Aw protuguese 2012-1003

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Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia Março 2012 P regador Ideal Contınua 22 O Devo Comer Peixe? 11 Jugo Desigual? 14 Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia Feiticeiro O e o

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Ó r g ã o I n t e r n a c i o n a l d o s A d v e n t i s t a s d o S é t i m o D i a

Março 2012

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www.adventistworld.orgOnline: disponível em 13 idiomas

3 N O T Í C I A S D O M U N D O

3 Notícias & Fotos 6 Notícia Expecial 10 Igreja de Um Dia

A R T I G O D E C A P A

16O Feiticeiro e o Pregador

Por Wellesley MuirO feiticeiro queria poder e o pregador tinha um livro especial.

8 V I S Ã O M U N D I A L

Andando Segundo a Palavra: Um Grande Dever

Por Ted N. C. Wilson Como estamos transmitindo nossa fé para

a próxima geração?

12 D E V O C I O N A L

A Verdade que Conduz à Eternidade

Por Ramani Kurian A verdade não é apenas o que cremos;

mas, sobretudo, o que vivemos.

14 V I D A A D V E N T I S T A

Jugo Desigual? Por Karen Holford Orientações para uma vida a dois.

20 C R E N Ç A S F U N D A M E N T A I S

Acordando para a Eternidade Por Philip Rodonioff A morte não é o fim. A ressurreição de Jesus

assegura ao justo a vida eterna.

22 D E S C O B R I N D O O E S P Í R I T O D E P R O F E C I A

O Ideal Continua Por Humberto M. Rasi

O maior sistema educacional protestante do mundo foi previsto por Ellen G. White.

24 S E R V I Ç O A D V E N T I S T A

Malamulo: Posto Avançado de Deus

Por Adrienne James e Sandy Mattison Curando tanto a alma como o corpo.

11 S A Ú D E N O M U N D O

Devo Comer Peixe?

26 R E S P O S T A S A P E R G U N T A S B Í B L I C A S

A Arca da Aliança

27 E S T U D O B Í B L I C O

O Poder da Esperança

28 T R O C A D E I D E I A S

S E Ç Õ E S

Março 2012

Adventist World (ISSN 1557-5519) é editada 12 vezes por ano, na primeira quinta-feira do mês, pela Review and Herald Publishing Association. Copyright (c) 2005. Vol. 8, nº 3, Março de 2012.

2 Adventist World | Março 2012

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O orçamento da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia (AG) para 2012 financiará o trabalho missionário e o apoio administrativo fora da América do Norte, assim como o funcionamento da sede mundial da igreja.

O orçamento mundial da denomina-ção de cerca de 167 milhões de dólares para 2012, aloca 38,7 milhões de dólares para as doze divisões, exceto a Divisão Norte-Americana, com um adicional de 27,4 milhões para obreiros missionários que servem em outras divisões.

Os custos operacionais para a sede mundial da igreja em Silver Spring, Maryland, Estados Unidos, está limitado a 2% do dízimo mundial, que foi defini-do em 40,9 milhões de dólares para este ano. Os diretores financeiros informa-ram que a AG opera consistentemente com 2 milhões abaixo desse teto.

O orçamento mundial inclui apenas itens relacionados com a sede mundial da igreja e não inclui as entradas relatadas ou os orçamentos das suas treze divisões mundiais ou respectivas administrações locais e congregações. O orçamento mundial inclui o funcionamento da AG, obreiros inter-divisão, trabalho departamental mundial e subsídio para as divisões.

“É a fidelidade dos membros que torna possível o apoio a todos esses pro-gramas”, disse Juan R. Prestol, sub-tesoureiro mundial da Igreja. “A maioria dos doadores não é rica, mas vive com outras responsabilidades financeiras pesadas. A igreja tem sido recompensada pela fidelidade deles.”

O subsídio alocado para as divisões está entre 1,7 e 4,6 milhões de dólares. O orçamento para 2012 também inclui um acréscimo de 3% no valor dos subsídios. Em anos anteriores, essa quantia foi concedida no final do ano como orçamento complementar. Este ano, os 3% estão sendo oferecidos no início do ano como item orçado.

Prestol afirmou que cerca de 65% dos recursos da denominação são pagos em dólares norte-americanos, reais brasileiros, euro, dólar canaden-se, dólar australiano, peso mexicano e won coreano.

As entradas de dízimos vindos da América no Norte continuam está-veis, sendo que os dízimos e as ofertas para as missões, vindo das divisões estrangeiras, aumentaram. De acordo com Prestol, estima-se que entre 30 e 40% desse recurso seja afetado pelas taxas de câmbio.

A América do Norte continua sendo a maior doadora de ofertas para as missões. Em 2010, a América do Norte doou cerca de 23,6 milhões de dólares para as missões, cerca de um terço do total de 70,9 milhões das ofertas missionárias. – Rede Adventista de Notícias.

N O T Í C I A S D O M U N D O

Orçamento Mundial da Igreja Prioriza a Missão

DINHEIRO PARA A MISSÃO: Juan R. Prestol, sub-tesoureiro da Associação Geral, falou recentemente sobre o orçamento mundial da Igreja para 2012.

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A História da Conexão

As “cartas missionárias” (informativo mundial das missões), como as chamamos

por 150 anos, reuniram ávidos adventistas do sétimo dia ao redor de pessoas que expe-rimentaram o poder de Deus em ação em lugares exóticos e distantes. Densas florestas tropicais desabrocham na imaginação; anjos brilhantes protegem os crentes de animais ferozes ou de guerreiros selvagens; e obstácu-los maiores que a Cortina de Ferro caem para que o evangelho avance. Uma linha comum une dez mil histórias: a semente de mostarda cresce; o Reino se expande; o Dia se aproxima.

O artigo de capa deste mês traz outra história missionária fascinante: “O Feiticeiro e o Pregador”. Contada por um missionário experiente, ela remonta à história da missão adventista na América do Sul e faz com que chegue poderosamente ao presente.

Como toda boa história, essa fará com que você se lembre de outro conto – aquele que você conhece melhor do que ninguém – a história de como o reino está crescendo devido à sua submissão ao Senhor da missão. As cartas missionárias não são mais medidas pela distância de onde aconteceram ou quantos oceanos teve que atravessar quem as contou. As cartas missionárias – pelo menos as que os Céus prestam atenção – começam em sua rua, no seu bairro, no prédio em que você mora. Quando você envia um “tweet”, dá uma pequena atenção ao seu vizinho, ou conversa com alguém no supermercado, você produz material para as mais interessantes histórias do Céu. O Senhor que tanto ensinou por meio de histórias não deseja outra coisa a não ser tomar sua fidelidade e conectá-la às histórias de outros em sua igreja ou comu-nidade que estejam submetendo as mãos e o coração a Deus. Imagino que em algum lugar no Céu, haja uma grande parede de histórias onde todas as conexões que não vemos agora – mas que algum dia serão conhecidas – estão escritas, acalentadas e aplaudidas.

O autor do hino nos lembra que “Somos uma história de misericórdia / Somos um ato da graça”. Neste mês, ao ler a emocionante

história missionária, decida também fazer parte de uma delas, para

que, um dia, o Céu conte sobre seu serviço.

Março 2012 | Adventist World 3

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Lei Húngara de Maio Desafia Registro da Igreja

Continua a saga para assegurar a posição legal da Igreja na Hungria, a despeito do que os defensores da liberdade religiosa chamaram de boas notícias no final do ano passado, quando o Tribunal Constitucional derrubou a controvertida Lei das Igrejas no país.

Antes dessa decisão, mais de trezentas igrejas minoritárias, entre elas a Igreja Adventista do Sétimo Dia, foram con-denadas a perder seu registro legal na Hungria, no dia 1º de janeiro, quando poderiam requerer nova abertura de pro-cesso. Com a chegada do Ano Novo, essas igrejas estão enfrentando situação similar.

O Tribunal Constitucional do país anulou a Lei das Igrejas basicamente por motivos técnicos. No dia 30 de dezembro, o partido de maioria conservadora “facilmente” reintroduziu e passou essencialmente a mesma lei, efetivada em 1 de janeiro, informou Dwayne Leslie, representante legislativo mundial da Igreja Adventista, em Washington, D.C., EUA.

O Parlamento húngaro afirma que a lei é necessária para evitar que empresas ou pessoas físicas se escondam atrás de igrejas de fachada para desfrutar de direitos e privilégios. Além disso, a maioria governamental insiste no fato de que a lei não restringe a liberdade religiosa. Ela não “proíbe” o culto de nenhuma tradição de fé, escreveu recentemente Zoltan Kovacs, ministro das comunica-ções húngaro, para o Wall Street Journal.

Kovacs declarou que a lei simplesmente destaca como as igrejas podem receber reconhecimento oficial “se mostrarem que são suficientemente populares”. Uma condição requer que a igreja prove história de mais de uma década no país e possua mais de mil membros.

O governo húngaro está “se esfor-çando para explicar para a comunidade internacional que esse não é um assunto

de direitos humanos”, disse Ganoune Diop, representante mundial da Igreja nas Nações Unidas (ONU).

“A situação na Hungria é bastante complexa, e há várias questões em jogo: econômicas, judiciais e legislativas. À frente dessas questões está a religiosa. O governo vê o descredenciamento das igrejas como uma resposta, em parte, ao tremendo desafio que o país está enfren-tando”, explicou Diop. “Alguns especia-listas até já previram maior recessão no horizonte húngaro”, acrescentou.

Muitos membros da comunidade in-ternacional de liberdade religiosa afirmam que a despeito das dificuldades internas do país, a lei impõe desafios indevidos sobre organizações religiosas legítimas.

“Agora não temos apenas uma defi-nição do que a Igreja é constituída, mas para nos tornar uma religião oficial, precisamos dos votos de dois terços do Parlamento, que em nossa opinião, é problemático”, completou Leslie.

Os líderes adventistas na Hungria afirmaram que atualmente, 82 da mes-ma minoria de 300 religiões descadas-tradas pela recente lei reinscreveram-se para o registro oficial, entre elas a Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Analistas da liberdade religiosa ex-plicaram que as previsões da lei indicam que as igrejas que já se reinscreveram para novo registro não sentirão a lacuna no reconhecimento oficial. Será mantido o registro anterior enquanto a decisão sobre seu novo registro transita pelo Parlamento.

Os líderes da Igreja na Hungria relataram que “a comunicação com o governo” sugere que a Igreja Adventista do Sétimo Dia receberá de volta sua con-dição oficial. “Um fator positivo na nova lei é que ela não proíbe as denominações de usarem o termo ‘igreja’, mesmo não sendo aceitas pelo Parlamento”, afirmou Tamas Ocsai, presidente da União Asso-ciação Húngara. Ele acrescentou que as igrejas que não receberem o reconheci-

mento oficial do Parlamento receberão o título de “associação religiosa”.

“Esperamos que algumas igrejas na Hungria – inclusive a adventista do sétimo dia, que existe no país há mais de um século – receba uma resposta positiva [no próximo mês]”, declarou John Graz, diretor de relações públicas e liberdade religiosa para a Igreja Adventista. “Solicitamos as orações dos irmãos pela liberdade religiosa na Hungria, para que nossa Igreja e ou-tras possam funcionar como no passado para o bem das nações.”

A Divisão Trans-Europeia, liderança máxima dos adventistas do sétimo dia na Hungria, e a comunidade mundial de liberdade religiosa da Igreja continuarão monitorando de perto a situação. – Rede Adventista de Notícias.

Adventistas Ajudam na Educação de Órfãos na Índia

Menos da metade das crianças da Índia vão para a escola. Muitas são orfãs e vivem em pobreza extrema nas favelas do país. Um ministério de apoio da Igreja Adventista do Sétimo Dia na região está investindo no futuro dessas crianças.

N O T Í C I A S D O M U N D O

REGISTRO DA IGREJA: John Graz, diretor do Departamento de Relações Públicas e Liberdade Religiosa da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, monitora, da sede da denominação, a situação do registro oficial da Igreja na Hungria. Os líderes da Igreja na Europa relatam que a Igreja Adventista possivelmente receberá novamente o registro.

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N O T Í C I A S D O M U N D O

O ministério Asian Aid está cons-truindo um novo orfanato para 70 órfãos que hoje moram em um lar lotado, nos subúrbios de Bobbili, Índia. O Orfanato Sunrise, planejado para começar a funcionar no início do próximo ano, pode abrigar mais do que o dobro de crianças carentes.

O terreno de doze acres do Sunrise dará ao orfanato uma fonte de renda com a possibilidade de plantar alimento para o consumo próprio e para venda. Cada criança plantará um canteiro de vegetais para aprender essa habilidade e o valor do trabalho, noticiou um comunicado de imprensa do ministério.

Fundada na Austrália há 40 anos, o Asian Aid tem agora um escritório nos Estados Unidos, em Collegedale, Tennessee, além da sede em Wauchope, New South Wales. O ministério admi-nistra mais de cem escolas e orfanatos na Índia, Nepal, Bangladesh e Sri Lanka. Por meio de bolsas de estudos, o Asian Aid mantém 8.500 crianças nas escolas adventistas da região.

“Não estamos apenas dando-lhes estudo, mas levando-os a Jesus”, conta Jim Rennie, CEO da Asian Aid. “Patrocinar uma criança é realmente uma atividade missionária diária. Se alguém deseja saber se está fazendo diferença no campo missionário, pode saber.”

A bolsa de estudos básica cobre os custos do ensino numa escola adventista local, e os patrocínios mais elevados, cobrem também as despesas com alojamento e alimentação.

Rennie afirma que os órfãos na Índia muitas vezes são abandonados ao ostracismo pela sociedade. Um exemplo recente foi a criança que a atual equipe do Orfanato Sunrise encontrou amar-rada a um poste no quintal.

“Ela deixou de ser a menininha assustada para se transformar em uma das crianças felizes do Sunrise, que ganhou um casal amoroso e espiritual para cuidar dela. Foi maravilhoso

ver a diferença naquela garotinha”, explicou Rennie.

