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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO JORGE FABIANO SANTOS MATOS KAROLINE MARIANELLI DE SOUZA AVALIAÇÃO DOS PERFIS ANTROPOMÉTRICOS E CARDIOLÓGICOS DE PARTICIPANTES DO PROJETO VIDA SAUDÁVEL VITÓRIA 2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

JORGE FABIANO SANTOS MATOS

KAROLINE MARIANELLI DE SOUZA

AVALIAÇÃO DOS PERFIS ANTROPOMÉTRICOS E CARDIOLÓGICOS DE

PARTICIPANTES DO PROJETO VIDA SAUDÁVEL

VITÓRIA

2017

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JORGE FABIANO SANTOS MATOS

KAROLINE MARIANELLI DE SOUZA

AVALIAÇÃO DOS PERFIS ANTROPOMÉTRICOS E CARDIOLÓGICOS DE

PARTICIPANTES DO PROJETO VIDA SAUDÁVEL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Educação Física.

Orientador: Prof. Dr. André Soares Leopoldo.

VITÓRIA

2017

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JORGE FABIANO SANTOS MATOS

KAROLINE MARIANELLI DE SOUZA

AVALIAÇÃO DOS PERFIS ANTROPOMÉTRICOS E CARDIOLÓGICOS DE

PARTICIPANTES DO PROJETO VIDA SAUDÁVEL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro de Educação Física e Desportos da

Universidade Federal do Espírito Santo, como requisito parcial para obtenção do grau de

Bacharel em Educação Física.

Aprovado em ____ de _______________ de 2017.

COMISSÃO EXAMINADORA

________________________________________________

Prof. Dr. André Soares Leopoldo

Universidade Federal do Espírito Santo

Orientador

________________________________________________

Profa. Dra. Luciana Carletti

Universidade Federal do Espírito Santo

________________________________________________

Profa. Dra. Márcia Regina Holanda da Cunha

Universidade Federal do Espírito Santo

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RESUMO

As doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) são as principais causas de morte no

mundo, sendo considerado um importante problema de saúde pública. No Brasil, de acordo

com a Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística, as DCNTs respondem por mais de 70% das causas de mortes em 2013. Dentro

desse contexto, meios de tratamento e prevenção vêm sendo desenvolvidos para tais doenças,

entre eles a atividade física. Visto como meio de promoção de saúde, apresenta diversos

efeitos benéficos, sendo importante para a redução da mortalidade relacionada a algumas

patologias. Dessa forma, surgiram programas de intervenção física que têm sido introduzidos

com o objetivo de reduzir a morbimortalidade por DCNTs. Portanto, o objetivo do estudo foi

caracterizar o perfil antropométrico e cardiológico dos participantes do projeto de extensão

Vida Saudável do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito

Santo. A amostra do estudo foi constituída por 86 participantes de ambos os sexos, com faixas

etárias entre 18 a 70 anos, portadores de DCNTs. Todos os voluntários selecionados foram

submetidos às avaliações clínicas antes de ingressarem no projeto e receberam um Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido. O estudo analisou o perfil antropométrico por meio do

protocolo com sete dobras cutâneas (subescapular, tríceps, peitoral, axilar média, abdômen,

supra-ilíaca e coxa), cardiovascular por meio de eletrocardiograma de esforço e flexibilidade

por meio do teste proposto por Wells e Dillon (1952). Para o protocolo de treinamento físico,

foram utilizadas as recomendações do Colégio Americano de Medicina Esportiva (ACSM)

para populações especiais. Os resultados mostram que a faixa etária média dos participantes é

de 41 ± 14,2 anos com peso corporal de 102 ± 21,8 kg. Em relação aos indicadores de excesso

de peso, o IMC médio e o percentual de gordura foram 36,2 ± 7,6 kg/m2 e 37,8 ± 9,8%,

respectivamente. Na circunferência da cintura os homens apresentam média de 111 ± 18 cm e

as mulheres 95,9 ± 10,2 cm de circunferência. Dos 86 participantes, 47 deles foram

classificados como fraco no teste de flexibilidade. Nas características cardiovasculares,

observa-se uma aptidão cardiorrespiratória regular e um aumento na PAS e PAD após o teste

ergométrico para ambos os sexos, respectivamente. Em conclusão, o projeto de extensão Vida

Saudável é composto por uma população caracterizada com sobrepeso e obesidade, poucos

flexíveis, além de pré-hipertensos e hipertensão estágio I.

Palavras-chave: DCNTs; Obesidade; Atividade Física.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 5

2. MATERIAL E METÓDOS............................................................................................... 8

2.1 Delineamento do Estudo......................................................................................... 8

2.2 Amostra................................................................................................................... 8

2.3 Procedimentos Éticos.............................................................................................. 8

2.4 Perfil Antropométrico.............................................................................................. 8

2.5 Flexibilidade............................................................................................................ 9

2.6 Perfil Cardiológico................................................................................................. 10

2.6.1 Protocolo do Teste Ergométrico......................................................................... 10

2.6.2 Protocolo do Teste Ergoespirométrico................................................................ 11

2.7 Protocolo de Treinamento Físico........................................................................... 11

2.8 Análise Estatística.................................................................................................. 12

3. RESULTADOS.................................................................................................................. 13

4. DISCUSSÃO....................................................................................................................... 19

5. CONCLUSÃO.................................................................................................................... 22

6. REFERÊNCIAS................................................................................................................. 23

ANEXO I - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido..................................................... 30

ANEXO II - Certificado de Aprovação do Comitê de Ética................................................... 32

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1. INTRODUÇÃO

As doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) são doenças multifatoriais, que se

desenvolvem no decorrer da vida e são de longa duração, não transmitidas de pessoa para

pessoa1,10. A literatura relata que os principais tipos de DCNTs de maior impacto mundial são

as doenças cardiovasculares (ataque cardíaco e acidente vascular cerebral), câncer, doenças

respiratórias crônicas (doença pulmonar obstrutiva crônica e asma) e diabetes2,3. Além dessas

doenças, a obesidade tem sido apontada como agravo crônico não transmissível e

caracterizada por vários países como uma epidemia e um problema mundial, devido ao seu

impacto na qualidade e expectativa de vida4,5.

Resultando de uma combinação de fatores genéticos, fisiológicos, ambientais e

comportamentais, as DCNTs apresentam quatro fatores de risco em comum, sendo eles, o

tabagismo, inatividade física, alimentação inadequada e consumo nocivo de álcool6. Além

disso, dentre as principais morbimortalidades relacionadas às DCNTs, obesidade, diabetes e

hipertensão arterial apresentam forte impacto sobre o surgimento da Síndrome Metabólica

(SM), transtorno complexo representado por um conjunto de doenças que aumentam as

chances de desenvolver doenças cardiovasculares7. Em termos epidemiológicos mundiais, as

mortes ocorrem devido aos grandes fatores de riscos, globalmente conhecidos, dentre eles:

pressão arterial elevada (13% das mortes), tabagismo (9%), altos níveis de glicose sanguínea

(6%), inatividade física (6%) e sobrepeso e obesidade (5%)8.

Segundo Schmidt et al. (2011), 58% das mortes ocorridas no Brasil em 2007 foram

atribuídas às quatro DCNTs priorizadas no Plano de Ação 2008-2013 da Organização

Mundial de Saúde (OMS)9. Em 2008, foram responsáveis por 63% das mortes no mundo,

segundo estimativas da OMS10. Em 2013, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE), respondem por mais de 70% das causas de mortes no Brasil11.

