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Plano Nacional de Integração Hidroviária AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS - ANTAQ LABORATÓRIO DE TRANSPORTES E LOGÍSTICA – LABTRANS/UFSC BACIA DO PARANÁ-TIETÊ RELATÓRIO EXECUTIVO Desenvolvimento de Estudos e Análises das Hidrovias Brasileiras e suas Instalações Portuárias com Implantação de Base de Dados Georreferenciada e Sistema de Informações Geográficas Fevereiro 2013

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Plano Nacional de Integração Hidroviária

AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS - ANTAQLABORATÓRIO DE TRANSPORTES E LOGÍSTICA – LABTRANS/UFSC

BACIA DO PARANÁ-TIETÊ

RELATÓRIO EXECUTIVO

Desenvolvimento de Estudos e Análises das Hidrovias Brasileiras e suas Instalações Portuárias com Implantação de Base de Dados Georreferenciada e Sistema de Informações Geográficas

Fevereiro 2013

República Federativa do Brasil

Dilma Roussef

Presidenta da República

Secretaria de Portos (SEP)

José Leônidas Cristino

Ministro Chefe

Ministério dos Transportes

Paulo Sérgio Passos

Ministro dos Transportes

Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ)

Diretoria Colegiada

Pedro Brito (Diretor-Geral Substituto)

Fernando José de Pádua C. Fonseca (Diretor Interino)

Mário Povia (Diretor Interino)

Superintendência de Navegação Interior (SNI)

Adalberto Tokarski (Superintendente)

Superintendência de Portos (SPO)

Bruno de Oliveira Pinheiro (Superintendente Substituto)

Superintendência de Fiscalização e Coordenação (SFC)

Giovanni Cavalcanti Paiva (Superintendente)

Superintendência de Navegação Marítima e de Apoio (SNM)

André Luís Souto de Arruda Coelho (Superintendente)

Superintendência de Administração e Finanças (SAF)

Albeir Taboada Lima (Superintendente)

Bacia do Paraná-Tietê Relatório Executivo

iv ANTAQ/UFSC/LabTrans

FICHA TÉCNICA

AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS

Gerência de Desenvolvimento e Regulação da Navegação Interior (GDI) José Renato Ribas Fialho - Gerente Eduardo Pessoa de Queiroz - Coordenador Isaac Monteiro do Nascimento Gerência de Estudos e Desempenho Portuário (GED) Fernando Antônio Correia Serra - Gerente Herbert Koehne de Castro José Esteves Botelho Rabello Gerência de Portos Públicos (GPP) Samuel Ramos de Carvalho Cavalcanti – Gerente Substituto Paulo Henrique Ribeiro de Perni Camila Romero Monteiro da Silva Superintendência de Fiscalização e Controle (SFC) Frederico Felipe Medeiros Unidade Administrativa Regional do Paraná (UARPR) Fábio Augusto Giannini ENTIDADES COLABORADORAS Ministério dos Transportes (MT) Administrações Hidroviárias Unidades Administrativas Regionais da ANTAQ (UAR’s) Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) VALEC - Engenharia, Construções e Ferrovias S.A. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) Agência Nacional de Águas (ANA) Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e suas Federações Confederação Nacional do Transporte (CNT) e suas Federações Petrobras Transporte S/A (TRANSPETRO) Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (APROSOJA) Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (SOPH) Superintendência de Portos e Hidrovias do Rio Grande do Sul (SPH) Porto Fluvial de Petrolina (PE)

Relatório Executivo Bacia do Paraná-Tietê

ANTAQ/UFSC/LabTrans v

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

Roselane Neckel - Reitora Lúcia Helena Martins Pacheco- Vice-Reitora Sebastião Roberto Soares- Diretor do Centro Tecnológico Jucilei Cordini - Chefe do Departamento de Engenharia Civil Laboratório de Transportes e Logística Amir Mattar Valente - Coordenador Geral do Laboratório Equipe Técnica - Transporte e Logística Fabiano Giacobo - Coordenador Estudos André Ricardo Hadlich - Responsável Técnico Daniele Sehn - Economista André Felipe Kretzer Carlo Vaz Sampaio Felipe Souza dos Santos Gabriella Sommer Vaz Guilherme Tomiyoshi Nakao Humberto Assis de Oliveira Sobrinho Jonatas J. de Albuquerque Larissa Steinhorst Berlanda Luiz Gustavo Schmitt Marjorie Panceri Pires Natália Tiemi Gomes Komoto Priscila Lammel Fernando Seabra - Consultor Pedro Alberto Barbetta - Consultor Equipe Técnica - Tecnologia da Informação Antônio Venícius dos Santos - Coordenador Base de dados Georreferenciada Edésio Elias Lopes - Responsável Técnico Caroline Helena Rosa Guilherme Butter Demis Marques Paulo Roberto Vela Junior Sistema Luiz Claudio Duarte Dalmolin - Responsável Técnico Emanuel Espíndola Rodrigo Silva de Melo José Ronaldo Pereira Junior Sérgio Zarth Junior Leonardo Tristão Tiago Lima Trinidad Robson Junqueira da Rosa Design Gráfico Guilherme Fernandes Heloisa Munaretto Revisão de Textos Lívia Carolina das Neves Segadilha Paula Carolina Ribeiro Pedro Gustavo Rieger Renan Abdalla Leimontas

Bacia do Paraná-Tietê Relatório Executivo

vi ANTAQ/UFSC/LabTrans

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ABIQUIM Associação Brasileira da Indústria Química AHRANA Administração da Hidrovia do Paraná ALLMP América Latina Logística Malha Paulista ANTAQ Agência Nacional de Transportes Aquaviários BIT Banco de Informações e Mapas de Transporte CESP Companhia Energética de São Paulo CODOMAR Companhia Docas do Maranhão DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística LabTrans Laboratório de Transportes e Logística PAC Programa de Aceleração do Crescimento PIB Produto Interno Bruto PNLT Plano Nacional de Logística de Transportes Replan Refinaria de Paulínia SECEX Secretaria de Comércio Exterior t Toneladas TIR Taxa Interna de Retorno TMA Taxa Mínima de Atratividade TNL Transnordestina Logística UFSC Universidade Federal de Santa Catarina VPL Valor Presente Líquido

Relatório Executivo Bacia do Paraná-Tietê

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Circunscrição da Administração da Hidrovia do Paraná ............................................... 2

Figura 2 - Localização do Rio Paraná e suas barragens e eclusas ................................................. 3

Figura 3 - Localização do Rio Tietê e suas eclusas ......................................................................... 4

Figura 4 - Bacia do Paraná-Tietê: Microrregiões da Área Inicial de Estudo .................................. 6

Figura 5 - Bacia do Paraná-Tietê: Área de Influência Final ............................................................ 7

Figura 6 - Área contígua e área influência total da Hidrovia Paraná-Tietê ................................. 12

Figura 7 - Principais produtos movimentados em comércio exterior pelas regiões da área

contígua à Hidrovia Paraná-Tietê em 2010 e 2030 ................................................... 15

Figura 8 - Representação da ferrovia da América Latina Logística - Malha Paulista e da Hidrovia

Paraná - Tietê encontrando-se em Pederneiras (SP) ................................................ 22

Figura 9 - Terminais já existentes e áreas propícias de novos terminais hidroviários com ano

ótimo de abertura ..................................................................................................... 30

Figura 10 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2015 (t) ............................................................... 35

Figura 11 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2020 (t) ............................................................... 36

Figura 12 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2025 (t) ............................................................... 36

Figura 13 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2030 (t) ............................................................... 37

Figura 14 - Hidrovia do Paraná-Tietê com seus terminais existentes e áreas propícias ............. 40

Bacia do Paraná-Tietê Relatório Executivo

viii ANTAQ/UFSC/LabTrans

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Grupos de produtos .................................................................................................. 10

Quadro 2 - Cenário modal rodoviário - Hidrovia Paraná-Tietê ................................................... 23

Quadro 3 - Cenário modal ferroviário - Hidrovia Paraná-Tietê ................................................... 24

Quadro 4 - Cenário modal hidroviário - Hidrovia Paraná-Tietê .................................................. 24

Quadro 5 - Áreas propícias para instalação de novos terminais hidroviários............................. 25

Relatório Executivo Bacia do Paraná-Tietê

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Quantidade movimentada por tipo de navegação e natureza da carga ...................... 7

Tabela 2 - Quantidade movimentada por produtos ..................................................................... 8

Tabela 3 - Bacia do Paraná-Tietê: Representatividade de produtos com base no PNLT - 2004

(mil t) ............................................................................................................................................. 9

Tabela 4 - Projeção quinquenal da movimentação de cargas, por sentido de comércio exterior

e por grupo de produtos - área contígua à Hidrovia Paraná-Tietê - 2011-2030 (t) .................... 13

Tabela 5 - Projeção quinquenal da demanda de cargas, por grupo de produtos na Área de

Influência total da Hidrovia Paraná-Tietê - 2010-2030 (t) .......................................................... 16

Tabela 6 - Projeção quinquenal da carga alocada, por produtos, para a Hidrovia Paraná-Tietê -

2015-2030 (t) ............................................................................................................................... 18

Tabela 7 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2015 (t) ........................................................... 26

Tabela 8 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2020 (t) ........................................................... 27

Tabela 9 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2025 (t) ........................................................... 27

Tabela 10 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2030 (t) ......................................................... 28

Tabela 11 - Carregamento na Hidrovia do Paraná-Tietê - Fluxo 2015 (t) ................................... 31

Tabela 12 - Carregamento na Hidrovia do Paraná-Tietê - Fluxo 2020 (t) ................................... 32

Tabela 13 - Carregamento na Hidrovia do Paraná-Tietê - Fluxo 2025 (t) ................................... 33

Tabela 14 - Carregamento na Hidrovia do Paraná-Tietê - Fluxo 2030 (t) ................................... 34

Tabela 15 - Comparativo entre as áreas propícias para instalação de terminais ....................... 39

Relatório Executivo Bacia do Paraná-Tietê

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 1

2 A HIDROVIA ................................................................................................................ 1

2.1 Localização ............................................................................................................... 1

2.2 Determinação da Área de Influência ....................................................................... 5

3 IDENTIFICAÇÃO DOS PRODUTOS RELEVANTES PARA ANÁLISE .................................. 7

3.1 Grupos ............................................................................................................... 10

4 PROJEÇÃO DOS FLUXOS DE COMERCIALIZAÇÃO E TRANSPORTE ............................ 11

4.1 Resultados da projeção de demanda da área contígua à Hidrovia Paraná-Tietê .. 11

4.2 Resultados da projeção de demanda da Área de Influência total da Hidrovia Paraná-Tietê ........................................................................................................... 15

4.3 Resultados da alocação da carga total para a Hidrovia Paraná-Tietê ................... 17

5 DIAGNÓSTICO DA REDE DE TRANSPORTE ATUAL .................................................... 20

5.1 Bacia do Paraná-Tietê ............................................................................................ 20

5.2 Portos, Intermodalidade e Acessos ........................................................................ 20

6 DEFINIÇÃO DA REDE FUTURA A SER ANALISADA - NOVAS OUTORGAS DE TERMINAIS HIDROVIÁRIOS ....................................................................................... 23

6.1 Montagem dos cenários de infraestrutura ............................................................ 23

7 SIMULAÇÃO DOS PROJETOS ..................................................................................... 25

7.1 Carregamento em Terminais ................................................................................. 26

7.2 Carregamento na Hidrovia ..................................................................................... 30

8 AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE PROJETOS................................................................... 38

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 40

REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 43

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Bacia do Paraná-TietêRelatório Executivo

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS............................................................................

LISTA DE FIGURAS.....................................................................................................

LISTA DE QUADROS...................................................................................................

LISTA DE TABELAS.....................................................................................................

PREFÁCIO..................................................................................................................

vi

vii

viii

ix

xiii

SUMÁRIO

PREFÁCIO

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ – tem a honra de apresentar à

sociedade, ao setor produtivo e aos diversos órgãos governamentais o presente Plano Nacional

de Integração Hidroviária – PNIH.

Conhecer as características físico-geográficas, as demandas e ofertas de cada segmento

representativo de produção de cargas é ação primária para a geração de alternativas ao mercado

sobre onde e como investir. Dessa forma, o trabalho ora apresentado significa uma maior com-

preensão dos espaços produtivos brasileiros em relação aos movimentos de cargas, em especial,

ao setor da navegação interior.

O foco foi gerar resultados sustentados em metodologia sólida, utilizando a experiência

acadêmica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a grande vivência dos técnicos

da ANTAQ, bem como com as evidências e expectativas do mercado que hoje lida com cargas

produtivas. Dessa integração surge o PNIH, instrumento abrangente com fundamentação, base

metodológica e coerência com a realidade dos agentes produtores e transportadores de carga.

O PNIH é, portanto, fruto da integração do conhecimento acadêmico e científico, do pla-

nejamento, representado pela utilização dos dados disponíveis no Plano Nacional de Logística de

Transportes – PNLT, e das bases de dados evidenciadas na realidade do transporte de cargas na

navegação interior. Some-se a isso, sua característica dinâmica, representada pela ferramenta de

informações geográficas denominada SIGTAQ, capaz de atualizar rapidamente novas projeções,

e de responder adequadamente às variações naturais de mercados em evolução.

Contribuir com a readequação da matriz de transporte de carga e redução da emissão

de poluentes atmosféricos, indicando possíveis áreas para a instalação terminais hidroviários,

são apenas algumas das características que podem ser observadas da leitura do PNIH. Assim,

a ANTAQ disponibiliza uma ferramenta moderna, atualizada e aberta aos desafios a serem en-

frentados por aqueles que trabalham pela redução dos custos logísticos brasileiros de forma

sustentável, objetivo para o qual as hidrovias tem papel importante. Esperamos com isso, tornar

mais fácil a análise de novos investimentos, a seleção de caminhos alternativos para o transporte

de cargas, bem como colaborar com os planejadores de políticas públicas, na medida em que

poderão dispor de instrumento ágil e bem sustentado, na formulação dos instrumentos legais a

eles incumbidos.

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Bacia do Paraná-TietêRelatório Executivo

Relatório Executivo Bacia do Paraná-Tietê

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1 INTRODUÇÃO

O Relatório Executivo do estudo da Bacia do Paraná-Tietê destaca os principais resultados das análises de cenários logísticos para inserção de terminais hidroviários nas vias navegáveis que compõem a Hidrovia Paraná-Tietê. Os detalhes desse estudo constam nos cadernos de relatório técnico e de metodologia. Além dessa breve introdução, o presente relatório está organizado nos próximos oito capítulos, a saber:

Capítulo 2: A Hidrovia;

Capítulo 3: Identificação dos Produtos Relevantes para Análise;

Capítulo 4: Projeção dos Fluxos de Comercialização e Transporte;

Capítulo 5: Diagnóstico da Rede de Transporte Atual;

Capítulo 6: Definição da Rede Futura a Ser Analisada - Novas Outorgas de Terminais Hidroviários;

Capítulo 7: Simulação dos Projetos;

Capítulo 8: Avaliação Econômica de Projetos; e

Capítulo 9: Considerações Finais.

Além dos capítulos elencados nesse resumo executivo, foram disponibilizados à ANTAQ, os relatórios técnicos completos contendo tabelas com resultados mais detalhados referentes à etapa de simulação.

2 A HIDROVIA

Este capítulo do relatório traz, inicialmente, a caracterização da Bacia do Paraná-Tietê no que diz respeito às suas principais informações geográficas, como localização, principais rios e afluentes. Em seguida, apresentam-se os resultados da determinação da Área de Influência da Bacia, conforme os procedimentos detalhados no Relatório de Metodologia.

