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Concessionária VW com oficina autorizada. Veículos novos e seminovos. (47) 3261-1000 camvel.com.br PromenacCamvel | Av. Marginal Leste, 3500 - Balneário Camboriú - SC Balneário Camboriú • Ano 28 • Edição 1341 • www.pagina3.com.br • Julho 2018 • Distribuição Gratuita balneário camboriú 54 anos

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Balneário Camboriú • Ano 28 • Edição 1341 • www.pagina3.com.br • Julho 2018 • Distribuição Gratuita

balneáriocamboriú

54 anos

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Balneário Camboriú, julho de 20182

Artigos assinados e colunas não refletem necessariamente a opinião do jornal.

e x p e d i e n t e

Balneário Camboriú, julho de 2018

Jornal Página3 ano 28, edição no 1341

- Distribuição Gratuita -

Diretor de redação Jornalista responsável: Waldemar Cezar Neto

Textos: Marlise Schneider Cezar,

Daniele Sisnandes e Waldemar Cezar Neto

Diagramação e Tratamento: Jefferson Semolini

e Fabiane Diniz

Foto da capa: Dieter Klaus Bubeck

CNPJ: 04.097.083/0001-30

Redação: Rua 2448, 360, Centro, Balneário Camboriú, SC.

Fone: 47 3367-3333

e-mail: [email protected] | site: www.pagina3.com.br

Balneário Camboriú está completando 54 anos, uma história breve, mas intensa. Se hoje a praia é considerada a capital ca-tarinense do turismo e comparada até mes-mo a Dubai, é fruto da aposta e do trabalho de muitas famílias determinadas em fazer desta terra um lugar onde sonhos realmen-te se realizam.Aqui “nativos” (filhos da mãe Camboriú) aprenderam a compartilhar espaço com fo-rasteiros e desta mistura de olhares, cultu-ras e estilos de vida surgiu algo único, algo

que conquista, o verdadeiro DNA de Balne-ário Camboriú.Uma cidade que nunca dorme, pulsante, cosmopolita e apaixonante, seja pelo ar-rojo das construções, pelo amanhecer que acalenta como um sorriso ou pelo comércio pujante que oferece de tudo.Um lugar aberto àqueles que também que-rem somar, onde preconceitos não têm vez, onde o novo e o diferente são bem-vindos.Foi pensando nestas características que,

para celebrar os 54 anos de Balneário Cam-boriú, o Página 3 resolveu reunir histórias, exemplos de personas que ajudaram a for-matar esse DNA tão único.

Histórias de pessoas de fora que escolhe-ram Balneário para empreender. Histórias de pessoas de Balneário que levaram seu talento para fora. Dois ângulos e muitas vozes que contribuíram ao longo dos anos para amplificar o nome da praia.

Boa leitura!

bALNEÁRIO CAMbORIÚ - 54 ANOS

Alberto Ghiorzi

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Balneário Camboriú, julho de 2018 3

Sempre envolvido com esporte, Igor joga-va bola desde pequeno e depois passou a pegar onda.

Depois de alguns anos conheceu o tria-thlon após assistir uma prova do Iron-man em Florianópolis e passou a praticar a modalidade. Suas primeiras provas no Estado foram nos Jogos Abertos e Catari-nense, passando depois para competições nacionais. Em 2005 disputou um Brasi-leiro em João Pessoa e em 2006, já levava o nome de Balneário Camboriú, pela pri-meira vez em provas internacionais, na Colômbia e Argentina.

Nunca mais parou. Com 33 anos, Igor passou por todas as eta-pas do triathlon, começando nas provas Sprint, passando por Olímpico, 70.3 até chegar ao Ironman. Ao longo desses anos soma dois títulos em Ironman, Brasil em 2014 e Holanda em 2016, além de cinco vi-tórias no Ironman 70.3 - Uruguai e Porto Rico em 2015, Estados Unidos em 2017 e duas vitórias no Brasil (2017 em Palmas e 2018 em Florianópolis).

Foi em Florianópolis que Igor teve alguns dos momentos mais marcantes de sua

carreira. O lugar onde ele conheceu o es-porte é também o local onde ele conquis-tou a primeira vitória no Ironman. O triatleta mantém sua base em Balne-ário Camboriú até hoje. Treina na CPH Brasil e quando não está competindo está na cidade se preparando para a próxima competição.Nos últimos cinco anos levou o nome de Balneário Camboriú até o Havaí, onde disputou o Mundial de Ironman, a com-petição mais importante da modalidade. Em outubro, ele disputará pelo sexto ano consecutivo o Mundial.

Sobre BalneárioIgor diz que está muito diferente de quan-do chegou, mas segue acolhedora.

“Balneário é muito diferente de quando eu era criança. Um lugar muito maior e populoso, bem diferente. Na verdade o mundo inteiro mudou. Na minha época a gente brincava muito na rua e acho que isso está mudando um pouco. Espero que meus filhos possam ter essa chance que eu tive. Muito esporte, brincadeira com os amigos, isso é importante e não podemos deixar de lado”, avalia.

Igor Amorelli: nadando, pedalando e correndo. De Balneário para o Havaí

Um dos triatletas mais vitoriosos do es-porte no país. Único brasileiro a comple-tar o Ironman em menos de 8 horas, o atleta trilhou toda sua trajetó-ria em Balneário Camboriú. Nascido em Belo Horizonte, mudou--se para cá com um mês de vida. Seus pais se mudaram para a cidade, porque os avós moravam aqui. O avô faleceu, seus pais vieram para ajudar por um tempo e acaba-ram ficando.

DE bC pARA O MuNDO

Rômulo Cruz

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Balneário Camboriú, julho de 20184

Homem trabalhador Harold Shultz teve também sorte, seus negócios foram no-tavelmente impulsionados pelo câmbio favorável a outros países, em especial a Argentina.

A H.Schultz teve filiais e/ou representan-tes de vendas em capitais de países vizi-nhos. Um exército de corretores, alguns ostentando correntes e pulseiras de ouro como sinal de riqueza, an-davam pelo continente atrás de compradores.

Balneário Camboriú falava castelhano, a es-timativa é que 10% a 15% dos apartamentos da cidade na época perten-cessem a argentinos. A H. Schultz anunciava nos principais jornais “gringos” e seu bordão era “Balneário Camboriú, la mini Copacabana”.

Os negócios com os países vi-zinhos eram tão intensos que a construtora tinha um avião para os deslocamentos, fato incomum na década de 1960.

No auge do sucesso a H.Schultz cons-truiu também em Itajaí, Piçarras, Barra Velha, Blumenau e Florianópolis. Ele entregou em Balneário o Edifício Impe-rador, com 24 pavimentos, o mais alto do litoral catarinense e no dia da inau-guração anunciou a construção do Im-peratriz, com impressionantes -para a época- 30 andares que se tornaria o mais alto numa praia brasileira.

O centro da vida econômica, social e po-lítica de Balneário Camboriú era a “Casa do Schultz”, um casarão plantando num enorme terreno que ia da Avenida Brasil

até quase a Terceira Aveni-da.

As vendas dos imóveis corriam bem, mas a ad-ministração não era sóli-

da. Schultz verticalizou ope-rações e pode ter perdido o foco ao montar porto de areia, usina de concreto, fábrica da esquadrias, fábrica de móveis e loja de materiais de construção.

Também colocou dinheiro em um restau-rante (o Imperatriz, no topo do prédio de mesmo nome), posto de gasolina, lotea-mentos, agricultura e fazendas para cria-ção de gado, delegando a administração dos negócios a parentes e funcionários.

Pessoas que viveram esse período con-tam que o empresário, em vez de privi-legiar os conselhos da área técnica, es-cutava mais os corretores cujo interesse principal não era a saúde financeira da empresa e sim ganhar a comissão sobre as vendas.

Além disso, ele se meteu com política na hora errada: seu mandato como prefeito de Balneário Camboriú, entre 1983 e 1988 coincidiu com a derrocada da economia argentina o que afetou seriamente a H.Schultz.

Entre 1988 e 1989 o PIB da Argentina caiu 8% e os vizinhos enfrenta-riam anos de recessão. A inflação explodiu, chegando a 3.100% em 1989 e até a classe média baixa que aqui gastava a rodo perdeu a capacidade de inves-tir e, em muitos casos, de manter suas pro-priedades.

O fluxo de dólares para o caixa da empre-sa cessou e ficou estagnada, com sérias dificuldades.

Ao escrever sobre isso em janeiro desse

ano o jornalista Aníbal Mendoza do ar-gentino La Nación foi ao ponto: “Os anos 80, tão ricos em mitologia e devassidão, levaram a um dos muitos sucessos de verão entre os argentinos e o Brasil. De um dia para o outro... milhares de com-patriotas empreenderam a colonização das praias de Santa Catarina. Balneário de Camboriú atendeu ao sonho molhado de alguns que acordaram em chinelos com dois ambientes voltados para o mar e uma caipirinha em cada mão. A ilusão durou mais de uma década até que a economia da região, aquecida pelo rein-vestimento imobiliário, desencorajasse a permanência... A praia, afinal, encon-trou novos pretendentes.  No entanto, o ataque deixou um legado cultural para a posteridade: os churros estão a cada vinte metros em todo o corredor da Praia Central. Com doce de leite até e alguma outra inovação local”.

Seu empreendimento mais arrojado nunca chegou a ser feito, “Camboriú

2020”, composto por 18 prédios entre as avenidas Atlântica e Brasil ligados através de uma passarela.

Todos esses prédios te-riam nomes de estre-las, mas apenas dois, Aldebaran e Arcturus foram construídos.

Além de tudo que fez como empresário o prefeito Schultz dei-

xou marcas duradouras na cidade: im-plantou a rede de esgotos e construiu a Igreja Santa Inês em terreno e com a maior parte dos materiais doados por ele.

Se fosse elaborada a lista das pessoas que mais contribuiram para tornar Balneário Camboriú conhecida nacional e internacionalmente, com certeza no topo apareceria o ex-prefeito Harold Schultz, falecido aos 81 anos em setembro passado.

Harold Schultz, o empreendedor que desbravou o Mercosul

Divu

lgaç

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“Balneário Camboriú atendeu ao sonho

molhado de alguns que acordaram em chinelos

com dois ambientes voltados para o mar e uma caipirinha em

cada mão.”

DE bC pARA O MuNDO

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Balneário Camboriú, julho de 2018 5

Construtores foram os grandes divulgadores de Balneário Camboriú

Foi a construção civil e não a hotelaria quem mais investiu em divulgação da cidade nos últimos 50 anos.

Puxaram o primeiro grande ciclo nomes com o peso de Harold Schultz e Washing-ton Nicolau (da Embraco) cujo espaço foi posteriormente ocupado por Paulo Case-ca, um arrojado e jovem empresário.

Todos foram grandes, todos fizeram apar-tamentos de praia com acabamento sim-ples, todos sucumbiram ao sobe e desce da economia de um país e de um continente em constante crise e todos investiram muito dinheiro em publicidade.

Isso numa época em que o veículo tradi-cional era limitadíssimo, os classificados dos jornais.

Em 1985 acontece uma mudança funda-mental na construção civil de Balneário Camboriú, pelas mãos de um empresário que se orgulhava de ter iniciado a carreira vendendo cachorro quente, Rogério Rosa, da Embraed.

O primeiro edifício construído por Rogé-rio, o San Diego, na rua 2.400, foi proje-tado por Rubens Spernau, hoje secretá-rio de Planejamento da prefeitura. Este sempre lembra que acreditava em preju-ízo devido à quantidade de detalhes in-comuns acrescentados para qualificar o empreendimento.

Na verdade a preocupação quase obsessi-va de Rogério Rosa com o requinte, a qua-lidade e os detalhes marcou toda a história da Embraed e catapultou de maneira de-finitiva a qualidade da construção civil na cidade, o padrão passou a ser outro.

Rogério também mudou a divulgação, seus catálogos de imóveis eram sofisti-cadíssimos, equivalentes a livros de luxo. Promovendo os artesãos da empresa nas capas dessas publicidades (foto), além de divulgar algo “único” fortaleceu o orgulho das pessoas trabalharem na Embraed.

