Balanço da Abril

60
EDITORA ABRIL S.A. ITR - INFORMAÇÕES TRIMESTRAIS SETEMBRO DE 2010

Transcript of Balanço da Abril

Page 1: Balanço da Abril

EDITORA ABRIL S.A. ITR - INFORMAÇÕES TRIMESTRAIS

SETEMBRO DE 2010

Page 2: Balanço da Abril

ÍNDICE

Página Balanços patrimoniais 1 - 2 Demonstrações do resultado 3 Demonstração dos fluxos de caixa 4 – 5 Notas explicativas às informações trimestrais 6 – 50 Comentário de desempenho da companhia no trimestre 51 – 54 Comentário de desempenho consolidado no trimestre 55 – 56 Relatório da revisão especial 57 – 58

Page 3: Balanço da Abril

1

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE SETEMBRO E 30 DE JUNHO DE 2010

(valores expressos em milhares de reais)

A T I V O

CONTROLADORA CONSOLIDADO30/09/2010 30/06/2010 30/09/2010 30/06/2010

CIRCULANTE:Caixas e equivalentes de caixa 37.395 15.467 37.995 15.824 Títulos e valores mobiliários 129.135 180.193 174.569 218.958 Contas a receber de clientes 297.996 287.492 303.178 293.222 Provisão para créditos de liquidação duvidosa (31.403) (30.269) (31.639) (30.614) Estoques 93.319 85.948 97.302 89.367 Adiantamento a fornecedores e outros 17.161 17.597 17.340 17.754 Pagamentos antecipados 7.387 7.046 7.390 7.118 Impostos a compensar 47.324 19.540 52.314 23.528 Bens destinados à venda 750 750 750 750

Total do ativo circulante 599.064 583.764 659.199 635.907

NÃO CIRCULANTE:Realizável a longo prazoEmpréstimos e outros créditos com coligadas e interligadas 233.697 149.552 233.437 149.292 Contas a receber de clientes 8.651 9.241 8.651 9.241 Depósitos judiciais 24.460 23.710 26.034 25.230 Imposto de renda diferido 38.287 41.447 38.930 42.346 Títulos e valores mobiliários 306.424 321.945 306.424 321.945 Impostos a compensar 563 563 563 563

Imobilizado 176.503 158.188 260.633 242.994

Intangível 167.034 165.427 167.047 165.441

Investimentos 266.492 261.262 - -

Total do ativo não circulante 1.222.111 1.131.335 1.041.719 957.052

Total do Ativo 1.821.175 1.715.099 1.700.918 1.592.959

Page 4: Balanço da Abril

2

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE SETEMBRO E 30 DE JUNHO DE 2010

(valores expressos em milhares de reais)

P A S S I V O

Controladora Consolidado30/09/2010 30/06/2010 30/09/2010 30/06/2010

CIRCULANTE:Instituições financeiras 79.885 76.212 79.885 76.212 Debêntures 53.146 45.177 53.146 45.177 Fornecedores 136.551 148.414 137.337 149.709 Salários e encargos sociais 117.717 97.736 119.042 98.863 Imposto de renda e contribuição social a pagar 50.866 20.848 56.115 24.054 Recebimentos antecipados 82.189 94.287 81.711 93.815 Outros impostos e contribuições a pagar 10.235 10.207 10.605 10.621 Tributos e contribuições sociais - PAES 36.047 36.040 36.449 36.442 Aluguéis a pagar 131.137 129.991 2.133 2.138 Outras contas a pagar 29.475 23.432 31.744 25.850 Assinaturas de revistas 221.041 214.423 242.118 234.191

Total do passivo circulante 948.289 896.767 850.285 797.072

NÃO CIRCULANTE:Exigível a longo prazoEmpréstimos de coligadas e interligadas 87.159 89.292 45.129 46.746 Instituições financeiras 72.961 71.650 72.961 71.650 Debêntures 225.883 225.883 225.883 225.883 Imposto de renda diferido 20.988 21.711 32.271 32.877 Provisão para contingências 24.032 25.103 24.160 25.224 Provisão para perdas em controladas 2 2 - - Tributos e contribuições sociais - PAES e REFIS 85.339 87.169 93.443 95.748

Total do passivo não circulante 516.364 520.810 493.847 498.128

PARTICIPAÇÕES MONORITÁRIAS - - 264 237

PATRIMÔNIO LÍQUIDO:Capital realizado e atualizado 111.978 111.978 111.978 111.978 Reservas de capital 410 410 410 410 Reservas de reavaliação 46.676 47.985 46.676 47.985 Reservas de lucros 197.458 137.149 197.458 137.149

Total do patrimônio líquido 356.522 297.522 356.522 297.522

Total do passivo 1.821.175 1.715.099 1.700.918 1.592.959

Page 5: Balanço da Abril

3

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS

PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 30 DE SETEMBRO DE 2010 E 2009 (valores expressos em milhares de reais)

Controladora Consolidado30/09/2010 30/09/2009 30/09/2010 30/09/2009

VENDA DE PRODUTOS E SERVIÇOS 1.488.625 1.373.414 1.535.141 1.414.303 Impostos incidentes (64.080) (57.041) (66.717) (59.454)

1.424.545 1.316.373 1.468.424 1.354.849

CUSTO DOS PRODUTOS E SERVIÇOS (514.933) (508.705) (525.355) (522.052)

Lucro bruto 909.612 807.668 943.069 832.797

DESPESAS OPERACIONAIS:Vendas (434.214) (382.078) (452.976) (398.801) Administrativas (258.660) (236.154) (252.021) (237.576) Outras despesas operacionais, líquidas (4.778) (120) (9.027) (85)

EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL 10.308 4.350 - -

REVERSÃO DA PROVISÃO PARA PERDAS 430 1.084 - -

Margem operacional antes dos itens financeiros 222.698 194.750 229.045 196.335

Receitas financeiras 43.255 35.823 46.179 39.195 Despesas financeiras (66.912) (80.679) (69.209) (82.720) Variação cambial, líquida (7.053) (70.091) (6.961) (70.020)

Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 191.988 79.803 199.054 82.790

PROVISÃO PARA IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (62.703) (36.375) (69.718) (39.347)

Lucro antes da participação dos minoritários 129.285 43.428 129.336 43.443

PARTICIPAÇÕES MINORITÁRIAS - - (51) (15)

Lucro líquido do período 129.285 43.428 129.285 43.428

Page 6: Balanço da Abril

4

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA

PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 30 DE SETEMBRO DE 2010 E 2009 (valores expressos em milhares de reais)

Controladora Consolidado

30/09/10 30/09/09 30/09/10 30/09/09

CAIXA LÍQUIDO DAS ATIVIDADESOPERACIONAIS: 167.725 105.863 182.767 114.605

Caixa gerado nas operações 184.005 198.439 194.043 212.328 Lucro líquido do período 129.285 43.428 129.285 43.428 Depreciações e amortizações 31.788 36.075 34.937 45.083 Resultado de equivalência patrimonial (10.308) (4.350) - - Provisão (reversão) para perdas em controladas (430) (1.084) - - Baixas líquidas do imobilizado 2.545 1.505 2.807 1.533 Provisão (realização) do imposto de renda diferido 16.065 11.876 17.681 10.188 Participações minoritárias - - 51 15 Provisão para obsolescência do imobilizado - (979) - (979) Provisão (reversão) para créditos de liquidação duvidosa (18.967) 985 (18.944) 1.106 Provisão (reversão) para contingências (466) (2.342) (8.566) (1.471) Ganho adesão ao REFIS IV 403 - (1.280) - Juros e variação cambial provisionados 34.090 113.325 38.072 113.425

Variação de ativos e passivos: 27.211 (60.870) 32.047 (66.056) Contas a receber de clientes (6.664) 61.780 (5.425) 60.650 Estoques (22.563) 13.760 (23.452) 11.707 Impostos a compensar (33.412) (722) (36.629) (739) Adiantamentos a fornecedores e outros 208 (33.893) 119 (33.720) Contas a receber de longo prazo (8.651) 20.320 (8.651) 20.320 Títulos e valores mobiliários com partes relacionadas - 238 - 238 Depósitos judiciais (4.103) (3.549) (4.301) (3.646) Fornecedores (2.879) (136.943) (2.982) (136.109) Outros impostos e contribuições a pagar (512) (6) (684) (153) Salários e encargos sociais (2.462) (12.877) (2.653) (13.088) Recebimentos antecipados de clientes 14.444 12.624 14.077 12.498 Imposto de renda e contribuição social a pagar 44.383 9.214 47.011 8.853 Outras contas a pagar 2.431 (2.683) 2.283 (2.967) Assinaturas de revistas 40.189 7.868 45.087 10.074 Alugueis a pagar 3.403 3.999 31 26 Provisão para recuperação fiscal - REFIS - PAES 3.399 - 8.216 -

Outros (43.491) (31.706) (43.323) (31.667) Juros e variações cambiais pagos (43.491) (31.706) (43.323) (31.667)

Page 7: Balanço da Abril

5

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA

PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 30 DE SETEMBRO DE 2010 E 2009 (valores expressos em milhares de reais)

Controladora Consolidado30/09/10 30/09/09 30/09/10 30/09/09

CAIXA LÍQUIDO DAS ATIVIDADESDE INVESTIMENTOS: (17.686) 64.059 (29.499) 50.769 Aquisições de:Imobilizado (34.751) (25.668) (34.749) (25.675) Intangível (26.583) (19.513) (26.581) (19.515)

Dividendos recebidos 12.077 13.408 - - Adiantamento para futuro aumento de capital (260) (1.566) - - Empréstimos concedidos para partes relacionadas (286.472) (1.373) (286.472) (1.373) Recebimento de créditos com partes relacionadas 318.303 98.771 318.303 97.332

CAIXA LÍQUIDO DAS ATIVIDADESDE FINANCIAMENTOS: (185.542) (235.837) (186.086) (235.931) Captação de empréstimos e financiamentos 3.230 2.968 3.230 2.968 Pagamento de empréstimos e financiamentos (2.974) (99.959) (2.974) (99.959) Pagamento de créditos com partes relacionadas (45.714) (29.043) (45.166) (29.938) Pagamentos de recuperação fiscal PAES e REFIS IV (27.029) (35.739) (28.121) (36.549) Dividendos pagos (113.055) (74.064) (113.055) (74.064) Empréstimos obtidos com partes relacionadas - - - 1.611

REDUÇÃO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA (35.503) (65.915) (32.818) (70.557)

Saldo Inicial de caixa e equivalentes de caixa 202.033 172.183 245.382 214.642 Saldo Final de caixa e equivalentes de caixa 166.530 106.268 212.564 144.085

MOVIMENTAÇÃO LÍQUIDA DE CAIXA,E EQUIVALENTES DE CAIXA (35.503) (65.915) (32.818) (70.557)

Page 8: Balanço da Abril

6

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS INFORMAÇÕES TRIMESTRAIS

EM 30 DE SETEMBRO DE 2010 (valores expressos em milhares de reais, exceto quando mencionado)

1. CONTEXTO OPERACIONAL

A Editora Abril S.A. ("Companhia") é uma sociedade anônima com sede em São Paulo, Estado de São Paulo. Sua controladora é a Abril S.A. e, em conjunto com as sociedades controladas, compartilha as estruturas e os custos corporativos, gerenciais e operacionais. A Companhia e suas controladas atuam na atividade editorial e gráfica, compreendendo a edição, impressão e venda de revistas, anuários e guias, publicações técnicas, comercialização de propaganda e publicidade e “data-base marketing”.

2. ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DAS INFORMAÇÕES TRIMESTRAIS

As presentes Informações Trimestrais foram aprovadas pelo Conselho de Administração da Companhia em 9 de novembro de 2010. As Informações Trimestrais da Editora Abril S.A. e as Informações Trimestrais consolidadas foram elaboradas e estão apresentadas de acordo com a Lei das Sociedades por Ações nº11.638/07 e Normativos da Comissão de Valores Mobiliários. Na elaboração das Informações Trimestrais, foram utilizadas, quando necessário, estimativas contábeis determinadas pela administração em função de fatores objetivos para a seleção das vidas úteis do ativo imobilizado, provisões necessárias para passivos contingentes determinações de provisões para imposto de renda e outras similares.

3. IMPLEMENTAÇÃO DOS NOVOS PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS

Até 31 de dezembro de 2009, a Companhia apresentava suas demonstrações contábeis individuais e consolidadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil que incorporavam as mudanças introduzidas por intermédio das Leis 11.638/07 e 11.941/09 (MP 449/08), complementadas pelos pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, aprovados por resoluções do Conselho Federal de Contabilidade – CFC e de normas da Comissão de Valores Mobiliários – CVM até 31 de dezembro de 2008. Conforme estabelecido na Deliberação CVM 609/09, que aprovou diversos pronunciamentos técnicos, entre eles o CPC 37 - Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade e o CPC 43 - Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPC 15 a 40, a implementação dos novos pronunciamentos contábeis foi efetuada de forma retroativa a 1o de janeiro de 2009 (data de transição ou balanço de abertura).

Page 9: Balanço da Abril

7

Desta forma, apresentamos na sequencia os impactos relativos a implementação dos pronunciamentos contábeis vigentes nesta data. a) Pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC implementados a partir de 1º

de janeiro de 2009: Pronunciamento Efeito Referência

CPC 2 (R1) – Efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações financeiras Com ajuste 3.d.1CPC 15 – Combinação de Negócios Com efeito 3.bCPC 16 – Estoques Com efeito 3.bCPC 17 – Contratos de Construção Sem efeito 3.cCPC 18 – Investimento em Coligada e Controlada Com efeito 3.bCPC 19 – Participação em Empreendimento Controlado em Conjunto (Joint Venture) Sem efeito 3.cCPC 20 – Custos de Empréstimos Com ajuste 3.d.2CPC 21 – Demonstração Intermediária Sem efeito 3.cCPC 22 – Informações por Segmento Com efeito 3.bCPC 23 – Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativa e Retificação de Erro Com efeito 3.bCPC 24 – Evento Subsequente Com ajuste 3.d.3CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes Com efeito 3.bCPC 26 – Apresentação das Demonstrações Financeiras Com ajuste 3.d.4CPC 27 – Ativo Imobilizado Com ajuste 3.d.5CPC 28 – Propriedade para Investimento Sem efeito 3.cCPC 29 – Ativo Biológico e Produto Agrícola Sem efeito 3.cCPC 30 – Receitas Com ajuste 3.d.5CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada Sem efeito 3.cCPC 32 – Tributos sobre o Lucro Com ajuste 3.d.7CPC 33 – Benefícios a Empregados Com efeito 3.bCPC 35 – Demonstrações Separadas Sem efeito 3.cCPC 36 – Demonstrações Consolidadas Com efeito 3.bCPC 37 – Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade Com efeito 3.d.8CPC 38 – Instrumentos Financeiros – Reconhecimento e Mensuração Com efeito 3.bCPC 39 – Instrumentos Financeiros – Apresentação Com efeito 3.bCPC 40 – Instrumentos Financeiros – Evidenciação Com efeito 3.bCPC 41 – Resultado por ação Sem efeito 3.cCPC 43 – Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPC 15 a 40 Com efeito 3.b

ICPC 06 - Hedge de Investimento Líquido em uma Operação no Exterior Sem efeito 3.cICPC 07 - Distribuição de Lucros in Natura Sem efeito 3.cICPC 08 - Contabilização da Proposta de Pagamento de Dividendos Com ajuste 3.d.3ICPC 09 - Demonstrações Contábeis Individuais, Demonstrações Contábeis Separadas, Demonstrações Consolidadas e Aplicação do Método de Equivalência Patrimonial Com efeito 3.bICPC 10 - Interpretação sobre a Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado e à Propriedade para Investimento dos Pronunciamentos Técnicos CPCs 27, 28, 37 e 43 Com efeito 3.bICPC 11 - Recebimento em Transferência de Ativos dos Clientes Sem efeito 3.cICPC 12 - Mudanças em Passivos por Desativação, Restauração e Outros Passivos Similares Com efeito 3.b

Page 10: Balanço da Abril

8

b) O termo “Com efeito” identifica os pronunciamentos do CPC, aplicáveis a Companhia porém sem valor a ser contabilizado, e/ou o pronunciamento já era praticado pela Companhia e suas Controladas, anteriormente a sua vigência.

c) O termo “Sem efeito” refere-se aos CPCs não aplicáveis à Companhia, assim este pronunciamento

não teve impacto sobre as demonstrações financeiras da Editora Abril S.A. e suas Controladas. d) O termo “Com ajuste” identifica os pronunciamentos do CPC que produziram efeito no resultado

e/ou patrimônio líquido da Companhia e/ou suas Controladas.

