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Plano Nacional de Integração Hidroviária AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS - ANTAQ LABORATÓRIO DE TRANSPORTES E LOGÍSTICA – LABTRANS/UFSC BACIA AMAZÔNICA RELATÓRIO EXECUTIVO Desenvolvimento de Estudos e Análises das Hidrovias Brasileiras e suas Instalações Portuárias com Implantação de Base de Dados Georreferenciada e Sistema de Informações Geográficas Fevereiro 2013

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Plano Nacional de Integração Hidroviária

AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS - ANTAQLABORATÓRIO DE TRANSPORTES E LOGÍSTICA – LABTRANS/UFSC

BACIA AMAZÔNICA

RELATÓRIO EXECUTIVO

Desenvolvimento de Estudos e Análises das Hidrovias Brasileiras e suas Instalações Portuárias com Implantação de Base de Dados Georreferenciada e Sistema de Informações Geográficas

Fevereiro 2013

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República Federativa do Brasil

Dilma Roussef

Presidenta da República

Secretaria de Portos (SEP)

José Leônidas Cristino

Ministro Chefe

Ministério dos Transportes

Paulo Sérgio Passos

Ministro dos Transportes

Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ)

Diretoria Colegiada

Pedro Brito (Diretor-Geral Substituto)

Fernando José de Pádua C. Fonseca (Diretor Interino)

Mário Povia (Diretor Interino)

Superintendência de Navegação Interior (SNI)

Adalberto Tokarski (Superintendente)

Superintendência de Portos (SPO)

Bruno de Oliveira Pinheiro (Superintendente Substituto)

Superintendência de Fiscalização e Coordenação (SFC)

Giovanni Cavalcanti Paiva (Superintendente)

Superintendência de Navegação Marítima e de Apoio (SNM)

André Luís Souto de Arruda Coelho (Superintendente)

Superintendência de Administração e Finanças (SAF)

Albeir Taboada Lima (Superintendente)

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Bacia Amazônica Relatório Executivo

iv ANTAQ/UFSC/LabTrans

FICHA TÉCNICA

AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS

Gerência de Desenvolvimento e Regulação da Navegação Interior (GDI) José Renato Ribas Fialho - Gerente Eduardo Pessoa de Queiroz - Coordenador Isaac Monteiro do Nascimento Gerência de Estudos e Desempenho Portuário (GED) Fernando Antônio Correia Serra - Gerente Herbert Koehne de Castro José Esteves Botelho Rabello Gerência de Portos Públicos (GPP) Samuel Ramos de Carvalho Cavalcanti – Gerente Substituto Paulo Henrique Ribeiro de Perni Camila Romero Monteiro da Silva Superintendência de Fiscalização e Controle (SFC) Frederico Felipe Medeiros Unidade Administrativa Regional do Paraná (UARPR) Fábio Augusto Giannini ENTIDADES COLABORADORAS Ministério dos Transportes (MT) Administrações Hidroviárias Unidades Administrativas Regionais da ANTAQ (UAR’s) Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) VALEC - Engenharia, Construções e Ferrovias S.A. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) Agência Nacional de Águas (ANA) Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e suas Federações Confederação Nacional do Transporte (CNT) e suas Federações Petrobras Transporte S/A (TRANSPETRO) Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (APROSOJA) Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (SOPH) Superintendência de Portos e Hidrovias do Rio Grande do Sul (SPH) Porto Fluvial de Petrolina (PE)

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Relatório Executivo Bacia Amazônica

ANTAQ/UFSC/LabTrans v

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

Roselane Neckel - Reitora Lúcia Helena Martins Pacheco- Vice-Reitora Sebastião Roberto Soares- Diretor do Centro Tecnológico Jucilei Cordini - Chefe do Departamento de Engenharia Civil Laboratório de Transportes e Logística Amir Mattar Valente - Coordenador Geral do Laboratório Equipe Técnica - Transporte e Logística Fabiano Giacobo - Coordenador Estudos André Ricardo Hadlich - Responsável Técnico Daniele Sehn - Economista André Felipe Kretzer Carlo Vaz Sampaio Felipe Souza dos Santos Gabriella Sommer Vaz Guilherme Tomiyoshi Nakao Humberto Assis de Oliveira Sobrinho Jonatas J. de Albuquerque Larissa Steinhorst Berlanda Luiz Gustavo Schmitt Marjorie Panceri Pires Natália Tiemi Gomes Komoto Priscila Lammel Fernando Seabra - Consultor Pedro Alberto Barbetta - Consultor Equipe Técnica - Tecnologia da Informação Antônio Venícius dos Santos - Coordenador Base de dados Georreferenciada Edésio Elias Lopes - Responsável Técnico Caroline Helena Rosa Guilherme Butter Demis Marques Paulo Roberto Vela Junior Sistema Luiz Claudio Duarte Dalmolin - Responsável Técnico Emanuel Espíndola Rodrigo Silva de Melo José Ronaldo Pereira Junior Sérgio Zarth Junior Leonardo Tristão Tiago Lima Trinidad Robson Junqueira da Rosa Design Gráfico Guilherme Fernandes Heloisa Munaretto Revisão de Textos Lívia Carolina das Neves Segadilha Paula Carolina Ribeiro Pedro Gustavo Rieger Renan Abdalla Leimontas

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Bacia Amazônica Relatório Executivo

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

AHIMOC Administração das Hidrovias da Amazônia Ocidental AHIMOR Administração das Hidrovias da Amazônia Oriental ANA Agência Nacional de Águas ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica ANTAQ Agência Nacional de Transportes Aquaviários ANTT Agência Nacional de Transportes Terrestres Aprosoja Associação dos Produtores de Soja do Mato Grosso BIT Banco de Informações e Mapas de Transportes BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social CNRH Conselho Nacional de Recursos Hídricos CSRH Caderno Setorial de Recursos Hídricos DHI Departamento de Hidrovias Interiores DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes DNPM Departamento Nacional de Produção Mineral EFT Estrada de Ferro Trombetas EPE Empresa de Pesquisa Energética Brasileira ETC Estação de Transbordo de Cargas FICO Ferrovia de Integração do Centro-Oeste IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística LabTrans Laboratório de Transportes e Logística MMA Ministério do Meio Ambiente PAC Programa de Aceleração do Crescimento PIB Produto Interno Bruto PNIH Plano Nacional de Integração Hidroviária PNLT Plano Nacional de Logística de Transportes t Toneladas TIR Taxa Interna de Retorno tku Tonelada Quilômetro Útil TMA Taxa Mínima de Atratividade Transpetro Petrobras Transporte S/A TUP Terminal de Uso Privativo UFSC Universidade Federal de Santa Catarina USIPAR Usina de Recicláveis Sólidos Paraná S/A VPL Valor Presente Líquido

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Relatório Executivo Bacia Amazônica

ANTAQ/UFSC/LabTrans vii

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Região Hidrográfica Amazônica com seus principais rios e afluentes .......................... 2

Figura 2 - Região Hidrográfica Amazônica .................................................................................... 3

Figura 3 - Bacia Amazônica: Área Inicial de Estudo ....................................................................... 6

Figura 4 - Bacia Amazônica: Área de Influência Final .................................................................... 7

Figura 5 - Área contígua e área total de influência das hidrovias da Bacia Amazônica .............. 11

Figura 6 - Principais produtos movimentados em comércio exterior pelas regiões da área

contígua às hidrovias da Bacia Amazônica em 2010 e 2030 ....................................................... 13

Figura 7 - Bacia Amazônica: principais rotas hidroviárias ........................................................... 17

Figura 8 - Rios Solimões, Negro e Branco: terminais e opções de integração modal ................. 19

Figura 9 - Rio Madeira, terminais e opções de integração modal .............................................. 21

Figura 10 - Rios Amazonas, Trombetas e Jari, opções de integração modal .............................. 23

Figura 11 - Rios Tapajós e Teles Pires: trecho navegável e cachoeiras ....................................... 24

Figura 12 - Rios Tapajós e Teles Pires: opções de integração modal .......................................... 25

Figura 13 - Carregamento nas Hidrovias da Bacia Amazônica - Fluxo 2015 (t) ........................... 37

Figura 14 - Carregamento nas Hidrovias da Bacia Amazônica - Fluxo 2020 (t) ........................... 38

Figura 15 - Carregamento nas Hidrovias da Bacia Amazônica - Fluxo 2025 (t) ........................... 39

Figura 16 - Carregamento nas Hidrovias da Bacia Amazônica - Fluxo 2030 (t) ........................... 40

Figura 17 - Hidrovias da Bacia Amazônica com seus terminais existentes e áreas propícias ..... 43

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Bacia Amazônica Relatório Executivo

viii ANTAQ/UFSC/LabTrans

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Grupos de produtos .................................................................................................. 10

Quadro 2 - Cenário modal rodoviário ......................................................................................... 26

Quadro 3 - Cenário modal ferroviário ......................................................................................... 27

Quadro 3 - Cenário modal hidroviário ........................................................................................ 27

Quadro 5 - Áreas propícias para instalação de novos terminais hidroviários............................. 28

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Relatório Executivo Bacia Amazônica

ANTAQ/UFSC/LabTrans ix

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Bacia Amazônica: representatividade de produtos com base no PNLT - 2004 (mil t) ...... 9

Tabela 2 - Projeção quinquenal da movimentação de cargas, por sentido de comércio exterior

e por grupo de produtos - área contígua às Hidrovias da Bacia Amazônica - 2011 - 2030 (t) .... 12

Tabela 3 - Projeção quinquenal da demanda de cargas, por grupo de produtos na Área de

Influência total da região ampla das Hidrovias da Bacia Amazônica - 2015 - 2030 (t) ............... 14

Tabela 4 - Projeção quinquenal da carga alocada, por produtos, para as Hidrovias da Bacia

Amazônica – 2015 – 2030 (t) ....................................................................................................... 15

Tabela 5 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2015 (t) ........................................................... 30

Tabela 6 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2020 (t) ........................................................... 30

Tabela 7- Carregamentos nos terminais - Fluxo 2025 (t) ............................................................ 31

Tabela 8- Carregamentos nos terminais - Fluxo 2030 (t) ............................................................ 31

Tabela 9 - Carregamento nas Hidrovias da Bacia Amazônica - Fluxo 2015 (t) ............................ 33

Tabela 10 - Carregamento nas Hidrovias da Bacia Amazônica - Fluxo 2020 (t) .......................... 34

Tabela 11 - Carregamento nas Hidrovias da Bacia Amazônica - Fluxo 2025 (t) .......................... 35

Tabela 12 - Carregamento nas Hidrovias da Bacia Amazônica - Fluxo 2030 (t) .......................... 36

Tabela 13 - Comparativo entre as áreas propícias para instalação de terminais ....................... 42

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Relatório ExecutivoBacia Amazônica

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS............................................................................

LISTA DE FIGURAS.....................................................................................................

LISTA DE QUADROS...................................................................................................

LISTA DE TABELAS.....................................................................................................

PREFÁCIO..................................................................................................................

vi

vii

viii

ix

xiii

SUMÁRIO

xiANTAQ/UFSC/LabTrans

Bacia AmazônicaRelatório Executivo

Relatório Executivo Bacia Amazônica

ANTAQ/UFSC/LabTrans xi

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 1

2 A HIDROVIA ................................................................................................................ 1

2.1 Localização ............................................................................................................... 1

2.2 Determinação da área de influência ........................................................................ 5

3 IDENTIFICAÇÃO DOS PRODUTOS RELEVANTES PARA ANÁLISE .................................. 7

3.1 Grupos ............................................................................................................... 10

4 PROJEÇÃO DOS FLUXOS DE COMERCIALIZAÇÃO E TRANSPORTE ............................ 10

4.1 Resultados da projeção de demanda da área contígua às hidrovias da Bacia Amazônica .............................................................................................................. 11

4.2 Resultados da projeção de demanda da Área de Influência total das hidrovias da Bacia Amazônica .................................................................................................... 13

4.3 Resultados da alocação da carga total para as hidrovias da Bacia Amazônica ..... 14

5 DIAGNÓSTICO DA REDE DE TRANSPORTE ATUAL .................................................... 16

5.1 Bacia Amazônica .................................................................................................... 16

5.2 Portos, Intermodalidade e Acessos ........................................................................ 17

6 DEFINIÇÃO DA REDE FUTURA A SER ANALISADA - NOVAS OUTORGAS DE TERMINAIS HIDROVIÁRIOS ....................................................................................... 26

6.1 Montagem dos cenários de infraestrutura ............................................................ 26

7 SIMULAÇÃO DOS PROJETOS ..................................................................................... 28

7.1 Carregamento em Terminais ................................................................................. 28

7.2 Carregamento na Hidrovia ..................................................................................... 32

8 AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE PROJETOS................................................................... 41

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 43

REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 45

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Relatório ExecutivoBacia Amazônica

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PREFÁCIO

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ – tem a honra de apresentar à

sociedade, ao setor produtivo e aos diversos órgãos governamentais o presente Plano Nacional

de Integração Hidroviária – PNIH.

Conhecer as características físico-geográficas, as demandas e ofertas de cada segmento

representativo de produção de cargas é ação primária para a geração de alternativas ao mercado

sobre onde e como investir. Dessa forma, o trabalho ora apresentado significa uma maior com-

preensão dos espaços produtivos brasileiros em relação aos movimentos de cargas, em especial,

ao setor da navegação interior.

O foco foi gerar resultados sustentados em metodologia sólida, utilizando a experiência

acadêmica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a grande vivência dos técnicos

da ANTAQ, bem como com as evidências e expectativas do mercado que hoje lida com cargas

produtivas. Dessa integração surge o PNIH, instrumento abrangente com fundamentação, base

metodológica e coerência com a realidade dos agentes produtores e transportadores de carga.

O PNIH é, portanto, fruto da integração do conhecimento acadêmico e científico, do pla-

nejamento, representado pela utilização dos dados disponíveis no Plano Nacional de Logística de

Transportes – PNLT, e das bases de dados evidenciadas na realidade do transporte de cargas na

navegação interior. Some-se a isso, sua característica dinâmica, representada pela ferramenta de

informações geográficas denominada SIGTAQ, capaz de atualizar rapidamente novas projeções,

e de responder adequadamente às variações naturais de mercados em evolução.

Contribuir com a readequação da matriz de transporte de carga e redução da emissão

de poluentes atmosféricos, indicando possíveis áreas para a instalação terminais hidroviários,

são apenas algumas das características que podem ser observadas da leitura do PNIH. Assim,

a ANTAQ disponibiliza uma ferramenta moderna, atualizada e aberta aos desafios a serem en-

frentados por aqueles que trabalham pela redução dos custos logísticos brasileiros de forma

sustentável, objetivo para o qual as hidrovias tem papel importante. Esperamos com isso, tornar

mais fácil a análise de novos investimentos, a seleção de caminhos alternativos para o transporte

de cargas, bem como colaborar com os planejadores de políticas públicas, na medida em que

poderão dispor de instrumento ágil e bem sustentado, na formulação dos instrumentos legais a

eles incumbidos.

xiiiANTAQ/UFSC/LabTrans

Bacia AmazônicaRelatório Executivo

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Relatório Executivo Bacia Amazônica

ANTAQ/UFSC/LabTrans 1

1 INTRODUÇÃO

O Relatório Executivo do estudo da Bacia Amazônica destaca os principais resultados das análises de cenários logísticos para inserção de terminais hidroviários nas vias navegáveis que compõem as hidrovias da Bacia Amazônica. Os detalhes desse estudo constam nos cadernos de relatório técnico e de metodologia. Além dessa breve introdução, o presente relatório está organizado nos próximos oito capítulos, a saber:

Capítulo 2: A Hidrovia;

Capítulo 3: Identificação dos Produtos Relevantes para Análise;

Capítulo 4: Projeção dos Fluxos de Comercialização e Transporte;

Capítulo 5: Diagnóstico da Rede de Transporte Atual;

Capítulo 6: Definição da Rede Futura a Ser Analisada - Novas Outorgas de Terminais Hidroviários;

Capítulo 7: Simulação dos Projetos;

Capítulo 8: Avaliação Econômica de Projetos; e

Capítulo 9: Considerações Finais.

Além dos capítulos elencados nesse resumo executivo, foram disponibilizados à ANTAQ os relatórios técnicos completos contendo tabelas com resultados mais detalhados referentes à etapa de simulação.

2 A HIDROVIA

Este capítulo do relatório traz, inicialmente, a caracterização da Bacia Amazônica no que diz respeito às suas principais informações geográficas, como localização, principais rios e afluentes. Em seguida, apresenta os resultados da determinação da Área de Influência da Bacia, conforme os procedimentos detalhados no Relatório de Metodologia.

2.1 Localização

O Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH, 2003) define a Região Hidrográfica Amazônica como sendo constituída pela Bacia Hidrográfica do Rio Amazonas, situada em território nacional, e pelas bacias hidrográficas da Ilha de Marajó e do estado do Amapá. Portanto, a Região Hidrográfica diferencia-se da Bacia Hidrográfica por estar totalmente localizada em território brasileiro, abrangendo os estados do Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Pará, Amapá e norte do Mato Grosso. Ocupa uma área de 3,8 milhões de quilômetros quadrados, correspondendo a 45% da área total do país.