Ele passou a publicar esses anúncios “di-ferentes” também em revistas nacionais de circulação dirigida, voltadas para o pú-blico de elevado poder aquisitivo e a cada anúncio fortalecia também a imagem de Balneário Camboriú.

Se Harold Schultz ia de motorhome cheio de maquetes e corretores a festas agro-pecuárias pelo Brasil, quase três décadas depois a FG deu uma tacada de mestre, contratou Sharon Stone e espalhou foto-grafias da loira que namorou em Balne-ário Camboriú, por alguns dos principais aeroportos do país.

Algo como tentar reproduzir com Sharon

Stone o que Brigitte Bardot representou para Búzios meio século atrás.Por sua vez a Embraed tam-bém ligou sua imagem à outra pessoa admirada in-ternacionalmente, o tenista Guga Kuerten que veraneia na cidade desde criança.E nos últimos anos a Cons-trutora Pasqualotto ado-tou em Balneário o que já fazia com sucesso em Itapema, capitalizar com a divulgação das relações sociais de seus diretores e as vendas para celebri-dades do show business e dos esportes. O prédio mais alto em construção na Barra Sul já reservou a cobertura para o cras-que Neymar. Outros craques já são proprietários, Luiz Gustavo (Marseille), Arthur (Barcelo-na) e cantores como Luan Santana, Soro-caba e Alexandre Pires.Na atualidade os grandes picos de divul-gação só são possíveis a baixo custo atra-

vés da internet. Se o astro da Copa Kylian Mbappé jogasse uma tarde de futevôlei na Barra Sul isso daria mais retorno a Balne-ário Camboriú do que toda a verba de di-vulgação da prefeitura no ano.

Divulgação

DE bC pARA O MuNDO

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Balneário Camboriú, julho de 20186

E no departamento vida noturna nin-guém foi tão famoso quanto Tedesco e Baturité.

A Boate e o Rancho do Baturité foram os pontos de verão mais conhecidos nessa região em sua época, mas estavam inse-ridos num espaço de lazer desenvolvido pela família Tedesco, a Barra Sul, que con-tava com atrações para todos os gostos e bolsos.

Os Tedesco eram visionários que na dé-cada de 1980 tinham um camping hos-pedando mais veranistas do que a rede hoteleira da cidade.

Também desenvolveram ou alugaram imóveis para alguém empreender mini-golfe, restaurantes, boliche, shopping de verão e diversos bares e boates.

O transporte da Barra Sul ficou famoso, o Bondindinho, pertencente aos Tedesco, chegava a andar dobrado de tanto peso e

não raro no fim da balada carregava gen-te surfando no teto de veículo.

Com o tempo e a excepcional valorização imobiliária da Avenida Atlântica o per-fil dos empreendimentos na Barra Sul mudou, mas os Tedesco continuaram plantando marcos fundamentais para a cidade.

Construíram o teleférico, desde então o mais importante equipamento turístico da cidade; se associaram a uma empresa existente e profissionalizaram a adminis-tração dos passeios de barco e cometeram a façanha de tornar Balneário Camboriú um dos poucos destinos brasileiros para navios de cruzeiros.

Agora falam em investir em novos telefé-ricos aqui mesmo em Balneário Cambo-riú, mas essa é uma história que talvez esteja mais próxima da realidade no ano que vem, quando Balneário Camboriú completar 55 anos.

Baturité e Tedesco, marcas icônicas do turismo da cidade

Se alguém perguntar aos moradores antigos o que foi mais importante no desenvolvimento de Balneário Camboriú provavelmente a resposta será “vida noturna”, porque os jovens insistiam

com seus pais para alugar ou comprar imóveis aqui, onde o verão era mais quente.

DE bC pARA O MuNDO

Reprodução

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Balneário Camboriú, julho de 2018 7

Rua 1500, nº 1020. Fone: (47) 3363-2369Balneário Camboriú - E-mail: [email protected]

ParabénsBALNEÁRIOBALNEÁRIOBALNEÁRIOBALNEÁRIOParabénsBALNEÁRIOBALNEÁRIOBALNEÁRIOParabénsBALNEÁRIO CAMBORIÚCAMBORIÚCAMBORIÚ 545454ANOSANOSANOS

Em uma madrugada de Buenos Aires, depois de ir a uma discoteca, Juan foi cha-mado por um amigo descendente de tur-cos para ir a uma boate turca. Segundo ele começava às 5h e só terminava meio dia. Lá ele recebeu o convite para conhecer Balneário Camboriú.

Juan perdeu os pais ainda criança e quan-do recebeu o convite para a aventura ti-nha 30 anos e estava recém separado da primeira esposa.

Não pensou duas vezes e veio, mas com intenção de ficar apenas 15 dias.

O amigo alugou o salão que ficava ao lado do Rancho do Baturité. “Meu amigo me propôs sociedade e acabei ficando seis meses. Voltei a Buenos Aires vendi meu carro para minha irmã e falei para ela que eu ia morar no paraíso”, relembra.

O Baturité foi inaugurado no dia 1º de setembro de 1980. A casa noturna mar-

cou uma época e embalou as noites de diversas gerações, até que fechou as por-tas em 2005. No lugar foi construído um arranha-céu.

Foi no Rancho que Juan conheceu a espo-sa Maria Cristina, apresentada por um amigo. O casamento aconteceu no Hotel Fischer, quatro anos depois da chegada dele a Balneário. “Ela me deu dois filhos maravilhosos Ornella Cristine Amaya e Anthony Amaya (foto). Graças a Deus foi

o melhor presente que ganhei na minha vida”, comemora.Juan conta que mesmo sem falar por-tuguês, não teve problemas, porque na época havia muitos turistas argentinos e os comerciantes os entendiam. “Naquela época muitos brasileiros também desco-briram Balneário e a gente se ajudava”, afirma.Da Balneário de antigamente Juan sente mais falta do Baturité. “Todo mundo ia de carona ao Baturité, não tinha maldade e na temporada lotava todo dia, de segun-da a segunda. Balneário ficou como re-ferências da música eletrônica até hoje”, ressalta.Juan teve diversas casas noturnas como Casablanca em Itajaí e Kalaiami na capi-tal e chegou a ser conhecido como o “Rei da Noite”. Em 1997 deixou a sociedade do Baturité para abrir com outros dois amigos a pri-meira loja de R$ 1,99 do Brasil, que tam-bém foi sucesso em Balneário Camboriú.Hoje trabalha com imóveis. Em 2015 foi escolhido com o melhor corretor do ano.

Barra Sul ponto de encontros e festasJuan Carlos Amaya acaba de completar 39 anos morando na cidade que ele não cansa de

chamar de “paraíso”. Natural de Córdoba, na Argentina, Juan trocou a vida agitada de Buenos Aires para escrever aqui um capítulo importante de sua história e da vida noturna catarinense.

DO MuNDO pARA bC

Fotos Divulgação

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Balneário Camboriú, julho de 20188

Este é Ícaro Osmar Cavalheiro, que nasceu em 7 de agosto de 1968, na Ilha das Cabras, filho do ‘seu’ Mar-ciano Cavalheiro, exímio nadador (competidor nato), e primeiro salva vidas da cidade, na administração do primeiro prefeito eleito, Higino João Pio.

Surfista desde criança levou Balneário Camboriú para todo o país e fora dele até 1999, quando ‘aposentou-se’ das competições e começou a julgar eventos nacionais e no ano seguinte o circuito mundial, tornando-se um

dos primeiros ex-surfistas profissionais, que se-guiu o tour mundial a tornar-se árbi-

tro. Hoje ele continua julgando os eventos mundiais, fazen-

do narrações de análises técnicas dos eventos WSL, morou por três anos no Hawaii e hoje mora na Califórnia.

Da Ilha das Cabras para o mundo“Minha história de vida começou na ilha de Balneário Camboriú, mais precisamente da Ilha Das Cabras para o mundo e sempre com o maior orgulho levei e levo o nome da minha amada cidade para o Brasil e para o mundo! Sou nativo de Balneário Camboriú e amo mi-nha cidade de paixão. Quando morrer serei cre-mado e as minhas cinzas serão espalhadas so-bre a Ilha das Cabras! Tenho 50 anos de puro amor por Balneário Camboriú”.

Acompanhe um pouco da sua história:

“Tive uma infância única, in-comparável e muito feliz. Inocen-

te. Com contato puro e direto com a na-tureza e o mar de Balneário Camboriú. Lembro-me dos momentos da infância nadando ao lado do meu pai da ilha até a praia central (a primeira vez sozi-nho com 3 anos de idade ida e aos 5 anos de idade fui da praia até a ilha, toquei na pedra do portinho de entrada e voltei até a praia central. Sozinho). Correndo na praia e ajudando meu pai nas salvata-gens às quais ele era chamado. Mergulhando para pesca submarina com papai, esquiando de ponta a ponta da praia, nadando para ir à escola nos dias de lestada...e...assim fui crescendo.

Saímos da ilha no final dos anos 70 e aí sim minha vida começou a mudar e muito. Passei a trabalhar de jardineiro, limpador de fossa e de empacotador em supermercado. Sempre estudando na Escola Bási-ca Presidente João Goulart na Rua 1500. Momentos inesquecíveis na quadra do Guadalajara, partidas de futebol, amigos, cinerama, moustache, Baturité! Oh tempo bom da minha adolescência e juventude! Aos 10 anos comecei a surfar, aos 12 competi meu primeiro evento de surf na Praia Brava durante um acampamento ecológico Hari Krishna.(agosto). Ter-

minei o evento na segunda colocação atrás do Marco Reis e esta colocação mudou minha vida para sem-pre! Com aquela premiação ganhei como mais de três meses fazendo todas as outras atividades que fazia, e assim resolvi começar a competir sério. No ano seguinte fui participar da Copa Catarinense de Surf na categoria mirim e já fui campeão estadual. No ano seguinte 1984 e metade de 1985 mudei para a casa da mãe Mila, em Curitiba para estudar. Após 1 ano e meio parado do surf nas férias de julho de 1985 vim para Balneário Camboriú, fui para Floria-nópolis competir, já na categoria Júnior e sagrei-me campeão da etapa. Neste ano resolvi voltar para Balneário Camboriú, após esta vitória e competir o surf pensando em profissionalizar-me. Mesmo sem competir as duas primeiras etapas fui campeão es-tadual 1985 Júnior da Copa Catarinense e do Circui-to ANOCAS. No ano seguinte 1986 e 1987 campeão amador, 1988 campeão estadual profissional cata-rinense e paranaense, quando resolvi mudar com a família (já casado e com meu primeiro filho Íca-ro) para o Guarujá, litoral de São Paulo. A partir daí passei a competir o circuito brasileiro(ABRASP) por vários anos e também o circuito mundial ASP até o ano de 1999”.

DE bC pARA O MuNDO

Primeiro a surfar esta onda no mundo, Matavéri, Ilha de Páscoa.

Com o pai Marciano Cavalheiro, em 1975, na Ilha das Cabras

Fotos Divulgação

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Balneário Camboriú, julho de 2018 9

Em 17 de abril de 2016, todos os telejornais do país tinham como principal pauta o impeachment da presidente Dilma Rous-seff. Exaustivamente anunciada, a vota-ção pela saída dela do comando do país, feita na Câmara dos Deputados, alcançou os picos de audiência, assim como aconte-ce numa final de Copa do Mundo.Cientes de que o olhar dos brasileiros es-tava voltado para o “sim ou não” os par-lamentares caprichavam para se destacar em frente às câmeras nos poucos segun-dos dados a cada um para se manifestar sobre o voto.Alguns tentaram chamar atenção com frases de efeito. Outros, fazendo uso de bandeiras ou acessórios esquisitos. Mas nenhum deles, brilhou mais que o “muso do impeachment”, um jovem deputado suplente que até então não havia se desta-cado por apresentar 12 projetos em quatro meses de mandato, mas que ganhou essa

projeção sem falar nada, num local onde centenas de parlamentares gastavam o seu melhor português para impressionar.

Fabrício Oliveira, suplente, não votou. No entanto, a sua aparição insistente e con-centrada por quase uma hora, ao lado do microfone da votação e na mira das lentes da Globo, trouxe a fama que muitos pas-sam uma vida inteira perseguindo.

