

8,119,007,716,3110,337,786,379,706,696,966,265,866,979,816,757,947,08

3,713,453,37

3,353,132,952,862,862,782,772,762,712,702,662,642,622,592,562,42

2,362,332,322,212,172,121,82

3,853,583,493,47

3,243,062,962,962,882,872,862,812,802,762,742,722,682,652,512,452,422,40

2,292,253,231,89

Rev. Bras. Cor. Nat., v.3. 1999 75

Amostras analisadas = 27- < 3,00 % BIXINA = 21 (74 % das amostras)- > 3,00 % BIXINA = 06 (26 % das amostras)- < 3,00 % BIXINA, PROGÊNIES = 0101; 0108; 0141; 0156; 0113 e 0146

Amostras recebidas em = 01/95Amostras analisadas em = 02/95Tempo de demora para análise = 1 a 2 Meses

Tabela 8. Resultados analíticos de sementes de urucum, provenientes de Capitão Poço - Pa, Ia repetição,analisadas de 04 à 22 dias após o recebimento no Laboratório de Agroindústria do CPATU. 1995

Registro Amostra Umidade (%) Norbixina (%) Bixina (%)

124/95

106/95

121/95

122/95

99/95

102/95

96/95

127/95

120/95

125/95

95/95114/95

113/95

118/95

110/95

108/95

107/95

123/95

109/95

100/95

116/95

101/95

112/95

126/95

97/95

105/9598/95

103/95

117/95

111/95

119/95

128/95

115/95104/95

C.P.-1032

C.P.-1013

C.P.-1029

C.P.-I030

C.P.-1005

C.P.-1008

C.P.-1002

C.P.-1035

C.P.-1027

C.P.-I033

C.P.-IOOJC.P.-I021

C.P.-1020

C.P.-1025

C.P.-1017

C.P.-1015

C.P.-1014

C.P.-I031

C.P.-1016

C.P.-1006

C.P.-1023

C.P.-I007

C.P.-1019

C.P.-1034

C.P.-I003

C.P.-IOJ2C.P.-IOO4

C.P.-1OJOC.P.-1024

C.P.- 1018

C.P.-1026

C.P.-1036C.P.-1022C.P.-IOIl

7,95

8,54

10,65

9,78

12,79

11,88

13,33

9,44

9,18

8,65

10,84

7,67

7,89

11,50

10,55

8,92

8,70

8,89

8,6714,16

11,08

9,69

11,44

10,09

13,97

8,4612,99

11,2812,77

12,38

8,68

10,66

9,849,25

4,34

4,19

4,05

3,89

3,85

3,823,81

3,81

3,80

3,78

3,71

3,70

3,69

3,69

3,68

3,51

3,503,46

3,45

3,34

3,34

3,24

3,23

3,16

3,04

2,902,77

2,762,45

2,38

2,29

2.202,12

1.99

4,50

4,34

4,204,03

3,99

3,963,95

3,95

3,94

3,92

3,85

3,843,83

3,83

3,82

3,64

3,63

3,59

3,583,463,46

3,36

3,35

3,28

3,15

3,01

2,87

2,862,542,47

2,372,28

2,202,06

76 ReI'. Bras. Cor. Nat., v.3, 1999

Amostras analisadas = 34- < 3,00 % BIXINA = 08 AMOSTRAS (23 % das amostras)- > 3,00 % BIXINA = 22 AMOSTRAS (65 % das amostras)- > 77 % > 3,00%- > 4,00 % BIXINA = 04 AMOSTRAS (12 % das amostras)- > 4,00 % BIXINA, PROGÊNIES= 0096; 0108; 0154 e 0184

Amostras recebidas em = 06/ 95Amostras analisadas em = 06 / 95Tempo de demora para análise = 04 a 22 Dias

Tabela 9. Resultados analíticos de sementes de urucum, provenientes de Capitão Poço - Pa, 2a repetição,analisadas de 30 à 45 dias após o recebimento no Laboratório de Agroindústria do CPATU. 1995

N° Registro Amostra Umidade (%) Norbixina (%) Bixina (%)

