AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA

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AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA LÍNGUA PORTUGUESA série do Ensino Médio Prova Comentada

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AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA LÍNGUA PORTUGUESA

3ª série do

Ensino Médio

Prova

Comentada

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ATENÇÃO!

GABARITO E PROVA COMENTADA DE LÍNGUA PORTUGUESA

Questão 01

Descritor: D14 - Reconhecer posicionamentos em um ou mais textos que tratam do mesmo

tema.

Leia os textos abaixo.

Texto 1

5

10

15

Piscina natural no Morro do Moreno vira atração no ES

Local tem sido descoberto por moradores da Grande Vitória no calor.

A piscina de águas naturais da Ponta do Farol, no Morro do Moreno, em Vila Velha,

virou atração durante o calor no Espírito Santo. O local, antes pouco visitado, foi divulgado

em uma página que mostra os pontos turísticos do estado nas redes sociais. Depois da

publicação, a piscina tem recebido visitantes de toda a Grande Vitória.

Nem mesmo os moradores de Vila Velha e frequentadores antigos da formação de pedra

que cerca o local conheciam o pequeno recanto. É o caso do administrador Deverson Daltio,

que costuma passear de bicicleta e fazer caminhadas com a amiga Joseane de Carvalho

bem pertinho da piscina.

“A gente sempre passou por aqui, mas não sabia da piscina. Vimos que é um lugar maravilhoso

para relaxar, fazer fotos, então viemos descobrir. Estamos adorando”, disse Deverson.

As estudantes Eduarda Furtado e Juliana Moreira saíram de Vitória para ir até a piscina.

As duas também já conheciam o Farol de Santa Luzia e o Morro do Moreno, mas a piscina

natural foi uma surpresa.

Enquanto a maré estiver alta, o local pode ser curtido para banhos. A água cristalina e a

vista para a Terceira Ponte fizeram sucesso entre os moradores e turistas. [...]

Disponível em: <http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2015/12/piscina-natural-no-morro-do-moreno-vira-atracao-no-es.

html>. Acesso em: 12 jan. 2016. Fragmento.

Texto 2

5

10

Ecoturismo na Rota do Caparaó é a dica para o fim de semana no Espírito Santo

O fim de semana se aproxima e a Secretaria de Estado de Turismo (Setur) indica o

Parque Nacional do Caparaó, que abriga o Pico da Bandeira, como opção para os adeptos

do ecoturismo.

O Pico da Bandeira é o terceiro ponto mais alto do país, com 2 890 metros de altitude.

O parque que abriga o pico situa-se na divisa entre o Espírito Santo e Minas Gerais e tem

70% de sua extensão em território capixaba. A entrada principal do parque localiza-se no

município de Dores do Rio Preto, ao Sul do Espírito Santo.

O relevo favorece a formação de quedas d’água, sendo as mais conhecidas a Cachoeira

Bonita, com 80 metros de altura, e o Vale Verde, famoso por belas piscinas naturais. A

fauna e a flora são riquíssimas e podem ser observadas nos trekkings realizados com a

companhia de um guia. [...]

O clima no parque é frio e em alguns meses do ano as temperaturas chegam a ser

negativas. O Caparaó é um dos cenários de ecoturismo mais visitados do país e seu grande

fluxo de visitantes é responsável por movimentar a região em seu entorno.

Disponível em: <http://ruralcentro.uol.com.br/noticias/ecoturismo-na-rota-do-caparao-e-a-dica-para-o-fim-de-semana-no-

espirito-santo-38145#y=563>. Acesso em: 15 jan. 2016. Fragmento.

(P110170H6_SUP)

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01) (P110170H6) Esses textos têm em comum o fato de

A) apresentarem parques ecológicos naturais.

B) citarem atrações turísticas do Espírito Santo.

C) destacarem o turismo na cidade de Vitória.

D) divulgarem as cachoeiras do Espírito Santo.