Segundo ele, tudo aconteceu por acaso. “Eu quis ficar ali acompanhando a vota-ção ao lado dos Deputados pelo momento histórico, por tudo o que um impeach-ment representa para um país. Não foi uma ação de marketing ou estratégica como dizem alguns. Eu queria viver esse momento de perto e com a maior intensi-

dade possível”, relembra o muso. Ele con-tou que estava com o celular sem bateria e só tomou conhecimento da fama quando religou o aparelho quase uma hora depois que estava em exposição.

No semblante, Fabrício passava serieda-de e realmente demonstrava estar con-centrado em cada manifestação. Ele não olhava em direção às câmeras, mas estava bem posicionado. “Quando fiquei saben-do por telefone que estava chamando atenção e movimentando as redes sociais em Balneário, sai do local”, disse.

Mas definitivamente, a presença bem ali-nhada dele passou longe de ser esquecida. Os grupos de whats da cidade passaram a replicar “memes” de todos os tipos. Ele foi

chamado de Boy Magia, Muso e até mes-mo comparado com o ator Michael J. Fox, do filme De Volta para o Futuro. Mas nem tudo eram flores.

Os que estavam com dor de cotovelo, disparavam piadas apelidando Fabrício de Papagaio de Pirata. “No início eu não gostei das brincadeiras, mas depois vi que isso causou uma curiosidade das pessoas a respeito de mim e do meu trabalho e isso acabou sendo muito importante para meus projetos. Minha rede social bom-bou e passei de cinco mil seguidores para 35 mil no instagram”, contou Fabrício.

Nos dias que se seguiram, muitos sites na-cionais passaram a falar a história do atu-al prefeito. Todos instigados pela curiosi-dade para saber de quem era o rostinho bonito que roubou a cena de muitos par-lamentares. Não foram poucos os veículos de imprensa nacionais que falaram sobre Fabrício. Até hoje em notícias que falam desse episódio, lá está ele no foco de novo.

Com tanta repercussão, o muso foi parar nos comentários de outros famosos como Jô Soares, Fátima Bernardes, Ana Maria Braga. Foi convidado para ir no Programa do Gugu. “Recusei porque estava receoso com toda essa repercussão, mas hoje vejo como um fato imprescindível porque abriu muitas portas”, finalizou Fabrício.

Por Andréa Artigas

O ‘muso’ e Balneário viraram notícia em todo o paísAntes mesmo de tornar-se prefeito, Fabrício Oliveira, projetou seu nome e o de Balneário Camboriú por todo o país, porque ‘achou’ a melhor posição na votação do impeachment de Dilma.

DE bC pARA O MuNDO

Reprodução

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Balneário Camboriú, julho de 201810 DE bC pARA O MuNDO

Pavan executou a divulgação da cidade dentro e fora do país

No entanto não foi como polí-tico que Pavan deu sua maior contribuição àcidade e sim como administrador, como prefeito em três mandatos porque sempre teve a compre-ensão que turismo é a nossa vocação econômica principal.Nesta semana o empresário Geninho Góes lembrou que quando trabalhava com turis-mo na prefeitura de Porto Belo foi procurado por Pavan que queria saber o motivo daquele município ser mais divulgado do que Balneário Camboriú.A história terminou com Ge-ninho contratado para dirigir o marketing da prefeitura da-qui, muito antes dele se tornar conhecido na América Latina como o criador da BNT-Mer-cosul, a principal feira do setor em Santa Catarina.Pavan, Geninho e o secretário de turismo Osmar “Mazoca” Nunes Filho (que possivel-

mente voltará à prefeitura em breve) criaram um sistema permanente de divulgação da cidade no Brasil e nos países vizinhos.Coincidência ou não, após Pa-van deixar a prefeitura Balne-ário Camboriú regrediu sua participação no mercado de turistas internacionais, a cida-de estagnou enquanto nossos dois maiores concorrentes, Bombinhas e Florianópolis, cresceram feito foguetes.Pavan teve a compreensão que cidades turísticas são produ-tos que precisam se reinventar na forma de obras (por exem-plo, uma avenida Atlântica toda nova) e equipamentos (como Cristo Luz e Teleférico).Essa percepção está de volta, o atual prefeito planeja o reju-venescimento da praia central e está incentivando empresá-rios a instalarem atrações tu-rísticas.

O político com carreira mais importante na história da cidade, quem levou o nome de Balneário Camboriú mais longe, foi Leonel Pavan que no ápice foi governador do Estado depois de ser deputado federal e senador.

Parabéns,Balneário Camboriúpor seus 54 anos, muito bom poderfazer parte desta

linda história!

Marlise Schneider Cezar

Powe

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duto

ra

Ele sabia que turismo é

um produto que precisa

ser renovado periodicamente

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Balneário Camboriú, julho de 2018 11

O primogênito Martin é modelo de uma agência de São Paulo e ganhou fama ao namorar a estrela de Hollywood Sharon Stone. Já o filho mais novo, Agustin, mú-sico e videomaker, tem mais de 42 mil seguidores ligados em suas postagens de belas praias e modelos ainda mais boni-tas.

“Meus filhos são pessoas maravilhosas e conseguiram ter essa “fama” justamente pelo carisma e talento, amor ao trabalho e dedicação total. Acho que esse é o segre-do”, contou a mãe orgulhosa.

Durante o relacionamento de Martin e Stone o assédio aumentou e sobrou até para Sandra, que chegou a ser convidada para o programa Mais Você, mas preferiu não participar.

“Ter sido a sogra de uma estrela de Hollywood como a Sharon Stone nunca poderia me incomodar, seria uma des-consideração! É parte da nossa história e vai ser eternamente. Vai ficar na nossa lembrança sempre”, comentou.

BC ontem e hojeQuando a família de Buenos Aires se mu-dou para cá se encantou pelo balneário

rústico, um “paraíso diferente”. Segundo Sandra tinha menos carros, menos gente, menos invernos e prédios, em compensa-ção havia mais sol e mais ar.

“BC tem magia! Acho que esta cidade conseguiu ter tudo o que tem uma grande cidade numa pequena cidade! Cada vez

está mais glamourosa e as pessoas estão mais elegantes que quando eu cheguei aqui”, comentou Sandra, hoje dedicada ao curso de modelagem e ballet clássico todos os dias. Ela acredita que vários fatores influen-ciem em Balneário ser o que é, como a

temperatura ideal do mar para crianças, por isso atrai família, a vida noturna para os jovens e o fato de tudo estar perto e não precisar de carro para curtir a cidade, o que encanta os aposentados. “Não achas uma cidade perfeita”, indaga.

Da Argentina para o mundo com escala em BalneárioEles nasceram na Argentina, mas foi em Balneário Camboriú que firmaram raízes há 28 anos. A matriarca, Sandra Mabel Gumina de Mica, casada com o arquiteto Horácio Mica, conversou

com o Página 3 sobre a história do clã de beldades que faz sucesso na internet.

Agustin e MartinHorário e Sandra

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Fotos Divulgação

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“Em 1997 foi a primeira vez que saí de Balneário Camboriú para morar fora (Curitiba) por cau-sa do futebol. Joguei e morei no Coritiba por dois anos. Entre 2000-2004 joguei e morei em Porto Alegre (Internacional) por um ano e os outros anos no Avaí de Florianópolis”, contou Fred Moojen.

Em janeiro de 2004 uma propos-ta para jogar futebol e estudar na Liga Universitária NCAA/EUA mudou sua vida.

Lá tornou-se um craque e até hoje mora na América do Norte.

“Joguei futebol universitário e estudei por três anos economia e ciências políticas em duas uni-versidades americanas: Lincoln Memorial University, no Tennes-see e Clemson University, na Ca-rolina do Sul”, segue o jogador.

Artilheiro por dois anos conse-cutivos no futebol universitário, Fred Moojen começou a jogar

futebol profissional nas ligas da América do Norte (EUA e Cana-dá), em 2007 e lá joga até hoje.

“Acabei vindo jogar em um dos melhores times do Canadá (Montreal Impact) em 2007 e em

2013 recebi cidadania canadense para jogar na seleção do país”, detalhou.

Fred mora em Montreal com sua esposa e filho e sempre vem passar férias em Balneário onde mora sua família.

“Balneário Camboriú é ainda o meu lugar preferido para pas-sar férias com minha família. Já rodei o mundo e Balneário está sempre no meu coração. Sempre que sou anunciado nos times e seleção fora do país, levo o nome de Balneário Camboriú comigo. Acho que a cidade está muito bonita e bem cuidada, apesar de todos os problemas que o nosso país vem passando. Tenho muito orgulho de dizer que sou natural de Balneário Camboriú e ainda tenho muitos amigos de infân-cia que gosto de rever quando apareço na praia de férias”, afir-mou o jogador ao Página3.

Fred Moojen, astro do futebol canadense, nunca esqueceu a praia que nasceu

Frederico Moojen, nativo da praia, nasceu em 1983 e morou em Balneário Camboriú com os pais João Alfredo e Milena e o irmão Giba até 1997, quando iniciou carreira no futebol.

Arquivo Pessoal

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Balneário Camboriú, julho de 2018 13

A família Devito, que trabalha com turismo, chegou a Balneário por volta de 1991, atraída pelas oportunidades daquele eldorado dos hermanos.

Na adolescência Federico chamou atenção pela beleza e virou “colí-rio” da revista Capricho.

Comunicativo, ele criou um canal no Youtube e virou sucesso entre os jovens do país todo.

“Meus primeiros vídeos foram pe-las ruas de BC. O primeiro vídeo foi na casa da minha mãe, onde ela mora”, contou ao Página 3.

Em 2016, Federico surpreendeu a audiência teen da internet reve-lando que era gay, o que acabou se tornando um divisor de águas positivo em sua presença online.

Imediatamente ele começou a re-

ceber mensagens de pessoas de todo o país, apoiando e agrade-cendo pela coragem em se expor.Assim, Federico que já era uma pessoa influente nas redes sociais entre o público jovem, passou a ter representatividade também para o público LGBT.Ele disse que essa representativi-dade acompanha o fato de preci-sar falar, porque ainda há muito a ser feito relacionado às leis e ao respeito. Hoje são mais de 400 mil inscritos no Youtube. O influenciador tam-bém conquista o Instagram, com mais de 600 mil seguidores. E ele tem aproveitado bem a fama. Convidado para premieres, mar-ca presença em tapetes vermelhos e é procurado por distribuidoras e gravadoras como a Sony, War-

ner, Universal e Fox para matérias com famosos.

“Eles comentam a disponibili-dade de gravação com os atores, produtores, diretores, músicos e eu crio a pauta em cima do assun-to que eles estão trabalhando no momento”, conta Federico.

Já passaram pelo canal nomes como dos atores Jack Black e Da-niel Radcliffe (Harry Potter) e cantores como Anitta, Tiago Iorc, Katy Perry, Demi Lovato, entre muitos outros.

Seu vídeo mais visto, com o elen-co do filme Homem-Aranha: De Volta Ao Lar, já passou dos qua-tro milhões de views. “Levei uma aranha de verdade para criar um jogo de perguntas e respostas. Neste caso, a ideia foi aprovada e deu super certo, mas é bem difí-cil convencer eles de maluquices como essa, a gente tenta”, revelou.

Apesar de tanta agitação, Fede-rico disse que sempre que pode vem para Balneário ver a família e os amigos. Ele lembra que as amizades que fez estão entre as melhores memórias da cidade.

De Balneário para o rol de estrelas das redes sociaisO influenciador digital Federico Devito tem só 26 anos, mas é uma das vozes que ecoam forte nas redes sociais. Natural de Buenos Aires (AR), ele viveu em Balneário Camboriú, até quatro anos atrás, quando se mudou para São Paulo por causa de sua carreira.

Arquivo Pessoal

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Sorte & Inspiração“Meu aprendizado foi ali pela frente da pracinha Tamandaré até chegar na ca-sinha do surfista na frente do Maxim. Tive a sorte de crescer numa época mara-vilhosa em BC. Já havia uma geração de surfistas incríveis diariamente nas ondas de Balneário. Eu e meus amigos tivemos a oportunidade de aprender vendo eles ali na nossa frente. Caras como Bilo, Da-vid, Saulo, Icaro, Nagel, Roni, Luciano e Fabiano Fischer, Marco Reis, Teco, Ma-lhado, Macuco e outros foram inspiração pra muitos de minha geração. Cresci sur-fando com o Paulinho, Christian Vaccaro, Mupi, André Huebes, Harry, Rapinga, Malhadinho, Boca, João, Mario, Wasla, Ja-mes, Piolho, Greco, Relvas, Guto Ramos, Ivan Fajardo e mais uma galera”.