O ministério Asian Aid não está limitado a bolsas de estudos. Ele tam-bém supervisiona uma série de projetos, como fornecer fontes de água limpa, alfabetização, cursos profissionalizantes para adultos e cuidados médicos para as populações carentes, inclusive para as mulheres nepalesas e comunida-des de leprosos. O Asian Aid também oferece abrigo para as mulheres que escaparam do tráfico humano. – Rede Adventista de Notícias.

Adventistas Britânicos Preparam-se para Testemunho Olímpico

Dez mil ingressos para a natação sincro-nizada nas Olimpíadas de Londres já devem estar vendidos, porém, os mais de dez mil membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia na região de Londres estão sincronizan-do seu testemunho e as atividades comu-nitárias para coincidir com o maior evento esportivo já realizado na Grã Bretanha.

Entre os adventistas já comprometidos ao voluntariado durante as Olimpíadas, está Richar Daly, pastor da igreja de Croydon. Como parte da equipe de capelães, sua atividade será trabalhar com os atletas, administradores e outros voluntários cristãos, realizando cultos, orações, estudos bíblicos na vila olímpica e em outros locais da Arena Olímpica. Ele afirma: “Como ex-atleta que competiu em nível nacional,

AsianAid.org

Para saber mais sobre esse ministério, visite a página

De cima para baixo: NOVO ORFANATO: Vista do novo Orfanato Sunrise, próximo a Bobbili, Índia, que abrigará mais de cem crianças. AJUDANDO CRIANÇAS: Órfãos mantidos pelo ministério Asian Aid recebem alimento, abrigo e educação cristã nas escolas adventistas da região.

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Um agricultor da Coreia do Sul, de 72 anos de idade, passa seis horas, diariamente, cultivando um tipo diferente de lavoura: copia, à mão, o texto da Bíblia e de vários livros

de autoria da co-fundadora da Igreja Adventista do Sétimo Dia, Ellen G. White.

Nam Yong Han, ancião da igreja de Chilbo, na Associação Sudoeste-Coreana, administra uma fazenda orgânica onde cultiva vários tipos de frutas e vegetais. Suas técnicas de cultura agrícola já foram ensinadas em vários países, como a República da Coreia, China, Coreia do Norte, Filipinas e Bangladesh.

Há nove anos, em janeiro de 2003, quando trabalhava como missionário em Pequim, China, Han começou a copiar textos bíblicos, processo que ele chama de “transcrição”. Até outubro de 2011, já havia copiado sete vezes a Bíblia completa, como também os livros da série O Conflito dos Séculos e Testemunhos para a Igreja, de Ellen G. White. Han disse que as horas que passa transcrevendo são os momentos mais felizes de sua vida.

Recentemente ele concedeu esta entrevista:

Por que razão o senhor começou a transcrever a Bíblia e os livros de Ellen G. White?Há cinquenta anos eu decidi caminhar pela fé. Após ter provado os prazeres e as amarguras da vida, era meu desejo depender completamente do meu Senhor e ser mais semelhante a Ele. No ano de 2000, tive a chance de morar em Pequim, China, e lá trabalhar para o evangelho. O Senhor me deu muitas alegrias e bênçãos, além dos sofrimentos e provações. Fui preso e investiga-do pelo Gabinete de Segurança Pública da China por atividades religiosas. Percebi, então, que necessitava estar mais perto de Deus mesmo nos tempos difíceis e iniciei a transcrição da Bíblia no dia 7 de janeiro de 2003, em Pequim. Além disso, eu costu-mava dar palestras para funcionários do governo e agricultores P

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Adventista Atribui seuCrescımento

Copiar o Texto BíblicoReportagem: Suk Hee Han, diretor de comunicação da Divisão do Pacífico Norte-Asiático

é um privilégio combinar meu gosto pelo esporte com meu chamado para ministro. Acima de tudo, é um privilégio representar minha Igreja.” E acrescenta que está muito feliz de saber que a Igreja Adventista do Sétimo Dia está entre as igrejas tradicionais do Reino Unido nessa atividade.

Colin Stewart é o representante adventista da comissão organizadora do “Going for Gold” (Em Busca do Ouro). Ele declara que há várias maneiras de as igrejas e pessoas se envolverem.

Sam Davis, presidente da Associação do Sul da Inglaterra, advertiu que “não podemos passar por 2012 e perder a maior festa cultural bem aqui em nossa porta – as Olimpíadas de Londres. Nem todos se interessam pelos esportes, mas estamos idealmente localizados para aproveitar, ao máximo, essa celebração cultural”. E, acres-centa: “Insisto para que todos façam planos para o evangelismo em julho e agosto” de 2012, considerando que a diversidade da Igreja e as muitas línguas representadas, são um recurso para testemunhar durante o período das Olimipíadas. – Victor Hulbert

PRONTOS PARA TESTEMUNHAR: Os membros da equipe “Live London” dos adventistas do sétimo dia posam no Estádio Olímpico em maio de 2011. Mais de dez mil adventistas dentro e ao redor de Londres estão se preparando para testemunhar durante o que se espera ser o maior evento esportivo da Grã Bretanha.

Espırıtuala

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Projeto de nove anos transforma vida de Nam Yong Han

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N O T Í C I A S D O M U N D O

entanto, é doce como o favo de mel e me ajuda a superar essas fraquezas físicas.

Quais são os resultados, benefícios e bênçãos das transcrições?Eu era uma pessoa agressiva e impetuosa por natureza. Pela transcrição, porém, pude perceber quão pecador e sem espe-rança eu era. Enquanto transcrevia a Bíblia, senti meu coração amolecer e minhas tendências agressivas desaparecerem definitivamente. Além disso, a dor em meus olhos, costas e pernas também desapareceram e atualmente posso transcrever por mais de dez horas. Dou graças a Deus por remover essas enfermidades do meu corpo e por me abençoar com Sua Palavra. Entre os incontáveis benefícios e bênçãos, o mais impressionante é que posso compartilhar da Palavra de Deus e ter comunhão espiritual, andando e falando com Ele. Assim, creio que estou me tornando mais semelhante a Jesus.

Qual é o maior desejo do seu coração?Quero ser alguém que, enquanto o Senhor permitir, por meio da transcrição esteja pronto para a vinda do reino. Quero, também, praticar fielmente minhas responsabilidades como cristão. Outro desejo é transcrever a Bíblia dez vezes, para que o reavivamento e a reforma possam acontecer em minha vida. Espero que os adventistas de todo mundo [por meio da transcrição] possam experimentar as bênçãos e o mesmo benefício espiritual. ■

Adventista Atribui seu

na China; para fazer isso, tinha que incorporar e memorizar a Palavra de Deus ao máximo, para que me lembrasse dela em qualquer tempo ou lugar.

O que o senhor transcreveu e quantas vezes? Até agora, transcrevi a Bíblia sete vezes, sendo uma das vezes no idioma chinês. Acabei, também, de transcrever os livros da série O Conflito dos Séculos e a série Testemunhos para a Igreja. Fiz biombos com os papéis da transcrição. Essa é ainda uma atividade em curso que se tornou parte importante da minha vida, que preciso realizar todos os dias. Quando comecei a transcrever a Bíblia, descobri que para alguém que deseja de-corar e compreender a Palavra, copiar uma vez é muito melhor do que ler dez vezes. Quanto mais transcrevo, mais sou grato a Deus pelo Seu profundo amor e maravilhoso plano para mim.

Fale mais sobre a transcrição da Bíblia. Desde que comecei a transcrição, tenho feito isso regular-mente, seis horas por dia. Enquanto transcrevo, sinto como se estivesse falando com o Senhor face a face e tornando-me íntimo dEle; tenho experimentado quão doce é Sua Palavra, mas, ao mesmo tempo, tenho enfrentado sofrimentos. Como sou um veterano ferido, não posso ficar sentado por muito tempo devido a forte dor na perna e nas costas. A transcrição contínua também prejudicou minha visão e provoca severa dor em meu punho, braço e ombro. A Palavra de Deus, no

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Março 2012 | Adventist World 7

Projeto de nove anos transforma vida de Nam Yong HanEsquerda: COPIANDO A MÃO: Nam Yong Han, agricultor coreano e adventista do sétimo dia, já copiou todo o texto da Bíblia Sagrada, à mão, num total de sete vezes nos últimos nove anos, inclusive uma cópia no idioma chinês. Destaque: SANTIDADE PELA CÓPIA À MÃO: Han diz que sua cópia à mão, a qual chama de transcrição, levou-o para mais perto de Deus e abrandou suas atitudes. Direita: SÉRIE CONFLITO: Além da Bíblia, Han copiou a série de livros O Conflito dos Séculos, de Ellen G. White, pioneira e co-fundadora do movimento adventista do sétimo dia.

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Certo sábado, há pouco tempo, tive o privilégio de participar de um culto com 67 mil pessoas

no Estádio da Cidalela, em Luanda, Angola. Durante o programa, assistimos milhares de jovens com uniformes do Clube de Desbravadores e do Ministério Jovem marchando para o Senhor. Foi magnífico! Poucos dias depois, mais uma vez, ficamos maravilhados ao encontrarmos com milhares de jovens adventistas em Bongo, Angola, e na Cidade do Cabo, África do Sul.

Ao viajar para vários lugares em todo o mundo, minha maior alegria é encon-trar-me com jovens e adultos jovens, e louvo ao Senhor por haver tantos deles comprometidos com Cristo e com a mensagem adventista do sétimo dia.

Como família de uma igreja mun-dial, temos uma grande e especial obrigação para com esses jovens: ajudá-los a ver Jesus em toda a Sua beleza, aceitar a Ele e à Sua justiça, engajá-los na missão da igreja e, acima de tudo, indicar-lhes o breve retorno de Cristo.

Prioridades para os JovensAs prioridades e os métodos para o

ministério jovem têm sido amplamente discutidos. Um dos assuntos mais controvertidos tem sido a questão da adoração e, particularmente, dos estilos de culto e as escolhas musicais. Alguns creem que a maneira de atrair e manter os jovens na igreja é oferecer um culto mais “contemporâneo”, inclusive com bandas de “rock cristão”, formas místicas de oração e abordagens teológicas equivocadas extraídas do movimento da igreja emergente. Às vezes, alguns oradores famosos não adventistas são convidados para fazer sua palestra durante o horário do culto. Mas será que é isso mesmo que os jovens e jovens adultos adventistas estão buscando?

Durante a assembleia da Associação Geral de 2010, foi realizada uma pes-quisa informal pelo departamento de Avaliação e Efetividade do Programa da Associação Geral. Perguntaram aos participantes: “O que você gostaria de

Um Grande Dever

dizer a sua igreja?” E foram convidados a compartilhar suas ideias escrevendo-as. As 253 pessoas pesquisadas eram quase que igualmente divididas entre homens e mulheres, muitas delas com menos de 35 anos de idade.

Entre os assuntos abordados, um dos mais comuns foi como manter os jovens e adultos jovens na igreja, e muitas das soluções sugeridas vieram dos próprios jovens. O resultado foi revelador. Se quisermos que permane-çam, a igreja deveria:

1. Ensinar os princípios bíblicos e a essência do cristianismo desde cedo, frequentemente e o máximo possível.

2. Realizar essa apresentação da verdade de modo atrativo, mas sem elementos profanos.

3. Integrar os jovens nas atividades e responsabilidades diárias da igreja.

4. Providenciar alternativas sociais onde os jovens possam se encontrar em

Por Ted N. C. Wilson

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grupos e participam do evangelismo e serviço na comunidade.

Obviamente, há outros eventos jovens que estão tentando se concen-trar na Palavra de Deus e diminuir o fator “entretenimento”. Ore por eles e incentive nossos líderes jovens a se concentrar na apresentação da Palavra de Deus, na oração e no testemunho.

Diversidade em Gosto e CulturaPor haver morado em quatro cul-

turas diferentes em vários continentes, para mim não é difícil compreender e apreciar a rica diversidade de culturas da qual é composta nossa família mun-dial da igreja. E, ao abordarmos esses assuntos particularmente controversos como adoração e música, há preferências culturais que precisamos compreender.

Há, entretanto, princípios bíblicos básicos que devem delinear o culto e a música em qualquer lugar do mundo, como os que encontramos em Filipenses 4:8: “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento” (ARA).

No fundo, na essência da vida, as pessoas são semelhantes e os princípios de Deus se aplicam a todos nós. Devemos nos tratar, uns aos outros e às outras culturas, com respeito e, normalmente, receberemos em retorno o mesmo nível de respeito. Devemos, no entanto, com-preender claramente que existe uma cul-tura secular e existe uma cultura bíblica (ou celestial) aplicável ao mundo inteiro.

Sendo TransformadosInfelizmente, a Igreja Adventista

do Sétimo Dia, em alguns lugares do mundo, tem a tendência de aceitar influências culturais mundanas não apropriadas para a igreja. Um dos nossos grandes problemas como parte da sociedade do século 21 é deixar que o mundo gradualmente mude nossa percepção do que é certo e apropriado –

o que é normativo tende a tornar-se padrão para a sociedade.

Somos aconselhados firmemente por Paulo, em Romanos 12:2 : “Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vos-sa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” A tradução de J. B. Phillips diz: “Não deixe que o mundo ao redor o force a moldar-se por ele.”

Segundo a PalavraEstou totalmente convencido de que

temos a grande obrigação de fazer todo o possível para incentivar os jovens ad-ventistas do sétimo dia a viver segundo a Palavra e não “segundo o mundo”. A preocupação com as influências secu-lares não é uma ênfase legalista com o propósito de fechar a igreja em suas próprias ideias; é devido ao fato de que o diabo, trazendo o “mundo” para den-tro da igreja, está fazendo o que pode para neutralizá-la. Creio que é contra isso que Paulo aconselha.

Isso está relacionado ao assunto das três mensagens angélicas de Apoca-lipse 14 – enaltecer a Jesus e Sua justiça, levar as pessoas de volta à verdadeira adoração a Deus e a sair da confusão de Babilônia em todas as áreas enfatizadas por ela. Não tenho dúvida de que o Espírito Santo trabalhará para que Sua igreja não seja neutralizada.