A Região Hidrográfica Amazônica é formada por uma vasta malha de rios perenes e corpos d’água, sendo dois os órgãos responsáveis por sua gerência: a Administração das

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Bacia Amazônica Relatório Executivo

2 ANTAQ/UFSC/LabTrans

Hidrovias da Amazônia Ocidental (AHIMOC) e a Administração das Hidrovias da Amazônia Oriental (AHIMOR). Segundo a AHIMOC, as responsabilidades das Administrações abrangem a execução, o acompanhamento e a fiscalização de estudos, de obras e serviços de vias navegáveis interiores e portos fluviais e lacustres.

A Figura 1 mostra a Região Hidrográfica Amazônica com seus principais rios e afluentes. Devido ao grande número de corpos d’água existentes nessa região, foram selecionados apenas alguns rios que são parte deste estudo e que se encontram destacados a seguir.

Figura 1 - Região Hidrográfica Amazônica com seus principais rios e afluentes

Fonte: Elaboração própria

A divisão entre as Administrações segue aproximadamente os limites estaduais, com a AHIMOC responsável pelas hidrovias do Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima e noroeste de Mato Grosso; e com a AHIMOR administrando as hidrovias dos estados do Pará, Amapá e norte do Mato Grosso, incluindo também o Rio Amazonas, que possui parte de sua extensão no estado de mesmo nome. A Figura 2 ilustra essa divisão, mostrando os principais rios do estudo e a qual Administração pertence cada um deles.

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Relatório Executivo Bacia Amazônica

ANTAQ/UFSC/LabTrans 3

Figura 2 - Região Hidrográfica Amazônica

Fonte: Elaboração própria

Com base em dados da AHIMOR, da AHIMOC e do Ministério dos Transportes (através do Departamento de Hidrovias Interiores - DHI), apresentam-se, em seguida, os rios mais importantes da Região Hidrográfica Amazônica e que farão parte desse estudo:

Rio Solimões

Corresponde ao trecho do Médio Amazonas de 1.620 quilômetros de extensão entre Tabatinga (AM), na fronteira com o Peru, até Manaus (AM), na confluência com o Rio Negro (AHIMOC, 2002). Possui diversos afluentes, como o Javari, Japurá, Juruá, Purus, Madeira e Negro. No entanto, apenas os dois últimos farão parte deste estudo.

Rio Negro

Nasce sob o nome de Rio Guainia, na Colômbia, e deságua no Rio Amazonas. Entra no país ao norte do estado do Amazonas, próximo à cidade de Cucuí (AM), tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Venezuela, estando 1.200 dos 1.700 quilômetros totais dentro do território brasileiro (AHIMOC, 2001). Segue em direção sudeste até o encontro com o Rio Solimões, em Manaus (AM).

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Bacia Amazônica Relatório Executivo

4 ANTAQ/UFSC/LabTrans

Rio Branco

Localizado em Roraima, é o afluente mais importante da margem esquerda do Rio Negro, iniciando-se na confluência dos rios Uaricuera e Tacutu, a cerca de 30 quilômetros da capital Boa Vista (RR). A partir daí, estende-se por cerca de 600 quilômetros, desaguando no Rio Negro, dentro do município de Barcelos (AM) (COSTA, 1998).

Rio Madeira

A sub-bacia do Rio Madeira nasce nos Andes bolivianos e peruanos e banha os estados de Rondônia, Amazonas e Mato Grosso. É formado pela confluência dos rios Beni (e seu afluente Madre de Dios) e Mamoré (e seu afluente Guaporé), evento que ocorre em Rondônia, na fronteira entre Brasil e Bolívia. A partir desse ponto recebe o nome de Madeira e estende-se por cerca de 1.425 quilômetros até a foz no Rio Amazonas, próximo a Itacoatiara (AM) (AHIMOC, 1996). Possui como principais afluentes os rios Abunã e Ji-Paraná, em Rondônia, e Aripuanã, no estado do Amazonas. Atualmente é a principal hidrovia da AHIMOC, sendo uma importante via de escoamento de cargas do Centro-Oeste, principalmente de grãos como a soja e o milho, integrando a região aos grandes portos ao longo do Rio Amazonas por onde essas cargas podem ser exportadas. A hidrovia apresenta um alto custo-benefício na redução de custos de transporte, aumentando a viabilidade da produção num raio de 900 quilômetros (COSTA, 1998).

Rio Amazonas

Segundo a AHIMOR (2011), é o segundo rio mais extenso do mundo, com 6.515 quilômetros. Destes, cerca de 3.220 quilômetros estão dentro do Brasil. Nasce nos Andes peruanos com o nome de Marañón, dividindo-se, no Brasil, em dois trechos: Solimões, que se estende de Tabatinga (AM) até a confluência com o Rio Negro, próximo a Manaus (AM), e Amazonas, que vai da confluência até a foz no Atlântico. Esta é uma via de grande relevância, pois além da existência de cidades importantes às suas margens, é confluência de outros cursos d'água navegáveis, tais como o Madeira e o Tapajós. É um rio tipicamente de planície com declividade mínima; em média a queda é de apenas dois centímetros por quilômetro. O rio tem o seu período de águas baixas em junho e de águas altas em novembro, tendo a estação seca como a mais propícia à navegação. A extensão com o nome de Amazonas (Baixo Amazonas) possui aproximadamente 1.508 quilômetros e vai da confluência com o Rio Negro (próximo a Manaus) até a foz no Atlântico.

Rio Trombetas

É um afluente da margem esquerda do Rio Amazonas no noroeste do Pará. Possui extensão total de 800 quilômetros, distribuída ao longo do município de Oriximiná (PA) até a foz no Rio Amazonas, no município de Óbidos (PA).

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Relatório Executivo Bacia Amazônica

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Rio Jari

Possui extensão de 780 quilômetros, fazendo a divisa entre os estados do Pará e Amapá e desaguando no Rio Amazonas (BRASIL, 2002). O período de estiagem dura de abril a junho. Possui grande potencial para geração de energia, estando em construção a hidrelétrica Santo Antônio do Jari (obra do Programa de Aceleração do Crescimento - PAC) e já tendo sido aprovados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) os estudos de inventário para a construção de outras três barragens.

Tapajós - Teles Pires

O Rio Teles Pires nasce no interior do Mato Grosso e a sua confluência com outro rio dá origem ao rio Tapajós. Esse conjunto de rios se estende por 1.576 quilômetros, passando pelos estados do Amazonas e Pará, desaguando no Rio Amazonas, próximo a Santarém, no Pará (AHIMOR, 2011). Esse caminho deve tornar-se a melhor rota para o escoamento de grãos do centro-norte do estado de Mato Grosso após a total implantação da hidrovia (ANTAQ, 2011).

De acordo com a AHIMOR (2012), o Rio Tapajós possui extensão de 851 quilômetros entre a sua origem, no norte do Mato Grosso, até a foz no Rio Amazonas, no município de Santarém (PA). O Rio Teles Pires também é conhecido pelo nome de São Manuel e estende-se do interior do Mato Grosso em direção ao norte.

Por sua vez, os rios Purus, Acre, Juruá, Japurá e Içá também são rios navegáveis, mas são utilizados principalmente para o transporte local de passageiros e de pequenas cargas, bem como para o fornecimento de diesel para o funcionamento de pequenas usinas termoelétricas e geradores da região. Apesar de também integrarem a Região Hidrográfica Amazônica, não fazem parte deste estudo.

2.2 Determinação da área de influência

A Área Inicial de Estudo referente à Bacia Amazônica abrangia uma grande área, que englobava todos os estados da Região Norte e Centro-Oeste do país. Como pode ser observado na Figura 3, estavam inclusos na área os estados do Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia, Pará, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Tocantins, Goiás e Mato Grosso do Sul. Também visíveis na figura estão os rios amazônicos que fazem parte do estudo: Solimões, Amazonas, Negro, Branco, Madeira, Tapajós, Teles Pires, Trombetas, Jari e Xingu. O rio Juruena foi considerado na etapa de determinação da área de influência da Bacia Amazônica, porém, não foi considerado navegável dentro dos horizontes de estudo. Os procedimentos utilizados para a determinação da Área de Influência encontram-se no Relatório de Metodologia e mais detalhes da aplicação encontram-se no Relatório Técnico desta Bacia.

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Bacia Amazônica Relatório Executivo

6 ANTAQ/UFSC/LabTrans

Figura 3 - Bacia Amazônica: Área Inicial de Estudo

Fonte: Elaboração própria

A Área de Influência Final das hidrovias situadas na Bacia Amazônica é muito semelhante à área encontrada na etapa anterior. A única mudança foi a inclusão da microrregião de Conceição do Araguaia (PA), que se encontrava dentro do Cordão da Área de Influência, mas não pertencia ao conjunto de microrregiões de 95% da Atratividade total.

Na Figura 4, consta a Área de Influência Final da Bacia Amazônica, contemplando a totalidade dos estados do Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia, Pará, Amapá, Maranhão e parte dos estados do Mato Grosso e do Tocantins. Devido à grande área banhada pelos rios que constituem a bacia, obteve-se também uma Área de Influência de grande abrangência.

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Figura 4 - Bacia Amazônica: Área de Influência Final

Fonte: Elaboração própria

3 IDENTIFICAÇÃO DOS PRODUTOS RELEVANTES PARA ANÁLISE

Com o objetivo de discutir questões referentes principalmente à Hidrovia do Rio Madeira, como os tipos de cargas movimentadas, os gargalos de infraestrutura e a possibilidade de atração de novas cargas para a hidrovia, foi realizada, em 24 de outubro de 2011, na cidade de Porto Velho (RO), reunião com cerca de 10 participantes, incluindo representantes da ANTAQ de Porto Velho e empresários da região. Em 25 de outubro de 2011, nova reunião foi realizada na cidade de Manaus (AM) visando o mesmo objetivo do encontro anterior, porém com foco voltado às questões referentes à Hidrovia dos rios Teles Pires-Tapajós e Solimões-Amazonas. Nesse dia estavam presentes 14 participantes, entre eles representantes da ANTAQ de Manaus, empresários da área de logística e do Terminal de Uso Privativo Chibatão.

A Hidrovia do Rio Madeira é hoje uma das mais importantes do país. Durante as reuniões foi destacada a grande importância dessa hidrovia para as cargas advindas do noroeste do estado do Mato Grosso - especialmente soja e milho - e uma perspectiva de

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aumento da quantidade movimentada desses produtos agrícolas. É importante ressaltar que 90% da soja movimentada nessa hidrovia provém do Mato Grosso; além disso, para a Associação dos Produtores de Soja do Mato Grosso (Aprosoja), esse estado tem possibilidade de agregar 9 milhões de toneladas de soja em áreas que atualmente são de pastagens. Também foi ressaltado o processamento do transporte de farelo, que não deve ser transferido para Porto Velho (RO), mas mantido em Itacoatiara (AM), e o problema estrutural que está se desenvolvendo no Porto de Porto Velho, o qual está operando em capacidade plena e necessita de novos equipamentos para expansão. Por fim, foi afirmada e consolidada a vocação do Porto de Porto Velho para graneis agrícolas, combustíveis e cargas gerais.

Seguindo os procedimentos detalhados no Relatório de Metodologia, foram encontrados os totais por produto da matriz do Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT) para a Área de Influência da Bacia Amazônica e a representatividade destes.

A cana-de-açúcar, apesar de apresentar movimentação dentro da Área de Influência da Bacia Amazônica, não foi considerada na análise. As refinarias, consumidoras de cana-de-açúcar, geralmente localizam-se próximas às plantações, sendo pouco provável a utilização das hidrovias para transportar esse produto. No entanto, pode ocorrer o transporte de seus derivados, como álcool ou açúcar.

Na Tabela 1 estão destacados os produtos considerados relevantes, que somam 90% do total da movimentação. Os produtos escolhidos encontram-se tarjados em cinza.

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Tabela 1 – Bacia Amazônica: representatividade de produtos com base no PNLT - 2004 (mil t)

Fonte: Dados do PNLT (documento reservado)

Produto Fluxo 2004 % % acumuladaMinério de ferro 76.311,06 38,110% 38,110%Produtos da exploração florestal e da silvicultura 19.508,58 9,743% 47,852%Carga geral 16.568,87 8,274% 56,127%Minerais metálicos não-ferrosos 15.424,94 7,703% 63,830%Cana-de-açúcar 11.326,07 5,656% 69,486%Soja em grão 11.241,80 5,614% 75,100%Minerais não-metálicos 7.208,48 3,600% 78,700%Bovinos e outros animais vivos 5.283,28 2,638% 81,338%Outros produtos e serviços da lavoura 5.276,10 2,635% 83,973%Petróleo e gás natural 4.095,66 2,045% 86,019%Milho em grão 4.020,58 2,008% 88,026%Arroz em casca 3.786,06 1,891% 89,917%Gusa e ferro-ligas 3.102,24 1,549% 91,466%Leite de vaca e de outros animais 2.220,59 1,109% 92,575%Cimento 2.159,46 1,078% 93,654%Arroz beneficiado e produtos derivados 1.618,99 0,809% 94,462%Abate e preparação de produtos de carne 1.590,22 0,794% 95,257%Mandioca 1.196,34 0,597% 95,854%Outros produtos do refino de petróleo e coque 1.135,40 0,567% 96,421%Óleos de milho, amidos e féculas vegetais e rações 967,01 0,483% 96,904%Algodão herbáceo 707,24 0,353% 97,257%Álcool 672,37 0,336% 97,593%Óleo diesel 657,87 0,329% 97,921%Produtos químicos inorgânicos 475,68 0,238% 98,159%Suínos vivos 434,46 0,217% 98,376%Celulose e outras pastas para fabricação de papel 427,86 0,214% 98,590%Produtos das usinas e do refino de açúcar 426,36 0,213% 98,803%Óleo combustível 332,64 0,166% 98,969%Pesca e aquicultura 299,07 0,149% 99,118%Frutas cítricas 273,25 0,136% 99,254%Gasoálcool 261,04 0,130% 99,385%Gasolina automotiva 199,65 0,100% 99,485%Farinha de trigo e derivados 164,55 0,082% 99,567%Óleo de soja em bruto e tortas, bagaços e farelo de soja 153,15 0,076% 99,643%Carne de aves fresca, refrigerada ou congelada 147,92 0,074% 99,717%Café em grão 140,61 0,070% 99,787%Carne de suíno fresca, refrigerada ou congelada 107,75 0,054% 99,841%Aves vivas 101,43 0,051% 99,892%Gás liquefeito de petróleo 81,05 0,040% 99,932%Fabricação de resina e elastômeros 76,21 0,038% 99,970%Café torrado e moído 29,55 0,015% 99,985%Farinha de mandioca e outros 14,82 0,007% 99,992%Ovos de galinha e de outras aves 10,63 0,005% 99,998%Produtos químicos orgânicos 3,70 0,002% 100,000%Fumo em folha 0,32 0,000% 100,000%Produtos do fumo 0,27 0,000% 100,000%Óleo de soja refinado 0,14 0,000% 100,000%Trigo em grão e outros cereais 0,05 0,000% 100,000%TOTAL 200.241,37 100,000% 100,000%

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3.1 Grupos

Os produtos selecionados para o estudo da Bacia Amazônica (e igualmente para as demais bacias) foram reunidos em cinco grupos distintos, de acordo com o acondicionamento das cargas e/ou valores dos fretes para que a simulação pudesse ser realizada de forma satisfatória. O Quadro 1 apresenta os cinco agrupamentos.

Quadro 1 - Grupos de produtos

Fonte: Elaboração própria

4 PROJEÇÃO DOS FLUXOS DE COMERCIALIZAÇÃO E TRANSPORTE

Este capítulo se refere à caracterização socioeconômica da Área de Influência, dos resultados das projeções de demanda da Área de Influência e do resultado da alocação da

AlimentíciosCarga geralBovinos e outros animais vivosCarne bovinaCarne de avesCarne suínaCelulose e outras pastas para fabricação de papel (papel e celulose)CerâmicosDerivados de ferroFumoMadeirasMateriais elétricosProdutos cerâmicosProdutos da exploração florestal e da silviculturaReatores e equipamentosSemi-acabacados, laminados planos, longos e tubos de açoTêxteis e calçadosDerivados de petróleoEtanolOutros produtos do refino de petróleo e coquePetróleo e gás naturalSuco de laranjaLeite de vaca e de outros animaisÓleo de soja em bruto e tortas, bagaços e farelo de sojaÓleos de milho, amidos e féculas vegetais e raçõesAdubosCarvão mineralCimentoGusa e ferro-ligasMinerais metálicos não ferrososMinerais não metálicosMinério de ferroProdutos químicos inorgânicosSalAçúcarCereaisArroz beneficiado e produtos derivadosArroz em cascaCafé em grãoCana-de-açúcarCereaisMilho em grãoOutros produtos e serviços da lavouraProdutos das usinas e do refino de açúcarSoja em grãoTrigo em grão e outros cereais

GRUPO 4 Granel Sólido

GRUPO 3 Granel Líquido

Agrícola

GRUPO 2 Granel Líquido

GRUPO 1 Carga Geral

GRUPO 5 Granel Sólido

Agrícola

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carga total das hidrovias da Bacia Amazônica. As projeções de demanda referem-se a todas as cargas movimentadas na Área de Influência da hidrovia. Uma vez obtida a estimativa do total da carga, a malha de transporte é carregada e obtém-se, por minimização de custos logísticos, a carga alocada à hidrovia.