Competições & Títulos“Iniciei nas competições bem jovem e em 1988 venci meu primeiro campeonato em BC, organizado pelo Tim Tones antes da criação da ASBC. Depois disso fui bi campeão catarinense mirim, 1990 e 1991, campeão catarinense Junior em 1993. Fui o primeiro catarinense a conquistar um título brasileiro amador quando venci a categoria mirim em 1991 em Ubatuba”.

Amador & Profissional“Fui para o Havaí pela primeira vez em 1992 e em 1994 fui morar na Califórnia e no Havaí por seis meses. Me tornei pro-fissional em 1997 e conquistei o título de campeão catarinense Profissional no mesmo ano. Segui competindo no brasi-leiro profissional Super Surf e etapas do WQS da ASP até 2004, ano que encerrei minha carreira como profissional”.

Advogado & Juiz “Nesse tempo em que me dediquei as competições consegui conciliar meu tem-po e me formei na faculdade de Direito na Univali em 2004. Minha carreira como juiz de surf teve início em 1994 quando morei na Califórnia, julguei algumas competições colegiais e quando voltei pra BC e me tornei surfista profissio-nal comecei a julgar na ASBC, depois no circuito estadual da Fecasurf, depois no brasileiro amador da CBS e com minha evolução fui convidado a julgar eventos Pro jr da Abrasp e da ASP. Em 2005 fiz meus primeiros eventos profissionais para a ASP e para a Abrasp e em 2006 fiz os primeiros eventos fora do Brasil. Icaro Cavalheiro foi muito importante no início de minha carreira de juiz, abriu as portas para eu mostrar meu valor no julgamento mundial. Desde 2009 sou juiz brasileiro em tempo integral no WCT e em 2018 fui promovido a International Associate Head Judge da World Surf League”.

Amor & Orgulho“Viajo para diversos países trabalhando com o que amo fazer desde criança e te-nho muito orgulho de poder representar Balneário Camboriú pelo mundo. Não posso deixar de agradecer às pessoas que me apoiaram em diversos momentos da minha carreira, meus pais, meus irmãos, meu sogro Hideraldo Beline que me apoiou muito nos momentos mais difíceis, e à Ma-nuela Demonti que sempre me incentiva a continuar no caminho do surf”.

Luiz Fernando Steffen Pereira, o Luli Pereira, 42, filho de José Ernesto Pereira, natural de Camboriú e de Leda Regina Steffen Pereira, de Lages e irmão caçula de José Ernesto Pereira Filho e de Paulo André Pereira.

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Da prancha de isopor até juiz internacional

O casal já morava na praia, mas os três filhos nasceram em Lages. Foi por volta de 1984 quando Branco e Paulinho ganharam as primeiras pranchas de fibra e o caçu-

la ganhou uma de isopor, que o surf ‘adentrou’ na vida de Luli. “Surfei mais ou menos um ano de

isopor até ganhar minha primeira prancha de fibra, uma Fly, que tinha sido a primeira prancha do meu amigo Christian Vaccaro

e depois veio a ser a primeira prancha do meu amigo Leco Angioletti também”, contou Luli ao Página3, descrevendo sua história de amor pelo surf e pela praia de Balneário Cam-boriú que levou para longe da-qui. Acompanhe em capítulos:

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Luli diante do palanque em Fiji

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“Acabei a faculdade de turismo e meu trabalho de conclusão de curso era um evento para 600 alunos. Uma das palestras era sobre o Estado que mais se destacava no cenário turístico – SANTA CATARINA. O palestrante era meu amigo o qual sou grato por aparecer na hora certa na minha vida, o Mazoca, na época presi-dente da Santur. No final ele convidou todos os alunos para trabalharem em Santa Catarina, já que ele era o único Bacharel em turismo aqui.

Dos 600 alunos, apenas um procurou! EU!

Três meses depois, dia 21 de dezembro de 1988, eu estava aqui apenas com uma pequena mala.

Fui recreacionista do Marambaia por três me-ses e fui promovido para a reserva, em seis me-ses eu era gerente comercial. Fiquei dois anos no hotel.

Fiz pós Graduação, me tornei o primeiro pro-fessor de Turismo da Univali e trabalhava de gerente de Marketing no Hotel Fischer.

Fui convidado para ser secretário de Turismo de Porto Belo, onde fiquei por dois anos. Num evento sobre cassinos, o então prefeito Pavan ficou impressionado como Porto Belo aparecia mais que Balneário Camboriú e então nos co-nhecemos.

Como secretário de turismo de Porto Belo e consultor do Sebrae, fiz um projeto e ganhei uma viagem para um curso na Europa. Lá tive contato com uma tendência, ou seja, o aumento de pessoas solteiras no mundo.

Tendo o Pavan como prefeito, assumi como diretor de Marketing e o Mazoca secretário de Turismo. Nosso trabalho revolucionou o con-ceito de turismo na cidade.

Eu já tinha lançado a BNT Mercosul, evento

que começou com o propósito de divulgar o sul do Brasil e se transformou num dos principais do país. Com a experiência que tive na Europa sobre o mercado de Singles, montei o primeiro encontro de solteiros do país, estudei Parap-sicologia Clínica para entender melhor sobre o comportamento humano e então fiquei conhe-cido como o Cupido Bra-sileiro.

Participei dos mais importantes programas da tevê brasileira como o Jô, Mais Você, fui entrevis-tado pela Marília Gabriela, Gustavo Mesquita, Luciana Gimenes, entre outros.

Escrevi seis livros e fiz pa-lestras em todos os estados do país, para mais de meio milhão de pessoas em 20 anos.

Em todos os programas de tevê e pales-tras eu levei Balneário Camboriú como o lugar que escolhi para viver.

A BNT tomou forma e nestes 25 anos, se somar, já foram mais de 100 mil visitas de agentes de viagens, operadores e jornalistas de pelo menos 12 países que promoveram Balneário Cambo-riú e multiplicaram o movimento da indústria turística e por oito anos editei um Guia de Tu-rismo sobre Santa Catarina.

Lancei eventos para promover o Brasil na Ar-gentina, Chile, Perú, o Meeting Brasil que le-vou empresários do Brasil para contatos com empresários que mandam turistas para nosso país.

Tive a oportunidade de conhecer pessoas do bem. Uma delas foi o Beto Carrero que acolheu a BNT logo no início. Após sua morte, o filho dele me chamou para assumir a diretoria de Marketing do Parque. Fizemos um trabalho fantástico projetando o Beto Carrero como um grande centro de entretenimento.

Após cinco anos, pedi para sair e viajei por três meses. Queria trabalhar menos... mas não con-segui. Já tinha um relacionamento de cinco anos e me casei com o Duda, que nasceu em Balneário Camboriú.

Voltei ao trabalho com tudo, abri a REINOVE, uma agência de publicidade e lancei um novo evento, o MEETIG MSD, para apresentar cases de sucesso de empreendedores no Brasil.

Na segunda edição um destes cases foi a MA-GRASS – Emagrecimento saudável e estética de resultado que tinha quase 100 unidades no Brasil.

Decidimos que queríamos aumentar a fa-mília e entramos num processo de adoção.

A Maria, uma menina com quase 8 anos de idade, chegou para dar um novo signifi-cado em nossas vi-das. E agora além de pai, sou presidente da ONG DA VIDA,

um Grupo de estudos e apoio a adoção. Não tem como não compartilhar o que você apren-de com essa experiência fantástica.

A Magrass se tornou cliente da REINOVE, em seis meses inaugurou a clínica em Balneário Camboriú da qual me tornei sócio, e pouco depois, também diretor da Rede, que hoje é a maior rede de Emagrecimento Saudável da América Latina com 257 unidades, já atendeu mais de dois milhões de pessoas no país. Esta-mos todos unidos na mesma sede que fica em Balneário Camboriú.

Eu me sinto filho desta terra que me acolheu.

Conheço quase 50 países no mundo todo e este é o melhor lugar que encontrei para ficar até hoje.

Balneário Camboriú é a nossa casa, onde edu-camos nossa filha, hoje trabalhamos numa

empresa que transforma vidas.

Balneário Cambo-riú transformou a minha vida e hoje, o trabalho que faço trans-forma a vida das pessoas.

Acho que é a Lei do Universo... a gente

colhe o que planta”.

Balneário Camboriú é o lugar que escolhi no mundoPor Geninho Goés

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Anos depois a família se mudou para Bavá-ria, no sul da Alemanha, um pacato vilarejo com 350 habitantes. Reiner terminou a es-cola, se formou marceneiro e abriu uma loja de móveis planejados com o pai. Ele queria mais e se alistou no exército, na cidade de Munique, onde sua vida mudou para o lado artístico. Trabalhou com música, teatro, até como figurante em filmes e fez cursos na área das artes.

Em 1987 o pai de Reiner se mudou. Ele ficou em dúvida entre uma fazenda no Paraguai ou um terreno no Brasil perto do mar. Es-colheu uma área no costão do Estaleiro, em Balneário, que naquela época era “muito

agreste mesmo”, segundo o artista.

Depois de construir a casa ele abriu no Centro, o Restaurante Eucalipto, na Aveni-da Brasil. O lugar caiu logo no gosto dos ar-gentinos e o pai chamou Reiner para ajudar na administração. Demorou, mas ele acei-tou e chegou à cidade no dia 3 de março de 1989, sem falar uma palavra em português. Aprendeu a falar traduzindo jornais, lendo, “se misturando com brasileiros” e assistin-do ao Show da Xuxa. “A minha lógica era que os jornais falam a língua correta e di-dática e as crianças o português sem com-plicações. Ajudou muito”, se diverte.

Ele conta que Balneário foi paixão à primei-

ra vista e tinha tudo o que um cara com 30 anos gostava: vida agitada, música e turis-tas. Frequentou Baturité, Whiskadão, Toc Toc e viu de perto a primeira escada rolante da cidade, instalada no Shopping Pires, que virou atração e chegou a deixar as pessoas assustadas.

De dia trabalhava no restaurante e à noite desenhava e pintava. Fez algumas expo-sições no próprio estabelecimento até que um dia um funcionário da prefeitura per-guntou se queria fazer uma obra em uma praça. Depois de vários esboços, “A mão do trabalhador” foi escolhida para ser instala-da na Avenida Atlântica. O prefeito era Leo-

nel Pavan, na época do PDT. Nas artes Reiner transita por diversas téc-nicas, passando de objetos de decoração como suas árvores em arame de alumínio banhado em prata até fachadas de prédios.Além da arte, Reiner também ficou conhe-cido como “marido da Zezé”, com quem é casado há mais de 20 anos e por participar da associação de moradores do Estaleiro por um bom tempo.Ele também atua como tradutor e dá aula de alemão particular, além de ser fundador de um grupo de amigos que gosta da cultu-ra alemã, o DKV, (Deutscher Kultur Verein – Associação Cultural Alemã).

Um alemão em Balneário CamboriúReiner Wolff nasceu em 1957 em Berlim, na Alemanha, em um bairro de operários, antes da divisão política entre Alemanha Ocidental e Oriental. Ele viu o muro ser levantado e chegou a ter parte da família dividida. Um meio irmão ficou anos isolado com os avós e tios e foi resgatado graças a um grupo de mercadores “coiotes”, dentro de um fundo falso de um carro.

Reiner com 2 anos, em Berlim, Alemanha

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Fotos Arquivo Pessoal

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Balneário Camboriú, julho de 2018 17

Contadora por formação e integrante do casting da Mega Models Camboriú, Thyla-ra conquistou em 2017 a coroa de Miss Bal-neário Camboriú. No ano passado foi co-roada Miss Santa Catarina Mundo 2018 e agora se prepara para o Miss Brasil Mundo, que acontece no Rio de Janeiro, em agosto.