Reavivamento e reforma é humil-demente nos submetermos ao poder do Espírito Santo para que trabalhe em nós e nos guie a Cristo e Sua Palavra. Devemos desenvolver nosso trabalho e atividades sob a direção do Espírito Santo no contexto de Miqueias 6:8 – fazendo o que é correto, mas ao mesmo tempo praticando a justiça, amando a misericórdia e andando humildemente com nosso Deus – o que significa nos submetermos à Sua liderança.

Os Jovens são EssenciaisOs jovens e adultos jovens estão

desempenhando um papel vital no rea-vivamento e na reforma, e tenho plena

uma atmosfera cristã em vez de busca-rem entretenimentos antibíblicos.

5. Ouvir as ideias e perspectivas dos jovens.

6. Conhecer e ser amigo dos jovens.Curiosamente, uma leitura rápida

nas pesquisas e literatura cristã atuais mostram que os jovens adventistas não estão sozinhos no anseio por mais que entretenimento em sua experiência de adoração. Estão em busca de substância, substância bíblica.

Se pudermos engajar os jovens e adultos jovens no culto e num estudo genuíno da Bíblia, fazendo com que se sintam, realmente, parte da família da igreja, não necessitaremos de “entrete-nimento”. Podemos incluí-los na missão da igreja e serão vacinados contra as tentações de escorregar em qualquer outra coisa.

Ministério que Repercute nos Jovens

Está claro que esse tipo de ministério tem repercussão entre os jovens. No ano passado, tive o privilégio de visitar a Associação Baden-Wüttenburg (Ale-manha), na Divisão Euro-Africana. Ali, tive o prazer de participar no congresso jovem “Jovens em Missão”, patrocinado pela associação. A música foi soberba e os sermões fundamentados na Bíblia, com ênfase no serviço para Deus e pela humanidade. Foi um exemplo maravi-lhoso de abordagem bíblica e do Espírito de Profecia para o ministério jovem.

Na América do Norte, todos os anos, milhares de jovens comparecem às conferências jovens organizadas pela Generation of Youth for Christ (GYC) – [Geração Jovem para Cristo], um mi-nistério de apoio adventista cujos líderes são jovens profissionais que vivem em todos os Estados Unidos e Canadá. Durante as conferências do GYC, os parti-cipantes desfrutam de música edificante, participam de palestras profundamente bíblicas, de seminários de treinamento dirigidos por vários líderes adventistas, ouvem testemunhos inspiradores de seus colegas, realizam debates em pequenos

Segundo

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confiança de que continuarão a fazer parte da organização de atividades que enaltecerão a Cristo, Sua justiça, Seu breve retorno e Suas três mensa-gens angélicas. Quando falo sobre “Um Ano Para Mudar o Mundo” (veja Adventist World, outubro de 2011), é porque creio no envolvimento dos jovens da Igreja Adventista do Sétimo Dia no serviço evangelístico cristão do presente e do futuro. Sob a direção de Deus, eles são e serão uma força poderosa.

Lembremo-nos sempre de que “temos, hoje, um exército de jovens que muito pode fazer se forem devidamente incentivados e dirigidos. Queremos que nossos filhos creiam na verdade. Queremos que sejam abençoados por Deus. Queremos que façam parte de planos bem organizados para ajudar outros jovens. Que sejam bem treinados de modo a representarem corretamente a verdade, demonstrando que há razão para a esperança que possuem e conhecendo Deus em qualquer ramo de trabalho para o qual estão qualificados” (Ellen G. White, General Conference Bulletin, 29 de janeiro de 1893, p. 24).

Quero convidá-lo, especialmente se você for jovem, a compartilhar suas ideias sobre esse assunto tão impor-tante. Como você está evolvido na vida da igreja? O que você mais gosta e o que você gostaria que fosse mudado na região onde você vive? Envie suas ideias:

Twitter: @adventistchurch

Facebook: Adventist-world-magazine

E-mail: [email protected]

Namulenga, Malavi

D isseram que a igreja estaria “logo depois das plantações de

chá, além do grande baobá, ao lado do riacho que desenha o nascer do sol. Aproximadamente 20 minutos”.

Algumas horas depois, após atra-vessar um mar de galinhas vermelhas, chegamos a um conjunto de habitações de tijolo, dividido por duas estra-das de terra vermelha de raro uso. Nosso motorista estava completamente perdido, mas teve uma ideia:

“Acho que estamos perto. Vamos procurar uma mulher que tenha aparência de uma adventista do sétimo dia. Ela saberá onde fica a igreja.”

Todos no automóvel caíram na gargalhada, inclusive nosso motorista. Então, ele começou a dirigir vaga-rosamente pela vila, olhando para o coração e alma de todas as pessoas que cruzavam nosso caminho...

“Ali está ela!”, exclamou Richard, nosso motorista, apontando para a mulher batendo roupas em numa pedra enquanto as lavava.

“É óbvio que ela é adventista. Quem mais poderia sorrir dessa maneira?” Richard acenou para ela, fez algumas perguntas e cinco minutos depois

chegamos à igreja onde ela participa do coral e é líder do departamento de ADRA.O coração do edifício é uma igreja de Um Dia feita com aço; mas tijolos ver-

melhos cuidadosamente colocados a transformaram em um centro de adoração com janelas catedráticas e um hall de entrada amplamente iluminado.

A mulher que nos ajudou propagou em alto e bom som o convite que o vento quente daquela tarde levou até os membros que viviam pelas redondezas. Rapida-mente, a igreja estava repleta da crescente congregação de Namulenga, Malavi.

A Igreja de Um Dia é um programa de colaboração entre a Igreja Adventista do Sétimo Dia, Adventist-laymen’s Services e Industries (ASI)[Federação de Empresários Adventistas] e Maranatha Volunteers International. Estas histórias chegam até você, todos os meses, por Dick Duerksen, o “Contador de Histórias” de Maranatha.

Ted N. C. Wilson é presidente da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia em

Silver Spring, Maryland – EUA.

V I S Ã O M U N D I A L

Igreja de Um Dia

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Adieta vegetariana não inclui alimentos “cárneos”. Alguns argumentam que o peixe não foi

incluído no termo “carne” no final do século dezenove; mesmo hoje, muitos que se consideram vegetarianos incluem peixe em sua dieta. Nosso Senhor comeu e serviu peixe depois de ter sido glorificado, o que, pela lógica, leva à compreensão de que peixe, intrinsica-mente, é um artigo útil na dieta.

Até Ellen White comeu peixe durante um período no qual alegava não haver consumido nenhum alimento “cárneo”. O fato levou alguns pesquisadores a crer que ela não incluía peixe na terminologia “carne”, que normalmente se refere à carne vermelha. Ela, entretanto, alertou sobre os peixes pescados em águas poluídas.

Desde a época em que Ellen White viveu, o aumento das concentrações de mercúrio, cádmium, PCBs e dioxinas nas águas naturais têm sido frequentes e não nos sentimos à vontade para reco-mendar o peixe como parte regular da dieta. É claro que reconhecemos que há águas não poluídas e que o consumo de peixe proporciona alguns benefícios.

Vários estudos mostram que o consumo de peixe duas ou três vezes por semana diminui, em 21 por cento, o risco de ataque cardíaco não fatal.1 Tais estudos foram realizados em indivíduos do grupo de “risco” por problemas cardí-acos e os estudos randomizados sobre os efeitos protetores, em larga escala, dos ácidos gordurosos ômega-3 na população em geral, foram inconclusivos.2

Os vegetarianos podem obter ômega-3 de óleos como de canola, soja, oliva, semente de linhaça, como também do abacate e das nozes.

Há uma diferença entre os ômega-3 de origem vegetal (ou o ácido alfa- linolênico [ALA]) e o ômega-3 marinho (ácido eicosapentaenóico [EPA] e ácido docosahexaenoic [DHA]). Os omegas marinhos têm sido estudados mais detalhadamente do que os ômegas vegetais, e, consequentemente, os dados não são tão abundantes quanto dos primeiros.

O “Estudo Adventista sobre Saúde II” deverá mostrar mais detalhes relacionados com as diferenças quanto à saúde dos que praticam a dieta vegetariana. Os dados preliminares desse estudo ainda são estatisticamente inadequados para firmes recomen-dações. O que é indiscutível é que há uma grande diferença entre os que consomem carnes e todos os tipos de vegetarianos, incluindo os vegetarianos que comem peixe. Quando se trata de mostrar a diferença entre uma dieta totalmente vegetariana (vegan), a dieta vegetariana (ovo-lácteo-vege-tariana) e a dieta pesco-vegetariana (sem carne, exceto peixe), os dados, até agora, são inconclusivos, pois não houve tempo suficiente para avaliar os resultados. A tendência é que, nos índices de mortalidade em geral, atualmente os ovo-lacto-vegetarianos apresentam pequena vantagem. Para os níveis de colesterol cardiovascular e

peso corporal a dieta totalmente vege-tariana apresenta pequena vantagem. Os pesco-vegetarianos, embora apresentem vantagens sobre os que consomem carne, ficam um pouco atrás dos outros dois tipos de dieta.

É possível obter algum benefício do ômega-3 marinho, tomando cápsulas de óleo de peixe, evitando assim, os riscos de poluidores como o mercúrio. Ao testar cerca de 16 cápsulas de óleo de peixe, a equipe do Consumer Reports3 não encontrou quantidades importan-tes de mercúrio, PCBs ou dioxina.

A pergunta que permanece, entre-tanto, é quanto o consumo de cápsulas de óleo de peixe – e até de peixe – acrescentam de benefício além dos já comprovados pela dieta vegetariana bem balanceada. Só saberemos a respos-ta definitiva em aproximadamente dois anos; hoje, porém, a resposta parece ser: nenhum benefício. ■

1 Ka He, Yiqing Song, Martha L. Daviglus, Kiang Liu, Linda Van Horn, Alan R. Dyer, e Philip Greenland, “Accumulated Evidence on Fish Consumption and Coronary Heart Disease Mortality: A Meta-Analysis of Cohort Studies,” Circulation 109 (2004): 2704-2711.2 JoAnn E. Manson, Shari S. Bassuk, “Marine Omega-3 Fatty Acids and Cardiovascular Disease.”3 “Omega 3 Oil: Fish or Pills,” Consumer Reports 68, no. 7 (2003); 30-32: The Female Patient 36, no. 11 (Novembro 2011): 12.

Allan R. Handysides, médico ginecologista, é diretor do Ministério da Saúde da Associação Geral.

Peter N. Landless, médico cardiologista nuclear, é diretor associado do Departamento de Saúde da Associação Geral.

PorAllan R. Handysides

e Peter N. Landless

Percebo que um número crescente dos meus amigos “vegetarianos” se denominam “pesco-vegetarianos”. Há um, inclusive, que diz ser vegan, mas come peixe duas vezes por semana. Qual é sua recomendação? Peixe ou não?

Devo Comer

F O T O S : W I L F R A T Z B U R G

S A Ú D E N O

M U N D O

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Peixe?

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Eu estava viajando de trem para minha cidade natal. Outra passageira, sentada a certa distância, deu-me um largo sorriso o qual retribuí na mesma medida. Para mim, ela era uma estranha. Fiquei imaginando qual o motivo para tanta

simpatia. Eu não estava usando joias – ela também não. Certamente havia concluído que eu era pentecostal, pois, normalmente, em meu estado natal, só os pentecostais não usam nenhum tipo de ornamento. Quando ela descobriu que o assento ao meu lado estava vazio, veio e se assentou nele. Ela começou me perguntando: “Você é crente? Você já foi salva? Você já recebeu o batismo do Espírito Santo e o dom de línguas?” E continuou fazendo uma pergunta após outra sem me dar chance de responder. No final de sua “conversa” eu disse: “Sim, eu sou crente; sou adventista do sétimo dia.” De repente, toda a sua alegria e entusiasmo desapareceram.

Comecei, então, a pensar se ela fosse adventista do sétimo dia, qual deveria ser a sua primeira pergunta? Ainda me lembro dos primeiros dias após minha conversão, deixando

o hinduísmo. Muitos dos meus amigos adventistas pergunta-vam: “Quando você aceitou a verdade?” ou “Há quanto tempo você está na verdade?” Sim, como adventistas do sétimo dia nós amamos a verdade, mas minha pergunta é: que lugar a verdade ocupa em nossa vida?

Verdade que Justifica Jesus diz, em João 14:6: “Eu sou o caminho, e a verdade,

e a vida; ninguém vem ao Pai senão por Mim.” Quando acei-tamos Jesus Cristo como nosso Salvador, aceitamos a verdade e prometemos viver pela verdade. Assumimos um compro-misso com Deus de que viveremos na verdade pelo resto da vida. “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8:32), é a promessa de Jesus. A despeito de nossa natureza pecaminosa, a despeito de nós, Jesus se dispôs a tomar nossas iniquidades e morrer na cruz por nossos pecados. Quando cremos e aceitamos Seu sacrifício por nós, Ele nos justifica. Somos perdoados. Podemos começar de novo, mas isso não significa que nunca mais cairemos. Podemos nos desviar da

Por Ramani Kurian

A

que Conduz à

Eternidade

D E V O C I O N A L

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Verdade

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verdade que aceitamos. Assim, precisamos compreender que não somos vitoriosos por nossas próprias forças. É o poder do Espírito Santo que nos mantém ligados ao Eu Sou de João 14:6 e que nos ajudará a discernir a diferença entre a verdade e a mentira.

Verdade Versus Mentira Os filhos de Deus amam a verdade e viverão na verdade.