4.1 Resultados da projeção de demanda da área contígua às hidrovias da Bacia Amazônica

Este item descreve os resultados obtidos a partir do modelo de expansão de demanda para a área contígua. Os resultados referem-se às movimentações de carga nas microrregiões da bacia, que são regiões contíguas às hidrovias da Bacia Amazônica. A Figura 5 ilustra as regiões da área contígua às hidrovias, bem como a Área de Influência total das hidrovias da Bacia Amazônica.

Figura 5 - Área contígua e área total de influência das hidrovias da Bacia Amazônica

Fonte: Elaboração própria

O produto mais movimentado na área contígua às hidrovias da Bacia Amazônica foi o minério de ferro, que obteve mais de 70% da participação na movimentação total de 2010, exportando mais de 99 milhões de toneladas. Em segundo lugar veio o grupo dos minérios, metais, produtos metalúrgicos e pedras preciosas, que exportou aproximadamente 12 milhões de toneladas, somando cerca de 8,6% do total movimentado.

Em terceiro lugar se encontra a soja, com 5% do total movimentado e cerca de 7,5 milhões de toneladas. As demais cargas somam aproximadamente 20,4 milhões de toneladas e participam em 14,6% do total movimentado. A Tabela 2 sintetiza os principais produtos

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movimentados nas hidrovias no ano de 2010 e suas respectivas projeções para o período 2011 - 2030.

Tabela 2 - Projeção quinquenal da movimentação de cargas, por sentido de comércio exterior e por grupo de produtos - área contígua às Hidrovias da Bacia Amazônica - 2011 - 2030 (t)

Fonte: BRASIL (2012)

Os resultados descritos na Tabela 2 indicam, tanto para 2010 como para os anos projetados, o absoluto predomínio da exportação de minério de ferro nas microrregiões próximas às hidrovias. Destacam-se, ainda, os aumentos de exportação de soja, produtos da indústria química e ferro-gusa. Entre os produtos de importação, pode-se notar a maior significância de derivados do petróleo e produtos metalúrgicos, os quais não crescem muito rapidamente. Por outro lado, registram forte expansão da demanda de importação os adubos e fertilizantes.

A Figura 6 relaciona os principais produtos movimentados nas hidrovias da Bacia Amazônica em 2010 e previstos para 2030.

Produtos Importação 2010 2015 2020 2025 2030Adubos e Fertilizantes (t) 1.037.011 1.356.739 2.022.496 2.359.806 2.467.127Derivados de Ferro (t) 402.433 414.280 369.247 323.092 258.647Derivados de Petróleo (t) 5.106.602 6.206.615 6.292.155 6.401.543 6.394.701Materiais Elétricos (t) 288.254 152.871 111.772 103.975 83.103Minérios, Metais, Produtos Metalúrgicos e Pedras Preciosas (t) 3.019.908 1.989.429 2.905.243 4.309.965 5.631.491Produto das Indústrias Químicas (t) 2.228.836 2.828.637 2.868.229 3.298.467 3.460.332Trigo (t) 269.883,06 449.121,46 475.304,05 475.377,64 475.378,00

Total Importações 12.352.925,73 13.397.693,18 15.044.445,53 17.272.226,42 18.770.777,53

Produtos Exportação 2010 2015 2020 2025 2030Ferro-gusa (t) 1.479.204 3.571.196 6.141.463 7.518.396 8.275.547Minério de Ferro (t) 99.136.965 136.807.813 189.482.442 209.572.130 225.485.607Minérios, Metais, Produtos Metalúrgicos e Pedras Preciosas (t) 11.973.625 8.260.468 8.549.956 8.578.652 8.665.351Produto das Indústrias Químicas (t) 6.577.105 7.517.555 9.501.496 11.087.224 12.650.238Soja (t) 7.508.799 11.225.258 14.058.986 15.969.254 17.638.952

Total Exportações 126.675.698 167.382.289 227.734.343 252.725.657 272.715.695

Total 139.028.623 180.779.982 242.778.789 269.997.884 291.496.473

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1 - A legenda “Minérios” refere-se ao grupo de produtos Minérios, Metais, Produtos Metalúrgicos e Pedras Preciosas, em toneladas.

Figura 6 - Principais produtos movimentados em comércio exterior pelas regiões da área contígua às hidrovias da Bacia Amazônica em 2010 e 2030

Fonte: BRASIL (2012)

Sob o aspecto do comércio exterior, a região contígua às hidrovias da Bacia Amazônica apresenta forte inclinação para a movimentação de minério de ferro. Os demais minérios, que correspondem também aos metais, produtos metalúrgicos e pedras preciosas, são o segundo grupo de mercadorias de maior importância em 2010, tendo sua participação levemente reduzida em 2030. Os produtos químicos permanecem com 6% de participação em ambos os anos, enquanto a soja apresenta leve aumento de 1% no período.

É possível observar, na Figura 6, que as participações relativas no total da movimentação das regiões contíguas às hidrovias não se alteram significativamente. O marketshare da movimentação de minério de ferro é o que mais aumenta. É visível que em 2010 houve predominância das exportações, que somaram 126,6 milhões de toneladas do total de aproximadamente 140 milhões de toneladas movimentadas, o que representa mais de 90% desse total.

4.2 Resultados da projeção de demanda da Área de Influência total das hidrovias da Bacia Amazônica

Após detalhar os resultados da projeção da área contígua às hidrovias da Bacia Amazônica, pode-se agregá-los à projeção do PNLT para a área mais ampla de influência das hidrovias. Como descrito no Relatório de Metodologia, a soma dessas duas projeções resulta na projeção da demanda total das microrregiões que podem ser consideradas como potencial de carga para as hidrovias.

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Os resultados dessa projeção total, em termos quinquenais, estão na Tabela 3. Por razões de processamento (diferentes classificações de produtos entre ANTAQ e PNLT), essa tabela não apresenta grupos de produtos iguais aos da área contígua, dispostos na Tabela 2.

Tabela 3 - Projeção quinquenal da demanda de cargas, por grupo de produtos na Área de Influência total da região ampla das Hidrovias da Bacia Amazônica - 2015 - 2030 (t)

Fonte: BRASIL (2012); dados do PNLT (documento reservado)

A análise dos resultados totais permite observar a predominância do minério de ferro nas hidrovias da Bacia Amazônica. É importante destacar que, apesar de a porcentagem da movimentação do produto decrescer, a quantidade movimentada aumenta. O segundo e terceiro produtos em termos percentuais em 2010 são minerais metálicos não ferrosos e minerais metálicos, respectivamente. Ambos mantêm suas posições em 2030, porém com aumento.

Em geral, nota-se crescimento das quantidades de produtos movimentados nas microrregiões da área de influência das hidrovias, porém, dois produtos de importação, os derivados de ferro e os materiais elétricos apresentam queda a partir de 2015 e os derivados de petróleo demonstram, em 2030, uma pequena redução em relação a 2025.

4.3 Resultados da alocação da carga total para as hidrovias da Bacia Amazônica

Nos itens anteriores, tratou-se da estimativa de projeção de demanda de carga na área de influência das hidrovias da Bacia Amazônica. Tais estimativas são resultado de uma interpolação realizada a partir das projeções do PNLT e de uma nova estimativa para a movimentação de cargas na área contígua às hidrovias - com dados de fluxo de comércio exterior.

Produtos 2010 2015 2020 2025 2030Minério de ferro 139.155.142 175.412.847 234.858.499 279.937.111 346.664.646 Minerais metálicos não ferrosos 34.906.077 47.151.760 53.963.788 71.614.590 104.174.699 Minerais não metálicos 16.601.564 18.363.124 21.207.480 34.556.224 74.191.888 Produtos da exploração florestal e da silvicultura 16.057.079 6.758.623 9.787.720 20.592.921 42.494.488 Carga Geral 9.842.784 11.494.275 14.513.130 22.529.556 37.317.604 Químicos 8.805.942 10.346.195 12.369.728 14.385.691 16.110.569 Soja em grão 8.766.223 13.215.778 17.362.684 21.367.364 26.425.182 Derivados de Petróleo 5.106.602 6.206.619 6.292.155 6.401.544 6.394.702 Outros produtos e serviços da lavoura 1.524.160 2.336.443 3.450.451 6.142.716 9.758.353 Ferro gusa 1.479.204 3.571.195 6.141.463 7.518.396 8.275.547 Bovinos e outros animais vivos 885.541 1.352.690 1.955.586 3.287.538 5.118.494 Derivados de Ferro 402.431 414.271 369.239 323.094 258.646 Materiais Elétricos 288.253 152.870 111.774 103.976 83.104 Trigo 269.883 449.121 475.304 475.378 475.378 Milho em grão 4.076 4.672 4.954 4.490 6.666 Óleo diesel 3.291 4.419 8.709 12.695 15.470 Gasoálcool 1.201 1.077 1.136 1.292 1.587 Outros produtos do refino de petróleo e coque 894 1.065 1.235 1.671 2.620 Óleo combustível 179 562 977 1.424 1.805 Gás liquefeito de petróleo 71 93 115 162 245 Gasolina automotiva 35 144 151 159 171

Total 244.100.631 297.237.844 382.876.279 489.257.993 677.771.864

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A análise a seguir diz respeito à alocação das cargas no modal mais eficiente, levando em consideração a origem e o destino das cargas, tendo como objetivo a minimização do custo logístico.

A Tabela 4 apresenta os resultados da projeção de demanda com a carga total alocada nas hidrovias, independentemente da distância percorrida. Portanto, a carga alocada corresponde ao volume total transportado pelas hidrovias da Bacia Amazônica, em toneladas, sem levar em consideração a origem e o destino.

Tabela 4 - Projeção quinquenal da carga alocada, por produtos, para as Hidrovias da Bacia Amazônica - 2015 - 2030 (t)

Fonte: BRASIL (2012); dados do PNLT (documento reservado)

De acordo com a alocação da carga total projetada, a movimentação nas hidrovias da Bacia Amazônica deve alcançar cerca de 220 milhões de toneladas em 2030. Dentre os principais produtos movimentados pelas hidrovias, podem-se destacar os minérios, o minério de ferro, a soja, ferro-gusa e produtos de exploração florestal. O predomínio dos minérios é bastante evidente, sendo responsáveis sempre por mais de dois terços da movimentação da hidrovia. Soja, produtos químicos, minério de ferro e ferro-gusa crescem a taxas compatíveis com a expansão do total das hidrovias. Já para os produtos de exploração florestal, há a expectativa de um aumento bastante acima do total, registrando expansão de cerca de 110% entre 2015 e 2030.

A importância do minério de ferro e do ferro-gusa deve-se, principalmente, às reservas do Pará, e, nesse sentido, tendem a ser transportados pela hidrovia em percursos mais curtos. Já no caso da soja, a solução logística envolve longos trajetos pelas hidrovias, viabilizando o

Produtos 2015 2020 2025 2030Minerais metálicos não ferrosos 47.151.760 53.963.788 71.614.590 104.174.699 Minerais nãometálicos 12.175.267 14.954.780 20.474.367 37.039.267 Carga geral 8.481.659 7.323.812 16.256.961 26.308.075 Minério de ferro 4.913.065 4.918.174 4.925.361 5.002.152 Soja em grão 4.297.095 5.581.137 7.363.836 9.787.807 Produtos da exploração florestal e da silvicultura 3.761.008 4.755.699 10.418.631 22.202.980 Gusa e ferroligas 1.343.836 2.677.131 3.226.930 3.774.231 Outros produtos e serviços da lavoura 1.193.515 1.762.863 3.313.777 5.265.378 Petróleo e gás natural 744.187 781.894 796.333 795.504 Produtos químicos inorgânicos 705.327 752.188 877.659 936.707 Bovinos e outros animais vivos 656.124 603.406 1.832.499 2.981.308 Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 146.983 280.946 99.972 79.946 Semiacabacados, laminados planos, longos e tubos de aço 99.076 86.987 76.112 60.286 Trigo em grão e outros cereais 63.723 63.768 63.768 63.768 Milho em grão 3.681 3.786 2.902 3.887 Gasoálcool 761 812 934 1.153 Óleo diesel 632 1.209 2.735 3.097 Outros produtos do refino de petróleo e coque 454 530 801 1.391 Gasolina automotiva 144 151 159 171 Gás liquefeito de petróleo 34 34 55 80 Óleo combustível - 12 55 141

Total 85.738.333 98.513.106 141.348.438 218.482.030

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escoamento do grão proveniente do norte do Mato Grosso, desde Porto Velho até portos com capacidade de receber navios oceânicos (como Santarém e Itacoatiara).

Além desses produtos tipicamente de exportação (soja e produtos minerais), as hidrovias também movimentam produtos de importação. Dentre estes, merecem destaque os produtos da indústria química e os derivados de petróleo.

5 DIAGNÓSTICO DA REDE DE TRANSPORTE ATUAL

Neste capítulo é realizada a análise da rede de transporte existente na Bacia Amazônica O conteúdo desta etapa subsidiou a definição da rede que seria posteriormente utilizada nas simulações.

5.1 Bacia Amazônica

O Ministério do Meio Ambiente - MMA (BRASIL, 2006, p.49), no Caderno Setorial de Recursos Hídricos (CSRH), define o tráfego na região como sendo formado “por uma frota aquaviária interior de longo curso, transportando carga geral, combustíveis e, mais recentemente, grãos e por uma vasta frota de embarcações mistas que servem a uma intensa e pulverizada navegação regional”. Os rios Amazonas e Solimões são de grande porte e têm uma vasta rede de afluentes navegáveis por embarcações regionais. A ANTAQ (2012) lista 87 empresas autorizadas a realizar o transporte de cargas na Bacia Amazônica, além de outras 64 empresas de caráter misto que atuam no transporte de passageiros e cargas.

No CSRH destaca-se também a expressiva movimentação fluvial de passageiros que ocorre principalmente nas rotas Belém-Manaus e Belém-Macapá. A movimentação de cargas, por sua vez, tem como rotas principais Belém-Manaus, Belém-Santarém, Manaus-Porto Velho, Porto Velho-Itacoatiara e Porto Velho-Santarém (BRASIL, 2006). De acordo com a mesma fonte, as principais hidrovias da região são a Hidrovia do Madeira e a Amazonas-Solimões, principalmente no trecho do Rio Amazonas. A Figura 7 ilustra as mais importantes cidades e rotas hidroviárias da região.

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Figura 7 - Bacia Amazônica: principais rotas hidroviárias

Fonte: Elaboração própria

5.2 Portos, Intermodalidade e Acessos

Rio Solimões

De acordo com a AHIMOC (2002), todos os 1.620 quilômetros de extensão do Rio Solimões são navegáveis, com largura média de 1,2 quilômetros. Durante o período de águas baixas possui profundidade mínima de oito metros entre Manaus (AM) e Tefé (AM) e de três metros entre Fonte Boa (AM) e Tabatinga (AM). O período de enchente dura de fevereiro a junho, e o de vazante de julho a outubro. Não há restrições à navegação; navios mercantes podem seguir pelo rio até a cidade de Iquitos (Peru), com a obrigatoriedade de serem conduzidos por um prático a bordo.

Segundo a ANTAQ (2010), a Hidrovia do Solimões possui apenas o Terminal de Uso Privativo (TUP) Solimões, da Petrobrás Transportes (Transpetro), em Coari (AM). No entanto, não há ligação rodoviária com o terminal. Os terminais portuários localizados em Manaus (AM) são considerados pertencentes ao Rio Negro. As rodovias são escassas: a estadual AM-070, que liga Iranduba (AM) e Manacapuru (AM) a Manaus, e a AM-352, entre Manacapuru (AM) e Novo Airão (AM). Ambas são pavimentadas.

Rio Negro

O Rio Negro possui extensão navegável descontínua de 801 quilômetros: da foz, no Amazonas, por 249 quilômetros até as proximidades da cidade de Novo Airão (AM); por 100 quilômetros entre a cidade de Airão (AM) à barra do Rio Branco e da barra do Rio Branco à Santa Isabel do Rio Negro (AM), com cerca de 452 quilômetros de extensão. Apresenta

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profundidade mínima de 2,5 metros e declividade média de 3 centímetros por quilômetro (AHIMOC, 2001).

O período de enchente vai de maio a agosto e o de vazante de dezembro a fevereiro. O principal porto é o de Manaus, mas também há, na capital, os TUPs: Chibatão 2, Cimento Vencemos, Ibepar Manaus, Moss, Navecunha, Ocrim, Sanave, Superterminais, Transportes Carinhoso e a Estação de Transbordo de Carga Itacal (ANTAQ, 2011b). Manaus possui acesso a duas grandes rodovias federais: BR-319 e BR-174.