TrajetóriaInfluenciada pelo extinto concurso de be-leza Garota Verão, e com o apoio da famí-lia, ela começou no mundo da beleza bem nova, participando de seletivas a partir dos 12 anos. Aos 14 começou a atuar como modelo profissional pela Ford Models, em Florianópolis, e participou de diversas cam-panhas, até fora do Estado.Como a mãe é proprietária de contabilida-de há 21 anos, cresceu atuando na área e foi aí que descobriu o que seguiria na vida acadêmica. Resolveu cursar ciências con-tábeis na Faculdade Avantis e se “afastou” um pouco das passarelas, mas vez ou outra ainda participava de trabalhos.O sonho de ser miss sempre existiu e foi crescendo quando viu uma amiga próxima se preparando e conquistando a coroa. Ela foi em busca do sonho e conheceu o Miss World, um concurso que tem como lema “Beleza com Propósito”. Ele incentiva suas

participantes a terem uma atuação social fora das passarelas.

Foi aí que Thylara descobriu uma nova paixão. “Foi “amor à primeira vista”. Me de-parei com um concurso sério, que valoriza a beleza interior além da exterior e bus-ca uma miss que represente o nosso país como Embaixadora da Beleza pelo Bem, inspirando as pessoas a praticar e fazer o bem ao outro, através de projetos sociais e engajamento na comunidade”, conta.

Ela conheceu os tutores locais, Jorge e Luci-êni Moura em 2016 e partiu para a prepa-ração. No ano seguinte conquistou o Miss Balneário Camboriú e em seguida foi eleita Miss Santa Catarina.

O projeto social, criado por ela e pela colega Vitória Christina, acontece semanalmente na Secretaria da Pessoa Idosa, oferecen-do aulas de automaquiagem para idosas. “Visa além de resgatar a autoestima delas, treinar a memória, a coordenação motora e a interação em grupo”, pontua.

Agora, com a coroa de Miss Santa Catarina e os compromissos por todo Estado, Thyla-ra incentiva que a ideia seja adotada por outros municípios.

“Em cada cidade que passo tem algo que é diferente, mas todas têm em comum a receptividade do município e a alegria dos moradores dos lares e casas de repouso em receber meu projeto. A sensação de fazer o bem e ver o sorriso de cada idoso é o que me motiva a continuar com o projeto e aumen-ta meu amor em ser Miss”, finaliza.

Beleza de dentro para foraA jovem Thylara Brenner, tem 25 anos e nasceu em Itajaí, mas se considera balneocamboriuense de coração. Ela está indo longe representando a beleza e o nome da cidade, e ainda está fazendo a diferença na área social.

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Balneário Camboriú, julho de 201818

O FestivalSegundo André (foto), a ideia foi criar um centro gravitacional capaz de unir aqueles que tinham vontade de fazer cinema na cidade mas não tinham um espaço para encontrar outros com as mesmas vontades.Depois de rodar festivais do mundo André percebeu que Balneário tinha qualidades para receber um evento do porte proposto.“Um conteúdo que antes não era exibido em lugar algum, passou a ser realidade na nossa cidade. O Festival assim, logo cha-mou a atenção de profissionais e artistas da indústria que procuram o cinema como um local de criação e de encontro”, afirma.Não foi fácil, mas ano a ano o Festival foi crescendo, da programação ao público. “Chegamos ao oitavo ano. Parece uma vida. Agora que nos estabelecemos em nossa sede, espero crescer lá dentro e aos poucos voltar a ocupar os locais onde estivemos nos outros anos. Agora podemos traba-lhar com um pouco mais de conforto para o crescimento do festival, a produção era muito cigana, um sacrifício”, desabafa.Esta será a primeira vez que o festival será produzido com mais certezas do que incer-tezas, diz o idealizador.

ArthouseO Cineramabc Festival está chegando a sua 8ª edição e além da formação de público, também deu frutos e criou raízes. A Cine-ramabc Arthouse, inaugurada há um ano, é o principal deles. A nova “casa” do festival, transformou uma região silenciosa em um reduto dos aman-tes da arte com programação o ano inteiro. Música, exposições, cursos e filmes estão ajudando a criar um relevante ponto de cultura no litoral catarinense.Gevaerd foi ousado na proposta. Instalou a Arthouse em um galpão afastado do cen-tro, na Rua São Paulo, Bairro das Nações. Empreendedor, argumenta que a casa de arte está afastada do centro da cidade, mas no centro da região e próxima da entrada pela BR-101 e rodoviária, um ponto demo-crático para atrair os visitantes. E eles têm sido presença constante, gente ávida pelo estilo de atração que a Cineramabc oferece.“Não é o ramo de negócios que os investi-dores têm costume de embarcar. Então foi--se construindo aos poucos. É um processo constante, orgânico e sustentável e o públi-co entendeu a proposta e foi aos poucos se apegando ao espaço”, conta.

Falta incentivoApesar de a Cineramabc abrir as portas para uma possibilidade para a economia, André lamenta que Balneário ainda esteja tão atrasada no fomento às produções de cinema e nas condições para atrair milhões em investimentos no setor audiovisual.

“Vejo a criação de um sistema de incentivo burocrático, arcaico, viciante, cada vez mais fechado e incapaz de criar e emancipar produtores culturais e artistas. O fomento ao cinema é quase inexistente e ineficaz. Não é condizente com uma cidade como a nossa. Temos uma Film Commission cria-da que não funciona, que está entregue as moscas dentro dos corredores da burocra-cia e desinteresse”, dispara.

Para o produtor cultural sobra oportunis-mo e falta objetividade.

“O que tenho certeza, é que o festival con-tribuiu para mostrar um novo caminho, para mostrar que apesar das deficiências do estado e das auto-intituladas lideranças que atrapalham as iniciativas, é possível re-alizar arte, cultura e muita movimentação. Que independente do atraso administrati-vo que impera em todo o sistema político brasileiro, é possível realizar”, conclui.

Balneário Camboriú na rota dos filmes de arteNascido e criado em Balneário Camboriú, o produtor cultural André Gevaerd trabalha na indústria cinematográfica há 14 anos. Depois de alguns anos adquirindo experiência em São Paulo ele resolveu voltar, e em 2011 deu vida ao Festival Internacional de Cinema de Balneário Camboriú, colocando a cidade na rota mundial dos filmes de arte

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Balneário Camboriú, julho de 2018 19

Desde 1980 ele vive da escultura e de ações culturais. Quando escolheu morar aqui, em meados de 1997, levou em consideração a logística de localização privilegiada e o fato de a cidade estar em uma microrregião com população expressiva e de alto nível cultural em decorrência dos imigrantes. Os traços de cidade cosmopolita também seduziram o escultor.

Com formação ligada à arte, Jorge se envol-veu desde cedo com curadorias, eventos e integrando entidades, inclusive interna-cionais. Aqui não foi diferente. Ele acredita que participar de conselhos municipais é uma forma de contribuir para o crescimen-to da cidade, um meio de agradecimento pela acolhida.

Jorge também participa bastante de even-tos fora, produzindo, trocando informa-ções e expondo. Sempre leva o nome de Balneário, porque acha importante divul-gá-lo aonde ainda somos desconhecidos, em países fora da América do Sul.

Ele assumiu essas experiências de troca para si e criou o Instituto Jorge Schröder, para fomento à escultura. Através dele or-ganiza encontros de escultores e promove o intercâmbio cultural. O resultado, além de todo conhecimento compartilhado e a pos-sibilidade de interação entre artista e públi-co, vem ajudando a compor exposições ao ar livre por Santa Catarina.

Até agora já são três espaços consolidados: Pedra Branca em Palhoça com sete obras de diferentes escultores catarinenses; o Jar-dim das Esculturas na cidade de São José com oito obras de mármore de escultores de todos os continentes do mundo e Par-que com Arte, no Parque Raimundo Malta, de Balneário Camboriú, este com 28 obras. Ele entende que criar esses espaços será um legado para a cultura e para o turismo de Santa Catarina.

Além do Parque, Balneário também conta com outros monumentos importantes que levam a assinatura do artista, como a Cas-

cata das Sereias, os Pescadores da Praia de Laranjeiras e a escultura do ex-presidente João Goulart com os filhos, na Avenida Atlântica.

Hoje, o artista que tem Balneário Camboriú como cenário das janelas de seu ateliê, tem obras em museus de arte, universidades, parques, locais públicos de várias cidades e acervos de pessoas físicas e empresas em 15 países diferentes.

“Os artistas aprendem a sobreviver com sua arte. Adaptar a vida ao fazer arte é tare-fa difícil, mas não impossível, tem muito de persistência, sorte, dedicação e um pouco de talento”, afirma.

Jorge segue impulsionando a arte com a promoção de eventos no Estado. O pró-ximo acontece em setembro, no Parque da Malwee, em Jaraguá do Sul, mais uma oportunidade para receber estudantes e novos escultores.

“Penso ser esta a intenção maior. Os pro-fissionais realizando seus trabalhos e um contingente de pessoas observando e aprendendo com se faz, neste aspecto há uma valorização do trabalho, pois assim se percebe a complexidade e dificuldade da realização das obras do seu início no bloco bruto ao resultado como obra de arte”, finaliza.

Jorge Schröder esculpe sua história em BalneárioNatural de Cruz Alta (RS), o escultor Jorge Schröder ainda morou na época de estudante por três cidades gaúchas (Porto Alegre, Ijuí e Passo Fundo) até adotar Balneário Camboriú, há mais de 20 anos. “Podemos nascer onde nossos pais estão, mas temos a capacidade de escolher onde será nosso destino”, afirma.

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Em seu livro “O que as Escolas não Ensi-nam”, lançado em março passado, o pai de ambos, Percy, conta o motivo de tra-zer a família para Balneário Camboriú enquanto ele continuava indo e vindo diariamente trabalhar em Blumenau: os meninos queriam surfar.O irmão mais velho, Teco, duas vezes cam-peão da WQS, contou em texto enviado ao Página 3 que é um espírito livre e que essa característica ele acredita ter adqui-rido por morar em Balneário Camboriú.Leia o que ele escreveu:“Eu fui morar no exterior logo cedo, aos 15 anos, quando fui para Califórnia, traba-lhar e estudar.Logo depois disso já ingressei no circuito mundial de surf profissional e ao longo de 16 anos viajando e competindo mundo afora, pude levar a bandeira brasileira aos quatro cantos do planeta.Passei muito da nossa cultura para outros povos. Passei também muitas dificulda-

des, sobretudo na adaptação às outras culturas, onde aprendi a ser um cidadão global. Aprendi que em cada país temos maneiras diferentes de lidar com a mes-ma situação, mas apenas através do res-peito à estas diferenças é que podemos nos adaptar a cada lugar.

Posso dizer que vivi uma vida livre, onde eu poderia buscar todos meus objetivos, e de uma certa forma percebi isso desde muito cedo, pois em Balneário Camboriú eu tinha essa liberdade de ir e vir para qualquer lugar, sem restrições.

Com apenas uma pequena bicicleta, ou até mesmo a pé, podíamos vivenciar uma região grande e cheia de opções de surf pra todos os lados.

Acho que foi daí que eu peguei esse meu espírito aventureiro e desbravador para conhecer os mais alucinantes picos de on-das do planeta.

As condições de surf competição em BC, na época, eram perfeitas. Tínhamos cam-peonatos na cidade e região quase todos os fins de semana.

Isso me deu muita experiência em com-petição logo cedo, o que me ajudou muito quando me tornei profissional, e a pres-são dos campeonatos apareceu.

Já ingressei no circuito mundial com muita experiência nas costas. Graças ao ambiente extremamente competitivo da região de Balneário Camboriú, onde tudo começou pra mim”.

Teco e Neco levaram a cidade para os grandes picos do mundoOs esportistas que levaram o nome de Balneário Camboriú mais longe foram os irmãos Flávio (Teco) Padaratz e seu irmão Percy (Neco) Padaratz que juntos somaram quatro títulos na World Men’s Qualifying Series (WQS) de surfe.

Teco e Neco Padaratz, quatro vezes campeões da WQS

Divulgação Arquivo Pessoal

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Balneário Camboriú, julho de 2018 21

Ele começou a tocar profissionalmente em 2006 e sem se render ao caminhos óbvios, escolheu ter uma postura de dedi-cação e aprendizado constante, buscando informações em sites e fóruns de discus-são de fora já que por aqui ainda não exis-tia nada nesse sentido.“Logo no começo da carreira aconteceu uma fatalidade na minha família que me desestabilizou bastante, pensei em parar e não levar adiante, mas meus pais e meus amigos não deixaram isso acontecer e hoje sou muito agradecido a eles por me darem apoio e segurança pra que eu consiga desenvolver o meu melhor”, relatou.