E) informarem a descoberta de piscinas naturais.

Comentário:

Esta questão requer que o estudante identifique e distinga posicionamentos acerca de um mesmo tema em textos diferentes. Para esta questão, foram apresentadas duas notícias com algumas similaridades – ambas falam de turismo, lazer e natureza, além de abordarem belezas naturais que se localizam no Estado capixaba. Tais similaridades requerem atenção às informações explícitas, para que se identifique o fato comum de citarem atrações turística do Espírito Santo (alternativa B).

O possível equívoco para a escolha pela alternativa A pode ser proporcionado pela falta de

compreensão, pelo estudante, de que a piscina natural localizada no Morro do Moreno não se

configura como um parque ecológico natural. A opção pela alternativa C indicaria falta de

atenção quanto à localização de ambas as atrações turísticas. A opção pelas alternativas D e

E revelaria sua consideração por um dos elementos comuns nos dois textos (cachoeiras e

piscinas naturais).

Questão 02

Descritor: D10 - Distinguir um fato de uma opinião.

Leia novamente o texto “Piscina natural no Morro do Moreno vira atração no ES” para responder

às questões abaixo.

02) (P110172H6) O trecho do Texto 1 que apresenta uma opinião é:

A) “A piscina de águas naturais da Ponta do Farol, [...] em Vila Velha, virou atração...”. (ℓ. 1-2)

B) “Depois da publicação, a piscina tem recebido visitantes de toda a Grande Vitória.”. (ℓ. 3-4)

C) “‘A gente sempre passou por aqui, mas não sabia da piscina’.”. (ℓ. 9)

D) “‘Vimos que é um lugar maravilhoso para relaxar, fazer fotos,...’”. (ℓ. 9-10)

E) “As estudantes Eduarda Furtado e Juliana Moreira saíram de Vitória para ir até a piscina.”. (ℓ. 11)

Comentário:

Para demonstrar o domínio deste conhecimento, o estudante precisa separar o que é fato (um

acontecimento, algo realizado, algo nomeado) de uma opinião, que se configura como um modo

pessoal (individual) de encarar algum fato. Também requer dele que identifique sequências

estritamente descritivas (de um lugar ou de um fato, como na alternativa A e B), narrativas (ações

realizadas, como na alternativa E) e dialogais (reprodução de falas de outrem, como na alternativa C).

Todas essas sequências podem, obviamente, conter um ponto de vista ou uma avaliação individual, o

que configura a presença de opinião. Esse é o caso da alternativa D, que é a correta: trata-se da

reprodução de uma fala (sequência dialogal) contendo uma avaliação do falante sobre um local:

“‘Vimos que é um lugar maravilhoso para relaxar, fazer fotos,...’”.

Questão 03

Descritor: D27 - Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto.

03) (P110173H6) A informação principal do Texto 1 está no trecho:

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A) “A piscina de águas naturais da Ponta do Farol, no Morro do Moreno, em Vila Velha, virou atração...”.

(ℓ. 1-2)

B) “Nem mesmo os moradores de Vila Velha e frequentadores antigos [...] conheciam o pequeno

recanto.”. (ℓ. 5-6)

C) “É o caso do administrador Deverson Daltio, que costuma passear de bicicleta...”. (ℓ. 6-7)

D) “As estudantes Eduarda Furtado e Juliana Moreira saíram de Vitória para ir até a piscina.”. (ℓ. 11)

E) “Enquanto a maré estiver alta, o local pode ser curtido para banhos.”. (ℓ. 14)

Comentário:

O texto selecionado para análise neste item possui muitas informações, dentre as quais se

exige do estudante identificar a principal. Para que ele opte pela correta (alternativa A), será

necessário que separe essa informação das demais, que são secundárias e/ou

complementares.