A BR-319 (Manaus-Porto Velho) é uma rodovia diagonal que passa pelos estados do Amazonas e de Rondônia. Possui tráfego difícil, com trechos interrompidos entre janeiro e junho. Há três travessias por balsa até o quilômetro 260. As condições melhoram a partir do quilômetro 655 até a fronteira com Rondônia. Atualmente encontra-se em obras de restauração e conservação pelo PAC.

A BR-174 (Manaus-Boa Vista) é uma rodovia longitudinal que corta o interior do Amazonas, passando por Manaus (AM) até Boa Vista (RR). No estado do Amazonas, há um trecho planejado que prevê a ligação com a BR-319. Dois trechos precisam ser atravessados por balsa: Castanho (AM) e Careiro (AM). A rodovia é pavimentada e possui condições normais de tráfego próximo a Manaus (AM) até a divisa com Roraima. Por atravessar a reserva indígena Waimiri-Atroarí, no norte do Amazonas, em um trecho de cerca de 50 quilômetros, o tráfego fica restrito a ônibus e emergências no período das 18h às 6h.

Além das rodovias federais, Manaus também possui acesso a duas rodovias estaduais pavimentadas: a AM-010, Manaus-Itacoatiara e a AM-070, ligando a capital do estado aos municípios de Iranduba, Manacapuru e Novo Airão, todos localizados no estado do Amazonas.

Rio Branco

Sua extensão navegável é de 472 quilômetros, entre a foz no Rio Negro até o município de Caracaraí (RR). Porém, é navegável apenas durante o período de cheia, entre maio e agosto. Durante o período de vazante torna-se restrita a navegação no trecho entre Santa Maria do Boiaçu (RR) e Caracaraí (RR) - sua profundidade é reduzida para menos de 1 metro - e embarcações podem ficar presas por três meses à espera da subida das águas (AHIMOC, 2001).

Havia um porto flutuante em Caracaraí (RR) que hoje se encontra desativado devido às precárias condições do cais. A movimentação é feita diretamente nas barcaças. O comboio-tipo adotado possui 137 metros de comprimento, 20 metros de boca e um calado máximo de três metros e mínimo de 1,5 metros, podendo carregar até 5.400 toneladas (ANA, 2005). A capital Boa Vista (RR) e a cidade de Caracaraí (RR) possuem conexões rodoviárias com a BR-174 e a BR-401.

A BR-174 (Manaus - Boa Vista), que é a principal rodovia do estado de Roraima por conectá-lo ao restante do país, possui pista com pavimento irregular, buracos e trechos em obras que vão da divisa do Amazonas a Caracaraí (RR). De Caracaraí (RR) a Boa Vista (RR), as condições da pista são boas, mas há irregularidades e buracos no trecho em direção à fronteira

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com a Venezuela, no norte do estado. A BR-401 possui boas condições de tráfego e segue de Boa Vista (RR) em direção à divisa com a Guiana.

Na Figura 8 é possível observar os rios Solimões, Negro e Branco, bem como as cidades onde se encontram os portos e terminais portuários desses rios. Estão em evidência os trechos navegáveis dos rios Negro e Branco, enquanto o Solimões é navegável em toda a sua extensão. Também estão destacadas cidades e rodovias de importância para a região. As principais rodovias que podem ser observadas são a BR-319 (Manaus-Porto Velho), a BR-174 (Manaus-Boa Vista) e a AM-010 (Manaus-Itacoatiara).

Figura 8 - Rios Solimões, Negro e Branco: terminais e opções de integração modal

Fonte: Elaboração própria

Rio Madeira

Segundo a AHIMOC (1996), o Rio Madeira possui extensão navegável de 1.056 quilômetros, entre a sua foz no rio Amazonas (AM) e a cidade de Porto Velho (RO). A profundidade mínima é de 2 metros no período de vazante, principalmente entre a cidade de Humaitá (AM) e Porto Velho (RO). O período de enchente vai de março a maio e o de vazante vai de agosto a outubro, existindo navegabilidade durante o ano todo. É necessária atenção a bancos de areia e pedrais durante a estiagem. O complexo hidrelétrico do Rio Madeira prevê a construção de duas barragens de grande porte a montante de Porto Velho (RO): Santo Antônio, a apenas 7 quilômetros da capital estadual, e Jirau, a 150 quilômetros de distância, na cachoeira do Jirau.

Recentemente, a construção das eclusas nessas barragens foi retirada do projeto, sob a justificativa de que isso pouco beneficiaria a hidrovia, aumentando a navegabilidade do rio apenas até a fronteira boliviana. Um maior benefício seria obtido apenas com a construção da Hidrelétrica Guajará-Mirim, binacional, iniciativa ainda em negociação com a Bolívia (EPE/BRASIL, 2011).

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Segundo a mesma fonte, as eclusas podem ser construídas após a conclusão das barragens. Condicionada à construção destas, seria possível conectar o Madeira aos rios brasileiros Mamoré e Guaporé, ao boliviano Beni e ao peruano Madre de Dios, aumentando a extensão navegável da hidrovia para 4.225 quilômetros (BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL - BNDES, 2003).

O comboio-tipo utilizado possui de 12 a 16 chatas e calado de 1,8 a três metros, dependendo do trecho em que é utilizado, totalizando uma capacidade de carga de 18.000 a 23.000 toneladas (AHIMOR, 2011).

De acordo com o relatório da ANTAQ “Estatísticas da Navegação Interior 2010”, a hidrovia possui apenas um porto organizado e seis TUPs (todos localizados no município de Porto Velho), respectivamente: o Porto de Porto Velho e os TUPs Belmonte, Ipiranga Base Porto Velho, Passarão, Caima, Cargill Agrícola e Fogás.

Porto Velho possui ligação com a BR-364 e a BR-319. Humaitá (AM) possui conexões com as rodovias BR-319 e BR-230, e Manicoré (AM), apenas com a BR-230. Porto Velho conecta-se à BR-319 e à BR-364.

A BR-230, ou Transamazônica, é uma rodovia transversal de grande extensão, que atravessa os estados da Paraíba, do Ceará, do Piauí, do Maranhão, do Tocantins, do Pará e do Amazonas. No estado do Amazonas, a BR-230 possui revestimento primário na maior parte de sua extensão, com diversos trechos em condições precárias e tráfego difícil entre janeiro e junho. Em diversos trechos, é necessário transpor os rios por balsa ou com pontes de madeira.

A BR-319, Manaus-Porto Velho, possui trechos em obras de restauração com tráfego bom de Humaitá (AM) até a fronteira com Rondônia. A BR-364, por sua vez, é uma rodovia diagonal de importância para as regiões Norte e Centro-Oeste, passando pelos estados do Acre, Rondônia, Mato Grosso, Goiás e São Paulo. É a principal rodovia do estado de Rondônia, ligando a capital Porto Velho (RO) à Rio Branco (AC) e Cuiabá (MT). A partir de Porto Velho (RO), a BR-364 estende-se em sentido sudeste até a divisa RO/MT, apresentando condições regulares de tráfego, com alguns trechos esburacados e sinalização deficiente. No Mato Grosso a via se encontra em boas condições de tráfego, exceto por um trecho em obras de duplicação próximo a Novo Diamantino (MT) e outros com tráfego intenso de caminhões pesados. No sentido oeste, a rodovia estende-se até a divisa RO/AC, onde apresenta condições boas a razoáveis.

Na Figura 9 encontram-se o Rio Madeira e seu trecho navegável; o porto em Porto Velho (RO); cidades e rodovias principais; e as usinas hidrelétricas em construção - Santo Antônio e Jirau. Também podem ser observadas as rodovias federais BR-319 (Manaus - Porto Velho), BR-230 (Transamazônica) e BR-364.

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Figura 9 - Rio Madeira, terminais e opções de integração modal

Fonte: Elaboração própria

Rio Amazonas

No Rio Amazonas não há restrição à navegação, sendo permitidas tanto a de longo curso quanto a de cabotagem. Ela pode ser feita por navios com calado de até 11 metros durante a cheia e de cerca de 8 metros de calado durante a seca (AHIMOR, 2011).

De acordo com a ANTAQ (2010), no Rio Amazonas encontra-se o Porto Organizado de Santana, em Santana (AP), e o Porto de Santarém, este entre o Amazonas e o Rio Tapajós. Além desses portos organizados há vários portos públicos, como o de Itacoatiara. O Rio Amazonas também conta com os TUPs de Chibatão e J. F. Oliveira, em Manaus; Hermasa Graneleiro, em Itacoatiara (AM); Bertolini Santana e Terminal de Minério e Metálicos, em Santana (AP); e Omnia Minérios, em Juriti (PA).

Santana possui integração com as rodovias BR-210 e BR-156. A BR-156 só é pavimentada ao norte dessa cidade, possuindo pavimento terroso ao sul, até a fronteira com o Amazonas. Já a BR-210 apresenta trechos pavimentados apenas próximo à cidade, tendo longos trechos em pavimento terroso ou apenas planejados em direção ao Oeste do estado. Saindo de Itacoatiara (AM), parte da rodovia estadual pavimentada AM-010 vai em direção a Manaus.

Rio Trombetas

No Rio Trombetas é possível a navegação marítima por 260 quilômetros, da foz no rio Amazonas até a Cachoeira Porteira no município de Oriximiná (PA). A profundidade mínima é de 4 metros no período de cheia e de 1,5 metros no período de estiagem (ANA, 2005). Há apenas o TUP Mineração do Norte S. A., em Porto Trombetas, um distrito pertencente ao

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município de Oriximiná (PA). A BR-163 possui trechos descontínuos, ligando Cachoeira Porteira ao extremo norte do país. Oriximiná conecta-se à BR-163 através da rodovia em leito natural PA-439.

A Estrada de Ferro Trombetas (EFT) também pertence à Mineração Rio do Norte S. A., que tem participação acionária da Vale do Rio Doce Alumínio, possuindo 35 quilômetros de extensão, com bitola estreita e 60 funcionários empregados. É uma estrada de ferro de cunho industrial, ligando minas de bauxita da Serra do Saracá ao Porto Trombetas, tendo transportado, em 1997, 9,6 milhões de toneladas de bauxita ou 288 milhões de TKU (Tonelada Quilômetro Útil) (BRASIL, 2012a).

Rio Jari

Possui extensão de 800 quilômetros, no entanto, apenas 110 quilômetros são navegáveis - da foz no Rio Amazonas à Cachoeira Santo Antônio (no município de Vitória do Jari-AP), com profundidade mínima de 2,5 metros e máxima de 4 metros (DHI, 2002). De acordo com a ANTAQ (2010), existem dois terminais portuários ao longo do Rio Jari: o TUP Caulim da Amazônia (CADAM) e o TUP Mungubá, em Vitória do Jari (AP). O último possui ligação com a Estrada de Ferro Jari, segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), uma ferrovia industrial e local, construída para o transporte de madeira que alimenta a fábrica de celulose do Projeto Jarí. No entanto, são apenas 68 quilômetros de linhas com bitola larga. Encontra-se em boas condições, sofrendo manutenção preventiva e com boa disponibilidade de locomotivas e vagões.

O TUP Mungubá também possui acesso à BR-156 que, no entanto, não é pavimentada nesse trecho. A Figura 10 mostra os rios Amazonas, Trombetas e Jarí, além das principais rodovias, terminais portuários, ferrovias existentes e cidades de importância regional. Estão em destaque os trechos navegáveis dos rios Trombetas e Jarí. O Amazonas é navegável em toda a sua extensão.

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Figura 10 - Rios Amazonas, Trombetas e Jarí, opções de integração modal

Fonte: Elaboração própria

Rio Tapajós

Segundo a AHIMOR (2011), são três os trechos navegáveis do Rio Tapajós, separados por dois obstáculos: as cachoeiras em São Luís do Tapajós (PA), e as cachoeiras do Chacorão, no município de Jacareacanga (PA).

O primeiro trecho possui boas condições de navegabilidade em uma extensão de 345 quilômetros a jusante de São Luís do Tapajós (PA) até a foz em Santarém (PA), com profundidade mínima de 2,5 metros (AHIMOR, 2011). Mesmo embarcações marítimas de calado bem maior podem adentrar o trecho em épocas de águas altas.

O segundo trecho navegável, entre as cachoeiras, apresenta condições razoáveis de navegação, podendo ser transposto em corrente livre.

O terceiro trecho, entre a Cachoeira do Chacorão, em Jacareacanga (PA), e a confluência dos rios Teles Pires e Juruena, possui leito predominantemente arenoso e apresenta menores riscos à navegação. No entanto, as profundidades são reduzidas devido aos numerosos bancos de areia que atravessam o rio, diminuindo a profundidade para um metro e meio.

A Figura 11 apresenta os rios Tapajós e Teles Pires, as cachoeiras ao longo da bacia hidrográfica (São Luís do Tapajós, Chacorão e Rasteira) e o trecho atualmente navegável no Tapajós, além de algumas cidades e do Porto de Santarém.

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Figura 11 - Rios Tapajós e Teles Pires: trecho navegável e cachoeiras

Fonte: Elaboração própria

O comboio-tipo para o trecho atualmente navegável (São Luís do Tapajós-Santarém) possui 200 metros de comprimento com seis chatas, calado de 2,5 metros, boca de 8 metros e capacidade de carga total de 5.400 toneladas (AHIMOR, 2012). Para os demais trechos, o calado máximo é de um metro e meio, reduzindo a capacidade total de carga para 2.700 toneladas.

O município de Santarém (PA) abriga um porto e dois TUPs: Porto de Santarém e os terminais Bertolini Santarém, e DNP Base de Distribuição Secundária de Santarém (ANTAQ, 2010). O acesso ao município pode ser feito pela BR-163. É uma rodovia longitudinal, com trechos em condições distintas no Pará. Apresenta pavimento terroso por 873 quilômetros, da divisa com o Mato Grosso até Belterra (PA), quando passa a apresentar trechos pavimentados e outros asfaltados até Santarém (PA), entre os quilômetros 873 e 996.

Além da BR-163, outra rodovia de importância que corta a hidrovia nos municípios de Itaituba e Jacareacanga é a BR-230 ou Transamazônica. A BR-230 possui alguns trechos com atoleiros e está em péssimas condições de conservação na região leste do estado do Pará. Próximo ao Rio Tapajós a rodovia apresenta-se em pavimento terroso, mas está em bom estado de conservação.

No Baixo Teles Pires, trecho entre a confluência com o Rio Juruena e a Cachoeira Rasteira no município de Jacareacanga (MT), o leito é predominantemente arenoso e há

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menores riscos para a navegação. As profundidades, porém, são muito reduzidas nos numerosos bancos de areia que atravessam o rio, restringindo a navegação a embarcações de 1 a 1,5 metro (AHIMOR, 2011). O comboio-tipo adotado para a hidrovia apresenta comprimento de 200 metros e 24 metros de boca, com calado mínimo de 1,5 metros, podendo alcançar 2,5 metros na época das águas altas, representando uma capacidade de carga de 7.500 toneladas (ANA, 2005).

A principal rodovia na região é a BR-163, que corta a hidrovia em Sinop (MT), no quilômetro 836, e Itaúba (MT), no quilômetro 935. O trecho possui boas condições de tráfego e de sinalização horizontal e vertical, com tráfego intenso de carretas (DNIT, 2011).

Rio Teles Pires

O Teles Pires possui melhor acesso rodoviário através da BR-163, sendo o rio estudado pela AHIMOR para a expansão da Hidrovia do Tapajós até o estado do Mato Grosso.

A Figura 12 mostra os rios Tapajós e Teles Pires, o Porto de Santarém, algumas cidades importantes ao longo da hidrovia e destaca as rodovias BR-163 e BR-230.

Figura 12 - Rios Tapajós e Teles Pires: opções de integração modal

Fonte: Elaboração própria

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6 DEFINIÇÃO DA REDE FUTURA A SER ANALISADA - NOVAS OUTORGAS DE TERMINAIS HIDROVIÁRIOS

Neste capítulo do relatório apresenta-se a rede de transporte utilizada nas simulações, de acordo com as premissas estabelecidas no Relatório de Metodologia. Nessa etapa são apresentados os cenários de infraestrutura montados para os diferentes modais em cada horizonte de estudo e que podem exercer influência nas hidrovias da Bacia Amazônica.

6.1 Montagem dos cenários de infraestrutura

Neste item expõem-se os cenários de infraestrutura identificados para cada tipo de modal e a configuração das respectivas malhas em cada horizonte de análise.

6.1.1 Modal Rodoviário

O Quadro 2 mostra as obras rodoviárias que podem influenciar os fluxos nas Hidrovias da Bacia Amazônica, tendo como fonte os dados do BIT. As rodovias levantadas a partir do BIT, por já se encontrarem presentes no SIGTAQ, ganharam a classificação de pavimentadas e velocidade padrão de 54 quilômetros por hora.

Quadro 2 - Cenário modal rodoviário

Fonte: BRASIL (2012b)

6.1.2 Modal Ferroviário

Considerando a Área de Influência da Bacia Amazônica, a principal ferrovia prevista para a região é a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO), apresentada com os horizontes de conclusão de cada trecho no Quadro 3. As informações desse modal foram obtidas por meio da VALEC (2012).