Presente na maioria das DCNTs, o sedentarismo é apontado como fator de risco

importante12. Nesse sentido, meios não farmacológicos vêm sendo desenvolvidos como forma

de tratamento e prevenção para tais doenças. Segundo Cordova et al. (1995), a prática regular

de atividade física resulta em benefícios para o organismo, sendo importante para a redução

da mortalidade relacionada a algumas patologias13.

Visto como meio de promoção de saúde, a atividade física apresenta diversos efeitos

benéficos ao organismo, podendo atuar na atenção primária, secundária e terciária da saúde,

contribuindo para a longevidade e qualidade de vida14. Atualmente, vários estudos têm

discutido a respeito dos benefícios da prática de atividade física associados à saúde e ao bem-

estar, entre eles, melhora da capacidade cardiovascular e respiratória, do perfil lipídico, da

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pressão arterial, da tolerância à glicose e da ação da insulina, fortalecimento dos ossos e

articulações, melhora da força e do tônus muscular, aumento de flexibilidade e equilíbrio,

manutenção e controle do peso corporal, redução do risco de desenvolver diabetes,

hipertensão, aumento da auto-estima e o bem-estar, diminuição do estresse, estímulo do

convívio social e melhora do funcionamento do sistema imunológico15,16. Portanto, promover

a atividade física é uma ação primordial para o desenvolvimento de hábitos saudáveis.

No estudo precursor do sedentarismo, Morris et al. (1953) verificaram a prevalência

de doença arterial coronariana entre carteiros e trabalhadores de escritório do serviço postal de

Londres. Foi observado que a taxa de morte por doenças cardiovasculares era menor nas

atividades com maior gasto energético17. Em outro estudo, Paffenbarger et al. (1986)

avaliando o nível de atividade física de 16.936 ex-alunos da Universidade de Harvard, com

idades entre 35 a 74 anos, observaram ao longo de 16 anos de estudo, declínio gradativo em

eventos coronarianos à medida que se aumentava o gasto energético diário18.

Dessa forma, a prática regular da atividade física pode prevenir o surgimento e atuar

no tratamento de diversas doenças metabólicas. Em indivíduos com sobrepeso e obesidade, as

reduções no peso e da gordura corporal ocasionadas por essa prática, resultam em benefícios,

como melhora nos fatores de risco de doenças cardiovasculares19. De acordo com as

Diretrizes do Instituto Nacional do Coração, Pulmão e Sangue (NHLBI)20, recomenda-se uma

perda mínima de peso corporal de 10%. No entanto, estudos mostram melhorias nos fatores

de risco de doenças crônicas com apenas 2-3% da perda de peso19,21. Segundo o Colégio

Americano de Medicina Esportiva (2009), para prevenção e controle do ganho de peso

corporal, a recomendação é que a atividade física envolva uma duração de 150 a 250 minutos

por semana e promova um gasto energético entre 1200 a 2000 kcal/semana22.

A partir das diversas recomendações de Institutos e Órgãos, surgiram programas de

intervenção física que agregam promoção de saúde e prevenção de doenças e agravos, bem

como têm sido introduzidos com o objetivo de reduzir a morbimortalidade por DCNTs23.

Monteiro et al. (2004) comparou dois grupos de mulheres obesas com idade média de 58 anos

durante 40 semanas, sendo o grupo dieta (GD, n= 15) – somente intervenção nutricional e o

grupo exercício (GE, n= 15) – intervenção nutricional acoplada a protocolo de exercício

aeróbio contínuo. Os resultados observados foram reduções do peso corporal maiores para o

GE (-5,3kg para o GE; -2,3kg para o GD), demonstrando que o exercício físico contínuo

associado a hábitos alimentares saudáveis são mais efetivos para perda de peso corporal24. Em

concordância com estes achados, Escalante et al. (2012) relataram que programas de exercício

aeróbicos e combinados são capazes de reduzir os níveis de lipoproteínas de baixa densidade

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(LDL) em até 35% e os triacilgliceróis em 40%, além de aumentar as lipoproteínas de alta

densidade (HDL) em até 25%25.

Entretanto, exercícios intervalados com predominância anaeróbia também mostram

resultados significantes no controle de peso26, além de estimular mudanças fisiológicas

comparáveis aos exercícios contínuos, como aumento da captação de glicose, aumento do

consumo máximo de oxigênio (VO2máx), aumento da capacidade mitocondrial e elevação na

resistência a sarcopenia27. Recentemente, Lopes et al. (2017) avaliaram a composição

corporal de indivíduos obesos antes e após um programa de 24 semanas (8 semanas para cada

fase), composto por mudanças graduais no volume e tipo de exercício físico e dieta

hipocalórica. Seis indivíduos com idade média de 42 anos e IMC ≥30 kg/m2 participaram do

programa, composto por três fases: FASE 1 - exercício intervalado de alta intensidade; FASE

2 - exercício intervalado de alta intensidade + exercício de força; e FASE 3 - exercício

intervalado de alta intensidade + exercício de força + dieta hipocalórica. Foi observada uma

redução do peso corporal (91,3 ± 15,4 kg versus 88,5 ± 13,2 kg), percentual de gordura

(44,9% ± 6,1 versus 43,3% ± 6,6) e massa da gordura visceral (1,33 ± 0,57 versus 1,21 ± 0,47

kg) após a intervenção. Os autores concluíram que modificações graduais nos hábitos de vida,

utilizando exercício físico e dietas, promovem mudanças positivas na composição corporal de

indivíduos obesos28. Desse modo, o projeto de extensão Vida Saudável é uma proposta

multidisciplinar que visa melhorar a qualidade de vida de indivíduos obesos, diabéticos e

cardiopatas por meio da promoção de saúde, utilizando uma ferramenta fundamental na

prevenção e controle de DCNTs, a atividade física.

Diante dos trabalhados citados e a importância destacada de programas orientados de

exercício físico sobre a qualidade de vida da população em geral, o objetivo do estudo foi

caracterizar o perfil antropométrico e cardiológico dos participantes de um programa de

atividades físicas, denominado projeto de extensão Vida Saudável, do Centro de Educação

Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo.

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2. MATERIAL E MÉTODOS

2.1 Delineamento do Estudo

Esse trabalho consiste em um estudo de caráter transversal, sendo categorizado como

abordagem quali-quantitativa que visou descrever e analisar os resultados a partir dos perfis

antropométricos e cardiológicos dos participantes do projeto de extensão Vida Saudável. O

estudo analisou os perfis antropométrico, por meio do protocolo com sete dobras cutâneas

(subescapular, tríceps, peitoral, axilar média, abdômen, supra-ilíaca e coxa), cardiológico, por

meio de teste de esforço e a flexibilidade, por meio do teste proposto por Wells e Dillon

(1952)29.

2.2 Amostra

A amostra do estudo foi constituída por 86 participantes de ambos os sexos, com

faixas etárias entre 18 a 70 anos, portadores de doenças crônicas não-transmissíveis (DCNTs),

classificadas segundo a OMS2. A população selecionada constituía de obesos, diabéticos e

cardiopatas, bem como indivíduos com sobrepeso e intolerantes à glicose, provenientes das

comunidades interna (servidores, estudantes, docentes) e externa da UFES, dos municípios de

Vitória/ES e grande Vitória/ES. Os participantes foram recrutados por meio de divulgação de

editais nos diferentes setores da UFES, grupos comunitários do entorno da UFES e de

Vitória/ES. Todos os voluntários selecionados foram submetidos a avaliações clínicas antes

de ingressarem no projeto.

2.3 Procedimentos Éticos

Os participantes do projeto de extensão Vida Saudável receberam um Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (ANEXO 1), onde foram elucidados os objetivos e

procedimentos dessa atividade extensionista. Os participantes realizaram a leitura,

concordaram e assinaram o termo conforme normatiza a lei que trata de pesquisas envolvendo

Seres Humanos (Resolução 466/12).

