Bahia - Sistema Fieb · 2017-05-23 · da alta engenharia para criar o Instituto de Tecnologias em...

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ISSN 1679-2645 FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA BAHIA SISTEMA FIEB Bahia ANO XXIV Nº 248 2017 A NOVA FACE DO CIMATEC Unidade do SENAI utiliza recursos da alta engenharia para criar o Instituto de Tecnologias em Saúde (ITS)

Transcript of Bahia - Sistema Fieb · 2017-05-23 · da alta engenharia para criar o Instituto de Tecnologias em...

ISSN 1679-2645

Federação daS INdúStrIaS do eStado da BahIa SIStema FIeB

Bahia

aNo XXIv Nº 248 2017

A novA fAce do cimAtec

Unidade do SENAI utiliza recursos da alta engenharia para criar

o Instituto de Tecnologias em Saúde (ITS)

editoRiAL

Quando surgiu, há 15 anos, o SENAI Cimatec veio para suprir um ni-

cho de mercado representado pela demanda reprimida por serviços

tecnológicos. Olhando em retrospecto, pode-se afirmar que dificil-

mente alguém poderia então intuir a dimensão que a unidade viria

a alçar apenas uma década e meia depois.

Considerada a unidade mais avançada do SENAI e um dos mais

importantes centros tecnológicos do país, com reconhecida atuação

em áreas como manufatura avançada, energia e sustentabilidade,

robótica e automação e novos produtos, o Cimatec desbrava cami-

nhos em busca de novas competências.

A partir da experiência obtida na atuação em biotecnologia,

que dispõe de laboratório bem equipado – aplicado mais à área de

alimentos, como também a sínteses de substâncias novas – a insti-

tuição parte para o desafio de implantar o Instituto de Tecnologias

em Saúde (ITS), com a missão de apoiar empresas nacionais, labo-

ratórios públicos e órgãos reguladores para a produção e avaliação

de insumos estratégicos para o Sistema Único de Saúde. O ITS vai

atuar basicamente em três áreas de competências: base química e

biotecnológica; equipamentos e materiais de uso em saúde; quali-

dade, regulação e gestão.

O projeto do Instituto prevê a construção de um novo prédio no

Campus Integrado Cimatec, com custo estimado de R$ 180 milhões.

O empreendimento ganhou impulso a partir da contratação do re-

nomado infectologista Roberto Badaró, contando já com pesquisas

em andamento e parcerias com centros tecnológicos internacionais

de excelência, como a Universidade de Harvard e o MIT (Instituto de

Tecnologia de Massachusetts).

O ITS irá desenvolver soluções inovadoras, utilizando novas tec-

nologias para auxiliar no controle e cura de enfermidades, por meio

de novos medicamentos, equipamentos, materiais e kits, em muitos

casos, barateando o custo de tratamentos. Uma atuação socialmen-

te relevante, à qual se somará o estímulo à atração de cadeias pro-

dutivas estratégicas para a economia baiana.

Com o novo instituto, o Sistema FIEB, ao qual o SENAI Cima-

tec está vinculado, adianta sua atuação prioritária nas principais

tendências tecnológicas da saúde: engenharia de tecidos, órteses e

próteses, aprimoramento e automação do diagnóstico por imagem,

terapias para a população da terceira idade, diagnóstico in vitro e

e-health (saúde digital), nanotecnologia, tecnologias assistivas, te-

rapia gênica e medicina personalizada.

Juntamente com o Cimatec Industrial, que se encontra com obras

em andamento em um amplo terreno no Polo Industrial de Cama-

çari, o ITS prepara o caminho a ser trilhado pela unidade do SENAI

nos próximos 15 anos.

Instituto terá investimento estimado em R$ 180 milhões e tornará a Bahia polo de difusão do conhecimento e de tecnologias aplicadas para a área de saúde

Bet

to Jr./Co

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to/S

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ieB

Aos 15 anos, Cimatec lança o ITS

Nevan Hanumara,

professor do

MIT, visitou o

Cimatec e elogiou

a instituição

4 Bahia Indústria

SindicatoS filiadoS à fiEB

Sindicato da indúStria do açúcar e do Álcool no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Fiação e

tecelagem no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do taBaco no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do curtimento de couroS e PeleS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria

do VeStuÁrio de SalVador, lauro de FreitaS, SimõeS Filho, candeiaS, camaçari, diaS d’ÁVila e Santo amaro, [email protected] /

Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de extração de ÓleoS Vege-

taiS e animaiS e de ProdutoS de cacau e BalaS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da cerVeja e

de BeBidaS em geral no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do PaPel, celuloSe, PaPelão, PaSta de

madeira Para PaPel e arteFatoS de PaPel e PaPelão no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do trigo,

milho, mandioca e de maSSaS alimentíciaS e de BiScoitoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de

mineração de calcÁrio, cal e geSSo do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da conStrução do eSta-

do da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de calçadoS, SeuS comPonenteS e arteFatoS no eStado da

Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de cerâmica e olaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS in-

dúStriaS de SaBõeS, detergenteS e ProdutoS de limPeza em geral e VelaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato

daS indúStriaS de SerrariaS, carPintariaS, tanoariaS e marcenariaS de SalVador, SimõeS Filho, lauro de FreitaS, camaçari, diaS

d’ÁVila, Sto. antônio de jeSuS, Feira de Santana e Valença, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no

eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de ProdutoS QuímicoS, PetroQuímicoS e reSinaS SintéticaS do

eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de material PlÁStico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de ProdutoS de cimento no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de

mineração de Pedra Britada do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de ProdutoS QuímicoS Para FinS

induStriaiS e de ProdutoS FarmacêuticoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de mÁrmoreS, gra-

nitoS e SimilareS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria alimentar de congeladoS, SorVeteS, SucoS,

concentradoS e lioFilizadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de carneS e deriVadoS do eStado

da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do VeStuÁrio da região de Feira de Santana, [email protected] / Sin-

dicato da indúStria do moBiliÁrio do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de reFrigeração, aQuecimento e

tratamento de ar do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de caFé do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de laticínioS e ProdutoS deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS in-

dúStriaS de aParelhoS elétricoS, eletrônicoS, comPutadoreS, inFormÁtica e SimilareS doS municíPioS de ilhéuS e itaBuna, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução de SiStemaS de telecomunicaçõeS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico de Feira de Santana, [email protected] /

Sindicato daS indúStriaS de reParação de VeículoS e aceSSÓrioS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato

nacional da indúStria de comPonenteS Para VeículoS automotoreS, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de

FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de coSméticoS e de PerFumaria do eStado

da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de arteFatoS de PlÁSticoS, BorrachaS, têxteiS, ProdutoS médicoS

hoSPitalareS, [email protected] / Sindicato Patronal daS indúStriaS de cerâmicaS VermelhaS e BrancaS Para conStrução

e olariaS da região SudoeSte e oeSte da Bahia [email protected] Sindicato da indúStria de aduBoS e corretiVoS agrícolaS do

nordeSte (Siacan) [email protected] / Sindicato nacional da indúStria da conStrução e reParação naVal e oFFShore (Sina-

Val) [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de PaniFicação e conFeitaria do eStado da Bahia, [email protected]

Filiada à

Bahia

fiEBPRESIDENTE antonio ricardo alvarez alban. 1° VICE-

-PRESIDENTE Carlos henrique Jorge Gantois. VICE-

-PRESIDENTES Josair Santos Bastos; eduardo Catha-

rino Gordilho; edison Virginio Nogueira Correia;

alexi pelagio Gonçalves portela Junior. DIRETORES

TITULARES alberto Cánovas ruiz;eduardo meirelles

Valente; renata Lomanto Carneiro müller; Fernando

Luiz Fernandes; Juan José rosario Lorenzo; theofilo

de menezes Neto; José Carlos telles Soares; angelo

Calmon de Sa Junior; Jefferson Noya Costa Lima;

Luiz Fernando Kunrath; João Schaun Schnitman;

antonio Geraldo moraes pires; mauricio toledo de

Freitas; Waldomiro Vidal de araújo Filho. DIRETORES

SUPLENTES Guilherme moura Costa e Costa; Glads-

ton José Dantas Campêlo; Cléber Guimarães Bastos;

Jorge Catharino Gordilho; marcelo passos de araú-

jo; roberto mário Dantas de Farias

conSElhoSMICRO E PEqUENA EMPRESA INDUSTRIAL Carlos henri-

que Jorge Gantois; ASSUNTOS FISCAIS E TRIBUTáRIOS

Sérgio pedreira de oliveira Souza; COMéRCIO ExTE-

RIOR angelo Calmon de Sá Junior; ECONOMIA E DE-

SENVOLVIMENTO INDUSTRIAL antonio Sergio alipio;

INFRAESTRUTURA marcos Galindo pereira Lopes;

INOVAçãO E TECNOLOgIA José Luis Gonçalves de al-

meida; MEIO AMBIENTE Jorge emanuel reis Cajazei-

ra; RELAçõES TRABALHISTAS homero ruben rocha

arandas; RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL

marconi andraos oliveira; JOVENS LIDERANçAS IN-

DUSTRIAIS Nayana Carvalho pedreira; PETRóLEO,

gáS E NAVAL humberto Campos rangel; PORTOS

Sérgio Fraga Santos Faria

ciEBPRESIDENTE reginaldo rossi. 1º VICE-PRESIDENTE Jor-

ge emanuel r. Cajazeira. 2º VICE-PRESIDENTE Carlos

antonio B. Cohim da Silva. 3º VICE-PRESIDENTE ro-

berto Fiamenghi. DIRETORES TITULARES arlene a. Vil-

pert; Benedito a. Carneiro Filho; Cleber G. Bastos;

Luiz da Costa Neto; Luis Fernando Galvão de almei-

da; marcelo passos de araújo; mauricio Lassmann;

paula Cristina Cánovas amorim; hilton moraes

Lima; thomas Campagna Kunrath; Walter José papi;

Wesley K. F. Carvalho. DIRETORES SUPLENTES antonio

Fernando S. almeida; Carlos antônio Unterberger

Cerentini; Décio alves Barreto Junior; Jorge r. de o.

Chiachio; Fernando elias Salamoni Cassis; José Luiz

poças Leitão Filho; mauricio Carvalho Campos; Su-

dário m. da Costa; CONSELHO FISCAL - EFETIVOS Luiz

augusto Gantois de Carvalho; rafael C. Valente; ro-

berto ibrahim Uehbe. CONSELHO FISCAL – SUPLENTES

Felipe pôrto dos anjos; rodolpho Caribé de araújo

pinho Neto; thiago motta da Costa

SESiPRESIDENTE DO CONSELHO E DIRETOR REgIONAL

antonio ricardo alvarez alban.

SUPERINTENDENTE armando da Costa Neto

SEnaiPRESIDENTE DO CONSELHO antonio ricardo a. alban.

DIRETOR REgIONAL Luís alberto Breda

DIRETOR DE TEC. E INOVAçãO Leone peter andrade

iElPRESIDENTE DO CONSELHO E DIRETOR REgIONAL

antonio ricardo alvarez alban.

SUPERINTENDENTE evandro mazo

DIRETOR ExECUTIVO DA FIEB

Vladson menezes

SUPERINTENDENTE ExECUTIVO DE SERVIçOS

CORPORATIVOS Cid Vianna

Informações sobre a atuação e os serviços oferecidos pelas entidades do Sistema FIEB, entre em contato

UNIDADES DO SISTEMA FIEB

sistema fieb nas mídias sociais

editada pela Gerência de Comunicação institucional

do Sistema Fieb

CONSELHO EDITORIAL mônica mello, Cleber Borges e patrícia moreira. COORDENAçãO EDITO-

RIAL Cleber Borges. EDITORA

patrícia moreira. REPORTAgEM

patrícia moreira, Carolina men-donça, marta erhardt, iverton Bispo (estagiário), Luciane Vi-vas (colaboração). PROJETO gRá-

FICO E DIAgRAMAçãO ana Clélia rebouças. FOTOgRAFIA Coper-photo. ILUSTRAçãO E INFOgRAFIA Bamboo editora. IMPRESSãO

Gráfica trio.