Não haverá lugar para a mentira em nossa vida. Sim, muitas vezes nos desviamos da verdade por motivos egoístas. Per-demos o Mestre de vista e colocamos a confiança em outra coisa. Tornamo-nos autossuficientes e esquecemos de que o inimigo trabalha constantemente para tirar os filhos de Deus de perto dEle. O egoísmo pode nos levar a dizer mentiras, a nos desconectar da verdade. Jesus fez sábios comentários sobre a verdade e a mentira em João 8:44, quando falou para a liderança judaica de Seu tempo: “Vocês pertencem ao pai de vocês, o Diabo, e querem realizar o desejo dele. Ele foi homi-cida desde o princípio e não se apegou à verdade, pois não há

verdade nele… pois é mentiroso e pai da mentira.” Quando mentimos, transferimos nossa lealdade a Deus para o diabo. Viver uma mentira, finalmente resultará em destruição e ruina em lugar da vida abundante que Jesus oferece.

Verdade Santificadora Depois que a verdade nos liberta, Jesus não nos deixa

lutando sozinhos. Ele orou ao Pai: “Santifica-os na verdade. A Tua palavra é a verdade” (Jo 17:17). A santificação acontece quando continuamos na verdade. A ligação mais próxima entre a Palavra de Deus e Jesus, a verdade viva, nos ajuda a compreender que o estudo da Bíblia e a oração não são op-cionais – são o único caminho para encontrar refúgio contra os ataques de Satanás. Devemos pedir a direção do Espírito Santo para compreendermos a Bíblia, a fim de que a verdade seja enraizada em nossa vida. Somos santificados diariamente pelo Seu poder. Pedro enfatiza que a lealdade para com a verdade encherá nosso coração de amor pelos semelhantes (1Pe 1:22). O amor é a principal característica da verdade santificadora. Haverá crescimento e nos tornaremos mais e mais semelhantes a Jesus. Paulo devia ter isso em mente quando incentivou os efésios: “Seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo nAquele que é a cabeça, Cristo” (Ef 4:15).

Verdade e Glorificação Salmo 15:1, 2 pinta um maravilhoso quadro das qualidades

daqueles que estão prontos para viver na presença Deus: “Senhor, quem habitará no Teu santuário? Quem poderá morar no Teu santo monte? Aquele que é íntegro em sua conduta e pratica o que é justo, que de coração fala a verdade.”

O compromisso com a verdade (tanto a encarnada como a revelada) é a preparação para, finalmente, desfrutarmos da presença de Deus para sempre. Que privilégio é experi-mentar a justificação, santificação e, um dia, a glorificação ao nos comprometermos com a Verdade! “Bem aventurado o homem que põe no Senhor a sua confiança e não pende para os arrogantes, nem para os afeiçoados à mentira” (Sl 40:4), exclama o salmista. Mentira, hipocrisia, bons contatos – não são nada diante Deus. Ele olha para aqueles que são fieis à Sua verdade, ou, como citado por Ellen White, os que são “tão fieis ao dever como a bússola o é ao polo.”* ■

* Ellen G. White, Educação, p. 57.

Ramani Kurian é diretora assistente do Departamento de Comunicação da Divisão Sul Asiática, em Hosur, Índia.

Precisamos

compreender

que não é por

nossa força que

conseguimos a

vitória.

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Carla se sentou à mesa da cozinha na casa de sua amiga: “Laura”, disse hesitante, “o Mike me con-

vidou para sair, mas estou confusa! Ele é uma pessoa maravilhosa, um ótimo cristão e já nos conhecemos há alguns meses. Temos muito em comum e desejo conhecê-lo de uma maneira mais profunda.” Olhando novamente para Laura, disse: “É só um almoço...”

Laura carinhosamente segurou as mãos de Carla e disse: “Mike parece ser um ótimo rapaz! Mas tenha cuidado. Você sabe que ele vai à igreja aos do-mingos. Acho que você não quer uma relação de jugo desigual, quer?”

A maioria dos adventistas, como a amiga de Carla, compreendem claramente que quando Paulo desaconselha a se unir em “jugo desigual com incrédulos” (2Co 6:14), ele reitera nossa base bíblica para a união matrimonial: que os ad-ventistas deveriam evitar se casar com não-adventistas. Mas, unir-se com outro adventista não é, por si só, uma receita garantida de sucesso matrimonial. A intenção de Deus para o casamento era ter duas pessoas distintas se tornando uma só carne (Gn 2:24) – unidas espiritualmente e também no corpo, coração e mente.

Unindo-se com sucessoO apóstolo Paulo usa a expressão

“jugo desigual” como uma metáfora para os relacionamentos humanos, referindo-se à peça de madeira cons-truída para unir dois animais, quando colocada em volta do pescoço para carregar uma sobrecarga ou puxar

um arado muito pesado. Para que essa união tenha sucesso, é preciso que ambos os animais dividam e combinem força, velocidade, altura e resistência. Movendo-se em velocidades diferentes, fatalmente andariam em círculos. Se um animal fosse mais forte, o outro rapidamente ficaria exausto, angustiado e ferido pelo esforço extremo de tentar se igualar a seu par.

Deus estava tão preocupado com o sofrimento dos animais quando unidos de forma desigual, que criou uma lei contra isso: “Não are a terra usando um boi e um jumento sob o mesmo jugo” (Dt 22:10). De maneira mais elevada, o Eterno se preocupa com Seus filhos, no intuito de evitar a angústia de vê-los unidos à alguém muito diferente de si.

Pelo conselho do apóstolo acerca de não se unir em jugo desigual, en-tendemos que sua preocupação estava em ver cristãos escolhendo estabelecer

relacionamentos sérios com descrentes. Assim como a união desigual de dois animais faz com que o mais fraco passe por dor e sofrimento, Paulo sabia que o desequilíbrio das forças em um relacionamento matrimonial afeta negativamente os seres humanos. Ele advertiu àqueles com cargos de lideran-ça e responsabilidades a serem amáveis, humildes e compreensivos.

Paulo percebeu que quando apenas um dos cônjuges se tornava cristão, o casal passava por conflitos, tensões, dor, solidão, angústias, rejeição e divergências concernentes à lealdade. Muitos casais cristãos enfrentam es-colhas difíceis entre seu compromisso com Deus e sua responsabilidade para com o cônjuge não-cristão. O Senhor quer protegê-los de fazer escolhas na vida que comprometam seu desejo de segui-Lo. Paulo recomendou às viúvas que gostariam de se casar novamente

Desıgual?Qual é o real sentido desse conceito?

■ Ore fervorosamente e procure conselho sábio antes de iniciar qualquer relaciona-mento sério com alguém espiritualmente diferente de você.■ Escolha se casar com alguém que incentivará seu crescimento espiritual contínuo enquanto ele (a) também

Esforço para um Relacionamentocresce espiritualmente.■ Esteja ciente das diferenças naturais que cada um trará para o casamento.■ Verifique se o equilíbrio de autoridade em seu relacionamento é igual e mútuo para que ninguém seja dominado pelo outro.■ Certifique-se de que toda divergência

presente desde o princípio, ou que surgir no relacionamento mais tarde, seja discutida abertamente para que haja um plano conjunto para administrá-las. ■ Qualquer divergência que possa surgir mais tarde no relacionamento é uma oportunidade para que a pessoa mais “forte” desenvolva seu caráter cristão, servindo paciente e humildemente o cônjuge com bondade e compaixão.

V I D A A D V E N T I S T A

Jugo Por Karen Holford

14 Adventist World | Março 2012

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a escolher maridos que estivessem “no Senhor” (1Co 7:39), pois a vida conju-gal já é difícil o bastante!

Exceções BíblicasEncontramos algumas histórias

interessantes de casais unidos em jugo desigual. Ester e o Rei Assuero são um exemplo de união desigual em dimen-sões de fé, cultura, etnia, classe, escola-ridade, idade e poder aquisitivo. Ainda assim, Deus usou esse relacionamento para salvar Seu povo.

Rute, a moabita, casou-se com um dos filhos de Noemi. Após a morte do marido, a fé e amor de sua sogra inspi-raram Rute a amar e confiar em Deus. Apesar de ser jovem, pobre, e com um passado coberto de idolatria; Rute casou com Boás, um rico fazendeiro judeu. Rute se tornou uma ancestral de Jesus.

Essas histórias trazem esperança para aqueles que se encontram espiritu-almente em jugo desigual. Obviamente, Deus tinha um propósito muito especial para Ester, que exigia seu envolvimento numa relação tão incomum. A história de Rute ilustra como cristãos amáveis e verdadeiros podem ser usados para tra-zer algum familiar descrente para perto do Senhor. Nas duas histórias, existe a forte ênfase na fé, oração, amor e total confiança em Deus.

Dilemas DesiguaisOs adventistas enfrentam desafios

especiais neste assunto. Quando Paulo posicionou contra o jugo desigual, todos os cristãos eram apenas cristãos sem denominações específicas. Sendo adventistas, hoje, e acreditando no sábado como sétimo e santo dia do Senhor, interpretamos esse versículo de forma única: Adventistas só devem se casar com adventistas. Essa é uma interpretação sábia, pois será confuso e muito prejudicial para a estrutura familiar como um todo, tendo em vista a educação de crianças num lar desi-gual, em que os pais se dividem em suas crenças e nos dias de adoração. Também terão conceitos opostos com relação a

alimentação saudável, uso de álcool, o que acontece após a morte, etc.

Lídia, a única filha de Abraão, casou-se com um jovem adventista. Mas quando a guerra iniciou no país, ele fugiu, abandonando-a. Agora, a família esta numa situação delicada. A cultura de Abraão exige que ele encontre para a filha um novo marido que possa lhe dar filhos, lar e proteção. É compreen-sível sua (Abraão) conclusão de que Lídia deva se casar até mesmo com um não-adventista.

Quando Becky se casou com Thomas, ela pensou ter encontrado sua “alma gêmea” espiritual. Ele acabara de iniciar o ministério em uma igreja grande e muito ativa. Becky estava muito anima-da em compartilhar o ministério como marido. O casal parecia ser perfeito em todos os sentidos. Mas depois de cinco anos de ministério, a mãe, a irmã e a sobrinha de Thomas morreram em um acidente de carro. Sofrendo com a dor e a dúvida, Thomas perdeu sua fé em Deus e abandonou o ministério. Apesar de ter se casado e estar comprometida com um adventista, Becky se encontra espiritualmente sozinha.

Explorando outros “jugos desiguais”

Uma vez que se inicia uma investiga-ção sobre estar unido em jugo desigual, outros problemas aparecem nos relacio-namentos. Como terapeuta de casais e família tenho visto várias diferenças, não apenas religiosas, destruírem casamentos. A classe social, cultura, esco-laridade, alvos, antecedentes financeiros, idade, saúde e a pressão de expectativas familiares muito elevadas podem criar uniões desiguais e desconfortáveis. Algumas pessoas têm ainda a sobrecarga das responsabilidades consequentes de relacionamentos passados.

Casais jovens geralmente acreditam que o amor é forte o suficiente para vencer qualquer desafio, mas quando o mar de rosas desaparece e a realidade da vida conjugal se torna aparente é que descobrem que algumas lacunas podem

ser mais difíceis de transportar do que haviam imaginado.

O Desafio do AmorExistem momentos na maioria dos

casamentos em que nos encontramos unidos em jugo desigual porque o outro vive um momento espiritual ou emo-cional diferente do nosso, independen-temente do quanto oremos, procuremos a sabedoria de outros ou estejamos expostos a aconselhamento pré-marital. Isso é um fato natural da vida familiar num mundo quebrantado. Então, como resolver isso? Pedro encoraja as esposas cristãs a se manterem unidas a seu esposo descrente e a encontrar todas as formas possíveis para conectar o amor de Deus à família. Ele as aconselha a tentar convencer seu marido, não por intermédio de conversas, mas, sobre-tudo, por seu amor, cuidado, carinho e atos generosos (1Pe 3:1-3). É possível continuar o desenvolvimento cristão e manter a integridade, mas também andar ternamente junto àqueles que são “mais fracos”, assim como disse Jesus.

Ao abordar relacionamentos saudáveis, Paulo nos encoraja a honrar uns aos outros acima de nós mesmos (Rm 12:10), e no “capítulo do amor” sua primeira descrição do amor é a paciência (1Co 13:4). Em outras palavras, não use sua força para arrastar uma pessoa mais fraca, mas diminua o ritmo da sua caminhada para andar lado a lado, carregando o peso de seus ombros, até que o outro se torne forte o bastante para dividir a mesma carga. Ao fazermos isso, entenderemos mais do sacrifício de amor que Jesus fez por nós (Fp 2:1-8). ■

Karen Holford é escritora freelancer, autora e terapeuta familiar. Mora em Auchtermuchty, Escócia,

onde seu esposo é presidente da Missão Escocesa e pastor da Igreja de Crieff.

Qual é o real sentido desse conceito?

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Lino Chaiña morava na cidade de Juli, com vista para o Lago Titicaca, e sustentava a família praticando feitiçaria. Apesar de a cidade possuir quatro catedrais coloniais

construídas na época dos conquistadores espanhóis, os índios aimarás viviam cheios de temor e superstição. Como feiticeiro Chaiña explorava esse temor praticando magia.

Ao saber que o maior livro de magia já publicado estava à venda em Puno, ele pensou: “Serão dois dias de caminhada até lá, mas vou fazer qualquer sacrifício para conseguir esse livro. Oitenta quilômetros é muito longe para caminhar, mas vai valer a pena.”

Naquele tempo, não havia estrada para Puno, apenas uma trilha por onde passavam animais e pessoas. Partindo ao despontar dos primeiros raios de sol sobre o lago, ele passou pela igreja de Santa Cruz, catedral construída originalmente pelos jesuítas. Escultores indígenas haviam esculpido um sol enorme, o deus inca, na fachada da igreja. O fato de o sol que trazia calor para o seu corpo e dissipava o frio da manhã ter sido criado por um Deus amoroso, nunca poderia entrar na cabeça de Chaiña.

Um bando magnífico de flamingos alçava voo enquanto ele caminhava pelas margens do rio ao norte de Juli. “Suas asas vermelhas e brancas lembram a bandeira peruana”, ele pensou. Continuando sua caminhada em direção à cidade de Ilave, de vez em quando encontrava crianças pequenas pasto-reando as ovelhas da família. No meio da tarde, ao passar pelo vilarejo de Acora, um desconhecido se uniu a ele na jornada.