Apesar dos desafios iniciais Danee persis-tiu e além de conquistar espaço em palcos consagrados como do Warung, também esteve à frente do 128bpm, núcleo de valo-rização de artistas e acabou se tornando um representante de Balneário nas apre-sentações fora daqui.

“O DNA da cidade está em mim e isso in-fluencia muito a maneira de me apresen-tar, temos vocação pra entreter, receber e nos divertir”, afirma.

Para ele, Balneário Camboriú é uma das maiores referências no seu trabalho, espe-cialmente por todo legado do entreteni-mento e também pelo acesso aos grandes

artistas, comparável apenas aos grandes centros.

“Quando as pessoas perguntam de onde eu sou, logo arregalam o olho quando ou-vem a resposta, a cidade tem um status de “paraíso” e isso causa sim um efeito muito positivo”, conta.

Segundo Danee, é grande o número de pessoas de fora que conhecem seu tra-balho nas noites daqui e se tornam seus contratantes para eventos fora, o que re-força a ideia que Balneário é uma vitrine importante também na cena eletrônica.

“Desde sempre Balneário Camboriú teve clubes e noites históricas, a começar pelo

Baturité, que marcou várias gerações, inclusive meus pais iam. Desde cedo fre-quento os clubes buscando ouvir atenta-mente todos os artistas e me manter atu-alizado, temos o privilégio de assistir os melhores DJs, nos clubes mais celebrados no mundo atualmente, tudo isso aqui ao lado de casa”, destacou.Agora Danee dá início a um novo capítulo em sua história, se dedicando também à produção musical. Ele adiantou que tem um EP pronto para ser lançado, junto com o projeto Unterwelt80. “Os planos são continuar estudando para aperfeiço-ar cada vez mais esse trabalho também”, finalizou.

“O DNA da cidade está em mim”, DJ DaneeNascido e criado em Balneário Camboriú, Daniel Waltrick Pinto, o Danee, é um dos nomes que despontam na música eletrônica do sul do país.

Triphotos

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Natural de Porto Alegre (RS), Vitor morou em Novo Hamburgo até que seu pai, o tenista Ivan Kley, recebeu uma proposta de trabalho em San-ta Catarina. O patriarca veio antes e no final de 2006 Vitor, o irmão Bruno e a mãe Janice se mu-daram para Balneário.Vitor conta que tinha só 11 anos quando chegou aqui. Entre as melhores lembranças da cidade está a onda do Marambaia.“Balneário que construiu minha identidade, mi-nha essência como pessoa, músico e artista, tudo começou no colégio Unificado, mas uma das coi-sas que mais sinto saudade é do surf, , das ondas, da conexão com a natureza”, diz o cantor.Cantor e compositor desde criança, Vitor se for-mou no ensino médio e partiu para a estrada, acompanhando a banda de Armandinho, seu padrinho musical.Não demorou para começar a formar seus pró-prios fãs. Depois de dois álbuns independentes (um deles produzido por Armandinho) Vitor as-sinou contrato com a gravadora Midas Music, do produtor Rick Bonadio, em 2016.Desde então muita coisa mudou. Ele gravou seu primeiro EP com a Midas e “O Sol” surgiu, em ju-lho de 2016, ainda em Balneário Camboriú. “A música carrega muito da minha verdade, mi-nha essência. Fico imensamente feliz que o públi-co abraçou essa música com unhas e dentes. Vi-rou meio que um hino. Faço música pra eles, pro mundo, as composições apenas partem de mim,

mas depois pertencem a eles”, comemora.

Em agosto de 2016 Vitor se mudou com o irmão mais velho, que também é seu empresário, para São Paulo - uma mudança importante para im-pulsionar sua carreira no eixo Rio-São Paulo.

“Me mudei pela música, pelo sonho. Ainda toco bastante por Balneário e região, então sempre que posso fico um dia a mais pra aproveitar mi-nha família, amigos e pegar umas ondas”, diz Vitor, que só no Instagram já tem quase 200 mil seguidores.

O cantor forjado nas ondas locais revela que está vivendo a melhor fase de sua vida.

“A cada dia é uma conquista, uma pessoa a mais que posso fazer feliz, que posso fazer sorrir. Acre-dito que essa é a minha maior missão, passar adiante a felicidade e fazer da vida das pessoas algo melhor. Hoje podendo visitar mais lugares, me conectar com mais pessoas e ver elas canta-rem meu som é uma sensação de plenitude, de: ‘é pra isso que eu estou aqui’.”

Mesmo sendo a cada dia mais requisitado pela imprensa, participando de programas da TV e fazendo uma média de 15 shows por mês, Vitor Kley chama a atenção por onde passa não só pelo talento, mas pela humildade.

“Deixo aqui meu MUITO OBRIGADO a todos que acreditam, cantam e vibram junto comigo nesse sonho louco. Vocês são parte disso, vocês são o sonho”, encerra.

A Central Pet se orgulha de fazer parte da história de Balneário Camboriú

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“O Sol” de Vitor Kley nasceu em Balneário

Outro filho ilustre de Balneário Camboriú que está fazendo sucesso Brasil afora é o músico Vitor Kley, autor do hit “O Sol”, música composta aqui e que não sai das principais paradas do país.

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Com a família e o produtor Rick Bonadio

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Balneário Camboriú, julho de 2018 23bALNEÁRIO CAMbORIÚ - 54 ANOS

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Balneário Camboriú abriu as portas em 2008 e Josi Alves está devolvendo sua gratidão até os dias de hoje. Dez anos depois, 2018, ela continua cole-cionando títulos, como vem fazendo no Circuito Mundial da Confederação Internacional de Vôlei de Praia, onde anda frequentando o lugar mais alto do pódio seguidamente. Em junho, em duas semanas, ela e sua parceira, a capixaba Lili Maes-trini, levantaram o troféu duas vezes, na China. Hoje ela leva o nome de Balneário Camboriú mun-do afora, na condição de única representante cata-rinense nas etapas mundiais.

Em 2009 Josi entrou definitivamente no cená-rio nacional do vôlei de praia, quando começou a disputar o Circuito BB com a parceira Leize Bianchini. Depois mudou várias vezes a parceria em nível nacional até fechar com a capixaba Lili no ano passado.

Mas no cenário catarinense, a dupla Josi Alves/Lei-ze Bianchini segue imbatível. Nos Jogos Abertos de Santa Catarina (JASC) ano passado, a dupla de Bal-neário Camboriú faturou seu décimo título nesta competição, que é a mais importante do Estado.

Josi Alves, há 10 anos levando Balneário mundo afora“Aos 12 anos de idade eu só tinha uma certeza, que eu seria atleta. Segunda, quarta e sexta era escolinha de vôlei, terça e quinta de handebol, duas paixões e uma escolha, escolha esta que foi feita aos 15 anos de idade. E aos 17, eu já es-tava defendendo o time de vôlei de quadra da Bluvôlei. Mas aquilo foi ficando pequeno para mim, e quando assisti a final do vôlei de praia nas Olimpíadas de Atenas, pensei: eu quero ser profissional de vôlei de praia. Até então, eu já ti-nha conquistado alguns títulos nos Jogos Aber-tos de Santa Catarina. Mas para eu me tornar uma profissional de alto nível, viver a manhã e a tarde treinando, eu precisava de mais. No ano de 2008, a cidade de Balneário Camboriú, por meio da administração da Fundação de Esportes na época e a parceria da atleta Leize Bianchini, abriu as portas para uma futura vencedora de títulos nacionais e internacionais. Minha eterna grati-dão a Balneário Camboriú que deu ensejo à mi-nha caminhada”.

PARA A NOSSA L INDA CIDADE,ONDE ESCOLHEMOS POUSAR.  

Divulgação / CBV

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Balneário Camboriú, julho de 2018 27bALNEÁRIO CAMbORIÚ - 54 ANOS

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Palavras de Willian Cardoso, o Panda, 32, o mais badalado surfista da praia, desde junho, quando estreou na elite do Cam-peonato Mundial e ganhou o WT de Ulu-vatu, na Indonésia. De quebra, ganhou a quinta posição no ranking do mundial.“Acho que ao longo desses anos, o surf foi me aproximando mais da minha cidade, hoje eu represento um celeiro de cam-peões, eu sempre tive grandes espelhos dentro da minha cidade, e é um orgulho poder representar Balneário, poder repre-sentar o que cada um construiu um dia, e dizer que sou de Balneário Camboriú me deixa muito feliz, me sinto lisonjea-do por esta cidade ter me acolhido e ter me dado uma oportunidade na vida que jamais teria: viver daquilo que eu amo, e poder surfar ondas incríveis ao redor do mundo! Mas nada é mais legal que poder voltar e surfar em casa, esse sentimento vai continuar o mesmo! Desde moleque”, detalhou Panda.

Como começou“Eu vim morar em Balneário Camboriú quando tinha uns 9 anos, por sorte me mudei para o edifício Albany, onde os ir-mãos Amorim moravam, e ali começou minha história no surf, junto com meu irmão e amigos começamos a nos aven-turar nas ondas de Balneário Camboriú! Meus pais se mudaram por uma oportu-

nidade de trabalho”, contou o surfista.

E ele sem saber na época se mudou para traçar uma carreira de sucesso no surf.

Viajou pelo país, pelo mundo e levantou muitos títulos. Os principais: Vice-cam-peão amador 2004 JR ISA/Durban, Áfri-ca do Sul; Campeão Brasileiro Jr e Open 2005; Campeão Sul-Americano 2010; 5 vi-tórias na divisão de acesso WQS - Pantin 2x/Espanha, Açores/Portugal, Newcastle/

Austrália, Saquarema/Brasil e campeão do WT Uluvatu/2018/Indonésia.

“Vou citar o último, Uluwatu, porque re-almente foi muito marcante, mas toda vitória tem um sabor especial”, segue o multicampeão cheio de planos que sem-pre incluem a cidade onde tudo começou.

Este ‘último’ título, como disse Panda foi realmente marcante, por vários motivos. Ele estava estreando na elite do Mundial,

o Championship Tour (CT), após 12 anos tentando alcançar a primeira divisão. Quando se preparava para uma nova (e última) tentativa de chegar ao acesso ao WCT, perdeu o maior patrocinador, teve que vender o carro para sustentar seu sonho. Depois disso tudo, conseguiu se classificar nesta última tentativa, abrindo novos e promissores caminhos para sua carreira, como aconteceu em junho deste ano, em Bali.

“Sempre tive grandes espelhos na minha cidade”“Tudo começou em Balneário Camboriú, se não tivesse ali, talvez nada disso teria acontecido, minha criação no surf surgiu ali, com a associação, os atletas, campeonatos, amigos e tudo mais! Já rodei algumas vezes o mundo competindo o circuito mundial, são 13 anos na estrada e sempre levando Balneário Camboriú comigo”.

Arquivo Pessoal

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Balneário Camboriú, julho de 201830

“Saí daqui dessa cidade, onde engraxava sapatos na rodo-viária da Avenida do Estado do Calinho Rosa, vendia pi-colé pro Seo Adauto na Rua Holanda e era empacotador no supermercado Vitória em frente a Casas d’água, na épo-ca que ela se chamava Lauro Martins, para vender mais de meio milhão de livros, dos meus seis títulos lançados, num país que vender mil li-vros é uma grande tarefa, dar aula na Universidade da Cali-fórnia, ser ouvidor convidado da ONU e receber o título de cidadão honorário de algu-mas cidades deste país.

Vez por outra me pego cantando aque-la velha canção Rock&Roll do trio, Sá, Rodrix e Guarabira, onde eles falam das aventuras de andarem pelas estradas. Assim me sinto eu, ao andar pelo Brasil e alguns países.

No mês de junho fiz palestra em São Pau-lo, Santos, Curitiba, Brasília e Porto Ale-gre na mesma semana. Foi meu recorde. Em quase todos os lugares falo que moro em Balneário Camboriú. Essa informa-ção agrega valor ao meu currículo. Che-guei aqui em 1975, naquela época a cidade tinha 12 mil habitantes, segundo o Censo. A Vila Real era muito longe do Bairro das Nações. O Dão, o Gil e o Bola moravam na roça e eu morava na periferia. Hoje mora-mos no mesmo lugar e estamos no centro do mundo.