Agindo assim, ele concluirá que a informação da alternativa B (a piscina era desconhecida até

então pelos próprios moradores do seu entorno) está se referindo ao elemento natural que é

o foco principal da notícia, ou seja, a própria piscina; que a alternativa C traz uma

exemplificação relacionada ao fato do pouco conhecimento dos vizinhos sobre a piscina; que

a alternativa D também se trata de um exemplo, porém relacionado ao fenômeno atrativo que

o local adquiriu; por fim, que a alternativa E se refere a uma particularidade da atração

turística.

Questão 04

Descritor: D13 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.

Leia o texto abaixo.

Disponível em: <https://portfoliofabricio.wordpress.com/2013/09/05/doacao-de-brinquedos/>.Acesso em: 31 jul. 2015. (P120007H6_SUP)

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04) (P120008H6) O objetivo comunicativo desse texto é

A) anunciar um produto.

B) dar uma orientação.

C) divulgar uma campanha.

D) ensinar um procedimento.

E) fazer um convite.

Comentário:

Os gêneros discursivos, como construtos da sociedade, atendem a finalidades diversas. O

contato do estudante com a diversidade de gêneros em atividades de leitura na escola o fará

conhecer e apropriar-se da estrutura composicional, do estilo e do conteúdo temático próprios

de cada um deles. Além disso, um mesmo gênero (como o cartaz, foco desta questão) pode

ter objetivos diversos, determinados por seu conteúdo.

Ao analisar os elementos deste cartaz específico, considerando as informações que apresenta

tanto na linguagem verbal quanto na não verbal, o estudante deverá concluir que, nele, o leitor

está sendo convidado a doar brinquedos usados e não mais utilizados para crianças carentes.

Trata-se, assim, da divulgação de uma campanha (alternativa C).

Questão 05

Descritor: D17 - Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas pelo uso de

elementos linguísticos.

Leia novamente o texto “Doe... sonhos” para respoder à questão abaixo.

05) (P120010H6) Nesse texto, no trecho “Se você tem brinquedos...”, o termo em destaque expressa uma

relação de

A) adição.

B) causa.

C) conclusão.

D) condição.

E) oposição.

Comentário:

O item requer que o estudante avalie o efeito de sentido que a conjunção “se” adquire nessa

construção (que é a de condição – alternativa D). Para a realização desta tarefa, é preciso que

o estudante coloque em jogo processos cognitivos que visam tratar a organização do texto de

modo a garantir a coerência local e global. Esse processo passa, em um primeiro plano, pela

identificação das marcas linguísticas que contribuem para a coerência local (coesão), para em

seguida processar a sua interpretação.

Os estudantes que assinalarem as demais alternativas revelarão pouca familiaridade com

recursos coesivos e seus valores semânticos. Essas escolhas sugerem que esses alunos

ainda não conseguem distinguir relações de coordenação daquelas de subordinação.

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Questão 06 Descritor D21: Reconhecer o conflito gerador do enredo e os elementos de uma narrativa. Leia o texto abaixo.

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10

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Cardápio existencial

– E se a vida for como um cardápio?

A pergunta pegou Rosinha de surpresa. Ela levantou os olhos do menu e se deparou

com o marido em estado reflexivo.

– Ora, Alfredo, deixe de filosofar e escolha logo o seu prato.

Os dois haviam saído para jantar e estavam na varanda do Bar Lagoa, de onde se pode

ver um cantinho de céu e o Redentor.

– Rosinha, pense nas consequências do que estou dizendo. Se a vida for como um

cardápio, nós talvez estejamos escolhendo errado. No lugar da buchada de bode em que

nossas vidas se transformaram, poderíamos nos deliciar com escargots. Experimentar

sabores novos, mais sofisticados...

– Por que a vida seria como um cardápio, Alfredo? Tenha dó.

– E por que não seria? Ninguém sabe de fato o que é a vida, portanto qualquer acepção

é válida, até prova em contrário.