2015 2020 2025 2030De Beruri (AM) a Humaitá (AM) x x x xHumaitá (AM) - Divisa entre AM e RO x x x x

BR-156 (AP) Macapá (AP) - Divisa entre AP e PA x x x xBR-432 (RR) De Boa Vista (RR) a Vila Novo Paraíso (TO) x x x xBR-163 (PA) Divisa entre PA e MT - Santarém (PA) x x x x

De Costa Marques (RO) a São Miguel do Guaporé (RO) x x x xDe São Miguel do Guaporé (RO) a Presidente Médici (RO) x x x x

BR-230 (PA) Rurópolis (PA) - Divisa entre PA e TO x x x x

BR- 319 (AM)

Horizonte

BR-429 (RO)

Rodovia Trecho

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Quadro 3 - Cenário modal ferroviário

Fonte: VALEC (2012)

6.1.3 Modal Hidroviário

O modal hidroviário, por ser o foco deste projeto, é o que apresenta mais obras de infraestrutura dentro dos horizontes de projeto definidos. As informações deste item foram repassadas pela ANTAQ, as quais foram obtidas a partir de análises feitas junto ao DNIT, Ministério dos Transportes e de uma análise conjunta dos técnicos da Agência. O Quadro 3 apresenta as obras de melhoria da infraestrutura hidroviária na Amazônia e os horizontes em que se tornam operacionais.

Quadro 4 - Cenário modal hidroviário

Fonte: ANTAQ (2012b)

6.1.4 Novas outorgas de terminais hidroviários

Os trechos da Bacia Amazônica aptos a receberem novos terminais hidroviários estão elencados a seguir, divididos pela hidrovia correspondente.

Hidrovia Solimões-Amazonas

Rio Solimões: desde Tabatinga-AM até a confluência com o Rio Negro;

Rio Amazonas: da confluência dos rios Negro e Solimões e até a sua foz no Oceano Atlântico;

Rio Negro: da cidade de Cucuí (AM) até a sua confluência com o Rio Solimões;

Rio Branco: da confluência dos rios Uraricoera e Tacutu e até a sua foz no Rio Negro, formador do Rio Amazonas;

Rio Jarí: do sopé da Cachoeira Santo Antônio à sua foz no Rio Amazonas; e

Rio Trombetas: do sopé da Cachoeira Porteira, situada no município de Oriximiná (PA), até a sua foz no Rio Amazonas.

2015 2020 2025 2030Ferrovia de Integração do Centro-Oeste De Lucas do Rio Verde (MT) a Vilhena (RO) x

Ferrovia TrechoHorizonte

2015 2020 2025 2030Rio Solimões De Tabatinga (AM) até a confluência com o Rio Negro x x x xRio Amazonas Da confluência dos rios Negro e Solimões e até a sua foz no Oceano Atlântico x x x xRio Negro De Cucuí (AM) até a sua confluência com o Rio Solimões x x x x

De Caracaraí (RR) até a sua foz no Rio Negro x x x xde Caracaraí até Boa Vista x x

Rio Jari Do sopé da Cachoeira Santo Antônio à sua foz no Rio Amazonas x x x xRio Trombetas Do sopé da Cachoeira Porteira, situada em Oriximiná (PA), até a sua foz no Rio Amazonas x x x xRio Madeira De Porto Velho (RO) até a foz no Rio Amazonas x x x x

De Itaituba até a sua foz, no Rio Amazonas x x x xDa confluência dos rios Juruena e Teles Pires até Itaituba (PA) x x

Rio Teles Pires De Ipiranga do Norte (MT) à confluência com o Rio Juruena x xRio Xingu Da sua foz, no Rio Amazonas, até o Porto de Vitória do Xingu (PA) x x x xRio Pará Da confluência com o Rio Amazonas até a Confluência com o Rio Tocantins x x x x

Rio Tapajós

HorizonteRio Trecho

Rio Branco

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Bacia Amazônica Relatório Executivo

28 ANTAQ/UFSC/LabTrans

Hidrovia do Madeira

Rio Madeira: da confluência dos rios Beni (rio boliviano) e Mamoré até a sua foz no Rio Amazonas.

Hidrovia Teles Pires-Tapajós

Rio Tapajós: da confluência dos rios Juruena e Teles Pires até a sua foz no Rio Amazonas; e

Rio Teles Pires: da foz do Rio Verde, seu afluente da margem esquerda, situada pouco a montante de 11°42’ de latitude Sul, até a sua confluência com o Rio Juruena, formador do Rio Tapajós.

De acordo com os procedimentos descritos no Relatório de Metodologia, foram determinadas as áreas propícias para instalação de novos terminais hidroviários, as quais se encontram no Quadro 5.

Quadro 5 - Áreas propícias para instalação de novos terminais hidroviários

Fonte: Elaboração própria

Essas áreas propícias para a instalação de novos terminais foram adicionadas à malha de transporte nos horizontes apropriados e fizeram parte da simulação descrita no capítulo 7.

7 SIMULAÇÃO DOS PROJETOS

Neste capítulo são apresentados os resultados obtidos na etapa de simulação. Conforme detalhado no Relatório de Metodologia, com o objetivo de selecionar as mais adequadas dentre as áreas propícias para instalação de terminais, foi utilizado um processo iterativo, o qual incluiu sucessivas etapas de simulação e exclusões de terminais da rede de transporte.

7.1 Carregamento em Terminais

Através da análise dos grupos de produtos transportados, verifica-se que o Grupo 4 (granel sólido) apresenta a maior movimentação, em vista das grandes reservas minerais existentes na região, principalmente minério de ferro, minerais metálicos não-ferrosos e minerais não-metálicos, como pode ser visto na projeção realizada no capítulo 4. Devido a esse grupo de produtos, Oriximiná, com minerais metálicos não ferrosos (principalmente bauxita);

Nome Microrregião RioÁrea propícia de Jacareanga Rio Tapajós ItaitúbaÁrea propícia de Boa Vista Rio Branco Boa Vista / Nordeste de RoraimaÁrea propícia de Rorainópolis Rio Branco Sudeste de Roraima / CaracaraiÁrea propícia de Colíder Rio Teles Pires Colíder / Alta FlorestaÁrea propícia de Ipiranga do Norte Rio Teles Pires Alto Teles Pires / SinopÁrea propícia de Paranaíta Rio Teles Pires Alta FlorestaÁrea propícia de Cucuí Rio Negro Rio Negro

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Relatório Executivo Bacia Amazônica

ANTAQ/UFSC/LabTrans 29

Macapá, com minério de ferro; e Almeirim, com minerais não metálicos, aparecem como alguns dos terminais mais movimentados já no horizonte de 2015. Apesar da grande movimentação de minérios, esses terminais apresentam transporte incipiente de outros produtos, com exceção de Macapá, que também movimenta certa quantidade de carga geral.

O Grupo 1 (carga geral) também apresenta movimentação significativa, principalmente em Manaus (AM), Porto Velho (RO) e Santarém (PA). O Grupo 5 (granel sólido agrícola) é o terceiro mais importante para a hidrovia, com a maior parte do carregamento sendo alocado nos terminais ao longo do Rio Tapajós, como Santarém (PA) e Itaituba (PA) e tendo como produtos principais: soja, produtos da exploração florestal e silvicultura (madeira) e outros produtos da lavoura.

O Grupo 2 (granel líquido) possui uma movimentação sem grande variação, permanecendo menor que 1 milhão de toneladas em todos os horizontes. Apesar de a projeção do capítulo 4 apontar uma demanda da ordem de 6 milhões de toneladas para derivados do petróleo, a maior parte desse fluxo tem origem externa e destina-se à São Luís (MA), não utilizando as hidrovias. Entre os produtos considerados relevantes para a Bacia, não há nenhum do Grupo 3 (granel líquido agrícola), consequentemente, não há fluxo desse grupo.

As hidrovias da Bacia Amazônica têm um grande número de terminais. Entre os já existentes, destacam-se alguns portos com maior movimentação, como Santarém, Macapá, Manaus, Itaituba, Porto Velho (TUP Cargill Agrícola). Em alguns municípios, havia diversos terminais hidroviários próximos ou fazendo parte de um mesmo complexo portuário. Esses terminais foram agrupados sob um único nome e suas movimentações somadas, como é o caso de Manaus, Santarém, Amapá, Porto Velho (TUP Cargill Agrícola) e Itacoatiara (TUP Hermasa Graneleiro).

Em conformidade com os anuários da ANTAQ, considerou-se que os terminais de Oriximiná e Almeirim possuem capacidade para realizar viagens de longo curso, não sendo necessário o transbordo em outros portos. Nos casos em que isso acontecia, a movimentação de transbordo foi descontada.

Das áreas identificadas no capítulo 6, foram encontradas cinco áreas propícias de terminais com fluxo acima de 500.000 toneladas, elencadas a seguir com seus anos de abertura.

Área propícia de Rorainópolis (2015);

Área propícia de Boa Vista (2025);

Área propícia de Ipiranga do Norte (2025);

Área propícia de Paranaíta (2025);

Área propícia de Jacareacanga (2025).

As Tabelas 5 a 8 mostram os carregamentos totais, por terminal e por grupo de produto, para cada um dos horizontes.

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Bacia Amazônica Relatório Executivo

30 ANTAQ/UFSC/LabTrans

Tabela 5 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2015 (t)

Fonte: Elaboração própria

Tabela 6 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2020 (t)

Fonte: Elaboração própria

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 TotalOriximiná 238.252,75 24.694,43 - 51.907.234,00 153.978,18 52.324.159,36 Macapá e outro Porto¹ 703.814,30 31.617,72 - 26.436.358,13 53.728,61 27.225.518,76 Manaus e outros Portos² 9.561.341,57 686.628,07 - 4.246.566,82 1.069.723,70 15.564.260,16 Almeirim 77.828,91 24.639,88 - 8.371.359,00 12.955,57 8.486.783,36 Santarém e outro Porto³ 1.079.973,76 74.195,57 - 825.567,81 4.172.727,09 6.152.464,23 Itaituba 874.103,19 24.649,70 - 540.013,02 3.349.847,03 4.788.612,94 TUP Cargill Agrícola e outro Porto⁴ 1.676.960,79 - - 987.625,79 531.593,01 3.196.179,59 Benjamin Constant 622.475,84 51,24 - 2.381.657,00 172.302,00 3.176.486,08 Caracaraí 479.664,92 - - 851.654,00 107.018,89 1.438.337,81 Porto Vitória 307.763,73 51,20 - 951.175,64 103.126,99 1.362.117,56 Itacoatiara / TUP Hermasa Graneleiro 541.534,53 314,34 - 221.076,00 547.766,36 1.310.691,23 Manaquiri 4.541,60 - - 931.200,00 14.132,32 949.873,92 São Gabriel da Cachoeira 353.589,45 16,04 - 118.220,00 151.864,78 623.690,27 Manicoré 435.957,41 23,06 - 94.054,00 62.658,83 592.693,30 Tefé 332.812,53 19,70 - 132.660,00 91.624,98 557.117,21 Parintins 289.586,06 59,98 - 241.233,00 13.841,63 544.720,67 Área propícia de Rorainópolis 291.421,23 - - 76.960,00 163.702,25 532.083,48 TUP Munguba 467.391,31 12,58 - - 47.321,20 514.725,09 Coari 221.537,36 59,40 - 153.562,00 51.660,72 426.819,48 Breves 249.652,87 24,50 - 153.776,00 17.187,25 420.640,62 Humaitá 94.039,65 - - 36.260,00 12.649,68 142.949,33 Portel 25.630,57 15,14 - 67.560,00 5,50 93.211,21 Novo Aripuanã - 23,06 - - - 23,06 Total 18.929.874,33 867.095,61 - 99.725.772,21 10.901.416,57 130.424.158,72

Fluxo de Produtos por Grupo - 2015Portos

1 - TUP Terminal de Minério e Metálicos Amapá.2 - TUP Manaus, TUP Transportes Carinhoso, ETC Chibatão 1, ETC Itacal, São Raimundo.3 - TUP DNP Base de Distribuição Secundária de Santarém.4 - TUP Ipiranga Base de Porto Velho

Outros Portos:

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 TotalOriximiná 197.967,14 37.661,38 - 58.716.648,90 186.958,83 59.139.236,25 Macapá e outro Porto¹ 653.688,30 47.907,84 - 34.074.493,45 79.414,55 34.855.504,14 Manaus e outros Portos² 9.211.471,33 686.508,67 - 6.636.555,78 1.546.002,82 18.080.538,60 Almeirim 68.447,28 37.604,10 - 10.779.513,82 14.608,49 10.900.173,69 Santarém e outro Porto³ 865.885,59 113.299,43 - 680.392,53 5.356.263,81 7.015.841,36 Itaituba 677.588,07 37.606,63 - 436.433,42 4.413.937,76 5.565.565,88 TUP Cargill Agrícola e outro Porto⁴ 1.890.914,69 - - 2.014.431,59 742.248,19 4.647.594,47 Benjamin Constant 612.917,83 70,36 - 2.713.393,32 248.528,47 3.574.909,98 Itacoatiara / TUP Hermasa Graneleiro 731.144,97 486,31 - 316.191,90 746.424,37 1.794.247,55 Caracaraí 467.474,89 - - 1.171.579,93 153.189,34 1.792.244,16 Porto Vitória 319.113,20 60,76 - 579.433,47 146.457,88 1.045.065,31 Manicoré 611.934,80 34,21 - 123.960,18 97.074,96 833.004,15 São Gabriel da Cachoeira 375.139,77 22,40 - 116.382,84 222.751,49 714.296,50 Área propícia de Rorainópolis 398.620,72 - - 64.574,34 244.220,31 707.415,37 TUP Munguba 532.024,85 12,83 - 109.670,79 57.425,25 699.133,72 Manaquiri 3.781,03 - - 673.237,99 15.534,34 692.553,36 Tefé 290.131,70 24,44 - 128.212,72 129.237,19 547.606,05 Parintins 252.865,15 78,25 - 218.375,41 19.542,48 490.861,29 Coari 216.638,96 80,36 - 151.152,79 72.713,87 440.585,98 Breves 182.171,14 40,79 - 186.269,84 22.980,52 391.462,29 Humaitá 96.130,15 - - 31.037,96 14.957,15 142.125,26 Portel 34.096,68 18,96 - 73.504,94 5,96 107.626,54 Autazes - - - 2.858,85 - 2.858,85 Novo Aripuanã - 34,21 - - - 34,21 Manacapuru - 0,92 - - - 0,92 Total 18.690.148,24 961.552,85 - 119.998.306,76 14.530.478,03 154.180.485,88 Outros Portos:1 - TUP Terminal de Minério e Metálicos Amapá.2 - TUP Manaus, TUP Transportes Carinhoso, ETC Chibatão 1, ETC Itacal, São Raimundo.

PortosFluxo de Produtos por Grupo - 2020

3 - TUP DNP Base de Distribuição Secundária de Santarém.4 - TUP Ipiranga Base de Porto Velho

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Relatório Executivo Bacia Amazônica

ANTAQ/UFSC/LabTrans 31

Tabela 7- Carregamentos nos terminais - Fluxo 2025 (t)

Fonte: Elaboração própria

Tabela 8- Carregamentos nos terminais - Fluxo 2030 (t)

Fonte: Elaboração própria

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 TotalOriximiná 249.437,41 38.711,15 - 76.580.978,00 199.571,83 77.068.698,39 Macapá e outro Porto¹ 1.683.187,73 49.216,04 - 37.064.429,23 136.740,38 38.933.573,38 Manaus e outros Portos² 19.030.495,37 667.346,76 - 11.371.339,00 2.289.438,02 33.358.619,15 Almeirim 85.751,56 38.664,94 - 14.694.508,00 14.696,75 14.833.621,25 Santarém e outro Porto³ 2.705.979,38 132.634,59 - 970.571,72 6.855.795,43 10.664.981,12 TUP Cargill Agrícola e outro Porto⁴ 4.501.831,37 - - 3.126.472,95 1.478.916,86 9.107.221,18 Benjamin Constant 1.185.981,62 132,95 - 3.363.840,00 422.947,61 4.972.902,18 Itacoatiara / TUP Hermasa Graneleiro 1.838.693,70 865,84 - 1.083.601,00 1.602.208,47 4.525.369,01 Área propícia de Boa Vista 1.339.928,70 - - 1.406.062,00 294.269,45 3.040.260,15 Área propícia de Paranaíta 314.619,24 - - - 2.363.676,55 2.678.295,79 Área propícia de Ipiranga do Norte 960.316,36 - - - 1.637.471,31 2.597.787,67 Itaituba 332.286,06 39.371,57 - 113.065,02 1.522.967,73 2.007.690,38 Manicoré 1.265.976,86 49,64 - 382.236,00 178.418,67 1.826.681,17 Área propícia de Rorainópolis 1.189.944,56 - - 84.390,00 456.473,51 1.730.808,07 Caracaraí 1.180.624,76 - - 23.959,00 379.453,78 1.584.037,54 Área propícia de Jacareacanga 29.100,95 16.425,96 - 1.275.611,75 - 1.321.138,66 São Gabriel da Cachoeira 800.306,70 54,04 - 112.540,00 408.102,84 1.321.003,58 TUP Munguba 903.589,17 17,90 - 232.980,00 80.387,91 1.216.974,98 Parintins 463.185,18 117,24 - 568.724,00 30.098,66 1.062.125,08 Porto Vitória 634.628,10 73,60 - 38.010,64 225.067,18 897.779,52 Coari 433.473,29 113,08 - 260.532,00 125.225,37 819.343,74 Tefé 503.081,27 41,28 - 91.400,00 210.460,04 804.982,59 Manaquiri 45.401,48 - - 388.900,00 20.928,62 455.230,10 Breves 302.321,31 76,48 - 42.690,00 38.280,17 383.367,96 Humaitá 122.268,67 - - 23.180,00 19.000,08 164.448,75 Portel 52.719,61 28,10 - 14.700,00 5,84 67.453,55 Autazes 6.671,13 - - 25.400,00 - 32.071,13 Novo Aripuanã 26.560,87 49,64 - - - 26.610,51 Manacapuru - 3,15 - - - 3,15 Total 42.188.362,41 983.993,95 - 153.340.120,31 20.990.603,06 217.503.079,73 Outros Portos:1 - TUP Terminal de Minério e Metálicos Amapá.2 - TUP Manaus, TUP Transportes Carinhoso, ETC Chibatão 1, ETC Itacal, São Raimundo.