FEDERAçãO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA BAHIA

rua edístio pondé, 342 – Stiep, Cep.: 41770-395 / Fone:

71 3343-1280 www.fieb.org.br/bahia_indus-

tria_online

as opiniões contidas em artigos assinados não refletem necessa-riamente o pensamento da FieB.

fieB – fedeRAção dAs indústRiAs do estAdo dA BAhiA

sede: (71) 3343-1200

sesi – seRviço sociAL dA indústRiA

sede: 3343-1301@Educação de Jovens e Adultos – RMS: (71) 3343-1429 @Responsabilidade Social: (71) 3343-1490@Camaçari: (71) 3205 1801 / 3205 1805@Candeias: (71) 3601-2013 / 3601-1513@Itapagipe: (71) 3254-9901@Itaigara: (71) 3444-4250 / 4251 / 4253@Lucaia: (71) 3205-1801@Piatã: (71) 3503 7401@Retiro: (71) 3234 8200 / 3234 8221@Rio Vermelho: (71) 3616 7080 / 3616 7081@Simões Filho: (71) 3296-9300 / 3296-9330@Eunápolis: (73) 8822-1125@Feira de Santana: (75) 3602 9762@Sul: (73) 3639 9331 / 3639 9326@Jequié: (73) 3526-5518@Norte: (74) 2102-7114 / 2102 7133@Valença: (75) 3641 3040@Sudoeste: (77) 3422-2939 @Oeste: (77) 3628-2080

senAi – seRviço nAcionAL de ApRendizAgem industRiAL

sede: 71 3534-8090@Cimatec: (71) 3534-8090@Dendezeiros: (71) 3534-8090 @Cetind: (71) 3534-8090@Feira de Santana: (75) 3229-9100 @Ilhéus: (73) 3639-9300 @Luís Eduardo Magalhães: (77) 3628-6349@Barreiras: (77) 3612-2188

ieL – instituto euvALdo Lodi

sede: 71 3343-1384/1328/1256@Barreiras: (77) 3611-6136@Camaçari: (71) 3621- 0774@Eunápolis: (73) 3281- 7954@Feira de Santana: (75) 3229- 9150@Ilhéus: (73) 3639-1720@Itabuna: 3613-5805@Jacobina: (74) 3621-3502@Juazeiro: (74) 2102-7114@Teixeira de Freitas: (73) 3291-0621@Vitória da Conquista (77) 3201-5720@Guanambi (77) 3451-6070@Jequié (73) 3527-2331

cieB - centRo dAs indústRiAs do estAdo dA BAhiA

sede: (71) 3343-1214

Instituto em

Saúde vai

contar com a

expertise de

Roberto Badaró

SENAICImAtECAvANçA

16

Vinte e cinco empresas baianas serão

qualificadas a partir de parceria

firmada entre o IEL e o Grupo Boticário

para desenvolvimento de fornecedores

de produtos e serviços

ProgrAmA quAlIfICA forNECEdorES bAIANoS

Performances e esquetes marcaram

comemoração do aniversário do

espaço, que fomenta cultura e

promove atividades voltadas para o

trabalhador da indústria

SESI CElEbrA 20 ANoS do tEAtro do rIo vErmElho

sumáRio

12

Novas tecnologias vão ampliar as atividades do SENAI Cimatec

24

aNGeL

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Bet

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Setor de base

florestal segue com

bons resultados,

apesar do cenário

econômico

CoNtrAmão dA CrISE

6

aBaF/

DiV

ULG

ação

nº 248 mar/abr 2017

Betto Jr./Coperphoto/SiStema FieB

ShUtterStoCK

6 Bahia Indústria

Os reflexos da crise econômica e política que

o Brasil vive há mais de dois anos atingem

diversos setores produtivos do país e po-

dem ser constatados em números. De acor-

do com o IBGE, o 3° trimestre de 2016 fechou com re-

cuo de 0,8% da economia. Entre janeiro e setembro

do ano passado, o PIB caiu cerca de 4% em relação

ao mesmo período de 2015. A indústria tem demorado

a emitir sinais de recuperação. No entanto, seguindo

a tendência do ano passado, o setor de base florestal

continua apresentando resultados positivos.

Em 2016, de acordo com a Associação Baiana das

Empresas de Base Florestal (Abaf), o setor registrou

exportações no valor de US$ 7,6 bilhões. A produção

brasileira de celulose atingiu 18,7 milhões de tonela-

das e a de papel manteve-se estável, totalizando 10,3

milhões de toneladas. Na Bahia, a indústria florestal

cresceu mais de 5% nos últimos dois anos e detém 20%

das exportações – representando 5.4% do PIB –, além

de gerar mais de 300 mil empregos. Dados da IBÁ (In-

dústria Brasileira de Árvores) revelam que o volume de

exportações do setor registrou desempenho positivo

no primeiro bimestre de 2017. A celulose totalizou 2,3

milhões de toneladas exportadas em janeiro e feverei-

ro, alta de 3,4% em relação ao mesmo período de 2016.

Na Veracel, indústria de celulose sediada no Sul

da Bahia, a produção vem crescendo. No 1° trimestre

zona de confortoApesar da crise, setor de base florestal se beneficia de variáveis do cenário econômico e segue com bom desempenho

PoR Carolina Mendonça

do ano passado, foram produzidas 267.766 toneladas.

Em 2017, houve um aumento para 281.877 toneladas.

Para o diretor presidente da empresa, Sergio Alipio,

esse panorama só confirma a relevância do segmento

no estado. “Há dois anos, a exportação de celulose su-

pera a de petroquímicos no estado da Bahia”.

equAção fAvoRáveLA combinação de preços competitivos e câmbio fa-

vorável, mesmo com a queda do preço do dólar (que

já esteve na faixa de R$ 4 e agora está em R$ 3.2),

mantém os produtores em situação confortável. “Os

investimentos estão sendo mantidos: a Fibria está

investindo numa fábrica nova em Três Lagoas (MS),

a Suzano está expandindo a fábrica em Mucuri, aqui

na Bahia, e a BSC (Bahia Specialty Cellulose) vem

incrementado suas exportações, especialmente de

celulose solúvel”, conta um dos gerentes executivos

do Grupo Suzano e presidente do Sindipacel, Jorge

Cajazeira.

A área plantada em quatro regiões do solo baiano,

de 800 mil hectares (10% da produção nacional), ali-

menta segmentos como papel e celulose; construção

civil; movelaria; mineração; e energia de biomassa.

As perspectivas são otimistas. “A expectativa é que

até 2030 sejam 16 milhões de hectares plantados no

Brasil e a Bahia precisa estar preparada para con-

Bahia tem

800 mil

hectares

de áreas

plantadas

Bahia Indústria 7

setor e suas vantagens. Para rever-

ter esse quadro, a Abaf - em par-

ceria com uma série de entidades

ligadas à agricultura, indústria e à

qualificação de mão de obra, entre

elas a FIEB, – lançou o Programa

Mais Árvores Bahia.

A iniciativa tem como objeti-

vo incentivar o produtor rural a

investir no plantio e manejo de

florestas para uso múltiplo. Tam-

bém pretende contribuir para a

inclusão dos pequenos e médios

produtores e processadores de ma-

deira para uso múltiplo, visando

o atendimento da demanda por

móveis, peças e partes de madei-

ra na Bahia, hoje atendida majo-

ritariamente por outros estados.

As ações incluem mapeamento,

diagnóstico, capacitação tecnoló-

gica e consultoria gerencial para

empresas do setor (serrarias, car-

pintarias etc.); engajamento de

serrarias âncoras; fortalecimento

do cooperativismo, além de ações

de acesso a mercado e crédito. [bi]

DiVULGação aBaF

323 mil

NÚMEROS DO SETOR NA BAHIA

EMPREGOS MANTIDOS PELO SEGMENTO FLORESTAL BAIANO (2015)

MILhectaresde plantioscertificados

549DO TOTALplantado noESTADO

82%=

+ + =

=MAIOR RAZÃO

entre áreacertificada e

área plantadaNO BRASIL

CRESCIMENTO DO ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH) DOS MUNICÍPIOS (1991 a 2010)

63%

84%

MUNICÍPIOS NÃO FLORESTAIS

MUNICÍPIOS FLORESTAIS

A produtividade dos plantios de eucalipto da Bahia é a maior no mundo, principalmente pelas condições edafoclimáticas (relação planta-solo-clima para plantio) regionais e pela tecnologia de ponta empregada na cultura. Em 2014, a produtividade média dos plantios baianos de eucalipto atingiu 42 m³/ha/ano, superior à média brasileira e à média de outros importantes países produtores de florestas.

Fonte: Abaf

182 milresultantes do

efeito-renda

REGIÕES DE DESTAQUE

40 mil diretos

101 mil indiretos

OESTE

LITORALNORTE

SUL

SUDOESTE

quistar boa parte destes investi-

mentos”, defende o presidente da

Associação, Wilson Andrade.

Dos segmentos que compõem o

setor de base florestal, a produção

de energia de biomassa de euca-

lipto desponta como uma das mais

vantajosas. Além de contribuir

para a diversificação da matriz

energética do estado, atendendo a

demanda das regiões mais distan-

tes, é a que menos exige unidades

de transmissão, de acordo com

Andrade. “Na Bahia, temos bons

exemplos: a usina Campo Grande,

em implantação em Barreiras; a

unidade da ERB, que funciona na

Dow Química e atende boa parte da

sua demanda em energia e calor; e

a Solid – primeira fábrica de pel-

lets de madeira da Bahia, que será

inaugurada até junho”, anuncia.

O estado ainda não produz e

processa madeira plantada de for-

ma suficiente a atender o mercado

e a razão disso, segundo Andrade,

é a falta de conhecimento sobre o

8 Bahia Indústria

presença no interiorSeNai inicia construção de Centros de Formação profissional na região Central do estado

O SENAI-BA iniciou, em fe-

vereiro, a construção de

oito Centros de Formação

Profissional (CFP) no interior do

estado. A ação foi marcada pelos

lançamentos das pedras funda-

mentais nos terrenos destinados

às unidades em Ipirá e Serrinha,

na região Central. Ao todo, serão

oito Centros, com previsão de en-

trega até o fim deste ano. Além

de Ipirá e Serrinha, as cidades

beneficiadas com as unidades se-

rão Jequié e Guanambi (na região

Sudoeste), Jacobina e Senhor do

Bonfim (região Norte), Eunápolis

e Teixeira de Freitas (região Sul)

e Simões Filho e Candeias, na re-

gião de Camaçari.

As novas unidades vão oferecer

cursos de iniciação e qualificação

profissional aderentes à demanda

dos segmentos industriais predo-

minantes na região. Além de ati-

vidades específicas, serão contem-

pladas áreas transversais à indús-

tria, como eletricidade, mecânica,

segurança do trabalho e informáti-

ca. De acordo com o diretor do SE-

NAI-BA, Luís Brêda Mascarenhas,

a parceria com cada município vai

garantir a capacidade de operação

do CFP. “O Centro terá uma oferta

consistente de vagas, sintonizada

com a demanda do setor produtivo

de toda a região. Será uma unidade

completa, adequada ao porte da ci-

dade”, garantiu.

Os eventos de lançamento

contaram com a participação de

prefeitos da região e lideranças

políticas estaduais e locais. O

vice-presidente da FIEB, Edison

Nogueira, destacou que os Centros

vão qualificar trabalhadores, im-

pulsionando os negócios. “Tenho

convicção de que as unidades vão

trazer oportunidades para a re-

gião Central, que poderá se trans-

formar em um polo exportador de

artigos de couro para o país e para

o mundo”, pontuou. [bi]

SíLVio tito/Coperphoto/SiStema FieB

Dirigentes

do Sistema

e prefeitos da

região

lançaram

pedra

fundamental

em Ipirá

Parceria visa beneficiar startupsCom atuação reconhecida

na área de tecnologia e ino-

vação, fomentando o empre-

endedorismo por meio do

Acelera Cimatec - programa

que contempla incubação e

aceleração, além de outros

serviços de suporte ao de-

senvolvimento de negócios

tecnológicos - o SENAI Ci-

matec firmou parceria com a

INSEED, gestora de recursos

focada na área de inovação,

com o objetivo de acelerar o

processo de criação de star-

tups de base tecnológica.

As instituições estão so-

mando expertise para criar

dois fundos de investimentos

visando atender à necessida-

de de financiamento de pro-

jetos em áreas como manufa-

tura avançada, novas tecno-

logias para o setor de saúde e

robótica. A ideia é trabalhar

em duas frentes: um Fundo

para Estágios Iniciais, com

aporte inicial de R$ 100 mi-

lhões, para dar suporte à base

empreendedora que gravita

ao redor da incubadora do Ci-

matec; e um Fundo de Compe-

titividade, com aporte de R$

300 milhões para financiar as

empresas em estágio de matu-

ridade mais avançado.

"Essa foi a estratégia pen-

sada para que se consiga criar

um hub de tecnologia forte na

Bahia. Estamos elaborando o

modelo de governança e bus-

cando potenciais investido-

res", explica o conselheiro do

SENAI, Luiz Hermida.

circuito

Bahia Indústria 9

Por ClEbEr borgES

Selic exige cortes mais ousadosSe o Banco Central decidisse

antecipar os cortes na taxa Selic

previstos para ocorrer ao longo do

ano, não somente o governo

federal sairia ganhando, com a

redução dos custos do pagamento

da dívida pública, quanto a

economia, com forte incentivo à

retomada do crescimento. Isso

ajudaria a recuperar a situação

financeira das empresas e

também dos consumidores, ao

tempo em que frearia o ingresso

no país de dólar especulativo,

com impacto positivo sobre o

câmbio. A previsão da indústria é

de que os juros básicos da

economia caiam para 8,5% ao

ano no fim de 2017.

Brasil deve usar melhor mecanismos da OMC As exportações brasileiras

poderiam ser mais expressivas se

o País aproveitasse melhor

mecanismos da Organização

Mundial do Comércio (OMC) para

derrubar barreiras comerciais. Ao

contrário do que fazem os Estados

Unidos e países europeus, o

Brasil subutiliza os Comitês para

Levantar Preocupações

Comerciais Específicas na OMC.

Essa é a conclusão do Relatório

sobre Estratégias de Acesso a

Mercados, da Confederação

Nacional da Indústria, em

parceria com a Apex-Brasil. Nos

comitês, se as partes chegam a

um acordo, a questão está

resolvida. Sem acordo, elas vão a

uma instância superior. Nesses

foros, as principais economias do

mundo conseguem eliminar

muitas barreiras impostas a seus

produtos industriais e agrícolas.

“Em momentos de crise, só a imaginação é mais importante que o conhecimento”

Albert Einstein, autor da teoria da relatividade geral, um dos dois pilares da Física moderna.

PIB terá crescimento módicoEm relação ao desempenho da economia, a previsão

da indústria é que o Produto Interno Brasileiro (PIB)

crescerá apenas 0,5% em 2017. Pode não parecer

grande coisa, mas já é algo bom, pois viemos de dois

anos consecutivos de queda: -3,8%, em 2015; e

-3,6%, em 2016. Já o PIB industrial, depois de três

anos caindo, terá uma expansão de 1,3%, o que

anima um pouco o setor. O consumo das famílias

permanecerá estável (alta de 0,2%) e os

investimentos crescerão 2%. A taxa de desemprego

aumentará e fechará o ano em 13,3%, após se situar

em 8,5%, em 2015; e em 11,5%, em 2016.

Inflação deve fechar ano em 4,2%De acordo com o estudo trimestral

Informe Conjuntural, da

Confederação Nacional da

Indústria (CNI), a indústria estima

que a inflação fechará o ano em

4,2%, abaixo do centro da meta de

4,5% fixado pelo governo, o que é

um incentivo a mais para reduzir

os juros. Em 2015, a inflação

alcançou 10,7% e, em 2016, ficou

em 6,3%. O baixo consumo,

provocado pelo desemprego

e pelo alto

endividamento das

famílias brasileiras,

explica o arrefecimento

da inflação, de acordo

com a publicação. Sem

consumo, as

empresas adiam

investimentos, as

famílias adiam

compras e a economia

perde sustentação.

10 Bahia Indústria

sindicatos

Sipaceb elege nova diretoriaO Sindicato das Indústrias de Panificação e

Confeitaria do Estado da Bahia (Sipaceb) está

com nova diretoria. O empresário Cosme Fred

Rios Santana foi eleito presidente para mandato

até 2019. Ele destaca como principal foco da

atuação da entidade a disseminação, entre os

empresários do setor, da necessidade de

qualificação empresarial. “Acreditamos que não

haverá melhora de produtividade do setor sem a

qualificação do empresário”, afirmou.

Os conceitos e estilos de lideranças mais eficazes, além da importância

da atuação do líder para os resultados da empresa foram apresentados

a representantes de indústrias de autopeças, dia 14.03, no curso

Liderança para o Chão de Fábrica, promovido pelo Sindipeças no

SENAI Cimatec. A capacitação abordou temas como comunicação em

público e desenvolvimento de equipes. O especialista em Liderança,

Washington Zucoloto ministrou o treinamento. “O principal propósito é

fomentar o conhecimento em áreas como liderança e cultura lean

manufacturing, elevando a competitividade do segmento”, ressalta o

diretor regional Bahia do Sindipeças, Marcelo Sena.

Curso com foco em liderança

oficina debate projetos para captar recursos

O consultor da CNI, Michel Freller

Sindicato de mármores e granitos inicia agenda de reuniões itinerantesCom encontros em Feira de

Santana e Ourolândia, o

Simagran-BA iniciou a

programação de reuniões

itinerantes de 2017. Os eventos

contaram com palestras sobre

temas como eficiência energética

e design em marmorarias. A

proposta é realizar encontros em

cidades estratégicas para levar

informações e discutir soluções e

demandas das empresas do

interior. “É papel do sindicato

levar informação para que os

empresários possam agir pela

melhoria da competitividade dos

negócios”, afirmou Marcos Regis,

presidente do Simagran.

Siacan busca competitividade, inovação e qualidade do setorA agricultura do Nordeste se

mantém como a atividade

fundamental para a economia da

região. A indústria de adubos e

corretivos agrícolas tem

importante papel ao trazer os

elementos imprescindíveis às

lavouras: os nutrientes para as

plantas. A afirmação é do

presidente Sindicato da Indústria

de Adubos e Corretivos Agrícolas

do Nordeste (Siacan), Thomas

Bernard. Reeleito em 2016, com

mandato até 2019, ele destaca que

“o setor trabalhará para

desenvolver a indústria nacional,

mantendo um alto nível de

competitividade”.

aNGeLo poNteS / Coperphoto /SiStema FieB

Apresentar ferramentas e estratégias para que

os sindicatos possam buscar recursos para

melhorar seu desenvolvimento foi o objetivo

da oficina Projetos para Captação de Recursos.

Aliando teoria e prática, a oficina abordou

temas como captação e planejamento,

principais fontes e estratégias para captação

de recursos. “Uma das principais estratégias é

a elaboração de projetos. A ferramenta auxilia

os sindicatos a mobilizar e captar recursos”,

explicou o consultor da CNI, Michel Freller.

Esta foi a primeira ação, em 2017, do Programa

de Desenvolvimento Associativo (PDA) para

líderes e executivos sindicais.

Com 30 anos de experiência na área, Zucoloto ministrou o treinamento

Beto Jr. / Coperphoto /SiStema FieB

Bahia Indústria 11

Uma delegação de 30 diplomatas do Ministério das

Relações Exteriores conheceu, dia 23.03, a Rota

do Charuto, no Recôncavo baiano. A rota é uma

programação pelas fazendas e fábricas produtoras,

apresentando a cadeia produtiva do tabaco, desde

o plantio da semente até o charuto finalizado, além

de toda história e cultura que envolve o produto. O

roteiro é coordenado pelo Sinditabaco-BA e envolve os

municípios de São Gonçalo dos Campos, Governador

Mangabeira, Muritiba, São Félix e Cachoeira.

Treinamento capacita líderes com foco em estratégias de vendasCiente do desafio enfrentado

pelas empresas para prospectar

clientes e ampliar vendas, o

Sindcosmetic-BA promoveu, dia

07.03, o treinamento Liderança

com Foco em Estratégias de

Vendas. “Para ganhar mercado, o

caminho passa pela preparação

das equipes. O objetivo do

treinamento é apresentar

ferramentas que contribuam para

a prospecção de mercado”,

afirmou Raul Menezes, presidente

do sindicato.

Um dos temas abordados foi o

diferencial competitivo. “Para que

se consiga vender em um mercado

competitivo, é preciso estar

alinhado com alguma estratégia

que o seu concorrente não tenha”,

defendeu o consultor, Josicleido

Nogueira.

diplomatas conhecem a rota do Charuto

Rota engloba municípios do Recôncavo Baiano, como Cachoeira, São Félix e Muritiba

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Rede sindical discute perspectivas para a IndústriaPara fortalecer o vínculo e

ampliar o alinhamento entre

sindicatos, federações e CNI

acerca de temas prioritários do

setor produtivo, foi realizado, dia

07.03, o 1º Diálogo da Rede

Sindical da Indústria, uma ação

do Programa de Desenvolvimento

Associativo (PDA).

O encontro foi transmitido por

videoconferência para

Federações de todo o país, e além

de apresentar a Rede Sindical da

Indústria, discutiu as

perspectivas nos cenários

econômico e político.

Sinec tem nova gestãoO Sindicato das Indústrias de

Aparelhos Elétricos, Eletrônicos,

Computadores, Informática e

similares de Ilhéus e Itabuna

(Sinec) iniciou 2017 com nova

gestão. Tomou posse para a

presidência o empresário Silvio

Comin, que fica no comando da

entidade até 2019.

Entre as prioridades, está a

ampliação do quadro de

associados e a realização do

estudo de aumento de base

territorial do sindicato.

Salvador sedia xVIII SANNAREficiência energética, novas tecnologias,

tendências de mercado e qualidade do ar de

interiores foram alguns dos temas discutidos

no XVIII Salão Norte Nordeste de Ar

Condicionado e Refrigeração, promovido pelo

Sindratar-BA, em parceria com a Novatécnica e

o Sistema FIEB, dias 29 e 30.03. Além de

palestras, os participantes puderam conferir

soluções oferecidas por empresas do setor, em

estandes montados no local. “As palestras

contribuem para o aperfeiçoamento técnico dos

profissionais. Além disso, é uma oportunidade

para promover a interação entre fabricantes e

empresas locais”, pontuou o diretor do

Sindratar, Francisco Redondo Filho. Em

paralelo à programação do SANNAR foi

realizado, dia 31.03, o 5º Seminário de

Qualidade do Ar de Interiores, que teve como

foco principal o ambiente hospitalar.

Sinduscon reforça campanha de combate ao Aedes aegyptiCom o início da temporada de

chuvas, o Sinduscon-BA reforçou

a campanha de conscientização

contra o mosquito Aedes aegypti,

transmissor das doenças dengue,

zika, chikungunya e febre

amarela. A campanha, que teve

início em 2015, envolve a

mobilização de seus associados

para a importância das ações

preventivas nos canteiros de obra.

O trabalho é realizado pela Tenda

Bahia, através de agentes

comunitários de saúde e com a

participação de seus

funcionários. As ações são

desenvolvidas constantemente a

fim de eliminar a água parada e

possíveis criadouros do mosquito.

12 Bahia Indústria

Vinte e cinco empresas baianas fornecedoras

de produtos e serviços serão qualificadas gra-

ças a uma parceria firmada entre o Instituto

Euvaldo Lodi (IEL) e o Grupo Boticário. As em-

presas vão participar do Programa de Qualificação de

Fornecedores (PQF), que tem como objetivo fortalecer

a cadeia produtiva e promover o desenvolvimento lo-

cal, com a qualificação de empresas fornecedoras.

Com uma fábrica e um Centro de Distribuição ins-

talados na Bahia desde 2014, a empresa de cosméti-

cos tem, entre suas prioridades, o desenvolvimento

de fornecedores. “Nosso objetivo é gerar emprego e

renda na Bahia. Por isso a parceria com o IEL é funda-

mental, pois podemos desenvolver esses fornecedo-

res para que, ano após ano, estejam capacitados para

trabalhar junto ao Grupo Boticário”, explicou o dire-

tor de Suprimentos do Grupo Boticário, Fábio Miguel.

Há mais de 10 anos o IEL prepara micro, pequenas

e médias empresas baianas através do PQF. Ao longo

deste tempo, mais de 480 organizações foram aten-

didas para melhorar a qualidade de gestão, reduzir

custos e aumentar as oportunidades de negócios.

“Um dos nossos grandes desafios é ajudar os for-

necedores locais a se desenvolverem para atender aos

requisitos definidos por grandes empresas instaladas

no estado. Com isso, estamos cumprindo a nossa mis-

são, que é contribuir para a competitividade das em-

presas baianas”, destacou o superintendente do IEL,

Evandro Mazo.

O Programa de Qualificação de Fornecedores é

Parceria para desenvolver fornecedoresieL e Grupo Boticário vão qualificar 25 empresas baianas fornecedoras de produtos e serviços

Por Marta erhardt

Estudantes

são preparados

para

desenvolver

soluções

práticas, como

o carrinho

elétrico (acima,

à esq)

Bahia Indústria 13

eDSo

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ação

aNGeLo poNteS/Coperphoto/SiStema FieB

dividido em cinco etapas: definição dos critérios e

requisitos técnicos de aquisição (junto à empresa

âncora); identificação, sensibilização e seleção de

fornecedores locais; desenvolvimento e certificação

de fornecedores selecionados; ações de aproximação

comercial e de acesso a mercados; e gestão e monito-

ramento de ações e resultados.

As empresas fornecedoras participantes são au-

xiliadas na implantação de 92 práticas de excelência,

distribuídas em 10 critérios. Ao final do processo, elas

podem ser certificadas nas categorias Diamante, Rubi

e Topázio. Entre as empresas-âncoras que têm parceria

com o IEL para desenvolver fornecedores estão Deten

Química, Cristal, Veracel e Monsanto do Brasil.

gRupo BoticáRioConstituído em 2010, o Grupo Bo-

ticário é uma referência interna-

cional no varejo de beleza. Con-

trola quatro unidades de negócio

(O Boticário, Eudora, Quem Disse

Berenice? e The Beauty Box), e é

mantenedor da Fundação Grupo

Boticário de Proteção à Natureza,

criada em 1990. A holding do setor

de cosméticos está presente em 11

países e conta com uma força de

trabalho composta por 7 mil cola-

boradores diretos. [bi]

Com o objetivo de promover o networking, ge-

rando oportunidade de negócios entre as em-

presas participantes, foi realizada uma Rodada

de Negócios na fábrica da holding do setor de

cosméticos, em Camaçari. Para o evento, foram

selecionadas 64 fornecedoras de áreas prioritá-

rias apontadas pelo Grupo Boticário, que tive-

ram encontros com duração máxima de 20 mi-

nutos para apresentar seus produtos e serviços.

Na abertura do encontro, o diretor de Supri-

mentos do Grupo Boticário, Fábio Miguel apre-

sentou a trajetória do Grupo, que atualmente

conta com mais de 3.900 fornecedores de pro-

dutos (matérias-primas, embalagens) e 227 for-

necedores de serviços. Na Bahia, são 282 forne-

cedores e a ideia é ampliar este

número.

A empresária Noêmia Dal-

tro, da empresa Dapi, do seg-

mento de cosméticos, falou

sobre a expectativa em relação

ao encontro. “Nós, pequenas

empresas, estamos vendo uma

grande chance de negócios

neste evento que reúne o Grupo

Boticário e o Sistema FIEB. Isso

é tudo que precisamos para dar

um passo largo e seguro”.

A Rodada de Negócios con-

tou com a presença de outros

representantes do Grupo Bo-

ticário, a exemplo do gerente

Industrial da planta da Bahia,

Leandro Balena; do gerente

de Suprimentos Indiretos do

Grupo, Veridiano Andrade, e

do gerente de Suprimentos Di-

retos, Rafael Muller. Também

participou do evento a direto-

ra de Atração de Investimen-

tos da Secretaria de Desen-

volvimento Econômico (SDE),

Andréa Lanza.

Rodada de Negócios

Fábrica do

grupo Boticário

e Rodada de

Negócio com

fornecedores

baianos

14 Bahia Indústria

Projeto do vlt em Salvador é apresentado na fIEb

O secretário

Bruno Dauster

participou da

reunião do

Coinfra

Convidado para a reunião do Conselho de Infraestrutura da FIEB

(Coinfra), em 13.03, o secretário da Casa Civil, Bruno Dauster,

apresentou o projeto do Veículo Leve sobre Trilhos – VLT, que

deverá atender mais de 600 mil moradores do Subúrbio

Ferroviário de Salvador. Dauster detalhou o projeto, que vai

substituir os trens do subúrbio e ampliar a ligação desta região até

o bairro do Comércio, além de falar sobre a situação de outras

importantes obras para o estado, como a ponte Salvador-Itaparica,

o Metrô, novas rodovias e a Ferrovia Oeste-Leste (Fiol). O VLT terá

18,5 quilômetros de extensão e 21 estações. Atualmente, a malha

ferroviária que liga Paripe à Calçada é de 13,6 quilômetros e está

em funcionamento desde a década de 1970.

JeFFerSoN peixoto/Coperphoto/SiStema FieBconselhos

Caft defende simplificação do ICMS Atender exigências da Secretaria da Fazenda

do Estado da Bahia (Sefaz) relativas às

obrigações acessórias impõe às empresas a

manutenção de uma estrutura dispendiosa.

Por essa razão, especialistas acreditam que,

para simplificar a legislação do ICMS, o

primeiro passo seja eliminar as obrigações

acessórias ou, ao menos, tornar o assunto

menos complexo. Esta visão foi defendida pelo

consultor tributário do Grupo de Estudos

Tributário Aplicados (Getap), André Bizarro,

em reunião do Conselho de Assuntos Fiscais e

Tributários da FIEB (Caft), em 10.03. No

mesmo dia, ele esteve na Sefaz, na companhia

do coordenador do Caft, Sérgio Pedreira, onde

apresentou proposta da Getap, que tem um

projeto de simplificação do sistema tributário.

Vice-coordenador do Citec recebe premiaçãoA Federação das Associações das Empresas

Brasileiras de Tecnologia da Informação

(Assespro Nacional) concedeu ao vice-

coordenador do Conselho de Inovação e

Tecnologia da FIEB (Citec), Ruben Delgado, o

prêmio Personalidade Assespro, como

Empresário de Destaque. A premiação é

destinada aos empresários que mais

contribuíram no avanço das propostas do

setor nacional de Tecnologia de Informação

nos últimos cinco anos. A solenidade de

entrega aconteceu em 15.03, em Brasília.

Compem realiza reunião itinerante em Santo Antonio de JesusCom o objetivo de identificar demandas de

micro, pequenas e médias empresas industriais

do Recôncavo foi realizada, em 19.04, em

Santo Antônio de Jesus, a quarta reunião

itinerante do Conselho da Micro e Pequena

Empresa Industrial da FIEB (Compem).

Participaram do encontro o 1º vice-presidente

da FIEB, Carlos Gantois, o presidente do CIEB,

Reginaldo Rossi e o presidente do Sindicer,

Jamilton Nunes, além de representantes do

setor industrial e do governo.

Bahia Indústria 15

Segurança jurídica na relação entre fisco e contribuinterepresentantes do setor produtivo apresentam projeto de Código estadual de Defesa do Contribuinte ao presidente da alba

A complexidade do sistema

tributário e a dinâmica com

que são alteradas as suas

normas, especialmente na esfera

estadual, trazem prejuízos aos con-

tribuintes. Diante disso, a FIEB, em

parceria com a Fecomércio e com

o Fórum Empresarial da Bahia,

elaborou minuta de Projeto de Lei

que institui o Código Estadual de

Defesa do Contribuinte. O texto

foi entregue no dia 18.04, ao pre-

sidente da Assembleia Legislativa

da Bahia (Alba), Ângelo Coronel, e

à deputados que compõem as Fren-

tes Parlamentares da Indústria e de

Defesa dos Comerciários da Bahia.

O Código de Defesa do Con-

tribuinte Estadual visa garantir

segurança jurídica nas relações

entre o Fisco Estadual e os con-

tribuintes, fortalecendo a relação

entre esses atores e facilitando

o cumprimento das obrigações

tributárias por ambas as partes.

“Esta iniciativa é mais um pas-

so no sentido de mantermos um

bom diálogo, tendo em vista o

desenvolvimento econômico do

nosso estado, que não pode mais

perder tempo”, disse o presidente

da FIEB, Ricardo Alban, no ato da

entrega do texto do Projeto de Lei

aos parlamentares.

“O empresariado sabe como

está difícil sobreviver neste perí-

odo de crise, então todas as ini-

ciativas que podem dar vida aos

negócios ainda existentes, e aos

novos, são importantes”, pon-

tuou o presidente da Fecomércio,

Carlos Andrade.

O presidente da Alba garantiu

que o PL será tema de discussão

em reunião do Conselho de Líde-

res da Assembleia, e que a ideia é

fazer com que a proposta seja aco-

lhida com brevidade pela casa, já

que se trata “de um projeto que é

bom para a Bahia, independente

de quem o apresente em plenário”.

Estiveram presentes os depu-

tados da Frente Parlamentar da

Indústria Nelson Leal (presiden-

te), Pablo Barrozo, Leur Lomanto

Júnior e Sandro Régis, e da Fren-

te em Defesa dos Comerciários

da Bahia participaram Reinaldo

Braga e Adolfo Viana, além do

presidente da ACB, Luiz Fernando

Studart, e o presidente da CDL Sal-

vador, Antoine Tawil.

pRojeto de Lei O projeto traz normas gerais de

direito tributário, em caráter su-

pletivo às já editadas pelo Poder

Legislativo Federal, preenchendo

as atuais lacunas normativas que

têm provocado discussões e diver-

gências entre a Administração Fa-

zendária e os contribuintes.

Código semelhante já existe

em dez estados brasileiros, entre

os quais Pernambuco e Ceará.

Especialistas da área do direito

tributário defendem que o marco

normativo traz diversos ganhos,

não apenas para os contribuintes

do estado, mas para o fisco esta-

dual, que contará com um impor-

tante instrumento para guiar suas

condutas, diminuindo, inclusive,

o número de ações nos âmbitos

administrativo e judicial. [bi]

JeFFerSoN peixoto/Coperphoto/SiStema FieB

Presidentes

da FIEB e

Fecomércio

entregaram

documento a

parlamentares

16 Bahia Indústria

análise de fármacos e desenvolvimento de equipamentos hospitalares estão na mira

do itS, em implantação no Cimatec

tecnoLogiAspARA A sAúde

Por Carolina Mendonça

Bahia Indústria 17

tentos às demandas do mercado, às com-

petências transversais das instalações

e recursos humanos do SENAI Cimatec,

dirigentes do Sistema FIEB e da institui-

ção vêm estruturando, dentro do cam-

pus, desde o final de 2016, o Instituto de

Tecnologias em Saúde (ITS). Impulsionado pela chegada

do renomado infectologista Roberto Badaró ao projeto,

o ITS ganhou musculatura e já tem pesquisas em anda-

mento e parcerias com centros tecnológicos internacio-

nais de excelência, como a Universidade de Harvard e o

MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts).

O novo braço do Cimatec tem como missão apoiar em-

presas nacionais, laboratórios públicos e órgãos regula-

dores na sua qualificação para a produção de insumos es-

tratégicos para o Sistema Único de Saúde (SUS). “Estamos

refinando o modelo conceitual, mas já disparamos

projetos com demanda definida, a exemplo

da área de fármacos e medicamen-

tos”, conta Leone Andra-

Betto Jr./Coperphoto/SiStema FieB

18 Bahia Indústria

Betto Jr./Coperphoto/SiStema FieB

de, diretor de Tecnologia e Inova-

ção da instituição. Ele explica que

o ITS vai atuar com base em três

pilares: Base química e biotecnoló-

gica; Equipamentos e materiais de

uso em saúde; Qualidade, regula-

ção e gestão.

O projeto do Instituto prevê a

construção de um novo prédio no

Campus Integrado de Tecnologia e

Manufatura (Cimatec), com custo

estimado de R$ 180 milhões. O Mi-

nistério da Saúde já acenou com a

possibilidade de aportar recursos,

mas enquanto estes ainda não es-

tão garantidos, o empreendimento

vai caminhando com esforços e es-

truturas internos. “Há competên-

cias no Cimatec que já podem ser

aplicadas para o desenvolvimen-

to de produtos e tecnologias para

a área de saúde. Um exemplo é o

laboratório de biotecnologia, que é

aplicado mais à área de alimentos,

mas faz sínteses de substâncias

novas”, aponta o pesquisador che-

fe do ITS, Roberto Badaró.

De acordo com o presidente da

FIEB, Ricardo Alban, o ITS poderá

desenvolver soluções inovadoras,

utilizando novas tecnologias pa-

ra auxiliar no controle e cura de

enfermidades por meio de novos

medicamentos, equipamentos,

materiais e kits, além de atrair

cadeias produtivas interessantes

para a economia baiana. “Existem

procedimentos, como a cirurgia de

próstata com robôs, que custam

entre R$ 20 mil e R$ 30 mil para o

SUS, porque os equipamentos são

importados. Se produzirmos aqui,

este custo vai cair para algo entre

R$ 3 mil e R$ 4 mil”, projeta.

pARceRiAsUm acordo assinado em novembro

de 2015, entre o SENAI e a Fiocruz,

visando o desenvolvimento de

programas, projetos e atividades,

está rendendo frutos no âmbito

do ITS. As duas instituições têm

em andamento projetos na área

de análises químicas e estudos na

área de cromatografia para leish-

mania. “Temos trabalhos também

na área de emissões, a parte relati-

va a citotoxicidade de gases e esta-

mos fechando algumas atividades

vinculadas à pós-graduação, para

que a gente possa ter intercâmbio

de professores e alunos dos pro-

gramas deles e dos nossos, que

tenham projetos de dissertação ou

de tese, que possam transitar nes-

ta área de saúde”, conta a gerente

do ITS, Josiane Barbosa.

O reconhecimento da dinâmica

integrada do SENAI Cimatec – com

desenvolvimento de pesquisa,

oferta de soluções inovadoras pa-

ra a indústria e educação de ponta

–, um modelo único de atuação no

país, e o trabalho de interlocução

efetuado por Badaró resultaram

em parcerias recentes para a ins-

tituição. Após uma missão aos Es-

tados Unidos, em março, em que

ele, juntamente com Leone Andra-

de e Ricardo Alban prospectaram

possíveis cooperações científico-

-tecnológicas, o campus recebeu

pesquisadores de peso e começa-

ram a surgir novas oportunidades

de transferência de tecnologia e

inovação na área de saúde.

O presidente do Instituto de

Pesquisa de Doenças Infecciosas

(Infectious Disease Research Ins-

titute – IDRI), de Seattle (EUA),

Steven Reed, esteve no Cimatec e

assinou protocolo de cooperação

com a casa para o intercâmbio de

profissionais. “Vamos enviar um

pesquisador nosso para lá, reali-

zando transferência de tecnologia

Acima, o

SENAI Cimatec

recebe a visita

do professor

Nevan

Hanumara,

do MIT, fruto

de uma das

parcerias

articuladas

pelo

pesquisador

chefe do

Instituto,

Roberto Badaró

FotoS Betto Jr./Coperphoto/SiStema FieB

Bahia Indústria 19

de alguns adjuvantes para serem utilizados em vacinas. Esta parceria

também será essencial para a montagem do nosso laboratório de bio-

logia molecular”, diz Josiane.

A instituição assinou um memorando de entendimento com o presi-

dente do Elucida Research, instituto situado na Harvard Medical Scho-

ol, Preston Mason. A parceria prevê intercâmbio de protocolos, informa-

ções e cientistas, além de projetos conjuntos de pesquisa e publicações,

principalmente na área de controle de qualidade de medicamentos.

Em viagem pela América Latina, o cientista pesquisador do MIT,

Nevan Hanumara, esteve no Cimatec, nos dias 20 e 21 de abril, quan-

do visitou suas instalações, conheceu projetos, proferiu palestra pa-

ra professores e estudantes da casa e conversou com os gestores do

ITS sobre modelo de negócio. “Estou muito impressionado de ver esta

combinação de design e fabricação, assim como de ensino e pesquisa.

É muito similar com o que temos no MIT, mas as instalações de fa-

bricação do Cimatec são muito melhores. Também é maravilhoso que

vocês o façam combinando o ensino técnico com alta engenharia”, en-

fatizou o cientista, que também é professor.

Hanumara deixou claro o desejo de realizar trabalhos conjuntos com

os profissionais que lá conheceu. “Pelo que ouvi nas discussões das

quais participei, as pessoas estão nutridas de interesses, nutridas de

entusiasmo. Se o Cimatec atrair a organização de um sistema, o mind-

set (mentalidade) do negócio, e bastante amor e carinho, vocês podem

fazer algo realmente impactante aqui, para a Bahia e o Brasil”, acredita.

peRspectivAsCom a criação do ITS, pretende-se atuar nas principais tendências

tecnológicas e assistenciais da atualidade: engenharia de tecidos, ór-

teses e próteses, aprimoramento e automação do diagnóstico por ima-

gem, terapias para a população a terceira idade, diagnóstico in vitro e

e-health (saúde digital), nanotecnologia e TIC, tecnologias assistivas,

terapia gênica, produtos biológicos e medicina personalizada.

A consolidação do instituto poderá ser um importante vetor de

atração de investimentos para o estado, especialmente de startups

e plantas fabris de empresas do setor farmacêutico e de dispositivos

médicos. O projeto conta com o apoio dos ministérios da Saúde e de Ci-

ência e Tecnologia, governo da Bahia e parlamentares do estado. “No

pilar mais ligado a equipamentos, temos um projeto estruturante, que

é o curso de graduação em Engenharia Biomédica, o qual devemos

lançar em 2018 e, a primeira turma, em 2019. Também já estamos tra-

balhando em outro pilar, que é regulação, por meio de reuniões com

representantes da Anvisa, Ministério da Saúde e alguns fóruns espe-

cíficos”, conta Leone Andrade.

O diretor de Tecnologia e Inovação diz ainda que, enquanto não é

possível erguer um novo edifício, há espaço em um dos prédios do

campus do Cimatec para montar os primeiros laboratórios. Além dis-

so, o Cimatec Industrial, cujas obras estão em andamento em um ter-

reno nas proximidades do Polo Industrial de Camaçari, terá uma área

reservada aos projetos na área de saúde.

àreas de atuação do its

» quALidAde, ReguLAção e gestão

Acompanhamento das regulamentações nacionais

requeridas para aprovação de um produto em saúde;

acompanhamento de processos para inclusão de um

produto no SUS; análise econômica e captação de

recursos para realização de pesquisa, desenvolvimento

e produção em território nacional; consultoria em

gestão e qualidade para unidades de saúde

Indústrias do setor de mecânica, eletrônica,

softwares, TICs e matérias, quando aplicáveis à

equipamentos e matérias de uso em saúde

» BAse químicA e BiotecnoLógicA

Indústria farmacêutica dedicada à produção de

fármacos, medicamentos, soros e toxinas, vacinas,

hemoderivados e reagentes para diagnósticos

» equipAmentos e mAteRiAis de uso em sAúde

Especialistas

do Instituto

Brasileiro de

Robótica

20 Bahia Indústria

Concebido com o propósito de servir como um impor-

tante ator na promoção da competitividade da indús-

tria, por meio do desenvolvimento tecnológico e da

inovação, o Cimatec foi inaugurado em 2002 com foco

na área de Fabricação. O então Centro Integrado de

Manufatura Avançada (hoje Campus) cresceu rapi-

damente para atender às demandas industriais e se

transformou na maior e mais avançada unidade do

SENAI no país.

Em 2012, ao ser escolhido pelo governo federal

como um dos três centros tecnológicos nacionais

a participar do projeto-piloto da Associação Brasi-

leira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii),

adentrou o campo dos projetos de alta complexidade

e custo para a indústria, o que revelou sua vocação

para o ineditismo e a ousadia na pesquisa aplicada

para o setor. O case emblemático desta nova fase é o

FlatFish, veículo autônomo submarino desenvolvido

para a BG Brasil/Shell, gigante da produção de óleo

e gás, apresentado no final de 2015. Com investimen-

to total de R$ 64 milhões, realizado pela BG Brasil/

Shell, SENAI Cimatec e Embrapii, o veículo é o pri-

meiro protótipo do tipo desenvolvido no Brasil.

Além do ITS, outro “braço” de ampliação é o Ci-

matec Industrial. A falta de espaço e estrutura ade-

quados para receber projetos de grande porte físico,

como testes de protótipos e plantas piloto, por exem-

plo, deu origem a um projeto arrojado, que promete

atender a demanda reprimida. Será infraestrutura

capaz de dar suporte às necessidades da energia eóli-

ca, mecânica, naval e off shore, automotiva, elétrica,

construção civil, química, petroquímica e biotecno-

logia, fármacos, papel e celulose e petróleo e gás.

“O Cimatec Industrial será um centro de pesquisa,

desenvolvimento e inovação (P&D&I) com foco no es-

calonamento de produção e desenvolvimento de pro-

tótipos em escala real, apoiando todo o processo de

desenvolvimento tecnológico e inovação industrial”,

Betto Jr./Coperphoto/SiStema FieB

SENAI Cimatec completa 15 anos comemorando conquistas

Bahia Indústria 21

acrescenta Leone Andrade.

A expansão permitiu desenvol-

ver inúmeras competências des-

tacadas em âmbito nacional e in-

ternacional, mas o Cimatec nunca

deixou de voltar suas ações para as

empresas de micro, pequeno e mé-

dio portes, novas ou já experientes

no mercado. “Além do atendimento

das demandas de empresas madu-

ras, o Cimatec está avançando na

articulação entre grandes empre-

sas, startups e investidores de ris-

co, trabalhando em conjunto para

alavancar a inovação no Brasil”,

conta o gerente de empreendedo-

rismo, Flávio Marinho.

educAçãoO intenso fluxo de projetos de

ponta desenvolvidos na institui-

ção deu ao Cimatec condições de

atrair investimentos na sua infra-

estrutura. A partir de 2014, a im-

plantação dos Institutos SENAI de

estudos da Fiocruz na área de saúde.

Em março deste ano, a Faculdade de Tecnologia

SENAI Cimatec recebeu do MEC o status de Centro

Universitário. O foco em Pesquisa e Inovação para o

desenvolvimento, além do quadro de professores da

casa, formado por mestres e doutores, foram pontos-

-chave para o reconhecimento do órgão federal. São

diferenciais dos centros universitários a qualificação

do seu corpo profissional e o nível de excelência do

ensino oferecido. Tais instituições têm autonomia pa-

ra criar, organizar e extinguir, em sua sede, cursos e

programas de educação superior.

Pelo quarto ano consecutivo, o Cimatec foi ava-

liado como melhor instituição de ensino superior em

Engenharia do Norte/Nordeste, entre todas as facul-

dades, centros universitários e universidades públi-

cas e privadas, na avaliação divulgada pelo Ministé-

rio da Educação, com base no Índice Geral de Cursos

(IGC). A pontuação de 2017 (ano base 2015) resultou

em média de pontos superior a instituições tradicio-

nais, como a Universidade Federal do Paraná (UFPR)

e a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

(PUC-SP). “Hoje, somos líderes em relação a qualquer

outra universidade na região Norte/Nordeste”, come-

mora o gerente do Campus, Daniel Motta.

“Falar da história que foi construída aqui nos dei-

xa emocionados, nos enche de orgulho”, diz o diretor

regional do SENAI-BA, Luis Breda Mascarenhas, que

participou da incubação do projeto do Cimatec, perí-

odo que durou cinco anos até sua inauguração. Ele

destaca a entrega dos profissionais envolvidos nesses

20 anos, buscando projetos de alto impacto e fomen-

tando uma rede de parceiros única no país.

Para Leone Andrade, o SENAI Cimatec é uma

marca consolidada, que vale muito mais do que sua

infraestrutura, estimada por ele em 150 milhões de

dólares. Isso se deve especificamente à qualidade das

equipes da instituição. “Ter este capital humano é o

nosso bem mais valioso”, afirma.

Novato no Campus, Roberto Badaró corrobora

com a opinião do diretor de Tecnologia e Inovação da

casa: “O acaso me trouxe aqui. Recebi um convite do

governador (em 2016, quando atuava como subsecre-

tário de Saúde do estado) para acompanhá-lo numa

visita e fiquei impressionado. Não com os laborató-

rios, as máquinas, as instalações, mas com as pes-

soas. A massa crítica aqui dentro é muito apelativa,

chama a gente a vir colaborar. A estrutura fundamen-

tal que se tem aqui é gente”, define. [bi]

Inovação (ISI) em Automação, em

Conformação Mecânica, União de

Materiais e em Logística, do Ins-

tituto Brasileiro de Robótica e o

Centro de Supercomputação ele-

varam a instituição à condição de

Campus Integrado.

Em 2015, foi inaugurado um

dos computadores mais potentes

do mundo, o Cimatec Yemoja. Es-

te introduziu a Bahia no universo

das pesquisas em computação de

alto desempenho. Com capacida-

de para realizar 405 trilhões de

operações de ponto flutuante por

segundo (TFlops), ele é utilizado

prioritariamente em pesquisas de

geofísica. Um segundo supercom-

putador, de menor capacidade, o

Omolu, também está em funcio-

namento no centro tecnológico. A

máquina, instalada no Centro de

Integração de Dados e Conheci-

mentos para Saúde – Cidacs, pro-

cessa informações voltadas para

22 Bahia Indústria

JoSé paULo LaCerDa/CNi

A Federação das Indústrias do Estado da Bahia

(FIEB) ficou entre as três federações de indús-

tria apontadas como referência na promoção

do desenvolvimento associativo, atrás ape-

nas das Federações de Santa Catarina e Paraná. Pa-

ra elaborar o ranking, a Confederação Nacional das

Indústrias (CNI) consultou os membros da Rede de

Desenvolvimento Associativo (RDA), composta por

técnicos e gestores do Programa de Desenvolvimento

Associativo (PDA) nas Federações.

O PDA tem como foco aprimorar a atuação dos sin-

dicatos e, para isso, engloba ações de relacionamento,

gestão, comunicação e capacitação de empresários,

líderes e executivos sindicais. Provê aos sindicatos fer-

ramentas como planejamento estratégico, sistemas de

gestão, sites e newsletters, além do conhecimento so-

bre o ambiente sindical, participação em intercâmbios

e nas redes sindicais setoriais.

Responsável pela execução do PDA na Bahia, a

gerência de Relações Sindicais da FIEB tem atuado

para dar visibilidade às ações do programa e também

às dos sindicatos filiados. “O reconhecimento é fruto

Líderes do

setor de

vestuário

reunidos em

Brasília

FIEB é referência entre as federações de indústriatrabalho realizado na Bahia para promoção do desenvolvimento associativo ficou entre os destaques

Por luCiane ViVas

Bahia Indústria 23

miGUeL aNGeLo/CNi

do desenvolvimento das ações do

programa no Estado, feito com o

empenho da equipe da Gerência

de Relações Sindicais e dos sindi-

catos filiados. Ficamos felizes com

o fato de a escolha ter sido feita pe-

los colegas da Rede, de onde sem-

pre buscamos boas práticas para

implementar em nossa Federa-

ção”, afirma a gerente de Relações

Sindicais, Manuela Martinez.

A premiação ocorreu durante

o 20º Encontro da Rede de Desen-

volvimento Associativo (RDA), em

abril, na CNI, em Brasília, quando

também foi lançada a cartilha Sin-

dicato Legal. Durante o encontro,

Manuela Martinez apresentou a

boa prática Ações de comunicação

em apoio aos sindicatos filiados à

FIEB e explicou como ocorre este

apoio nas áreas de jornalismo e

publicidade, além de publicações,

campanhas, assessoria e demais

ações de marketing e relaciona-

mento sindical.

inteRcÂmBios setoRiAisEntre as ações do Programa de

Desenvolvimento Associativo,

estão os Intercâmbios de Lide-

ranças Setoriais, realizados com

o objetivo de fomentar a troca de

experiências de gestão entre diri-

gentes de sindicatos empresariais

de vários estados brasileiros. A

novidade nos Intercâmbios, a

partir deste ano, é a presença de

uma federação interlocutora, que

terá o papel de participar ativa-

mente das discussões, mediar e

ser porta-voz da Rede Sindical do

segmento. A FIEB é a interlocuto-

ra dos segmentos de Vestuário e

Construção Civil. Outra novida-

de é a possibilidade, a partir da

consulta aos membros da rede, da

participação de uma associação

nacional do setor.

A CNI lançou, por meio do PDA, a cartilha

Sindicato Legal. O objetivo do documento

é incentivar a regularização dos sindica-

tos filiados às federações de indústrias e

incluir normas editadas entre 2010, ano da

primeira cartilha, e 2016.

Com a cartilha Sindicato Legal, a CNI in-

centiva a atualização constante dos dados

dos sindicatos empresariais e a adoção,

por parte das entidades, de procedimen-

tos objetivos e transparentes na gestão das

entidades. "É importante que os sindica-

tos estejam sempre em conformidade com

a legislação para atuarem junto ao poder

público e às empresas. Eles são a base da

representação da indústria", explica a ge-

rente-executiva de Desenvolvimento Asso-

ciativo da CNI, Camilla Cavalcanti.

Entre as atualizações mais importantes

incluídas na cartilha, está a Portaria MTE

326/2013, que passou a disciplinar o registro

de sindicatos. O documento também explica

regras relacionadas à criação de sindicatos e

a procedimentos sindicais - como alteração

estatutária e eleições, que estão diluídos em

diversas leis e atos normativos. (dA CNI) [bi]

» A cartilha está disponível para consulta no site do PDA, no Portal da Indústria

Camilla Cavalcanti, da CNI, apresenta cartilha

O segmento de vestuário foi o

escolhido para iniciar a agenda

de intercâmbios de 2017. O evento

reuniu 21 presidentes de sindica-

tos de todo o país. Representando

o setor industrial baiano, partici-

param o presidente do Sindicato

da Indústria de Vestuário de Fei-

ra de Santana e Região (Sindvest

Feira) e vice-presidente da FIEB,

Edison Nogueira, e o presiden-

te do Sindicato da Indústria do

Vestuário, Waldomiro Araújo. O

evento também contou com a pre-

sença do presidente da Associa-

ção Brasileira da Indústria Têxtil

e de Confecção (ABIT), Fernando

Pimentel.

Na oportunidade, foi realizada

uma mesa-redonda que discutiu o

fortalecimento da atuação conjun-

ta entre os sindicatos, federações,

associações e CNI. Também foram

sinalizados caminhos de mobili-

zações para a defesa de interes-

ses. Os presidentes participaram,

ainda, de oficina com a temática

Como tornar seu sindicato impres-

cindível para a indústria?. “Pre-

cisamos reforçar a Rede Sindical

para fazer nossa voz ser ouvida

pelos legisladores”, destacou o

presidente do Sindvest Salvador e

Região, Waldomiro Araújo.

Ainda em abril, foi realizado

na sede da CNI o 3º Intercâmbio

de Lideranças Setoriais da Indús-

tria de Base Florestal. Os presi-

dentes dos sindicatos da Indús-

tria do Mobiliário (Moveba), João

Schnitman, e das Indústrias de

Serrarias (Sindiscam), Jaime Lo-

renzo Piñeiro, representaram o

setor industrial baiano.

No encontro, foram apresenta-

das oportunidades do Sebrae e da

Associação Brasileira de Pesquisa

e Inovação Industrial (Embrapii)

para o setor de base florestal.

Cartilha incentiva regularização dos sindicatos empresariais

24 Bahia Indústria

há 20 Anos nA cenA do Rio veRmeLhoPor PatríCia Moreira

teatro SeSi comemorou aniversário com performances e espetáculo musical

Bahia Indústria 25

Os 20 anos marcam o vigor da juventude. No

caso do Teatro SESI Rio Vermelho, chegar

a esta idade apenas reafirma uma constan-

te no seu dia a dia, movido pela inovação.

Mantido pelo Sistema FIEB, o espaço também atua

como um Centro de Estudos Culturais, produzindo

conteúdos como o Sala de Som, programa educativo

sobre música que foi veiculado na TVE Bahia em 2016,

com audiência estimada em 42.900 espectadores.

Também realiza iniciativas como o Festival de Música,

Encontro de Corais de Empresas, Mostra de Teatro e

Concurso Literário, dentro do Programa Arte na Em-

presa, bem como atua como espaço para realização de

eventos corporativos de empresas industriais.

Para celebrar os 20 anos, o teatro acolheu Ana Ma-

meto, Claudia Cunha e Manuela Rodrigues, que revi-

sitaram o Canto das Sereias, espetáculo que marcou a

abertura do espaço, em 1997. As cordas de Alexandre

Leão, o teclado de Yacóci Simões e a percussão de

Joceval Santana completaram a cena que, na inau-

guração, foi protagonizada pelas intérpretes Marilda

Santana, Guida Moira e Ana Paula Albuquerque.

Com as sereias deslizando pelo palco, ao som do

sucesso de Candeia, O Mar Serenou, imortalizado na

voz de Clara Nunes, os artistas deram início ao espe-

táculo que lembrou o vento de Caymmi, a baía sob

um certo ‘ponto de vista’ de Gil, a malemolência de

Gerônimo e o feminino de Chico Buarque e Rita Lee.

O espetáculo foi só o começo.

Além de intervenções em videomapping (proje-

ções visuais) na fachada do casarão, a Varanda foi

tomada por artistas de diversas linguagens. Eles mar-

caram a programação com performances e esquetes,

tornando a noite tão diversa quanto é o espaço do SE-

SI no Rio Vermelho no seu dia a dia.

Se de um lado, o Teatro SESI fomenta cultura e pro-

move atividades especialmente voltadas para o tra-

balhador da indústria, o reconhecimento de artistas,

produtores e soteropolitanos vem do fato de o casarão

do Rio Vermelho ser aberto à diversidade cultural e

aos novos talentos da cena artística de Salvador.

Teatro e Varanda funcionam diariamente e aco-

lhem por ano uma média de 180 grupos culturais,

com 500 apresentações e público médio de 44 mil es-

pectadores, gerando renda para 2.200 profissionais

que vivem da arte e da cultura. Ele foi inaugurado

em 1997 com o espetáculo Abismo de Rosas, prota-

gonizado pelo ator Wagner Moura, com direção de

Fernando Guerreiro. Foto

S: B

eto JúNio

r/C

oo

per

pho

to/S

iSte

ma F

ieB

Acrobatas, dança

flamenca, poesia

e esquetes

teatrais

marcaram a

celebração do

aniversário

do espaço. Na

página ao lado,

Ana Mameto,

Claudia Cunha

e Manuela

Rodrigues,

em o Canto das Sereias,

espetáculo

que marcou a

abertura do

Teatro, em 1997

26 Bahia Indústria

A comemoração contou com a presença do presiden-

te da FIEB, Ricardo Alban, que relembrou a importância

do SESI Rio Vermelho: “uma referência para a cena ar-

tística e cultural de Salvador”. Ele destacou o empenho

da equipe que faz o Teatro SESI acontecer e ressaltou a

importância da arte para ajudar o empresário a pensar

de forma inovadora. “O empresário é um ser pragmáti-

co e gostaríamos de ter a capacidade de criar e inovar

dos artistas. Contamos com este potencial criativo para

nos colocar neste caminho e nos fazer enxergar outras

possibilidades”, arrematou.

Para Maria Angélica Ribeiro, gerente da unidade,

o segredo está no espírito que move a força de traba-

lho da unidade. “Os desafios são grandes, mas a gente

trabalha naquilo que gosta. São projetos interessantes,

inovadores e com artistas maravilhosos”, explica. Ro-

sa Villas Boas, gerente do teatro, lembra que a receita

é parceria. “O coração do Teatro SESI é acolhedor. Os

artistas fazem parte e, em tudo que a gente inventa e

cria, conseguimos esta adesão, da mesma forma que

estamos abertos ao que eles trazem”.

Lembrando que o SESI Rio Vermelho é referência en-

tre os Departamentos Regionais no país pelo trabalho

na área de cultura, o superintendente do SESI na Bahia,

Armando Neto, destacou o quanto é relevante poder as-

segurar a manutenção de um espaço cultural integrado

à vida da cidade. Complementando, o gerente de Quali-

dade de Vida do SESI, Amélio Miranda, destacou que a

instituição entende a cultura como um dos pilares para

assegurar bem-estar e qualidade de vida e é este o pa-

pel que o teatro e centro cultural vêm cumprindo.

Estiveram presentes às comemorações represen-

tantes da indústria, gestores, funcionários, parceiros,

além do ex-superintendente do SESI, Carlos Alberto

Vieira Lima, que foi responsável pela implantação do

Teatro. [bi]

FotoS: Beto JúNior/Cooperphoto/SiStema FieB

Tocar violão no show de abertura, em 1997,

e estar na comemoração dos 20 anos é apenas um detalhe desta história, que se tornou mais efetiva a partir de 2005, quando fui convidado para animar as sextas-feiras da Varanda. É um privilégio muito grande, porque este é o centro cultural da Bahia de maior atuação, com funcionamento diário. Foi aqui também que me descobri apresentador, com o projeto Sala de Som”

Alexandre Leão,

músico, tem uma

trajetória profissional

marcada pela sua

relação com o Teatro e

Varanda do SESI

André Simões, produtor cultural, destaca o fato de o teatro ser um espaço que se preocupa com a filosofia do conteúdo exposto

Uma casa é feita de pessoas, por isso

é importante reconhecer o trabalho de todos os profissionais que habitam o Teatro SESI. É importante o fato de o Sistema Fieb entender que a matriz cultural da Bahia é responsável pela cidadania, pela prosperidade econômica e pessoal dos cidadãos. Quando há uma compreensão do capital sobre o que significa a postura sobre arte e cultura nós temos uma comunidade muito mais madura”

Bahia Indústria 27

João aLVarez/SiStema FieB

Serviços de odontologia são ampliados no interiorConstrução das unidades integradas no interior e a extensão do serviço à comunidade ampliam atuação do SeSi em saúde bucal

Em 2016, 470 empresas indus-

triais e 61 mil trabalhadores

e seus dependentes em toda

a Bahia foram atendidos nas uni-

dades do Serviço Social da Indús-

tria (SESI) em odontologia. Antes

reservado apenas aos trabalha-

dores da indústria, o atendimento

passou a ser oferecido também à

comunidade, como forma de am-

pliar o acesso aos serviços que a

instituição oferece.

Os serviços, realizados nas clí-

nicas do SESI ou nas instalações

das indústrias, incluem diagnós-

ticos, planejamento de interven-

ções, ações curativas, monito-

ramento da saúde bucal e ações

educativas e preventivas. O SESI

dispõe de equipe qualificada e se-

gue rigoroso controle no processo

de esterilização, com nota de 9,1

de satisfação do cliente.

Além da abertura dos serviços

à comunidade, o SESI ampliou a

capacidade de atendimento com

a construção e requalificação das

unidades do interior. Em Feira de

Santana, o número de consultó-

rios passou de 4 para 6. A expec-

tativa do gerente da unidade, Luiz

Figueiredo, é de crescimento de

20% no atendimento em 2017. Em

Feira, o SESI oferece as especiali-

dades de clínica geral, periodon-

tia, endodontia, prótese, cirurgia

e ortodontia.

Em Vitória da Conquista, agora

são três consultórios, o que per-

mitiu oferecer a especialidade or-

Equipe

qualificada

atua sob

rigoroso

processo de

qualidade

todontia na região sudoeste. “Até

2016, a unidade contava com ape-

nas um consultório odontológico

com clínica geral. Com a instala-

ção da Unidade Integrada, nossa

capacidade triplicou”, explica o

gerente do SESI, Fabrício Vieira

da Silva.

Em 2016 foram realizados 6.509

procedimentos em odontologia

em Conquista e a projeção é de um

aumento de 17% em 2017. Fabrício

Vieira explica que a Unidade Su-

doeste tem buscado estar próxima

dos clientes industriais, levando

informações sobre o programa de

gestão da saúde bucal e o impacto

gerado pelo absenteísmo que este

problema pode acarretar.

Em Salvador, na unidade do

SESI no bairro do Lucaia, e em Ca-

maçari, na região metropolitana,

são oferecidos os serviços de clí-

nica geral, periodontia, endodon-

tia, prótese, cirurgia, ortodontia,

estética, odontopediatria, radio-

logia e implantodontia. Além das

unidades do interior já citadas, o

SESI também presta atendimento

em saúde bucal nas unidades do

oeste (Barreiras e Luis Eduardo

Magalhães) e da região norte (Ju-

azeiro) em clínica geral. Na região

sul (Ilhéus/Itabuna) são ofereci-

dos os serviços de clínica geral e

endodontia. O serviço tende a ser

ampliado com a inauguração da

unidade integrada na região. [bi]

28 Bahia Indústria

indicAdoRes Números da Indústria

PRODUçãO INDUSTRIAL CAI 7,1% NA BAHIAestado foi o que apresentou pior desempenho, dentre os 14 que são pesquisados pelo iBGe

A produção física da indústria de transforma-

ção da Bahia apresentou queda de 7,1%, em

fevereiro de 2017, no acumulado de 12 meses,

e ocupou a última posição no ranking dos

14 estados que participaram da Pesquisa Industrial

Mensal - Produção Física. Todos os estados regis-

traram resultados negativos: Espírito Santo (-0,9%),

Santa Catarina (-1,3%), Paraná (-2,3%), Minas Gerais

(-2,6%), Mato Grosso (-2,7%), Goiás (-3,0%), Ceará

(-3,3%), São Paulo (-3,4%), Pernambuco (-3,4%), Rio

Grande do Sul (-3,5%), Rio de Janeiro (-4,5%), Pará

(-4,8%), Amazonas (-5,3%) e Bahia (-7,1%).

A indústria de transformação nacional registrou

queda de 4,6% no mesmo período. Na Bahia, seis dos

11 segmentos apresentaram queda: Equipamentos de

Informática (-32,3%); Refino de petróleo e biocombus-

tíveis, setor que representa 31,5% do Valor de Trans-

formação Industrial da Bahia, (-19,7%, devido a uma

parada não programada da unida-

de de craqueamento catalítico de

resíduos U-39 durante todo o mês

de julho e a uma parada progra-

mada nos meses de janeiro e feve-

reiro nas unidades U-09 e U-18);

Minerais não metálicos (-10,3%);

Metalurgia (-8,8%); Borracha e

Plástico (-4,1%); e Veículos auto-

motores (-1,4%). Os cinco segmen-

tos que apresentaram crescimento

foram: Couro e Calçados (10,2%);

Bebidas (7,8%); Alimentos (3,1%);

Produtos Químicos (1,7%); e Celu-

lose e Papel (0,5%).

Na comparação do bimestre ja-

neiro-fevereiro de 2017 com igual

período do ano anterior, a produ-

ção física da indústria de transfor-

mação baiana apresentou queda

de 10,2%, enquanto a indústria

nacional contabilizou retração de

0,9%. Seis dos 11 segmentos indus-

triais da Bahia apresentaram re-

sultados negativos: Equipamentos

de Informática (-68,9%, retração

na fabricação de gravador ou re-

produtor de sinais de áudio/vídeo

e computadores pessoais de mesa

e portáteis); Metalurgia (-35,5%,

queda na produção de barras,

perfis e vergalhões de cobre e de

ligas de cobre); Refino de petróleo

e biocombustíveis (-19,7%,devido

a parada programada para manu-

tenção que reduziu a produção de

Bahia Indústria 29

Couro e Calçados (7,2%); Bebidas

(3,8%); Produtos químicos (2,5%);

e Minerais não metálicos (2,0%).

Os dados do 1º bimestre deste

ano não mostram uma recupe-

ração da indústria brasileira e

baiana. O desemprego (segundo

dados da PNAD para o trimestre

dezembro/2016-fevereiro/2017)

continua em alta, alcançando

13,2%, com um contingente de 13,5

milhões de pessoas desemprega-

das. Percebe-se a dificuldade na

estabilização do ambiente eco-

nômico, que se traduz na falta de

investimentos. No entanto, o ciclo

de redução da taxa de juros, queda

da inflação e uma possível melhora

da confiança dos empresários, so-

bretudo com a tomada de decisões

óleo diesel, óleos combustíveis e

naftas para petroquímica); Celulo-

se e Papel (-9,2%, menor produção

de pastas químicas de madeira);

Alimentos (-5,2%, tortas, bagaços,

farelos e outros resíduos da extra-

ção do óleo de soja, carnes de bo-

vinos frescas ou refrigeradas, óleo

de soja refinado e óleo de soja em

bruto; Borracha e Plástico (-4,1%).

Apresentaram resultados po-

sitivos: Couro e Calçados (12,4%,

tênis de material sintético), Veícu-

los Automotores (11,1%, aumento

na produção de automóveis diante

de uma base deprimida), Minerais

não metálicos (6,4%), Bebidas

(3,3% produção de refrigerantes) e

Produtos Químicos (0,9%).

Na comparação de fevereiro de

2017 com igual mês do ano ante-

rior, a indústria de transformação

da Bahia apresentou uma queda

de 4,3. Seis dos 11 segmentos apre-

sentaram resultados negativos:

Equipamentos de Informática

(-66,8% queda na fabricação de

gravador ou reprodutor de sinais

de áudio/vídeo e computadores

pessoais de mesa); Metalurgia

(-38,8% barras, perfis e verga-

lhões de cobre e de ligas de cobre);

Celulose e Papel (-22,9% pastas

químicas de madeira); Refino de

petróleo e biocombustíveis (-17,1%

menor produção de óleo diesel,

óleos combustíveis e naftas para

petroquímica); Alimentos (-7,2%

carnes de bovinos frescas ou refri-

geradas, óleo de soja refinado, tor-

tas, bagaços, farelos e outros resí-

duos da extração do óleo de soja e

óleo de soja em bruto); e Borracha

e Plástico (-2,0%).

Apresentaram resultados positi-

vos: Veículos Automotores (175,8%,

em decorrência de férias coletivas

de 8 a 26 de fevereiro de 2016, de-

primindo a base de comparação);

importantes como as medidas de

ajuste fiscal e as reformas na Pre-

vidência e trabalhista, associada

às concessões na área da infraes-

trutura (a exemplo dos aeroportos),

devem gerar um ciclo econômico

ascendente, provavelmente no se-

gundo semestre deste ano.

A expectativa para 2017 é que,

assim como no Brasil, a economia

baiana apresente uma branda me-

lhora, com os níveis de atividade

da economia sendo retomados de

forma gradual. Conforme informa-

ções do Banco Central, as perspec-

tivas para 2017 são: (i) inflação de

4,09%; (ii) crescimento de 1,20%

na produção industrial; (iii) queda

da taxa Selic para 8,5%; e (iv) cres-

cimento de 0,41% no PIB. [bi]

bahia: pim-pf de fevereiro 2017

Indústria de Transformação -4,3 -10,2 -7,1Refino de petróleo e biocombustíveis -17,1 -19,7 -19,7Produtos químicos 2,5 0,9 1,7Veículos automotores 175,8 11,1 -1,4Alimentos -7,2 -5,2 3,1Celulose e papel -22,9 -9,2 0,5Borracha e plástico -2,0 -4,1 -4,1Metalurgia -38,9 -35,5 -8,8Couro e Calçados 7,2 12,4 10,2Minerais não metálicos 2,0 6,4 -10,3Equipamentos de Informática -66,8 -68,9 -32,3Bebidas 3,8 3,3 7,8

Extrativa Mineral -10,6 -15,3 -22,9

Variação (%)

SETORES FEV17/FEV16 JAN-FEV17/ MAR16-FEV17/ JAN-FEV16 MAR15-FEV16

FoNte: IBGe; elaBoração FIeB/SdI

JAN

JUL

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

Fonte: IBGE; elaboração Fieb/SDI. Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral; base = 100 (média 2012)

115

110

105

100

95

90

85

80

75

70

2017

2016

2015

BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2015-2017)

30 Bahia Indústria

painel

Bem estar GloBal • O evento, parceria entre o SESI e a Rede Globo, chegou à

terceira edição e ofereceu serviços gratuitos à população, dia 31 de março. O evento foi

marcado por atividades esportivas e contou com uma estrutura com mais de 20 tendas

para atendimento em saúde e cuidados pessoais, instaladas no estacionamento da

Arena Fonte Nova, no Dique do Tororó.

Sistema FIEB e prefeitura firmam parcerias Com o objetivo de discutir ações futuras e debater demandas do setor

industrial, o prefeito de Salvador, ACM Neto, o presidente da FIEB,

Ricardo Alban, secretários municipais, dirigentes do Sistema Indústria,

além de empresários participaram de reunião na qual foram assinados

três protocolos de intenções entre a prefeitura e o SENAI Cimatec, com

a finalidade de realizar parcerias em áreas estratégicas para a capital

baiana. O poder municipal e a instituição deverão atuar para encontrar

soluções em capacitação profissional, tecnologias com foco em

inteligência urbana e empreendedorismo. Prefeito e secretários

prometeram analisar as sugestões feitas pelos representantes da

indústria e anunciaram que, até o fim do ano, a prefeitura irá lançar

projetos em prol do desenvolvimento sustentado da capital baiana.

João aLVarez/arqUiVo SiStema FieB Deputados baianos conhecem o Cimatec No dia 5 de abril, o SENAI Cimatec

recebeu os deputados estaduais

da Bahia, em um café da manhã,

com o intuito de ampliar e

fortalecer o diálogo e parcerias

entre o Poder Legislativo e o setor

industrial da região. Na

oportunidade, o presidente da

Assembleia Legislativa da Bahia,

deputado Ângelo Coronel (PSD),

demonstrou o interesse do Poder

Legislativo em fortalecer parceiras

com o Sistema FIEB e o SENAI

Cimatec, com a implementação de

projetos voltados para novas

tecnologias e inovação. “A

Assembleia vive um novo

momento. Por isso estaremos de

portas abertas para acolher todos

os projetos que vêm em

benefício da sociedade baiana,

com a FIEB e o seu importante

braço, o SENAI Cimatec”.

Ferbasa e SESI mantémparceria em educaçãoFerbasa mantém parceria com o

SESI para oferecer aos seus

trabalhadores um programa de

educação de jovens e adultos. Este

ano, foi diplomada uma turma de

85 alunos no ensino fundamental

2 e no ensino médio, nas

modalidades a distância e

presencial. A solenidade contou

com a presença do presidente da

Ferbasa, Rafael Machado Tibo, do

superintendente do SESI,

Armando Neto e da gerente de

Educação, Cléssia Lobo.

Atualmente, estão matriculados

70 trabalhadores e seus

dependentes das unidades de

metalurgia e florestal, com

previsão de concluir o ciclo de

formação em 2018.

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VaLter poNteS/Coperphoto/SiStema FieB

ACM Neto e

Ricardo Alban

assinaram

protocolos de

intenções

Bahia Indústria 31

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Representantes do comércio e da indústria estiveram no lançamento

Fabrício Vieira recepcionou

os participantes do evento

Câmara Argentina-Bahia é lançada em SalvadorCom o intuito de impulsionar o desenvolvimento do comércio exterior

entre empresários baianos e argentinos, foi lançada, em 29 de março, a

Câmara Empresarial de Comércio Argentina-Bahia (Cecab). A sede da

nova entidade, que tem apoio da Fecomércio e da FIEB, vai funcionar

do edifício da Casa do Comércio. De acordo com o cônsul-geral da

Argentina em Salvador, Mariano Vergara, atualmente, a Argentina é

um dos principais destinos das exportações baianas e o principal país

de origem das importações do estado. A Cecab irá representar os

interesses dos empresários baianos e argentinos.

FeComérCio/DiVULGação

Mais Saúde na Escola em Vitória da ConquistaCom a participação da

comunidade, o Serviço Social da

Indústria (SESI) de Vitória da

Conquista abriu suas portas, em

abril, para acolher o projeto Mais

Saúde na Escola, realizado em

parceria com a Revista Mais

Saúde, que circula na região. Para

o gerente do SESI, Fabrício Vieira,

a iniciativa foi um sucesso. A

programação começou com um

café da manhã saudável, seguido

de atividades esportivas e

recreativas, como judô, exercícios

funcionais, zumba, tecidos

acrobáticos. Foi também uma

oportunidade para a comunidade

conhecer as instalações da escola

de ensino médio do SESI.

Produtos desenvolvidos em incubadora são premiadosIdeias inovadoras que receberam mentoria e

apoio tecnológico da Aceleradora e da

Incubadora do SENAI Cimatec vêm chamando a

atenção em premiações e editais de fomento

locais e nacionais. Um dos exemplos é um

software que substitui o RDO (Relatório Diário

de Obra) de forma eletrônica, incluindo a

assinatura digital no documento por meio de

um aplicativo. O projeto do engenheiro civil

Lucio Felix Neto recebeu recursos do Programa

Laboratório Aberto, do Sebrae, e teve seu

protótipo desenvolvido no Cimatec. Já a Mel de

Cacau, uma das startups da Acelera Cimatec,

apoiada pelo Edital SENAI SESI de Inovação, é

uma das finalistas do Desafio Carrefour Brasil x

Hello Tomorrow BR. A competição fomenta três

vertentes: desenvolvimento de alimentos mais

saudáveis, mais sustentáveis e com menos

desperdício. A startup produz bebida natural a

partir da mucilagem do cacau.

FIEB lança vídeo sobre sindicato empresarialApresentar aos empresários baianos os

principais benefícios e ações dos sindicatos

empresariais é o objetivo do Vídeo Sindicato

Empresarial, criado pela Federação das

Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) para

desmistificar o trabalho do sindicato

empresarial e apresentar os benefícios do

associativismo, valorizando o papel do

sindicato para a sociedade. Produzido em

parceria com a Confederação Nacional da

Indústria (CNI), através do Programa de

Desenvolvimento Associativo (PDA), o vídeo foi

criado em dois formatos. Uma versão com

duração de um minuto e outra mais longa,

abordando os benefícios voltados para

indústrias associadas e a importância da

atuação conjunta para o fortalecimento do

setor. O vídeo será disponibilizado aos

sindicatos filiados para uso em visitas de

relacionamento, divulgação em ações de

mobilização e eventos. O material será

divulgado em plataformas digitais, como

e-mail marketing e o Portal da FIEB.

32 Bahia Indústria

jurídico

Inclusão de desconto incondicional no IPI é inconstitucionalO Senado Federal, através da

Resolução nº 1/2017,

declarou inconstitucional a

previsão de inclusão dos

descontos incondicionais na

base de cálculo do Imposto

sobre Produtos

Industrializados (IPI).

Este posicionamento do

Senado reflete a decisão

definitiva já proferida pelo

Supremo Tribunal Federal e

acarreta a suspensão da

execução do § 2º do art. 14 da

Lei nº 4.502/1964, com a

redação dada pelo art. 15

da Lei nº 7.798/1989, que

dispõe sobre a base de

cálculo do IPI.

DREI revisa diversas instruções normativas O Departamento de Registro

Empresarial e Integração

(Drei) revisou diversas

Instruções Normativas (INs),

com o objetivo de simplificar

e desburocratizar os serviços

oferecidos pelas Juntas

Comerciais.

Assim, entraram em vigor a

partir de 2 de março deste

ano, as INs nº 34, 35, 36, 37 e

38, que dispõem sobre o

arquivamento de atos de

empresas de diversos tipos

jurídicos, bem como alteram

os procedimentos para

enquadramento,

reenquadramento e

desenquadramento de

microempresa e empresa de

pequeno porte.

Vaneide Souzaintegra a equipe da Gerência Jurídica da FIEB

Litigância de má fé no Novo Código de Processo Civil

O processo judicial apresenta-se

como meio para aquele que tem

ou suponha ter direito violado, ga-

rantir a sua pretensão, diante do

conflito de interesses, assegurada

à parte contrária a ampla defesa,

com o fim de se obter julgamento

equânime.

Entretanto, a busca da verdade

dos fatos para a aplicação da Jus-

tiça torna-se inócua frente à con-

duta abusiva e aética de alguns

interessados. A litigância de má

fé constitui-se como eficaz instru-

mento de controle dos abusos de

direito em ações judiciais, pois vi-

sa garantir a lealdade processual e

o comportamento ético das partes,

penalizando aqueles que infringi-

rem seus preceitos.

O Novo CPC reitera diversos

dispositivos da legislação ante-

rior, contudo, inova ao majorar as

penas para aqueles que utilizarem

o processo para prejudicar o seu

andamento, ou desvirtuar a ver-

dade dos fatos, impedindo a apli-

cação da Justiça.

O instituto está disciplinado

nos arts. 79 a 81 do Código, que

apresentam o rol das condutas de

litigância de má fé, entre as quais

se destacam: deduzir pretensão

ou defesa contra texto expresso de

lei ou fato incontroverso; alterar a

verdade dos fatos, usar do proces-

so para conseguir objetivo ilegal;

interpuser recurso com intuito

manifestamente protelatório.

O texto legal possibilita a res-

Por Vaneide souza ponsabilização por perdas e da-

nos daquele que litigar de má-fé

como autor, réu ou interveniente,

autorizando o juiz a condenar o in-

frator ao pagamento de multa, em

montante bem superior ao previs-

to na lei pretérita.

Segundo o art. 81 do CPC, a

multa deverá ser superior a um

por cento e inferior a dez por cen-

to do valor corrigido da causa, e o

ligante de má fé deverá indenizar

a parte contrária pelos prejuízos

sofridos, no valor arbitrado pelo

juiz, além de arcar com honorários

advocatícios e demais despesas

suportadas pela parte.

A nova lei possibilita a aplica-

ção de multa, mesmo se o valor da

causa for irrisório ou inestimável.

Nestes casos, poderá ser fixada

multa de até 10 (dez) vezes o valor

do salário mínimo, o que ressalta

a intenção do legislador em coibir

condutas processuais abusivas.

As novas sanções legais têm ca-

ráter punitivo e indenizatório, com

alcance educativo, inibindo con-

dutas atentatórias aos princípios

da boa fé e da lealdade processu-

al, e vêm sendo aplicadas pelos

tribunais, com destaque para a

Justiça do Trabalho.

A litigância de má fé consiste,

portanto, em uma violação ao di-

reito, decorrente da utilização de

recursos fraudulentos, contrários

à lei. Neste sentido, a legislação

pátria avançou, estabelecendo

maior rigidez para o seu controle,

inibindo lides temerárias atentató-

rias à dignidade da Justiça.

Bahia Indústria 33

ideiAs

Por renato MiCeli

Zé abriu uma padaria. Com a crise,

começou a fazer pães em casa pa-

ra ganhar um extra. Logo a pada-

ria fazia sucesso no bairro. Ainda

assim, certo mês, Zé endividou-

-se. Qual a causa do prejuízo? Foi

o preço da farinha? O pão estava

muito barato? Zé estava no estágio

zero de conhecimento de negócio.

Negócios são formados por pesso-

as e processos, e os processos de

Zé corriam à revelia.

Zé começou a contabilizar nú-

meros; preocupava-se com as fi-

nanças do negócio. Escrevia em

seu bloquinho toda a contabilida-

de. Renegociou compras de insu-

mos, barateou custo e conseguiu

comprar um ponto comercial. Zé

documentava os dados de negó-

cio. Zé entrou no estágio 1 de co-

nhecimento de negócio.

Zé era ambicioso. Queria com-

prar uma panificadora industrial

e aumentar a produção. Por quan-

tos meses pouparia para comprar?

Zé contratou um especialista, que

organizou os dados da padaria no

computador. Agora, facilmente

analisaria sua contabilidade his-

tórica e projetaria receitas e inves-

timentos. As curvas de crescimen-

to traziam confiança no sucesso.

Zé havia entrado no estágio 2.

A padaria ia de vento em popa.

Zé acabara de contratar o nono

funcionário. Mas Zé investia mui-

to tempo na contabilidade. Deci-

diu informatizar o negócio: pôs

caixas eletrônicos e relógios de

ponto para contabilizar vendas e

tempo direto em sistema. Usava a

tecnologia para obter dados do ne-

gócio. Zé reduziu custo de tempo e

logo abriu duas filiais. Zé entrava

no estágio 3.

Zé agora tinha três gerentes. Só

focava na estratégia: qual forne-

cedor, panificadora, campanha.

Dirigia cada uma das padarias com

seu tino comercial; todavia, ver o

negócio como um todo era difícil. A

contabilidade em sistema só atua-

lizava ao fechar o caixa. Inclusive,

Zé perdeu a da matriz num alaga-

mento. Resolveu, então, migrar

seus números para a nuvem. Uma

aplicação online agora resolvia tu-

do; até permitia a Zé perceber dias

fracos em negócio e agir pronta-

mente. Com rápida tomada de deci-

são, as padarias se multiplicaram.

Zé estava entrando no estágio 4.

Zé pensava conhecer seu negó-

cio como ninguém. Acompanhava

o caixa em tempo real, monitorava

entrada e saída de estoque, proje-

tava investimentos. Para crescer,

sabia que deveria olhar para fora

do negócio: precisava conhecer os

clientes. Zé instituiu um cartão fi-

delidade com bônus em compras;

em troca, coletava dados dos ti-

tulares e o histórico de compras.

Agora Zé sabia quais idades com-

pravam quais produtos e a taxa de

recompra por produto. Pôde mon-

tar estratégias mais efetivas, rene-

gociou contratos de fornecimento,

dinamizou o estoque e alavancou

receitas. Zé entrara no estágio 5.

As padarias de Zé dominavam

a região. A marca conhecida fo-

mentava discussões e inspirava

novos negócios. Certo dia, um de-

poimento de uma consumidora,

que adquiriu produto fora de vali-

dade, causou a Zé constrangimen-

to nacional. Zé precisava mitigar

o impacto. Começou a monitorar

Renato Miceli, consultor de Negócios em Supercomputa-ção, Big Data e Inovação Tecnológica

Você realmente conhece seu negócio?sua marca online. Elaborou uma

estratégia de marketing direciona-

da e melhorou a reputação, alcan-

çando recordes de vendas. Sondou

tendências, lançou uma linha de

padarias gourmet e dominou o

mercado nacional. Zé entendeu

que dados de mercado, bem além

do seu negócio, são ótima fonte de

insights para crescimento; Zé esta-

va no estágio 6.

Zé resolveu apostar no estran-

geiro e abriu sua primeira padaria

e fábrica em Miami. Zé sabia que,

para satisfazer a demanda ameri-

cana e crescer, precisaria otimizar

a fábrica. Assim, substituiu recurso

humano, mais caro e lento, por sis-

temas computacionais capazes de

tomada de decisão ágil. Robôs con-

trolavam a qualidade e limpavam o

chão de fábrica, e sistemas online

disparavam ordens de compras

para centenas de fornecedores em

quantidades precisas para o esto-

que estimado. Usando sistemas ci-

berfísicos e Internet das Coisas, Zé

elevou sua fábrica à produtividade

da Indústria 4.0. Crescendo, seu

negócio enfim figurou na Fortune

500. Zé entrou no estágio final.

Zé foi um homem de visão:

encontrou oportunidades e corre-

lacionou dados para validar suas

estratégias. Confiou no instin-

to empreendedor. Suas análises

quantitativas permitiram testar

hipóteses, mensurar sucesso so-

bre resultados em curto prazo, e

rapidamente direcionar o negócio.

Com conhecimento de negócio, Zé

cresceu a largos passos. Apostou

na inovação tecnológica como ca-

talisadora do desenvolvimento.

E você, conhece sobre seu ne-

gócio o suficiente para crescer? [bi]

livros

leitura&entretenimento

O presente ressignificado Beleza, gênio, trabalho, desorientação.

Essas são algumas das palavras que

Domenico De Masi, o pai do ócio criativo,

usa para nos desafiar e demonstrar que

conceitos considerados óbvios, na

verdade, estão bem longe disso. Por trás

de cada uma delas existe um mundo: no

passado, tais vocábulos tinham

significados e valores diferentes, logo,

eram diferentes também as implicações

na vida dos homens e no seu universo

mental.

Duelo econômicoDois dos maiores economistas da história,

John Keynes e Friedrich von Hayek

estiveram em lados opostos da maior

batalha econômica de todos os tempos: se os

governos deveriam ou não intervir nos

mercados. Da Grande Depressão à Segunda

Guerra, e da recuperação do pós-guerra aos

dias atuais, o jornalista Nicholas Wapshott

examina os animados debates entre esses

dois gigantes do século XX cujas visões

moldaram a ascensão e a queda de

economias em todo o mundo.

Alfabeto da sociedade desorientadaDomenico De Masi600 p.objetivaR$ 69,90

Keynes x HayekNicholas Wapshott448 p.RecordR$ 69,90

34 Bahia Indústria

Espetáculo com bonecosSob a direção de Olga Gómez, a peça conta a história da

infância e juventude de uma das personalidades negras

mais notáveis do século 19 - o baiano Luiz Gama. Filho de

mãe negra livre e de pai branco, foi escravizado pelo

próprio pai aos 10 anos, mas venceu os obstáculos da

escravidão e tornou-se advogado, orador, jornalista e

escritor. Conquistou judicialmente a própria liberdade e,

aos 29 anos, e foi considerado "o maior abolicionista do

Brasil”. Neste espetáculo, adaptado pela Companhia A

Roda, a história de Luiz Gama é contada por meio da

técnica de animação de bonecos de luva.

DiVULGação

márCio Lima/DiVULGação

Forró e cantadores na VarandaCom a aproximação das festas juninas, a Varanda do SESI

ganha novos ritmos com os shows do cantor Viny Brasil que,

às quartas-feiras, apresenta repertório dançante de forró.

Maio também marca o início da temporada 2017 do projeto

Varanda dos Cantadores, que a cada primeira quinta-feira

de cada mês, até novembro, vai reunir artistas como João

Sereno, Wilson Aragão, Raymundo Sodré, Maviael Melo e

Verlando Gomes, na área externa do Teatro SESI Rio

Vermelho. O poeta e cantador Maviael Melo, um dos

idealizadores do projeto, diz que devido ao sucesso do

projeto em 2016, veio a ideia de antecipar a temporada.

Não perca Forró na Varanda, qua., 22h, R$20/R$10 (meia); Varanda dos Cantadores, 1ª quinta do mês, até nov., 22h, R$30. R. Borges dos Reis, 9

Não perca Teatro SESI Rio Vermelho, 13/05 a 18/06, sáb e dom, 16 horas. R$ 20 e R$ 10 (meia) Rua Borges dos Reis, 9, Rio Vermelho. Livre (+8 anos)

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