2.1 Localização

A Hidrovia Paraná-Tietê pertence à Região Hidrográfica do Paraná. O Rio Paraná e seus afluentes são administrados pela Administração da Hidrovia do Paraná (AHRANA). Essa entidade surgiu em 2008, quando foi assinado um Convênio de Apoio Técnico e Financeiro para a gestão das hidrovias e dos portos interiores nacionais com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). O objetivo do convênio é descentralizar, mediante a transferência do DNIT à Companhia Docas do Maranhão (CODOMAR), a execução das atividades de administração das hidrovias e dos serviços de infraestrutura portuária e hidroviária prestados pelo DNIT nas hidrovias do Paraná (AHRANA, 2012).

Bacia do Paraná-Tietê Relatório Executivo

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O percurso da Hidrovia Paraná-Tietê abrange os estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Goiás e sofre influência socioeconômica dos estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e Goiás (BRASIL, 2006). A Figura 1 apresenta a circunscrição da AHRANA.

Figura 1 - Circunscrição da Administração da Hidrovia do Paraná

Fonte: Elaboração própria

A seguir apresenta-se cada via navegável que compõe as hidrovias, descritas de acordo com Costa (1998).

Rio Paraná

É um rio de planalto com declive representativo, interrompido por uma série de cachoeiras e corredeiras que dificultam a livre navegação de seu curso. Ele nasce na Serra do Espinhaço e desemboca no estuário da bacia do Prata, na Argentina. Tem cerca de 2.800 quilômetros, dos quais pouco mais de 600 quilômetros localizam-se em território nacional. No caso deste estudo serão mencionados apenas os trechos situados em território brasileiro. Existem quatro barragens destinadas ao uso energético, a saber: Itaipu, Porto Primavera, Jupiá e Ilha Solteira.

As barragens de Itaipu e Ilha Solteira ainda não possuem eclusas, o que impede a navegação. Entretanto, existem projetos para sua construção, visando a efetivação da Hidrovia do MERCOSUL que liga a zona produtora de grãos à Argentina e ao Uruguai. As outras duas

Relatório Executivo Bacia do Paraná-Tietê

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barragens já possuem eclusas construídas. São navegáveis os trechos da barragem de Jupiá até a barragem de Itaipu, com extensão de 685 quilômetros. Entre Jupiá e a barragem de Ilha Solteira não existe fluxo devido à inauguração do canal Pereira Barreto, que liga o Rio Tietê ao tramo norte da hidrovia do Rio Paraná. Por fim, existe navegação entre a barragem de Ilha Solteira e a confluência dos rios Paranaíba e Grande. A seguir, na Figura 2, consta a localização do Rio Paraná e suas barragens e eclusas.

Figura 2 - Localização do Rio Paraná e suas barragens e eclusas

Fonte: Elaboração própria

Rio Tietê

Nasce na Serra do Mar, em Salesópolis (SP) e tem extensão de 1.150 quilômetros. Existem seis barragens, todas com eclusas, possibilitando a navegação em seu curso, a saber: Três Irmãos, Nova Avanhandava, Promissão, Ibitinga, Bariri, e Barra Bonita. Na década de 1950, para o aproveitamento múltiplo das águas, foi idealizada a ligação com o Rio Paraná através da construção do canal Pereira Barreto, sendo desnecessária a construção de eclusas no aproveitamento da barragem de Ilha Solteira. O trecho do município de Conchas (SP) até o encontro com as águas do Rio Paraná é navegável, com extensão de 573 quilômetros. A Figura 3 apresenta a localização do Rio Tietê com barragens e eclusas.

Bacia do Paraná-Tietê Relatório Executivo

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Figura 3 - Localização do Rio Tietê e suas eclusas

Fonte: Elaboração própria

Rio Grande

Nasce no interior de Minas Gerais, tem extensão de 1.300 quilômetros e desemboca na confluência do Rio Paranaíba, originando o Rio Paraná. Existem nove barragens nesse rio, quais sejam: Água Vermelha, Marimbondo, Porto Colômbia, Volta Grande, Igarapava, Jaguará, Estreito, Peixoto e Furnas. Seu aproveitamento é destinado apenas à obtenção de energia e, dessa forma, não existem eclusas para navegação. Atualmente, o Rio Grande é navegável apenas no trecho de 80 quilômetros, entre a confluência do Rio Paranaíba, onde forma o rio Paraná, até a barragem de Água Vermelha. A partir desse ponto seria necessária a construção de várias eclusas, canais e elevadores de embarcações. Por esse motivo não utiliza todo seu potencial.

Rio Paranaíba

Nasce na Serra Mata da Corda, no estado de Minas Gerais; tem extensão de pouco mais de 1.000 quilômetros e desemboca na junção com o rio Grande para dar origem ao rio Paraná. Existem quatro barragens, todas sem eclusas, quais sejam: São Simão, Cachoeira Dourada, Itumbiara e Emborcação. Seu projeto prevê a navegação de São Simão até a confluência dos rios Grande e Paraná, com extensão de 180 quilômetros. Devido ao fato da

Relatório Executivo Bacia do Paraná-Tietê

ANTAQ/UFSC/LabTrans 5

inexistência de eclusas a montante da represa de São Simão, sua navegação é inexpressiva e não utiliza todo o seu potencial. Entretanto, tem importância por possibilitar, no futuro, a interligação das Bacias do Paraná, do Tocantins-Araguaia e São Francisco através da abertura de canal.

Rio Paranapanema

Nasce na Serra dos Agudos, no estado de São Paulo; possui extensão de quase 930 quilômetros e desemboca no Rio Paraná. Ao longo de seu trecho, existem seis barragens, todas sem eclusas. São elas: Rosana, Taquaruçu, Capivara, Salto Grande, Xavantes e Jurumirim. O seu projeto prevê a navegação da confluência do Rio Paraná até a represa de Rosana, com extensão de 70 quilômetros. Da mesma forma que nos rios Grande e Paranaíba, seu potencial é pouco utilizado devido à inexistência de eclusas. Assim, sua navegação atualmente é inexpressiva. O aproveitamento de suas águas pode chegar até 610 quilômetros.

Rio Iguaçu

Nasce no estado do Paraná, da confluência dos rios Iraí e Atubá, na cidade de Curitiba (PR), e desemboca no Rio Paraná. Tem extensão de mais de 1.000 quilômetros. Tem seu aproveitamento voltado somente para o setor energético. Existem quatro usinas hidrelétricas, todas sem eclusas, quais sejam: Usina Governador Ney Aminthas de Barros Braga, Usina de Salto Caxias, Usina de Salto Santiago e Usina de Salto Osório. Sua navegação é realizada de forma irregular e, por esse motivo, é inexpressiva.

Rio Ivaí

Nasce no estado do Paraná, na confluência do Rio dos Patos e do Rio São João, desembocando no Rio Paraná, e tem extensão de 685 quilômetros. Não existem barramentos. Não é bem utilizado como fonte de energia ou para transportes. Sua navegação é inexpressiva. Seu trecho navegável vai do município de Doutor Camargo (PR) até a foz no Rio Paraná, com 220 quilômetros de extensão.

2.2 Determinação da Área de Influência

A Área Inicial de Estudo abrangeu uma grande área que incluía os estados de Santa Catarina, do Paraná, de São Paulo, do Mato Grosso do Sul, de Minas Gerais, de Goiás e do Mato Grosso, além do Distrito Federal. Na Figura 4, destaca-se a Bacia Paraná-Tietê e os estados, os rios e as microrregiões constituintes de sua Área Inicial de Estudo. Também estão ilustrados os rios Paranaíba, Paraná, Grande, Tietê e Piracicaba. Os procedimentos utilizados para a determinação da Área de Influência encontram-se no Relatório de Metodologia, assim como mais detalhes da aplicação encontram-se no Relatório Técnico desta Bacia.

Bacia do Paraná-Tietê Relatório Executivo

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Figura 4 - Bacia do Paraná-Tietê: Microrregiões da Área Inicial de Estudo

Fonte: Elaboração própria

Na Figura 5, observa-se a Área de Influência Final da Hidrovia Tietê-Paraná. A área resultante centra-se em São Paulo e estende-se pelos estados vizinhos, incluindo parte considerável de Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso do Sul, além de trechos menores em Goiás e Santa Catarina. O estado do Mato Grosso, apesar de fazer parte da Área Inicial de Estudo, acabou não sendo incluído nessa área final. A Área de Influência Final segue aproximadamente o traçado da Hidrovia Paraná-Tietê, estendendo-se até alguns trechos no Paraná e em Santa Catarina.

Relatório Executivo Bacia do Paraná-Tietê

ANTAQ/UFSC/LabTrans 7

Figura 5 - Bacia do Paraná-Tietê: Área de Influência Final

Fonte: Elaboração própria

3 IDENTIFICAÇÃO DOS PRODUTOS RELEVANTES PARA ANÁLISE

De acordo com o “Relatório das Estatísticas da Navegação Interior”, da ANTAQ (2011), a Hidrovia Paraná-Tietê integra as regiões produtoras de grãos, cana-de-açúcar e etanol até o alto Tietê, a partir de onde a carga tem acesso aos centros consumidores e aos portos marítimos através de rodovias, ferrovias e dutos.

Em 2010, a hidrovia movimentou cerca de 5,8 milhões de toneladas, o equivalente a 23,33% do total movimentado pelas hidrovias brasileiras utilizando navegação interior, praticamente toda relativa a graneis sólidos. A Tabela 1 indica a quantidade movimentada por tipo de navegação e natureza de carga.

Tabela 1 - Quantidade movimentada por tipo de navegação e natureza da carga

Fonte: ANTAQ (2011)

Carga Geral (t) Granel Líquilo (t) Granel Sólido (t)

Interior 6.432 - 5.769.895 5.776.327Estadual - - 2.589.409 2.589.409

Interestadual - - 2.936.832 2.936.832Internacional 6.432 - 243.654 257.086Cabotagem - - - -Longo Curso - - - -

Tipo de NavegaçãoNatureza da Carga

Total

Bacia do Paraná-Tietê Relatório Executivo

8 ANTAQ/UFSC/LabTrans

Na Tabela 2 encontram-se dispostos os valores movimentados referentes a cada produto que é transportado pela hidrovia.

Tabela 2 - Quantidade movimentada por produtos

Fonte: ANTAQ (2011)

Seguindo os procedimentos detalhados no Relatório de Metodologia, foram encontrados os totais por produto da matriz do Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT) para a Área de Influência da Bacia do Paraná-Tietê e a representatividade destes. Na Tabela 3 estão destacados os produtos considerados relevantes, que somam 90% do total da movimentação.

GRUPO DE MERCADORIA QUANTIDADE (t) HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ (%) HIDROVIAS BRASIL (%)Enxofre, Terras e Pedras, Gesso e

Cal2.436.954 42,20 96,48

Soja 1.149.982 19,90 27,99Produtos Hortículas, Plantas,

Raízes e Tubérculos1.121.057 19,40 100,00

Milho 536.563 9,30 51,83Farelo de Soja 341.009 5,90 52,45

Açúcar 85.367 1,50 100,00Fertilizantes e Adubos 57.667 1,00 19,66

Outros 47.729 0,80 3,77TOTAL 5.776.327 100,00 -

Relatório Executivo Bacia do Paraná-Tietê

ANTAQ/UFSC/LabTrans 9

Tabela 3 - Bacia do Paraná-Tietê: representatividade de produtos com base no PNLT - 2004 (mil t)

Fonte: Dados do PNLT (documento reservado)

Produto Fluxo 2004 % % acumuladaCana-de-açúcar 315889,75 36,466% 36,466%Carga geral 124537,62 14,376% 50,842%Minerais não metálicos 53949,1 6,228% 57,070%Petróleo e gás natural 49918,33 5,763% 62,833%Produtos da exploração florestal e da silvicultura 24919,7748 2,877% 65,710%Milho em grão 24761,25 2,858% 68,568%Óleos de milho, amidos e féculas vegetais e rações 23764,74 2,743% 71,311%Produtos das usinas e do refino de açúcar 20044,28 2,314% 73,625%Soja em grão 19944,79 2,302% 75,928%Óleo diesel 19767,62 2,282% 78,210%Produtos químicos inorgânicos 18513 2,137% 80,347%Outros produtos e serviços da lavoura 17359,19 2,004% 82,351%Frutas cítricas 17331,58 2,001% 84,351%Óleo de soja em bruto e tortas, bagaços e farelo de soja 15035,4 1,736% 86,087%Cimento 11510,91 1,329% 87,416%Leite de vaca e de outros animais 10165,28 1,173% 88,589%Outros produtos do refino de petróleo e coque 9310,3 1,075% 89,664%Álcool 9143,03 1,055% 90,719%Óleo combustível 8031,23 0,927% 91,647%Gasolina automotiva 7708,91 0,890% 92,537%Gasoálcool 6153,05 0,710% 93,247%Semiacabacados, laminados planos, longos e tubos de aço 6103,2 0,705% 93,951%Carne de aves fresca, refrigerada ou congelada 5713,74 0,660% 94,611%Bovinos e outros animais vivos 4777,7204 0,552% 95,162%Minério de ferro 3690,96 0,426% 95,589%Produtos químicos orgânicos 3504,33 0,405% 95,993%Celulose e outras pastas para fabricação de papel 3437,57 0,397% 96,390%Trigo em grão e outros cereais 3007,49 0,347% 96,737%Abate e preparação de produtos de carne 2944,68 0,340% 97,077%Farinha de trigo e derivados 2597,15 0,300% 97,377%Gás liquefeito de petróleo 2478,8799 0,286% 97,663%Óleo de soja refinado 2338,1 0,270% 97,933%Minerais metálicos não ferrosos 2060,9 0,238% 98,171%Gusa e ferro-ligas 1922,4 0,222% 98,393%Fabricação de resina e elastômeros 1890,48 0,218% 98,611%Farinha de mandioca e outros 1761,94 0,203% 98,814%Café em grão 1300,58 0,150% 98,965%Carne de suíno fresca, refrigerada ou congelada 1270,28 0,147% 99,111%Automóveis, camionetas e utilitários 1231,459 0,142% 99,253%Aves vivas 1089,76 0,126% 99,379%Suínos vivos 1003,46 0,116% 99,495%Arroz beneficiado e produtos derivados 939,96 0,109% 99,603%Algodão herbáceo 792,3 0,091% 99,695%Arroz em casca 767,24 0,089% 99,784%Mandioca 701,858 0,081% 99,865%Café torrado e moído 417,55 0,048% 99,913%Ovos de galinha e de outras aves 272,55 0,031% 99,944%Pesca e aquicultura 120,07 0,014% 99,958%Café solúvel 113,03 0,013% 99,971%Fumo em folha 90,75 0,010% 99,982%Carvão mineral 78,05 0,009% 99,991%Produtos do fumo 69,63 0,008% 99,999%Caminhões e ônibus 11,9233 0,001% 100,000%TOTAL 866.259,13 100,000% 100,000%

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Ao contrário dos estudos sobre a Bacia do São Francisco e da Amazônia, por exemplo, para o estudo da Bacia do Paraná-Tietê a cana-de-açúcar foi considerada, uma vez que este é um produto importante para essa bacia.

3.1 Grupos

Os produtos selecionados para o estudo da Bacia do Paraná-Tietê (e igualmente para as demais bacias) foram reunidos em cinco grupos distintos, de acordo com o acondicionamento das cargas e/ou valores dos fretes para que a simulação pudesse ser realizada de forma satisfatória. O Quadro 1 apresenta os cinco agrupamentos.