“Chegaremos logo mais a Plateria”, disse o homem. “Há uma casa na encosta da montanha onde um gringo (estrangeiro branco) mora. Eles dizem que ele é homem durante o dia e se transforma em animal a noite.”

“É mesmo?” – perguntou Chaiña. “É! Dizem que isso acontece o tempo todo.”“Que incrível!” Chaiña teve uma ideia: “Se eu aprendesse

a fazer isso, eu poderia amedrontar as pessoas à noite. Então, como feiticeiro, poderia cobrar para proteger o povo dos animais selvagens... ganharia muito dinheiro.”

Ao se aproximarem de Plateria no fim da tarde, o desco-nhecido apontou para a única casa com telhado de metal. Era a única na encosta da colina. “É ali que vive o gringo”, ele disse. “Seu nome é Ferdinand [Fernando] Stahl.”

Obcecado com a ideia de poder se transformar em um animal a noite, Chaiña decidiu sair da trilha e procurar saber mais por conta própria. Ele andou por um caminho de pedras que levava à casa de Stahl. Trêmulo, bateu na grande porta de madeira. A porta abriu e um homem alto e forte o cumprimentou em sua língua nativa aimará.

Não simplesmente um livro – o Livro“Kamisaraki Hermano! Por que você está aqui?” o pastor

Stahl perguntou. “Estou indo para Puno, comprar o maior e melhor livro

de magia já publicado”, Chaiña respondeu. Stahl sorriu dizendo: “Você não precisa ir a Puno. Eu

Pregadore o

Será que o pregador compartilharia sua magia?

A R T I G O D E C A PA

16 Adventist World | Março 2012

Por Wellesley Muir

FeiticeiroO

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tenho o melhor livro de magia já publicado aqui comigo. Entre e eu vou lhe mostrar.”

Stahl se aproximou do homem, deu-lhe um grande abraço e trouxe o feiticeiro para dentro de sua casa. “Por favor, sente-se à mesa. Qual é o seu nome?”

“Meu nome é Lino Chaiña, e sou de Juli.”Stahl foi até uma estante de livros e pegou a imensa Bíblia

da família, com várias ilustrações. “Senhor Chaiña”, ele disse, “esse é o melhor livro de magia já publicado. Ele muda a vida das pessoas.”

Chaiña engoliu seco. “Quer dizer que esse livro diz como se transformar de homem em animal?”

Stahl se assentou ao lado de Lino Chaiña e começou a folhear as páginas da grande Bíblia. Quando chegaram ao livro de Daniel, ele viu gravuras de vários tipos de animais estranhos.

“Deve ser verdade”, Chaiña pensou. “Este homem deve saber como se transformar em um animal à noite”. Quando chegaram ao livro do Apocalipse, Chaiña já tinha se conven-cido por completo. Ali estavam gravuras de feras bizarras que nunca imaginara existir.

Os dois homens conversaram por muito tempo. Por fim, Stahl disse: “Está tarde demais. Você não prosseguirá para Puno hoje. Vamos comer juntos, e você pode passar a noite aqui. Ana, minha esposa, está viajando, mas deixou bastante pão pra mim, que podemos comer com sopa.”

Mais tarde Stahl sugeriu: “Já que minha esposa não está aqui, você pode ficar em nosso quarto. Vou dormir na cama grande e

você pode usar a cama dobrável que fica contra a parede.” Lino Chaiña, o feiticeiro de Juli, observava atento Stahl se

ajoelhar ao lado de sua cama e ficar lá por um bom tempo. “Ele deve estar suplicando aos espíritos que o transformem em um animal”, Chaiña imaginava. Em vez de dormir, Chaiña permaneceu acordado a noite inteira esperando para ver o missionário Stahl se transformar em animal. Quando Stahl levantou da cama no dia seguinte, Chaiña resmungou: “O que eles me disseram não é verdade. Ele continua sendo um homem.”

Desanimado de certa forma, mas impressionado com o “melhor livro de magia” e com todas as gravuras de animais estranhos, permaneceu o dia inteiro estudando a Bíblia com o missionário. Ele ficou o dia seguinte e mais outro dia. Estudou com Stahl todos os dias por três semanas. Stahl deu a Chaiña uma Bíblia e em vez de seguir viagem para Puno a fim de comprar o grande livro de magia, ele voltou para Juli e queimou todos os seus livros sobre magia e feitiçaria.

Após continuar o estudo por quase um ano, Chaiña voltou a Plateria e pediu ao pastor Stahl para batizá-lo. Em seguida, se batizaram a esposa e os filhos. Nenhum verbete no dicionário classificaria a Bíblia como um livro de magia, mas Stahl estava certo. A Bíblia funcionou como mágica no cora-ção da família Chaiña e de milhares de outros índios aimarás que viviam ao redor do Lago Titicaca.

O poder transformador da Palavra de Deus para mudar vidas é incrível. Eu gosto da forma como Ellen G. White diz:

C O R T E S I A D O A U T O R

Março 2012 | Adventist World 17

MISSIONÁRIOS PIONEIROS: Ferdinand e Ana Stahl passaram dez anos servindo o povo da Bolívia e Peru. O casal serviu por quase trinta anos como missionários.

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“A Bíblia toda é uma revelação da glória de Deus em Cristo. Recebida, crida e obedecida, ela é o grande instrumento na transformação do caráter. É o grande estímulo, a constran-gedora força que vivifica as faculdades físicas, mentais e espirituais, dando à existência a devida orientação” (A Ciência do Bom Viver, p. 458).

Uma ligação com o passadoMinha família morou na sede da Missão do Lago Titicaca

por cinco anos, mas nunca ouvi falar de Lino Chaiña. Logo após a minha transferência para Lima, a missão solicitou que eu visitasse postos missionários no Rio Perené.

Certa noite, num vilarejo de Campas, um professor adventista e a esposa me convidaram para jantar com eles e saborear mamões, mangas, bananas e um pão delicioso assa-do em forno a lenha pela esposa. Comendo à luz tremulante de uma vela, perguntei ao professor de onde ele era e como se tornara adventista.

“Meu pai era um feiticeiro em Juli”, ele disse. Então, con-tou-me a história que você acabou de ler. E acrescentou: “Nós éramos quase os únicos adventistas naquela área, e meus pais tiveram que fazer muitos sacrifícios a fim de me enviar para o Colégio do Lago Titicaca, onde estudei para ser professor. Eu agradeço a Deus pelos Stahls, que trouxeram a Palavra de Deus à área do Lago Titicaca.”

O filho de Chaiña disse: “Quando os Stahls tiveram pro-blemas de saúde causados pela altitude elevada, em lugar de voltarem para casa, eles mudaram para o Perené no norte da Mata Amazônica e foram responsáveis pelo trabalho de evan-gelismo pioneiro entre os Campas. Para mim é um privilégio trabalhar aqui onde eles trabalharam.”

“Seu pai ainda está vivo?” perguntei.“Sim. Minha mãe faleceu, mas meu pai vive sozinho na

montanha que fica acima da cidade de Juli. Ele cuida de um rebanho de ovelhas e vive da venda da lã”.

Fiz então uma decisão: Se algum dia tiver a oportunidade, irei visitar Lino Chaiña.

Só um pouco mais longeDepois de nove anos em Lima, mudamos novamente para

a Missão do Lago Titicaca. Havíamos estado no Peru por quase 16 anos, e eu ainda não tinha encontrado Lino Chaiña. Passamos um final de semana prolongado no posto missio-nário perto da fronteira com a Bolívia. Ao viajarmos para casa, passamos por Juli. Virei para minha mulher, Evelyn, e disse: “Se ainda queremos conhecer o irmão Chaiña, é melhor fazermos isso agora.”

Contudo, havia um problema. Fazia mais de 10 anos que eu havia visitado seu filho, e tudo que sabia era que seu pai vivia na montanha que ficava acima de Juli. “Talvez ele até já morreu”, disse minha esposa.

Começamos a perguntar como chegar até lá. Alguns dis-seram que não sabiam, mas a maioria apenas apontava para a montanha. Encontramos uma trilha deixada por animais

Ana e Ferdinand Stahl se tornaram adventistas do sétimo dia em 1902. Após terem cursado enfermagem no Sanatório de Battle Creek, trabalharam em

clínicas e sanatórios no estado de Ohio, Estados Unidos. Na assembleia da Associação Geral de 1909 eles se prontificaram a ser missionários, e providenciaram seu

próprio estipêndio (manutenção financeira) para irem ao seu primeiro chamado em La Paz, na Bolívia. Dois anos mais tarde, foram enviados temporariamente para trabalhar no lado peruano do Lago Titicaca, sob o entendimento de que serviriam às populações nativas tanto do Peru quanto da Bolívia. Seu trabalho temporário durou 10 anos, até que sua saúde debilitada os forçou a deixar a altitude elevada dos Andes em 1921.

Eles continuaram a trabalhar como missionários na América do Sul até 1939, quando retornaram aos Estados Unidos após 29 anos de trabalho missionário.

Há Anos11o

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Wellesley Muir, missionário e pastor jubilado, vive em Oakhurst, Califórnia, EUA.

CENAS DO CAMPO MISSIONÁRIO (de cima, no sentido horário) LAGO DA MONTANHA: Lago Titicaca, um dos lagos navegáveis mais altos do mundo, foi o lar de muitos missionários adventistas ao longo dos anos. LAR NAS MONTANHAS: A casa de Lino Chaiña, a mais de quatro mil metros de altura. JULI HOJE: Essa foto, com o Lago Titicaca ao fundo, foi tirada do terreno onde a nova igreja adventista de Juli será construída. SEMELHANÇA FAMILIAR: O filho de Lino Chaiña (direita) é professor na região amazônica onde os Stahls serviram como missionários.

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e começamos a segui-la, parando de vez em quando para perguntar onde ficava a casa de Lino Chaiña. A resposta era sempre a mesma. “Ele mora mais acima na montanha.”

Quando a trilha na qual estávamos dirigindo se tornou in-transitável, saímos do carro e começamos a caminhar. A respira-ção a mais de 4.000 metros de altitude se tornou mais difícil, mas cada vez que parávamos para recuperar o fôlego, podíamos olhar pra trás e contemplar uma vista magnífica do Lago Titicaca.

Já havíamos andado por mais de uma hora quando encontramos um homem na trilha, o qual, disse que a casa de barro de Chaiña ficava só um pouco mais além! Andamos

mais uma hora sem ver nenhuma casa. Paramos e con-versamos com algumas mulheres. Uma mulher apontou à distância – “aquela é a casa de Chaiña.”

Continuamos andando, e a 4.500 metros de altitude, chegamos à casa de barro coberta de palha. Ninguém estava ali; tudo estava trancado. Olhei para minha esposa. “Subi-mos esse caminho todo em vão?”

Dois homens se aproximaram. “Vocês viram Lino Chaiña?”, perguntei.

“Sim”, disseram. “Ele está com seu rebanho um pouco mais acima na montanha. Siga a trilha que acabamos de descer.”

Após ter caminhado por mais meia hora, estávamos ficando desanimados. “Olha, Evelyn,” disse à minha esposa, “ali está um rebanho de ovelhas.” Andamos em sua direção. Vi então um homem sentado no chão. Ele estava segurando algo com as mãos – um livro. Absorto na leitura, ele não percebeu que estávamos nos aproximando. “Ele está lendo o melhor livro de magia!” Eu queria exclamar em voz alta.

“Buenas tardes, Hermano Chaiña!” Surpreendido, ele olhou pra cima. Não podíamos conter nossa alegria. O

ex-feiticeiro Lino Chaiña, com 90 anos de idade, sentado na encosta da montanha lendo o livro de “magia” – sua Bíblia – e ainda fiel ao seu Senhor 60 anos após ter encontrado o pastor Stahl.

Assentamo-nos com ele e conversamos por longo tempo. Eu lhe disse que havia conhecido seu filho, um professor no Perené na floresta. Ele disse, “Minha esposa descansa agora, mas demos graças a Deus quando nosso filho decidiu se tor-nar um professor missionário. Ficamos muito felizes quando ele começou a ensinar na mata amazônica onde os Stahls haviam trabalhado. Agradeço ao Senhor pelo pastor Stahl ter me ensinado a amá-Lo e a Seu grande ‘livro de magia’.”

Foi difícil conter as lágrimas quando oramos com esse querido homem idoso e viramos para ir embora. “Tenho revisado os ensinos da Bíblia sobre a volta de Jesus”, ele disse. “Oro para que Ele venha logo. Quero estar com vocês, os Stahls, e com todo o povo de Deus em Seu reino.” ■

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O primeiro funeral a que compareci foi o de minha avó. Eu era uma criança e o que permaneceu na memória foi a tristeza, as emoções pesadas e aquele clima “cinzento” peculiar à ocasião. Mais tarde, como médico,

deparei-me mais frequentemente com a morte; mas nunca me acostumei a ela. Segundo a autora Susan Cheever: “A morte é assustadora por que é tão comum. Acontece o tempo todo.”1 A morte talvez seja “comum” neste mundo de pecado, mas nunca foi a intenção original de Deus.

A morte é trágica e as perguntas são sempre as mesmas. O que acontece quando morremos? Para onde vamos? Existe vida após a morte ou com ela tudo se acaba? A boa notícia é que a Bíblia tem resposta para todas essas perguntas importantes.

1. Somente Deus é imortal: A Bíblia nos ensina que somente Deus é imortal (1Tm 6:16). Todo tipo de vida, inclusive a humana, deriva de Deus. Só temos vida porque Deus nos dá vida. A imortalidade não é inata aos seres humanos, mas “condicional” à nossa ligação com Deus (At 17:25, 28; Tg 4:14; Sl 78:39).