2.4 Perfil Antropométrico

O perfil antropométrico foi determinado com a finalidade de identificar a prevalência

de excesso de peso (obesidade e sobrepeso), utilizando parâmetros da composição corporal,

tais como, estatura, peso corporal e percentual de gordura corporal. O perfil antropométrico

foi caracterizado de acordo com as seguintes avaliações:

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a) pesagem corporal (kg): utilizou balança tipo plataforma (Marte Científica®, São Paulo,

Brasil), com graduação de 100g;

b) estatura (m): foi utilizado estadiômetro. Para a ação destinada à mensuração de estatura,

foi solicitado aos participantes que permanecesse em posição ereta, com os calcanhares

unidos e com as pontas dos pés ligeiramente afastadas. As mensurações do peso corporal e da

estatura foram utilizadas para o cálculo do índice de massa corporal (IMC), razão do peso

corporal/estatura2, sendo a massa corporal expressa em quilogramas (kg) e a estatura em

metros (m). As informações do IMC, sobrepeso e obesidade, foram classificadas, segundo os

valores críticos adotados pela Organização Mundial de Saúde (OMS)30 e diretrizes da

Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (2016)31;

c) percentual de gordura corporal: foi utilizado adipômetro (Cescorf®, Porto Alegre,

Brasil), com escalas de 0,1 e pressão constante aproximada de 10 g/mm2 independente de sua

abertura. Todas as dobras cutâneas foram realizadas no hemicorpo direito do sujeito, seguindo

o padrão descrito por Harisson et al.32. Foram mensuradas três medições em todas as medidas

antropométricas, adotando-se a média como valor final, bem como realizadas por um mesmo

avaliador. Para avaliar e estimar o percentual de gordura corporal (%GC) foi adotado

equações de regressão propostas por Jackson e Pollock (2004) para homens, onde são

mensuradas três dobras cutâneas (peitoral, abdominal e coxa média)33. Para as mulheres

foram mensuradas as dobras cutâneas das regiões tricipital, axilar, subescapular, abdominal,

supra-ilíaca, peitoral e da coxa média34. O cálculo do % GC foi realizado pela conversão da

densidade corporal utilizando a equação de Siri (1961)35.

2.5 Flexibilidade

Para avaliação da flexibilidade foi utilizado o teste proposto por Wells e Dillon

(1952)29, que consiste em avaliar o indivíduo na posição sentada em colchonete com os pés

totalmente apoiados na parte frontal da caixa. Os braços devem ficar totalmente estendidos à

frente com uma mão sobreposta sobre a outra (palmas das mãos para baixo). O avaliador deve

sempre observar para que o avaliado não flexione os joelhos durante a realização do teste. O

indivíduo avaliado flexionou o tronco sobre o quadril, empurrando o taco de madeira que

existe sobre a caixa que possui uma fita métrica milimetrada (banco de Wells). Este

procedimento foi realizado três vezes, considerando-se a maior distância atingida como o grau

de flexibilidade obtido pelo avaliado. De acordo com Pollock e Wilmore (1993), a

classificação dos graus de flexibilidade (cm): excelente (22 ou mais), bom (entre 19 a 21),

médio (entre 14 a 18), regular (entre 12 a 13) e fraco (11 ou menos)36.

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2.6 Perfil Cardiológico

Segundo as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o teste de esforço é um

procedimento onde o indivíduo é submetido a um esforço físico programado e individualizado

com a finalidade de se avaliar as respostas clínicas, hemodinâmicas, autonômicas,

eletrocardiográficas, metabólicas e eventualmente ventilatória ao exercício37. Essa avaliação

possibilita: detectar isquemia miocárdica, reconhecer arritmias cardíacas e distúrbios

hemodinâmicos induzidos pelo esforço; avaliar a capacidade funcional e a condição aeróbica;

diagnosticar e estabelecer o prognóstico de determinadas doenças cardiovasculares;

prescrever exercícios físicos; avaliar objetivamente os resultados de intervenção terapêutica;

demonstrar ao paciente e seus familiares as suas reais condições físicas e fornecer dados para

perícia médica37.

A avaliação cardiológica foi realizada por meio de teste com eletrocardiograma de

repouso e esforço, sendo ministrado sempre por profissional da área de Cardiologia para

detecção de eventuais doenças cardiovasculares ou contra indicações que impedissem a

participação no estudo. A medida de pressão arterial foi realizada com esfigmomanômetro

aneroide (G-Tech Premium®, Wenzhou Hongshun Industries & Tradeco, China), obtida com

o paciente sentado, após 5 minutos de repouso. A pressão sistólica correspondeu aos

primeiros ruídos arteriais (fase I dos sons de Korotkoff) com a desinsuflação do manguito, e a

pressão diastólica correspondeu ao seu desaparecimento (fase V dos sons de Korotkoff). Os

participantes foram classificados de acordo com a VII Diretrizes Brasileiras de Hipertensão,

ou seja, considerados hipertensos os sujeitos que apresentaram valores de pressão arterial

(PA) iguais ou acima de 140/90 mmHg (milímetros de mercúrio)38, em duas aferições com

intervalo de 24 horas. Os resultados do teste de esforço foram utilizados para identificar o

nível atual de condicionamento cardiorrespiratório39.

2.6.1 Protocolo do Teste Ergométrico

O teste ergométrico fornece informações de extrema importância ao que se refere para

uma prescrição e um seguimento do exercício físico, além de informações fisiológicas como a

cronotrópica, elétrica e pressórica, que podem ser utilizadas para a indicação ou contra-

indicação de possíveis tipos de exercícios e também na escolha da faixa individual de

intensidade segura para o exercício. Inicialmente foi realizado um eletrocardiograma em

repouso utilizando-se as doze derivações padrão (D1, D2, D3, aVR, aVL, aVF, V1, V2, V3,

V4, V5, V6). Em seguida, a pressão arterial de repouso foi medida pelo método auscultatório

com esfigmomanômetro coluna de mercúrio. Os participantes realizaram o teste em esteira

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rolante, seguindo um protocolo em rampa com aumento a cada minuto na carga de trabalho

(velocidade e/ou inclinação) até a exaustão. Durante o teste, o comportamento cardiovascular

foi continuamente avaliado através de eletrocardiógrafo, com as doze derivações simultâneas

(D1, D2, D3, aVR, aVL, aVF, V1, V2, V3, V4, V5, V6). A frequência cardíaca (FC) foi

registrada em repouso e ao final de cada minuto durante a execução do teste de esforço. A

pressão arterial foi medida em repouso e a cada dois estágios do exercício.

2.6.2 Protocolo do Teste Ergoespirométrico

Simultaneamente ao teste de esforço, cada participante do estudo foi conectado a um

ergoespirômetro computadorizado, através de um sistema de válvula e sensor onde a

ventilação pulmonar (VE) foi medida a cada expiração. Através de sensores de oxigênio (O2)

e de dióxido de carbono (CO2) foram analisadas as frações expiradas de O2 e CO2,

respectivamente, a cada ciclo respiratório. A partir das análises da VE e das concentrações

dos gases expirados, foram calculados o consumo de oxigênio (VO2) e a produção de dióxido

de carbono (VCO2). O VO2máx foi considerado como o consumo de O2 obtido no ponto de

fadiga, quando o indivíduo não conseguiu mais manter a velocidade imposta pelo ergômetro.