PortosFluxo de Produtos por Grupo - 2025

3 - TUP DNP Base de Distribuição Secundária de Santarém.4 - TUP Ipiranga Base de Porto Velho

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 TotalOriximiná 332.595,14 38.655,32 - 109.763.850,07 210.529,84 110.345.630,37 Manaus e outros Portos² 33.016.484,23 667.654,39 - 24.447.535,35 3.620.815,73 61.752.489,70 Macapá e outro Porto¹ 3.242.180,94 49.215,89 - 41.688.884,63 245.857,12 45.226.138,58 Almeirim 131.498,23 38.641,09 - 25.854.607,73 13.646,63 26.038.393,68 TUP Cargill Agrícola e outro Porto⁴ 8.267.396,71 70,06 - 4.774.715,03 2.533.668,80 15.575.850,60 Santarém e outro Porto³ 4.345.465,74 133.199,80 - 1.156.082,54 8.383.539,38 14.018.287,46 Itacoatiara / TUP Hermasa Graneleiro 3.697.197,03 1.395,22 - 2.844.399,14 3.338.532,02 9.881.523,41 Benjamin Constant 2.528.480,89 256,00 - 5.132.636,62 658.690,99 8.320.064,50 Área propícia de Boa Vista 2.814.929,96 - - 1.504.498,26 503.645,04 4.823.073,26 Manicoré 2.599.035,62 68,36 - 1.001.792,98 286.910,41 3.887.807,37 Área propícia de Rorainópolis 2.703.584,46 - - 177.907,83 741.342,79 3.622.835,08 Área propícia de Paranaíta 445.145,50 - - - 2.964.254,05 3.409.399,55 Caracaraí 2.633.761,97 - - 83.178,62 619.498,44 3.336.439,03 Área propícia de Ipiranga do Norte 1.505.161,36 - - - 1.811.586,98 3.316.748,34 São Gabriel da Cachoeira 1.778.173,40 121,78 - 106.049,18 662.595,60 2.546.939,96 Itaituba 587.061,45 38.673,96 - 107.947,86 1.692.210,27 2.425.893,54 Parintins 870.303,01 182,52 - 1.483.175,31 43.400,52 2.397.061,36 Área propícia de Jacareacanga 54.267,60 15.775,10 - 2.279.527,59 - 2.349.570,29 TUP Munguba 1.732.088,71 30,18 - 501.304,36 110.628,07 2.344.051,32 Porto Vitória 1.258.545,17 105,43 - 55.012,72 352.898,85 1.666.562,17 Coari 929.041,65 159,66 - 535.648,82 196.651,14 1.661.501,27 Tefé 1.028.761,19 75,02 - 75.016,05 317.328,38 1.421.180,64 Breves 439.283,73 136,78 - 65.762,72 59.228,69 564.411,92 Manaquiri 30.820,88 - - 384.552,88 26.469,06 441.842,82 Humaitá 225.470,94 - - 12.143,79 23.086,96 260.701,69 Autazes - - - 76.772,82 78.083,35 154.856,17 Portel 81.931,53 43,97 - - 4,69 81.980,19 Novo Aripuanã 50.479,33 68,36 - - - 50.547,69 Manacapuru - 7,20 - - - 7,20 Total 77.329.146,37 984.536,09 - 224.113.002,90 29.495.103,80 331.921.789,16

3 - TUP DNP Base de Distribuição Secundária de Santarém.4 - TUP Ipiranga Base de Porto Velho

Outros Portos:1 - TUP Terminal de Minério e Metálicos Amapá.2 - TUP Manaus, TUP Transportes Carinhoso, ETC Chibatão 1, ETC Itacal, São Raimundo.

PortosFluxo de Produtos por Grupo - 2030

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Bacia Amazônica Relatório Executivo

32 ANTAQ/UFSC/LabTrans

7.2 Carregamento na Hidrovia

As Tabelas 9 a 12 apresentam os resultados de movimentação total em cada um dos trechos das hidrovias da Bacia Amazônica em cada horizonte de estudo.

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Relatório Executivo Bacia Amazônica

ANTAQ/UFSC/LabTrans 33

Tabela 9 - Carregamento nas Hidrovias da Bacia Amazônica - Fluxo 2015 (t)

Fonte: Elaboração própria

INÍCIO FIM Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Total

Tabatinga São Paulo de Olivença 622.475,84 51,24 - 2.381.657,00 172.302,00 3.176.486,08 São Paulo de Olivença Amaturá 622.475,84 51,24 - 2.381.657,00 172.302,00 3.176.486,08 Amaturá Tonantins 622.475,84 51,24 - 2.381.657,00 172.302,00 3.176.486,08 Tonantins Jutaí 622.475,84 51,24 - 2.381.657,00 172.302,00 3.176.486,08 Jutaí Fonte Boa 622.475,84 51,24 - 2.381.657,00 172.302,00 3.176.486,08 Fonte Boa Confluência Rio Juruá 622.475,84 51,24 - 2.381.657,00 172.302,00 3.176.486,08 Confluência Rio Juruá Uarini 622.475,84 51,24 - 2.381.657,00 172.302,00 3.176.486,08 Uarini Alvarães 622.475,84 51,24 - 2.381.657,00 172.302,00 3.176.486,08 Alvarães Tefé 622.475,84 51,24 - 2.381.657,00 172.302,00 3.176.486,08 Tefé TUP Solimões 788.149,37 70,94 - 2.299.037,00 259.272,70 3.346.530,01 TUP Solimões Coari 788.149,37 70,94 - 2.299.037,00 259.272,70 3.346.530,01 Coari Codajás 774.683,75 130,34 - 2.222.719,00 275.205,72 3.272.738,81 Codajás Anori 774.683,75 130,34 - 2.222.719,00 275.205,72 3.272.738,81 Anori Anamã 774.683,75 130,34 - 2.222.719,00 275.205,72 3.272.738,81 Anamã Manacapuru 774.683,75 130,34 - 2.222.719,00 275.205,72 3.272.738,81 Manacapuru Manaquari 774.683,75 130,34 - 2.222.719,00 275.205,72 3.272.738,81 Manaquari Careiro da Várzea 770.142,15 130,34 - 1.291.519,00 261.073,40 2.322.864,89 Careiro da Várzea Confluência Rio Negro 770.142,15 130,34 - 1.291.519,00 261.073,40 2.322.864,89

Área propícia de Cucuí São Gabriel da Cachoeira - - - - - - São Gabriel da Cachoeira Tapuruquara 353.589,45 16,04 - 118.220,00 151.864,78 623.690,27 Tapuruquara Barcelos 353.589,45 16,04 - 118.220,00 151.864,78 623.690,27 Barcelos Rio Negro - Confluência Rio Branco 353.589,45 16,04 - 118.220,00 151.864,78 623.690,27 Rio Negro - Confluência Rio Branco Novo Airão 997.230,60 16,04 - 1.046.834,00 413.921,00 2.458.001,64 Novo Airão Porto Público de Boa Vista 997.230,60 16,04 - 1.046.834,00 413.921,00 2.458.001,64 Porto Público de Boa Vista Manaus 997.230,60 16,04 - 1.046.834,00 413.921,00 2.458.001,64 Manaus Confluência Rio Solimões - Rio Negro 5.331.264,62 16.056,07 - 2.440.087,91 512.059,97 8.299.468,57

Boa Vista Caracarai - - - - - - Caracarai Área propícia de Rorainópolis 479.664,92 - - 851.654,00 107.018,89 1.438.337,81 Área propícia de Rorainópolis Confluência Rio Negro - Rio Branco 771.086,15 - - 928.614,00 270.721,14 1.970.421,29

Confluência Rio Negro e Rio Solimões - Rio Amazonas Rio Amazonas - Confluência Rio Madeira 5.267.125,59 1.365,26 - 2.582.620,00 263.037,05 8.114.147,90 Rio Amazonas - Confluência Rio Madeira TUP Hermasa Graneleiro 4.372.848,94 1.365,26 - 2.225.999,79 523.260,11 7.123.474,10 TUP Hermasa Graneleiro Itacoatiara 3.960.696,46 1.312,50 - 2.163.019,79 238.975,95 6.364.004,70 Itacoatiara Urucurituba 4.090.078,51 1.574,08 - 2.321.115,79 502.458,15 6.915.226,53 Urucurituba Parintins 4.090.078,51 1.574,08 - 2.321.115,79 502.458,15 6.915.226,53 Parintins Juruti 4.318.833,35 1.586,46 - 2.490.028,79 516.299,78 7.326.748,38 Juruti Rio Amazonas - Confluência Rio Trombetas 4.318.833,35 1.586,46 - 2.490.028,79 516.299,78 7.326.748,38 Rio Amazonas - Confluência Rio Trombetas Óbidos 4.288.080,18 26.239,57 - 54.397.262,79 660.095,70 59.371.678,24 Óbidos Rio Amazonas - Confluência Rio Tapajós 4.288.080,18 26.239,57 - 54.397.262,79 660.095,70 59.371.678,24 Rio Amazonas - Confluência Rio Tapajós Monte Alegre 3.703.102,40 1.349,80 - 43.825.020,00 109.736,13 47.639.208,33 Monte Alegre Almeirim 3.703.102,40 1.349,80 - 43.825.020,00 109.736,13 47.639.208,33 Almeirim Rio Amazonas - Confluência Rio Xingu 3.715.954,81 25.989,68 - 47.126.179,00 111.791,04 50.979.914,53 Rio Amazonas - Confluência Rio Xingu Rio Amazonas - Confluência Canal de Gurupá 3.849.925,46 25.947,52 - 46.180.154,64 103.253,11 50.159.280,73 Rio Amazonas - Confluência Canal de Gurupá Rio Amazonas - Confluência Rio Jari 978.650,45 24.799,47 - 2.437.894,64 95.899,47 3.537.244,03 Rio Amazonas - Confluência Rio Jari Macapá 978.650,45 24.799,47 - 2.437.894,64 95.899,47 3.537.244,03

Porto Vitória Confluência Xingu-Amazonas 307.763,73 51,20 - 951.175,64 103.126,99 1.362.117,56

Confluência Teles Pires - Juruena Área propícia de Jacareacanga - - - - - - Área propícia de Jacareacanga Itaituba - - - - - - Itaituba Aveiro 874.103,19 24.649,70 - 540.013,02 3.349.847,03 4.788.612,94 Aveiro Santarém 874.103,19 24.649,70 - 540.013,02 3.349.847,03 4.788.612,94 Santarém Confluência Rio Tapajós - Rio Amazonas 1.085.111,28 24.939,53 - 10.972.922,79 604.351,47 12.687.325,07

Área propícia de Ipiranga do Norte Área propícia de Colíder - - - - - - Área propícia de Colíder Área propícia de Paranaíta - - - - - - Área propícia de Paranaíta Confluência Teles Pires - Juruena - - - - - -

Sopé da Cachoeira Porteira TUP Porto Trombetas - - - - - - TUP Porto Trombetas Oriximiná - - - - - - Oriximiná Confluência Rio Trombetas - Rio Amazonas 238.252,75 24.694,43 - 51.907.234,00 153.978,18 52.324.159,36

Sopé da Cachoeira Santo Antônio TUP Munguba - - - - - - TUP Munguba Confluência Rio Jari - Rio Amazonas 440.447,41 12,58 - - 47.321,20 487.781,19

Confluência Rio Beni (boliviano) e Rio Mamoré Porto Velho - - - - - - Porto Velho Humaitá 1.676.960,79 - - 987.625,79 531.593,01 3.196.179,59 Humaitá Manicoré 1.714.420,44 - - 1.023.885,79 536.134,73 3.274.440,96 Manicoré Novo Aripuanã 1.518.081,23 23,06 - 1.117.939,79 520.692,40 3.156.736,48 Novo Aripuanã Borba 1.518.081,23 - - 1.117.939,79 520.692,40 3.156.713,42 Borba Nova Olinda do Norte 1.518.081,23 - - 1.117.939,79 520.692,40 3.156.713,42 Nova Olinda do Norte Confluência Rio Madeira - Rio Amazonas 1.518.081,23 - - 1.117.939,79 520.692,40 3.156.713,42

Manaus Rotterdam 4.139.574,53 670.504,52 - 2.708.537,91 224.405,26 7.743.022,22 Santarém Rotterdam 865.095,30 49.266,12 - 11.412.866,81 3.780.527,24 16.107.755,47 Macapá Rotterdam 265.015,65 31.593,60 - 26.413.531,77 11.329,56 26.721.470,58

Navegação de Longo Curso

Rio Amazonas

TRECHO

Rio Xingu

Rio Tapajós

Rio Teles Pires

Rio Trombetas

Rio Jari

Fluxo Total por Grupo 2015

Rio Solimões

Rio Negro

Rio Branco

Rio Madeira

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Bacia Amazônica Relatório Executivo

34 ANTAQ/UFSC/LabTrans

Tabela 10 - Carregamento nas Hidrovias da Bacia Amazônica - Fluxo 2020 (t)

Fonte: Elaboração própria

INÍCIO FIM Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Total

Tabatinga São Paulo de Olivença 612.917,83 70,36 - 2.713.393,32 248.528,47 3.574.909,98 São Paulo de Olivença Amaturá 612.917,83 70,36 - 2.713.393,32 248.528,47 3.574.909,98 Amaturá Tonantins 612.917,83 70,36 - 2.713.393,32 248.528,47 3.574.909,98 Tonantins Jutaí 612.917,83 70,36 - 2.713.393,32 248.528,47 3.574.909,98 Jutaí Fonte Boa 612.917,83 70,36 - 2.713.393,32 248.528,47 3.574.909,98 Fonte Boa Confluência Rio Juruá 612.917,83 70,36 - 2.713.393,32 248.528,47 3.574.909,98 Confluência Rio Juruá Uarini 612.917,83 70,36 - 2.713.393,32 248.528,47 3.574.909,98 Uarini Alvarães 612.917,83 70,36 - 2.713.393,32 248.528,47 3.574.909,98 Alvarães Tefé 612.917,83 70,36 - 2.713.393,32 248.528,47 3.574.909,98 Tefé TUP Solimões 814.648,55 94,80 - 2.706.188,22 374.170,86 3.895.102,43 TUP Solimões Coari 814.648,55 94,80 - 2.706.188,22 374.170,86 3.895.102,43 Coari Codajás 905.379,35 175,16 - 2.719.262,71 419.335,75 4.044.152,97 Codajás Anori 905.379,35 175,16 - 2.719.262,71 419.335,75 4.044.152,97 Anori Anamã 905.379,35 175,16 - 2.719.262,71 419.335,75 4.044.152,97 Anamã Manacapuru 905.379,35 175,16 - 2.719.262,71 419.335,75 4.044.152,97 Manacapuru Manaquari 905.379,35 174,24 - 2.719.262,71 419.335,75 4.044.152,05 Manaquari Careiro da Várzea 901.598,32 174,24 - 2.046.024,72 403.801,41 3.351.598,69 Careiro da Várzea Confluência Rio Negro 901.598,32 174,24 - 2.046.024,72 403.801,41 3.351.598,69

Área propícia de Cucuí São Gabriel da Cachoeira - - - - - - São Gabriel da Cachoeira Tapuruquara 375.139,77 22,40 - 116.382,84 222.751,49 714.296,50 Tapuruquara Barcelos 375.139,77 22,40 - 116.382,84 222.751,49 714.296,50 Barcelos Rio Negro - Confluência Rio Branco 375.139,77 22,40 - 116.382,84 222.751,49 714.296,50 Rio Negro - Confluência Rio Branco Novo Airão 1.157.061,54 22,40 - 1.352.537,11 604.619,88 3.114.240,93 Novo Airão Porto Público de Boa Vista 1.157.061,54 22,40 - 1.352.537,11 604.619,88 3.114.240,93 Porto Público de Boa Vista Manaus 1.157.061,54 23,32 - 1.352.537,11 604.619,88 3.114.241,85 Manaus Confluência Rio Solimões - Rio Negro 4.976.694,96 17.055,14 - 4.107.713,97 783.425,22 9.884.889,29