2. Os seres humanos morrem por causa do pecado: Conforme nos deixa claro a Bíblia, “todos pecaram” (Rm 5:12) e “o salário do pecado é a morte” (Rm 6:23; veja também Ez 18:4).* Os primeiros habitantes da Terra escolheram desobedecer a Deus ao comerem da “árvore do conhecimento do bem e do mal” (Gn 2:17; 3:6). Ao escolherem desobedecer, eles se separaram da Fonte da Vida. Como consequência, a morte entrou neste mundo, mesmo não sendo parte do plano original de Deus para Seu povo.

3. A morte é um estado de inconsciência (um “sono”): Para compreender o que acontece quando morremos, preci-samos compreender como Deus criou os primeiros habitantes da Terra. Na criação, Deus soprou o “fôlego da vida” no pó da terra (algo sem vida), e “o homem se tornou um ser vivente” (Gn 2:7). Observe que aqui temos uma fórmula: Pó + Fôlego de Vida = Ser Vivente (alma). A palavra “alma” (usada em algumas traduções) se refere simplesmente a uma pessoa viva. Semelhantemente, quando uma pessoa morre, ela “volta à terra”; pois, como explicam as Escrituras, “você é pó e ao pó voltará” (Gn 9:19). O “fôlego de vida”, também conhecido como “espírito”, volta a Deus (Ec 12:7; Sl 146:4). A Bíblia não ensina que a pessoa tem uma parte separada, consciente e imortal, que continua a existir após a morte.

Na morte, termina toda consciência. O morto não tem consciência de nada e não faz nada (Ec 9:5, 6, 10). Jesus e os apóstolos (como também os escritores do Antigo Testamento) frequentemente se referiam à morte como um sono (e.g., Mt 9:24; Mc 5:39; Jo 11:11-14; 1Co 15:51, 52; 1Ts 4:13-17; 2Pe 3:4; Dn 12:2; Jó 14:10-12; Sl 13:3).

4. Os salvos ressuscitarão quando Jesus retornar: Por ocasião da segunda vinda de Cristo, os que dormiram em Jesus serão ressuscitados para a vida. A Bíblia declara que: “O próprio Senhor descerá dos céus e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro” (1Ts 4:16). Os fieis que estiverem vivos, serão “arrebatados juntamente com eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares” (verso 17). Essas palavras foram escritas para encorajar cada fiel, individualmente.

N Ú M E R O 2 6

Por Philip Rodonioff

AcordandoEternidade

para a

C R E N Ç A S F U N D A M E N T A I S

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A ressurreição de Jesus é de importância crucial para os cristãos. O apóstolo Paulo menciona que se Jesus não houvesse ressuscitado seria “inútil a nossa pregação” (1Co 15:14) e “inútil a nossa fé” (verso 17). Jesus, porém, “ressuscitou dentre os mortos” (verso 20). Mais do que isso, “Por Seu poder, Deus ressuscitou o Senhor e também nos ressuscitará” (1Co 6:14). Podemos ter certeza de que ressuscitaremos porque Jesus ressuscitou da morte.

5. Deus dá vida eterna aos salvos: Deus oferece o dom da vida eterna a todos os que crerem em Jesus Cristo (Jo 3:16; Rm 6:23). Por ocasião da segunda vinda de Jesus, os salvos serão transformados e “receberão” a imortalidade. “Pois a trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados. Pois é necessário que aquilo que é corruptível se revista de incorruptibilidade, e aquilo que é mortal, se revista de imortalidade” (1Co 15:52, 53).

6. Os que não se arrependerem ressuscitarão após o milênio e enfrentarão o julgamento: Os que não se arrepen-deram não ressuscitarão na segunda vinda de Cristo. Permanecerão “dormindo” em estado de inconsciência até o fim do milênio, quando ressuscitarão (veja Ap 20:5). Essa ressurreição acontecerá antes do julgamento final (versos 12 e 13). Parece apropriado que os que serão julgados estejam presentes quando for dado o veredito final. Jesus, ao falar sobre o assunto, diz: “Está chegando a hora em que todos os que estiverem nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão; os que fizeram o bem ressuscitarão para a vida, e os que fizeram o mal ressuscitarão para serem condenados” (Jo 5:28, 29).

7. O castigo dos infiéis é chamado de segunda morte: Após o julgamento, os infiéis receberão seu castigo. Esse castigo é chamado de segunda morte. “Então a morte e o Hades foram lançados no lago de fogo. O lago de fogo é a segunda morte. Aqueles cujos nomes não foram

encontrados no livro da vida foram lançados no lago de fogo” (Ap 20:14, 15; veja 21:8). A Bíblia também usa palavras como “perecer” e “destruição” ao falar do destino final dos infiéis ou maus (e.g., 2Pe 3:7-9; Jo 3:16; Hb 10:28; Ml 4:1). Essas descrições confirmam que a segunda morte diz respeito à aniquilação (ou extinção) dos maus, em vez de tormento consciente, contínuo eterno.

8. Finalmente a morte será destruída: A morte é uma inimiga amarga e cruel; entretanto, será vencida. Segundo descrito claramente em 1 Coríntios 15:26: “O último inimigo a ser destruído é a morte” (Ap 20:14). O livro do Apocalipse declara que a eternidade será para os salvos: “E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Ap 21:4 ARA).

VitóriaMuitas pessoas pensam que serão vencidos pela morte.

Um famoso epitáfio romano fatalista declara: “Eu não existia. Existi. Não existo mais. Não me importo.” As boas novas da Palavra de Deus, porém, é que Cristo venceu a morte. A morte, a grande inimiga, morrerá. Os fiéis não precisam temer a morte. Jesus Cristo oferece a certeza da ressurreição para a vida eterna a todos os que aceitam Seu maravilhoso dom da salvação. ■

1 Susan Cheever, Home Before Dark: A Personal Memoir of John Cheever by his Daughter (London: I. B. Tauris, 2001), p. 233.

Philip Rodonioff, que mora em Gold Coast, Austrália, é médico e mestre em religião pela Universidade Andrews. Apresenta seminários sobre as evidências da fé cristã.

MorteO salário do pecado é a morte. Mas Deus, o único que é imortal, concederá

vida eterna a Seus remidos. Até aquele dia, a morte é um estado inconsciente para todas as pessoas. Quando Cristo, que é a nossa vida, Se manifestar, os justos ressuscitados e os justos vivos serão glorificados e arrebatados para o encontro de seu Senhor. A segunda ressurreição, a ressurreição dos ímpios, ocorrerá mil anos mais tarde. (Rm 6:23; 1Tm 6:15, 16; Ec 9:5, 6; Sl 146:3, 4; Jo 11:11-14; Cl 3:4; 1Co 15:51-54; 1Ts 4:13-17; Jo 5:28, 29; Ap 20:1-10.) – Crenças Fundamentais dos Adventistas do Sétimo Dia, Nº 26

Ressurreiçãoe

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Os pioneiros que estabeleceram oficialmente a educação adventista em 1872 se sur-

preenderiam se pudessem contemplar a abrangência internacional de sua iniciativa, 138 anos mais tarde. Partindo de uma escola com apenas uma sala sobre a residência do professor na cidade de Battle Creek, no estado de Michigan, EUA, aquele projeto inicial se

conceitual e projetando a visão da edu-cação adventista, pertencia a uma mu-lher que não possuía um ensino formal extensivo, mas era uma ávida leitora, Ellen Gould White. Em seu artigo de 30 páginas “A Educação Adequada” (1872-1873) – mais tarde expandido em suas obras Educação (1903) e Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes (1913) – ela traçou filosofia e missão visionárias, porém práticas, para a educação adventista que ainda guiam e desafiam nossos professores, pais e alunos.

Quais eram as principais caracterís-ticas de sua visão para esse tipo especial de educação? Tais podem ser resumidas como sendo:

1. A formação cristã das crianças e jovens faz parte de um processo coope-rativo que envolve o lar/pais, escola/ professores e igreja/ líderes religiosos. Os alunos aprendem que pertencem a um povo especial com uma história, uma missão, e um futuro glorioso, nos quais podem exercer um papel importante.

Ellen White e a Educação Adventista transformou verdadeiramente em um empreendimento global.

Algo que inicialmente foi concebido como ambiente protegido para o ensino básico dos filhos das famílias adventis-tas, logo se tornou o primeiro centro de treinamento para os futuros pastores adventistas. Com o passar do tempo, outros cursos universitários foram agre-gados para a preparação de professores, profissionais de saúde, administradores e missionários para a igreja adventista na América do Norte, bem como aque-les que seriam pioneiros no exterior.

À medida que a rede de ensino expandia rapidamente em todos os níveis acadêmicos nas décadas seguintes, tornou-se claro que as escolas denomi-nacionais nas missões constituíam um método eficaz de atrair alunos de outras denominações para as crenças adventis-tas. Outras mudanças aconteceram em seguida. Na segunda metade do século vinte, nossos colégios e universidades já estavam oferecendo formação acadêmica para um número crescente de adventis-tas que não pretendiam ser empregados pela igreja, mas que tinham o plano de encontrar trabalho em várias organiza-ções ou criarem seus próprios negócios.

O ideal de Ellen White para a educação adventista

Desde os primórdios dessa iniciativa global, a voz que liderava dando a base

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D E S C O B R I N D O O E S P Í R I T O D E P R O F E C I A

Por Humberto M. Rasi

ContınuaO

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2. A Bíblia constitui a base e o ponto de referência em todo trabalho da escola. O programa curricular como um todo reflete uma visão de mundo e os princípios revelados nas Escrituras. Professores e alunos creem que o mesmo Espírito Santo que inspirou os escritores da Bíblia conduzirá aqueles que a ela se achegam com uma atitude aberta à aprendizagem.

3. A vida de Jesus Cristo e Seus ensinamentos recebem proeminência no campus. A juventude é encorajada a aceitá-Lo como Criador, Salvador, Senhor e Rei vindouro, e a entregar a vida a Ele. Manter um relacionamento amigável com Jesus traz significado, propósito e esperança para nossa vida.

4. Aos educadores é dada a tarefa de promover o desenvolvimento equilibrado de cada aluno em todas as dimensões da vida – mente, corpo, espírito e relacionamentos. Os alunos são estimulados a adotar um estilo de vida saudável e a administrar de forma sábia seu tempo e recursos. Nossa meta final é a harmonia com Deus, conosco mesmos, com os outros e com a natureza.

5. O objetivo principal da edu-cação adventista é auxiliar os alunos a desenvolver um caráter cristão sólido, reconhecer seu valor individual como filhos de Deus, aceitar os valores bíbli-cos e aprender a fazer escolhas baseadas em princípios. Essa meta é alcançada de forma mais eficaz dentro de um contex-to de liberdade responsável e disciplina que salva.

6. Os professores e alunos reconhecem que toda verdade é a verdade divina, e que todo campo de conhecimento pode ampliar e apro-fundar seu entendimento da verdade como revelada em Jesus, na Bíblia e na natureza. O currículo dá preferência à aprendizagem interdisciplinar e prática. A criatividade e a intelectualidade são estimuladas.

7. O serviço ao próximo, motiva-do pelo amor e exemplo deixados por Cristo é o mais alto propósito de vida. Prioridade é dada a qualidades como trabalho honesto, compaixão em ações, generosidade e justiça. Iniciativas das escolas de auxílio ao próximo promo-vem atividades que trazem alívio às necessidades humanas e falam das boas novas da salvação.

8. Os alunos são motivados a pensar de forma bem embasada, inde-pendente e responsável. Em vez de per-mitirem ser moldados pela cultura que os rodeia, eles aprendem a abordá-la com discernimento crítico a partir de uma perspectiva divina, e também a escolher o que é verdadeiro, bom e agradável.

9. A juventude aprende por expe-riência própria a fazer parte do plano de redenção divino. Reconhecendo seu papel de sal e fermento, independente do trabalho ou da profissão que exer-cem, eles buscam levar o mundo a estar em maior harmonia com o ideal divino.

10. Os alunos são estimulados a descobrir seus talentos e vocação e a se prepararem para uma vida útil de aprendizagem autodirigida. O objetivo final é auxiliar cada um deles a se tornar cidadão do reino de Cristo, onde seu ensino continuará pela eternidade com o próprio Deus.

O ideal continuaMais de um século já se passou des-

de que Ellen G. White nos comunicou sua orientação inspirada sobre um tipo de educação diferenciada. Desde então, muitas mudanças significativas ocor-reram em nossa sociedade nos âmbitos da agricultura, indústria, tecnologia e economia. Contudo, os princípios e objetivos vitais sugeridos por ela continuam a ter valor e a transformar centenas de milhares de vidas.

Atualmente, em um dia de semana comum, uma média de um milhão e setecentas mil crianças, adolescentes e

jovens estudam com 85.000 professores em 7.800 escolas, colégios e universida-des adventistas em 145 países do mundo.

A marca do ensino adventista tem recebido o reconhecimento crescente de autoridades governamentais em muitos países, além do apoio de inúmeras famílias de outras denominações. De fato, mais da metade dos alunos ma-triculados atualmente provêm de lares não-adventistas que valorizam muito o que oferecemos.

Infelizmente, o índice global de membros batizados em relação ao número de alunos em nossas escolas continua diminuindo a tal ponto que, em 2008, havia somente nove alunos para cada 100 membros – uma ten-dência nefasta numa igreja jovem e em crescimento como a nossa. Os líderes da igreja e os membros devem levar em conta esse desafio e reverter a es-tagnação ou redução a fim de que mais alunos adventistas possam desenvolver seus talentos dados por Deus com o auxílio de seus dedicados professores e conselheiros adventistas.

Uma coisa é clara: sem as institui-ções adventistas de ensino e professores comprometidos com o ideal de Ellen G. White, este mundo não veria uma igreja dinâmica, unificada e missionária seguindo adiante na preparação de um povo para o reino de Cristo.

Portanto, permaneçamos fieis aos princípios educacionais traçados por ela e os apliquemos na prática em nossas escolas, colégios e universidades prepa-rando líderes com caráter e convicção que transformarão o mundo segundo o grande plano divino. ■

Humberto M. Rasi, PhD foi professor, editor e administrador, além de ter sido diretor do Departamento

de Educação da Associação Geral (1990-2002). Atualmente jubilado, continua a dar palestras, escrever e apoiar os projetos educacionais.