2.7 Protocolo de Treinamento Físico

As intervenções físicas foram realizadas nas instalações da academia do Núcleo de

Pesquisa e Extensão em Ciências do Movimento Corporal (NUPEM) do Centro de Educação

Física e Desportos (CEFD)/UFES, utilizando a sala de ginástica, sala de musculação e

condicionamento cardiorrespiratório (protocolos de exercício realizados em esteira rolante

e/ou ciclo ergômetros) sob a supervisão de profissionais e bolsistas de extensão do curso de

Educação Física. O programa de treinamento físico aeróbio foi realizado durante 20 meses (1

ano e 8 meses), cinco vezes por semana, duração de 60 minutos e intensidade de 50% a 70%

da FCmáx obtida no teste cardiológico. A fim de proporcionar aos voluntários uma adaptação

gradual ao estresse da atividade física nas primeiras e segundas semanas, a duração do

trabalho foi, respectivamente, de 20 e 30 min. A partir da terceira semana esse período foi

progressivamente elevado até atingir a duração de 60min, a qual permaneceu até o final do

experimento. O treinamento resistido compreendeu exercícios para grandes grupos

musculares e resistência muscular localizada (RML). A intervenção física foi ministrada de

acordo com as recomendações do Colégio Americano de Medicina Esportiva (ACSM) para

populações especiais40. Os participantes foram distribuídos ao longo das sessões de

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treinamento e submetidos ao mesmo protocolo de avaliações antes (pré), durante e após

(final) a intervenção multidisciplinar.

2.8 Análise Estatística

A tabulação, descrição e a análise dos dados foram realizados utilizando programa

SigmaStat - versão 3.5 e software Microsoft Excel 2010. Os dados foram apresentados por

meio de medidas de posição e dispersão.

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3. RESULTADOS

As características referentes ao sexo e faixa etária dos participantes do projeto estão

apresentadas na Figura 1A e B, respectivamente. Os resultados indicam que a amostra da

pesquisa foi constituída por 86 participantes que ingressaram e frequentaram o projeto de

extensão desde novembro de 2015 a julho de 2017, sendo 20 participantes (23,26%) do sexo

masculino e, 66 (76,74%) do sexo feminino, respectivamente (Figura 1A). Na Figura 1B é

mostrada a faixa etária dos participantes, sendo que 27,91% (n= 24) estão distribuídos na

faixa etária de 18 a 30 anos, 18,60% (n= 16) na faixa etária de 31 a 40 anos e 53,49% (n= 46)

se enquadram com idade superior aos 40 anos.

Os resultados referentes ao nível de flexibilidade estão demonstrados na Figura 2. Os

resultados indicam que 56,63% (n= 47, sendo 13 homens e 34 mulheres) dos participantes

foram classificados na categoria fraco no teste de flexibilidade. Categoriza-se como regular

18,07% (n= 15), médio 10,84% (n= 9), bom 8,43% (n= 7) e excelente 6,02% (n= 5) dos

participantes (Figura 2). Contudo, três (3) indivíduos não foram avaliados.

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Figura 2. Distribuição percentual do nível de flexibilidade dos

participantes do Projeto Vida Saudável.

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nte

s (

%)

1 8 a 3 0 3 1 a 4 0 > 4 0

0

2 0

4 0

6 0

B

Figura 1. (A) Distribuição do sexo masculino e feminino e (B) Faixa etária dos participantes do Projeto Vida Saudável.

Figura 1. (a) Distribuição percentual dos participantes do sexo masculino e feminino. (b) Faixa etária dos participantes.

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14

As características antropométricas estão apresentadas na Tabela 1. Os resultados

mostram que a faixa etária média dos participantes do projeto Vida Saudável é de 41 anos

com peso corporal de 102 kg e estatura de 1,68 m. Em relação aos indicadores de excesso de

peso, o IMC médio e o percentual de gordura foram 36,2 kg/m2 e 37,8%, respectivamente.

Enquanto a massa gorda foi de 40,1 kg, a massa magra apresentou valores médios de 61,6 kg.

A circunferências da cintura, do quadril e a respectiva relação apresenta média de 103 cm;

116 cm e 0,89 cm. Considerando o IMC por sexo, os resultados mostram que os homens

obtiveram valores de 38,1 ± 10,1 kg/m2 e as mulheres de 34,2 ± 5,0 kg/m2, sendo

classificados com obesidade grau II e risco muito elevado para a prevalência de doenças

(Tabela 1).

Tabela 1. Características Antropométricas.

Variáveis M (n= 20) F (n= 66) Média Geral (n= 86)

Idade (anos)

Peso Corporal (kg)

Estatura(m)

IMC (kg/m2)

Percentual de gordura

Massa Gorda (kg)

Massa Magra (kg)

Circunferência da Cintura (cm)

Circunferência do Quadril (cm)

Relação Cintura/Quadril (cm)

39,9 ± 14,5

114 ± 28

1,74 ± 0,06

38,1 ± 10,1

37,1 ± 13,5

45,3 ± 25,9

68,9 ± 10,2

111 ± 18

116 ± 12

0,95 ± 0,07

42,1 ± 13,9

89,1 ± 15,6

1,61 ± 0,07

34,2 ± 5,0

38,4 ± 6,1

34,9 ± 10,7

54,3 ± 7,2

95,9 ± 10,2

116 ± 11

0,83 ± 0,08

41,0 ± 14,2

102 ± 22

1,68 ± 0,07

36,2 ± 7,6

37,8 ± 9,8

40,1 ± 18,3

61,6 ± 8,7

103 ± 14

116 ± 12

0,89 ± 0,08

Valores apresentados como média ± DP. IMC: Índice de Massa Corporal. M: masculino. F: feminino.

Na circunferência da cintura (CC) verifica-se que os participantes estão em risco

cardiovascular de acordo com as recomendações estabelecidas para CC, que determina ≥ 90

cm para homens e ≥ 80 cm para mulheres, visto que os resultados demonstraram que os

homens apresentam média de 111 cm e as mulheres 95,9 cm de circunferência,

respectivamente (Tabela 1). Além disso, 23 participantes do sexo feminino apresentam baixo

risco de sofrer de doenças cardiovasculares e 15 participantes com risco muito alto,

respectivamente (Figura 3B). Os homens se encontram com risco moderado (n= 7) e muito

alto (n= 8) (Figura 3A).

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15

Em relação à prevalência geral de excesso de peso, os resultados indicam que 40,7%

dos participantes estão com obesidade grau I (n= 35), 26,74% com obesidade grau II (n= 23) e

16,28% com obesidade grau III (n= 14), totalizando 83,72% (n= 72). Com sobrepeso, se

encontra 13,95% (n= 12) e apenas 2,33% (n= 2) peso normal, respectivamente (Figura 4).

A prevalência do excesso de peso a partir do IMC foi maior nas mulheres (96,97%

com sobrepeso e obesidade), provavelmente devido ao número maior de participantes desse

gênero (n= 66), quando comparado aos homens (n=20) que apresentaram 100% de excesso de

peso. Quanto ao percentual de gordura em ambos os sexos, especialmente as mulheres,

classificaram-se em ruim (28,79%) e muito ruim (51,52%) (Figura 5A e B), representando

sobrepeso e obeso, respectivamente.

M A S C U L IN O

R C Q

Pa

rtic

ipa

nte

s

Não

Dis

po

nív

e l

Ba ix

o

Mo

de ra

do

Alt

o

Mu

ito

Alt

o

0

2

4

6

8

1 0

A

F E M IN IN O

R C Q

Pa

rtic

ipa

nte

s

Não

Dis

po

nív

e l

Ba ix

o

Mo

de ra

do

Alt

o

Mu

ito

Alt

o

0

5

1 0

1 5

2 0

2 5

B

Figura 3. (A) Distribuição da relação cintura/quadril nos sexos masculino e (B) feminino dos participantes do

Projeto Vida Saudável.