– Benhê, acorda. Ninguém vai aparecer para servir o seu cardápio imaginário. Na vida, a gente

tem que ir buscar. A vida é mais parecida com um restaurante a quilo, self-service, entende?

– Boa imagem. Concordo com o restaurante a quilo. É assim para quase todo mundo.

Mas quando evoluímos um pouco, chega a hora em que podemos nos servir a la carte.

Rosinha, nós estamos nesse nível. Podemos fazer opções mais ousadas.

– Alfredo, se você está querendo aventuras, variar o arroz com feijão, seja claro. Não me

venha com essa conversa de cardápio existencial. Além disso, se a nossa vida virou uma

buchada de bode, com quem você pensa experimentar essa coisa gosmenta, o tal escargot?

– Querida, não reduza minhas ideias a uma trivial variação gastronômica. Minha hipótese,

caso correta, tem implicações metafísicas. Se a vida for como um cardápio, do outro lado

teria que existir o Grand Chef, o criador do menu.

– Alfredo, fofo, agora você viajou na maionese.

FARIAS, Antônio Carlos de. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/ult686u141.shtml>. Acesso em: 9 mar. 2014.Fragmento. (P120131G5_SUP)

06) (P120132G5) O enredo dessa história desenvolveu-se a partir

A) da comparação com os dois pratos feita pelo marido.

B) da proposta do marido sobre opções mais ousadas.

C) da saída do casal para jantar na varanda do Bar Lagoa.

D) do momento que Rosinha diz que o marido viajou na maionese.

E) do questionamento do marido sobre a filosofia da vida.

Comentário: Esta questão avalia se o estudante consegue identificar o conflito que acabou

gerando o enredo da história Cardápio Existencial. Este conhecimento se relaciona à coesão

e a coerência no processamento do texto, visto que o estudante teria que voltar ao texto e lê-

lo por completo para perceber que o início do enredo se dá com a pergunta de Alfredo para

Rosinha sobre a vida ser um cardápio – Gabarito E (Questionamento do marido sobre a filosofia

da vida) e se alonga para a resolução da questão com a afirmação da Rosinha de que Alfredo

viajara na maionese.

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Questão 07 Descritor D25: Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de palavras, frases ou expressões. Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de palavras, frases ou expressões. 07) (P120133G5) Nesse texto, o trecho “– Benhê, acorda.” (ℓ. 14) revela

A) carinho.

B) infantilidade.

C) irritação.

D) preocupação.

E) revolta.

Questão 08 Descritor D11: Interpretar textos não verbais e textos que articulam elementos verbais e não verbais. Leia o texto abaixo.

Disponível em: <http://topismos.blogspot.com/2008/11/top-10-tirinhas-do-calvin-que-me.html>. Acesso em: 08 jan. 2011. (P110269ES_SUP)

08) (P110269ES) Com base nesse texto, conclui-se que o menino

Comentário: A questão avalia se o estudante consegue reconhecer o efeito de sentido

decorrente de palavras, frases ou expressões no texto, esse é um procedimento de leitura

importante para que o leitor/estudante possa compreender o todo de um texto. Quando a

Rosinha disse “-Benhê, acorda”, a personagem já se encontrava irritada, gabarito C, com o

marido sobre a ideia de a vida ser um cardápio, entretanto, para o estudante perceber a

irritação, não bastaria olhar somente para a expressão, pois o ato de irritação somente se dá

pelo todo narrativo anterior, no qual o marido acaba com o jantar do casal por meio das

questões filosóficas sobre a vida. Após ler a expressão, o estudante é capaz de perceber que

não se trata de carinho, infantilidade, preocupação ou revolta e sim irritação pela insistência

de Alfredo em discutir sobre o assunto do texto.

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A) é um excelente aluno.

B) faz sempre os deveres.

C) gosta de se autoelogiar.

D) tem medo da professora.

E) tenta enganar a mãe.

Questão 09 Descritor D16: Estabelecer relação de causa e consequência entre partes de um texto. Leia o texto abaixo.

5

10

O anel de vidro

Aquele pequenino anel que tu me deste,

– Ai de mim – era vidro e logo se quebrou

Assim também o eterno amor que prometeste,

– Eterno! era bem pouco e cedo se acabou.

Frágil penhor1 que foi do amor que me tiveste,

Símbolo da afeição que o tempo aniquilou, –

Aquele pequenino anel que tu me deste,

– Ai de mim – era vidro e logo se quebrou

Não me turbou, porém, o despeito que investe

Gritando maldições contra aquilo que amou.

De ti conservo no peito a saudade celeste

Como também guardei o pó que me ficou

Daquele pequenino anel que tu me deste

Vocabulário: 1Penhor: garantia, segurança.

BANDEIRA, M. Disponível em: <http://www.revistabula.com/564-os-10-melhores-poemas-de-manuel-bandeira/>. Acesso em: 12 jan. 2015.

(P120011H6_SUP)

09) (P120012H6) De acordo com esse texto, o anel se quebrou porque

A) a saudade foi conservada.

B) era de frágil penhor.

C) era pequeno.

D) foi feito de vidro.

E) o amor foi prometido.

Comentário: A questão avalia se o estudante consegue fazer leitura a partir da relação de

partes verbais e não verbais do texto, pois, para compreender que Calvin estava tentando

enganar a mãe – gabarito E, o estudante precisaria perceber o diálogo entre a mãe e o filho e

as diversas “caras” apresentadas pelo personagem Calvin, como no terceiro quadrinho, em

que a mãe revela que irá à reunião de pais e falar com a professora dele. A produção de

sentido na tirinha somente se constituiu pela união das falas/discursos e imagens

apresentadas pela sequência das cenas. Ler o não verbal também é uma habilidade muito

importante no processo leitor, principalmente para ler textos como tirinhas e charges, que

trabalham com o humor e a crítica social e política.

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Questão 10 Descritor D22: Identificar efeitos de humor no texto. Leia novamente o texto “O anel de vidro” para responder às questões abaixo.

10) (P120011H6) Nesse texto, há um traço de ironia no verso:

A) “Aquele pequenino anel que tu me deste,”. (v. 1)

B) “– Eterno! era bem pouco e cedo se acabou.”. (v. 4)

C) “Símbolo da afeição que o tempo aniquilou, –”. (v. 6)

D) “Não me turbou, porém, o despeito que investe”. (v. 9)

E) “De ti conservo no peito a saudade celeste”. (v. 11)

Questão 11 Descritor D11: Inferir informação em um texto. 11) (P120013H6) Nesse texto, sobre o relacionamento amoroso, o eu lírico

A) ficou descontente com o anel.

B) guarda mágoas da pessoa amada.

C) mostra-se preso aos bens materiais.

D) sente-se superior à pessoa amada.

E) sofreu uma desilusão amorosa.

Comentário: A questão 09 trabalha com o processo de construção textual, pois quer saber do

estudante o porquê de o anel ter quebrado no poema narrativo de Manoel Bandeira, um efeito

de causa e consequência: ele somente se quebrou porque era feito de vidro, gabarito letra D. A

resposta à questão se apresenta já no próprio título do poema – O Anel de Vidro. Se o estudante

for um bom leitor e conhecesse algumas estratégias de leitura, já faria a inferência da reposta

no próprio título. O autor do texto construiu o poema em forma de estrofes e em cada uma delas

revela uma relação entre o material do anel e suas consequências – Anel de vidro se quebrou,

amor eterno acabou, tempo aniquilou, anel se quebrou... transformando o texto em um todo

coerente.

Comentário: Nesta questão, o estudante precisaria perceber onde estava a ironia de

Manuel Bandeira no poema - verso “– Eterno! era bem pouco e cedo se acabou.”, gabarito

B. O humor é construído na primeira estrofe pela sequência de versos; Aquele pequenino

anel que tu me deste, – Ai de mim – era vidro e logo se quebrou; Assim também o eterno

amor que prometeste, – Eterno! era bem pouco e cedo se acabou. Para perceber o humor,

o estudante precisaria compreender a causa e consequência estabelecida nos

paralelismos construídos no poema, os quais se dão pelo uso metafórico de amor, eterno

e anel.

Comentário: Na questão, é verificada a inferência de uma informação por meio de um texto

literário – sobre um relacionamento amoroso do eu lírico. Esse conhecimento é muito

importante no processo leitor, visto que, muitas vezes, a compreensão textual e a produção

de sentido se dão somente por meio das inferências realizadas pelo leitor. No texto não fica

explícito exatamente o que aconteceu, mas pela leitura das relações metafóricas do anel de

vidro que se quebrou e do verso “– Eterno! era bem pouco e cedo se acabou”, conseguimos

inferir que ele sofreu uma desilusão amorosa – gabarito E.

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Questão 12 Descritor D19: Identificar a tese de um texto.

Leia o texto abaixo.

5

10

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Idioma ajuda a criar marcas de identidade

A língua é patrimônio de uma coletividade, seja ela a língua oficial de um Estado

constituído, seja ela a língua materna de uma comunidade minoritária de imigrantes em

um país estrangeiro, [...] e assim por diante. De qualquer modo, a língua constitui marca

identitária da comunidade que a usa [...].

Entretanto, nenhuma língua compõe um bloco de formas e construções cristalizadas,

usadas sempre do mesmo modo por todos os falantes, isto é, nenhuma língua é cristalizada,

sem variações, imutável. Aliás, imaginar uma língua que assim fosse é imaginar algo

completamente impossível.

Uma língua cumpre suas funções em uma comunidade exatamente porque: ela é moldável,

para satisfação dos propósitos da fala; ela é variável, para oferta às escolhas dos falantes;

ela é dinâmica, para servir às necessidades de expressão nas diferentes situações, nos

diferentes lugares, nos diferentes momentos. Só assim ela revela as identidades individuais

que se constroem no espaço simbólico que ela própria identifica e marca, no conjunto. [...]

Significa isso que se esteja negando a existência de padrões? Não, pelo contrário. Nessa

variabilidade e nesse dinamismo naturalmente se formam “padrões” de uso, que, por sua

vez, identificam grupos, e, numa apuração mais fina, identificam os próprios indivíduos.

NEVES, Maria Helena de Moura. Língua Portuguesa. Set. 2010. Fragmento. (P120091F5_SUP)

12) (P120091F5) A ideia defendida nesse texto está no trecho:

A) “A língua é patrimônio de uma coletividade,...”. (ℓ. 1)

B) “... a língua constitui marca identitária da comunidade que a usa.”. (ℓ. 3-4)

C) “... nenhuma língua é cristalizada, sem variações, imutável.”. (ℓ. 6-7)

D) “Uma língua cumpre suas funções em uma comunidade...”. (ℓ. 9)

E) “... ela é moldável, para satisfação dos propósitos da fala;...”. (ℓ. 9-10)

Questão 13 Descritor D18: Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições

que contribuem para sua continuidade.

13) (P120092F5) No trecho “... que se constroem no espaço simbólico...” (ℓ. 13), a palavra destacada retoma

o termo

A) diferentes situações.

B) escolhas.

C) identidades individuais.

D) necessidades.

E) propósitos da fala.

Comentário: Nessa questão, a alternativa correta é a B e verifica-se a habilidade relativa

ao D19: "Identificar a tese de um texto." Assim, pela leitura e compreensão do que se

discute nesse texto, de caráter argumentativo, é preciso identificar a ideia que está sendo

defendida pelos argumentos e informações, ou seja, a tese do texto.

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Questão 14 Descritor D24: Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos estilísticos. Leia o texto abaixo.

5

10

A cavalgada A lua banha a solitária estrada...

Silêncio!... Mas além, confuso e brando,

O som longínquo vem-se aproximando

Do galopar de estranha cavalgada.

São fidalgos que voltam da caçada;

Vêm alegres, vêm rindo, vêm cantando.

E as trompas a soar vão agitando

O remanso da noite embalsamada...

E o bosque estala, move-se, estremece...

Da cavalgada o estrépito1 que aumenta

Perde-se após no centro da montanha...

E o silêncio outra vez soturno desce...

E límpida, sem mácula2, alvacenta

A lua a estrada solitária banha...

Vocabulário: 1Estrépito: Agitação. 2Mácula: Mancha.

CORREIA, Raimundo. Disponível em: <http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=251&sid=111>. Acesso em: 30 jun. 2014.

(P110184G5_SUP)

14) (P110184G5) Nesse texto, a construção do verso “Vêm alegres, vêm rindo, vêm cantando.” (v. 6) tem o

objetivo de

A) caracterizar a chegada dos fidalgos.

B) fazer uma crítica ao comportamento dos fidalgos.

C) comparar o sentido das palavras utilizadas.

D) reproduzir o som da cavalgada.

E) sugerir o exagero de uma ação.

Comentário: Nesta questão, cuja alternativa correta é a C, analisa-se a habilidade relativa

ao D18: Reconhecer relações entre partes de um texto, identificando os recursos coesivos

que contribuem para sua continuidade (substituições e repetições). Assim, como recurso da

linguagem escrita, evitando repetições de palavras, temos - nesse caso - o uso do pronome

relativo, com a especial função de retomar uma informação anterior: "identidades individuais"

e, ainda, estabelecer relação com a oração seguinte.

Comentário: Nessa questão, cuja alternativa correta é a A, tem-se a observação da habilidade

relativa ao D24: "Reconhecer o efeito de sentido decorrente do emprego de recursos estilísticos",

ou seja, pela leitura e compreensão do efeito semântico das repetições dos verbos e advérbios

que caracterizam esses verbos, de diferentes maneiras, há a apresentação de uma

circunstância: como se acontece a chegada dos fidalgos.

Page 12: AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA

Questão 15 Descritor D26: Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto. 15) (P110185G5) A linguagem utilizada nesse texto é

A) científica.

B) culta.

C) informal.

D) regional.

E) técnica.

Questão 16 Descritor 23: Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outros recursos gráficos. 16) (P110186G5) As reticências utilizadas na última estrofe desse texto reforçam a ideia de

A) continuidade de uma ação.

B) desconfiança.

C) interrupção do pensamento.

D) ironia.

E) suspense.

Questão 17 Descritor 12: Identificar o gênero do texto. Leia o texto abaixo.

Disponível em: <http://migre.me/rffvk>. Acesso em: 26 mar. 2015. (P120323G5_SUP)

Comentário: Nessa questão, a alternativa correta é a B e verifica-se a habilidade relativa ao

D26: "Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e/ou o interlocutor". Ou seja,

pelas escolhas de vocabulário e de estruturas linguísticas, é possível verificar que se trata de

texto em que houve a opção pelo uso de linguagem culta.

Comentário: Nesta questão o estudante deveria responder a letra A, sendo avaliada a sua

habilidade de perceber os efeitos de sentido que o autor quis imprimir ao texto a partir do

uso da pontuação. Nessa análise, o estudante é levado a perceber, dentre as diferentes

funções do uso das reticências, o reforço da ideia de continuidade da ação precedida pelo

uso das mesmas.

Page 13: AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA

17) (P120324G5) Qual é o gênero desse texto?

A) Caricatura.

B) Cartaz.

C) Charge.

D) Panfleto.

E) Tirinha.

Questão 18 Descritor 09: Identificar o tema de um texto. Leia o texto abaixo.

5

10

O universo de Ziraldo

Nascido em 24 de outubro de 1932, Ziraldo Alves Pinto é o mais velho de sete irmãos,

e entre eles há outro cartunista, o Zélio. O nome curioso advém da combinação de sílabas

dos nomes da mãe Zizinha e do pai, Geraldo. Coisa que os pais no Brasil costumam fazer

e acabam inventando nomes para os filhos.

Ziraldo nasceu em Minas Gerais, na cidade de Caratinga, onde viveu até a adolescência,

quando depois de cursar o Grupo Escolar Princesa Isabel, veio com o avô para o Rio de

Janeiro, estudar no MABE (Moderna Associação Brasileira de Ensino). Em 1950, voltou

para seu estado, estudou mais e acabou formando-se advogado em Belo Horizonte, na

Faculdade de Direito de Minas Gerais.

Afeito ao desenho desde os mais tenros anos de vida, Ziraldo publicou seu primeiro

desenho com apenas 6 anos de idade, no jornal A Folha de Minas.

Em 1958, já morando fora de Minas Gerais, desembocou o namoro de sete anos com

Vilma Gontijo, num casamento que lhe trouxe três filhos: Daniela, Fabrizia e Antônio, além

de seis netos.

Conhecimento Prático Literatura. Jan. 2011. p. 61. Fragmento. (P110195ES_SUP)

18) (P110195ES) Qual é o assunto tratado nesse texto?

A) A formação escolar de Ziraldo.

B) Aspectos biográficos de Ziraldo.

C) A mudança para o Rio de Janeiro.

D) A família de origem de Ziraldo.

E) Aspectos da obra do Cartunista.

Comentário: Nesta questão o estudante deveria responder a letra C, demonstrando

identificar os diferentes gêneros textuais, a partir de uma análise tipológica. No caso do

texto em análise, o estudante é levado a retomar conhecimentos relativos às

características tipológicas do gênero charge.

Comentário: Nesta questão o estudante deveria responder a letra B, sendo avaliada a sua

capacidade de reconhecimento do assunto principal do texto, ou seja, a identificação do

que trata o texto. Para que o estudante identificasse o tema, fez-se necessário que

relacionasse as diferentes informações para construir o sentido global do texto, neste caso,

os aspectos biográficos do cartunista Ziraldo.

Page 14: AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA

Questão 19 Descritor 08: Inferir sentido de palavra ou expressão a partir do contexto Leia novamente o texto “O universo de Ziraldo” para responder às questões abaixo.

19) (P110197ES) No trecho “... desembocou o namoro de sete anos com Vilma Gontijo, num casamento...”

(ℓ. 12-13), a palavra destacada adquire, no contexto, sentido de

A) assumiu.

B) começou.

C) decidiu.

D) levou.

E) transformou.

Questão 20 Descritor 06: Localizar informações explícitas em um texto. 20) (P110198ES) De acordo com esse texto, o nome que resultou da junção de sílabas dos nomes dos pais foi

A) Zélio.

B) Ziraldo.

C) Daniela.

D) Fabrizia.

E) Antônio.

Comentário: Nesta questão o estudante deveria responder a letra E, uma vez que essa

habilidade se relaciona fortemente a conhecimentos prévios, que permitirão o estabelecimento

dos sentidos possíveis e a posterior seleção daquele que é pertinente ao contexto no qual a

expressão foi utilizada. No texto em questão, se fez necessário que o estudante retomasse o

significado da expressão “desembocou”, fosse por meio da interpretação do contexto, fosse por

meio do estabelecimento de relação do uso desta expressão no dia a dia.

Comentário: Nesta questão o estudante deveria responder a letra B, sendo avaliada a sua

capacidade de chegar à resposta correta a partir da retomada do texto, localizando, dentre

outras informações, aquela que foi solicitada. Dessa forma, ao reler o texto, o estudante

poderia encontrar a resposta correta, explicitamente, no primeiro parágrafo do texto.