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Contınua

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O Hospital Malamulo foi fundado em 1908 pela Igreja Adventista do Sétimo Dia. Está localizado na província de Makwasa, na zona rural do sul de

Malavi, conhecida pelas plantações de chá. Alguns pacientes trabalham nessas fazendas e recebem apenas um dólar e quin-ze centavos por dia. Devido à sua localização e a população indígena à qual o Hospital Malamulo atende, é difícil ser au-tossustentável. Atendendo aproximadamente seis mil pessoas por mês, em seus 220 leitos no hospital principal e clínicas, o Hospital Malamulo também estende seus serviços às regiões rurais vizinhas, enviando clinicas móveis e agentes de saúde que realizam cursos, prestam socorro e vacinação infantil. O hospital também está associado a uma clínica-escola pública. Recentemente, nós duas (Adrienne e Sandy), amigas de mui-tos anos, fizemos uma curta viagem missionária ao hospital.

Malamulo:

DeusPosto Avançado

Notícias do Hospital Malamulo

Dras. James e MattisonNossa viagem foi uma jornada que começou há 12 anos,

quando deixamos nosso lar em Nebraska e Connecticut (EUA) para cursar a faculdade na Universidade Andrews. Lá, compartilhamos quatro anos memoráveis como colegas de quarto no Lamson Hall, residencial feminino. Mais tarde, formadas em biologia, saímos para a faculdade de medicina em diferentes regiões do país. Hoje, oito anos mais tarde, nos lembramos do que incentivou a iniciar nossa jornada no ministério médico, há muitos anos...

Não era possível saber que enquanto sobrevoávamos Lilongwe, a capital do Malavi, normalmente pacífica, a cidade estava sendo invadida por protestos que se expandiram por todo país. Quando chegamos, encontramos as lojas fechadas e nenhum transporte público. Não havia ônibus para fazermos a viagem de cinco horas até o Hospital Malamulo. Deus, porém, tinha outros planos para nós. No Seu tempo perfeito, um homem adventista que viera a Lilongwe a negócio, estava voltando para Malamulo no dia seguinte. A viagem de cinco horas que esperávamos fazer de ônibus para nos apresentar à comunidade local se transformou numa viagem tranquila, em carro particular, até nosso destino em companhia de nosso novo amigo adventista, Elde Paladar. Deus é tão bom!

No Hospital com a Dra. James O dia começava com o culto matutino no hospital. Rece-

bia as mudanças de rotina no trabalho. Particularmente gostei das canções em chichewa, a língua nativa. Após nossa reunião de departamento começava a visita médica. Cada quarto na ala de enfermarias tem filas de camas, todas cobertas por mosqueteiros. O chão é limpo frequentemente para remover o persistente pó vermelho trazido das ruas de terra, provavel-mente porque a maioria dos pacientes chegam descalços. Fui especialmente abençoada pela natureza inquisitiva e o entusiasmo dos meus alunos residentes. Estavam ansiosos para aprender, o que, para mim, era maravilhoso e aumenta-va minha paixão pelos pacientes. A resiliência dos pacientes e das famílias me inspirava. Muitos deles têm que caminhar vários quilômetros para receber tratamento médico. Na maio-ria dos casos, membros dedicados da família ou responsáveis permanecem ao lado da cama do ente querido e ajudam com os cuidados básicos. Com uma expectativa de vida de apenas 41 anos, no Malavi, muitos pacientes sofrem com uma série de doenças tropicais como tuberculose, meningite e malária. Meu trabalho em Washington, D.C. (EUA), com um dos maiores índices de HIV, fez com que eu me sentisse familiari-zada com as complicações da doença apresentada por

Por Adrienne James e Sandy Mattison

O Hospital Malamulo treina assistentes de médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde para servir na região sul do Malavi.

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muitos pacientes. Devido às dificuldades de acesso aos cuida-dos de saúde, os pacientes parecem muito mais agradecidos pelos tratamentos oferecidos no Hospital Malamulo.

Com a Dra. MattisonPassava a maior parte de meu tempo na maternidade. En-

quanto o número de outros pacientes do hospital aumenta com a época da malária e diminui na estação seca, a maternidade permanece cheia praticamente o ano todo, atendendo entre 25 a 40 pacientes em tempo integral. A média de nascimentos por dia é de quatro a sete crianças. A equipe é composta por duas enfermeiras obstetras, às vezes com a ajuda de dois residentes e um médico de plantão. A maternidade oferece assistência pré-natal (anterior ao parto), trabalho de parto, parto e pós-parto às pacientes e aos bêbes. As duas enfermeiras obstetras também são responsáveis pelo cuidado de uma sala especial dedicada aos bebês prematuros e suas mães. Em uma maternidade dos EUA, para fazer o mesmo trabalho é necessário pelo menos uma dúzia de enfermeiras, o mesmo número de auxiliares de enfermagem (além de enfermeiras obstetras, residentes e médicos).

As pacientes grávidas com dor no baixo ventre e nas costas, são convidadas a permanecer no hospital por algumas horas, dias ou semanas, esperando pelo trabalho de parto, pois muitas têm que andar grandes distâncias para chegar a esse oásis. As salas de parto são compostas por três camas altas, cobertas de vinil preto. Cortinas de tecido as separam.Não há cadeiras de rodas e é necessário que as mulheres em trabalho de parto subam os degraus para se deitar. Assim que dão à luz, elas descem os degraus, tomam banho sozinhas e se arrastam até a ala de pós-parto. É impressionante a força e resistência que elas têm. Pelo menos duas em cada seis mulheres estão contaminadas pelo HIV. Felizmente, uma clínica especial e um programa do governo disponibilizam medicamentos para reduzir a transmissão de HIV da mãe para o filho. Todas as ligações tubárias pós-parto são realizadas com anestesia local

em vez da anestesia espinal, como é feito nos EUA. Essa conduta diminui os preços e estimula o planejamento familiar.

Dra. JamesNo Malamulo fomos abençoadas com um maravilhoso clima

até um dia antes de nossa partida, quando choveu por dois dias com algumas pálidas aparições do sol. Na noite em que parti-mos, ao começarmos nossa viagem de ônibus pelo interior do Malavi, a chuva parou. Quando o sol surgiu, fiquei surpresa ao descobrir altas montanhas e colinas anteriormente escondidas pela poeira e fumaça da biomassa. Antes da chuva eu via uma linda paisagem com colinas aqui e ali, mas a chuva revelou uma vasta paisagem montanhosa e viçosa. Essa é uma lembrança que eu jamais teria não fosse pela chuva. Fico pensando: “É assim com o nosso Salvador. Ele permite que atravessemos as fortes chuvas da vida para nos abençoar com a vasta paisagem que nem imaginamos que estava ali, anteriormente, oculta à nossa visão.”

Dra. Mattison“Malamulo está fazendo grandes coisas com um orçamento

inacreditavelmente pequeno, cuidando de pacientes que não podem pagar pelo atendimento médico. Louvo a Deus pelos profissionais médicos, nativos e estrangeiros, que se doam com sacrifício aos cuidados desses pacientes.” ■

Dra. Adrienne James trabalha como clínica geral na região de Washington, D.C. (EUA). Dra. Sandy Mattison é ginecologista/obstetra na Pennsylvania, (EUA).

O Hospital Adventista Malamulo é uma das três instituições de saúde administradas pela União/Missão da Igreja Adventista do Sétimo Dia do Malavi, com cerca de 340 mil membros. A instituição foi reconhecida como o melhor hospital do país e o terceiro melhor da África para tratamento do HIV/AIDS.* Em seu campus, regularmente, há alojamento para o pessoal médico visitante, como as duas autoras deste artigo, e para alunos do Students for International Missionary Service (SIMS), com sede em Loma Linda, Califórnia, EUA. Grande parte desse treinamento e assistência voluntária é por meio da Adventist Health International (AHI), cuja página da Internet facilita os serviços na área do voluntariado, financeiro e outros serviços do hospital. A AHI oferece cursos em administração, pessoal, assistência técnica e outros recursos para manter, melhorar e restaurar a qualidade de funcionamento em cerca de setenta hospitais adventistas em todo mundo.

*Visite a página da Internet “See the Giving Children Hope” no seguinte endereço: www.gchope.org/malamulo-hospital-in-need-of-medical-supplies.html.

Makwasa, MalaviPrivate Bag 2,Hospital Adventista Malamulo

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A arca da aliança era o móvel mais importante do Tabernáculo/Templo israelita. Era uma caixa

de madeira, coberta com ouro, com cerca de 1,22 m

de comprimento e 76 cm de altura e largura. Originalmente

continha apenas as tábuas dos Dez Mandamentos. A caixa era coberta por uma tam-pa de ouro onde estavam fixados dois querubins

formando uma peça com a tampa. A arca era o símbolo da presença e do poder do Deus. Como representava a presença do Senhor, a arca passou a expressar importantes ideias sobre Deus.

1. Lugar de Revelação: A residência de Deus entre os israelitas era o lugar onde Ele se comunicava e Se manifestava a Seu povo. Ele disse a Moisés “Ali, sobre a tampa, no meio dos dois querubins que se encontram sobre a arca da aliança, Eu me encontrarei com você e lhe darei todos os Meus mandamentos destinados aos israelitas” (Êx 25:22, NVI; cf. Nm 7:89).

Em uma ocasião, os israelitas foram até onde estava a arca para consultar ao Senhor antes de saírem para a guerra, e Ele lhes respondeu (Jz 20:27). É impressionante que nosso Deus estivesse disponível para o Seu povo naquele lugar específico – nesse caso, o tabernáculo, e no espaço entre os dois querubins na arca da aliança.

2. Lugar de Adoração: Como a arca, localizada no Lugar Santíssimo do Templo, era um símbolo do Senhor, as pessoas O adoravam na direção do Tabernáculo/Templo: “Ergo as mãos para o Teu Lugar Santíssimo” (Sl 28:2; cf. 138:2). Josué caiu e orou diante da arca e o Senhor lhe respondeu (Js 7:6-11). Os israelitas não adoravam a arca, mas buscavam ao Senhor naquele lugar onde Ele se encon-trava com eles, e onde podiam oferecer-Lhe suas orações e louvores.

3. Lugar do Rei: O Senhor era o rei do Seu povo, e a arca O representava como tal. O salmista se refere a Deus como “Pastor [Rei] de Israel” que “tem o Teu trono sobre os querubins” (Sl 80:1). Ezequiel usa a mesma expressão e acrescenta, “só Tu és Deus sobre todos os reinos da Terra

(2Rs 19:15; cf. 2Sm 6:2). Isso não significa que a arca estava no trono de Deus, mas que ela O representava como rei da Terra. Como rei, da arca, o Senhor conduziu Seu povo em campanhas militares. Quando andavam como exército, a arca do Senhor mostrava o caminho (Nm 10:33, 35); quan-do caminharam pelo rio Jordão, carregando a arca, o rio parou de correr (Js 3:13); em Jericó a presença do Senhor, representada pela arca, levou o povo à vitória (Js 6).

A arca era um símbolo, não o próprio Deus. A presença da arca na guerra não significava que o Senhor estava pre-sente entre Seu povo. Sua presença estava diretamente ligada à aliança de fidelidade. Quando a aliança era quebrada, a presença da arca era inútil e o povo de Deus era derrotado (1Sm 4:1-11).

4. Local de Julgamento e Misericórdia: a arca muitas vezes é chamada de “arca do testemunho” porque o símbolo da aliança – a tábua dos Dez Mandamentos – era colocada dentro dela como testemunho da aliança entre Deus e Israel. A lei era a lei da vida; sua violação era uma questão muito séria e devia ser tratada pelo Senhor da Aliança. O sistema sacrifical lidava de diferentes maneiras com o pecado do povo e sua necessidade de expiação. Porém, a lei dentro da arca era coberta com o “propiciató-rio” (Êx 25:17), o local da expiação, sugerindo que a última palavra de Deus para nós é misericórdia na forma de expiação (perdão) por sangue.

O Novo Testamento identifica esse sangue como o sangue do Filho de Deus. Ele agora intercede por nós diante da arca do Senhor no santuário celestial, na presença do Rei do universo, conduzindo Seu povo para o conflito final, mediando nossa adoração, garantindo-nos o perdão e absolvição no julgamento final, durante o dia escatológico da expiação. ■

Ángel Manuel Rodríguez, hoje aposentado, serviu muitos anos como diretor do Instituto de Pesquisa Bíblica da Associação Geral.

Qual é o significado

da arca da aliança?

AArcaAliançada

R E S P O S T A S A P E R G U N T A S B Í B L I C A S

26 Adventist World | Março 2012

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Alguém disse sabiamente: “Você pode viver semanas sem alimento, dias sem água, minutos sem ar, mas dificilmente

sem esperança.” A esperança eleva nosso espírito e anima o cora-ção. Ela nos ajuda a atravessar os períodos difíceis da vida indi-cando um futuro melhor. Tira nossos olhos da Terra e eleva nosso olhar para o Céu. Concentra-se nas promessas de Deus e não em nossos problemas. Esta lição explora o poder da esperança.

1 Em todo Antigo Testamento, o povo de Deus frequentemente era infiel a Ele, desviando-se para a idolatria e pecado. Entretanto, nosso Senhor o procurava. Leia Jeremias 29:11. Que promessa maravilhosa o profeta deu aos israelitas quando estavam cativos em Babilônia?A despeito da rebelião de Israel, Deus ainda tinha um destino para eles; seu futuro ainda estava em Suas mãos. Deus prometeu dar a eles “um futuro e esperança”. Não importa os desafios que enfrentamos na vida, Deus promete nos dar um novo futuro. Temos a esperança de que Ele tem planos para nossa vida e que Seu futuro é melhor que o nosso passado.