IM C (K g /m 2 )

Pa

rtic

ipa

nte

s (

%)

No rm

a l

So b re

p e s o

Ob e s id

a d e I

Ob e s id

a d e II

Ob e s id

a d e III

0

1 0

2 0

3 0

4 0

5 0

Figura 4. Distribuição percentual do índice de massa corporal (IMC) de participantes do Projeto Vida Saudável.

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16

A Tabela 2 e a Figura 6 apresentam as características cardiorrespiratórias obtidas no

teste ergométrico. A duração média total do teste foi 07 minutos e 41 segundos. Os resultados

indicam que os homens (distância média de 0,82 km; FCmáx= 164 bpm; VO2máx= 31,9

mL/kg.min; MET= 9,10 ml/kg/min) apresentaram valores melhores quando comparado as

mulheres (distância média de 0,59 km; FCmáx= 162 bpm; VO2máx= 26,6 mL/kg.min; MET=

7,59 ml/kg/min). Contudo, quando comparado os valores de classificação do VO2máx para

sexo e faixa etária, os participantes de ambos os sexos apresentaram aptidão

cardiorrespiratória regular (Figura 6).

Tabela 2. Características Cardiorrespiratórias obtidas no Teste Ergométrico.

Variáveis M (n= 20) F (n= 61)

Duração do teste (segundos)

Distância percorrida (km)

FC repouso (bpm)

FC submáxima (bpm)

FCmáx Teste (bpm)

VO2máx (mL/kg.min)

MET (ml/kg/min)

484 ± 137

0,82 ± 0,36

81 ± 12

152 ± 12

164 ± 23

32 ± 9

9,10 ± 2,71

405 ± 88

0,59 ± 0,18

82 ± 14

151 ± 12

162 ± 22

27 ± 7

7,59 ± 2,07

Valores apresentados como média ± DP. FC: Frequência Cardíaca; VO2máx: Consumo Máximo de Oxigênio; MET: Equivalente Metabólico da Tarefa. M: masculino. F: feminino.

M A S C U L IN O

% G o r d u r a

Pa

rtic

ipa

nte

s (

%)

Ex c e le

nte

Bo

m

Ac im

a da M

é dia

Mé d

ia

Ab

a ixo

da M

é dia

Ru

im

Mu

ito

Ru

im

0

2 0

4 0

6 0

8 0

A

F E M IN IN O

% G o r d u r a

Pa

rtic

ipa

nte

s (

%)

Ex c e le

nte

Bo

m

Ac im

a da M

é dia

Mé d

ia

Ab

a ixo

da M

é dia

Ru

im

Mu

ito

Ru

im

0

2 0

4 0

6 0

B

Figura 5. (A) Percentual de gordura no sexo masculino. (B) Percentual de gordura no sexo feminino.

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17

Conforme demonstrado na Figura 6, a maioria dos participantes apresenta aptidão

cardiorrespiratória regular (38,75%), com 26,25% (fraca) e 20% (boa). Quando comparado

com as mulheres, os homens denotam 50% (n= 10) da aptidão cardiorrespiratória regular,

quanto que mulheres com 35% (n= 21). Na aptidão fraca, as mulheres predominam com

31,67% (n= 19) e os homens com apenas 10% (n= 2).

A Tabela 3 representa os valores pressóricos obtidos no teste ergométrico. Os

resultados apontam que a pressão arterial sistólica (PAS) apresentou valores médios de 137 ±

14 mmHg e a pressão arterial diastólica (PAD) de 86,6 ± 8,5 mmHg no início do teste. Após a

execução do teste, a média da PAS obteve valores de 183 ± 23 mmHg e PAD em 89,3 ± 12,8

mmHg (Tabela 3). A PAS apresentou um aumento de 34,5% para homens e 32,57% para

mulheres após o encerramento do teste, respectivamente. Observou-se que a PAD aumentou

3,38% para homens e 2,71% para mulheres, respectivamente (Tabela 3).

Tabela 3. Características Pressóricas obtidas no Teste Ergométrico. Início Término

Participantes PAS (mmHg)

PAD (mmHg)

PAS (mmHg)

PAD (mmHg)

Masculino (n= 20) 142 ± 12 88,5 ± 5,5 191 ± 20 91,5 ± 10,9

Feminino (n= 61) 132 ± 16 84,7 ± 11,5 175 ± 25 87,0 ± 14,6 Valores apresentados como média ± DP. PAS: Pressão Arterial Sistólica; PAD: Pressão Arterial Diastólica.

A p tid ã o C a rd io rre s p ira tó r ia

Pa

rtic

ipa

nte

s (

%)

Bo

a

Re g

ula

r

Fra

c a

Mu

ito

Fra

c a

Fo

ra d

a Fa ix

a Etá

r ia

0

1 0

2 0

3 0

4 0

5 0

Figura 6. Distribuição percentual da aptidão cardiorrespiratória dos participantes do Projeto Vida Saudável.

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18

A Tabela 4 apresenta a correlação entre o VO2máx e os parâmetros antropométricos.

Após a análise de correlação de Pearson, os resultados mostraram que as variáveis IMC e

percentual de gordura indicam uma associação significativamente fraca com o VO 2máx. Além

disso, são inversamente proporcionais, ou seja, quanto maior o IMC e o percentual de

gordura, menor o VO2máx.

Tabela 4. Correlação entre o VO2 e parâmetros antropométricos.

VO2máx (mL/kg.min)

Variáveis (n= 76) r p

IMC (kg/m2) - 0,427 < 0,0001

Gordura (%) - 0,430 < 0,0001

Análise de Correlação de Pearson. p< 0,05. r: coeficiente de correlação.

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19

4. DISCUSSÃO

O presente estudo caracterizou o perfil antropométrico e cardiológico dos participantes

do projeto de extensão Vida Saudável, os quais se classificam com sobrepeso e obesidade,

respectivamente. Os resultados mostram que a faixa etária média dos participantes é de 41

anos com peso corporal de 102 kg. Os principais achados foram que os participantes

apresentam risco elevado de desenvolver problemas de saúde, como doenças cardiovasculares

e metabólicas. Visto que há uma associação da obesidade com o desenvolvimente de

inúmeras outras patologias41,42.

Diversos indicadores antropométricos têm sido utilizados para determinar a associação

entre o excesso de peso e fatores de risco cardiovasculares, dentre eles, o IMC e a RCQ são as

medidas mais comumente utilizadas43. Em relação aos indicadores de excesso de peso, o IMC

médio e o percentual de gordura apresentado pelos participantes foram 36,2 kg/m2 e 37,8%,

respectivamente. Contudo, a CC vem sendo apontada como forte indicador de excesso de

peso, além de estar relacionada com a gordura intra-abdominal e ser capaz de prever o risco

cardiovascular44. De acordo com a Federação Internacional de Diabetes (IDF), recomenda-se

para a população sul-americana ≥ 90 cm para homens e ≥ 80 cm para mulheres, semelhante

aos sul-asiáticos45. No presente estudo, os homens apresentam média de 111 cm e as mulheres

95,9 cm de CC, respectivamente. Desse modo, a associação dos indicadores de excesso de

peso classifica os participantes com obesidade.