Quadro 1 - Grupos de produtos

Fonte: Elaboração própria

AlimentíciosCarga geralBovinos e outros animais vivosCarne bovinaCarne de avesCarne suínaCelulose e outras pastas para fabricação de papel (papel e celulose)CerâmicosDerivados de ferroFumoMadeirasMateriais elétricosProdutos cerâmicosProdutos da exploração florestal e da silviculturaReatores e equipamentosSemi-acabacados, laminados planos, longos e tubos de açoTêxteis e calçadosDerivados de petróleoEtanolOutros produtos do refino de petróleo e coquePetróleo e gás naturalSuco de laranjaLeite de vaca e de outros animaisÓleo de soja em bruto e tortas, bagaços e farelo de sojaÓleos de milho, amidos e féculas vegetais e raçõesAdubosCarvão mineralCimentoGusa e ferro-ligasMinerais metálicos não ferrososMinerais não metálicosMinério de ferroProdutos químicos inorgânicosSalAçúcarCereaisArroz beneficiado e produtos derivadosArroz em cascaCafé em grãoCana-de-açúcarCereaisMilho em grãoOutros produtos e serviços da lavouraProdutos das usinas e do refino de açúcarSoja em grãoTrigo em grão e outros cereais

GRUPO 4 Granel Sólido

GRUPO 3 Granel Líquido

Agrícola

GRUPO 2 Granel Líquido

GRUPO 1 Carga Geral

GRUPO 5 Granel Sólido

Agrícola

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4 PROJEÇÃO DOS FLUXOS DE COMERCIALIZAÇÃO E TRANSPORTE

Este capítulo do relatório trata da caracterização socioeconômica da Área de Influência, dos resultados das projeções de demanda da Área de Influência e do resultado da alocação da carga total da Hidrovia Paraná-Tietê. As projeções de demanda referem-se a todas as cargas movimentadas, em qualquer modal de transporte, na Área de Influência da hidrovia. Uma vez obtida a estimativa do total da carga, a malha de transporte é carregada e obtém-se, por minimização de custos logísticos, a carga alocada à Hidrovia Paraná-Tietê.

4.1 Resultados da projeção de demanda da área contígua à Hidrovia Paraná-Tietê

Neste item descrevem-se os resultados obtidos a partir do modelo de expansão de demanda para as microrregiões contíguas à Hidrovia Paraná-Tietê, atentando para o fato de que não se trata de uma projeção de movimentação da hidrovia, mas sim de sua área contígua. A Figura 6 ilustra as regiões da chamada área contígua à hidrovia, bem como a Área de Influência total da Hidrovia Paraná-Tietê.

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Figura 6 - Área contígua e área influência total da Hidrovia Paraná-Tietê

Fonte: Elaboração própria A Tabela 4 sintetiza os principais produtos movimentados na área contígua à hidrovia

no ano de 2010 e suas respectivas projeções para o período 2011-2030.

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Tabela 4 - Projeção quinquenal da movimentação de cargas, por sentido de comércio exterior e por grupo de produtos - área contígua à Hidrovia Paraná-Tietê - 2011-2030 (t)

Fonte: BRASIL (2012a)

Espera-se um crescimento da demanda de 122.852 milhões de toneladas, em 2010, para 236.425 milhões em 2030, o que significa um crescimento de 92%. As importações devem crescer, no mesmo período, 89%, saindo de mais de 50 milhões de toneladas em 2010 para quase 95 milhões em 2030, enquanto as exportações devem crescer aproximadamente 95%, saindo de quase 73 milhões de toneladas em 2010 para 141 milhões em 2030.

Produtos Importação 2010 2015 2020 2025 2030Produto das Indústrias Químicas (t) 8.063.426 9.238.068 12.557.294 17.385.369 17.235.167 Minérios, Metais, Produtos Metalúrgicos e Pedras Preciosas (t) 8.058.484 10.643.574 12.950.576 14.774.193 16.326.442 Adubos e Fertilizantes (t) 7.114.821 6.201.432 9.188.821 12.509.190 15.349.277 Petróleo (t) 7.044.956 10.733.510 11.458.057 12.278.667 12.817.617 Derivados de Petróleo (t) 5.975.241 6.367.049 5.997.485 6.091.410 6.069.339 Derivados de Ferro (t) 3.167.633 3.068.761 4.262.467 5.314.794 5.929.152 Trigo (t) 2.335.787 2.470.378 2.542.630 2.543.705 2.543.720 Produtos Alimentícios (t) 1.827.697 1.555.848 3.136.561 4.045.576 4.281.205 Reatores Nucleares, Caldeiras, Máq., Aparelhos e Instr. Mecânicos (t) 1.148.123 1.336.912 1.953.927 2.786.263 3.694.095 Cereais (Exceto Trigo e Milho) (t) 1.108.451 1.562.531 1.748.529 1.852.505 1.935.634 Papel (t) 1.030.324 1.268.106 1.602.386 1.982.397 2.366.284 Sal (t) 874.567 1.055.294 1.123.683 1.206.826 1.316.874 Têxteis, Calçados e Couro (t) 834.068 1.268.059 1.699.216 2.118.454 2.604.057 Produtos Cerâmicos, Vidros e suas Obras (t) 648.972 676.761 742.814 1.026.158 1.037.956 Autopeças (t) 522.707 564.037 624.919 707.364 729.960 Celulose (t) 348.022 437.177 481.465 544.715 572.779 Total Importação (t) 50.103.278 58.447.498 72.070.831 87.167.584 94.809.558

Produtos Exportação 2010 2015 2020 2025 2030Açúcar (t) 24.307.467 28.095.279 39.849.794 47.546.749 53.630.085 Grão de Soja (t) 13.441.845 15.945.431 16.928.777 17.457.878 17.801.889 Farelo de Soja (t) 5.986.375 7.057.793 7.388.476 7.394.184 7.394.271 Milho (t) 5.002.694 4.134.875 3.542.246 2.900.712 2.839.813 Carne de Aves (t) 2.632.314 3.148.311 4.212.091 4.295.011 4.396.194 Produtos Alimentícios (t) 2.473.550 2.740.440 2.999.842 3.140.051 3.258.712 Derivados de Ferro (t) 2.282.339 3.822.541 4.216.349 4.243.030 4.244.531 Celulose (t) 1.989.865 1.664.093 2.481.651 3.446.601 4.759.379 Suco de Laranja (t) 1.942.706 2.437.079 2.716.921 2.703.477 2.780.867 Papel (t) 1.836.372 1.568.118 1.568.118 1.568.118 1.568.118 Produto das Indústrias Químicas (t) 1.502.346 1.490.084 2.070.605 2.683.257 3.185.794 Café (t) 1.415.530 1.084.497 1.098.190 1.100.933 1.101.163 Etanol (t) 1.400.193 4.975.957 8.220.253 13.546.942 22.411.398 Minérios, Metais, Produtos Metalúrgicos e Pedras Preciosas (t) 1.274.419 1.580.323 1.564.086 1.613.442 1.639.443 Derivados de Petróleo (t) 1.128.489 2.578.846 2.643.667 2.644.212 2.644.216 Madeiras, suas Manufaturas e Mobiliário Médico Cirúrgico (t) 942.846 1.469.178 1.675.098 1.674.716 1.714.305 Trigo (t) 754.416 466.654 466.747 466.747 466.747 Óleo de Soja (t) 692.907 1.245.622 1.437.185 1.518.461 1.688.910 Produtos Cerâmicos, Vidros e suas Obras (t) 656.916 813.186 1.290.883 1.529.247 1.711.831 Carne Bovina (t) 552.748 602.266 956.270 1.015.396 1.024.417 Reatores Nucleares, Caldeiras, Máq., Aparelhos e Instr. Mecânicos (t) 532.476 348.544 558.902 858.375 1.353.041 Total Exportação (t) 72.748.812 87.269.116 107.886.151 123.347.539 141.615.124

Total (t) 122.852.090 145.716.614 179.956.983 210.515.123 236.424.682

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Pode-se, ainda, inferir sobre a composição do comércio exterior da região contígua à Hidrovia Paraná-Tietê, que deve permanecer semelhante a 2010 ao final do período projetado. Ou seja, as exportações, que em 2010 representavam 59,2% do comércio exterior da região, devem representar 59,9% em 2030.

A partir da análise dos principais produtos importados pela área contígua à hidrovia apresentados na Tabela 4, fica evidente a grande relevância dos produtos químicos, dos minérios, metais e demais produtos metalúrgicos e dos adubos e fertilizantes como cargas de importação. Esses três principais produtos de importação ganharam participação no total importado pela área considerada ao longo do período projetado. Em 2030, essas mesmas cargas continuam sendo as que possuem maior representatividade na movimentação. Cabe ressaltar que não se espera queda na movimentação de nenhuma dessas cargas.

Ainda observando as cargas de importação, pode-se inferir que há uma expectativa de queda da participação de derivados de petróleo nas importações totais. Embora a projeção seja de crescimento da demanda, de 5,9 milhões em 2010 para 6,1 milhões em 2030, a participação deve cair de 11,9% para 6,4%. A menor taxa de crescimento dessa carga, 2% em todo o período, pode ser justificada pelo fato de o Brasil estar desenvolvendo novas tecnologias para a prospecção de petróleo já existente, assim como pelos novos campos encontrados recentemente. Além disso, outro fator que influencia essa tendência decrescente de participação é o aumento gradativo do preço do barril de petróleo: de 2010 para 2011, por exemplo, o barril de petróleo passou de US$ 82 para US$ 117, e em 2012 esse valor já chega a US$ 125 (valores em US$/bep FOB) (BRASIL, 2012).

Dentre os principais produtos exportados, pode-se destacar o açúcar como predominante, seguido do grão de soja. A exportação de açúcar, como prevalecente na movimentação de cargas, aumentou de 33,4%, em 2010, para 37,9% na projeção de 2030. Em termos absolutos deve haver um aumento da quantidade movimentada de açúcar de mais de 29 milhões de toneladas de 2010 para 2030.

As exportações de grão de soja sofrerão redução da participação relativa, já que em 2010 correspondiam a 18,5% do total, enquanto que em 2030 correspondem a 12,6%. O produto cuja projeção de demanda apresenta maior taxa de crescimento é o etanol, e suas exportações devem crescer a 1.501% entre 2010 e 2030. Exportações de máquinas e equipamentos também apresentam elevada taxa de crescimento, 154% no período projetado.

Alguns produtos apresentaram taxas negativas, como é o caso das exportações de café (-22%), do milho (-43%), do papel (-15%) e do trigo (-38%). A Figura 7 relaciona os principais produtos movimentados na Hidrovia Paraná-Tietê em 2010 e previstos para 2030.

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* A legenda “Outros” inclui: Trigo; Papel; Carne de Aves; Celulose; Suco de laranja; Reatores nucleares, Caldeiras, Máquinas, Aparelhos e Instrumentos

Mecânicos; Café; Produtos Cerâmicos, Vidros e suas Obras; Cereais (Exceto Trigo e Milho); Madeiras, suas Manufaturas e

Mobiliário Médico Cirúrgicos; Sal; Têxteis, Calçados e Couro; Óleo de soja; Carne bovina e Autopeças.

Figura 7 - Principais produtos movimentados em comércio exterior pelas regiões da área contígua à Hidrovia Paraná Tietê em 2010 e 2030

Fonte: BRASIL (2012a)

Analisando o gráfico de participação relativa é possível inferir que as participações dos produtos no total da movimentação das regiões contíguas à hidrovia não sofrem alteração significativa na maioria dos casos. O açúcar, principal produto movimentado na área contígua com participação de 20% em 2010, passa para 23% em 2030. Ao contrário, o complexo de soja (grão, farelo e óleo), segundo principal produto, apesar de não perder posição, perde marketshare, de 16% em 2010 para 11% em 2030.

Percebe-se que o marketshare da movimentação de etanol é o que mais aumenta em relação aos demais. Em 2010, esse produto foi responsável por 1% da movimentação e passa a ser o terceiro principal produto em 2030, com participação de 9%. As características dos principais produtos, as movimentações previstas e suas condicionantes estão descritas a seguir.

4.2 Resultados da projeção de demanda da Área de Influência total da Hidrovia Paraná-Tietê

Após o detalhamento dos resultados da projeção da área contígua à Hidrovia Paraná-Tietê, pode-se agregá-los à projeção inicial do PNLT, ou seja, as projeções para as microrregiões do PNLT da região contígua são substituídas pela projeção da mesma área calculada pela metodologia alternativa, enquanto a projeção do restante das microrregiões da Área de Influência continua inalterada. Como descrito na metodologia, a mesclagem dessas duas projeções resulta na projeção modificada da demanda total das microrregiões consideradas como potencial de carga.

20%

11%

8%

8%6%6%

6%

5%

4%

3%

4%

1%

18%

2010Açúcar (t)

Grão de Soja (t)

Produto das Indústrias Químicas (t)

Minérios, Metais, Produtos Metalúrgicos e Pedras Preciosas (t)

Adubos e Fertilizantes (t)

Derivados de Petróleo (t)

Petróleo (t)

Farelo de Soja (t)

Derivados de Ferro (t)

Produtos Alimentícios (t)

Milho (t)

Etanol (t)

Outros (t)*

23%

8%

9%

8%6%4%

5%

3%

4%

3%1%

9%

17%

2030Açúcar (t)

Grão de Soja (t)

Produto das Indústrias Químicas (t)

Minérios, Metais, Produtos Metalúrgicos e Pedras Preciosas (t)Adubos e Fertilizantes (t)

Derivados de Petróleo (t)

Petróleo (t)

Farelo de Soja (t)

Derivados de Ferro (t)

Produtos Alimentícios (t)

Milho (t)

Etanol (t)

Outros (t)*

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Os resultados quinquenais dessa projeção total estão apresentados na Tabela 5. Por razões de processamento (diferentes classificações de produtos entre ANTAQ e PNLT), essa tabela não apresenta grupos de produtos iguais aos da área contígua, dispostos na Tabela 4.

Tabela 5 - Projeção quinquenal da demanda de cargas, por grupo de produtos na Área de Influência total da Hidrovia Paraná-Tietê - 2010-2030 (t)

Fonte: BRASIL (2012a); dados do PNLT (documento reservado)

Após análise da Tabela 5, pode-se inferir que as cargas de maior movimentação na área de influência total da Hidrovia Paraná-Tietê são as cargas gerais. Representam 21% do total dos principais produtos movimentados em 2010. Sua projeção para 2030 apresenta um aumento nesse percentual de participação, passando a compor 24% do total movimentado desses produtos.

A elevada demanda de produtos de cargas gerais e contêineres é justificada pelas características da área de influência da Hidrovia Paraná-Tietê, que é composta por regiões bastante desenvolvidas, com indústrias diversas de produtos manufaturados, de alta tecnologia e de maior valor agregado.