Certa vez perguntei ao Mike, irmão do Paulo Bossa, figura lendária e dono do Status, a melhor zona da cidade na déca-da de 80, como foi ir morar no Japão? Ele me respondeu que quem soubesse viver em Balneário Camboriú, saberia viver em qualquer lugar do mundo. Ou seja, esta cidade é uma escola. Terra de empreen-dedores. Aqui vimos muitos Reis Midas (tudo que tocam vira ouro) e muitos Reis

Merda (tudo que tocam vira cáca). É um aprendizado contínuo. Eu sou um profes-sor que tenho um currículo acadêmico e

ser de Balneário Camboriú acrescenta ainda mais ao meu currículo.

Longa vida a Balneário Camboriú!”

De engraxate a ONU levando Balneário na bagagemPor Jamil Albuquerque

Jamil Albuquerque é economista, especialista em marketing, metodologia, professor de gerenciamen-to de cidades, professor convidado da Universidade da Califórnia, membro do conselho de Adminis-tração da Embelleze, gestor da marca MasterMind no Brasil e em oito países de língua portuguesa. Tem vários livros publicados, entre eles o best-seller ‘A arte de lidar com pessoas’ e livros como ‘A lei do triunfo para o século XXI’ e ‘Vivendo e aprendendo a jogar’.

Arquivo Pessoal

Jamil, seguidor de Napoleon Hill, levando a arte de lidar com pessoas mundo afora.

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Balneário Camboriú, julho de 201832

Sonhos que exigem independência. Independência que ela define como mais uma conquista que alcançou desde que veio morar em Balneário Camboriú com seus pais, há seis anos.

Mas por quê Balneário?Quando nasceu, a menina foi diagnosti-cada com meningite e hidrocefalia, o que exigiu o implante de uma válvula no cére-bro com três meses de idade. Até hoje ela tem uma pequena deficiência no andar e este foi o motivo que trouxe a família para Balneário Camboriú. A cidade gaúcha de Ijuí onde moravam tem muitas lomba-das, a garota tropeçava muito e seus pais conheciam Balneário Camboriú, uma ci-dade plana, que facilitaria a vida da filha.

Deu certo.Logo que chegou foi encaminhada para a Afadefi e começou a praticar atletismo, provas de velocidade, sua especialidade. Não demorou já estava conquistando

pódios em competições regionais e esta-duais. Dali para o cenário nacional foi rá-pido. Logo tornou-se recordista brasileira dos 100m rasos (ela compete também os 200m e os 400m rasos). Na Suíça, bateu seu próprio recorde e buscou o primeiro ouro mundial com o tempo de 14́ 4.

Suelen treina todos os dias de manhã. A tar-de fica reservada para os estudos (está ter-minando o terceirão e se preparando para ingressar na faculdade). Tem várias com-

petições

pela frente, as principais são o Circuito Caixa em agosto e novembro e os ParaJasc. Mas a maior competição da sua vida será em 2020, quando quer levar o nome de

Balneário Cam-boriú para

o Japão.

“Balneário Camboriú = sonhos e independência”No Campeonato Mundial de Jovens Paratletas, realizado na Suíça, em agosto de 2017, a velocista Suelen Marcheski de Oliveira, 20, realizou o sonho de ganhar sua primeira medalha de ouro fora do país. Mas ela quer mais: está sonhando e já treina pensando na Olimpíada de Tóquio, em 2020.

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O que ela diz de Balneário...“Devo todas as conquistas a Balneário Camboriú. A maior delas é a minha independência. Aqui consigo andar sozinha, consigo pegar ônibus sozinha, isso é muito importante”.

...“Fico feliz em poder levar o nome de Balneário para o mundo”.

...“Balneário representa a oportunidade que eu não tive no sul, onde morava”.

...“Sempre agradeço tudo o que Balneá-rio Camboriú me proporcionou”.

...“Ficar aqui fez toda a diferença”.

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Parabéns54Balneário CamboriúNEM MINHA. NEM SUA. NOSSA!

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Arte, lendas e um patrimônio culturalAvesso à exposição e aos gravadores, o ar-tista plástico Marcel Huss hesitou por al-guns dias até aceitar conversar com o Pági-na 3 para a edição de aniversário da cidade. Mas valeu a pena. Quase uma figura míti-ca, Huss fez história na praia e conhecê-lo fez as lendas sobre ele fazerem sentido.

Assim que chegou por aqui, Marcel perce-beu que era um local de oportunidades. Não que tenha sido fácil convencer empre-sários a investir em arte urbana em plena década de 80.

Ele achava horríveis aqueles painéis de con-creto entre o térreo e os andares de gara-gem e propôs que os construtores adotas-sem arte para valorizar as fachadas.

Acabou dando o empurrão inicial para tornar Balneário uma galeria a céu aberto, com a arte urbana nas fachadas e entradas dos edifícios, iniciativa que se tornou lei em 2005. Entre os primeiros empresários que abriram as portas para a arte de Huss estão nomes como Narbal Souza, Nelson Nitz e Carlos Humberto Silva.

Com personalidade forte, conta que sem-pre atuou como freelancer e também en-frentou o preconceito escancarado contra os “gringos”, aliás quanto a isso e quanto ao descaso com suas obras, não poupou pala-vrões.

Existem hoje cerca de 160 prédios, especial-mente do eixo Brasil/Atlântica que levam obras assinadas por Huss. São painéis, a maioria em alto relevo, uma marca de seu trabalho, além de esculturas.Apesar de se considerar um “nômade” e dizer que não ter raízes em lugar algum, depois de anos em Balneário, Huss se mu-dou para a Bahia, onde ficou nos últimos 16 anos, entre viagens para o exte-rior a trabalho. Por aqui se espa-lhou que ele havia morrido, um boato possivelmente motivado por um coração partido.Quando voltou, foi ver o estado de suas obras e ficou furioso com o que encontrou. Aban-dono e até o desaparecimento misterioso de um painel de uma tonelada do edifício Ja-cques Custeau. No local só restou uma escultura, porque ele chumbou com pinos re-forçados.Huss disse que já percorreu alguns dos edifícios para restaurar suas obras, contudo não tem tido sucesso. Até um hotel conhecido negou o restauro. Ele lamenta, porque considera a arte urbana um patrimônio, não seu ou dos síndicos, mas da cidade.

Apesar destas de-cepções, o artista tem se mantido inspirado e produ-zindo em seu es-túdio no Pioneiros. Já reuniu cerca de 40 obras e se pre-

para para em breve colocá-las em um container e enviar para alguma galeria pelo mundo.

O que anda aquecendo seus dias tem sido

uma parceria com a Federação Catarinense de Pádel. Ele dá aulas para alunos da rede municipal, na quadra instalada na Praça Almirante Tamandaré. O esporte, tradi-cional entre os hermanos, faz parte da sua rotina “desde sempre”, por isso assumiu a função com gosto.

“Se quiser me achar estou aqui, das 8h às 15h”, diz o artista que não faz questão algu-ma de se entender com o celular. E se quiser vá logo, porque Huss já está pensando em içar velas novamente.

O presidente da Federação de Pádel, Leonardo Daronch e o artista Huss

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Fotos Arquivo Pessoal

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Sucesso infantil na internet é agora moradora de BC

Com apenas 12 anos Mileninha já tem dois DVD’s gravados, 25 músicas próprias lan-çadas e um Canal no YouTube com mais de 2,4 milhões de inscritos.

Segundo a mãe, Maria Helena Stepanien-co, o talento da filha começou a aparecer muito cedo. Desde os 11 meses ela já ado-rava aplausos enquanto se equilibrava para ficar em pé.

Aos 5 anos participou do Miss Rio Grande do Sul, conquistando os jurados com seu jeito espontâneo de conversar. No concur-so se apresentou no show de talentos com a música “Como um Flash” da Sandy e a partir deste momento não parou mais de cantar.

Como a família trabalhava no ramo de locadoras de filmes, tinha contato com o

mundo do audiovisual e começou a produ-zir os vídeos da filha. Até hoje tudo é feito pela mãe Maria Helena e pelo pai Hector Luis.

“Aqui trabalhamos em família! As pessoas às vezes não entendem, mas se tivéssemos uma padaria e a Mileninha brincasse desde muito cedo com massa de pão e fosse dona de um panifício tudo pareceria normal”, co-menta a mãe.

Hoje em dia existe uma rotina e Mileninha grava à tarde ou aos finais de semana, du-rante uma a duas horas. “O resto do tempo ela tem sua rotina entre estudo, amigos e brincadeiras”, conta a mãe.

Os temas para os vídeos são dos mais varia-dos, frutos do trabalho de pesquisa sobre assuntos que estão dando o que falar na in-

ternet, entretanto uma preocupação é que sejam condizentes com a idade do público de Mileninha. Maria Helena destaca que eles tomam cuidado para que nada faça pular fases da infância.Em Balneário, Mileninha foi recebida com muito carinho e recebeu até uma moção de congratulações na Câmara de Vereadores.Rapidamente ela se tornou uma divulgado-ra e tanto da cidade, arrancando milhares de curtidas nas redes sociais quando posta

os cartões postais locais, sem falar nos víde-os, que usam Balneário como cenário.

A família está apaixonada pela nova fase e por “acordar perto do mar, caminhar no calçadão a qualquer hora do dia ou da noi-te”, além de ter uma troca de carinho cons-tante do público que prestigia o trabalho de Mileninha.

Para conhecer melhor a artista digite MI-LENINHA no Google.

A cantora infantil Mileninha é um sucesso entre os pequenos na internet. Natural de Santa Cruz do Sul (RS), a família se mudou há quatro meses para Balneário, onde costumava veranear.

DO MuNDO pARA bC

Instagram

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Parabéns Balneário Camboriú

Juan Carlos Amaya 20/06/1980

por ser esse paraíso maravilhoso e porme dar a chance de fazer parte dasua história. Há trinta e oito anos

agradeço por me dar oportunidadede trabalho e formar minha família.

Da emancipação ao futuro: as contribuições da Família DelatorreA Família Delatorre é uma das tantas que ajudaram e continuam ajudando Balneário

Camboriú a escrever sua história. O patriarca, o empresário Eduardo Delatorre (in memoriam) atuou na construção, mas deixou legados na área política e cultural da cidade.

Quem conta é o filho, Fernando Delatorre, 73, que seguiu os passos do pai na constru-ção e também na paixão pelo cinema. A família foi responsável por instalar na praia os extintos Cinerama e Auto Cine, além do Cine Itália, ainda em atividade.

Com o comando de Fernando, depois de 40 anos de pesquisas pelo mundo e garimpos, a família acaba de abrir o Museu da Ima-gem e do Som em Balneário Camboriú,

uma coleção inestimável de equipamentos ligados ao audiovisual e uma atração turís-tica que coloca a cidade na rota do turismo cultural.

A históriaFernando conta que nasceu em Tangará, no meio oeste, onde o pai teve o primeiro cinema, muito precário. Quando tinha 8 anos a família se mudou para Lages, onde o

pai teve serrarias. Chegaram aqui em 1958, época em que a cidade ainda pertencia a Camboriú. Foi no escritório do pai, muito ligado à po-lítica, no Edifício Arlene, na Avenida Brasil, que Fernando testemunhou reuniões de articulação política para o desmembra-mento da praia. Encontros esses que conta-ram com figuras como Aldo Novaes, Urba-no Mafra Vieira e Álvaro Silva.Com Balneário Camboriú emancipa-da, não demorou para que ele mesmo se aventurasse pela política e foi vereador na segunda legislatura entre 1970 e 1973. Fer-nando chegou a assumir a função de pre-sidente do Legislativo e posteriormente foi assessor jurídico durante o governo de Ar-mando Cesar Ghislandi.Como na cidade ainda não havia estrutu-ras constituídas, por muitos anos, foi no Ci-nerama (inaugurado em 1967) que aconte-ciam os eventos solenes como transmissões de cargo e recepção de autoridades.O Auto Cine também fez história na praia.