Uma ferramenta não-farmacológica que proporciona respostas adaptativas benéficas

ao organismo é a prática regular de atividade física46,47. Na obesidade, o exercício físico pode

ser utilizado como medida de prevenção e/ou tratamento com ação positiva na redução do

peso corporal e nos riscos à saúde48. Os resultados do presente estudo mostraram apenas uma

avaliação inicial dos dados antropométricos, não sendo possível apresentar os resultados

longitudinais. Diante desse contexto, Arruda et al. (2010) mostram que a combinação de

exercício físico e dieta equilibrada proporcionam um gasto calórico superior ao consumo

energético, resultando no emagrecimento49. Segundo Grahl et al. (2013), a elevação da taxa

metabólica basal acarreta diminuição na porcentagem de gordura, pois o metabolismo

permanece elevado após sessões de treinamento de força (TF), aumentando a oxidação de

lipídios, posteriormente, levando ao emagrecimento50. Em concordância com esses achados,

Montenegro (2014) e demais52-54, demonstraram que durante sessões de TF a um aumento do

gasto energético, massa muscular e taxa metabólica basal, consequentemente, melhorando a

autonomia do obeso e colaborando para programas de emagrecimento51. Corroborando os

estudos supracitados, Villareal et al. (2017) compararam o treinamento aeróbio, de resistência

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20

e combinado (aeróbio e resistência) na perda de peso de adultos idosos obesos e observaram

que exercícios aeróbios combinados com de resistência foram mais eficazes para perda de

peso e melhora da capacidade funcional em adultos idosos obesos55. Dessa forma, é possível

concluir que programas de exercícios que incluem o treinamento resistido e aeróbio melhoram

a qualidade de vida de pessoas com sobrepeso e obesidade, respectivamente, pois apresentam

modificações favoráveis no gasto calórico, massa corporal magra e gordura corporal,

contribuindo para o emagrecimento.

A flexibilidade está relacionada com as atividades da vida diária, sendo um importante

componente da aptidão física. Dos 86 participantes, 47 se classificam na categoria fraco no

teste de flexibilidade (banco de Wells). Embora não tenha sido realizada a segunda avaliação,

estudos sugerem que o treinamento resistido pode aumentar a flexibilidade56-58. Santos et al.

(2016) analisaram a diferença no grau de flexibilidade nas articulações dos joelhos em obesos

grau 1 sedentários e exercitados. Foram avaliados 18 indivíduos de ambos os sexos, com IMC

> 30kg/m2 e idade entre 40 e 50 anos. Os resultados mostram que os obesos sedentários

obtiveram uma média de 87,75° de flexibilidade de joelho com média de IMC 32,60 kg/m2,

enquanto a média no grau de flexibilidade de joelho dos obesos exercitados foi 134,3°, com

IMC 31,7 kg/m2. Concluindo que obesos grau 1 exercitados são mais flexíveis do que obesos

grau 1 sedentários59. Portanto, a prática regular de exercícios físicos influencia diretamente na

flexibilidade e mobilidade das articulações, podendo prevenir complicações osteomusculares.

De acordo com os medidas pressóricas obtidas pelo teste ergométrico, as mulheres

apresentam pré-hipertensão e os homens hipertensão estágio 1 conforme a VII Diretriz

Brasileira de Hipertensão Arterial38. Comparando com outros estudos, a pressão arterial

apresentada por esta população está de acordo com o achado de Campos et al. (2015) que

encontrou associação do excesso de peso com a hipertensão arterial em mulheres obesas60.

Quando o coração bombeia sangue, ele exerce uma força contra a parede das artérias devido à

resistência imposta ao fluxo sanguíneo pelas próprias artérias, denominada resistência

vascular. Quando essa força está aumentada, denomina-se hipertensão arterial sistêmica

(HAS), ou popularmente pressão alta61. A hipertensão é um fator de risco importante para

doenças cardiovasculares e contribui significativamente para mortes decorrentes de infarto do

miocárdio, acidente vascular encefálico e doença renal crônica62.

Além dos tratamentos medicamentosos, o treinamento físico tem mostrado efeitos

benéficos na redução da pressão arterial em indivíduos hipertensos, sendo recomendado como

meio de tratamento não-farmacológico, atuando na prevenção, tratamento e controle em todos

os estágios da HAS38,63-65. Segundo Ghorayeb et al. (2015), a prática de atividades físicas

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aparece como um excelente contribuinte para um conjunto de estratégias para o controle da

HAS66. Em indivíduos normotensos ocorre uma queda PA sistólica e diastólica de

aproximadamente 8 a 10 mmHg e de 3 a 5mmHg, respectivamente. No entanto, em

indivíduos hipertensos, essa diminuição é de aproximadamente 18 a 20 mmHg para PA

sistólica e de 7 a 9 mmHg para a PA diastólica67,63, processo denominado hipotensão pós-

exercício (HPE), a qual parece ser mantida 24 horas após uma sessão de exercícios68,71. Um

dos mecanismos para explicar esse efeito hipotensor do exercício, está ligado à diminuição da

resistência vascular periférica (RVP)69, redução da atividade simpática evidenciada pela

redução nos níveis de catecolaminas plasmáticas70 e diminuição do débito cardíaco em

repouso71. Nesse sentido, é relevante ressaltar que a um aumento na produção e liberação do

óxido nítrico (NO) induzido pela acetilcolina72, melhorando o fluxo sanguíneo nos grandes

vasos do músculo, o que induz diminuição da RVP e da pressão arterial73,74.

Além disso, foram obtido resultados referentes ao perfil cardiovascular, os homens

obtiveram o VO2máx de 31,9 mL/kg.min e as mulheres 26,6 mL/kg.min, respectivamente.

Segunda a classificação da American Heart Association (1972) uma boa aptidão

cardiorrespiratória encontra-se entre 95-105% e excelente, acima de 105%, do estimado para

o sexo e faixa etária, respectivamente75. Contudo, no presente estudo, os participantes tanto os

homens quanto as mulheres apresentam aptidão cardiorrespiratória regular (80-95%).

Segunda a literatura, a prática regular de atividade física mostra-se capaz de promover

adaptações positivas sobre o VO2máx76,77. Lee et al. (2012) observaram aumento significativo

no VO2máx após exercícios aeróbicos e resistidos78.

Como limitação do estudo é necessário destacar que não houve controle sobre os

hábitos alimentares e as avaliações dos parâmetros hemodinâmicos foram realizadas por

diferentes avaliadores.

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22

5. CONCLUSÃO

Assim, levando em consideração os resultados encontrados neste estudo, os

participantes do projeto de extensão Vida Saudável se caracterizam com sobrepeso e

obesidade, poucos flexíveis, além de pré-hipertensos e hipertensão estágio I.