2 Como Gomer, esposa de Oséias, foi infiel a ele, Israel foi infiel para o Senhor. Gomer deixou seu marido por outros amantes e vagou em desespero. Em Oséias 2 o Vale de Acor representa toda a desesperança e desespero enfrentado por Gomer em sua terrível situação. Que palavras de ânimo Oséias diz para Gomer, em Oséias 2:15? Mesmo em meio ao seu desespero, Deus abriu uma porta de esperança. O que uma “porta de esperança” significa para você?

3 Leia Zacarias 9:11 e 12. Que apelo urgente faz Deus àqueles que se desviaram dEle? Como Ele chama Seus filhos rebeldes? Por que essas palavras são tão animadoras?

4 Em um sentido muito real cada um de nós está detido na prisão do pecado. Estamos atados ao inimigo. Somos pecadores por natureza e por escolha. Somos prisioneiros, mas “prisioneiros com esperança.” Leia Romanos 5:1, 2 e 5. O que Jesus Cristo fez para remediar nossa situação desesperadora? Como isso mudou nossa vida?

O Poder da

Esperança Por Mark A. Finley

E S T U D O B Í B L I C O

Março 2012 | Adventist World 27

Por meio da vida, morte e ressurreição de Jesus temos espe-rança outra vez. Somos “justificados” pela morte de Cristo na cruz. Temos paz com Deus e podemos nos alegrar na espe-rança do glorioso futuro hoje, amanhã e para sempre no Seu reino eterno. Como resultado por tudo que Jesus fez por nós, está fazendo e ainda fará, podemos nos alegrar na esperança.

5 Qual é nossa única fonte de esperança? Está nela nossa habilidade de resolver problemas, ou é nossa sabedoria que nos livra de situações difíceis? Leia as passagens a seguir, a respeito de onde vem a genuína esperança. Colossenses 1:27; 1 Timóteo 1:1; Hebreus 6:18.Conhecer Jesus é conhecer a esperança. Ao desenvolvermos um autêntico relacionamento com Jesus, a esperança inunda nossa vida. Esperança e Jesus nunca estão separados. Se queremos mais esperança, precisamos mais de Jesus.

6 Como o apóstolo Paulo chamou a Segunda Vinda de Jesus Cristo em Tito 2:13?O retorno de nosso Senhor é a “bendita esperança” para um mundo crivado com doenças, desastres e morte. Ele é a única esperança para nosso planeta confuso e caótico. Num planeta em rebelião contra Deus, onde as guerras cobram seu preço, crianças morrem de fome e inocentes sofrem, a única esperan-ça real para os problemas aparentemente insolúveis que nos oprimem, é a volta de Jesus.

7 Até que o círculo vicioso da morte seja quebrado, a morte é inevitável para todo ser humano. O que interromperá a marcha da morte através da história? Leia 1 Tessalonicenses 4:13 a 18 e reflita sobre a gloriosa esperança do retorno do nosso Senhor e sobre a grande reunião quando nossos queridos ressuscitarão e juntos subiremos para nos encontrar com Jesus nas nuvens. A Bíblia é um livro cheio de esperança. Jesus nos criou. Ele tem um plano para nossa vida. Mesmo quando O traímos, Ele ainda Se importa e abrirá uma “porta de esperança” em nosso vale de desespero. Cristo morreu por nós. Ele vive por nós. Ele virá outra vez para nós. Ele preparou um lugar nos Céus, especialmente para nós e anseia que estejamos lá.

Se isso não nos encher de esperança, o que o fará? ■

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Dentro das Cidades No exemplar de outubro de 2011 da Adventist World chamou minha atenção o artigo tema da revista “Dentro das Cidades”. Vários itens relacionados ao evangelismo nas cidades: “Braços de Amor”, por Gary Krause e “Jesus Chora pelas Cidades”, por Mark A. Finley.

Fiquei impressionado com a ênfase dada ao pensamento de Ellen White em “Tornando-O Conhecido”: “Uni-camente os métodos de Cristo trarão verdadeiro êxito no aproximar-se do povo. O Salvador misturava-Se com os homens como uma pessoa que lhes desejava o bem. Manifestava simpatia por eles, ministrava-lhes às necessida-des e granjeava-lhes a confiança. Ordenava então: ‘Segue-Me’” (Jo 21:19). (A Ciência do Bom Viver, p. 143).

Muito obrigado por enfatizar o que precisamos abordar e o que estávamos abordando.

S. Ezekiel Wheel União Colombiana do Norte, Medellin, Colômbia

Compartilhando o Poder de Deus Estou enviando o artigo “O Milagre de Hiroshima”, de agosto de 2011, para minha amiga Ryoko Suzuki. Essa amiga que mora na Holanda precisa de evidências do poder de Deus através dos séculos.

Que o Senhor Deus continue abençoando seu maravilhoso trabalho em todo o mundo. Recebemos muita inspiração dos artigos que lemos todos os meses na Adventist World.

Yoly MangoldArgentina

Esse artigo, e todos os artigos da Adventist World podem ser encontrados em nossos arquivos na página www.adventistworld.org. – Os Editores.

Cartas

O sábado deve ser uma das nossas experiências mais felizes.

– Tassia Bianca Jansen Bueno, Curitiba, Brasil

O Índice Global das Cidades de 2010 classificou as maiores cidades do mundo em termos de negócios, cultura, política, informação e capital humano. Segundo essa

classificação, as cinco mais do mundo são:

■ Nova Iorque ■ Londres■ Tóquio■ Paris■ Hong Kong

Fonte: National Geographic, Dezembro de 2011

T R O C A D E I D E I A S

Dia de AlegriaChamou minha atenção o artigo de Ted N. C. Wilson, “Dia de Alegria” (julho de 2011). É muito interessante.

É importante lembrar as pessoas que o sábado do quarto mandamento não deve se tornar um fardo, pois, como sempre dizemos: “O sábado é um dia de descanso e adoração.”

É muito comum ver pessoas que não guardam o sábado, ou outras pessoas falando sobre esse dia de um modo que o faz parecer apenas mais uma parte da lei Mosaica – um dia só de “restrições”, no qual não podemos fazer nada.

Concordo com o pastor Wilson, que o sábado deve ser uma de nossas experiências mais felizes, e que a prepa-ração começa antes da sexta-feira, e não alguns minutos antes do pôr-do-sol. O lar, a mente e o coração devem estar durante toda a semana se preparando

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para esse dia como uma aliança especial com Deus. Começando nas primeiras horas de cada manhã e prosseguindo em comunhão diária com Ele.

Adventist World fornece importante informação para a vida cristã, saúde, histórias missionárias e até orientações para manter a comunhão com Deus. É maravilhoso que a igreja produza algo tão bom.

Adventist World é uma importante ferramenta para transmitir a mensagem sobre Deus, Seu amor, Seu Filho Jesus e a salvação por meio de Sua morte.

Seria excelente se a Adventist World também fosse distribuída nas escolas adventistas como presente para os pais, que, assim como os não cristãos, poderiam receber o evangelho por meio da revista.

Tassia Bianca Jansen BuenoCuritiba, Brasil

Com Mais Esperança Estou muito feliz por ler a revista Adventist World. Estou em situação financeira muito difícil, e essa revista me ajudou a ter mais esperança. Por favor, ore por mim!

Johnny QkhunnttenbeurgUganda

Letters Policy: Please send to: [email protected]. Letters must be clearly written, 100-word maximum. Include the name of the article and the date of publication with your letter. Also include your name, the town/city, state, and country from which you are writing. Letters will be edited for space and clarity. Not all letters submitted will be published.

O sábado deve ser uma das nossas experiências mais felizes.

– Tassia Bianca Jansen Bueno, Curitiba, Brasil

Há AnosNo dia 14 de março de 1858, Ellen White

teve uma visão em Lovett’s Grove (hoje, Bowling Green), Ohio, EUA, que se tornou

conhecida como sua visão do grande conflito.Em seguida, Ellen White começou a escrever a

visão, completando a maior parte do manuscrito em junho. Em setembro, Dons Espirituais, volume 1, foi publicado, com o subtítulo de O Grande Conflito Entre Cristo e Seus Anjos e Satanás e Seus Anjos. Mais tarde, foi expandido para O Grande Conflito, parte da Série O Conflito dos Séculos, que inclui Patriarcas e Profetas, Profetas e Reis, O Desejado de Todas as Nações e Os Atos dos Apóstolos.

Fonte: James R. Nix, Memorable Dates From Our Adventist Past.

P A R A S U A S A Ú D E

Uma porção diária de vegetais de folhas verdes pode reduzir o risco de diabetes, tipo 2, em 14 por cento. O repolho e espinafre contém polifenois que podem prevenir o

estresse oxidante, que causa o diabetes e outras doenças crônicas. Fonte: Mens’s Health

Março 2012 | Adventist World 29

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■ Meu livro preferido da Bíblia é o de Salmos. Sempre que necessito ser enlevada espiritualmente, leio os Salmos. Eles parecem refletir todos os aspectos da vida humana: alegria, tristeza, segurança, adoração, dúvida e perdão. Eu não sobreviveria sem os Salmos.

– Inga, Oslo, Noruega.

■ Gosto de ler o Apocalipse. Não entendo muitas das suas imagens e figuras, mas compreendo o suficiente para saber que Cristo e Seus seguidores finalmente triunfarão sobre a “antiga serpente chamada diabo ou Satanás” (Ap 12:9).

– Francisco, Lima, Peru.

■ Meu livro favorito da Bíblia é 1 Coríntios, provavelmente porque meu capítulo preferido da Bíblia seja 1 Coríntios 13. Eu o leio pelo menos uma vez por semana. Quando compreendemos quanto Deus nos ama, como podemos não amar aos outros?

– Sienna, Christchurch, Nova Zelândia.

No próximo mês, diga-nos com até 50 palavras qual sua promessa bíblica preferida. Envie para [email protected]. No assunto coloque: “50 Words or Less.”

V I D A A D V E N T I S T A

Certa tarde, durante nosso programa Jovem Adventista, brincamos de “caçando animais na Bíblia”. Dois grupos competiram citando o máximo possível de versos bíblicos que mencionavam um determinado animal.

Pela quinta rodada da palavra “camelo”, nosso gru-po não sabia mais passagens. Antes, porém, do limite de tempo expirar, Er, de 6 anos de idade, levantou-se, defen-dendo nosso grupo. Muito ansioso, ele disse: “Esse camelo

era aquele que meu avô e eu encontramos em algum lugar em Reis. Só não consigo lembrar o capítulo.”

E, virando-se para seu avô, que estava no outro time, Er perguntou: “Vovô, diga o verso agora, por favor? Daquele camelo que levou as especiarias para a rainha de Sabá. A gente divide os pontos.”

– Roldan H. Bacus, Pagadian, Filipinas.

P E L O S N Ú M E R O S

1.1 bilhão

O número de pessoas no mundo que vive com 1 dólar por dia, ou menos. Fonte: A Dollar a Day; http://library.thinkquest.org/05aug/00282/home.htm.

T H O M A S V A N D E N B E R G

Em 2005, fui ferido pela explosão de uma mina terrestre no Afeganistão. Ainda estou esperando para ser recom-pensado. Preciso das suas orações.

George, via e-mail

Por favor, ore por mim. Estou enfren-tando dificuldade para pagar meu curso universitário.

Emelda, Zimbábue

T R O C A D E I D E I A S

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5OA T É P A L A V R A S

MeuLivro preferido da

Bíblia

30 Adventist World | Março 2012

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A disciplina nos ensina a fazer o que não é natural em nós.

– Pastor Andres Portes

RESPOSTA: Em Loma Linda, Califórnia, Estados Unidos, Sandra Cisneros, paciente do Hospital Infantil da LLU, brinca de piloto em um dos quatro helicópteros da polícia que pousaram no terreno da Universidade para o 13o Crianças Voam com Policiais (evento anual), no dia 26 de outubro de 2011. O copiloto de Sandra, Richard Estes, do Departamento de Polícia de Riverside, demonstra como o helicóptero funciona.

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Meu aluguel venceu e não tenho dinheiro. Por favor, ore para que Deus providencie o dinheiro e fortaleça minha fé.

Carol, Canadá

Por favor ore para que minha irmã pas-se no exame de validação do diploma de enfermagem e consiga um trabalho.

Harvey, Filipinas

Trabalho para Deus em hospitais, prisões e feiras públicas. Por favor, ore para que eu consiga garantir itens necessários como: Bíblias, roupas, ali-mentos e sapatos, e, ao mesmo tempo, seja um instrumento na obra de Deus, tocando a vida das pessoas.

Joshua, Quênia

EditorAdventist World é uma publicação internacional da Igreja Adventista do Sétimo Dia, editada pela Associação Geral e pela Divisão do Pacífico Norte-Asiático.

Editor Administrativo e Editor ChefeBill Knott

Editor AssociadoClaude Richli

Gerente Internacional de PublicaçãoChun, Pyung Duk

Comissão EditorialTed N. C. Wilson, presidente; Benjamin D. Schoun, vice-presidente; Bill Knott, secretário; Lisa Beardsley; Daniel R. Jackson; Robert Lemon; Geoffrey Mbwana; G. T. Ng; Daisy Orion; Juan Prestol; Michael Ryan; Ella Simmons; Mark Thomas; Karnik Doukmetzian, acessor legal.

Comissão Coordenadora da Adventist World Lee, Jairyong, presidente; Akeri Suzuki; Kenneth Osborn; Guimo Sung; Chun, Pyung Duk, Han, Suk Hee

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Aos colaboradores: São bem-vindos artigos enviados voluntariamente. Toda correspondência editorial deve ser enviada para: 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring MD 20904-6600, EUA. Escritórios da Redação: (301) 680-6638

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Adventist World é uma revista mensal editada simultaneamente na Coreia do Sul, Brasil, Argentina, Indonésia, Austrália, Alemanha, Áustria e nos Estados Unidos.

Vol. 8, No. 3

“Eis que cedo venho…”Nossa missão é exaltar a Jesus Cristo, unindo os adventistas do sétimo dia de todo o mundo numa só crença, missão, estilo de vida e esperança.

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Março 2012 | Adventist World 31

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