Sumário das práticas contábeis modificadas:

A Companhia e suas controladas reconheceram os efeitos da aplicação dos seguintes Pronunciamentos Técnicos (CPC) nas suas informações trimestrais:

d.1) CPC 2 (R1) – Efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações

financeiras , aprovado pela deliberação CVM nº 534/08. O objetivo do CPC 02 é determinar como incluir transações em moeda estrangeira e operações no exterior nas demonstrações financeiras de uma entidade no Brasil e como converter as demonstrações financeiras de entidade no exterior para a moeda de apresentação das demonstrações financeiras no Brasil para fins de registro da equivalência patrimonial, de consolidação integral ou proporcional das demonstrações financeiras. A Companhia entende, que de acordo com o §4 do CPC 2 (R1), as Controladas Abril Investments Corporation e Abril Jovem Investments Corporation, por não possuírem, corpo gerencial próprio, autonomia administrativa, utilizarem a moeda da investidora como sua moeda funcional e funcionarem, na essência, como extensão das atividades da matriz, tiveram seus ativos, passivos e resultados incorporados aos saldos das respectivas contas na Controladora, como seria aplicado a uma filial.

d.2) CPC 20 – Custos de Empréstimos, aprovado pela deliberação CVM nº 577/09. O objetivo deste pronunciamento é o reconhecimento dos custos de empréstimos que são diretamente atribuídos à aquisição, à construção ou à produção de ativos qualificáveis para a sua capitalização, formando parte do custo de tais ativos. A Companhia capitalizava encargos financeiros somente para os empréstimos diretamente vinculados ao imobilizado e intangível em andamento. A partir de 1º de janeiro de 2009, a Companhia passou a capitalizar também encargos financeiros com base em uma taxa média de captação aplicada sobre os saldos citados acima.

d.3) CPC 24 Evento Subsequentes, aprovado pela deliberação CVM 593/09. O objetivo deste

pronunciamento é determinar quando a entidade deve ajustar suas demonstrações contábeis com respeito a eventos subsequentes ao período contábil a que se referem essas demonstrações, as informações que a entidade deve divulgar sobre a data em que é concedida a autorização para emissão das demonstrações contábeis e sobre os eventos subsequentes ao período contábil a que se referem essas demonstrações, e estabelecer que a entidade não deva elaborar suas demonstrações contábeis segundo o pressuposto da

Page 11: Balanço da Abril

9

continuidade se os eventos subsequentes ao período contábil das demonstrações indicarem que o pressuposto da continuidade não é apropriado. A Companhia tem divulgado regularmente essas informações em suas informações trimestrais, porém, tem divulgado os dividendos propostos ao término do exercício, quando a norma exige que a contabilização seja feita após a aprovação do conselho. Assim, no exercício findo em 31 de dezembro de 2009 foi reclassificado o montante de R$84.791 de dividendos a pagar para lucros acumulados, representando 75% do saldo total de dividendos, permanecendo como dividendos a pagar somente os dividendos mínimos obrigatórios de 25%.

d.4) CPC 26 Apresentação das Demonstrações Contábeis aprovado pela deliberação CVM

595/09. O objetivo deste pronunciamento é definir a base para a apresentação das demonstrações contábeis, para assegurar a comparabilidade tanto com as de períodos anteriores da mesma entidade quanto com as de outras entidades. Nesse cenário, este pronunciamento estabelece requisitos gerais para a apresentação, estabelece diretrizes da sua estrutura e os requisitos mínimos de conteúdo. A Companhia tem divulgado regularmente essas informações em suas informações trimestrais, exceto a Demonstração do Resultado Abrangente, que está demonstrada na nota 16.

d.5) CPC 27 – Ativo imobilizado, aprovado pela deliberação CVM nº 583/09. O objetivo é estabelecer o tratamento contábil para ativos imobilizados, de forma que os usuários das demonstrações contábeis possam discernir a informação sobre o investimento da entidade em seus ativos imobilizados, bem como suas mutações. Os principais pontos a serem considerados na contabilização do ativo imobilizado são o reconhecimento dos ativos, a determinação dos seus valores contábeis, sua depreciação (vida útil estimada) e a avaliação da necessidade de reconhecimento de perda por desvalorização em relação aos mesmos, conforme CPC 01. A Companhia tem realizado anualmente o teste de “impairment” dos ativos intangíveis de vida útil indefinida incluindo o ágio, análise existencial de indicativo de “impairment”, revisão da vida útil estimada, método de depreciação e valor residual de seus ativos imobilizados e intangíveis. A Companhia e suas controladas optaram pela adoção da prática de revisão dos custos históricos dos bens do ativo imobilizado e utilização da prática do “custo atribuído” (“deemed cost”), conforme opção prevista nos parágrafos 20 a 29 do ICPC 10 - Interpretação sobre a Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado e à Propriedade para Investimento dos Pronunciamentos Técnicos CPCs 27, 28, 37 e 43, para registro do saldo inicial do ativo imobilizado na adoção inicial do CPC 27 - Ativo imobilizado e ICPC. Para tanto, a Companhia optou por adotar os pronunciamentos CPC com aplicação obrigatória prevista para as demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2010 o mesmo tratamento contábil adotado nos relatórios em IFRS divulgados ao seu investidor estrangeiro com influência significativa e está apresentando seu Imobilizado e Intangível ajustados pelos índices do IGP-M.

Page 12: Balanço da Abril

10

d.6) CPC 30 – Receitas, aprovado pela deliberação CVM nº 597/09, estabelece o tratamento contábil de receitas provenientes de certos tipos de transações e eventos. A Receita é definida no Pronunciamento Básico Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis como aumento nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de entrada de recursos ou aumento de ativos ou diminuição de passivos que resultam em aumento do patrimônio líquido da entidade e que não sejam provenientes de aporte de recursos dos proprietários da entidade. As receitas englobam tanto as receitas propriamente ditas como os ganhos. A receita surge no curso das atividades ordinárias da entidade. A Companhia efetua operações de permutas de publicidade e sobre tais operações foi aplicado o conceito de valor justo para cada contrato sendo que os efeitos resultantes foram contabilizados no resultado do período. Como consequência, durante o trimestre findo em 30 de setembro de 2010, foram reconhecidos nas informações trimestrais os ajustes conforme descrito abaixo:

Controladora Consolidado

Receitas operacionais 7.265 7.791 Despesas comerciais (15.863) (16.405)Despesas financeiras (16) (18)

d.7) CPC 32 – Tributos sobre o lucro, aprovado pela deliberação CVM nº 599/09, estabelece o tratamento contábil para os tributos sobre o lucro. A questão principal na contabilização dos tributos sobre o lucro é como contabilizar os efeitos fiscais atuais e futuros de:

d.7.1) futura recuperação (liquidação do valor contábil dos ativos (passivos) que são

reconhecidos no balanço patrimonial da entidade e; d.7.2) operações e outros eventos do período atual que são reconhecidos nas

demonstrações contábeis da entidade. A Companhia tem divulgado regularmente essas informações em suas informações trimestrais. O efeito das diferenças temporárias entre a Legislação Societária (Lei 6.404/76, atualizada pela Lei 11.638/07 e 11.941/09) e a Legislação Fiscal (RIR/99) está contabilizado como imposto de renda e contribuição social diferidos. A Companhia também tem apresentado em suas informações trimestrais a conciliação entre a alíquota efetiva de tributo e a alíquota aplicável, divulgando também a base sobre a qual a alíquota aplicável de tributo é computada.

d.8) CPC 37 – Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade, aprovado pela

deliberação CVM nº 609/09. O objetivo deste Pronunciamento é garantir que as primeiras demonstrações contábeis de uma entidade de acordo com as IFRSs – “International Financial Reporting Standards”, e as divulgações contábeis intermediárias para os períodos

Page 13: Balanço da Abril

11

parciais cobertos por essas demonstrações contábeis contenham informações de alta qualidade, bem como que elas: a) sejam transparentes para os usuários e comparáveis em relação a todos os períodos apresentados; b) proporcionem um ponto de partida adequado para as contabilizações de acordo com as IFRSs; e c) possam ser geradas a um custo que não supere os benefícios. O “International Accounting Standards Board” - IASB exige, e o CPC reafirma que, ao efetuar essa adoção inicial, seja tudo feito como se tivessem sido sempre aplicadas todas as IFRSs, com exceção de alguns pontos e isenção de outros. De acordo com o “Apêndice D – Isenções de outras IFRSs”, um adotante pela primeira vez que tenha, pela prática contábil anteriormente adotada no Brasil, reconhecido uma reavaliação de ativos e mantida na data de transição para as IFRS, deve mantê-la como custo atribuído para fins de suas demonstrações em IFRS. Como a Companhia já elaborava relatórios em IFRS, da sua controladora, para seu investidor estrangeiro com influência significativa optou por adotar o mesmo tratamento contábil para o Imobilizado e o Intangível dos relatórios em IFRS, ajustados pelos índices do IGP-M.

e) Reconciliação do patrimônio líquido e do resultado

Conforme exigido pelo CPC 37 - "Adoção inicial das normas internacionais de contabilidade", aprovado pela deliberação CVM 609/09, a Companhia apresenta a seguir as reconciliações de seu patrimônio liquido na data de transição e nada data das Informações Trimestrais, e os resultados dos trimestres findos em 30 de setembro de 2010 e 2009 pelas praticas contábeis vigentes até 31 de dezembro de 2008 com as praticas contábeis obrigatórias em 31 de dezembro de 2010: Patrimônio líquido em 01/01/2009 “data de transição”

Consolidado

(atribuído aos acionistas

Controladora controladores)

Patrimônio líquido, conforme originalmente apresentado 178.519 178.519 Efeito dos CPCs 15 a 40

Dividendos propostos aguardando aprovação em AGO 55.548 55.548 Imobilizado (Deemed Cost) 817 759 Equivalência patrimonial dos ajustes dos CPCs em controladas 1.209 - Permutas - CPC 30 27.907 28.851 Imposto de renda e contribuição social sobre os ajustes 4.709 5.032

Patrimônio líquido, ajustado 268.709 268.709

Patrimônio líquido em 30/06/2010

Page 14: Balanço da Abril

12

Consolidado(atribuído aos

acionistasControladora controladores)

Patrimônio líquido, conforme originalmente apresentado 255.607 255.607 Efeito dos CPCs 15 a 40

Imobilizado (Deemed Cost) 259 (244)Imobilizado - Capitalização de juros - CPC 20 5.138 5.138 Imobilizado - Depreciação sobre capitalização de juros - CPC 20 (659) (659)Equivalência patrimonial dos ajustes dos CPCs em controladas 1.353 - Permutas - CPC 30 34.957 36.555 Imposto de renda e contribuição social sobre os ajustes 867 1.130 Participações minoritárias - (5)

Patrimônio líquido, ajustado 297.522 297.522

Patrimônio líquido em 30/09/2010

Consolidado(atribuído aos

acionistasControladora controladores)

Patrimônio líquido, conforme originalmente apresentado 312.751 312.751 Efeito dos CPCs 15 a 40

Imobilizado (Deemed Cost) 335 336 Imobilizado - Capitalização de juros - CPC 20 5.424 5.424 Imobilizado - Depreciação sobre capitalização de juros - CPC 20 (659) (659)Equivalência patrimonial dos ajustes dos CPCs em controladas 1.778 - Permutas - CPC 30 36.763 38.501 Imposto de renda e contribuição social sobre os ajustes 130 174 Participações minoritárias - (5)

Patrimônio líquido, ajustado 356.522 356.522

Page 15: Balanço da Abril

13

Resultado do trimestre findo em 30/09/2009

Controladora Consolidado

Lucro líquido conforme originalmente apresentado 32.553 32.553 Efeito dos CPCs 15 a 40

Imobilizado (Deemed cost) (261) (308)Imobilizado - Capitalização de juros - CPC 20 3.674 3.674 Imobilizado - Depreciação sobre capitalização de juros - CPC 20 (480) (480)Equivalência patrimonial dos ajustes das CPCs em controladas (40) - Permutas - CPC 30 13.605 13.615 Imposto de renda e contribuição social sobre os ajustes (5.623) (5.626)Participações minoritárias - -

Lucro líquido ajustado 43.428 43.428

Resultado do trimestre findo em 30/09/2010

Controladora Consolidado

Lucro líquido conforme originalmente apresentado 134.832 134.832 Efeito dos CPCs 15 a 40

Imobilizado (Deemed cost) (152) (128)Imobilizado - Capitalização de juros - CPC 20 526 526 Imobilizado - Depreciação sobre capitalização de juros - CPC 20 (18) (18)Equivalência patrimonial dos ajustes das CPCs em controladas 15 - Permutas - CPC 30 (8.614) (8.632)Imposto de renda e contribuição social sobre os ajustes 2.696 2.705 Participações minoritárias - -

Lucro líquido ajustado 129.285 129.285

Page 16: Balanço da Abril

14

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA O

PERÍODO FINDO EM 30 DE SETEMBRO DE 2010 E O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009

Reserva Reserva

de capital de lucros Lucros Atribuído Participação Total doCapital Reserva Reservas de Reserva (Prejuízos) aos acionistas não patrimônio

social de ágio reavaliação legal acumulados controladores controladores líquido

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009, ajustados 111.978 410 50.737 14.794 134.109 312.028 214 312.242

Realização da reserva de reavaliação (2.085) 2.085 - - - Imposto de renda sobre realização da reserva de reavaliação 709 (709) - - - Lucro líquido do trimestre 14.486 14.486 (4) 14.482 Destinação do resultado:Ajustes CPC - Dividendos (CPC 24) (84.791) (84.791) (84.791) Ajustes CPC - P.L. - - (1) (1)

SALDOS EM 31 DE MARÇO DE 2010, ajustados 111.978 410 49.361 14.794 65.180 241.723 209 241.932

Realização da reserva de reavaliação (2.085) 2.085 - - - Imposto de renda sobre realização da reserva de reavaliação 709 (709) - - - Lucro líquido do trimestre 55.799 55.799 25 55.824 Destinação do resultado:Ajustes CPC - P.L. - - 3 3

SALDOS EM 31 DE JUNHO DE 2010, ajustados 111.978 410 47.985 14.794 122.355 297.522 237 297.759

Realização da reserva de reavaliação (1.985) 1.985 - - - Imposto de renda sobre realização da reserva de reavaliação 676 (676) - - - Lucro líquido do trimestre 59.000 59.000 26 59.026 Destinação do resultado:Ajustes CPC - P.L. - - 1 1

SALDOS EM 31 DE SETEMBRO DE 2010 111.978 410 46.676 14.794 182.664 356.522 264 356.786

Page 17: Balanço da Abril

15

4. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS

As principais práticas contábeis adotadas na elaboração destas Informações Trimestrais estão descritas a seguir: a) Caixa e equivalentes de caixa

Caixa e equivalentes de caixa incluem dinheiro em caixa, depósitos bancários, investimentos de curto prazo de alta liquidez e com risco insignificante de mudança de valor.

b) Instrumentos financeiros e títulos e valores mobiliários

Classificação e mensuração: A Companhia classifica seus ativos financeiros sob as seguintes categorias: I) mensurados ao valor justo através do resultado; II) empréstimos e recebíveis; e III) ativos mantidos até o vencimento, não existindo, nas presentes Informações Trimestrais instrumentos disponíveis para venda e instrumentos financeiros derivativos. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. A Administração determina a classificação de seus ativos financeiros no reconhecimento inicial. I) Ativos financeiros mensurados ao valor justo através do resultado

Os ativos financeiros mensurados ao valor justo através do resultado são aqueles mantidos para negociação ativa e frequente. Os ganhos ou as perdas decorrentes de variações no valor justo de ativos financeiros mensurados ao valor justo através do resultado são apresentados na demonstração do resultado em "resultado financeiro" no período em que ocorrem, a menos que o instrumento tenha sido contratado em conexão com outra operação. Neste caso, as variações são reconhecidas na mesma linha do resultado afetada pela referida operação.

II) Empréstimos e recebíveis

Incluem-se nesta categoria os empréstimos concedidos e os recebíveis que são ativos financeiros não-derivativos com pagamentos fixos ou determináveis e não cotados em um mercado ativo. São incluídos como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data de emissão do balanço (estes são classificados como ativos não-circulantes). Os empréstimos e recebíveis da Companhia compreendem os empréstimos à controladas, contas a receber de clientes, demais contas a receber e caixa e equivalentes de caixa, exceto os investimentos de curto prazo. Os empréstimos e recebíveis são contabilizados pelo custo amortizado, usando o método da taxa de juros efetiva.

Page 18: Balanço da Abril

16

III) Ativos mantidos até o vencimento

São basicamente os ativos financeiros que não podem ser classificados como empréstimos e recebíveis, por serem cotados em um mercado ativo. Neste caso, os ativos financeiros são adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento. São avaliados pelo custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do exercício.

Valor justo Os valores justos dos investimentos com cotação pública são baseados nos preços atuais de compra. Para os ativos financeiros sem mercado ativo ou cotação pública, a Companhia estabelece o valor justo através de técnicas de avaliação. Essas técnicas incluem o uso de operações recentes contratadas com terceiros, a referência a outros instrumentos que são substancialmente similares, a análise de fluxos de caixa descontados e os modelos de precificação de opções que fazem o maior uso possível de informações geradas pelo mercado e contam o mínimo possível com informações geradas pela Administração da própria entidade. A Companhia avalia, na data do balanço, se há evidência objetiva de que um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros está registrado por valor acima de seu valor recuperável (impairment).

c) Contas a receber de clientes O saldo de contas a receber refere-se substancialmente à veiculação de publicidade, serviços gráficos, assinaturas e venda de produtos a distribuidores. A provisão para créditos de liquidação duvidosa foi constituída com base na análise do nível de perdas históricas e no conhecimento e acompanhamento da situação individual de seus clientes, sendo considerada suficiente para fazer face às eventuais perdas na realização dos créditos.

d) Estoques

Os estoques são demonstrados ao custo médio das compras ou da produção, inferior aos custos de reposição ou aos valores de realização e, quando aplicável, reduzido por provisão para obsolescência e para redução ao valor de mercado. As importações em andamento são demonstradas ao custo acumulado de cada importação. A Companhia efetuou provisão para perdas para os produtos acabados e matérias-primas com baixa movimentação. Tal provisão é constituída com base em percentual pelo tempo de permanência dos itens nos estoques até o limite máximo de três anos, quando são totalmente provisionados como prováveis de perda.

Page 19: Balanço da Abril

17

e) Imposto de renda e contribuição social diferidos

O imposto de renda e a contribuição social diferidos são calculados sobre os prejuízos fiscais do imposto de renda, a base negativa de contribuição social e as correspondentes diferenças temporárias entre as bases de cálculo do imposto sobre ativos e passivos e os valores contábeis das Informações Trimestrais. As alíquotas desses impostos, definidas atualmente para determinação desses créditos diferidos, são de 25% para o imposto de renda e de 9% para a contribuição social. Impostos diferidos ativos são reconhecidos na extensão em que seja provável que o lucro futuro tributável esteja disponível para ser utilizado na compensação das diferenças temporárias e/ou prejuízos fiscais, com base em projeções de resultados futuros elaboradas e fundamentadas em premissas internas e em cenários econômicos futuros que podem, portanto, sofrer alterações.

f) Depósitos judiciais Os depósitos são atualizados monetariamente e apresentados como dedução do valor de um correspondente passivo constituído, quando aplicável.

g) Investimentos em controladas Os investimentos em sociedades controladas são registrados e avaliados pelo método de equivalência patrimonial, reconhecida no resultado do exercício como receita (ou despesa) operacional. Para efeitos do cálculo da equivalência patrimonial, ganhos ou transações a realizar entre a Companhia e suas controladas são eliminados na medida da participação da Companhia; perdas não realizadas também são eliminadas, a menos que a transação forneça evidências de perda permanente (“impairment”) do ativo transferido. Quando necessário, as práticas contábeis das controladas são alteradas para garantir consistência com as práticas adotadas pela Companhia.

g.1) Investimentos em controladas, resultado de equivalência patrimonial, provisão para perdas

em operações de controladas, créditos, débitos, receitas e despesas relativos à transações intercompanhia são eliminados para fins de consolidação.

g.2) A conta provisão para perdas em operação de controladas, no passivo não circulante, reflete

as perdas efetivas nas operações das sociedades controladas com passivo a descoberto.

g.3) Nas empresas consolidadas, as participações acionárias dos não controladores são calculadas com base na proporção de participação desses acionistas não controladores no patrimônio líquido de cada empresa consolidada e destacados em linha específica nas Informações Trimestrais consolidadas.

Page 20: Balanço da Abril

18

h) Conversão em moeda estrangeira

As transações em moeda estrangeira são convertidas para reais usando-se as taxas de câmbio em vigor nas datas das transações. Os saldos das contas de balanço são convertidos pela taxa cambial da data do balanço. Ganhos e perdas cambiais resultantes da liquidação dessas transações e da conversão de ativos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são reconhecidos na demonstração do resultado.

i) Imobilizado Máquinas e equipamentos industriais compreendem principalmente o parque fabril utilizado na produção gráfica; terrenos e edifícios compreendem principalmente as fábricas e escritórios. São demonstrados pelo custo histórico de aquisição, acrescidos de reavaliações espontâneas efetuadas em 31 de dezembro de 2005 pela Companhia e sua controlada direta Abril Gráfica Ltda., com base em laudo elaborado por empresa especializada, abrangendo tão somente seu parque gráfico, edifícios e terrenos. A depreciação é calculada pelo método linear, de acordo com as taxas divulgadas na nota 10. Terrenos não são depreciados. Conforme facultado pelo Pronunciamento CPC 13 - Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07, a Companhia optou por manter os saldos das reavaliações até a sua plena realização. Ganhos e perdas em alienações são determinados pela comparação dos valores de alienação com o valor contábil e são incluídos no resultado. Quando os ativos reavaliados são vendidos, os valores incluídos na reserva de reavaliação são transferidos para lucros acumulados. Os custos dos encargos sobre empréstimos tomados para financiar a construção do imobilizado são capitalizados durante o período necessário para executar e preparar o ativo para o uso pretendido. Reparos e manutenção são apropriados ao resultado durante o período em que são incorridos. O custo das principais renovações é incluído no valor contábil do ativo no momento em que for provável que os benefícios econômicos futuros que ultrapassarem o padrão de desempenho inicialmente avaliado para o ativo existente fluirão para a Companhia. As principais renovações são depreciadas ao longo da vida útil restante do ativo relacionado. De acordo com a Deliberação CVM nº 527/07, que aprovou a CPC 01, “Redução ao valor recuperável de ativos”, a Companhia em conjunto com empresa especializada, realizou a revisão da vida útil econômica dos bens do imobilizado e registrou os efeitos desta revisão a partir de 1º de janeiro de 2009. Durante o trimestre findo em 30 de setembro de 2010, não foram identificadas diferenças significativas na vida útil-econômica dos bens que integram o ativo imobilizado da Companhia e

Page 21: Balanço da Abril

19

de suas controladas, consequentemente, foram utilizadas as mesmas taxas de depreciação utilizadas no exercício findo em 31 de dezembro de 2009.

j) Intangíveis

(i) Programas de computador (software) Licenças adquiridas de programas de computador são capitalizadas e amortizadas ao longo de sua vida útil estimada (nota 11). Os gastos associados ao desenvolvimento ou à manutenção de softwares são reconhecidos como despesas na medida em que são incorridos. Os gastos diretamente associados a softwares identificáveis e únicos, controlados pela Companhia e suas controladas e que, provavelmente, gerarão benefícios econômicos maiores que os custos por mais de um ano, são reconhecidos como ativos intangíveis. Os gastos diretos incluem a remuneração dos funcionários da equipe de desenvolvimento de softwares e a parte adequada das despesas gerais relacionadas. Os gastos com o desenvolvimento de softwares reconhecidos como ativos são amortizados usando-se o método linear ao longo de suas vidas úteis, pelas taxas demonstradas na nota 11.

(ii) Outros ativos intangíveis

Os custos com a aquisição de patentes, marcas comerciais, licenças são capitalizados e não são amortizados. Os ativos intangíveis não foram reavaliados.

k) Redução ao valor recuperável de ativos

O imobilizado e outros ativos não circulantes e os ativos intangíveis, são revistos anualmente para se identificar evidências de perdas não recuperáveis, ou ainda, sempre que eventos ou alterações nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. Quando este for o caso, o valor recuperável é calculado para verificar se há perda. Quando houver perda, ela é reconhecida pelo montante em que o valor contábil do ativo ultrapassa seu valor recuperável, que é o maior entre o preço líquido de venda e o valor em uso de um ativo. Para fins de avaliação, os ativos são agrupados no menor grupo de ativos para o qual existem fluxos de caixa identificáveis separadamente.

l) Recebimentos antecipados Os recebimentos antecipados de clientes referem-se aos adiantamentos obtidos por conta de veiculação da publicidade futura e são registrados como receita quando da veiculação da publicidade.

m) Provisões As provisões são reconhecidas quando a Companhia e suas controladas tem uma obrigação presente, legal ou não formalizada, como resultado de eventos passados e é provável que uma

Page 22: Balanço da Abril

20

saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação e uma estimativa confiável do valor possa ser feita.

n) Assinaturas de revistas O saldo da conta assinaturas de revistas liquida-se pela produção e entrega contratada das publicações futuras e está demonstrado pelo montante líquido de valores a receber por conta de assinaturas vendidas.

o) Benefícios a funcionários (i) Obrigações de pensão

O plano de pensão da Companhia e de suas controladas é classificado como contribuição definida sendo que são pagas contribuições aos planos de pensão administrado pela Sociedade de Previdência Privada - Abrilprev em bases compulsórias, contratuais ou voluntárias. Assim que as contribuições tiverem sido feitas, a Companhia não tem obrigações relativas a pagamentos adicionais. As contribuições regulares compreendem os custos periódicos líquidos do período em que são devidas e, assim, são incluídas nos custos de pessoal.

(ii) Participação nos lucros

A Companhia e suas controladas oferecem aos funcionários participação nos resultados, por meio do Superação, programa de participação nos resultados da Companhia vinculado ao atingimento de metas pré-estabelecidas. O reconhecimento desta participação é efetuado mensalmente e ajustado quando do encerramento do exercício, momento em que o valor pode ser mensurado de maneira confiável pela Companhia.

p) Demonstrações dos resultados

p.1) As receitas com publicidade (líquidas das bonificações de volumes), vendas de produtos e

serviços de impressão são creditadas aos resultados quando da veiculação da propaganda, da entrega do produto e prestação dos serviços, respectivamente. As vendas de revistas para pontos de vendas são creditadas aos resultados nas datas de circulação, líquidas da estimativa de perdas. As receitas de assinaturas de revistas são reconhecidas proporcionalmente aos exemplares entregues. A Companhia efetua operações de permuta de publicidade e sobre tais operações foi aplicado o conceito de valor justo para cada contrato sendo que os efeitos resultantes foram contabilizados no resultado do período.

p.2) Os custos são reconhecidos quando da veiculação da publicidade. Os custos de produção

são apurados pelo método de lote específico e considera preços médios das compras ou produção. Os custos dos serviços prestados são reconhecidos quando da efetiva prestação dos serviços. Os custos de produção e venda de revistas são reconhecidos conforme a data

Page 23: Balanço da Abril

21

de capa de cada edição e os custos de assinaturas e distribuição de exemplares são apurados no momento da entrega aos assinantes.

5. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

Controladora Consolidado30/09/2010 30/06/2010 30/09/2010 30/06/2010

Caixa 62 55 74 67 Bancos conta movimento 37.333 15.412 37.921 15.757

37.395 15.467 37.995 15.824

Títulos e valores mobiliários Certificados de depósitos bancários Destinados a negociação 129.135 180.193 174.569 218.958 Mantidos até o vencimento 306.424 321.945 306.424 321.945

435.559 502.138 480.993 540.903

Total 472.954 517.605 518.988 556.727

Parcela do Circulante 166.530 195.660 212.564 234.782 Parcela do não Circulante 306.424 321.945 306.424 321.945

6. CONTAS A RECEBER DE CLIENTES

6.1 Contas a receber

Controladora Consolidado30/09/2010 30/06/2010 30/09/2010 30/06/2010

Publicidade 98.259 96.287 100.550 98.764 Bancas e varejo 71.804 72.802 73.545 74.652 Serviços gráficos 27.283 25.503 26.891 25.148 Permuta 65.997 64.229 68.487 66.329 Classificados 3.496 2.956 3.496 2.956 Internet 1.320 1.154 1.320 1.154 Direitos autorais 16.256 16.597 16.256 16.597 Outras 22.232 17.205 21.284 16.863

306.647 296.733 311.829 302.463 Provisão para créditos de liquidação duvidosa (31.403) (30.269) (31.639) (30.614)

275.244 266.464 280.190 271.849

Parcela do Circulante 266.593 257.223 271.539 262.608 Parcela do não Circulante 8.651 9.241 8.651 9.241

Page 24: Balanço da Abril

22

6.2 Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa:

Controladora Consolidado

Saldos em 30 de junho de 2010 30.269 30.614 Adições 1.925 1.925 Reversões/baixas (791) (900)

Saldos em 30 de setembro de 2010 31.403 31.639

7. IMPOSTOS A RECUPERAR

30/09/2010 30/06/2010 30/09/2010 30/06/2010

IR sobre aplicação financeira 1.721 2.427 2.500 3.500 COFINS 952 961 981 1.041 IR e CS antecipados 34.931 15.093 39.005 17.700 IPI - - - 187 PIS 224 226 230 232 I.L.L. (i) 8.720 - 8.720 - Outros 1.339 1.396 1.439 1.431

47.887 20.103 52.875 24.091

Parcela do circulante 47.324 19.540 52.314 23.528 Parcela do não circulante 563 563 563 563

47.887 20.103 52.877 24.091

Controladora Consolidado

(i) Refere-se ao ganho de ação judicial relativa ao direito de compensar o Imposto sobre o Lucro Líquido

Page 25: Balanço da Abril

23

8. INVESTIMENTOS

8.1 A participação direta da Editora Abril S.A. em empresas controladas em 30 de setembro e em 30 de junho de 2010 está a seguir demonstrada:

30 de Setembro de 2010 30 de Junho de 2010Investimentos Investimentos

Patrimônio (Provisão Patrimônio (ProvisãoParti- líquido para líquido para

cipação (Passivo a perdas) em (Passivo a perdas) emControladas % descoberto) controladas descoberto) controladas

Abril Gráfica Ltda. 100,00 202.108 202.108 201.194 201.194 Abril Vídeo Distribuição Ltda. 100,00 37.603 37.603 37.621 37.621 ATB Agência de Talentos Brasileiros Ltda. 99,90 (2) (2) (2) (2) Distmag - Distribuidora Magazine Express de Publicações Ltda. 99,90 374 374 375 375 Editora Novo Continente S.A. 100,00 11.626 11.626 8.728 8.728 Magazine Express Comercial, Importadora e Exportadora de Revistas Ltda. 100,00 1.866 1.866 1.721 1.721 SCP – Femininas 98,00 13.179 12.915 11.860 11.623

Provisão para perdas em controladas (2) (2)

Total dos investimentos 266.492 261.262

8.2 A equivalência patrimonial e a provisão para perdas em controladas das participações diretas da Editora Abril S.A. em 30 de setembro de 2010 e de 2009 está a seguir demonstrada:

30 de Setembro de 2010 30 de Setembro de 2009

Parti-cipação Resultado Equivalência Resultado Equivalência

Controladas % do período Patrimonial do período PatrimonialAbril Gráfica Ltda. 100,00 (1.288) (1.288) (3.284) (3.284) Abril Vídeo Distribuição Ltda. 100,00 1.309 1.309 (523) (523) ATB Agência de Talentos Brasileiros Ltda. 99,90 (1) (1) (2) (2) Distmag - Distribuidora Magazine Express de Publicações Ltda. 99,90 (2) (2) (260) (259) Editora Novo Continente S.A. 100,00 7.571 7.571 7.629 7.629 Magazine Express Comercial, Importadora e Exportadora de Revistas Ltda. 100,00 735 735 1.086 1.086 SCP – Femininas 98,00 2.463 2.414 803 787

Efeito líquido no resultado do período 10.738 5.434

Composto de: - Equivalência patrimonial em controladas 10.308 4.350 - Reversão da provisão para perdas em controladas 430 1.084

Page 26: Balanço da Abril

24

8.3 Movimentação dos investimentos:

Saldo em Equivalência Ajustes Saldo em

Controladas 30/06/2010 patrimonial CPC (i) 30/09/2010Abril Gráfica Ltda. 201.194 582 332 202.108 Abril Vídeo Distribuição Ltda. 37.621 (18) 37.603 Distmag - Distribuidora Magazine - Express de Publicações Ltda. 375 (2) - 373 Magazine Express Comercial, - Importadora e Exportadora - de Revistas Ltda. 1.721 146 - 1.867 Editora Novo Continente S.A. 8.728 2.898 - 11.626 SCP – Femininas 11.623 1.292 - 12.915

Total dos investimentos 261.262 4.898 332 266.492

ATB Agência de Talentos Brasileiros Ltda. (2) - - (2)

Total da provisão para perdas em controladas (2) - - (2)

(i) O valor de R$332 refere-se a ajuste CPC do patrimônio líquido da investida.

Page 27: Balanço da Abril

25

9. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS

9.1 As transações e saldos que a Editora Abril S.A. (controladora e consolidado) efetuou e mantém

com partes relacionadas para os períodos findos em 30 de setembro e em 30 de junho de 2010 estão sumariados a seguir:

ControladoraPeríodo findo em 30 de Setembro de 2010

Empréstimos Empréstimose outros e outros Vendas Receitas

Contas a Contas a créditos créditos (gastos) (despesas)Partes relacionadas receber Pagar concedidos (ii) obtidos (ii) líquidos financeiras

Abril S.A. - - 72.891 - - 2.471 Abril Comunicações S.A. 32 272 - 33.951 - (2.093)Abril Gráfica S.A. (i) 670 129.038 - - (3.200) - Abril Marcas Ltda. 174 - - - 2.187 - DGB - Logística S.A. Distribuição Geográfica do Brasil 1 - 34.353 - - 4.071 Abril Radiodifusão S.A. 1.944 - 13.133 - 741 282 Abril Vídeo Distribuição Ltda. 1 - - 42.031 - - Canais Abril de Televisão Ltda. 24 44 - - (351) - Casa Cor Promoções e Comercial Ltda. 15 100 - - (9) - Dinap S.A. - Distribuidora Nacional de Publicações 33.540 141 5.114 - 181.212 327 Editora Ática S.A. 3.130 - - - 4.488 1.746 Editora Caras S.A. 1.347 630 - 10.807 16.140 (6)Editora Novo Continente S.A. 1.196 908 - - 2.209 - Editora Scipione S.A. 1.684 - - - 1.088 1.551 Fundação Victor Civita 3.699 150 - - 5.189 - Instituto Abril 1.562 - Magazine Express Comercial, Importadora e Exportadora de Revistas Ltda. 16 5 260 - (75) - SCP - Femininas 54 382 - - 2.879 - Treelog S.A. Logística e Distribuição 1.194 838 3.492 - (4.645) 466 TVA Communications Ltd. - - 17.435 - - - Outros 74 - 7.410 370 152 429

50.357 132.508 154.088 87.159 208.005 9.244 Contas a receber:Abril S.A. (nota 9.2) - - 79.609 - - -

50.357 132.508 233.697 87.159 208.005 9.244

Títulos e valores mobiliários: Abril Comunicações S.A. 306.424 2.723

(i) Refere-se ao aluguel do parque gráfico com a controladora no valor de R$129.038 .(ii) Referem-se à empréstimos de mútuos

Não circulanteCirculante

Page 28: Balanço da Abril

26

Controladora

Período findo em 30 de Junho de 2010

Empréstimos Empréstimose outros e outros Vendas Receitas

Contas a Contas a créditos créditos (gastos) (despesas)Partes relacionadas receber Pagar concedidos (ii) obtidos (ii) líquidos financeiras

Abril S.A. - - - - - 1.780 Abril Comunicações S.A. 64 112 - 35.011 - (3.153)Abril Gráfica S.A. (i) 1.339 127.886 - - (1.241) - Abril Marcas Ltda. 252 - - - 1.629 - DGB - Logística S.A. Distribuição Geográfica do Brasil 1 - 32.826 - - 2.008 Abril Radiodifusão S.A. 1.483 - 4.089 - 225 - Abril Vídeo Distribuição Ltda. 1 - - 42.547 - - Canais Abril de Televisão Ltda. 25 49 - - (194) - Casa Cor Promoções e Comercial Ltda. 31 2 - - (4) - Comercial Cabo TV São Paulo S.A. - - - - 138 - Dinap S.A. - Distribuidora Nacional de Publicações 39.296 27 4.984 - 115.814 197 Editora Ática S.A. 933 10 - - 2.342 1.746 Editora Caras S.A. 2.400 1.012 - 11.383 10.687 (582)Editora Novo Continente S.A. 491 164 - - 1.439 - Editora Scipione S.A. 483 - - - 590 1.551 Fundação Victor Civita 3.576 506 - - 2.614 - Instituto Abril 1.562 - - - - - Magazine Express Comercial, Importadora e Exportadora de Revistas Ltda. 17 6 260 - (47) - SCP - Femininas 121 341 - - 1.869 - Treelog S.A. Logística e Distribuição 1.173 649 1.808 - (2.426) 422 TVA Communications Ltd. - - 18.265 - - 1.132 Outros 51 33 7.711 351 4 428

53.299 130.797 69.943 89.292 133.439 5.529 Contas a receber:Abril S.A. (nota 10.2.a) - - 79.609 - - -

53.299 130.797 149.552 89.292 133.439 5.529

Títulos e valores mobiliários: Abril Comunicações S.A. 321.945 18.245

(i) Refere-se ao aluguel do parque gráfico com a Controladora no valor de R$127.886(ii) Referem-se à empréstimos de mútuos

Não circulanteCirculante

Page 29: Balanço da Abril

27

ConsolidadoPeríodo findo em 30 de Setembro de 2010

Empréstimos Empréstimose outros e outros Vendas Receitas

Contas a Contas a créditos créditos (gastos) (despesas)Partes relacionadas receber Pagar concedidos (i) obtidos (i) líquidos financeiras

Abril S.A. - - 72.891 - - 2.471 Abril Comunicações S.A. 32 272 - 33.951 - (2.093)Abril Marcas Ltda. 174 - - - 2.188 - DGB - Logística S.A. Distribuição Geográfica do Brasil 1 - 34.353 - - 4.071 Abril Radiodifusão S.A. 1.978 14 13.133 - 761 282 Canais Abril de Televisão Ltda. 24 44 - - (351) - Casa Cor Promoções e Comercial Ltda. 15 100 - - (9) - Dinap S.A. - Distribuidora Nacional de Publicações 35.664 142 5.114 - 191.217 2.073 Editora Ática S.A. 3.130 - - - 4.489 - Editora Caras S.A. 1.347 630 - 10.807 16.140 (6)Editora Scipione S.A. 1.684 - - - 1.088 1.551 Fundação Victor Civita 3.699 150 - - 5.189 - Instituto Abril 1.562 - Treelog S.A. Logística e Distribuição 1.194 853 3.492 - (4.735) 466 Outros 73 - 24.845 371 153 429

50.577 2.205 153.828 45.129 216.130 9.244 Contas a receber:Abril S.A. (nota 9.2) - - 79.609 - - -

50.577 2.205 233.437 45.129 216.130 9.244

Títulos e valores mobiliários: Abril Comunicações S.A. 306.424 2.723

(i) Referem-se à empréstimos de mútuo.

Não circulanteCirculante

Page 30: Balanço da Abril

28

Consolidado

Empréstimos Empréstimose outros e outros Vendas e Receitas

Contas a Contas a créditos créditos (gastos), (despesas)Partes relacionadas receber Pagar concedidos (i) obtidos (i) líquidos financeiras

Abril S.A. - - - - - 1.780 Abril Comunicações S.A. 64 112 - 35.011 - (3.153)Abril Marcas Ltda. 252 - - - 1.629 - DGB - Logística S.A. Distribuição Geográfica do Brasil 1 - 32.826 - - 2.008 Abril Radiodifusão S.A. 1.503 - 4.089 - 226 - Canais Abril de Televisão Ltda. 25 49 - - (194) - Casa Cor Promoções e Comercial Ltda. 31 2 - - (4) - Comercial Cabo TV São Paulo S.A. - - - - 139 - Dinap S.A. - Distribuidora Nacional de Publicações 42.469 20 4.984 - 122.401 197 Editora Ática S.A. 933 10 - - 2.344 (1.746)Editora Caras S.A. 2.400 1.012 - 11.383 10.687 (582)Editora Scipione S.A. 483 - - - 591 (1.551)Fundação Victor Cívita 3.576 506 - - 2.615 - Instituto Abril 1.562 - - - - - Treelog S.A. - Logística e Distribuição 1.173 657 1.808 - (2.483) 422 TVA Communications Ltd. - - 18.265 - - 1.132 Outros 49 33 7.711 352 4 428

54.521 2.401 69.683 46.746 137.955 (1.065)Contas a receber: Abril S.A. (nota 10) - - 79.609 - - -

54.521 2.401 149.292 46.746 137.955 (1.065)

Títulos e valores mobiliários Abril Comunicações S.A. 321.945 18.245

(i) Referem-se à empréstimos de mútuo.

Circulante

Não circulantePeríodo findo em 30 de Junho de 2010

a) Remuneração do pessoal-chave da Administração

O pessoal-chave da Administração inclui o presidente, os conselheiros e vice-presidentes, os membros do comitê executivo e o responsável da auditoria interna. A remuneração paga ou a pagar por serviços de empregados, está demonstrada a seguir:

set/10 jun/10

Salários e encargos 11.978 7.917 Honorários da diretoria 3.001 1.981

14.979 9.898

Os honorários da diretoria foram contabilizados como despesas com pessoal. Além desses, não foram pagos outros valores ou benefícios adicionais aos administradores.

Page 31: Balanço da Abril

29

9.2. Outras informações relevantes sobre partes relacionadas

(a) A Editora Abril S.A., em face do processo de reestruturação societária iniciado durante o

exercício findo em 31 de dezembro de 2001, transferiu para a sua controladora Abril S.A. os créditos com a Abril Comunicações S.A. e os investimentos de certas controladas. Como consequência dessa transferência, posteriores reestruturações, transferências e dos pagamentos ocorridos ao longo do período, que inclui, a liquidação de dividendos no valor de R$113.055, a Companhia tem registrado um contas a receber no realizável a longo prazo com a Abril S.A. no montante de R$79.609 em 30 de setembro e em 30 de junho de 2010, sobre o qual não incide juros.

(b) As transações de vendas e gastos com partes relacionadas foram efetuadas por valores,

prazos e condições usuais de mercado, e referem-se a vendas de serviços gráficos, vendas de produtos e serviços. Adicionalmente, os custos e gastos gerais e administrativos são repassados às controladas pelos valores incorridos.

(c) Exceto quanto aos valores decorrentes das operações mencionadas na nota 9.2.a e ao

empréstimo obtido da controlada Abril Vídeo Distribuição Ltda., sobre o qual não incide juros, sobre os demais empréstimos concedidos ou obtidos por meio de contratos de mútuo com partes relacionadas incidem juros médios de mercado.

(d) A Companhia possui créditos de mútuos, contas a receber e títulos e valores mobiliários

com partes relacionadas no montante de R$426.376 em 30 de setembro de 2010 e R$440.218 em 30 de junho de 2010, classificados no ativo não circulante. A Administração da Companhia entende que a realização total desses saldos está condicionada à conclusão da reorganização societária e não prevê perdas na realização desses créditos.

9.3 Avais concedidos a controladas e partes relacionadas.

O total dos avais concedidos pela Companhia em favor das sociedades controladas e outras partes relacionadas, em 30 de setembro de 2010, totaliza R$27.497 (R$25.630 em 30 de junho de 2010).

Page 32: Balanço da Abril

30

10. IMOBILIZADO

Movimentação do imobilizado:

Controladora2010

Taxas anuais Saldo Saldode líquido em Baixas Depre- Transferência líquido em

depreciação 30/06/2010 Adições líquidas ciação (i) 30/09/2010

Terrenos - 9.265 - - - - 9.265 Edifícios 3% 5.894 - - (45) - 6.104 Instalações 9% 8.278 - - (363) 325 8.240 Máquinas e equipamentos industriais 7% 104.629 1.917 - (2.933) 27 103.640 Móveis e utensílios 10% 3.876 1.006 - (163) - 4.718 Veículos 20% 7.243 1.928 - (818) - 8.353 Equipamentos de computação 47% 7.798 181 (744) (1.006) 339 6.568 Outras imobilizações 20% a 27% 1.673 - - (129) - 1.289 Imobilizações em andamento - 9.532 19.694 - - (901) 28.326

158.188 24.726 (744) (5.457) (210) 176.503

Consolidado2010

Taxas anuais Saldo Saldode líquido em Baixas Depre- Transferência líquido em

depreciação 30/06/2010 Adições líquidas ciação (i) 30/09/2010

Terrenos - 38.170 - - (1) - 38.169 Edifícios 3% 48.452 - - (113) - 48.339 Instalações 9% 10.605 - - (420) 325 10.510 Máquinas e equipamentos industriais 7% 115.583 1.917 (262) (2.959) 27 114.306 Móveis e utensílios 10% 3.909 1.006 - (165) - 4.749 Veículos 20% 7.243 1.928 - (821) - 8.350 Equipamentos de computação 47% 7.827 181 (744) (1.006) 339 6.597 Outras imobilizações 20% a 27% 1.673 - - (384) - 1.289 Imobilizações em andamento - 9.532 19.692 - - (901) 28.324

242.994 24.724 (1.006) (5.869) (210) 260.633

(i) Considera movimentações entre itens do ativo imobilizado com o ativo intangível.

Page 33: Balanço da Abril

31

11. INTANGÍVEL

Movimentação do intangível:

ControladoraTaxas anuais Saldo Saldo

de líquido em Transfe- líquido emamortização 30/06/2010 Adições Amortização rência (i) 30/09/2010

Sistemas de computação 13% 121.839 125 (5.545) 2.195 118.614 Marcas e Patentes - 15.974 - - - 15.974 Software em desenvolvimento - 27.614 6.817 - (1.985) 32.446

165.427 6.942 (5.545) 210 167.034

ConsolidadoTaxas anuais Saldo Saldo

de líquido em Transfe- líquido emamortização 30/06/2010 Adições Amortização rência (i) 30/09/2010

Sistemas de computação 13% 121.844 125 (5.545) 2.195 118.619 Marcas e Patentes - 15.983 - - - 15.983 Software em desenvolvimento - 27.614 6.816 - (1.985) 32.445

165.441 6.941 (5.545) 210 167.047

(i) Considera movimentações entre itens do ativo imobilizado com o ativo intangível.

12. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS E DEBÊNTURES

Os empréstimos e financiamentos sujeitos à variação cambial estão atualizados pela respectiva taxa de câmbio de venda vigente no último dia útil do período. Os demais estão atualizados monetariamente, quando aplicável, pelos correspondentes encargos contratuais. Os empréstimos e financiamentos apresentam as seguintes características:

Page 34: Balanço da Abril

32

Controladora e consolidado30/09/2010 30/06/2010

Circulante Não circulante Circulante Não circulante

Debêntures colocadas 53.146 225.883 45.177 225.883

Empréstimos e financiamentos: Em moeda nacional: Finem 5.614 21.883 5.296 20.334 Arrendamento mercantil 412 - 491 36 Empréstimos bancários 72.520 49.348 69.150 49.348

78.546 71.231 74.937 69.718

Em moeda estrangeira: Financiamento com fornecedores 1.339 1.730 1.275 1.932

1.339 1.730 1.275 1.932

Total dos empréstimos e financiamentos 79.885 72.961 76.212 71.650

Total 133.031 298.844 121.389 297.533

12.1. Os financiamentos de longo prazo em 30 de setembro de 2010 têm seus vencimentos

distribuídos da seguinte forma:

Controladora e ConsolidadoVencimento R$ % sobre o total

Out a Dez/11 46.915 15,70%2012 236.647 79,19%2013 6.494 2,17%2014 6.128 2,05%2015 2.660 0,89%

298.844 100,00%

12.2. Debêntures

Em 24 de junho de 2010 a Companhia e os debenturistas assinaram o 9º aditamento à escritura de Emissão de Debêntures, postergando os pagamentos das parcelas de 2/7 do principal previstas para 30 de Junho de 2010 e 28 de dezembro de 2010 para 30 de junho de 2012, mantendo-se as demais condições inalteradas: (i) as debêntures têm o valor nominal de R$97,12 cada, perfazendo o total de R$291.358; as debêntures em carteira perfazem o montante de R$20.298; (ii) os encargos em razão da comprovação da condição do inciso XVII da cláusula 4ª do Instrumento Particular de Sétimo Aditamento à Escritura de Primeira Emissão de Debêntures da Editora Abril S.A. passaram, a partir de 23 de abril de 2008, a ser remunerados pela variação acumulada da Taxa DI, capitalizada de um spread ou sobretaxa de 1,25% a.a., com pagamentos semestrais de 1/7 do principal, tendo início em 30 de junho de 2009 e término em 30 de junho de 2012 e pagamento de juros semestrais com início em 28 de dezembro de 2007 e término em 30 de junho de 2012, provisionados até a data do pagamento.

Page 35: Balanço da Abril

33

As garantias concedidas foram o aval da Abril S.A. e penhor de recebíveis de assinaturas da Companhia. As debêntures contêm cláusulas relativas à observância de certos indicadores financeiros de manutenção de índices e limites. Em 30 de setembro de 2010, a Companhia cumpriu com todos os requisitos vigentes.

12.3. Empréstimos e financiamentos em moeda nacional Empréstimos bancários Os empréstimos bancários em 30 de setembro de 2010 são assim representados:

ConsolidadoModalidade Valor Vencimento Encargos

Capital de giro 1 50.887 Jun/12 CDI + 1,25% a.a. Capital de giro 2 70.981 Jun/11 CDI + 1,2% a.a.

Total 121.868

Circulante 72.520 Não circulante 49.348

Capital de Giro 1 Para o empréstimo obtido em 29 de junho de 2006 do HSBC Bank Brasil S.A. – Banco Múltiplo, no montante de R$50.887 em 30 de setembro de 2010 (R$49.433 em 30 de junho de 2010), registrados no passivo circulante e não circulante, foi constituído penhor sobre recebíveis de assinaturas de revistas via cartões de crédito. Os encargos em razão da comprovação da condição prevista no Contrato para Financiamento de Capital de Movimento ou Abertura de Crédito e Financiamento para Aquisição de Bens Móveis, ou Crédito Pessoal, ou Prestação de Serviços e Outras Avenças, firmado em 29 de junho de 2007 passaram, a partir de 23 de Abril de 2008, a ser calculados pela variação acumulada da Taxa DI, capitalizada de um spread ou sobretaxa de 1,25% a.a. Capital de Giro 2 O empréstimo obtido junto ao Banco ABN Amro Real S.A. no dia 26 de dezembro de 2007, no montante de R$70.981 em 30 de setembro de 2010 (R$69.065 em 30 de junho de 2010), registrado no passivo circulante, está garantido por meio de direitos creditórios no valor mínimo de 10% do saldo devedor do empréstimo decorrentes de vendas de assinaturas de revistas através de débito em conta corrente e venda de espaço publicitário em publicações. Adicionalmente, esse contrato de empréstimo possui cláusulas relativas à observância de certos “covenants” financeiros e não financeiros. Em 30 de setembro de 2010, a Companhia cumpriu com todos os requisitos vigentes.

Page 36: Balanço da Abril

34

FINEM Em 08 de maio de 2008, a Companhia obteve junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) uma linha de crédito intitulada de FINEM – Financiamento a Empreendimentos – para desenvolvimento de software próprio de gerenciamento de clientes no montante total de R$27.344. Em 12 de junho de 2008 houve a primeira liberação no montante de R$15.369. Em 29 de outubro de 2008, foi efetuada a segunda liberação no montante de R$6.000. Em 22 de julho de 2009, foi efetuada a terceira liberação no montante de R$2.968. Em 28 de dezembro de 2009, foi efetuada a quarta liberação no montante de R$1.649. Em 01 de julho de 2010, foi efetuada a quinta liberação no montante de R$1.461. O prazo do financiamento é de 7 anos no total, com carência de 2 anos para amortização de principal. Neste período serão pagos apenas os juros, trimestralmente. Após a carência ocorrerá amortização mensal de juros e de principal. O custo total desta operação foi de TJLP acrescida de juros de 4,30% a.a. e está garantida pelo aval da Abril S.A. e 130% de alienação fiduciária de máquinas e equipamentos. Arrendamento mercantil Em 28 de julho de 2008, por intermédio do Banco Safra Leasing S.A. – Arrendamento Mercantil, a Companhia efetuou financiamento para aquisição de equipamentos no valor total de R$2.182, sendo R$951 pagos à vista e o restante de R$1.231 em 36 parcelas de R$44, com vencimento final em 28 de julho de 2011. Os encargos são juros de 1,12% a.m.

12.4. Empréstimos e financiamentos em moeda estrangeira a) Financiamento com fornecedores

Refere-se ao financiamento na aquisição de máquinas pela Companhia com vencimento até maio de 2013 e estão garantidos pelo próprio bem financiado. Os encargos são juros médios ponderados de 8,0% a.a. acima da variação cambial do franco suíço.

Page 37: Balanço da Abril

35

13. TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS A PAGAR – PAES E REFIS IV

Em novembro de 2009, a Companhia e algumas de suas controladas aderiram ao Programa de Recuperação Fiscal, instituído pela Lei nº. 11.941/09 e pela Medida Provisória nº470/09, visando equalizar e regularizar os passivos fiscais por meio de um sistema especial de pagamento e de parcelamento de suas obrigações fiscais e previdenciárias.

Controladora Consolidado

Saldo a pagar em 31/12/2009 137.696 140.028

Pagamentos de jan a mar/10 (9.008) (9.171) Juros de jan a mar/10 1.957 1.997 Ajuste ganho financeiro (311) (311)

Saldo a pagar em 31/03/2010 130.334 132.543

Pagamentos de mar a jun/10 (9.010) (9.323) Adições de mar a jun/10 - 4.750 Juros de mar a jun/10 1.885 4.070

Saldo a pagar em 30/06/2010 123.209 132.040

Pagamentos de jun a set/10 (9.011) (9.627) Adições de jun a set/10 - 67 Juros de jun a set/10 4.280 4.354

Saldo a pagar em 30/09/2010 118.478 126.834

REFIS IV 116.509 118.602 REFIS ICMS (*) - 6.263 PAES 1.969 1.969

Curto prazo 36.047 36.430 Longo prazo 82.431 90.404

(*) Em abril de 2010, a controlada da Companhia, Abril Vídeo Distribuição Ltda, aderiu ao

parcelamento de ICMS, no estado do Rio de Janeiro, instituído pela lei nº 5.647/10 “REFIS ICMS”. Os pagamentos serão efetuados em 60 parcelas. Os valores na data da adesão estão descritos abaixo:

Principal 4.715 Juros e multa na adesão 3.838 Ganho financeiro (1.686)

Saldo parcelado 6.867

Page 38: Balanço da Abril

36

a) Como conseqüência da adesão ao REFIS IV, a Companhia obriga-se ao pagamento das parcelas

sem atraso, bem como a desistência das ações judiciais e renúncia a qualquer alegação de direito sobre a qual se funda as referidas ações, sob pena de imediata rescisão do parcelamento e, consequentemente, perda dos benefícios anteriormente mencionados.

14. PROVISÃO PARA CONTINGÊNCIAS E DEPÓSITOS JUDICIAIS

A Companhia e suas controladas são partes em ações judiciais e processos administrativos de natureza trabalhista, cível e tributária decorrente do curso normal de seus negócios. A respectiva provisão para contingências foi constituída considerando a avaliação da probabilidade de perda pelos assessores jurídicos, natureza dos processos e experiências passadas e quando necessário, foram efetuados depósitos judiciais. A Administração da Companhia, com base na opinião de seus assessores jurídicos, acredita que a provisão para contingências constituída é suficiente para cobrir as eventuais perdas com processos judiciais, conforme apresentado a seguir: a) Composição do passivo não circulante:

Processos Controladora Consolidado30/09/2010 30/06/2010 30/09/2010 30/06/2010

Tributários 4.414 3.761 4.431 3.774 Trabalhistas 10.925 12.053 11.036 12.161 Cíveis 8.693 9.289 8.693 9.289

24.032 25.103 24.160 25.224

b) A natureza das ações pode ser sumariada como segue:

Processos trabalhistas São parte de diversas ações de natureza trabalhista substancialmente compostos por pedidos referentes a férias proporcionais, diferencial de salário, adicional noturno, horas extras, encargos sociais, dentre outros. Não há nenhum processo individual de valor relevante que necessite divulgação específica. Processos cíveis A Companhia e certas subsidiárias respondem a ações de natureza cível em diversos níveis judiciais e, do valor provisionado, o montante de R$6.178 em 30 de setembro de 2010 (R$6.664 em 30 de junho de 2010) refere-se à somatória de inúmeros processos cíveis relacionados a pedidos de indenização por danos morais e/ou materiais decorrentes das divulgações das revistas

Page 39: Balanço da Abril

37

da Editora Abril S.A. e de suas subsidiárias. Não há nenhum processo individual de valor relevante que necessite divulgação específica. Processos tributários A Companhia e suas controladas são partes em ações judiciais de natureza tributária que a Administração, baseado na opinião de seus assessores jurídicos, efetua provisão para contingências relativa à esses processos. Não há nenhuma ação individual de valor relevante que necessite divulgação específica.

14.1 Os saldos de depósitos judiciais apresentados como redutores da provisão para contingências, em 30 de setembro e em 30 de junho de 2010, são como seguem:

Controladora ConsolidadoNão circulante Não circulante

30/09/2010 30/06/2010 30/09/2010 30/06/2010

Tributários 1.072 1.067 2.549 2.513 Trabalhistas 5.184 4.441 5.184 4.441 Cíveis 1.184 944 1.184 944

7.440 6.452 8.917 7.898

14.2 Os depósitos judiciais registrados no ativo não circulante são como segue:

Controladora ConsolidadoNão circulante Não circulante

30/09/2010 30/06/2010 30/09/2010 30/06/2010

Tributários 10.422 10.827 11.996 12.347 Trabalhistas 12.840 12.174 12.840 12.174 Cíveis 1.198 709 1.198 709

24.460 23.710 26.034 25.230

14.3 A Companhia e certas controladas deram em garantia bens do ativo imobilizado no montante de

R$2.059 em 30 de setembro de 2010 (R$2.065 em 30 de junho de 2010).

Page 40: Balanço da Abril

38

14.4 A Companhia e suas controladas tem ainda ações de natureza tributária e cível envolvendo riscos

de perda classificados pela Administração como possíveis, com base na avaliação de seus consultores legais externos, conforme segue:

Consolidado

30/09/2010 30/06/2010

Contingências cíveis (a) 155.119 138.308 Contingências tributárias (b) 38.967 36.698

194.086 175.006

a) Contingências cíveis

A Companhia e certas controladas respondem a ações de natureza cível em diversos níveis judiciais e, do valor apresentado, o montante de R$98.441 em 30 de setembro de 2010 (R$96.064 em 30 de junho de 2010) refere-se à somatória de solicitações de indenizações por danos morais e/ou materiais decorrentes das divulgações principalmente nas revistas da Editora Abril S.A. Dentre esses processos cíveis, existem dois processos cujos valores montam a R$11.763 e R$31.242, sendo os demais valores pulverizados e portanto não necessitam de divulgações específicas.

b) Contingências tributárias

As contingências tributárias não provisionadas são pulverizadas e a Administração entende que não há nenhum processo individual de valor relevante que necessite de divulgação específica.

15. PATRIMÔNIO LÍQUIDO

15.1. Capital

O capital social da Companhia em 30 de setembro e em 30 de junho de 2010 está representado por 4.052.774 ações ordinárias nominativas, 4.458.049 ações preferenciais nominativas classe A e 3.647.493 ações preferenciais nominativas classe B.

15.2. Reservas de reavaliação

A realização da reserva de reavaliação própria e reflexa de controladas, constituída em 31 de dezembro de 2005, ocorre com base nas depreciações, baixas ou alienações dos respectivos bens reavaliados, e é transferida para lucros acumulados, considerando-se ainda os efeitos tributários.

Page 41: Balanço da Abril

39

15.3. Reserva legal

A reserva legal é constituída anualmente como destinação de 5% do lucro líquido do exercício e não poderá exceder a 20% do capital social. A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capital social e somente poderá ser utilizada para compensar prejuízo e aumentar o capital.

15.4. Dividendos propostos

Os estatutos da Companhia prevêem que os acionistas terão direito a um dividendo mínimo de 25% sobre o lucro líquido do exercício, após dedução da quota destinada à constituição de reserva legal. As ações preferenciais terão prioridade na distribuição de dividendos, sendo que as de “classe A” adquirirão o exercício de direito do voto se a Companhia, no prazo excedente de três exercícios consecutivos, deixar de pagar os dividendos mínimos a que fizerem juz, direito esse que conservarão até a data em que ocorrer o efetivo pagamento.

16. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO ABRANGENTE

30/09/2010 30/09/2009

Lucro líquido do período 129.285 43.428

Resultado abrangente do período 129.285 43.428

Atribuído à Acionistas da Companhia 129.336 43.443 Acionistas não controladores (51) (15)

Page 42: Balanço da Abril

40

17. DESPESAS POR NATUREZA

O detalhamento das despesas operacionais por natureza é apresentado a seguir:

ControladoraPeríodo findo em 30 de setembro de 2010

Custo Vendas Administrativas Total

Depreciação e amortização 12.366 7.867 11.697 31.930 Despesas com pessoal 171.734 90.904 114.309 376.947 Matéria-prima e materiais de uso e consumo 153.502 261 16.003 169.766 Vendas diretas 95.891 40.661 - 136.552 Impressões 16.171 4.787 - 20.958 Serviços de terceiros 30.301 44.490 77.601 152.392 Fretes 8.145 16.251 2.524 26.920 Manutenção e reparos 8.701 644 10.901 20.246 Direitos autorais - 12.386 - 12.386 Distribuição 25 56.649 - 56.674 Comissões - 60.033 2.124 62.157 Mídia - 22.532 - 22.532 Eventos e seminários - 36.547 - 36.547 Promoções 755 44.040 575 45.370 Provisão para devedores duvidosos - (17.023) - (17.023) Aluguel 5.011 100 24.455 29.566 Outras Despesas (Receitas) 12.331 13.085 (1.529) 23.887

514.933 434.214 258.660 1.207.807

Controladora

Período findo em 30 de setembro de 2009Custo Vendas Administrativas Total

Depreciação e amortização 15.958 11.169 9.445 36.572 Despesas com pessoal 150.989 75.114 105.270 331.373 Matéria-prima e materiais de uso e consumo 174.934 161 13.539 188.634 Vendas diretas 79.628 36.073 - 115.701 Impressões 20.060 2.810 - 22.870 Serviços de terceiros 32.760 24.690 69.821 127.271 Fretes 7.452 11.190 1.826 20.468 Manutenção e reparos 9.008 438 7.121 16.567 Direitos autorais - 12.320 - 12.320 Distribuição - 52.036 - 52.036 Comissões - 56.216 - 56.216 Mídia - 18.642 - 18.642 Eventos e seminários - 13.824 - 13.824 Promoções 937 49.570 987 51.494 Provisão para devedores duvidosos - 2.704 - 2.704 Aluguel 5.891 55 24.224 30.170 Outras Despesas (Receitas) 11.088 15.066 3.921 30.075

508.705 382.078 236.154 1.126.937

Page 43: Balanço da Abril

41

ConsolidadoPeríodo findo em 30 de setembro de 2010

Custo Vendas Administrativas Total

Depreciação e amortização 15.489 7.869 11.713 35.071 Despesas com pessoal 176.071 92.013 114.438 382.522 Matéria-prima e materiais de uso e consumo 153.552 287 16.004 169.843 Vendas diretas 100.917 49.068 - 149.985 Impressões 16.399 5.187 - 21.586 Serviços de terceiros 30.837 46.747 77.645 155.229 Fretes 8.146 16.635 2.524 27.305 Manutenção e reparos 8.715 648 10.924 20.287 Direitos autorais - 13.978 - 13.978 Distribuição 25 55.548 - 55.573 Comissões - 61.507 2.124 63.631 Mídia - 23.195 - 23.195 Eventos e seminários - 37.282 - 37.282 Promoções 755 44.362 575 45.692 Provisão para devedores duvidosos - (16.963) - (16.963) Aluguel 1.415 141 24.490 26.046 Outras Despesas (Receitas) 13.034 15.472 (8.416) 20.090

525.355 452.976 252.021 1.230.352

Consolidado

Período findo em 30 de setembro de 2009Custo Vendas Administrativas Total

Depreciação e amortização 24.942 11.169 9.468 45.579 Despesas com pessoal 154.722 76.514 105.673 336.909 Matéria-prima e materiais de uso e consumo 179.562 204 13.545 193.311 Vendas diretas 75.091 43.389 - 118.480 Impressões 23.856 3.286 - 27.142 Serviços de terceiros 33.537 23.387 70.252 127.176 Fretes 7.460 11.703 1.826 20.989 Manutenção e reparos 9.020 442 7.143 16.605 Direitos autorais - 13.426 - 13.426 Distribuição - 54.536 - 54.536 Comissões - 57.379 - 57.379 Mídia - 19.621 - 19.621 Eventos e seminários - 14.320 - 14.320 Promoções 937 50.006 988 51.931 Provisão para devedores duvidosos - 2.873 - 2.873 Aluguel 1.468 176 24.300 25.944 Outras Despesas (Receitas) 11.457 16.370 4.381 32.208

522.052 398.801 237.576 1.158.429

Page 44: Balanço da Abril

42

18. RESULTADO FINANCEIRO

Controladora Consolidado30/09/2010 30/09/2009 30/09/2010 30/09/2009

Receitas:Rendimento de títulos e valores mobiliários 25.320 23.210 28.206 26.197 Mútuos 8.740 4.955 8.740 4.925 Juros e descontos obtidos com clientes 2.300 6.737 2.139 6.936 Outros 6.895 921 7.094 1.137

43.255 35.823 46.179 39.195 Despesas:

Juros sobre empréstimos, financiamentos e debêntures (31.778) (46.838) (31.777) (46.838) Mútuos (3.423) (3.553) (3.423) (3.558) Impostos (8.596) (5.121) (10.608) (5.939) Descontos concedidos (18.837) (24.746) (19.112) (25.701) Juros de outros passivos (4.260) (7.344) (4.271) (7.359) Ajuste CPC 30 Permutas (18) 6.923 (18) 6.675

(66.912) (80.679) (69.209) (82.720)

Variações cambiais, líquidas:Receitas oriundas de ativos indexados à moeda estrangeira (9.765) (101.712) (9.801) (101.701) Despesas oriundas de passivos indexados à moeda estrangeira 2.712 31.621 2.840 31.681

(7.053) (70.091) (6.961) (70.020)

Resultado financeiro, líquido (30.710) (114.947) (29.991) (113.545)

19. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

Os valores debitados e creditados na conta imposto de renda e contribuição social e na conta de imposto de renda diferido no resultado dos trimestres findos em 30 de setembro de 2010 e de 2009 compõem-se de:

Page 45: Balanço da Abril

43

Controladora Consolidado30/09/2010 30/09/2009 30/09/2010 30/09/2009

Reversão do imposto de renda e contribuição social diferidos sobre reavaliações 936 998 2.092 2.526 Provisão do imposto de renda e contribuição social constituídos no semestre (46.638) (24.499) (52.037) (29.159)Realização do imposto de renda e contribuição social diferidos ativos sobre prejuízos fiscais (7.798) (10.975) (7.798) (10.996)Reversão da provisão do imposto de renda e contribuição social diferidos sobre diferenças temporárias (5.399) 3.724 (5.296) 3.908 Constituição de imposto de renda e contribuição social diferidos passivos sobre depreciação (6.500) - (9.384) - Constituição de imposto de renda e contribuição social diferidos sobre ajustes decorrentes da implementação dos novos CPCs 2.696 (5.623) 2.705 (5.626)

(62.703) (36.375) (69.718) (39.347)

19.1 A conciliação da despesa de imposto de renda e contribuição social dos trimestres findos em 30 de setembro de 2010 e de 2009 é como segue:

Controladora Consolidado

30/09/2010 30/09/2009 30/09/2010 30/09/2009Resultado antes do imposto de renda e da contribuição social 191.988 79.803 199.054 82.790

Alíquotas nominais de imposto 34,00% 34,00% 34,00% 34,00%Encargos de imposto de renda e da contribuição social (65.275) (27.133) (67.678) (28.149) Equivalência patrimonial 3.651 1.848 - - Apuração de lucros no exterior (4.708) (11.483) (4.708) (11.483) Diferenças temporárias sem constituição de imposto de renda de exercícios anteriores (82) - 2.779 18 Compensação de prejuízos fiscais e base negativa de anos anteriores não registrados contabilmente sobre diferenças temporárias acima 766 - 768 5 Diferenças permanentes (306) (179) (307) (196) Prejuízos fiscais não utilizados para constituição de impostos e contribuições diferidos - - (2.332) (130) Imposto de renda e contribuição social diferidos passivos sobre depreciações não constituído anteriormente - - (1.562) - I.L.L. (nota 7) 2.471 - 2.471 Outros 780 572 851 588 Total do imposto de renda e da contribuição social (62.703) (36.375) (69.718) (39.347)

Page 46: Balanço da Abril

44

19.2. O imposto de renda e a contribuição social diferidos no ativo não circulante estão representados

como segue:

Controladora Consolidado30/09/2010 30/06/2010 30/09/2010 30/06/2010

Imposto de renda e contribuição social sobre diferenças temporárias 36.250 36.033 36.848 36.667 Imposto de renda e contribuição social sobre prejuízos fiscais e base negativa da contribuição social 1.906 4.547 1.906 4.547 Imposto de renda e contribuição social sobre CPCs 131 867 176 1.132

Total 38.287 41.447 38.930 42.346

19.3. O imposto de renda e a contribuição social diferidos sobre prejuízos fiscais, base negativa e

diferenças temporárias estão registrados no ativo não circulante da Companhia, em função da perspectiva de sua recuperação futura, conforme demonstrado na nota 19.5. As controladas Editora Novo Continente S.A. e SCP Femininas, em razão de não possuir prejuízo fiscal e base negativa, constituiu imposto de renda diferido sobre as diferenças temporárias. Com referência às demais empresas, que possuíam em 30 de setembro de 2010 prejuízos fiscais no montante de R$34.227, base negativa de contribuição social no montante de R$30.796 e diferenças temporárias no montante de R$1.569, a Administração não constituiu o imposto de renda e contribuição social ativos, pela incerteza de recuperação futura.

19.4 O imposto de renda e a contribuição social registrados no passivo não circulante estão

representados como segue:

Controladora Consolidado30/09/2010 30/06/2010 30/09/2010 30/06/2010

Imposto de renda e contribuição social sobre sobre diferença temporária proveniente da variação cambial não realizada - 2.434 - 2.434 Imposto de renda e contribuição social sobre reavaliações 8.084 8.391 15.746 16.420 Imposto de renda e contribuição social sobre revisão da vida útil do ativo imobilizado 12.904 10.886 16.525 14.023

Total 20.988 21.711 32.271 32.877

19.5. O imposto de renda e contribuição social diferidos sobre prejuízos fiscais, base negativa e

diferenças temporárias registradas no ativo não circulante da Companhia, estão registrados devido à perspectiva de sua recuperação futura, conforme projeções de resultado preparadas e aprovadas pela Administração.

Page 47: Balanço da Abril

45

20. GESTÃO DE RISCO FINANCEIRO

20.1 Considerações gerais e políticas

A Companhia e suas controladas possuem e seguem política de gerenciamento de risco, que orienta em relação a transações e requer a diversificação de transações e contrapartidas. Nos termos dessa política, a natureza e a posição geral dos riscos financeiros é regularmente monitorada e gerenciada a fim de avaliar os resultados e o impacto financeiro no fluxo de caixa. Também são revistos periodicamente os limites de crédito das contrapartes.

O comitê de gerenciamento de risco auxilia a Administração a examinar e revisar informações relacionadas com o gerenciamento de risco, incluindo políticas significativas, procedimentos e práticas aplicadas no gerenciamento de risco.

20.2 Fatores de risco financeiro

As atividades da Companhia expõem as empresas a diversos riscos financeiros: risco de mercado (incluindo risco de moeda e de taxa de juros), risco de crédito e risco de liquidez. O programa de gestão de risco global da Companhia concentra-se na imprevisibilidade dos mercados financeiros e busca minimizar potenciais efeitos adversos no desempenho financeiro. A política de gerenciamento de risco foi estabelecida pelo Conselho de Administração e prevê a existência de um comitê de gerenciamento de risco. Nos termos dessa política, os riscos de mercado são protegidos quando é considerado necessário suportar a estratégia corporativa ou quando é necessário manter o nível de flexibilidade financeira. A tesouraria identifica, avalia e contrata instrumentos financeiros com o intuito de proteger a Companhia contra eventuais riscos financeiros, principalmente decorrentes de taxas de juros e câmbio.

a) Risco de mercado

A Companhia está exposta a riscos de mercado decorrentes das atividades de seus negócios. Esses riscos de mercado envolvem principalmente a possibilidade de flutuações na taxa de câmbio e mudanças nas taxas de juros.

i) Riscos de taxa de câmbio

A Companhia possui empréstimos e fornecedores contratados em moeda estrangeira. O risco vinculado a esses passivos surge em razão da possibilidade de existirem flutuações nas taxas de câmbio que possam aumentar os saldos desses passivos. Os passivos consolidados sujeitos a esse risco representam cerca de 3,05% do saldo total de empréstimos e fornecedores.

Os valores de mercado destas operações não diferem substancialmente daqueles registrados nas demonstrações financeiras em 30 de setembro de 2010 e de 2009.

Page 48: Balanço da Abril

46

ii) Risco de taxa de juros

A Companhia possui empréstimos e financiamentos e debêntures contratados em moeda nacional subordinados a taxas de juros vinculadas a indexadores (principalmente CDI). O risco relacionado a esses passivos resulta da possibilidade de existirem flutuações nessas taxas.

A Companhia não tem pactuado contratos de derivativos para fazer hedge contra esse tipo de risco em 30 de setembro de 2010 e em 31 de dezembro de 2009. Contudo, há um monitoramento contínuo dessas taxas de mercado com o propósito de avaliar a eventual contratação de derivativos para se proteger contra o risco de volatilidade dessas taxas.

Além dos empréstimos e financiamentos, a Companhia emitiu debêntures não conversíveis ou permutáveis em ações. Esse passivo foi contratado a taxa de juros vinculada ao CDI. O risco vinculado a esse passivo surge da razão da possível elevação do CDI.

Os valores de mercado das operações acima mencionadas não diferem substancialmente daqueles registrados nas informações trimestrais em 30 de setembro de 2010 e de 2009.

b) Risco de crédito

O risco de crédito é administrado corporativamente. O risco de crédito decorre de caixa e equivalentes de caixa, títulos e valores mobiliários e contas a receber de clientes. Para bancos e instituições financeiras, são aceitos títulos somente de entidades independentemente classificadas com rating mínimo “brAAA”. A política de vendas da Companhia e suas controladas está diretamente associadas ao nível de risco de crédito a que está disposta a se sujeitar no curso de seus negócios. A diversificação de sua carteira de recebíveis, a seletividade de seus clientes, assim como o acompanhamento dos prazos de financiamentos de vendas e limites individuais de posição, são procedimentos adotados a fim de minimizar inadimplências ou perdas na realização do “Contas a Receber”.

As taxas pactuadas para os títulos de valores mobiliários refletem as condições usuais de mercado, que são remuneração que variam entre 100% e 105% do CDI.

c) Risco de liquidez A gestão prudente do risco de liquidez implica manter caixa, títulos e valores mobiliários suficientes, disponibilidades de captação por meio de linhas de crédito compromissadas e capacidade de liquidar posições de mercado. Em virtude da natureza dinâmica dos negócios da Companhia e suas Controladas, a tesouraria mantém flexibilidade na captação mediante a manutenção de linhas de crédito compromissadas.

A Administração monitora o nível de liquidez consolidado da Companhia, considerando o fluxo de caixa esperado em contrapartida às linhas de crédito não utilizadas, a caixa e equivalentes de caixa.

Page 49: Balanço da Abril

47

21. GESTÃO DE CAPITAL

Os objetivos da Companhia ao administrar seu capital são os de garantir sua continuidade oferecendo retorno adequado aos acionistas e benefícios às outras partes interessadas.

A Companhia monitora o nível de capital através da utilização de índices de alavancagem financeira. Esse índice corresponde ao controle gerencial da Companhia calculado com base no total de divida líquida dividido pelo lucro antes dos impostos, depreciação e amortização (EBITDA). Atualmente a Companhia esta optando por priorizar a utilização de recursos próprios em detrimento a capital de terceiros.

22. INSTRUMENTOS FINANCEIROS

a) Identificação e valorização dos instrumentos financeiros

A Companhia e suas controladas operam com diversos instrumentos financeiros, com destaque para disponibilidades, incluindo títulos e valores mobiliários, duplicatas a receber de clientes, contas a pagar a fornecedores e empréstimos e financiamentos. Considerando a natureza dos instrumentos, excluindo os instrumentos financeiros derivativos, o valor justo é basicamente determinado pela aplicação do método do fluxo de caixa descontado. Os valores registrados no ativo e no passivo circulante têm liquidez imediata ou vencimento, em sua maioria, em prazos inferiores a três meses. Considerando o prazo e as características desses instrumentos, que são sistematicamente renegociados, os valores contábeis se aproximam dos valores justos.

b) Caixa e equivalente de caixa, títulos e valores mobiliários, contas a receber, outros ativos

circulantes, contas a pagar e empréstimos com empresas do grupo. Os valores contabilizados aproximam-se dos valores de realização.

c) Investimentos Consistem, principalmente, em investimentos em controladas de capital fechado, registrados pelo método de equivalência patrimonial, nas quais a Companhia tem interesse estratégico. Considerações de valor de mercado das ações possuídas não são aplicáveis.

d) Empréstimos e financiamentos

O valor contábil dos empréstimos e financiamentos em reais tem suas taxas atreladas à variação do CDI e se aproxima do valor de mercado. Para os demais empréstimos e financiamentos, inclusive os denominados em moeda estrangeira, a diferença entre o valor contábil e o valor de mercado, é apurada pelo método do fluxo de caixa descontado.

Page 50: Balanço da Abril

48

e) Política de gestão de riscos financeiros

A Companhia possui e segue política de gerenciamento de risco, que orienta em relação a transações e requer a diversificação de transações e contrapartidas. Nos termos dessa política, a natureza e a posição geral dos riscos financeiros é regularmente monitorada e gerenciada a fim de avaliar os resultados e o impacto financeiro no fluxo de caixa. Também são revistos periodicamente os limites de crédito e a qualidade do hedge das contrapartes. A política de gerenciamento de risco da Companhia foi estabelecida pelo Conselho de Administração e prevê a existência de um comitê de gerenciamento de risco. Nos termos dessa política, os riscos de mercado são protegidos quando é considerado necessário suportar a estratégia corporativa ou quando é necessário manter o nível de flexibilidade financeira. O comitê de gerenciamento de risco auxilia a Administração a examinar e revisar informações relacionadas com o gerenciamento de risco, incluindo políticas significativas, procedimentos e práticas aplicadas no gerenciamento de risco. Nas condições da política de gerenciamento de riscos, a Companhia administra alguns dos riscos através da utilização de instrumentos derivativos, que geralmente proíbem negociações especulativas e venda a descoberto.

f) Risco de crédito

A política de vendas da Companhia e suas controladas está diretamente associada ao nível de risco de crédito a que está disposta a se sujeitar no curso de seus negócios. A diversificação de sua carteira de recebíveis, a seletividade de seus clientes, assim como o acompanhamento dos prazos de financiamentos de vendas e limites individuais de posição, são procedimentos adotados a fim de minimizar inadimplências ou perdas na realização do “Contas a Receber”.

g) Risco de mercado

g.1) Riscos de taxa de câmbio

A Companhia e suas controladas possuem empréstimos e fornecedores contratados em moeda estrangeira. O risco vinculado a esses passivos surge em razão da possibilidade de existirem flutuações nas taxas de câmbio que possam aumentar os saldos desses passivos. Os passivos consolidados sujeitos a esse risco representam cerca de 3,67% do saldo total de empréstimos e fornecedores.

Os valores de mercado destas operações, incluindo os contratos de derivativos mencionados acima, não diferem substancialmente daqueles registrados nas Informações Trimestrais em 30 de setembro de 2010 e de 2009.

g.2) Risco de taxa de juros

A Companhia e suas controladas, possuem empréstimos e financiamentos e debêntures contratados em moeda nacional subordinados a taxas de juros vinculadas a indexadores

Page 51: Balanço da Abril

49

(principalmente CDI). O risco inerente a esses passivos surge em razão da possibilidade de existirem flutuações nessas taxas. A Companhia e suas controladas não têm pactuado contratos de derivativos para fazer hedge contra esse tipo de risco em 30 de setembro de 2010. Contudo, há um monitoramento contínuo dessas taxas de mercado com o propósito de avaliar a eventual contratação de derivativos para se proteger contra o risco de volatilidade dessas taxas. Além dos empréstimos e financiamentos, a Companhia emitiu debêntures não conversíveis ou permutáveis em ações. Esse passivo foi contratado a taxa de juros vinculada ao CDI. O risco vinculado a esse passivo surge da razão da possível elevação do CDI. Os valores de mercado das operações acima mencionadas não diferem substancialmente daqueles registrados nas Informações Trimestrais em 30 de setembro de 2010.

h) Riscos de contingências Os riscos contingenciais são avaliados individualmente pela Administração e seus assessores jurídicos segundo hipóteses de exigibilidade baseado na expectativa de êxito e seus efeitos são registrados no passivo. Os detalhes desses riscos estão apresentados na nota 14.

i) Riscos de títulos e valores mobiliários As taxas pactuadas refletem as condições usuais de mercado em 30 de setembro de 2010 e em 30 de junho de 2010.

j) Transações com partes relacionadas Exceto quanto aos valores decorrentes das operações mencionadas na nota 9.2.a, e ao empréstimo obtido da parte relacionada Abril Vídeo Distribuição Ltda., sobre os quais não incide juros, sobre os demais empréstimos concedidos ou obtidos por meio de contratos de mútuo com partes relacionadas incidem juros médios de mercado.

k) Deliberação CVM nº 550 Em 17 de outubro de 2008, a Comissão de Valores Mobiliários – CVM emitiu a Deliberação nº 550, que dispõe sobre a apresentação de informações sobre instrumentos financeiros em nota explicativa às Informações Trimestrais. As informações requeridas à Companhia são: k.1) Política de utilização de instrumentos financeiros derivativos

A Companhia possui uma Política que estabelece um monitoramento contínuo das taxas de cambio, taxas de juros e preço de insumos, com o propósito de avaliar a eventual contratação de derivativos para se proteger contra o risco de volatilidade dessas taxas.

k.2) Objetivos e estratégias de gerenciamento de riscos

A Companhia não possui em 30 de setembro de 2010 e em 30 de junho de 2010, qualquer tipo de contrato de derivativo para fazer hedge contra operações de risco cambial.

Page 52: Balanço da Abril

50

23. SEGUROS

A política da Companhia e suas controladas, coligadas e interligadas é a de manter cobertura de seguros em montante considerado satisfatório pela Administração em face dos riscos que envolvem, entre outros, incêndios, alagamentos, quebras de máquinas, bens e mercadorias próprias e de terceiros, acidentes de trabalho e danos ambientais.

24. PLANO DE APOSENTADORIA E PENSÕES

A Companhia, suas controladas e interligadas são as patrocinadoras da entidade de previdência privada denominada Abrilprev Sociedade de Previdência Privada (Abrilprev), a qual objetiva, principalmente, complementar os benefícios previdenciários oficiais. O plano é opcional a todos os empregados das patrocinadoras. A Abrilprev opera segundo plano de contribuição definida e o principal regime atuarial utilizado na determinação do nível de contribuição é o da capitalização. O custo do plano, sendo que o ônus é assumido pelos funcionários e pelas empresas patrocinadoras, é determinado anualmente em função de cálculo atuarial procedido por profissional habilitado e é expresso em percentual fixo a ser aplicado sobre as folhas de pagamento das patrocinadoras. A concessão de complementação de aposentadoria está vinculada ao tempo de serviço prestado às patrocinadoras, ao tempo de contribuição à Previdência Social, a uma idade mínima definida e à interrupção do vínculo empregatício. Durante o período de nove meses findo em 30 de setembro de 2010, a Companhia e suas controladas efetuaram contribuições à Abrilprev no montante de R$6.356 (Controladora) e R$6.383 (Consolidado), e em comparação à R$4.245 (Controladora) e R$4.263 (Consolidado) em 30 de junho de 2010, registrados integralmente no resultado dos exercícios das patrocinadoras. A contribuição devida pela patrocinadora é de 2,98% em 30 de setembro de 2010 (2,95% em 30 de junho de 2010) sobre a folha de pagamento dos empregados participantes do plano.

25. PLANO DE SAÚDE ABRIL

A Companhia e suas controladas participam do Plano de Saúde Abril, o qual foi criado para garantir a assistência médica e hospitalar aos funcionários e seus dependentes. Assim, as empresas e funcionários possuem a responsabilidade pela contribuição mensal à Associação Abril de Benefícios, empresa gestora do plano. Durante o período de nove meses findo em 30 de setembro de 2010, certas controladas da Companhia, efetuaram contribuições no montante R$14.773 (Controladora) e R$14.944 (Consolidado), enquanto que no período de seis meses findo em 30 de junho de 2010 efetuaram contribuições de R$9.800 (Controladora) e R$9.924 (Consolidado).

26. EVENTO SUBSEQUENTE

Em 6 de outubro de 2010, a Companhia emitiu 100 debêntures simples da 2ª emissão, não conversíveis em ações, no montante de R$100.000, as quais serão objeto de distribuição pública, com esforços restritos de colocação, nos termos da instrução CVM nº476 de 16 de janeiro de 2009.