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23

6. REFERÊNCIAIS

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25. ESCALANTE, Y.; SAAVEDRA, J. M.; GARCIA-HERMOSO, A.; DOMINGUEZ, A. M. Improvement of the lipid profile with exercise in obese children: A systematic review. Preventive Medicine, v. 54, n. 5, p. 293-301, 2012. 26. KIM, Y.; LEE, S. Physical activity and abdominal obesity in youth. Applied Physiology, Nutrition, and Metabolism, v. 34, n. 4, p. 571-581, 2009. 27. GIBALA, M. J.; LITTLE, J. P.; MACDONALD, M. J., et. al. Physiological adaptations to low‐ volume, high‐ intensity interval training in health and disease. The Journal of Physiology, v. 590, n. 5, p.1077-1084, 2012. 28. LOPES, J. F.; MATOS, M. A.; MAGALHÃES, F. C, et. al. Efeito de mudanças graduais de exercício físico e dieta sobre a composição corporal de obesos. Arquivos de Ciências da Saúde, v. 24, n. 1, p. 93-97, 2017. 29. WELLS, K. F.; DILLON, K. E. The sit and reach - a test of back and leg flexibility. Research Quarterly for Exercise and Sport, v. 23, n. 115, p. 115-118, 1952. 30. World Health Organization. BMI classification. [Access 2017 Jun 20]. Available from: http://apps.who.int/bmi/index.jsp?introPage=intro_3.html. 31. ABESO. Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. Diretrizes Brasileiras de Obesidade 2016. São Paulo: Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, 4ª ed., 2016. 32. HARRISON, G. G.; BUSKIRK, E. R.; CARTER, J. E. L., et. al. Skinfold thickness and measurement technique. In: LOHMAN, T. G.; ROCHE, A. F.; MARTORELL, R. (Eds.), Anthropometric standardization reference manual (pp. 55-80). Champaign, IL: Human Kinetics, 1991. 33. JACKSON, A. S.; POLLOCK, M. L. Generalized equations for predicting body density of men. 1978. British Journal of Nutrition, v. 91, n. 1, p. 161-168, 2004. 34. JACKSON, A. S.; POLLOCK, M. L.; WARD, A. Generalized equations for predicting body density of women. MedSci Sports Exerc., v. 12, n. 3, p. 175-181, 1980 apud REZENDE, F. A. C., et al. Aplicabilidade de equações na avaliação da composição corporal da população brasileira. Campinas: Revista de Nutrição, v. 19, n. 3, p. 357-367, 2006. 35. SIRI, W. E. Body composition from fluid spaces and density: Analysis of methods. In: BROZEK, J.; HENSCHEL, A. (Eds.), Techniques for measuring body composition (pp. 223-244). Washington, DC: National Academic of Science , 1961. 36. POLLOCK, M. L.; WILMORE, J. H. Exercícios na Saúde e na Doença: Avaliação e Prescrição para Prevenção e Reabilitação. Rio de Janeiro: MEDSI Editora Médica e Científica Ltda., 2ª ed., p. 233-362, 1993. 37. MENEGHELO, R; ARAÚJO, C; STEIN, R, et. al. Sociedade Brasileira de Cardiologia. III Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Teste Ergométrico. São Paulo: Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 95, p. 1-30, 2010.

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38. MALACHIAS, M. V. B.; SOUZA, W. K. S. B.; PLAVNIK, F. L., et. al. VII Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 107, n. 3, supl. 3, p. 1-83, 2016. 39. SABIA, R. V.; SANTOS, J. E.; RIBEIRO, R. P. P. Efeito da atividade física associada à orientação alimentar em adolescentes obesos: comparação entre o exercício aeróbio e anaeróbio. Niterói: Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 10, n. 5, p. 349-355, 2004. 40. DONNELLY, J. E.; BLAIR, S. N.; JAKICIC, J. M., et. al. ACSM. American College of Sports Medicine Position Stand. Appropriate physical activity intervention strategies for weight loss and prevention of weight regain for adults. Medicine and Science in Sports and Exercise, v. 41, n. 2, p. 459-71, 2009. 41. PEREIRA-LANCHA, L. O.; CAMPOS-FERRAZ, P. L.; LANCHA, A. H. Jr. Obesity: considerations about etiology, metabolism, and the use of experimental models. Diabetes, Metabolic Syndrome and Obesity: Targets and Therapy, v. 5, p. 75-87, 2012. 42. HUBERT, H. B.; FEINLEIB, M.; MCNAMARA, P. M., et. al. Obesity as an independent risk factor for cardiovascular disease: a 26-year follow-up of participants in the Framingham Heart Study. Circulation, v. 67, n. 5, p. 968-76, 1983. 43. PITANGA, F. J. G.; LESSA, I. Associação entre indicadores antropométricos de obesidade e risco coronariano em adultos na cidade de Salvador, Bahia, Brasil. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 10, n. 2, p. 239-248, 2007. 44. POULIOT, M. C.; DESPRÉS, J. P.; LEMIEUX, S., et. al. Waist circumference and abdominal sagittal diameter: best anthropometric indexes of abdominal visceral tissue accumulation and related cardiovascular risk in men and women. The American Journal of Cardiology, v. 73, n. 7, p. 460-8, 1994. 45. IDF. International Diabetes Federation. The IDF consensus worldwide definition of the metabolic syndrome. p. 1-23, 2006. Disponível em: <https://www.idf.org/e-library/consensus-statements/60-idfconsensus-worldwide-definitionof-the-metabolic-syndrome?language=ar>. Acesso em: 25 Jul 2017. 46. TERRA, R.; SILVA, S. A. G.; PINTO, V. S., et. al. Efeito do exercício no sistema imune: resposta, adaptação e sinalização celular. Revista Brasileira de Medicina do Esporte , v. 18, n. 3, p. 208-214, 2012. 47. SANTOS, D. C. N. As repercussões da prática de exercício físico sobre o diabetes mellitus tipo ll: um estudo de revisão. 2017. Monografia (graduação) – Universidade Federal de Ouro Preto. Centro de Desportos da UFOP. Departamento de Educação Física, Ouro Preto, 2017. 48. DIAS, I. B. F.; MONTENEGRO, R. A.; MONTEIRO, W. D. Exercícios físicos como estratégia de prevenção e tratamento da obesidade: aspectos fisiológicos e metodológicos. Rio de Janeiro: Revista HUPE, v. 13, n. 1, p. 70-9, 2014.

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49. ARRUDA, D. P.; ASSUMPÇÃO, C. O.; URTADO, C. B., et. al. Relação entre treinamento de força e redução de peso. São Paulo: Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 4, n. 24, p. 605-9, 2010. 50. GRAHL, G.; NOAMANN, J. T.; NUNES, R. H., et. al. Efeitos do Treinamento Resistido na redução do percentual de gordura corporal em adultos: Uma revisão de literatura. Caderno de Educação Física e Esporte , v. 11, n. 2, p. 69-77, 2013. 51. MONTENEGRO, L. P. Musculação: Aspectos positivos para o emagrecimento. São Paulo: Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 8, n. 43, p. 100-5, 2014. 52. FILHO, J. N. S. Treinamento de força e seus benefícios voltados para um emagrecimento saudável. São Paulo: Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 7, n. 40, p. 329-338, 2013. 53. SOARES, E. D.; OLIVEIRA, J. C. B.; FILHO, J. R. M. G., et. al. Treinamento resistido na redução da porcentagem de gordura corporal: uma revisão baseada em evidencias. Revista Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida, v. 6, n. 2, p. 1-8, 2014. 54. SILVA FILHO, J. N.; FERREIRA, R. A. Treinamento de força: uma revisão sistemática sobre o volume de exercícios utilizados para emagrecimento. Colloquium Vitae, v. 6, n. 1, p. 43-53, 2014. 55. VILLAREAL, D. T.; AGUIRRE, L.; GURNEY, A. B., et. al. Aerobic or resistance exercise, or both, in dieting obese older adults. The New England Journal of Medicine , v. 376, p.1943-1955, 2017.

56. MAHIEU, N. N.; MCNAIR, P.; COOLS, A., et. al. Effect of Eccentric Training on the Plantar Flexor Muscle-Tendon Tissue Properties. Medicine and Science in Sports and Exercise, v. 40, n. 1, p. 117-23, 2008. 57. MORTON, S. K.; WHITEHEAD, J. R.; BRINKERT, R. H., et. al. Resistance training vs. static stretching: effects on flexibility and strength. Journal of Strength and Conditioning Research, v. 25, p. 3391-3398, 2011. 58. CORREIA, M. A.; MENÊSES, A. L.; LIMA, A. H. R. A., et. al. Efeito do treinamento de força na flexibilidade: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, v. 19, n. 1, p. 3-11, 2014. 59. SANTOS, Z. A.; RIBEIRO, R. Efeito do exercício físico na melhora do grau de flexibilidade na articulação dos joelhos em obesos exercitados comparados a obesos sedentários. São Paulo: Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, v. 10, n. 55, p. 20-24, 2016. 60. CAMPOS, J. R.; SOUZA, M. F. C.; ARAUJO, K. M. O., et. al. O impacto do peso flutuante sobre fatores de risco cardiovascular em mulheres obesas. Juiz de Fora: HU Revista, v. 41, n. 3, p. 143-48, 2015.