Produtos 2010 2015 2020 2025 2030Carga geral 128.839.250 145.546.845 173.660.246 243.125.655 370.243.449 Petróleo e gás natural 96.077.889 103.017.375 106.077.165 98.283.480 121.484.330 Minerais não metálicos 61.973.355 76.297.336 91.846.352 125.255.806 199.173.133 Produtos da exploração florestal e da silvicultura 36.184.334 39.722.627 49.016.047 64.461.013 91.495.091 Produtos químicos inorgânicos 34.701.946 41.764.720 48.767.814 61.426.915 75.083.184 Óleos de milho, amidos e féculas vegetais e rações 25.542.947 34.038.304 41.342.589 57.669.384 97.832.915 Açúcar 24.307.466 28.095.279 39.849.794 47.546.749 53.630.085 Soja em grão 23.624.249 30.229.324 32.909.872 38.446.371 61.429.868 Outros produtos e serviços da lavoura 19.421.792 24.370.319 30.313.053 44.241.134 69.244.886 Óleo diesel 18.650.152 21.830.066 24.148.159 29.031.318 36.581.319 Cimento 18.587.883 20.961.582 24.923.141 29.725.582 38.647.079 Milho em grão 16.307.341 16.554.559 17.564.139 22.082.506 43.031.190 Óleo de soja em bruto e tortas, bagaços e farelo de soja 12.141.081 14.774.451 16.323.233 28.111.600 57.842.754 Gasoálcool 11.624.352 12.605.777 14.343.899 17.801.567 23.554.441 Leite de vaca e de outros animais 11.174.409 11.940.369 15.180.166 22.680.860 38.105.055 Outros produtos do refino de petróleo e coque 9.436.257 12.952.061 13.780.860 15.069.551 17.418.562 Minérios e metais 8.058.483 10.643.570 12.950.573 14.774.191 16.326.441 Adubos e fertilizantes 7.114.821 6.201.432 9.188.821 12.509.189 15.349.277 Óleo combustível 5.681.946 4.750.308 5.193.455 6.293.348 8.624.039 Derivados de ferro 5.449.969 6.891.298 8.478.815 9.557.823 10.173.682 Papel e celulose 5.204.576 4.937.490 6.133.616 7.541.827 9.266.554 Gasolina automotiva 4.566.762 4.456.549 4.889.474 6.345.519 9.729.758 Alimentos 4.301.245 4.296.286 6.136.402 7.185.626 7.539.916 Trigo em grão e outros cereais 3.090.203 2.937.032 3.009.378 3.010.453 3.010.467 Carne de aves 2.632.314 3.148.311 4.212.090 4.295.010 4.396.193 Suco de Laranja 1.942.705 2.437.079 2.716.920 2.703.477 2.780.867 Máquinas e Equipamentos 1.680.593 1.685.451 2.512.824 3.644.633 5.047.133 Café 1.415.529 1.084.493 1.098.187 1.100.930 1.101.161 Etanol 1.400.193 4.975.957 8.220.253 13.546.942 22.411.398 Produtos cerâmicos 1.305.881 1.489.938 2.033.688 2.555.397 2.749.780 Minério de ferro 1.274.417 1.580.321 1.564.084 1.613.440 1.639.441 Cereais 1.108.451 1.562.531 1.748.529 1.852.505 1.935.634 Madeira 942.846 1.469.177 1.675.097 1.674.715 1.714.304 Sal 874.567 1.055.293 1.123.681 1.206.826 1.316.873 Têxteis e calçados 834.065 1.268.058 1.699.215 2.118.452 2.604.056 Gás liquefeito de petróleo 681.203 786.869 963.283 1.345.194 2.007.959 Carne bovina 552.747 602.265 956.269 1.015.395 1.024.417

Total 608.708.218 702.960.701 826.551.187 1.050.850.382 1.525.546.691

Relatório Executivo Bacia do Paraná-Tietê

ANTAQ/UFSC/LabTrans 17

Um resultado importante é a queda da participação da demanda de petróleo e gás natural na área de influência da hidrovia, o que pode estar relacionado à tendência de maior autonomia brasileira no ramo petrolífero nos próximos anos. É importante frisar que, apesar de reduzir sua participação relativa, a quantidade demandada aumenta.

Os minerais não metálicos, terceira principal carga da região de influência, ganham participação relativa, passando de 10%, em 2010, para 14% em 2030. Quase todos os produtos apresentam acréscimo de movimentação ao longo do período analisado, exceto o café e o trigo. Cabe ressaltar que o etanol, apesar de apresentar grande aumento em sua movimentação entre 2010 e 2030, apresenta pequena participação na quantidade total movimentada em 2030, cerca de 1%.

4.3 Resultados da alocação da carga total para a Hidrovia Paraná-Tietê

Os itens anteriores apresentaram a estimativa da projeção de demanda de carga para a Área de Influência da Hidrovia Paraná-Tietê - a qual é resultado da projeção do PNLT (interpolada e ajustada para os novos horizontes de planejamento) e de uma nova estimativa para a movimentação de cargas na denominada área contígua à hidrovia (obtida a partir de fluxos de comércio exterior).

A partir dessa movimentação total de carga na área de influência, o passo seguinte, em termos de perspectivas da hidrovia, é proceder à alocação da carga no modal mais eficiente, considerando a origem e o destino da carga. O capítulo 9 (Simulação dos Projetos) do Relatório de Metodologia relata o procedimento de carregamento da malha de transporte, o qual segue o princípio de minimização do custo logístico. De acordo com esse princípio, todas as cargas projetadas na área total de influência da Hidrovia Paraná-Tietê são alocadas ao modal mais eficiente do ponto de vista do custo logístico.

A Tabela 6 apresenta os resultados da alocação da projeção de demanda com a carga alocada na hidrovia durante a etapa de simulação. Tais resultados referem-se à movimentação total da Hidrovia Paraná-Tietê considerando os diferentes horizontes de planejamento. É importante notar que esta é a carga total transportada pela hidrovia em cada ano, independentemente da distância percorrida. Isto é, a carga alocada refere-se ao volume total transportado em toneladas indistintamente da origem e destino1. No capítulo 9 deste relatório serão apresentados os resultados de carregamento organizados por terminais, por grupo de produto e por trecho de hidrovia.

1Uma alternativa é ponderar o volume transportado pela distância percorrida e referir o resultado em tku

(tonelada-quilômetro útil). Esse procedimento está além do escopo deste estudo e dificultaria a comparação da carga alocada com a demanda projetada.

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Tabela 6 - Projeção quinquenal da carga alocada, por produtos, para a Hidrovia Paraná-Tietê – 2015-2030 (t)

Fonte: BRASIL (2012a); dados do PNLT (documento reservado)

De acordo com a Tabela 6, pode-se concluir que as principais cargas que devem ser movimentadas na Hidrovia Paraná-Tietê, em 2015, são açúcar, cargas gerais e produtos do complexo da soja. Atualmente, de acordo com dados da ANTAQ (2011), areia, produtos do complexo da soja e cana-de-açúcar são as principais cargas movimentadas na hidrovia, mas também há movimentação de açúcar.

Os graneis agrícolas estão entre as cargas com maior potencial de movimentação na Hidrovia Paraná-Tietê. Açúcar, soja e milho estão entre os cinco produtos mais movimentados na alocação para a hidrovia em 2030. A rápida expansão de soja e milho está associada tanto à existência de unidades de beneficiamento desses grãos em regiões de influência desta bacia quanto à integração desta com uma solução logística de exportação. Já a expansão da movimentação do açúcar, que se mantém como a principal carga transportada pela hidrovia

Produtos 2015 2020 2025 2030Açúcar 4.731.227 6.080.045 10.214.843 9.032.763 Carga geral 2.998.189 2.918.869 4.967.743 7.307.406 Soja em grão 1.924.384 2.109.240 3.331.010 5.808.100 Milho em grão 1.257.781 1.531.764 1.889.679 5.125.397 Papel e celulose 1.674.658 2.298.686 3.047.299 4.027.102 Etanol 1.555.688 1.221.901 2.046.632 2.783.625 Produtos da exploração florestal e da silvicultura 1.804.046 1.605.405 1.833.386 2.455.632 Óleo de soja em bruto e tortas, bagaços e farelo de soja 1.533.342 1.395.355 1.646.028 2.163.140 Minerais não metálicos 4.361.032 3.031.813 2.079.640 2.136.101 Derivados de Ferro 382.645 962.480 1.825.085 2.124.530 Outros produtos e serviços da lavoura 423.068 495.205 991.980 1.609.961 Produtos cerâmicos 507.080 873.695 1.039.597 1.109.401 Carne de aves 506.346 986.316 1.057.477 1.085.747 Cereais 411.700 481.957 513.524 532.004 Alimentos 321.745 385.603 443.249 457.448 Carne bovina 264.256 372.829 403.043 379.130 Reatores e equipamentos 28.356 40.412 237.485 315.252 Leite de vaca e de outros animais 55.943 84.526 147.747 312.571 Óleos de milho, amidos e féculas vegetais e rações 288.011 299.293 270.892 310.351 Produtos químicos inorgânicos 170.317 189.308 249.674 303.531 Outros produtos do refino de petróleo e coque 266.495 227.310 204.630 186.443 Têxteis e calçados 89.602 110.862 149.679 182.048 Adubos 70.712 97.917 122.464 170.110 Suco de laranja 158.583 163.735 164.077 167.248 Minério de ferro 98.678 100.771 108.726 109.285 Trigo em grão e outros cereais 85.641 83.458 100.884 100.886 Minérios e metais 46.154 44.292 71.937 72.253 Gasoálcool 69.300 50.973 60.220 71.456 Óleo diesel 89.830 51.856 54.620 65.806 Madeira 25.940 29.081 41.622 42.374 Gás liquefeito de petróleo 7.781 8.419 10.140 23.408 Petróleo e gás natural 7.220 20.054 22.371 22.432 Café 8.231 15.776 17.626 16.825 Óleo combustível 2.640 4.387 6.740 9.736 Sal 29 31 461 503 Gasolina automotiva - - - - Cimento 94.160 131.216 90.180 -

Total 26.320.810 28.504.840 39.462.391 50.620.005

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até 2025, pelo menos, é decorrência principalmente do mercado externo, que deve continuar fortemente aquecido devido à consolidação de mercados emergentes.

Os produtos do complexo da soja já são, atualmente, movimentados na hidrovia, sendo o grão o principal deles. Em 2010, foram movimentados 1,1 milhão de toneladas de grãos e 341.000 de farelo. Não houve movimentação de óleo de soja. É previsto um aumento absoluto significativo na demanda de farelo e óleo de soja na hidrovia. Em 2015, calcula-se que alcançará 1,5 milhão de toneladas, já para 2030, projetou-se aproximadamente 2,2 milhões de toneladas. Todavia, em termos relativos resultou em uma diminuição de participação de 6%, em 2015, para 4% em 2030. Já a movimentação de grão de soja deverá ser pouco mais de 1,9 milhão de toneladas em 2015 e mais de 5,8 milhões em 2030. Este último deverá obter um ganho expressivo de participação, passando de 7% em 2015 para 11% em 2030.

Outro produto que também já é movimentado na Hidrovia Paraná-Tietê e que deve apresentar crescimento bastante acima da media é o milho. Em 2010 foram mais de 536.000 toneladas movimentadas. A projeção é de que em 2015 a hidrovia movimente mais de 1,2 milhão de toneladas e mais de 5,1 milhões em 2030.

A cana-de-açúcar é, atualmente, uma das principais cargas. De acordo com dados da ANTAQ (2011), em 2010 foram movimentadas 1,1 milhão de toneladas na Hidrovia Paraná-Tietê. Essa carga está inclusa na denominação “Produtos da exploração florestal e da silvicultura” na Tabela 3 (no item 3) e deve reduzir em certa medida sua participação no total da hidrovia, de 7% em 2015 para 5% em 2030.

Papel e celulose serão cargas novas importantes à hidrovia, e essa demanda pode ser justificada pela proximidade de fábricas das empresas Fibria, Eldorado e International Paper nas margens da hidrovia, mais especificamente na cidade de Três Lagoas (MS). Foi projetada uma demanda de 1,675 milhões de toneladas para 2015, o que representa 6% da demanda total da hidrovia neste ano. Para 2030, a projeção resulta em um crescimento da participação para 8%.

Outro produto importante é o etanol, que será transportado na hidrovia pela Transpetro a partir de 2013. A carga sairá de São Simão, Presidente Epitácio e Araçatuba até a Refinaria de Paulínia (SP). Já em 2015, espera-se que a hidrovia movimente mais de 1,5 milhões de toneladas, representando 5,9% da demanda total. Para 2030, a projeção é de quase 2,8 milhões de toneladas, um acréscimo de 79% em termos absolutos. Porém, em termos relativos, observa-se uma redução na participação de etanol na demanda total da hidrovia, passando a representar 5,5%.

Cabe ressaltar que, embora em 2015 haja um grande potencial de movimentação de minerais não metálicos, cuja projeção de demanda é de 4,361 milhões de toneladas, espera-se que esta apresente queda de 51% até 2030. Há, ainda, a expectativa de demanda de derivados de ferro. Foi projetado pouco mais de 382.000 toneladas para 2015. Já para 2030, a projeção resultou em aumento de 455%, chegando em 2,125 milhões de toneladas.

Outros produtos de refino de petróleo e óleo diesel deverão apresentar movimentação em 2015, porém em queda até 2030. As projeções indicam que, em 2030, a principal carga da

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hidrovia devem ser as cargas gerais movimentadas em contêineres, representando 19,5% do total alocado neste ano, seguidas pelo açúcar, soja e milho em grãos. Porém, juntos, nesse mesmo ano, os graneis agrícolas significam 37,1%, sendo, portanto, o grupo de produtos mais importante na Hidrovia Paraná-Tietê durante todo o período de análise.

Na Tabela 6 é possível, ainda, identificar produtos totalmente novos à hidrovia, principalmente produtos manufaturados como cargas gerais, cerâmicos, máquinas e equipamentos, têxteis e calçados e suco de laranja. O potencial de movimentação desses produtos está relacionado, como já exposto anteriormente, às características econômicas da área de influência da Hidrovia Paraná-Tietê, que é bastante industrializada.

5 DIAGNÓSTICO DA REDE DE TRANSPORTE ATUAL

Neste capítulo é realizada a análise da rede de transporte existente na Bacia do Paraná-Tietê. O conteúdo desta etapa subsidiou a definição da rede que seria posteriormente utilizada nas simulações.

5.1 Bacia do Paraná-Tietê

Originalmente, a Hidrovia Paraná-Tietê havia sido projetada para comboios de 2.400 toneladas. Entretanto, em poucos anos as capacidades destes mostraram-se insuficientes para concorrerem de forma eficiente com o modal rodoviário (BRASIL, 2006).

Atualmente, os comboios-tipo navegam com quatro chatas com calado de até três metros, carregando 6.000 toneladas. Contudo, em alguns trechos a capacidade de transporte aumenta. Como exemplo, de Nova Avanhandava (SP) até o tramo norte do Rio Paraná, está sendo viabilizada a operação de comboios com até seis chatas, para o transporte de até 9.000 toneladas.

A Hidrovia Paraná-Tietê encontra-se quase concluída, faltando apenas algumas obras complementares, como proteções de pontes, garagens de barcos nas eclusas propriamente ditas e de eclusas para transpor as barragens. Os vãos de várias pontes estão sendo corrigidos com o objetivo de eliminar suas restrições horizontais, pois estas dificultam a navegabilidade.

5.2 Portos, Intermodalidade e Acessos

A seguir são apresentadas as principais instalações portuárias existentes na Hidrovia Paraná-Tietê.

Complexo Portuário de São Simão (GO)

O Complexo Portuário São Simão localiza-se no sul do estado de Goiás, às margens do Rio Paranaíba, e tem grande importância pela proximidade dos principais municípios produtores agrícolas do estado. O complexo é formado por um grupo de cinco terminais de uso privativo: ADM/SARTCO, Caramuru, Nova Roseira, LDC/Coimbra, DNP, que obtiveram uma

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movimentação de 1.984.576 toneladas em 2010, tendo como principais produtos a soja e o farelo de soja, e como principais destinos Pederneiras (SP), Santa Maria da Serra (SP) e Anhembi (SP) (AHRANA, 2011). O complexo portuário deve servir de modelo para outros terminais a serem implantados na Hidrovia Tocantins-Araguaia (Hidaka, 2007).

São Simão possui integração rodoviária à BR-364, uma rodovia diagonal que tem origem em Limeira (SP) e se estende em direção às regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil até o estado do Acre. Está em boas condições em Goiás e São Paulo, onde recebe o nome de Brigadeiro Faria Lima ou SP-326 e é uma das principais vias de acesso a esse estado. Em Minas Gerais, no entanto, apresenta trechos esburacados e não pavimentados (DNIT, 2012).

Terminal Intermodal de Pederneiras (SP)

O município de Pederneiras (SP) destaca-se por permitir a integração hidro-ferro-rodoviária através de um terminal intermodal em operação desde a década de 1990. No entanto, o terminal só adquiriu maior importância a partir de 2000, com a potencialização de sua capacidade pela construção da rodovia ligando a área urbana do município ao terminal intermodal e da extensão da linha férrea, com a construção de um terceiro trilho atualmente sob concessão da América Latina Logística. Felipe Junior (2005) destaca a importância do novo trilho por este resolver o problema de incompatibilidade de bitolas que limitava o escoamento de mercadorias do terminal até o Porto de Santos. A integração completa-se com o acesso do município às rodovias SP-261, SP-225 e BR-369.

O terminal intermodal possui capacidade de transbordo anual de 1,2 milhão de tonelada de soja, farelo e milho, além de dois silos com capacidade de 4.600 toneladas e um armazém com capacidade de 5.000 toneladas de grãos (Prefeitura Municipal de Pederneiras, 2012).

A linha férrea que passa pelo terminal é de bitola larga (1,6 metros) e de concessão da América Latina Logística - Malha Paulista (ALLMP), estendendo-se de Panorama (SP) até Itirapina (SP), onde se junta a outro trecho da ferrovia e continua até Santos (SP). Na Figura 8 é possível observar em destaque a malha ferroviária da ALLMP, bem como o município de Pederneiras (SP), além do trecho da Hidrovia Paraná-Tietê no estado de São Paulo e o restante da malha ferroviária concedida a outras empresas.

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Figura 8 - Representação da ferrovia da América Latina Logística - Malha Paulista e da Hidrovia

Paraná - Tietê encontrando-se em Pederneiras (SP)

Fonte: Elaboração própria

Terminal Portuário de Santa Helena

Localizado no Lago de Itaipu no município de Santa Helena (PR), é um terminal portuário de estrutura mínima, com cais de 200 metros de comprimento, profundidade de cinco metros e canal de acesso com seis quilômetros de comprimento e dois quilômetros de largura (Prefeitura Municipal de Santa Helena, 2009). De acordo com a AHRANA (2010), o terminal movimentou cerca de 240.000 toneladas de mercadorias em 2010, tendo como principais produtos: milho, trigo, mandioca, calcário e fertilizantes. O transporte ocorreu entre Santa Helena (PR) e Puerto Itaipú Porã (no Paraguai), que fica a 30 quilômetros de distância daquela, na divisa entre Brasil e Paraguai. A prefeitura do município prevê, ainda, plano de expansão para aumentar a capacidade do terminal para mais de 1,1 milhões de toneladas por ano.

Há acesso rodoviário através das estaduais PR-488 e PR-495, que ligam o município à BR-277, distante 60 quilômetros. A BR-277 é uma rodovia transversal que corta o estado do Paraná desde o Porto de Paranaguá até a Ponte da Amizade em Foz do Iguaçu (PR), na fronteira com o Paraguai. É duplicada próxima a esta e entre Curitiba (PR) e Paranaguá (PR) e pavimentada no restante dos trechos, encontrando-se sob concessão das empresas Rodonorte e Caminhos do Paraná.

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6 DEFINIÇÃO DA REDE FUTURA A SER ANALISADA - NOVAS OUTORGAS DE TERMINAIS HIDROVIÁRIOS

Neste capítulo do relatório apresenta-se a rede de transporte utilizada nas simulações, de acordo com as premissas estabelecidas no Relatório de Metodologia. Nesta etapa serão apresentados os cenários de infraestrutura montados para os diferentes modais em cada horizonte de estudo e que podem exercer influência na Hidrovia Paraná-Tietê.

6.1 Montagem dos cenários de infraestrutura

Neste item expõem-se os cenários de infraestrutura identificados para cada tipo de modal e a configuração em mapa das respectivas malhas em cada horizonte de análise.

6.1.1 Modal Rodoviário

O Quadro 2 mostra as obras rodoviárias que podem influenciar os fluxos na Hidrovia Paraná-Tietê, tendo como fonte os dados do Banco de Informações e Mapas de Transporte (BIT). As rodovias levantadas a partir dessas fontes foram incluídas na malha de transporte utilizada nas simulações. A essas rodovias foi atribuída velocidade padrão de 54 quilômetros por hora e classificação de pavimentadas.

Quadro 2 - Cenário modal rodoviário - Hidrovia Paraná-Tietê

Fonte: BRASIL (2012b)

6.1.2 Modal Ferroviário

Considerando a Área de Influência da Bacia do Paraná-Tietê, as principais ferrovias previstas para a região são a Ferrovia Norte-Sul (bitola larga) e o Corredor Ferroviário do Paraná (bitola estreita). Ressalta-se que devido à diferença de bitolas, as ferrovias não são compatíveis. As informações desse modal foram obtidas por meio da VALEC (2012) e são apresentadas no Quadro 3.

Obras Trecho 2015 2020 2025 2030

BR-146/MG – Construção Passos/MG – Div. MG/SP x x x x

BR-487/PR – Construção/Pavimentação Porto Camargo/PR – Cruzeiro D’Oeste/PR x x x

BR-158/PR – Construção Campo Mourão/PR – Palmital/PR x x x

Bacia do Paraná-Tietê Relatório Executivo

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Quadro 3 - Cenário modal ferroviário - Hidrovia Paraná-Tietê

Fonte: VALEC (2012)

6.1.3 Modal Hidroviário

O modal hidroviário, por ser o foco deste projeto, é o que apresenta mais obras de infraestrutura dentro dos horizontes de projeto definidos. As informações deste item foram repassadas pela ANTAQ, as quais foram obtidas a partir de análises feitas junto ao DNIT, Ministério dos Transportes e de uma análise conjunta dos técnicos da Agência. O Quadro 4 apresenta as obras de melhoria da infraestrutura hidroviária na Hidrovia Paraná-Tietê e os horizontes em que estas se tornam operacionais.

Quadro 4 - Cenário modal hidroviário - Hidrovia Paraná-Tietê

Fonte: ANTAQ (2012)

6.1.4 Novas outorgas de terminais hidroviários

Os trechos da Bacia do Paraná-Tietê aptos a receberem novos terminais hidroviários são:

Rio Paraná: da confluência dos rios Grande e Paranaíba até a sua confluência com o Rio Iguaçu;

Rio Tietê: do lago da Represa Ponte Nova, que se situa pouco a montante da cidade de Biritiba-Mirim (SP), para jusante e até a sua foz no Rio Paraná;

Rio Piracicaba: da cidade de Paulínia (SP) até a sua foz na margem direita do Rio Tietê;

Rio Paranaíba: de 46° 25’ de longitude Oeste para jusante e até a sua confluência com o Rio Grande;

Trecho Ferrovia 2010 2015 2020 2025 2030

Cascavel/PR - Dourados/MT Corredor Ferroviário do Paraná x

Estrela D´Oeste/SP - Panorama/SP x x x

Estrela D´Oeste/SP - Anápolis/GO x x x x

Panorama/SP - Rio Grande/RS x

Dourados/MS - Porto Murtinho/MS x x

Panorama/SP - Dourados/MS x x x

Ferrovia Norte-Sul

Prolongamento Sul da Ferrovia Norte-Sul

2015 2020 2025 2030Rio Paraná Da confluência dos rios Grande e Paranaíba até o município de Santa Terezinha de Itaipu X X X X

De Conchas até Salto (SP) X X XDe Conchas (SP) até a sua foz no rio Paraná X X X X

Da foz do rio Tietê até Piracicaba (SP) X X X XDa cidade de Paulínea (SP) até Piracicaba (SP) X X

De São Simão até a confluência com o rio Grande X X X XDe 46º e 25 minutos de longitude Oeste para jusante e até São Simão X

Rio Grande De Ouroeste/SP até a Foz com o rio Paranaíba X X X XCanal Pereira Barreto Rio São José dos Dourados até o Rio Tietê X X X X

Rio TrechoHorizonte

Rio Paranaíba

Rio Tietê

Rio Piracicaba

Relatório Executivo Bacia do Paraná-Tietê

ANTAQ/UFSC/LabTrans 25

Rio Grande: do Lago da Barragem de Camargos, no Município de Madre de Deus de Minas (MG), até a sua confluência com o Rio Paranaíba; e

Canal Pereira Barreto: entre o Rio São José dos Dourados e o Rio Tietê.

De acordo com os procedimentos descritos no Relatório de Metodologia, foram determinadas as áreas propícias para instalação de novos terminais hidroviários, as quais se encontram no Quadro 5.

Quadro 5 - Áreas propícias para instalação de novos terminais hidroviários

Fonte: Elaboração própria

Devido ao grande número de pequenas microrregiões, há também muitas novas áreas propícias de terminais localizadas próximas umas às outras. Essas áreas propícias para a instalação de novos terminais foram adicionadas à malha de transporte nos horizontes apropriados e fizeram parte da simulação descrita no capítulo 7.

7 SIMULAÇÃO DOS PROJETOS

Neste capítulo são apresentados os resultados obtidos na etapa de simulação. Conforme detalhado no Relatório de Metodologia, com o objetivo de selecionar as mais

Nome Rio Microrregião

Área propícia de Pereira Barreto Canal de Pereira Barreto AndradinaÁrea propícia de Rubinéia Rio Grande JalesÁrea propícia de Batayporã Rio Paraná Nova AndradinaÁrea propícia de Guaíra Rio Paraná GuaíraÁrea propícia de Querência do Norte Rio Paraná ParanavaíÁrea propícia de Cachoeira Dourada Rio Paranaíba ItuiutabaÁrea propícia de Carmo do Paranaíba Rio Paranaíba Patos de MinasÁrea propícia de Coromandel Rio Paranaíba PatrocínioÁrea propícia de Cumari Rio Paranaíba CatalãoÁrea propícia de Itumbiara Rio Paranaíba ItumbiaraÁrea propícia de Lagamar Rio Paranaíba ParacatuÁrea propícia de Paranaíba Rio Paranaíba ParanaibaÁrea propícia de Patos de Minas Rio Paranaíba Patos de MinasÁrea propícia de Rosana Rio Paranapanema RosanaÁrea propícia de Limeira Rio Piracicaba LimeiraÁrea propícia de Paulínia Rio Piracicaba CampinasÁrea propícia de Piracicaba Rio Piracicaba PiracicabaÁrea propícia de Ilha Solteira Rio São José dos Dourados AndradinaÁrea propícia de Buritama Rio Tietê BiriguiÁrea propícia de Ibitinga Rio Tietê AraraquaraÁrea propícia de Laranjal Paulista Rio Tietê TatuíÁrea propícia de Novo Horizonte Rio Tietê Novo HorizonteÁrea propícia de Porto Feliz Rio Tietê SorocabaÁrea propícia de Sabino Rio Tietê LinsÁrea propícia de Salto Rio Tietê SorocabaÁrea propícia de Tietê Rio Tietê PiracicabaÁrea propícia de Ubarana Rio Tietê Sao José do Rio Preto

Bacia do Paraná-Tietê Relatório Executivo

26 ANTAQ/UFSC/LabTrans

adequadas dentre as áreas propícias para instalação de terminais, foi utilizado um processo iterativo, o qual incluiu etapas de simulação e exclusões de terminais da rede de transporte.

7.1 Carregamento em Terminais

As Tabelas 7 a 10 mostram os carregamentos totais, por terminal e por grupo de produto, para cada um dos horizontes.

Tabela 7 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2015 (t)

Fonte: Elaboração própria

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 TotalÁrea propícia de Piracicaba 7.484.355 1.922.584 1.821.003 4.568.140 7.444.527 23.240.610 Área propícia de Ubarana 883.366 156.185 65.727 1.186.924 2.175.064 4.467.266 Área propícia de Buritama 1.321.913 165.146 197.079 1.143.562 1.473.245 4.300.944 Área propícia de Querência do Norte 1.096.790 147.019 301.962 413.029 1.503.611 3.462.410 São Simão 322.621 817.355 342.586 134.136 1.328.078 2.944.776 TUP Terminal Intermodal Cargill (Três Lagoas) 1.683.560 4.404 441.623 341.946 35.791 2.507.325 Araçatuba 813.064 26.367 144.865 58.987 369.674 1.412.957 Pederneiras 258.709 38.925 22.579 838.623 170.794 1.329.630 Área propícia de Ibitinga 351.837 37.040 174.882 26.026 686.647 1.276.432 TUP Santa Helena 479.430 49.484 74.365 345.824 325.292 1.274.396 Presidente Epitácio 671.420 65.349 129.761 202.362 25.422 1.094.313 Área propícia de Pereira Barreto 443.282 35.533 20.022 22.666 300.327 821.829 Área propícia de Sabino 457.482 7.922 4.287 4.000 297.960 771.652 Área propícia de Batayporã 100.356 226.696 48.834 4.473 388.225 768.583 Área propícia de Paranaíba 244.151 29.149 36.105 92.333 161.956 563.695 Santa Maria da Serra 60.839 123.093 50.774 120.030 199.809 554.544 Jaú 118.385 72.037 67.963 11.990 223.867 494.242 TUP Britânia 71.514 - 29.470 - 183.720 284.704 Panorama 130.514 45.703 29.156 6.629 64.555 276.556 TUP Arealva 52.214 - - - 165.445 217.659 Anhembi 38.689 - - - - 38.689 Porto Morumbi 13.145 - - - - 13.145

Total 17.097.634 3.969.989 4.003.043 9.521.682 17.524.008 52.116.356

Portos 2015Tabela Fluxo dos Produtos por Grupo

Relatório Executivo Bacia do Paraná-Tietê

ANTAQ/UFSC/LabTrans 27

Tabela 8 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2020 (t)

Fonte: Elaboração própria

Tabela 9 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2025 (t)

Fonte: Elaboração própria

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 TotalÁrea propícia de Piracicaba 9.576.970 1.562.688 1.615.284 3.310.803 8.965.179 25.030.924 Área propícia de Ubarana 962.214 226.434 100.531 871.996 3.118.675 5.279.850 Área propícia de Buritama 1.555.377 239.040 219.427 783.121 1.767.295 4.564.260 TUP Terminal Intermodal Cargill (Três Lagoas) 2.338.414 5.550 428.776 326.767 39.914 3.139.420 Área propícia de Querência do Norte 424.028 127.791 201.541 286.128 1.787.290 2.826.778 Araçatuba 1.124.007 31.578 190.606 63.658 388.902 1.798.751 Área propícia de Rosana 1.093.591 2.704 249.188 120.373 228.436 1.694.292 São Simão 143.308 - 57.969 - 1.380.358 1.581.636 TUP Santa Helena 642.246 79.713 74.832 393.345 351.929 1.542.066 Área propícia de Batayporã 458.904 372.592 51.678 5.586 495.938 1.384.698 Área propícia de Ibitinga 326.498 56.417 169.978 27.876 792.102 1.372.870 Pederneiras 281.575 34.706 23.575 422.928 221.878 984.662 Área propícia de Sabino 548.624 8.079 4.468 4.949 319.832 885.952 Área propícia de Pereira Barreto 282.842 55.479 86.660 10.245 413.163 848.388 Presidente Epitácio 452.471 22.211 96.914 193.200 27.801 792.598 Área propícia de Paranaíba 263.663 46.931 47.833 67.921 191.369 617.716 Santa Maria da Serra 113.221 119.103 53.112 95.905 233.143 614.485 Jaú 142.740 110.881 67.835 13.158 244.945 579.560 Panorama 175.978 67.900 36.657 10.048 64.217 354.800 TUP Britânia 75.259 - 46.208 - 192.803 314.270 TUP Arealva 44.287 - - - 199.565 243.852 Anhembi 37.747 - - - - 37.747 Porto Morumbi 11.510 - - - 2.160 13.670

Total 21.075.476 3.169.798 3.823.070 7.008.007 21.426.894 56.503.246

Portos 2020Tabela Fluxo dos Produtos por Grupo

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 TotalÁrea propícia de Paulínia 13.552.801 2.374.733 1.633.994 2.457.962 14.139.393 34.158.882 Área propícia de Ubarana 1.108.165 342.607 157.128 635.251 3.866.591 6.109.742 Área propícia de Buritama 1.927.349 351.687 219.762 403.187 2.083.077 4.985.062 Área propícia de Piracicaba 939.442 42.676 52.529 25.677 3.349.669 4.409.994 TUP Terminal Intermodal Cargill (Três Lagoas) 3.170.782 7.561 472.977 345.252 50.495 4.047.066 Área propícia de Querência do Norte 552.226 205.017 252.988 138.770 2.743.341 3.892.342 São Simão 192.384 - 106.480 - 2.521.862 2.820.726 Araçatuba 1.398.111 40.784 229.487 58.724 414.577 2.141.682 Área propícia de Batayporã 916.547 606.915 56.661 3.765 354.673 1.938.560 Área propícia de Rosana 1.213.112 2.559 248.652 133.141 242.909 1.840.372 TUP Santa Helena 820.293 102.705 70.414 318.069 426.215 1.737.697 Pederneiras 892.061 43.221 48.070 395.404 281.573 1.660.329 Área propícia de Ibitinga 378.865 87.612 164.128 29.928 889.910 1.550.442 Presidente Epitácio 724.214 30.620 229.950 159.637 42.631 1.187.053 Área propícia de Pereira Barreto 323.057 79.131 145.312 1.757 603.076 1.152.333 Área propícia de Sabino 654.513 6.462 9.431 5.361 361.133 1.036.899 Jaú 396.772 171.830 70.115 21.017 295.630 955.364 Área propícia de Paranaíba 311.531 76.342 56.071 4.220 418.380 866.544 Santa Maria da Serra 143.218 134.189 47.068 112.880 250.342 687.697 Panorama 262.231 104.056 107.084 15.968 79.220 568.559 TUP Arealva 42.350 - - - 447.064 489.414 TUP Britânia 89.642 - 79.191 - 147.400 316.233 Porto Morumbi 19.441 - - - 32.200 51.641 Anhembi 40.526 - - - - 40.526

Total 30.069.632 4.810.706 4.457.490 5.265.970 34.041.361 78.645.160

Portos 2025Tabela Fluxo dos Produtos por Grupo

Bacia do Paraná-Tietê Relatório Executivo

28 ANTAQ/UFSC/LabTrans

Tabela 10 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2030 (t)

Fonte: Elaboração própria

Os principais grupos de produtos movimentados na hidrovia são os de carga geral e de graneis sólidos agrícolas, apresentando o maior fluxo inicial e o maior crescimento nos horizontes futuros. O Grupo 1, já em 2015, possui movimentação de 19,3 milhões de toneladas e tem como principais produtos, a carga geral, papel e celulose e produtos da exploração florestal e silvicultura. Já o Grupo 5 apresenta movimentação de 17,5 milhões de toneladas e é formado principalmente por açúcar, soja e milho.

Os outros grupos de produtos apresentam fluxo menor, mas também significativos. O terceiro em importância é o granel sólido, com movimentação de 9,5 milhões de toneladas e tendo minerais não metálicos como principal produto. Graneis líquidos e graneis líquidos agrícolas possuem movimentação em torno de quatro milhões de toneladas e tem etanol e óleo de soja, respectivamente, como principais cargas.

Alguns dos terminais já existentes na hidrovia apresentam boa movimentação, como São Simão, Araçatuba, Pederneiras e o TUP Cargill em Três Lagoas. No entanto, os terminais com maior movimentação são aqueles localizados em novas áreas propícias, como em Piracicaba, Paulínia, Ubarana, Buritama, Querência do Norte, entre outros. Apesar de um número considerável de terminais já existentes, as simulações demonstram que há demanda suficiente para a instalação de diversas novas áreas propícias para terminais. Essas áreas são elencadas a seguir com seu ano ótimo de abertura.

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 TotalÁrea propícia de Paulínia 16.002.850 3.103.989 1.546.812 2.563.929 13.230.995 36.448.575 Área propícia de Querência do Norte 780.103 332.046 342.300 10.183 4.802.600 6.267.231 São Simão 264.406 - 209.265 - 5.452.780 5.926.451 TUP Terminal Intermodal Cargill (Três Lagoas) 4.137.455 16.526 569.393 457.518 76.887 5.257.779 Área propícia de Piracicaba 893.430 64.958 58.551 24.137 4.032.762 5.073.837 Área propícia de Buritama 2.302.170 277.735 189.037 64.971 2.073.418 4.907.331 Área propícia de Ubarana 1.432.844 313.572 282.627 569.289 1.750.486 4.348.817 Área propícia de Rosana 2.008.084 2.584 251.275 151.520 649.578 3.063.041 Araçatuba 1.895.417 59.025 357.125 54.537 429.287 2.795.390 Pederneiras 1.125.445 71.463 49.912 988.513 426.348 2.661.680 Área propícia de Itumbiara 160.447 12.567 120.682 - 2.306.235 2.599.930 Área propícia de Cumari 170.287 12.567 41.563 - 2.231.167 2.455.583 Presidente Epitácio 1.204.453 46.350 517.232 116.256 68.747 1.953.038 TUP Santa Helena 952.404 130.263 82.290 105.201 611.530 1.881.687 Área propícia de Batayporã 123.818 998.016 63.498 4.418 352.419 1.542.170 Área propícia de Pereira Barreto 309.596 122.878 309.596 716 736.710 1.479.497 Jaú 502.722 275.970 76.084 20.713 369.914 1.245.404 Área propícia de Sabino 762.684 4.931 12.746 5.656 433.265 1.219.282 Área propícia de Ibitinga 274.913 16.322 164.183 29.702 693.160 1.178.281 Panorama 398.655 161.885 278.874 25.214 245.501 1.110.129 TUP Arealva 42.996 - - - 1.009.603 1.052.598 Santa Maria da Serra 192.002 179.288 29.008 189.007 265.169 854.475 Área propícia de Novo Horizonte 210.753 122.878 40.803 4.587 322.069 701.090 Área propícia de Paranaíba 349.701 - 72.338 - 262.884 684.923 Área propícia de Guaíra 203.279 - 241.428 - 229.772 674.479 Anhembi 63.810 - - - - 63.810

Total 36.764.723 6.325.814 5.906.620 5.386.069 43.063.283 105.359.963

Portos 2030Tabela Fluxo dos Produtos por Grupo

Relatório Executivo Bacia do Paraná-Tietê

ANTAQ/UFSC/LabTrans 29

Área Propícia de Batayporã (2015);

Área Propícia de Buritama (2015);

Área Propícia de Ibitinga (2015);

Área Propícia de Piracicaba (2015);

Área Propícia de Paranaíba (2015);

Área Propícia de Pereira Barreto (2015);

Área Propícia de Querência do Norte (2015);

Área Propícia de Ubarana (2015);

Área Propícia de Sabino (2015);

Área Propícia de Rosana (2020);

Área Propícia de Paulínia (2025);

Área Propícia de Cumari (2030);

Área Propícia de Guaíra (2030);

Área Propícia de Itumbiara (2030); e

Área Propícia de Novo Horizonte (2030).

Essas novas áreas propícias de terminais e os portos e terminais já existentes são apresentados na Figura 9, com seu ano ótimo de abertura indicado pelo código de cores.

Bacia do Paraná-Tietê Relatório Executivo

30 ANTAQ/UFSC/LabTrans

Figura 9 - Terminais já existentes e áreas propícias de novos terminais hidroviários com ano ótimo

de abertura Fonte: Elaboração própria

Verifica-se um grande número de áreas propícias de terminais no Rio Tietê, alguns localizados bastantes próximos uns dos outros. Como mencionado anteriormente, o grande número de microrregiões originou muitas áreas propícias. Devido ao elevado, mas também pulverizado fluxo potencial da hidrovia, muitos desses terminais apresentaram carregamento significativo.

A viabilidade econômica dessas áreas é analisada no capítulo 8. A partir de sua movimentação, são estimados os investimentos, custos e outros parâmetros para realizar essa avaliação.

7.2 Carregamento na Hidrovia

As Tabelas 11 a 14 apresentam os resultados de movimentação total em cada um dos trechos da Hidrovia Paraná- Tietê em cada horizonte de estudo.

Relatório Executivo Bacia do Paraná-Tietê

ANTAQ/UFSC/LabTrans 31

Tabela 11 - Carregamento na Hidrovia do Paraná-Tietê - Fluxo 2015 (t)

Fonte: Elaboração própria

INÍCIO FIM Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Total

Área Propícia de Carmo do Paranaíba Área Propícia de Patos de Minas - - - - - - Área Propícia de Patos de Minas Área Propícia de Lagamar - - - - - - Área Propícia de Lagamar Área Propícia de Coromandel - - - - - - Área Propícia de Coromandel Área Propícia de Cumari - - - - - - Área Propícia de Cumari Área propícia de Itumbiara - - - - - - Área propícia de Itumbiara Área Propícia de Cachoeira Dourada - - - - - - Área Propícia de Cachoeira Dourada São Simão - - - - - - São Simão Área Propícia de Paranaíba 322.621 817.355 342.586 134.136 1.328.078 2.944.776 Área Propícia do Paranaíba Área Propícia de Rubinéia 560.090 846.504 378.691 226.470 1.490.035 3.501.789

- Área propícia de Ouroeste Área Propícia de Rubinéia - - - - - -

- Área Propícia de Rubinéia Área Propícia de Ilha Solteira 560.090 846.504 378.691 226.470 1.490.035 3.501.789

- Área Propícia de Ilha Solteira Confluência Canal de Pereira Barreto 560.090 846.504 378.691 226.470 1.490.035 3.501.789

- Confluência Canal de Pereira Barreto Área Propícia de Pereira Barreto 560.090 846.504 378.691 226.470 1.490.035 3.501.789 Área Propícia de Pereira Barreto Confluência Rio Tietê 970.371 882.037 390.886 249.136 1.779.918 4.272.348

- Confluência Rio Tietê / Rio Paraná Confl. Rio Tietê / Canal de Pereita Barreto 3.316.786 413.834 849.969 928.862 2.412.551 7.922.002 Confl. Rio Tietê / Canal de Pereita Barreto Araçatuba 4.079.769 1.295.870 1.224.568 1.177.998 2.538.548 10.316.753 Araçatuba Área Propícia de Buritama 4.804.946 1.322.237 1.246.959 1.236.985 2.668.861 11.279.988 Área Propícia de Buritama Área Propícia de Ubarana 6.126.858 1.487.383 1.444.038 2.380.547 4.125.346 15.564.172 Área Propícia de Ubarana Área Propícia de Sabino 6.737.730 1.643.568 1.509.765 3.567.471 6.287.650 19.746.184 Área Propícia de Sabino Área Propícia de Novo Horizonte 7.114.086 1.651.490 1.514.052 3.571.471 6.553.290 20.404.389 Área Propícia de Novo Horizonte Área Propícia de Ibitinga 7.114.086 1.651.490 1.514.052 3.571.471 6.553.290 20.404.389 Área Propícia de Ibitinga TUP Arealva 7.207.409 1.688.529 1.679.687 3.597.497 7.029.469 21.202.593 TUP Arealva TUP Bariri 7.155.195 1.688.529 1.679.687 3.597.497 6.864.024 20.984.934 TUP Bariri Pederneiras 7.155.195 1.688.529 1.679.687 3.597.497 6.864.024 20.984.934 Pederneiras Jaú 7.413.904 1.727.454 1.702.267 4.436.120 7.034.818 22.314.564 Jaú Confluência Rio Piracicaba/Rio Tietê 7.477.287 1.799.491 1.770.230 4.448.111 7.249.799 22.744.918 Confluência Rio Piracicaba/Rio Tietê Anhembi 38.689 - - - - 38.689 Anhembi Conchas - CNAGA - - - - - - Conchas - CNAGA Área Propícia de Laranjal Paulista - - - - - - Área Propícia de Laranjal Paulista Área Propícia de Tietê - - - - - - Área Propícia de Tietê Área Propícia de Porto Feliz - - - - - - Área Propícia de Porto Feliz Área Propícia de Salto - - - - - -

- Confluência Rio Piracicaba/Rio Tietê Santa Maria da Serra 7.438.599 1.799.491 1.770.230 4.448.111 7.249.799 22.706.229 Santa Maria da Serra Área Propícia de Piracicaba 7.484.355 1.922.584 1.821.003 4.568.140 7.444.527 23.240.610 Área Propícia de Piracicaba Área Propícia de Limeira - - - - - - Área Propícia de Limeira Área Propícia de Paulínia - - - - - -

- TUP Santa Helena TUP Britânia 479.430 49.484 74.365 345.824 325.292 1.274.396 TUP Britânia Porto Mendes 550.944 49.484 103.835 345.824 509.012 1.559.100 Porto Mendes Área propícia de Guaíra 550.944 49.484 103.835 345.824 509.012 1.559.100 Área propícia de Guaíra Porto Morumbi 550.944 49.484 103.835 345.824 509.012 1.559.100 Porto Morumbi Porto Camargo 537.800 49.484 103.835 345.824 509.012 1.545.955 Porto Camargo Área propícia de Querência do Norte 537.800 49.484 103.835 345.824 509.012 1.545.955 Área propícia de Querência do Norte Área propícia de Batayporã 1.604.019 196.503 385.061 758.853 2.012.623 4.957.059 Área propícia de Batayporã Área propícia de Rosana 1.704.374 423.199 433.895 763.326 2.400.848 5.725.642 Área propícia de Rosana Epitácio / TUP Presidente Epitácio 1.704.374 423.199 433.895 763.326 2.400.848 5.725.642 Epitácio / TUP Presidente Epitácio Panorama 1.631.832 396.588 494.998 965.688 2.413.468 5.902.573 Panorama TUP Term. Intermodal Cargill (Três Lagoas) 1.660.445 409.430 480.374 959.489 2.396.203 5.905.941 TUP Term. Intermodal Cargill (Três Lagoas) Confluência Rio Tietê / Rio Paraná 3.316.786 413.834 849.969 928.862 2.412.551 7.922.002

Rio Paraná

Rio São José

Canal de Pereira Barreto

Fluxo Total por Grupo 2015TRECHO

Rio Tietê

Rio Piracicaba

Rio Paraná

Rio Paranaíba

Rio Grande

Bacia do Paraná-Tietê Relatório Executivo

32 ANTAQ/UFSC/LabTrans

Tabela 12 - Carregamento na Hidrovia do Paraná-Tietê - Fluxo 2020 (t)

Fonte: Elaboração própria

INÍCIO FIM Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Total

Área Propícia de Carmo do Paranaíba Área Propícia de Patos de Minas - - - - - - Área Propícia de Patos de Minas Área Propícia de Lagamar - - - - - - Área Propícia de Lagamar Área Propícia de Coromandel - - - - - - Área Propícia de Coromandel Área Propícia de Cumari - - - - - - Área Propícia de Cumari Área propícia de Itumbiara - - - - - - Área propícia de Itumbiara Área Propícia de Cachoeira Dourada - - - - - - Área Propícia de Cachoeira Dourada São Simão - - - - - - São Simão Área Propícia de Paranaíba 143.308 - 57.969 - 1.380.358 1.581.636 Área Propícia do Paranaíba Área Propícia de Rubinéia 401.034 46.931 105.802 67.921 1.571.728 2.193.415

- Área propícia de Ouroeste Área Propícia de Rubinéia - - - - - -

- Área Propícia de Rubinéia Área Propícia de Ilha Solteira 401.034 46.931 105.802 67.921 1.571.728 2.193.415

- Área Propícia de Ilha Solteira Confluência Canal de Pereira Barreto 401.034 46.931 105.802 67.921 1.571.728 2.193.415

- Confluência Canal de Pereira Barreto Área Propícia de Pereira Barreto 401.034 46.931 105.802 67.921 1.571.728 2.193.415 Área Propícia de Pereira Barreto Confluência Rio Tietê 645.803 102.409 185.867 78.165 1.973.965 2.986.210

- Confluência Rio Tietê / Rio Paraná Confl. Rio Tietê / Canal de Pereita Barreto 4.896.817 634.039 911.098 949.047 3.065.831 10.456.832 Confl. Rio Tietê / Canal de Pereita Barreto Araçatuba 5.266.039 736.449 1.040.766 1.027.212 2.644.815 10.715.281 Araçatuba Área Propícia de Buritama 6.306.202 768.027 1.021.374 1.090.870 2.766.038 11.952.511 Área Propícia de Buritama Área Propícia de Ubarana 7.861.579 1.007.067 1.240.801 1.873.991 4.505.940 16.489.378 Área Propícia de Ubarana Área Propícia de Sabino 8.558.088 1.233.501 1.296.316 2.745.987 7.608.489 21.442.381 Área Propícia de Sabino Área Propícia de Novo Horizonte 9.016.455 1.241.580 1.300.784 2.750.936 7.890.306 22.200.061 Área Propícia de Novo Horizonte Área Propícia de Ibitinga 9.016.455 1.241.580 1.300.784 2.750.936 7.890.306 22.200.061 Área Propícia de Ibitinga TUP Arealva 9.191.598 1.297.997 1.470.762 2.778.812 8.485.984 23.225.153 TUP Arealva TUP Bariri 9.147.311 1.297.997 1.470.762 2.778.812 8.286.419 22.981.301 TUP Bariri Pederneiras 9.147.311 1.297.997 1.470.762 2.778.812 8.286.419 22.981.301 Pederneiras Jaú 9.428.886 1.332.703 1.494.337 3.201.740 8.508.297 23.965.963 Jaú Confluência Rio Piracicaba/Rio Tietê 9.519.564 1.443.584 1.562.172 3.214.898 8.743.416 24.483.634 Confluência Rio Piracicaba/Rio Tietê Anhembi 37.747 - - - - 37.747 Anhembi Conchas - CNAGA - - - - - - Conchas - CNAGA Área Propícia de Laranjal Paulista - - - - - - Área Propícia de Laranjal Paulista Área Propícia de Tietê - - - - - - Área Propícia de Tietê Área Propícia de Porto Feliz - - - - - - Área Propícia de Porto Feliz Área Propícia de Salto - - - - - -

- Confluência Rio Piracicaba/Rio Tietê Santa Maria da Serra 9.481.817 1.443.584 1.562.172 3.214.898 8.743.416 24.445.887 Santa Maria da Serra Área Propícia de Piracicaba 9.576.970 1.562.688 1.615.284 3.310.803 8.965.179 25.030.924 Área Propícia de Piracicaba Área Propícia de Limeira - - - - - - Área Propícia de Limeira Área Propícia de Paulínia - - - - - -

- TUP Santa Helena TUP Britânia 642.246 79.713 74.832 393.345 351.929 1.542.066 TUP Britânia Porto Mendes 717.505 79.713 121.040 393.345 544.732 1.856.335 Porto Mendes Área propícia de Guaíra 717.505 79.713 121.040 393.345 544.732 1.856.335 Área propícia de Guaíra Porto Morumbi 717.505 79.713 121.040 393.345 544.732 1.856.335 Porto Morumbi Porto Camargo 705.995 79.713 121.040 393.345 542.572 1.842.666 Porto Camargo Área propícia de Querência do Norte 705.995 79.713 121.040 393.345 542.572 1.842.666 Área propícia de Querência do Norte Área propícia de Batayporã 1.098.425 207.505 304.569 679.473 2.329.862 4.619.834 Área propícia de Batayporã Área propícia de Rosana 1.557.329 580.097 356.247 685.059 2.825.800 6.004.532 Área propícia de Rosana Epitácio / TUP Presidente Epitácio 2.650.920 582.800 605.435 805.432 3.051.404 7.695.992 Epitácio / TUP Presidente Epitácio Panorama 2.601.578 605.012 574.835 998.632 3.061.195 7.841.251 Panorama TUP Term. Intermodal Cargill (Três Lagoas) 2.602.382 631.305 556.484 989.192 3.052.249 7.831.612 TUP Term. Intermodal Cargill (Três Lagoas) Confluência Rio Tietê / Rio Paraná 4.896.817 634.039 911.098 949.047 3.065.831 10.456.832

Fluxo Total por Grupo 2020TRECHO

Rio Paranaíba

Rio Grande

Rio Paraná

Rio São José

Canal de Pereira Barreto

Rio Tietê

Rio Piracicaba

Rio Paraná

Relatório Executivo Bacia do Paraná-Tietê

ANTAQ/UFSC/LabTrans 33

Tabela 13 - Carregamento na Hidrovia do Paraná-Tietê - Fluxo 2025 (t)

Fonte: Elaboração própria

INÍCIO FIM Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Total

Área Propícia de Carmo do Paranaíba Área Propícia de Patos de Minas - - - - - - Área Propícia de Patos de Minas Área Propícia de Lagamar - - - - - - Área Propícia de Lagamar Área Propícia de Coromandel - - - - - - Área Propícia de Coromandel Área Propícia de Cumari - - - - - - Área Propícia de Cumari Área propícia de Itumbiara - - - - - - Área propícia de Itumbiara Área Propícia de Cachoeira Dourada - - - - - - Área Propícia de Cachoeira Dourada São Simão - - - - - - São Simão Área Propícia de Paranaíba 192.384 - 106.480 - 2.521.862 2.820.726 Área Propícia do Paranaíba Área Propícia de Rubinéia 498.595 76.342 162.551 4.220 2.940.241 3.681.950

- Área propícia de Ouroeste Área Propícia de Rubinéia - - - - - -

- Área Propícia de Rubinéia Área Propícia de Ilha Solteira 498.595 76.342 162.551 4.220 2.940.241 3.681.950

- Área Propícia de Ilha Solteira Confluência Canal de Pereira Barreto 498.595 76.342 162.551 4.220 2.940.241 3.681.950

- Confluência Canal de Pereira Barreto Área Propícia de Pereira Barreto 498.595 76.342 162.551 4.220 2.940.241 3.681.950 Área Propícia de Pereira Barreto Confluência Rio Tietê 774.342 155.473 295.515 5.977 3.527.636 4.758.944

- Confluência Rio Tietê / Rio Paraná Confl. Rio Tietê / Canal de Pereita Barreto 6.567.271 998.193 930.957 795.327 3.899.381 13.191.128 Confl. Rio Tietê / Canal de Pereita Barreto Araçatuba 6.889.996 1.153.666 1.169.857 801.304 3.631.057 13.645.880 Araçatuba Área Propícia de Buritama 8.237.086 1.194.450 1.096.473 860.028 3.842.233 15.230.270 Área Propícia de Buritama Área Propícia de Ubarana 10.164.435 1.546.136 1.316.235 1.263.215 5.900.631 20.190.652 Área Propícia de Ubarana Área Propícia de Sabino 11.054.759 1.888.743 1.306.163 1.898.466 9.757.981 25.906.112 Área Propícia de Sabino Área Propícia de Novo Horizonte 11.604.756 1.895.205 1.315.594 1.903.827 10.069.314 26.788.696 Área Propícia de Novo Horizonte Área Propícia de Ibitinga 11.604.756 1.895.205 1.315.594 1.903.827 10.069.314 26.788.696 Área Propícia de Ibitinga TUP Arealva 11.813.227 1.982.816 1.479.722 1.933.755 10.855.997 28.065.518 TUP Arealva TUP Bariri 11.770.877 1.982.816 1.479.722 1.933.755 10.408.933 27.576.103 TUP Bariri Pederneiras 11.770.877 1.982.816 1.479.722 1.933.755 10.408.933 27.576.103 Pederneiras Jaú 12.662.938 2.026.037 1.527.792 2.329.159 10.690.506 29.236.432 Jaú Confluência Rio Piracicaba/Rio Tietê 13.018.561 2.197.867 1.597.907 2.350.176 10.947.371 30.111.882 Confluência Rio Piracicaba/Rio Tietê Anhembi 40.526 - - - - 40.526 Anhembi Conchas - CNAGA - - - - - - Conchas - CNAGA Área Propícia de Laranjal Paulista - - - - - - Área Propícia de Laranjal Paulista Área Propícia de Tietê - - - - - - Área Propícia de Tietê Área Propícia de Porto Feliz - - - - - - Área Propícia de Porto Feliz Área Propícia de Salto - - - - - -

- Confluência Rio Piracicaba/Rio Tietê Santa Maria da Serra 12.978.035 2.197.867 1.597.907 2.350.176 10.947.371 30.071.356 Santa Maria da Serra Área Propícia de Piracicaba 13.099.453 2.332.057 1.639.974 2.463.057 11.189.433 30.723.972 Área Propícia de Piracicaba Área Propícia de Limeira 13.552.801 2.374.733 1.633.994 2.457.962 14.139.393 34.158.882 Área Propícia de Limeira Área Propícia de Paulínia 13.552.801 2.374.733 1.633.994 2.457.962 14.139.393 34.158.882

- TUP Santa Helena TUP Britânia 820.293 102.705 70.414 318.069 426.215 1.737.697 TUP Britânia Porto Mendes 909.936 102.705 149.605 318.069 573.615 2.053.930 Porto Mendes Área propícia de Guaíra 909.936 102.705 149.605 318.069 573.615 2.053.930 Área propícia de Guaíra Porto Morumbi 909.936 102.705 149.605 318.069 573.615 2.053.930 Porto Morumbi Porto Camargo 890.495 102.705 149.605 318.069 541.415 2.002.289 Porto Camargo Área propícia de Querência do Norte 890.495 102.705 149.605 318.069 541.415 2.002.289 Área propícia de Querência do Norte Área propícia de Batayporã 1.401.159 307.722 394.149 456.839 3.264.436 5.824.305 Área propícia de Batayporã Área propícia de Rosana 2.317.706 914.637 450.809 460.604 3.619.109 7.762.864 Área propícia de Rosana Epitácio / TUP Presidente Epitácio 3.530.818 917.195 699.461 593.744 3.862.018 9.603.236 Epitácio / TUP Presidente Epitácio Panorama 3.547.566 947.815 703.738 753.381 3.871.448 9.823.948 Panorama TUP Term. Intermodal Cargill (Três Lagoas) 3.504.835 994.831 615.115 738.048 3.883.288 9.736.118 TUP Term. Intermodal Cargill (Três Lagoas) Confluência Rio Tietê / Rio Paraná 6.567.271 998.193 930.957 795.327 3.899.381 13.191.128

Fluxo Total por Grupo 2025

Rio Tietê

Rio Piracicaba

Rio Paraná

Rio Paraná

Rio São José

Canal de Pereira Barreto

TRECHO

Rio Paranaíba

Rio Grande

Bacia do Paraná-Tietê Relatório Executivo

34 ANTAQ/UFSC/LabTrans

Tabela 14 - Carregamento na Hidrovia do Paraná-Tietê - Fluxo 2030 (t)

Fonte: Elaboração própria

INÍCIO FIM Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Total

Área Propícia de Carmo do Paranaíba Área Propícia de Patos de Minas - - - - - - Área Propícia de Patos de Minas Área Propícia de Lagamar - - - - - - Área Propícia de Lagamar Área Propícia de Coromandel - - - - - - Área Propícia de Coromandel Área Propícia de Cumari - - - - - - Área Propícia de Cumari Área propícia de Itumbiara 170.287 12.567 41.563 - 2.231.167 2.455.583 Área propícia de Itumbiara Área Propícia de Cachoeira Dourada 226.459 - 79.119 - 668.652 974.229 Área Propícia de Cachoeira Dourada São Simão 226.459 - 79.119 - 668.652 974.229 São Simão Área Propícia de Paranaíba 490.864 - 288.384 - 6.121.432 6.900.679 Área Propícia do Paranaíba Área Propícia de Rubinéia 706.110 - 279.283 - 6.384.316 7.369.709

- Área propícia de Ouroeste Área Propícia de Rubinéia - - - - - -

- Área Propícia de Rubinéia Área Propícia de Ilha Solteira 706.110 - 279.283 - 6.384.316 7.369.709

- Área Propícia de Ilha Solteira Confluência Canal de Pereira Barreto 706.110 - 279.283 - 6.384.316 7.369.709

- Confluência Canal de Pereira Barreto Área Propícia de Pereira Barreto 706.110 - 279.283 - 6.384.316 7.369.709 Área Propícia de Pereira Barreto Confluência Rio Tietê 944.496 122.878 560.117 716 7.080.043 8.708.251

- Confluência Rio Tietê / Rio Paraná Confl. Rio Tietê / Canal de Pereita Barreto 8.572.583 1.594.969 1.018.772 637.799 6.537.899 18.362.022 Confl. Rio Tietê / Canal de Pereita Barreto Araçatuba 8.576.097 1.717.847 1.494.656 638.515 4.854.480 17.281.594 Araçatuba Área Propícia de Buritama 10.375.399 1.776.872 1.296.838 693.052 5.253.412 19.395.573 Área Propícia de Buritama Área Propícia de Ubarana 12.746.819 2.054.607 1.485.875 758.023 7.275.915 24.321.240 Área Propícia de Ubarana Área Propícia de Sabino 13.939.411 2.368.179 1.271.566 1.327.312 8.990.310 27.896.777 Área Propícia de Sabino Área Propícia de Novo Horizonte 14.606.266 2.373.110 1.284.312 1.332.968 9.320.344 28.917.000 Área Propícia de Novo Horizonte Área Propícia de Ibitinga 14.829.106 2.495.988 1.248.459 1.337.555 9.642.412 29.553.520 Área Propícia de Ibitinga TUP Arealva 14.990.279 2.512.311 1.412.642 1.367.257 10.290.237 30.572.726 TUP Arealva TUP Bariri 14.947.283 2.512.311 1.412.642 1.367.257 9.280.634 29.520.128 TUP Bariri Pederneiras 14.947.283 2.512.311 1.412.642 1.367.257 9.280.634 29.520.128 Pederneiras Jaú 16.093.606 2.583.774 1.462.554 2.355.770 9.548.264 32.043.968 Jaú Confluência Rio Piracicaba/Rio Tietê 16.573.185 2.859.744 1.538.638 2.376.484 9.808.724 33.156.774 Confluência Rio Piracicaba/Rio Tietê Anhembi 63.810 - - - - 63.810 Anhembi Conchas - CNAGA - - - - - - Conchas - CNAGA Área Propícia de Laranjal Paulista - - - - - - Área Propícia de Laranjal Paulista Área Propícia de Tietê - - - - - - Área Propícia de Tietê Área Propícia de Porto Feliz - - - - - - Área Propícia de Porto Feliz Área Propícia de Salto - - - - - -

- Confluência Rio Piracicaba/Rio Tietê Santa Maria da Serra 16.509.375 2.859.744 1.538.638 2.376.484 9.808.724 33.092.965 Santa Maria da Serra Área Propícia de Piracicaba 16.639.232 3.039.032 1.550.163 2.565.491 10.073.001 33.866.919 Área Propícia de Piracicaba Área Propícia de Limeira 17.031.477 3.103.989 1.546.812 2.563.929 13.230.995 37.477.202 Área Propícia de Limeira Área Propícia de Paulínia 17.031.477 3.103.989 1.546.812 2.563.929 13.230.995 37.477.202

- TUP Santa Helena TUP Britânia 966.927 130.263 82.290 105.201 611.530 1.896.211 TUP Britânia Porto Mendes 966.927 130.263 82.290 105.201 611.530 1.896.211 Porto Mendes Área propícia de Guaíra 966.927 130.263 82.290 105.201 611.530 1.896.211 Área propícia de Guaíra Porto Morumbi 1.127.712 130.263 297.501 105.201 563.037 2.223.713 Porto Morumbi Porto Camargo 1.127.712 130.263 297.501 105.201 563.037 2.223.713 Porto Camargo Área propícia de Querência do Norte 1.127.712 130.263 297.501 105.201 563.037 2.223.713 Área propícia de Querência do Norte Área propícia de Batayporã 1.840.452 462.309 639.800 115.384 5.365.636 8.423.581 Área propícia de Batayporã Área propícia de Rosana 3.029.847 1.460.325 703.298 119.803 5.718.055 11.031.328 Área propícia de Rosana Epitácio / TUP Presidente Epitácio 4.396.381 1.462.908 954.574 271.323 6.367.633 13.452.819 Epitácio / TUP Presidente Epitácio Panorama 4.599.292 1.509.259 1.064.076 387.579 6.387.794 13.947.999 Panorama TUP Term. Intermodal Cargill (Três Lagoas) 4.479.841 1.593.130 803.862 363.010 6.525.568 13.765.411 TUP Term. Intermodal Cargill (Três Lagoas) Confluência Rio Tietê / Rio Paraná 8.572.583 1.594.969 1.018.772 637.799 6.537.899 18.362.022

Rio Grande

Rio Paranaíba

Rio Paraná

Rio Paraná

Rio São José

Canal de Pereira Barreto

Rio Tietê

Rio Piracicaba

Fluxo Total por Grupo 2030TRECHO

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As Figuras 10 a 13 ilustram o fluxo em cada trecho da hidrovia, considerando seus portos e terminais portuários.

Figura 10 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2015 (t)

Fonte: Elaboração própria

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Figura 11 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2020 (t)

Fonte: Elaboração própria

Figura 12 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2025 (t) Fonte: Elaboração própria

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Figura 13 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2030 (t)

Fonte: Elaboração própria

A maior parte da movimentação concentra-se nos rios Tietê e Piracicaba, aumentando nos trechos mais próximos do Porto de Santos. Após sua confluência com o Rio Tietê, o Rio Piracicaba apresenta-se como o melhor caminho até o Porto de Santos, resultando em um maior carregamento em seus trechos. No Rio Paraná, o fluxo aumenta em direção à confluência com o Rio Tietê, principalmente após a divisa entre os estados do Paraná e de São Paulo. Situação semelhante ocorre para o Rio Paranaíba, com fluxos maiores aparecendo mais próximos ao Rio Tietê.

O terminal de Anhembi, apesar de ser um importante entroncamento intermodal atualmente, apresenta uma baixa movimentação nas simulações. As novas áreas propícias de terminais situadas no Rio Piracicaba (como as de Paulínia e Piracicaba), mostraram estar melhor localizadas, com bons acessos rodoviários e ferroviários e à menor distância do Porto de Santos, atraindo a maior parte dos fluxos com origem ou destino a esse porto.

A expressiva movimentação da área propícia de Piracicaba (SP) em 2015 deve-se ao fato de a mesma fazer parte da rota de menor custo de importação ou exportação passando pelo Porto de Santos. Desse modo, verifica-se que os fluxos chegam ao porto de Santos, utilizam meios terrestres até embarcar em Piracicaba (SP) e seguem pela hidrovia até um terminal próximo ao seu destino final. O caminho inverso também ocorre com cargas destinadas ao Porto de Santos, aumentando a movimentação no terminal de Piracicaba (SP). A partir de 2025, a malha hidroviária estende-se até a área propícia do terminal de Paulínia (SP), que substitui Piracicaba como ponto mais a montante da hidrovia.

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Através de uma análise dos resultados, verificou-se que para o produto carga geral (pertencente ao Grupo 1), alguns fluxos utilizavam a hidrovia em distâncias curtas, menores do que 200 quilômetros, o que seria pouco provável de acontecer na prática. Isso é reforçado pelas características do produto, geralmente de maior valor agregado e transportado pelo modal rodoviário em curtas distâncias, não sendo usual a utilização de muitos transbordos.

Foram analisados os principais fluxos da movimentação do produto carga geral no horizonte de 2015, correspondendo a 58% da movimentação total do produto. Verificou-se que 38% dos fluxos analisados percorriam distâncias menores que 170 quilômetros e 10% situavam-se na faixa intermediária entre 170 e 230 quilômetros. O restante percorria distâncias maiores, mas muitas vezes utilizava a hidrovia em conjunto com os modais rodo e ferroviário para chegar ao destino final. A análise foi realizada também para o horizonte de 2025, com a extensão da hidrovia até Paulínia (SP) e os resultados obtidos foram semelhantes.

Baseando-se na análise realizada e em conjunto com os analistas da ANTAQ, decidiu-se pela retirada dos fluxos do produto carga geral que percorrem distâncias menores que 230 quilômetros. Com isso, em 2015, foram retiradas 1,28 milhões de toneladas ou 30% da movimentação desse produto na hidrovia. Utilizando a mesma distância de corte, o valor retirado aumenta nos horizontes seguintes, mas mantém-se próximo a 30% do carregamento do produto, chegando a 3,2 milhões de toneladas retiradas em 2030.

Apesar do aumento das projeções de demanda de minerais não metálicos, o principal produto do grupo de graneis sólidos, há uma diminuição da alocação na hidrovia. Através de uma análise detalhada da projeção, nota-se que apesar de a demanda total aumentar, a maior parte dos fluxos diminui de valor, inclusive aqueles alocados na hidrovia. Desse modo, o transporte de graneis sólidos na hidrovia diminui de 9,5 milhões de toneladas em 2015 para 5,3 milhões em 2030.

A partir de 2025, a malha hidroviária estende-se até a área propícia do terminal de Paulínia, que substitui Piracicaba como ponto final desse rio e passa a movimentar muitas cargas com origem ou destino ao Porto de Santos.

Em 2030, há um aumento da malha hidroviária no Rio Paranaíba. Havia um grande fluxo de minerais não metálicos, cerca de 3,9 milhões de toneladas, que utilizavam esse novo trecho da hidrovia, com embarque na área propícia de Cumari e desembarque em Itumbiara. No entanto, como no caso da carga geral, a distância hidroviária percorrida é pequena, (cerca de 140 quilômetros), sendo um caminho improvável de ocorrer na prática. Por isso, esse fluxo foi excluído das simulações e considerou-se que essa viagem continua a ser realizada através de rodovias, como acontecia antes da expansão desse trecho hidroviário.

8 AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE PROJETOS

Neste capítulo do relatório são apresentados os resultados da análise de viabilidade econômico-financeira das áreas propícias de terminais hidroviários que apresentaram movimentação significativa após as simulações do capítulo 7, considerando fatores tais como

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Investimento, Custo Operacional, Movimentação Média, Receita Média Anual, VPL e TIR. Para a Hidrovia do Paraná - Tietê, quinze terminais hidroviários foram analisados.

A Tabela 15 apresenta um comparativo entre as áreas propícias para instalação de terminais na Hidrovia Paraná-Tietê, avaliadas nesse capítulo do relatório.

Tabela 15 - Comparativo entre as áreas propícias para instalação de terminais

Fonte: Elaboração própria

Todos os terminais analisados nesse capítulo apresentam viabilidade, com VPL positivo e TIR próxima ou superior à TMA. Os terminais das áreas propícias de Querência do Norte e Sabino apresentam TIR um pouco inferior à TMA de 8,3%, mas foram considerados viáveis por se aproximarem desse valor e apresentarem VPL positivo.

Os terminais que apresentam melhores resultados são os que estão localizados nas áreas propícias de Piracicaba e Paulínia, com TIR de 36,44% e 23,28%, respectivamente. Os valores elevados são explicados pela grande movimentação, decorrente da atração das viagens com origem ou destino no Porto de Santos, como já mencionado no capítulo 7. As áreas propícias dos terminais de Ibitinga, Batayporã e Ubarana também apresentam bons valores de TIR e custos de investimento relativamente baixos.

Conforme exposto no Relatório de Metodologia, através das fórmulas aplicadas para proceder a esta análise, o valor da movimentação é determinante para estabelecer os investimentos, os custos e as receitas de cada área propícia de terminal. Consequentemente, os anos de abertura exercem influência significativa nessa análise, uma vez que a movimentação pode variar bastante em horizontes posteriores. Desse modo, mudanças nos anos de abertura podem alterar a viabilidade dos terminais analisados.

Na Figura 14 é representada a Hidrovia do Paraná-Tietê com seus terminais portuários existentes e áreas propícias para instalação de novos terminais portuários.

Área Propícia de terminal

Investimento (R$)

Custo Operacional

Médio (R$/ano)

Movimentação Média (t/ano)

Receita Média Anual (R$/ano)

VPL TIR StatusAno Ótimo de

Abertura

Batayporã 10.000.000 238.851 1.594.979 3.864.976 24.845.094 17,78% Viável 2015Buritama 53.000.000 1.521.229 4.919.747 14.126.862 73.721.061 12,63% Viável 2015Ibitinga 13.000.000 338.265 1.297.874 3.722.193 24.478.226 18,31% Viável 2015Paranaíba 8.000.000 241.680 657.663 1.902.382 9.298.889 10,60% Viável 2015Pereira Barreto 13.000.000 335.480 1.362.611 3.853.713 17.111.597 9,45% Viável 2015Querência do Norte 53.000.000 1.223.507 5.666.044 15.882.186 64.294.832 8,28% Viável 2015Ubarana 50.000.000 1.339.245 4.569.559 13.040.284 81.498.641 16,06% Viável 2015Sabino 13.000.000 422.485 1.141.129 3.336.558 13.409.615 8,22% Viável 2015Piracicaba 135.000.000 3.773.482 13.154.203 37.752.431 329.186.385 36,44% Viável 2015Rosana 32.000.000 1.058.821 3.678.230 10.860.213 44.928.074 8,66% Viável 2020Paulínia 290.000.000 8.795.984 42.192.471 120.067.995 805.234.448 23,28% Viável 2025Cumari 40.000.000 879.791 3.702.046 10.437.038 47.358.164 9,46% Viável 2030Guaíra 10.000.000 263.802 1.009.095 2.960.266 14.629.011 11,43% Viável 2030Itumbiara 45.000.000 981.634 3.912.557 11.046.675 46.935.779 8,42% Viável 2030Novo Horizonte 10.000.000 260.122 1.022.449 2.794.205 13.131.699 10,36% Viável 2030

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Figura 14 - Hidrovia do Paraná-Tietê com seus terminais existentes e áreas propícias

Fonte: Elaboração própria

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Hidrovia do Paraná-Tietê é hoje uma das mais importantes do país, atravessando uma região próspera e próxima aos grandes centros consumidores e ao Porto de Santos. A hidrovia já é navegável e possui diversos terminais hidroviários, no entanto, as simulações demonstram um potencial ainda inexplorado, mesmo com a forte concorrência dos modais rodoviário e principalmente, ferroviário.

A importância do Porto de Santos na logística da região fica evidente através da análise de fluxos dos rios da bacia. O Rio Tietê e seu afluente Piracicaba aparecem como principais rios da bacia e, convenientemente, seus cursos seguem em direção a esse porto e à capital São Paulo. Nota-se um aumento gradativo da movimentação nos trechos da hidrovia mais próximos a esses pontos. Os fluxos ao longo dos rios Paraná e Paranaíba também aumentam à medida que se aproximam da confluência com o Rio Tietê.

Os principais grupos de produtos com potencial para serem transportados na hidrovia são os de carga geral e graneis sólidos agrícolas. Os principais produtos desses grupos são: carga geral, papel e celulose e produtos da exploração florestal e silvicultura (do grupo de carga geral); açúcar, soja e milho (graneis sólidos agrícolas). Os outros grupos de produtos também apresentam fluxo significativo. Graneis sólidos, graneis líquidos e graneis líquidos agrícolas têm como principais produtos: minerais não metálicos, etanol e óleo de soja, respectivamente.

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De acordo com as simulações, as áreas propícias ao longo do Rio Piracicaba fazem parte da rota de menor custo de importação ou exportação que passam pelo Porto de Santos. A partir de Santos (SP), as cargas utilizam meios terrestres e embarcam nos terminais desse rio, principalmente em Piracicaba (em 2015 e 2020) e Paulínia (a partir de 2025). Seguem então por hidrovia até outros terminais próximos ao destino final. O fluxo inverso também ocorre para cargas destinadas ao Porto de Santos.

Com isso, os maiores carregamentos concentram-se nos terminais do Rio Piracicaba, em detrimento daqueles localizados no Rio Tietê, a jusante da confluência com o Rio Piracicaba. A inexpressiva movimentação obtida por Anhembi, um importante terminal já existente nesse trecho, mostra como a expansão do trecho navegável e a instalação de novos terminais poderia alterar a logística atual.

Através da análise das principais movimentações do produto carga geral nos horizontes de 2015 e 2025, verificou-se que boa parte dos fluxos percorria distâncias hidroviárias reduzidas e com diversos transbordos. Esse foi considerado um comportamento improvável de ocorrer tendo em vista o maior valor agregado dos produtos e a boa disponibilidade dos modais rodo e ferroviário na região.

Dessa forma, decidiu-se pela exclusão dos fluxos do produto carga geral que percorriam distâncias menores de 230 quilômetros dentro da hidrovia. Isso representou o corte de cerca de 30% da movimentação original desse produto. Em vista disso, torna-se necessária uma análise mais cuidadosa ao se utilizar os dados de movimentação desse produto, uma vez que não há indícios seguros da concretização do transporte de contêineres na hidrovia em distâncias curtas. Mesmo assim, o grupo de carga geral (Grupo 1), continuou apresentando movimentação elevada, principalmente devido a outros produtos como papel e celulose e produtos da exploração florestal e silvicultura.

Entre os terminais já existentes, São Simão, Araçatuba, Pederneiras e o TUP Cargill em Três Lagoas (MS) apresentaram boa movimentação. No entanto, a maior parte do carregamento ocorreu nas novas áreas propícias identificadas nesse estudo: Piracicaba, Paulínia, Ubarana, Buritama, Querência do Norte, entre outros. Essas áreas são elencadas a seguir, com o ano ótimo de abertura.

Área Propícia de Batayporã (2015);

Área Propícia de Buritama (2015);

Área Propícia de Ibitinga (2015);

Área Propícia de Piracicaba (2015);

Área Propícia de Paranaíba (2015);

Área Propícia de Pereira Barreto (2015);

Área Propícia de Querência do Norte (2015);

Área Propícia de Ubarana (2015);

Área Propícia de Sabino (2015);

Área Propícia de Rosana (2020);

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Área Propícia de Paulínia (2025);

Área Propícia de Cumari (2030);

Área Propícia de Guaíra (2030);

Área Propícia de Itumbiara (2030);

Área Propícia de Novo Horizonte (2030).

Essas áreas propícias com maior movimentação foram também as que apresentaram melhores indicadores econômicos, principalmente Piracicaba e Paulínia. Mesmo assim, todas elas apresentaram viabilidade, com TIR próxima ou superior à TMA e VPL positivo.

Verifica-se que há um grande número de áreas propícias ao longo do Rio Tietê localizadas próximas umas das outras. Como já mencionado no capítulo 6, isso ocorreu devido ao grande número de microrregiões do estado de São Paulo, o que resultou também em um grande número de áreas propícias.

Essas áreas propícias foram viabilizadas pela grande demanda de transporte e pela característica da distribuição da movimentação na hidrovia, altamente pulverizada, com um grande número de viagens distribuídas entre diversas áreas mencionadas. No entanto, nos casos em que há terminais muito próximos, pode ser mais interessante a construção de apenas um terminal, redimensionado para atender a uma demanda maior.

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REFERÊNCIAS

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Bacia do Paraná-Tietê Relatório Executivo

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FELIPE JUNIOR, N. F. O Porto Intermodal de Pederneiras e sua Contribuição para o Crescimento Econômico do Município. 2005. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Presidente Prudente, 2005. HIDAKA, C. Complexo portuário de São Simão é referência para hidrovia no Rio Tocantins. 2007. TOCANTINS (Estado): Secretaria da Comunicação Social. Disponível em: <http://secom.to.gov.br/noticia/2007/4/19/complexo-portuario-de-sao-simao-e-referencia-para-hidrovia-no-rio-tocantins/>. Acesso em: 28 ago. 2012. PREFEITURA MUNICIPAL DE PEDERNEIRAS. [2012]. Disponível em: <http://www.pederneiras.sp.gov.br/tiete/index.html>. Acesso em: 29 ago. 2012. PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA HELENA. Transporte. Terminal Portuário de Santa Helena. [2009]. Disponível em: <http://200.181.241.164/transporte.asp?nt=229>. Acesso em: 31 ago. 2012 VALEC ENGENHARIA, CONSTRUÇÕES E FERROVIAS S.A. Confirmação dos trechos rodo-ferro [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por <[email protected]> em 09 maio 2012.

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