Page 53: Balanço da Abril

51

COMENTÁRIO DO DESEMPENHO DA COMPANHIA NO TRIMESTRE

MERCADO DE ATUAÇÃO A Editora Abril S.A. atua na atividade editorial e gráfica, compreendendo a edição, impressão, distribuição e venda de revistas, publicações técnicas, na comercialização de propaganda e publicidade, bem como a participação no capital de outras sociedades. No ramo editorial e gráfico é a maior empresa da América Latina, líder no mercado de revistas. Os seguintes aspectos operacionais são relevantes para divulgação: 1- Vendas líquidas

A receita líquida total de vendas dos primeiros nove meses de 2010 totalizou R$1.424.545, um

acréscimo de 8,2% quando comparado com R$1.316.373, referente ao mesmo período do ano anterior. Já o terceiro trimestre de 2010 quando comparado ao trimestre anterior, apresentou um aumento na receita líquida total de 2,4%, em razão da sazonalidade natural do segmento de atuação e pela realização da Copa do Mundo que se encerrou em julho de 2010. Nesse desempenho, considerando-se os canais de vendas, os seguintes aspectos são relevantes:

O MERCADO DE REVISTAS

a) Mercado de Publicidade

O valor destinado para o mercado publicitário, segundo os dados do Projeto Inter-Meios no período de janeiro a agosto de 2010, apresentou um aumento de 24,6% em relação ao mesmo período de 2009. A mídia revista apresentou um aumento de 18,6%, enquanto a Editora Abril aumentou seu faturamento em 17,8%. Com relação ao market share, a Editora Abril apresentou queda de 0,4 ponto na mídia revista, ficando no patamar de 62,2% no período. Segundo o Ibope Monitor, o volume de páginas de publicidade da mídia revista, vendidas entre janeiro e agosto de 2010, foi 5,1% superior ao mesmo período do ano anterior, enquanto na Editora Abril o aumento foi de 3,4%. Publicidade nos títulos da Companhia A receita líquida de publicidade permaneceu como a mais representativa na composição das receitas da companhia e correspondeu a 40,0% da receita líquida total dos primeiros nove meses de 2010. A receita líquida de publicidade nos primeiros nove meses de 2010 apresentou um aumento de 8,6% quando comparado ao mesmo período do ano anterior, como conseqüência do aumento das cotas vendidas no Espaço Cultural Veja SP Campos do Jordão, a edição de aniversário de 50 Anos da

Page 54: Balanço da Abril

52

revista Quatro Rodas, além das cotas vendidas para os anunciantes em decorrência da Copa do Mundo realizada entre junho e julho de 2010. Dentre os principais anunciantes, os destaques são para o ramo automobilístico, higiene e limpeza, financeiro, telefonia e varejo.

b) Circulação no mercado de revistas

A circulação no mercado de revistas, segundo dados do Instituto Verificador de Circulação – IVC, registrou aumento de 4,6% no período de Janeiro a Julho de 2010, quando comparado ao mesmo período de 2009, totalizando 188,8 milhões de exemplares vendidos. A circulação de revistas é efetuada por meio de dois canais de distribuição: Assinaturas e Avulsas, aqui incluídas vendas em bancas, supermercados, lojas de conveniência, entre outros. O volume total de circulação no mercado entre janeiro a julho de 2010, quando comparado ao mesmo período do ano anterior, teve um aumento de 2,5% em assinaturas e 7,1% em avulsas. Neste cenário, os seguintes aspectos relativos à circulação dos produtos da Editora Abril S.A., são relevantes: Segundo dados do Instituto Verificador de Circulação – IVC, a circulação de assinaturas e avulsas da Companhia entre janeiro a julho de 2010 apresentou aumento de 3,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, com 100,8 milhões de exemplares, uma redução de 0,6 ponto de participação de mercado. No período, as revistas apresentaram crescimento no volume de vendas, com destaque para CAPRICHO, SOU+EU!, WOMEN’S HEALTH, PLACAR, MUNDO ESTRANHO e ELLE.

A circulação no canal de avulsas entre janeiro a julho de 2010, apresentou um aumento de 6,9% e a circulação de revistas para assinantes apresentou um aumento de 0,4%, em relação ao mesmo período do ano anterior. Circulação dos títulos da Editora Abril A receita líquida obtida nos primeiros nove meses de 2010 com vendas de exemplares avulsos aumentou 4,7% em relação ao mesmo período do ano de 2009. A comercialização de exemplares no varejo (supermercados, lojas de conveniência, home centers, entre outros) correspondeu a 8,8% do total da receita líquida do período. Quando comparamos a receita líquida com a comercialização de exemplares no varejo nos primeiros nove meses de 2010 com o mesmo período de 2009, houve um aumento de 16,3%. Adicionalmente, contribuíram para esse aumento os títulos QUATRO RODAS, PLAYBOY, SOU+EU!, CAPRICHO e BOA FORMA.

A carteira de assinantes teve um aumento de 4,0%, quando comparamos os primeiros nove meses de 2010 em relação ao mesmo período de 2009. Contribuíram para o aumento na carteira de assinantes as campanhas para retenção e novas assinaturas. Como consequência, a receita líquida de vendas do canal de janeiro a setembro de 2010, apresentou aumento de 4,0% em relação ao mesmo período de 2009.

Page 55: Balanço da Abril

53

c) Prestação de serviços gráficos pela companhia

Como resultado do aumento no volume, circulação e produtos comercializados, o parque gráfico da Abril produziu, nos primeiros nove meses de 2010, 54,7 bilhões de páginas de revistas, fascículos e impressos comerciais, um crescimento de 5,0% se comparado com o mesmo período do ano anterior. A receita de serviços de impressão prestados à terceiros, acumulada nos primeiros nove meses de 2010, apresentou uma redução de 6,9% quando comparada ao mesmo período de 2009. O terceiro trimestre de 2010 quando comparado ao trimestre anterior apresentou um aumento de 16,4%.

2 – Custos

Os custos acumulados de janeiro a setembro de 2010 totalizaram R$514.933 ante R$508.705 do mesmo período do anterior, representando um aumento de 1,2%. O terceiro trimestre de 2010 quando comparado ao trimestre anterior apresentou uma redução de 4,7%. Essa redução decorreu basicamente do menor custo com a impressão própria e diminuição da industrialização por terceiros. Os custos quando relacionados à receita líquida de vendas, reduziram passando de 38,6% em 2009 para 36,1% em 2010, devido principalmente ao aumento nas receitas líquidas.

3 – Despesas com Vendas

As despesas comerciais e com vendas totalizaram nos primeiros nove meses de 2010, R$434.214, um aumento de 13,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando totalizaram R$382.078. Contribuíram para esse aumento, comissões, prêmios e a realização de eventos e seminários. O terceiro trimestre de 2010 quando comparado ao trimestre anterior apresentou um aumento de 3,1% esse aumento decorreu basicamente de maior pagamento de prêmios e comissões e material de bancas.. As despesas com vendas, nos primeiros nove meses quando relacionadas à receita líquida de vendas, foram de 30,5% em 2010, ante 29,0% em 2009.

4 – Despesas Administrativas

As despesas administrativas de janeiro a setembro de 2010, foram de R$258.660, um aumento de 9,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando totalizaram R$236.154. Quando comparamos o terceiro trimestre de 2010 em relação ao trimestre anterior, as despesas administrativas apresentaram uma redução de 5,0%. Contribuíram para essa redução os gastos com auditoria, consultoria e serviços terceirizados.

5 - Pessoal

A Editora Abril encerrou o mês de setembro de 2010 com 4.184 funcionários, um aumento de 5,0%, quando comparado ao mesmo período de 2009 e 1,4% quando comparado ao trimestre anterior. Adicionalmente, a Companhia manteve seus programas de benefícios, tais como: transporte, assistência médica, programa de alimentação, seguro de vida e plano de previdência privada

Page 56: Balanço da Abril

54

complementar da Abrilprev. Também estão mantidos os programas de capacitação e treinamento de mão-de-obra.

6 - Investimentos

Os investimentos previstos ou já efetuados para o exercício de 2010 serão aplicados principalmente nos seguintes itens:

- Informática; - Máquinas e equipamentos; - Instalações.

As fontes de recursos são próprios e decorrentes de geração operacional de caixa.

7 - Fluxo Financeiro

Em 30 de setembro de 2010 o saldo de endividamento bancário da Companhia foi de R$431.875 e o saldo de caixa e aplicações financeiras, foi de R$472.954, superando o endividamento em R$41.079. Do endividamento total, 30,8% são dívidas de curto prazo, 69,2% dívidas de longo prazo. O resultado financeiro líquido durante os primeiros nove meses de 2010 incluindo variações cambiais, reduziu 73,3% passando de uma despesa de R$114.947 nos primeiros nove meses de 2009 para R$30.710 no mesmo período de 2010. A redução ocorreu basicamente com as variações cambiais, uma vez, que no período a taxa do dólar apresentou uma redução de 4,7%.

********************************

Page 57: Balanço da Abril

55

COMENTÁRIO DO DESEMPENHO CONSOLIDADO NO TRIMESTRE

MERCADO DE ATUAÇÃO A Editora Abril S.A. e suas controladas atuam na atividade editorial e gráfica, compreendendo a edição, impressão, distribuição e venda de revistas, anuários e guias, publicações técnicas, comercialização de propaganda e publicidade e “database marketing”. O balanço consolidado da Editora Abril S.A. compreende a Editora Abril S.A. (controladora), a Abril Gráfica S.A., empresa detentora do parque gráfico, a SCP Femininas, empresa que edita a revista ELLE, a Distribuidora Magazine de Publicações Ltda., a Magazine Express Comercial, Importadora e Exportadora de Revistas Ltda., a Editora Novo Continente S.A., editora da revista SUPERINTERESSANTE, entre outros títulos. Consequentemente, os comentários de desempenho relativos às atividades de comercialização de exemplares avulsos, assinaturas e veiculação de publicidade não apresentam alterações significativas, em relação aos comentários da Controladora. A SCP Femininas e a Editora Novo Continente tiveram durante os primeiros nove meses de 2010, uma circulação de exemplares 10,4% maior que no mesmo período de 2009. O aumento verificado em 2010, ocorreu principalmente nas vendas de exemplares avulsos que foram 24,9% maiores do que no mesmo período do ano anterior. A receita líquida de vendas dessas empresas apresentou um aumento de 13,2% passando de R$45.815 em 2009 para R$51.847 em 2010. Os custos e despesas operacionais aumentaram 10,3% em relação ao ano de 2009. O resultado financeiro foi uma receita de R$2.257 em 2010 e R$2.225 em 2009.

RESULTADOS CONSOLIDADOS A receita líquida de vendas consolidada totalizou R$1.468.424 nos primeiros nove meses de 2010, um aumento de 8,4% em relação ao mesmo período de 2009 quando foi de R$1.354,849. Os canais mais representativos na composição da receita líquida, foram publicidade (39,9%), assinaturas (24,8%), avulsas (21,2%) e serviços gráficos (5,3%). Os custos acumulados de janeiro a setembro de 2010 totalizaram R$525.355, permanecendo estáveis quando comparado ao mesmo período do ano anterior que totalizaram R$522.052. Quando relacionadas às receitas líquidas de vendas acumuladas nos primeiros nove meses de 2010, os custos apresentaram uma redução passando de 38,5% em 2009 para 35,8% em 2010, devido principalmente ao aumento nas receitas líquidas.

Page 58: Balanço da Abril

56

As despesas com vendas totalizaram R$452.976 de janeiro a setembro de 2010, um aumento de 13,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando totalizaram R$398.801. Quando relacionadas à receita de vendas líquida, as despesas aumentaram passando de 29,4% em 2009 para 30,8% em 2010. As despesas administrativas acumuladas nos primeiros nove meses de 2010 aumentaram R$14.445, passando de R$237.576, em 2009, para R$252.021 em 2010. Contribuíram para esse aumento, prestação de serviço de consultoria, serviços terceirizados com sistemas e gastos com pessoal. O resultado financeiro líquido acumulado de janeiro a setembro de 2010, considerando a variação cambial do período, foi uma despesa de R$29.991, uma diminuição de 73,6% em relação aos R$113.545 de despesa no mesmo período do ano anterior. INVESTIMENTOS Os investimentos já efetuados e os previstos para o exercício de 2010 são de R$89,4 milhões, que serão aplicados principalmente nos seguintes itens:

- Informática; - Máquinas e equipamentos; - Instalações.

Durante os primeiros nove meses de 2010 foram desembolsados R$47,1 milhões e a expectativa de desembolso para o próximo trimestre é de aproximadamente R$42,3 milhões. As fontes de recursos são próprios e decorrentes de geração operacional de caixa FLUXO FINANCEIRO Em 30 de setembro de 2010, a Companhia e suas controladas apresentaram um saldo de endividamento bancário de R$431.875 e o saldo de caixa somado às aplicações financeiras foi de R$518.988 superando o endividamento em R$87.113. Do endividamento total, 30,8% são dívidas de curto prazo e 69,2% dívidas de longo prazo.

***************************

Page 59: Balanço da Abril

57

Relatório de revisão dos auditores independentes Aos Administradores e Acionistas Editora Abril S.A. 1 Revisamos as informações contábeis contidas nas Informações Trimestrais - ITR (controladora e

consolidado) da Editora Abril S.A. e suas controladas referentes ao trimestre findo em 30 de setembro de 2010, compreendendo o balanço patrimonial e as demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa, as notas explicativas e o relatório de desempenho, elaborados sob a responsabilidade de sua administração.

2 Nossa revisão foi efetuada de acordo com as normas específicas estabelecidas pelo IBRACON -

Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, em conjunto com o Conselho Federal de Contabilidade - CFC, e consistiu, principalmente, em: (a) indagação e discussão com os administradores responsáveis pelas áreas contábil, financeira e operacional da Companhia e de suas controladas, quanto aos principais critérios adotados na elaboração das Informações Trimestrais e (b) revisão das informações e dos eventos subsequentes que tenham, ou possam vir a ter, efeitos relevantes sobre a posição financeira e as operações da Companhia e de suas controladas.

3 Com base em nossa revisão limitada, não temos conhecimento de qualquer modificação

relevante que deva ser feita nas Informações Trimestrais acima referidas, para que estas estejam de acordo com o pronunciamento técnico CPC 21 - Demonstração Intermediária, aplicável à preparação das Informações Trimestrais, de forma condizente com as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM.

4 Conforme mencionado na Nota 3, a Comissão de Valores Mobiliários - CVM aprovou diversos

Pronunciamentos, Interpretações e Orientações Técnicas emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC, com vigência para 2010, que alteraram as práticas contábeis adotadas no Brasil. Essas alterações foram adotadas e divulgadas pela Companhia na elaboração das Informações Trimestrais referentes ao trimestre findo em 30 de setembro de 2010. As Informações Trimestrais referentes ao período anterior, apresentadas para fins de comparação, foram ajustadas para incluir as mudanças das práticas contábeis adotadas no Brasil com vigência para 2010, e estão sendo reapresentadas como previsto no CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erros.

Page 60: Balanço da Abril

58

5 Conforme mencionado na Nota 9.2 (d) às Informações Trimestrais, a Companhia mantém, em 30

de setembro de 2010, créditos, mútuos e aplicações financeiras com partes relacionadas no montante de R$ 426.376 mil (controladora e consolidado), cuja realização está condicionada ao término da reorganização societária, atualmente em andamento.

São Paulo, 12 de novembro de 2010. PricewaterhouseCoopers Sérgio Eduardo Zamora Auditores Independentes Contador CRC 1SP168728/O-4 CRC 2SP000160/O-5