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61. Sociedade Brasileira de Hipertensão. O que é Hipertensão?. Disponível em: <

http://www.sbh.org.br/geral/faq.asp>. Acesso em: 20 Jul 2017. 62. GRUNDY, S. M.; CLEEMAN, J. I.; DANIELS, S. R., et. al. Clinical management of metabolic syndrome: report of the American Heart Association/ National Heart, Lung, and Blood Institute/American Diabetes Association conference on scientific issues related to management. Dallas: Circulation, v. 109, n. 4, p. 551-556, 2005. 63. CORNELISSEN, V. A.; SMART, N. A. Exercise training for blood pressure: a systematic review and meta-analysis. Journal of the American Heart Association, v. 2, n. 1, p. 1-9, 2013.

64. KOKKINOS, P.; MANOLIS, A.; PITTARAS, A., et. al. Exercise capacity and mortality in hypertensive men with and without additional risk factors. Hypertension, v. 53, n. 3, p. 494-9, 2009.

65. CAMPOS, G. O.; BERTANI, R. F.; BONARDI, J .M. T., et. al. Exercício aeróbio contínuo e intervalado: respostas pressóricas aguda no indivíduo com síndrome metabólica e doença isquêmica – estudo de caso. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 9, n. 55, p. 515-18, 2015. 66. GHORAYEB, N.; SUZAKI, R. M.; LEMOS, L., et. al. Relação entre atividade física e redução dos níveis pressóricos. Revista Brasileira de Hipertensão, v. 22, n. 1, p. 13-7, 2015. 67. KENNEY, M. J.; SEALS, D. R. Hypotension, key features, mechanisms and clinical significance. Hypertension, v. 22, n. 5, p. 653-664, 1993. 68. GOODWIN, K. A.; HEADLEY, S. A. E.; PESCATELLO, L. S. Physical Activity: Exercise prescription for the prevention and management of hypertension. American Journal of Lifestyle Medicine, v. 3, n. 6, p. 446 – 449, 2009. 69. LEGRAMANTE, J. M.; GALANTE, A.; MASSARO, M., et. al. Hemodynamic and autonomic correlates of post exercise hypotension in patients with mild hypertension. American Journal of Physiology Regulatory, Integrative and Comparative Physiology, v. 282, n. 4, p. 1037-1043, 2002. 70. DUNCAN, J. J.; FARR, J. E.; UPTON, S. J., et. al. The effect of aerobic exercise on plasma catecholamine and blood pressure in patients with mild essential hypertension. JAMA, v. 254, n. 18, p. 2609-13, 1985. 71. NEGRÃO, C. E.; RONDON, M. U. P. B. Exercício físico, hipertensão e controle barorreflexo da pressão arterial. Ribeirão Preto: Revista Brasileira de Hipertensão, v. 8, n. 1, p. 89-95, 2001. 72. HIGASHI, Y.; SASAKI, S.; KURISU, S., et. al. Regular aerobic exercise augments endothelium-dependent vascular relaxation in normotensive as well as hypertensive subjects: role of endothelium-derived nitric oxide. Circulation, v. 100, n. 11, p. 1194-1202, 1999. 73. GOTO, C.; HIGASHI, Y.; KIMURA, M., et. al. Different intensities of exercise on effect of endothelium-dependent vasodilation in humans. Circulation, v. 108, n. 5, p. 530-535, 2003.

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74. HALLIWILL, J. R. Mechanisms and clinical implications of post-exercise hypotension in humans. Exercise and Sport Sciences Reviews , v. 29, n. 2, p. 65-70, 2001. 75. HERDY, A. H.; CAIXETA, A. Classificação nacional da aptidão cardiorrespiratória pelo consumo máximo de oxigênio. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 106, n. 5, p. 389-395, 2016. 76. ROCCA, S. V. S.; TIRAPEGUI, J.; MELO, C. M., et. al. Efeitos do exercício físico nos fatores de risco de doenças crônicas em mulheres obesas. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticos, v. 44, n. 2, p. 185-192, 2008. 77. TAIROVA, O. S.; DE LORENZI, D. R. S. Influência do exercício físico na qualidade de vida de mulheres na pós-menopausa: um estudo caso-controle. Rio de Janeiro: Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 14, n. 1, p. 135-145, 2011. 78. LEE, S.; BACHA, F.; HANNON, T., et. al. Effects of aerobic versus resistance exercise without caloric restriction on abdominal fat, intra-hepatic lipid, and insulin sensitivity in obese adolescent boys a randomized, controlled trial. Diabetes, v. 61, p. 2787-95, 2012.

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ANEXO I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Sr(a) foi selecionado(a) e está sendo convidado(a) para participar voluntariamente e

espontaneamente do projeto de extensão intitulado: “Vida Saudável”, no SIEX: 401181. O

projeto, vinculado ao Programa NUPEM, número 500206, é uma proposta multidisciplinar que

tem como objetivo melhorar a qualidade de vida de indivíduos obesos, diabéticos e cardiopatas

por meio da promoção de saúde. O projeto visa promover a prevenção e o controle de doenças

crônicas não-transmissíveis (DCNTs) por meio de intervenções físicas, acompanhamento

nutricional, ciclo de palestras e seminários. A proposta também poderá trazer importantes

subsídios para a implantação de aspectos benéficos como nutrição saudável, análise regular do

perfil dislipidêmico e prática de atividade física de forma efetiva nas comunidades internas e

externas da UFES, famílias da cidade de Vitória e grande Vitória/ES, contribuindo para

diminuição da mortalidade e aumento da qualidade de vida. Os dados coletados serão

utilizados apenas NESTE projeto e em trabalhos de conclusão de curso (TCCs). Estou ciente

que eu serei submetido a: 1) anamnese, com perguntas relativas ao estado de saúde e hábitos

alimentares; 2) avaliação antropométrica, teste cardiorrespiratório e análise do padrão de

movimento; 3) coleta de sangue para análise bioquímica (determinação da glicose, colesterol

e triglicérides); 4) mensuração da glicemia de jejum, durante e após o treinamento físico; 5)

aferição da pressão arterial; 6) polissonografia.

Sua participação é voluntária, isto é, a qualquer momento você pode desistir de

participar, bem como retirar seu consentimento. Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua

relação com o coordenador do projeto, membros da equipe ou com a Instituição que forneceu

os seus dados, como também na que trabalha. Sr(a) não terá nenhum custo ou quaisquer

compensações financeiras. Sr(a) receberá uma cópia deste termo onde consta o celular/e-mail

do coordenador responsável, podendo esclarecer as suas dúvidas sobre o projeto e sua

participação, agora ou a qualquer momento. Desde já agradecemos!

Coordenador: Prof. Dr. André Soares Leopoldo

Universidade Federal do Espírito Santo

Email: [email protected]

Tel: (27) 4009-7882/ 99792-5455

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Espírito Santo, ____de _______________ de 20___.

Declaro estar ciente do inteiro teor deste TERMO DE CONSENTIMENTO e estou de

acordo em participar do projeto de extensão proposto, sabendo que dele poderei desistir a

qualquer momento, sem sofrer qualquer punição ou constrangimento.

Nome: ____________________________________________________________________

RG: ___________________

CPF: _________________

Participante Voluntário: _______________________________________________________

(assinatura)

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ANEXO II – APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA