Avanços científicos e tecnológicos em sistemas prediais ... · quantidade de pessoas e...

ECV4263 Profs. Enedir Ghisi – Luis A. Gómez Como estou Lecionando? Ligue 331-9418

AvanAvançços cientos cientííficos e tecnolficos e tecnolóógicos em gicos em sistemas prediais; sistemas prediais;

NormalizaNormalizaçãçãoo


Índice

• Tarifação - CASAN• Legislação

– Lei de águas pluviais de Santo André-SP– Lei de cheias de SP-SP– Código de Obras de Guarulhos-SP– Lei estadual SC– Lei municipal de SP-SP

• Medição Individual de consumo• Implantação de Programas de Uso racional


Tarifa CASANTarifa CASAN

Estrutura tarifária: com Hidrómetro

Categoria Faixa Consumo m³

Água R$/m³Residencial

"B" 12

0 a 1011 a 25

1,2702,161

3 Maior 25 2,940Exemplo: UMA RESIDÊNCIA COM CONSUMO = 27 m³ (Água + Esgoto)

1. 10 m³ x 1,270 = 12,70 x 1,80 = 22,862. 15 m³ x 2,161 = 32,415 x 1,80 = 58,3473. 02 m³ x 2,940= 5,88 x 1,80 = 10,584

TOTAL C/ESGOTO R$ 91,79

•Tarifa de Esgoto = 80% (oitenta porcento) da tarifa de água impresso na fatura.•Faturamento mínimo 10 m3



EDIFÍCIO COM 15 ECONOMIAS RESIDENCIAIS CONSUMO = 300 m³ (Água + Esgoto)

1. 300 m³ /15 = 20 m³2. 15 ECON. x 10m³ x 1,270 = 190,50 x 1,80 = 342,903. 15 ECON. x 10 m³ x 2,161 = 324,15 x 1,80 = 583,47

TOTAL C/ESGOTO R$ 926,37



Estrutura tarifária: Por Tomada

CONSUMO ESTIMADO Categoria Residencial "B" –

N° de Tomadas Consumo (m3) Conta Água (R$) Conta Esgoto (R$)

Até 05 10 12,70 10,16

06 12 17,02 13,62

07 14 21,34 17,08

08 16 25,67 20,53

09 18 29,99 23,99

10 20 34,31 27,45

11 22 38,63 30,91

12 24 42,95 34,36

13 26 48,06 38,44



Tarifa Casan

0,0010,0020,0030,0040,0050,0060,0070,0080,00

0 5 10 15 20 25 30 35

[m3]

[R$]


Legislação: Projeto de Lei Estadual (SC) do Dep. Francisco de Assis

Projeto de Lei 012/2003 - Data: fev-2003

• Dispõe da instalação de Dispositivos de Redução do consumo de água em novos edifícios públicos:– Torneiras e registros acionados

manualmente com ciclo de fechamento automático ou sensor de presencia.

– Torneiras com acionamento restrito para áreas externas

– Bacias com Volume e descarga reduzido.


Legislação: Lei 13.276 de Prevenção das cheias urbanas SP-SP

• Obriga a execução de reservatórios para as águas coletadas por coberturas e pavimentos em lotes edificados ou não com área impermeabilizada maior que 500m2.

• Volume do reservatório:

V = 0,15 *Ai*IP*t

Onde:

V = volume em [m3]

Ai = Área impermeabilizada [m2]

IP = Índice Pluviométrico = 0,06m/h

t = tempo de chuva = 1 h


Legislação: Lei 13.276 de Prevenção das cheias urbanas SP-SP

• Destino da água coletada– Infiltração no solo (preferencial)– Despejada na rede pública após 1 hora ou– Utilizada com fins não potáveis.

• Estacionamentos: – Mínimo de 30% da sua área com piso

natural ou drenante


Legislação: Lei 7.606 de Taxa de drenagem de águas pluviais S.André-SP

• Justifica o custo na utilização efetiva ou possibilidade de utilização das redes de drenagem de águas pluviais

• Valor:TD =p*V

p = P/Vt

V= 1,072*10-7*c*i*A

Onde:

TD = Taxa de Drenagem[R$]

p= custo médio mensal de operação do sistema [R$/m3]

P= custo total de operação [R$]

Vt = volume total conduzido [m3]

c = Coeficiente de impermeabilização

A = Área do imóvel m2

i = Índice pluviométrico mm/h



Índice pluviométrico: fórmula de Pfasteter

Onde:

tc = tempo de concentração [min]

Tr = Taxa de retorno [anos]

i= (3.362,7* Tr0,172/(tc+22)1,025

Tempo de concentração (Tc) é o tempo necessário par que toda a área da bacia contribua para o escoamento superficial na secção de saída.

Em pequenas bacias, o que é o caso, o tempo de concentração é o tempo após o qual todos os pontos dela estão a contribuir para o escoamento e após o qual este escoamento permanece constante enquanto a chuva for constante.



• Problemas:– Não indica o Período de Retorno – Não especifica se o Tempo de

concentração será medido, calculado caso a caso ou será único para todo o município


Legislação: Código de Obras –Escoamento d´água de Guarulhos - SP

• Conjuntos habitacionais, áreas comerciais e industriais com mais de 1 Ha deverão apresentar plano de reservatório

• Lotes urbanos: é obrigatória a construção de reservatório de retenção:– 125 m2 Volume de 500l– 500 m2 Volume de 2500l– 600 m2 Volume de 3500l– Acima: Volume de 6 litros por m2


Legislação: Lei Municipal 12.638 SP - SP

• 06/05/1998 institui a obrigatoriedade de instalação de Hidrômetros em cada uma das unidade habitacionais dos prédios de apartamentos.


Medição Individual: Conceito

• Consiste na instalação de um hidrômetro em cada unidade (economia), de modo que seja possível medir o seu consumo e emitir uma conta individual.

• A conta de Água/Esgotos será emitida para cada economia, com base no consumo individual acrescido da parcela rateada do consumo comum do prédio.


Medição Coletiva: Conceito

• A conta de água é rateada igualmente com todos os condôminos.

• Não existe maiores estímulos para a economia no consumo.

• Quando alguns condôminos não contribuem para o pagamento da conta, a ligação pode ser cortada.


Medição Individual nas Empresas

• Surge a partir do pleito de um grupo de moradores de edifícios populares.

• Código de Proteção ao Consumidor, as Empresas se vêm na obrigação de estudar mais profundamente o problema.

• Problemas sérios de abastecimento


Medição Individual: Aspectos Técnicos

• As instalações hidráulicas dos edifícios deverão ser executadas de forma a permitir a alimentação de água, através de um único ponto.

• As instalações hidráulicas e o hidrômetro deverão ser dimensionados de forma a não prejudicar o abastecimento, quando da simultaneidade de utilização dos pontos de consumo. Não será permitida qualquer tipo de interligação entre as instalações hidráulicas das unidades habitacionais distintas.

• Está vedada a utilização de válvulas de descarga nos apartamentos com medição individualizada.

• Os hidrômetros deverão ser instalados em locais de fácil acesso,de forma padronizada, protegidos adequadamente.


Medição Individual: Aspectos Comerciais

Quanto ao Cadastro Comercial:• Cada edifício deve ter sua própria matrícula, para a qual não

será emitida conta, servindo para apuração do consumo global

• Cada unidade habitacional deve ser cadastrada como uma ligação, recebendo número de matrícula próprio.

• As unidades habitacionais do edifício com contas individuais, deverão ser cadastradas com suas respectivas áreas, quantidade de pessoas e categorias, visando possibilitar o rateio do consumo.

• Após o cadastramento, deverá ser realizada a associação, pelo sistema de processamento de dados, das matrículas das diversas unidades com a matrícula correspondente ao edifício.



Quanto aos Processos de Faturamento e Cobrança:

• A conta de água/esgoto de cada unidade habitacional será emitida com base nas leituras verificadas no seu hidrômetro, acrescida do rateio do consumo comum do edifício.

• O rateio do consumo comum do edifício é efetuado em função da diferença obtida entre o consumo global do prédio e o somatório dos consumos individuais.

• Quando o consumo global for inferior em mais de 5% ao somatório dos consumos individuais, o volume a ser creditado em função do rateio será limitado ao volume total dos reservatórios do edifício.



• As contas mensais deverão apresentar, em campo específico, o volume rateado para aquela economia.

• O faturamento dos serviços de esgotamento sanitário será emitido com base no consumo de água de cada unidade habitacional acrescido do consumo rateado.

• O corte do fornecimento de água das unidades habitacionais com medição individualizada, dar-se-á com a retirada do hidrômetro individual.


Medição Individual: Aspectos Legais

Para a execução da medição individualizada em edifícios

antigos é necessária a adesão de todos os proprietários, os

quais firmarão um termo de compromisso que estabelece

os procedimentos para a individualização das faturas

mensais de água/esgotos.


Medição Individual: Dimensionamento do Hidrômetro

• O conceito de dimensionamento do hidrômetro a ser instalado nos apartamentos é diferente do utilizado para o dimensionamento dos hidrômetros instalados na medição de casas e outros usuários térreos, no Brasil.

• O dimensionamento de hidrômetros destinados a apartamentos deve considerar as vazões nos pontos de consumo, considerando o aspecto de utilização simultânea de vários pontos. Não alimentam só uma caixa d´água.


Medição Individual: Dimensionamento do Hidrômetro

PONTOS DE UTILIZAÇÃO VAZÃO (L/S) PESO

Bica De Banheiro 0,30 1,00

Caixa de Descarga para Bacia Sanitária 0,15 0,30

Chuveiro 0,20 0,50

Máquina de Lavar Prato ou Roupa 0,30 1,00

Torneira de Lavatório (Água Fria) 0,20 0,50

Torneira de Pia de Cozinha 0,25 0,70

Torneira de Pia de Despejo ou de Tanque de Lavar Roupa 0,30 1,00

Válvula de Descarga para Bacia Sanitária 1,90 40,00

Válvula de Descarga para Mictório Auto-Aspirante 0,50 2,80

NBR 5626 - Vazões de Projeto e Pesos Relativos dos Pontos de Utilização


Medição Individual: Esquema de Medição


Medidores Individuais: Caso Pretoria RSA

• Tentativa 1: Manter medidores únicos e fixar quotas por edifício, com tarifas escalonadas, conforme o consumo real em relação a cada quota (70% do consumo histórico medido):

1,000>200%

0,500150-200%

0,275100-150%

0,2000-100%

Tarifa U$S/m3% da quota fixada



• Resultados: razoáveis: Reparação de vazamentos.• Penalidade diluída por todos os apartamentos

Consumo Médio

0

100

200

300

400

500

600

l/dia

/apa

rtem

ento

Tarifa Plana 1

Tarifa Plana 2

Tarifa Escalonada 1

Tarifa Escalonada 2



• Tentativa 2: Medidores individuais

0100200300400500600700

mar

/86

abr/8

6

mai

/86

jun/

86

jul/8

6

ago/

86

set/8

6

out/8

6

nov/

86

dez/

86

jan/

87

fev/

87

Con

sum

o m

édio

[l/a

pto/

dia]

Bulk Metered Individual Metered


Medidores Individuais:Caso Guarulhos - SP

• Conjunto habitacional de 78 blocos• Cada bloco com 3 pavimentos e 20

apartamentos por piso• Área de cada apartamento de 52,5m2

• Medição de consumo:– 30 blocos (40%) com medição coletiva– 48 blocos (60%) com medição individual


Medidores Individuais:Caso Guarulhos - PLANTA


Medidores Individuais:Guarulhos – Sistema hidrosanitário

• Sem caixa d´água• 20 prumadas por bloco• Aquecedores de passagem


Medidores Individuais:Guarulhos – Caracterização da ocupação

0

5

10

15

20

25

30

35

40

1 2 3 4 5 6

Nro de habitantes

%

• Moda = 4 habitantes/ap• Média = 3,4 habitantes/ap• Máx = 6 habitantes/ap• Min = 1 habitantes/ap

Mesma distribuição nos dois grupos

de blocos


Medidores Individuais:Guarulhos – Caracterização da ocupação

010

2030

405060

7080

90100

MA TA NO MA

%

Ocupação• Manhã 6 12Hs• Tarde 12 18Hs• Noite 18 24Hs• Madr. 0 6Hs

Mesma distribuição nos dois grupos de blocos


Medidores Individuais:Guarulhos – Consumo Médio Mensal

0

5

10

15

20

25m

ar/9

9

abr/9

9

mai

/99

jun/

99

jul/9

9

ago/

99

set/9

9

out/9

9

nov/

99

dez/

99

jan/

00

fev/

00

mar

/00

abr/0

0

mai

/00

jun/

00

Con

sum

o m

édio

[m3/

apto

/mes

]Medição Coletiva Medição Inidividual


Medidores Individuais:Guarulhos – Hábitos

• Ruins– Banhos acima de 20 min– Lavar louças,faces, barbear escovar dentes com torneira

aberta– Usar o vaso como lixeira– Fechamento inadequado de torneiras– Acionar mais de uma vez a descarga do vaso– Operar máquina de lavar roupa com menor capacidade

• Bons– Reciclagem de água da água da máquina de lavar roupa– Armazenamento e reutilização da água do tanque


Medidores Individuais:Guarulhos – Satisfação

• Medição Justa• Conta menor• Deteção de

vazamentos• Facilidade de

manutenção

0

5

10

15

20

25

30

MJ CM DV FV

Medição InidividualMedição Coletiva


Medidores Individuais:Guarulhos – Insatisfação

• Medição Injusta• Conta Maior• Desconhecimento

do consumo• Custo de

Manutenção• Vazamentos não

detetados• Tarifa mínima

(<10m3)• Conta de água

maior que em casas

0

5

10

15

20

25

30

35

MI CM DC CsM VnD TM CMC

Medição InidividualMedição Coletiva


Metodologia para a implantação e programas de uso racional de água

• Estratégia do PURA – USP– Ações Econômicas:

• Incentivos e desincentivos• Incentivos não monetários (imagem da empresa)

– Ações Sociais• Campanhas educativas• Adequação de procedimentos• Mudanças de comportamento

– Ações Tecnológicas• Sistemas e componentes economizadores de água• Medição setorizada• Reaproveitamento• Deteção de vazamentos


Estratégia do PURA – USP

1. Auditoria2. Diagnóstico3. Plano de intervenção4. Avaliação


Estratégia do PURA – USP:Auditoria

• Levantamento do IC indicador de consumo: volume consumido em um período, num setor e por um determinado número de agentes– litros/pessoa/dia– litros/aluno/dia– litros/leito/dia

• O IC será usado como referência, para a avaliação do impacto do programa



• Diagnóstico preliminar– Se obtém um ICe (indicador de Consumo

estimado). Pode ser um valor obtido de edificações similares ou uma média histórica.

– Se obtém um ICh (Indicador de Consumo histórico



• Levantamento do Edifício– Sistema hidráulico predial– Vazamentos visíveis e invisíveis– Sistemas hidráulicos especiais– Procedimento dos usuários


Estratégia do PURA – USP:Diagnóstico

• Consumo de água no período histórico• Número de agentes consumidores• Valor do IC no período histórico• Desperdício estimado• Perdas por vazamentos• Perda diária total• Consumo em sistemas hidráulicos especiais• Procedimentos inadequados de agentes


Estratégia do PURA – USP:Plano de Intervenção

• Campanha de concientização• Correção de vazamentos• Substituição de componentes• Redução de perdas e reaproveitamento• Campanha educativa


Estratégia do PURA – USP:Avaliação do impacto

• IR = (IC antes – IC depois)/IC antes*100

– Onde:• IR=impacto de redução por agente consumidor• IC antes = Indicador de Consumo antes do plano• IC depois = Indicador de Consumo depois do plano

• IR no caso – InCor foi de 39,3%– Escola estadual Fernando Paes SP-SP de 95%


Referências

• 1. Montenegro, M. O conceito de desempenho e a redução de custos nas instalações hidráulicas pluviais in Simpósio sobre baratamento da construção habitacional, Salvador-BA. 1978

• 2. Amorim S, Gonçalves,O Estruturação de sistemas de informação para projeto dos sistemas hidráulicos prediais, Boletim Técnico da Escola Politécnica da USP – BT-PCC/182 São Paulo 1997.

• 3. Malan, G.J., The effect of individual meters on water consumption in apartment buildings, Seminário Internacional CIB W62, São Paulo,1987

• 4. Hollmberg, S.,Computer dimensioning of water supply systems with the use of continous filed meassurements as input data, Seminário Internacional CIB W62, São Paulo,1987


Referências

5. Montenegro, M.H., Vazão em instalações hidraulicas prediais e consumo domiciliar na cidade de São Paulo, Seminário Internacional CIB W62, São Paulo,1987

6. 6. Rozas, N Prado R. Implantação de sistemas de leitura automática de medidores de insumos prediais BTEP-USP BT/PCC319, São Paulo,2002

1. 7. Oliveira,H Gonçalves, O Metodologia para a implantação de programas de uso racional de água em edifícios

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