Boa Vista Caracarai - - - - - - Caracarai Área propícia de Rorainópolis 467.474,89 - - 1.171.579,93 153.189,34 1.792.244,16 Área propícia de Rorainópolis Confluência Rio Negro - Rio Branco 866.095,61 - - 1.236.154,27 397.409,65 2.499.659,53

Confluência Rio Negro e Rio Solimões - Rio Amazonas Rio Amazonas - Confluência Rio Madeira 5.106.787,33 1.733,99 - 4.957.492,77 425.876,47 10.491.890,56 Rio Amazonas - Confluência Rio Madeira TUP Hermasa Graneleiro 4.182.828,93 1.733,99 - 3.955.539,07 713.998,63 8.854.100,62 TUP Hermasa Graneleiro Itacoatiara 3.572.989,81 1.675,57 - 3.800.407,62 306.423,66 7.681.496,66 Itacoatiara Urucurituba 3.694.295,66 2.103,46 - 3.961.468,07 645.273,06 8.303.140,25 Urucurituba Parintins 3.694.295,66 2.103,46 - 3.961.468,07 645.273,06 8.303.140,25 Parintins Juruti 3.904.871,11 2.130,13 - 4.140.036,40 664.815,54 8.711.853,18 Juruti Rio Amazonas - Confluência Rio Trombetas 3.904.871,11 2.130,13 - 4.140.036,40 664.815,54 8.711.853,18 Rio Amazonas - Confluência Rio Trombetas Óbidos 3.878.000,85 39.743,79 - 62.856.685,30 828.273,89 67.602.703,83 Óbidos Rio Amazonas - Confluência Rio Tapajós 3.878.000,85 39.743,79 - 62.856.685,30 828.273,89 67.602.703,83 Rio Amazonas - Confluência Rio Tapajós Monte Alegre 3.387.585,00 1.816,42 - 50.485.556,11 167.763,68 54.042.721,21 Monte Alegre Almeirim 3.387.585,00 1.816,42 - 50.485.556,11 167.763,68 54.042.721,21 Almeirim Rio Amazonas - Confluência Rio Xingu 3.391.786,02 39.420,52 - 52.964.045,37 169.907,01 56.565.158,92 Rio Amazonas - Confluência Rio Xingu Rio Amazonas - Confluência Canal de Gurupá 3.588.037,24 39.371,74 - 52.396.618,22 172.199,33 56.196.226,53 Rio Amazonas - Confluência Canal de Gurupá Rio Amazonas - Confluência Rio Jari 1.042.602,89 37.766,87 - 1.992.975,08 129.700,89 3.203.045,73 Rio Amazonas - Confluência Rio Jari Macapá 1.042.602,89 37.766,87 - 1.992.975,08 129.700,89 3.203.045,73

Porto Vitória Confluência Xingu-Amazonas 319.113,20 60,76 - 579.433,47 146.457,88 1.045.065,31

Confluência Teles Pires - Juruena Área propícia de Jacareacanga - - - - - - Área propícia de Jacareacanga Itaituba - - - - - - Itaituba Aveiro 677.588,07 37.606,63 - 436.433,42 4.413.937,76 5.565.565,88 Aveiro Santarém 677.588,07 37.606,63 - 436.433,42 4.413.937,76 5.565.565,88 Santarém Confluência Rio Tapajós - Rio Amazonas 862.776,25 38.135,93 - 12.802.393,51 728.764,61 14.432.070,30

Área propícia de Ipiranga do Norte Área propícia de Colíder - - - - - - Área propícia de Colíder Área propícia de Paranaíta - - - - - - Área propícia de Paranaíta Confluência Teles Pires - Juruena - - - - - -

Sopé da Cachoeira Porteira TUP Porto Trombetas - - - - - - TUP Porto Trombetas Oriximiná - - - - - - Oriximiná Confluência Rio Trombetas - Rio Amazonas 197.967,14 37.661,38 - 58.716.648,90 186.958,83 59.139.236,25

Sopé da Cachoeira Santo Antônio TUP Munguba - - - - - - TUP Munguba Confluência Rio Jari - Rio Amazonas 511.327,35 12,83 - 109.670,79 57.425,25 678.436,22

Confluência Rio Beni (boliviano) e Rio Mamoré Porto Velho - - - - - - Porto Velho Humaitá 1.890.914,69 - - 2.014.431,59 742.248,19 4.647.594,47 Humaitá Manicoré 1.910.886,42 - - 2.045.469,55 746.901,66 4.703.257,63 Manicoré Novo Aripuanã 1.553.063,92 34,21 - 2.169.429,73 730.689,40 4.453.217,26 Novo Aripuanã Borba 1.553.063,92 - - 2.169.429,73 730.689,40 4.453.183,05 Borba Nova Olinda do Norte 1.553.063,92 - - 2.169.429,73 730.689,40 4.453.183,05 Nova Olinda do Norte Confluência Rio Madeira - Rio Amazonas 1.553.063,92 - - 2.172.288,58 730.689,40 4.456.041,90

Manaus Rotterdam 3.999.285,31 669.382,70 - 3.801.273,87 264.950,08 8.734.891,96 Santarém Rotterdam 686.448,55 75.176,03 - 13.104.328,75 4.892.491,61 18.758.444,94 Macapá Rotterdam 220.863,77 47.877,31 - 33.236.187,84 18.929,77 33.523.858,69

Fluxo Total por Grupo 2020

Rio Solimões

Rio Negro

Rio Amazonas

Rio Xingu

Rio Tapajós

Rio Teles Pires

Rio Trombetas

Rio Jari

Rio Madeira

Navegação de Longo Curso

Rio Branco

TRECHO

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Relatório Executivo Bacia Amazônica

ANTAQ/UFSC/LabTrans 35

Tabela 11 - Carregamento nas Hidrovias da Bacia Amazônica - Fluxo 2025 (t)

Fonte: Elaboração própria

INÍCIO FIM Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Total

Tabatinga São Paulo de Olivença 1.185.981,62 132,95 - 3.363.840,00 422.947,61 4.972.902,18 São Paulo de Olivença Amaturá 1.185.981,62 132,95 - 3.363.840,00 422.947,61 4.972.902,18 Amaturá Tonantins 1.185.981,62 132,95 - 3.363.840,00 422.947,61 4.972.902,18 Tonantins Jutaí 1.185.981,62 132,95 - 3.363.840,00 422.947,61 4.972.902,18 Jutaí Fonte Boa 1.185.981,62 132,95 - 3.363.840,00 422.947,61 4.972.902,18 Fonte Boa Confluência Rio Juruá 1.185.981,62 132,95 - 3.363.840,00 422.947,61 4.972.902,18 Confluência Rio Juruá Uarini 1.185.981,62 132,95 - 3.363.840,00 422.947,61 4.972.902,18 Uarini Alvarães 1.185.981,62 132,95 - 3.363.840,00 422.947,61 4.972.902,18 Alvarães Tefé 1.185.981,62 132,95 - 3.363.840,00 422.947,61 4.972.902,18 Tefé TUP Solimões 1.630.220,97 174,23 - 3.384.960,00 625.361,11 5.640.716,31 TUP Solimões Coari 1.630.220,97 174,23 - 3.384.960,00 625.361,11 5.640.716,31 Coari Codajás 1.964.691,02 287,31 - 3.485.692,00 715.946,90 6.166.617,23 Codajás Anori 1.964.691,02 287,31 - 3.485.692,00 715.946,90 6.166.617,23 Anori Anamã 1.964.691,02 287,31 - 3.485.692,00 715.946,90 6.166.617,23 Anamã Manacapuru 1.964.691,02 287,31 - 3.485.692,00 715.946,90 6.166.617,23 Manacapuru Manaquari 1.964.691,02 284,16 - 3.485.692,00 715.946,90 6.166.614,08 Manaquari Careiro da Várzea 1.919.289,54 284,16 - 3.096.792,00 695.018,28 5.711.383,98 Careiro da Várzea Confluência Rio Negro 1.925.960,67 286,13 - 3.096.792,00 695.018,28 5.718.057,08

Área propícia de Cucuí São Gabriel da Cachoeira - - - - - - São Gabriel da Cachoeira Tapuruquara 800.306,70 54,04 - 112.540,00 408.102,84 1.321.003,58 Tapuruquara Barcelos 800.306,70 54,04 - 112.540,00 408.102,84 1.321.003,58 Barcelos Rio Negro - Confluência Rio Branco 800.306,70 54,04 - 112.540,00 408.102,84 1.321.003,58 Rio Negro - Confluência Rio Branco Novo Airão 3.330.833,30 54,04 - 1.579.511,00 1.098.875,38 6.009.273,72 Novo Airão Porto Público de Boa Vista 3.330.833,30 54,04 - 1.579.511,00 1.098.875,38 6.009.273,72 Porto Público de Boa Vista Manaus 3.330.833,30 57,19 - 1.579.511,00 1.098.875,38 6.009.276,87 Manaus Confluência Rio Solimões - Rio Negro 11.108.128,59 2.113,59 - 9.509.049,00 1.213.205,42 21.832.496,60

Boa Vista Caracarai 1.339.928,70 - - 1.406.062,00 294.269,45 3.040.260,15 Caracarai Área propícia de Rorainópolis 1.444.265,42 - - 1.382.581,00 272.762,67 3.099.609,09 Área propícia de Rorainópolis Confluência Rio Negro - Rio Branco 2.634.209,98 - - 1.466.971,00 729.236,18 4.830.417,16

Confluência Rio Negro e Rio Solimões - Rio Amazonas Rio Amazonas - Confluência Rio Madeira 11.676.755,96 2.298,99 - 11.225.700,00 801.056,81 23.705.811,76 Rio Amazonas - Confluência Rio Madeira TUP Hermasa Graneleiro 10.711.957,14 2.298,99 - 10.468.628,95 1.405.243,30 22.588.128,38 TUP Hermasa Graneleiro Itacoatiara 9.174.872,69 2.207,57 - 10.100.668,95 537.208,08 19.814.957,29 Itacoatiara Urucurituba 9.476.481,94 2.981,99 - 10.816.309,95 1.271.381,33 21.567.155,21 Urucurituba Parintins 9.476.481,94 2.981,99 - 10.816.309,95 1.271.381,33 21.567.155,21 Parintins Juruti 9.826.406,84 3.045,95 - 11.304.233,95 1.296.319,59 22.430.006,33 Juruti Rio Amazonas - Confluência Rio Trombetas 9.826.406,84 3.045,95 - 11.304.233,95 1.296.319,59 22.430.006,33 Rio Amazonas - Confluência Rio Trombetas Óbidos 9.836.010,35 41.697,82 - 87.885.211,95 1.467.711,12 99.230.631,24 Óbidos Rio Amazonas - Confluência Rio Tapajós 9.836.010,35 41.697,82 - 87.885.211,95 1.467.711,12 99.230.631,24 Rio Amazonas - Confluência Rio Tapajós Monte Alegre 7.974.525,75 2.452,81 - 70.005.280,00 308.197,63 78.290.456,19 Monte Alegre Almeirim 7.974.525,75 2.452,81 - 70.005.280,00 308.197,63 78.290.456,19 Almeirim Rio Amazonas - Confluência Rio Xingu 7.987.626,25 41.109,63 - 62.995.708,00 310.102,96 71.334.546,84 Rio Amazonas - Confluência Rio Xingu Rio Amazonas - Confluência Canal de Gurupá 8.404.134,07 41.044,47 - 62.959.718,64 351.818,96 71.756.716,14 Rio Amazonas - Confluência Canal de Gurupá Rio Amazonas - Confluência Rio Jari 2.143.336,45 38.833,26 - 1.059.138,64 213.508,01 3.454.816,36 Rio Amazonas - Confluência Rio Jari Macapá 2.143.336,45 38.833,26 - 1.059.138,64 213.508,01 3.454.816,36

Porto Vitória Confluência Xingu-Amazonas 634.628,10 73,60 - 38.010,64 225.067,18 897.779,52

Confluência Teles Pires - Juruena Área propícia de Jacareacanga 1.274.935,60 - - - 4.001.147,86 5.276.083,46 Área propícia de Jacareacanga Itaituba 1.245.834,65 16.425,96 - 1.275.611,75 4.001.147,86 6.539.020,22 Itaituba Aveiro 1.569.120,41 54.411,09 - 1.388.676,77 5.524.115,59 8.536.323,86 Aveiro Santarém 1.569.120,41 54.411,09 - 1.388.676,77 5.524.115,59 8.536.323,86 Santarém Confluência Rio Tapajós - Rio Amazonas 2.679.048,08 39.607,65 - 19.100.091,95 1.278.324,05 23.097.071,73

Área propícia de Ipiranga do Norte Área propícia de Colíder 960.316,36 - - - 1.637.471,31 2.597.787,67 Área propícia de Colíder Área propícia de Paranaíta 960.316,36 - - - 1.637.471,31 2.597.787,67 Área propícia de Paranaíta Confluência Teles Pires - Juruena 1.274.935,60 - - - 4.001.147,86 5.276.083,46

Sopé da Cachoeira Porteira TUP Porto Trombetas - - - - - - TUP Porto Trombetas Oriximiná - - - - - - Oriximiná Confluência Rio Trombetas - Rio Amazonas 249.437,41 38.711,15 - 76.580.978,00 199.571,83 77.068.698,39

Sopé da Cachoeira Santo Antônio TUP Munguba - - - - - - TUP Munguba Confluência Rio Jari - Rio Amazonas 852.628,05 17,90 - 232.980,00 76.767,63 1.162.393,58

Confluência Rio Beni (boliviano) e Rio Mamoré Porto Velho - - - - - - Porto Velho Humaitá 4.501.831,37 - - 3.126.472,95 1.478.916,86 9.107.221,18 Humaitá Manicoré 4.491.855,76 - - 3.149.652,95 1.485.252,54 9.126.761,25 Manicoré Novo Aripuanã 4.016.509,78 49,64 - 3.531.888,95 1.463.984,21 9.012.432,58 Novo Aripuanã Borba 3.989.948,91 - - 3.531.888,95 1.463.984,21 8.985.822,07 Borba Nova Olinda do Norte 3.989.948,91 - - 3.531.888,95 1.463.984,21 8.985.822,07 Nova Olinda do Norte Confluência Rio Madeira - Rio Amazonas 3.989.948,91 - - 3.557.288,95 1.463.984,21 9.011.222,07

Manaus Rotterdam 6.889.876,23 665.123,82 - 3.422.602,00 182.542,80 11.160.144,85 Santarém Rotterdam 2.322.632,47 93.039,24 - 19.460.856,72 6.071.177,27 27.947.705,70 Macapá Rotterdam 551.825,20 49.184,30 - 36.438.169,23 22.940,19 37.062.118,92

Navegação de Longo Curso

Rio Xingu

Rio Tapajós

Rio Teles Pires

Rio Trombetas

Rio Jari

Rio Madeira

Rio Amazonas

TRECHO Fluxo Total por Grupo 2025

Rio Solimões

Rio Negro

Rio Branco

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Bacia Amazônica Relatório Executivo

36 ANTAQ/UFSC/LabTrans

Tabela 12 - Carregamento nas Hidrovias da Bacia Amazônica - Fluxo 2030 (t)

Fonte: Elaboração própria

INÍCIO FIM Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Total

Tabatinga São Paulo de Olivença 2.528.480,89 256,00 - 5.132.636,62 658.690,99 8.320.064,50 São Paulo de Olivença Amaturá 2.528.480,89 256,00 - 5.132.636,62 658.690,99 8.320.064,50 Amaturá Tonantins 2.528.480,89 256,00 - 5.132.636,62 658.690,99 8.320.064,50 Tonantins Jutaí 2.528.480,89 256,00 - 5.132.636,62 658.690,99 8.320.064,50 Jutaí Fonte Boa 2.528.480,89 256,00 - 5.132.636,62 658.690,99 8.320.064,50 Fonte Boa Confluência Rio Juruá 2.528.480,89 256,00 - 5.132.636,62 658.690,99 8.320.064,50 Confluência Rio Juruá Uarini 2.528.480,89 256,00 - 5.132.636,62 658.690,99 8.320.064,50 Uarini Alvarães 2.528.480,89 256,00 - 5.132.636,62 658.690,99 8.320.064,50 Alvarães Tefé 2.528.480,89 256,00 - 5.132.636,62 658.690,99 8.320.064,50 Tefé TUP Solimões 3.442.773,06 331,02 - 5.149.754,49 960.038,17 9.552.896,74 TUP Solimões Coari 3.442.773,06 331,02 - 5.149.754,49 960.038,17 9.552.896,74 Coari Codajás 4.160.655,65 490,68 - 5.320.459,67 1.104.667,03 10.586.273,03 Codajás Anori 4.160.655,65 490,68 - 5.320.459,67 1.104.667,03 10.586.273,03 Anori Anamã 4.160.655,65 490,68 - 5.320.459,67 1.104.667,03 10.586.273,03 Anamã Manacapuru 4.160.655,65 490,68 - 5.320.459,67 1.104.667,03 10.586.273,03 Manacapuru Manaquari 4.160.655,65 483,48 - 5.320.459,67 1.104.667,03 10.586.265,83 Manaquari Careiro da Várzea 4.129.834,77 483,48 - 4.935.906,79 1.078.197,97 10.144.423,01 Careiro da Várzea Confluência Rio Negro 4.129.834,77 560,43 - 4.935.906,79 1.078.197,97 10.144.499,96

Área propícia de Cucuí São Gabriel da Cachoeira - - - - - - São Gabriel da Cachoeira Tapuruquara 1.778.173,40 121,78 - 106.049,18 662.595,60 2.546.939,96 Tapuruquara Barcelos 1.778.173,40 121,78 - 106.049,18 662.595,60 2.546.939,96 Barcelos Rio Negro - Confluência Rio Branco 1.778.173,40 121,78 - 106.049,18 662.595,60 2.546.939,96 Rio Negro - Confluência Rio Branco Novo Airão 7.199.191,33 121,78 - 1.705.836,65 1.768.540,15 10.673.689,91 Novo Airão Porto Público de Boa Vista 7.199.191,33 121,78 - 1.705.836,65 1.768.540,15 10.673.689,91 Porto Público de Boa Vista Manaus 7.199.191,33 128,98 - 1.705.836,65 1.768.540,15 10.673.697,11 Manaus Confluência Rio Solimões - Rio Negro 19.901.827,55 2.702,78 - 22.313.317,00 1.958.886,87 44.176.734,20

Boa Vista Caracarai 2.814.929,96 - - 1.504.498,26 503.645,04 4.823.073,26 Caracarai Área propícia de Rorainópolis 2.950.305,77 - - 1.421.879,64 435.865,78 4.808.051,19 Área propícia de Rorainópolis Confluência Rio Negro - Rio Branco 5.653.890,23 - - 1.599.787,47 1.177.208,57 8.430.886,27

Confluência Rio Negro e Rio Solimões - Rio Amazonas Rio Amazonas - Confluência Rio Madeira 21.314.067,88 3.042,58 - 23.416.123,69 1.309.484,18 46.042.718,33 Rio Amazonas - Confluência Rio Madeira TUP Hermasa Graneleiro 19.326.179,00 3.042,58 - 24.119.247,97 2.475.163,86 45.923.633,41 TUP Hermasa Graneleiro Itacoatiara 16.125.787,05 2.939,77 - 23.371.362,76 719.839,75 40.219.929,33 Itacoatiara Urucurituba 16.622.592,13 4.232,18 - 25.467.876,69 2.303.047,66 44.397.748,66 Urucurituba Parintins 16.622.592,13 4.232,18 - 25.467.876,69 2.303.047,66 44.397.748,66 Parintins Juruti 17.274.602,84 4.363,72 - 26.714.872,14 2.332.816,58 46.326.655,28 Juruti Rio Amazonas - Confluência Rio Trombetas 17.274.602,84 4.363,72 - 26.714.872,14 2.332.816,58 46.326.655,28 Rio Amazonas - Confluência Rio Trombetas Óbidos 17.322.768,96 42.941,38 - 136.478.722,21 2.510.841,60 156.355.274,15 Óbidos Rio Amazonas - Confluência Rio Tapajós 17.322.768,96 42.941,38 - 136.478.722,21 2.510.841,60 156.355.274,15 Rio Amazonas - Confluência Rio Tapajós Monte Alegre 14.033.544,33 3.255,05 - 107.697.702,02 511.845,31 122.246.346,71 Monte Alegre Almeirim 14.033.544,33 3.255,05 - 107.697.702,02 511.845,31 122.246.346,71 Almeirim Rio Amazonas - Confluência Rio Xingu 14.058.651,12 41.867,74 - 83.671.355,37 513.305,70 98.285.179,93 Rio Amazonas - Confluência Rio Xingu Rio Amazonas - Confluência Canal de Gurupá 14.824.309,67 41.767,39 - 83.618.841,93 581.886,05 99.066.805,04 Rio Amazonas - Confluência Canal de Gurupá Rio Amazonas - Confluência Rio Jari 4.149.503,55 38.824,70 - 1.654.701,65 326.415,53 6.169.445,43 Rio Amazonas - Confluência Rio Jari Macapá 4.149.503,55 38.824,70 - 1.654.701,65 326.415,53 6.169.445,43

Porto Vitória Confluência Xingu-Amazonas 1.258.545,17 105,43 - 55.012,72 352.898,85 1.666.562,17

Confluência Teles Pires - Juruena Área propícia de Jacareacanga 1.950.306,86 - - - 4.775.841,03 6.726.147,89 Área propícia de Jacareacanga Itaituba 1.896.039,26 15.775,10 - 2.279.527,59 4.775.841,03 8.967.182,98 Itaituba Aveiro 2.451.631,45 54.449,06 - 2.387.475,45 6.468.051,30 11.361.607,26 Aveiro Santarém 2.451.631,45 54.449,06 - 2.387.475,45 6.468.051,30 11.361.607,26 Santarém Confluência Rio Tapajós - Rio Amazonas 4.895.830,81 40.151,59 - 32.096.597,41 2.190.443,37 39.223.023,18

Área propícia de Ipiranga do Norte Área propícia de Colíder 1.505.161,36 - - - 1.811.586,98 3.316.748,34 Área propícia de Colíder Área propícia de Paranaíta 1.505.161,36 - - - 1.811.586,98 3.316.748,34 Área propícia de Paranaíta Confluência Teles Pires - Juruena 1.950.306,86 - - - 4.775.841,03 6.726.147,89

Sopé da Cachoeira Porteira TUP Porto Trombetas - - - - - - TUP Porto Trombetas Oriximiná - - - - - - Oriximiná Confluência Rio Trombetas - Rio Amazonas 332.595,14 38.655,32 - 109.763.850,07 210.529,84 110.345.630,37

Sopé da Cachoeira Santo Antônio TUP Munguba - - - - - - TUP Munguba Confluência Rio Jari - Rio Amazonas 1.642.291,47 30,18 - 501.304,36 101.065,17 2.244.691,18

Confluência Rio Beni (boliviano) e Rio Mamoré Porto Velho - - - - - - Porto Velho Humaitá 8.267.396,71 - - 4.774.715,03 2.533.668,80 15.575.780,54 Humaitá Manicoré 8.263.254,35 - - 4.786.858,82 2.541.757,86 15.591.871,03 Manicoré Novo Aripuanã 7.224.879,29 68,36 - 5.788.651,80 2.513.604,65 15.527.204,10 Novo Aripuanã Borba 7.174.399,96 - - 5.788.651,80 2.513.604,65 15.476.656,41 Borba Nova Olinda do Norte 7.174.399,96 - - 5.788.651,80 2.513.604,65 15.476.656,41 Nova Olinda do Norte Confluência Rio Madeira - Rio Amazonas 7.174.399,96 - - 5.865.424,62 2.591.688,00 15.631.512,58

Manaus Rotterdam 11.114.246,42 664.737,14 - 3.842.069,00 250.369,59 15.871.422,15 Santarém Rotterdam 3.499.795,85 93.060,72 - 31.452.311,41 6.915.712,26 41.960.880,24 Macapá Rotterdam 972.186,65 49.191,64 - 40.732.702,98 57.690,65 41.811.771,92

Navegação de Longo Curso

Rio Xingu

Rio Tapajós

Rio Teles Pires

Rio Trombetas

Rio Jari

Rio Madeira

Rio Amazonas

TRECHO Fluxo Total por Grupo 2030

Rio Solimões

Rio Negro

Rio Branco

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As Figuras 13 a 16 ilustram o fluxo em cada trecho das hidrovias, considerando seus portos e terminais portuários. Os números sobrescritos nas legendas das Figuras 13 a 16 possuem o mesmo significado dos números sobrescritos apresentados anteriormente nas Tabelas 5 a 8.

Figura 13 - Carregamento nas Hidrovias da Bacia Amazônica - Fluxo 2015 (t)

Fonte: Elaboração própria

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Figura 14 - Carregamento nas Hidrovias da Bacia Amazônica - Fluxo 2020 (t)

Fonte: Elaboração própria

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Figura 15 - Carregamento nas Hidrovias da Bacia Amazônica - Fluxo 2025 (t)

Fonte: Elaboração própria

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Figura 16 - Carregamento nas Hidrovias da Bacia Amazônica - Fluxo 2030 (t)

Fonte: Elaboração própria

De modo geral, os fluxos da bacia dirigem-se em direção a leste e à saída para o Atlântico. Os rios Solimões e Amazonas aparecem com as maiores movimentações em todos os horizontes, transportando as cargas provenientes dos outros rios da bacia e permitindo a exportação desses produtos através de seus portos com a navegação de longo curso. Os maiores fluxos se destacam devido às movimentações de minérios no norte do Pará e no Amapá, embora também haja uma movimentação significativa de carga geral a partir de Manaus (AM).

O Rio Solimões apresenta fluxo modesto, composto principalmente de carga geral. A partir do trecho em que passa a ser chamado de Rio Amazonas, a movimentação aumenta gradativamente com as contribuições do Rio Negro e da capital Manaus (AM), tornando-se o mais movimentado da bacia após receber os fluxos do Rio Trombetas (Oriximiná) e Santarém.

O Rio Trombetas, apesar de navegável até a Cachoeira Porteira, teve fluxo apenas a partir de Oriximiná. Devido à pequena distância entre eles, parte do fluxo poderia ser redirecionado para o terminal já existente de TUP Trombetas.

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O Rio Jarí apresentou um carregamento relativamente pequeno no terminal portuário de TUP Munguba, mesmo existindo fluxos significativos de minério de ferro e minerais não metálicos originários de áreas próximas. Tais fluxos foram transportados através de rodovias até outros terminais próximos, como Almeirim (PA) ou Macapá (AP), sendo então exportados.

O Rio Madeira é atualmente uma importante via para a região, apresentando fluxo considerável de carga geral e granel sólido nas simulações. Dada a sua localização, parte da carga atualmente transportada pelo rio poderá ser desviada para o sistema Tapajós - Teles Pires.

Como esperado, o fluxo no Rio Tapajós tem como principal grupo transportado o granel sólido agrícola proveniente do Mato Grosso. Os produtos seguem até o Porto de Santarém, de onde podem ser exportados. Até 2020, muitos desses fluxos são escoados através da Hidrovia do Tocantins-Araguaia.

Em 2025, os fluxos no Rio Tapajós aumentam com a entrada do Rio Teles Pires na malha de transporte e essa via ganha competitividade. No entanto, observa-se uma queda na movimentação do terminal de Itaituba, de 5,5 milhões de toneladas em 2020 para cerca de 2 milhões de toneladas em 2025. A soja, principal produto desse rio, passa a ser embarcada em terminais mais próximos às regiões produtoras no interior do Mato Grosso, como as áreas propícias de Ipiranga do Norte e Paranaíta.

Apesar da implantação da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO) até Lucas do Rio Verde (MT) em 2020, e de sua expansão até Vilhena (RO) em 2030, de acordo com a simulação, ela não exerce grande influência sobre os fluxos da região. As hidrovias Tapajós-Teles Pires e Tocantins-Araguaia aparecem como melhores rotas para o escoamento da produção de graneis sólidos agrícolas.

8 AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE PROJETOS

Neste capítulo do relatório são apresentados os resultados da análise de viabilidade econômico-financeira das áreas propícias de terminais hidroviários que apresentaram movimentação significativa após as simulações do capítulo 7, considerando fatores tais como Investimento, Custo Operacional, Movimentação Média, Receita Média Anual, VPL e TIR. Para as hidrovias da Bacia Amazônica, cinco terminais hidroviários foram analisados.

A Tabela 13, a seguir, apresenta um comparativo entre as áreas propícias para instalação de terminais nas hidrovias da Bacia Amazônica avaliadas nesse capítulo.

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Tabela 13 - Comparativo entre as áreas propícias para instalação de terminais

Fonte: Elaboração própria

Todos os terminais analisados nesse capítulo apresentam viabilidade, com VPL positivo e TIR superior à TMA. O terminal da área propícia de Oriximiná é o que apresenta os melhores resultados, com TIR de 25,30%. No entanto, como pode ser visto no capítulo 7, sua movimentação é composta basicamente de minérios, apresentando valores bastante elevados. É necessária uma análise mais detalhada para verificar se o modelo se mantém confiável para valores tão elevados de carga. Outros terminais com bons indicadores são os das áreas propícias de Boa Vista e Ipiranga do Norte, além do terminal de Porto Vitória.

Conforme exposto no Relatório de Metodologia, através das fórmulas aplicadas para proceder a esta análise, o valor da movimentação é determinante para estabelecer os investimentos, os custos e as receitas de cada área propícia de terminal. Consequentemente, os anos de abertura exercem influência significativa nessa análise, uma vez que a movimentação pode variar bastante em horizontes posteriores. Desse modo, mudanças nos anos de abertura podem alterar a viabilidade dos terminais analisados.

Na Figura 17 estão representadas as hidrovias da Bacia Amazônica com seus terminais portuários existentes e áreas propícias para instalação de novos terminais portuários.

Áreas Propícias de terminaisInvestimento

(R$)

Custo Operacional

Médio (R$/ano)

Movim. Média (t/ano)

Receida Média Anual

(R$/ano)

VPL TIR StatusAno ótimo

de abertura

Área Propícia de Rorainópolis 17.000.000 571.000 1.500.000 9.000.000 36.093.876 8,57% Viável 2015Área Propícia de Boa Vista 60.000.000 2.000.000 5.000.000 21.300.000 96.090.692 10,39% Viável 2025Área Propícia de Ipiranga do Norte 47.000.000 1.390.000 3.500.000 13.400.000 58.797.418 9,14% Viável 2025Área Propícia de Paranaíta 47.000.000 1.076.000 3.500.000 12.000.000 51.563.486 8,59% Viável 2025Área Propícia de Jacareacanga 35.000.000 716.000 2.500.000 11.180.000 49.371.355 8,81% Viável 2025

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Figura 17 - Hidrovias da Bacia Amazônica com seus terminais existentes e áreas propícias

Fonte: Elaboração própria

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Localizadas em uma região carente de rodovias e ferrovias, as hidrovias da Bacia Amazônica surgem como solução natural de integração para a região, tendo importância tanto no que toca o transporte de passageiros quanto o transporte de cargas. Os grandes investimentos do PAC mostram que essa também é a percepção das instituições governamentais, que preveem melhorias na navegabilidade dos rios e a instalação de um grande número de novos terminais hidroviários em regiões inacessíveis ou com acesso rodoviário precário.

As simulações realizadas mostram que o transporte de cargas, foco desse estudo, apresenta um cenário promissor nessa bacia. Há grandes fluxos de produtos com característica de utilização do modal hidroviário (produtos minerais e graneis sólidos agrícolas, por exemplo), localizados próximos às hidrovias, além da já citada escassez de outros modais.

De modo geral, os fluxos da bacia seguem em direção à foz do Rio Amazonas, no Oceano Atlântico. Esse rio aparece com maior movimentação em todos os horizontes, agregando as cargas provenientes dos outros rios da bacia e permitindo a exportação desses produtos através de seus portos, com a navegação de longo curso.

O carregamento nas hidrovias da Bacia Amazônica indica vocação para o transporte de três principais grupos de produtos: carga geral, granel sólido (minério de ferro, minerais metálicos não ferrosos e minerais não metálicos) e granel sólido agrícola (com soja e produtos

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da exploração florestal e silvicultura). O carregamento não é uniforme, com cada hidrovia transportando tipos diferentes de produtos.

Os graneis sólidos são transportados pelo Rio Amazonas a partir do norte do Pará, onde se localizam as grandes reservas minerais do estado. Oriximiná, Almeirim e Macapá são terminais que se dedicam ao escoamento desses minérios. A carga geral é transportada principalmente a partir de Manaus, e através do Rio Madeira. O granel sólido agrícola (principalmente soja), no ano de 2015, entra na hidrovia em Itaituba (PA) e é transportado pela hidrovia do Tapajós - Teles Pires para ser exportado a partir do Porto de Santarém. A movimentação desse grupo aumenta a partir de 2025, com a extensão da hidrovia até o norte do Mato Grosso.

O granel líquido (petróleo e gás natural), apesar de apresentar valores significativos na projeção de demanda do capítulo 4, possui apenas uma pequena parte da carga alocada nas hidrovias, principalmente em Manaus (AM). O restante destina-se a São Luís (MA), não utilizando as hidrovias amazônicas.

As hidrovias possuem um grande número de terminais. Entre os já existentes, destacam-se alguns portos com maior movimentação, como Santarém, Macapá, Manaus, Itaituba e Porto Velho. No entanto, ainda há demanda para o surgimento de novos terminais, inclusive em localidades onde já existem instalações, como nos municípios citados. Das áreas identificadas no capítulo 6, foram encontradas cinco áreas propícias de terminais com fluxo acima de 500.000 toneladas, elencadas a seguir com seus anos de abertura.

Área propícia de Rorainópolis (2015);

Área propícia de Boa Vista (2025);

Área propícia de Ipiranga do Norte (2025);

Área propícia de Paranaíta (2025);

Área propícia de Jacareacanga (2025).

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REFERÊNCIAS

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