129/95 C.P.-2001 8,48 4,50 4,67142/95 C.P.-2014 8,54 4,34 4,50

153/95 C.P.-2025 10,11 4,16 4,31154/95 C.P.-2026 9,76 3,89 4,03132/95 C.P.-2004 8,74 3,86 4,00145/95 C.P.-2017 8,89 3,82 3,96134/95 C.P.-2006 9,00 3,79 3,93143/95 C.P.-2015 9,40 3,66 3,79157/95 C.P.-2029 9,03 3,65 3,78139/95 C.P.-2011 10,19 3,64 3,77159/95 C.P.-2031 9,16 3,62 3,75133/95 C.P.-2005 9,80 3,50 3,63144/95 C.P.-2016 8,74 3,46 3,59137/95 C.P.-2009 9,03 3,43 3,56146/95 C.P.-2018 12,00 3,34 3,46

147/95 C.P.-2019 10,86 3,30 3,42

162/95 C.P.-2034 12,66 3,24 3,36161/95 C.P.-2033 10,69 3,17 3,29160/95 C.P.-2032 10,87 3,13 3,24148/95 C.P.-2020 10,05 2,97 3,08130/95 C.P.-2002 8,83 2.86 2,96163/95 C.P.-2035 11,85 2,79 2,89149/95 C.P.-2021 11,36 2.76 2.86150/95 C.P.-2022 11,16 2,67 2,77138/95 C.P.-2010 10,89 2.65 2,75135/95 C.P.-2007 9,53 2,60 2,70164/95 C.P.-2036 14,39 2,60 2,70136/95 C.P.-2008 9,17 2,45 2,54131/95 C.P.-2003 9,65 2.37 2,46151/95 C.P.-2023 12,18 2,31 2,39158/95 C.P.-2030 10,33 2,27 2,35156/95 C.P.-2028 10,54 2,25 2,33140/95 C.P.-2012 9,93 2,02 2,09152/95 C.P.-2024 11,18 1,97 2,04155/95 C.P.-2027 12,56 1.95 2,02141/95 C.P.-2013 8,85 1,93 2,00

Rev. Bras. Cor. Nat., v.3. 1999 77

Amostras analisadas = 36- < 3,00 % BIXINA = 16 AMOSTRAS (44 % das amostras)- >3,00 % BIXINA = 15 AMOSTRAS (42 % das amostras)- 56% > 3,00%

- > 4,00 % BIXINA = 05AMOSTRAS (14 % das amostras)- > 4,00 % BIXINA, PROGÊNIES = 0123; 0062; 0108; 0113 e 0145

Amostras recebidas em = 06 / 95Amostras analisadas em = 07 /95Tempo de demora para análise = 30 a 45 Dias

Sabe-se por outro lado, que as amostras anali-sadas não tiveram os mesmos tratamentos pós-colheita, por várias razões, desde a falta de mão-de-obra suficiente e disponível para o trabalho, até otempo de secagem ao solou em casa de vegetação,etc.

Outro fator que interferiu forte e diretamente noconteúdo de bixina de cada progênie, qual seja, aindicação de que cada amostra provém teoricamentede cinco plantas, mas, nem sempre isso ocorreu naprática, em virtude de insuficiência de produção oude esta ocorrer em época diferente em relação ao diade coleta, etc.

CONCLUSÕES

I. As amostras recebidas no laboratório de corantesnaturais do CPATU, foram analisadas com perí-odos de demora que variaram desde um dia atéquatro meses;

2. Foi observada grande variação (para menor) nosconteúdos de norbixina e de bixina das amostrasanalisadas três e quatro meses após o recebi-mento no laboratório;

3. Amostras analisadas um dia após o recebimentono laboratório, apresentaram 67% com percen-tuais de corantes acima de 3%, enquanto que asanalisadas com quatro meses após o recebimen-to, apresentaram apenas 16% acima de 3% decorantes;

4. As amostras recebidas no laboratório devem seranalisadas o quanto antes, para que se evitemperdas decorrentes do tempo de espera na labo-ratório;

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5. Dentre as progênies estudadas as cinco primeirascolocadas em quantidades de corantes foram0108;0101;0156;0096 e 0062, com teores vari-ando entre maior que 3% e menor que 5% (Ta-belas 02 à 09);

6. Vários fatores adversos contribuíram para que osmateriais avaliados apresentassem teores de co-rantes abaixo dos analisados em etapa anterior,quando 80 à 90% das amostras se apresentaramcom teores de corantes variando entre 3% e atéacima de 5%, no resultado geral.

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