Fundado em 1973, com capacidade para 350 carros, era um dos únicos cinemas do país onde as pessoas podiam assistir os filmes dos automóveis. A tela tinha mais de 20 metros de altura, equivalente a um prédio de sete andares. Vanguardista, Eduardo Delatorre chegou a construir uma mini es-tação de rádio para que o público pudesse sintonizar e receber o som dos filmes direto nos aparelhos dos carros.

O Museu da Imagem e do Som é a coroa-ção de toda essa história. “É um sonho rea-lizado...porque eu quero deixar um legado para a cidade que tão bem me recebeu”, disse Fernando ao Página 3.

São 2,8 mil itens que contam a história dos primeiros filmes, máquinas fotográficas, aparelhos de som, celular e até do sistema monetário do mundo - uma verdadeira via-gem no tempo.

Serviço - O MIS-BC fica na Rua 700, número 44. Os ingressos custam R$ 20 (adultos) e R$ 10 (estu-dantes, crianças e idosos). Informações (47) 3363-5786Fernando Delatorre (centro) com a filha Denise, a esposa Zeli e o genro Fabiano

Carlos Alves

bALNEÁRIO CAMbORIÚ - 54 ANOS

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Balneário Camboriú, julho de 2018 37

SOMOS MAISQUE ATRATIVOS

TURÍSTICOS,

Parabéns, Balneário Camboriú pelos seus 54 anos

SOMOS #BC

bALNEÁRIO CAMbORIÚ - 54 ANOS

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Balneário Camboriú, julho de 2018 39bALNEÁRIO CAMbORIÚ - 54 ANOS

Giba Moojen, que nasceu no Hos-pital Marieta Konder Bornhau-sen, em Itajaí, mas sempre viveu em Balneário, revela que a praia é pura inspiração para o trabalho.

A paixão pelo mar, refletida na vibe dos vídeos ao ar livre, vem de menino e das melhores recor-dações de Giba na praia. “Parecia que eu corria uns 10km até chegar na água, e ficava lá até as mãos murcharem”, revela.

Hoje em dia, a animação se esten-de também aos convidados. “Te-mos muitas locações lindas por aqui graças a Deus e não preci-samos buscar fora para produzir lindos vídeos. Além disso, sempre que os artistas que vêm de fora

gravar descobrem que nossos es-túdios ficam aqui em BC, ficam empolgados pois sabem que en-contrarão muita coisa pra fazer e muitos lugares pra visitar, se sen-tindo bem e em casa”, conta.

No começo o foco do canal esta-va nos covers. A combinação do bom humor com arranjos cheios de personalidade, instrumentos improváveis e músicos talentosos rapidamente caiu no gosto dos in-ternautas.

Com o tempo foi ampliando o espaço para a música autoral e novos artistas. A produção recebe em média 30 emails por semana no [email protected] de pes-soas que querem participar.

O vídeo mais visto foi justamente a primeira produção autoral do canal: “Não temos tempo”, que já bateu a marca dos 2 milhões de views. O clipe conta com a parti-cipação dos músicos Vitor Kley, Victor Pradella, Hana Pickler, Pedro Schin e Leash e mostra di-versas paisagens locais como o Rio Camboriú, Morro do Careca e Interpraias.

As coisas cresceram e foi neces-sário se organizar como empre-sa para poder atender parceiros grandes como a Warner e Skol.

O trabalho se consolidou e atraiu apoiadores pelo APOIA.SE/NOS-SATOCA, onde as pessoas doam uma quantia por mês para man-

ter o projeto.

“Na verdade o que nos motiva a continuar é ver a nossa mensa-gem sendo replicada, e os Suri-catos (como chamamos nossos inscritos) são responsáveis por isso. Percebo que a interação é algo muito importante, e não só importante, como agradável. Hoje em dia, as pessoas se sentem amadas quando são ouvidas, e esse é um dos objetivos do canal: dar ouvidos e voz a todos em for-ma de música”, comenta Giba.

Hoje, toda segunda-feira tem vídeo novo no canal. Assim que as produções caem na rede as respostas do público começam a aparecer. São muitos os comen-

tários. Uma legião de fãs que não cansa de elogiar o trabalho do Nossa Toca.

Agora o plano é continuar fazen-do vídeos e investindo no lança-mento de músicas autorais, além de ir pra rua com o Nossa Toca, levando o show para um contato carne e osso com os suricatos.

“Também estamos para inaugu-rar o ‘Nossa Toca Estúdio’, um espaço onde vamos gravar nos-sas músicas em meio à natureza, um verdadeiro retiro musical, e também atender a empresas com outros serviços que nos mantém hoje em dia remunerados”, fina-liza Giba.

Nossa Toca já bateu 28 milhões de visualizaçõesO canal do Youtube ‘Nossa Toca’, criado em 2015, em Balneário Camboriú, é um sucesso na internet. O espaço nasceu para divulgar vídeos e “eternizar momentos em forma de música e vídeos”, conta o produtor musical Giba Moojen. Hoje são mais de 350 mil inscritos, 28 milhões de visualizações e mais de 180 vídeos publicados.

Giba em ação

“Não temos tempo”, o vídeo mais visto

Fotos Divulgação

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Balneário Camboriú, julho de 201840

Campanha pelo parlamentarismo surpreendeu

Idealizada pela PSDB nacional, em 1993, nos tempos de Fernando Henrique, Mário Covas e José Ser-ra, a campanha pelo parlamenta-rismo ecoou forte em Balneário Camboriú.

Dado Cherem, Sérgio Lorenzato, Gil Koeddermann, Jaison Barre-to, Antônio Ballestero, auxiliados

pelo jornalista Waldemar Cezar Neto e pelo radialista Tigrão, co-mandavam o movimento que ganharia repercussão nacional e causaria surpresa em figurões da cúpula, como José Richa, pre-sidente da Frente Nacional Par-lamentarista. “Lembro que Richa dizia que de todos os encontros abertos esse de Balneário foi o

maior”, disse o líder tucano da época, Dado Cherem, hoje presi-dente do Tribunal de Contas de Santa Catarina.

Em janeiro daquele ano, aconte-ceu um encontro fechado com 250 lideranças, comandado por Richa, Covas e outros figurões, no hotel Marambaia.

“À noite a campanha ocupou a praça Tamandaré e ali reuniu três mil pessoas, surpreendendo a to-dos. Eles jamais imaginavam que pudéssemos fazer um encontro desta envergadura. Além da forte mobilização, era alta tempora-da e a política estava bombando, havia um desejo de mudança no país como agora, só que naquela

época com mais esperança, mais crença na política, bem diferente de hoje”, lembrou Dado Cherem.

Ele segue dizendo que esse comí-cio do parlamentarismo foi tão grande e importante como foi o das ‘Diretas Já’, realizado alguns anos antes, também na praça Ta-mandaré, no centro da cidade.

A baleia que encalhou e morreu na praia central ficou 32 horas viva e mais 34 horas morta e levou Balneário Camboriú para os noticiários nacionais.

A cachalote foi vista pela primeira vez do-mingo à noite (21/6/1993), em frente o hotel Fischer, por funcionários e pescadores. Na segunda-feira cedinho, grupos de voluntá-rios estavam no local, molhando o dorso do animal, exposto ao sol forte. O estoque de vaselina, Hipoglós, e tudo que era bom contra queimadura solar acabou na cida-de. Barcos e mais barcos jogavam água, co-

brindo ela com lençóis. Nada adiantou e já havia uma multidão na praia. A segunda--feira virou feriado.

Na época a equipe do Página 3 (Bola, Marzinho e Marlise mais o fotógrafo da prefeitura Arnaldo Sansão) virou a noite trabalhando e torcendo, mas a cachalote morreu na terça-feira. Ninguém sabia o que fazer com ela? Somente na quarta-fei-ra foi transportada de caminhão para Flo-rianópolis, onde o esqueleto está até hoje. A praia viveu dias de temporada, praia cheia, curiosos vieram de todas as partes do país.

Nestes 54 anos de emancipação política, a pequena praia de veraneio se transformou em uma cidade turística de pequeno porte mas com jeito de cidade grande. Foi palco de atos e fatos que levaram seu nome para fora do Estado e do país. Nesta

edição a reportagem está relembrando apenas alguns destes acontecimentos que transpuseram barreiras territoriais e ganharam notoriedade além do esperado. Entre eles, um show do Ramones para sete mil pessoas. Quem lembra?

Morte da baleia virou notícia nacional

FAtOS quE LEvARAM bC pARA O MuNDO

Fotos Divulgação

Cúpula nacional do parlamentarismo se reuniu no Hotel Marambaia. À noite comício na praça para mais de 3000 pessoas com discursos e shows musicais, entre eles o grupo de pagode e samba Pioneiros.

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Balneário Camboriú, julho de 2018 41

Há 30 anos, um famoso caso de polícia

Brizola decidiu campanha para Pavan?

Ramones, Sepultura e Raimundos, maior show da praia

Por Bola Teixeira

Eu estava matando tempo para o dia se-guinte quando entraria em férias, até que um telefonema da editoria de polícia do Jornal de Santa Catarina interrompeu minha expectativa. Os filhos de Saul Brandalise Júnior, todo poderoso dono da Perdigão, foram sequestrados e te-riam sido levados para Balneário Cambo-riú. A ordem foi de segurar as pontas até a chegada de um repórter e um fotojor-nalista para acompanhar o caso. Meu pa-pel de repórter de sucursal seria somente de apoio aos companheiros que viriam de Blumenau.

Foi em um dia de abril de 1988 quando foram localizados os jovens num apar-tamento próximo a Avenida Brasil no sentido norte (não recordo a rua). Era um apartamento de fundos, no primei-ro andar. No outro lado da rua havia um prédio baixo de apartamentos. Foi ali que os policiais se posicionaram. Na esquina da rua com a Brasil iniciou a aglomera-ção de curiosos que entraram a noite ali postados quando foram ouvidos os pri-meiros tiros.

O tiroteio se estendeu noite adentro. Recordo do bate boca entre o delegado

Heitor Salomé que comandava operação naquele momento e o repórter então da TV Globo, Domingos Meirelles. O as-sunto do bate boca foi basicamente que a polícia disparava uma bateria de tiros e do outro lado não vinha praticamente nada. A discussão foi em tom de voz ele-vado. Domingos estava na rua enquanto o delegado gritava da janela de um dos apartamentos do primeiro andar do pré-dio. De madrugada acabou a munição da polícia e quando amanhceu a parede do prédio onde estavam as crianças crivada de bala.

A operação só foi concluída no outro dia quando foi preso o único sequestrador que se encontrava no apartamento com as duas crianças. Fiz o texto que me ca-bia, enviei para a redação pelo moderno aparelho de telex lançado pela Olivetti e fui para as férias. O caso foi rumoroso na época. Envolveu policiais e um epílogo com todos os sequestradores mortos de uma forma ou de outra.

Quer saber de mais detalhes do caso de polícia que movimentou a cidade dá um google.

A vinda do ex-governador do Rio Leonel Brizola foi decisiva na eleição que elegeu Leonel Pavan para a prefeitura em 1988. Dias antes, quando ninguém acreditava que o líder do PDT nacional viria, ele co-mandou um grande comício, onde hoje é o Atlântico Shopping e acabou sendo a prin-cipal atração, onde até a oposição estava presente.

No mesmo dia do comício do Brizola estava programado o do adversário Nelson Nitz e a atração seria o ex-governador Esperidião Amin, que não subiu no palanque.

“E foi aí que eles perderam a eleição para

o churrasqueiro”, atestou o jornalista Bola Teixeira que lançou um jornal da Frente Popular na véspera com a seguinte man-chete: Leonel está chegando (dúbio sentido, Leonel Brizola chegando em Balneário ou Leonel Pavan chegando na Dinamarca).

Bola lembrou que o referido jornal foi im-presso em Passo Fundo. “Fomos eu, a Pa-trícia e o Ike fazer o jornal em Passo Fundo com o escort do Piu Piu d Á́vila. Na volta o Ike quis dirigir na descida da Serra do Rio do Rastro pegou a valeta e quase despenca-mos lá de cima…”

No dia 11 de novembro de 1994 os pavilhões da Santur acolheram sete mil pessoas para o show ‘Acid Chaos Tour’ que reuniu na mesma noite três bandas de rock famosas, encabeçadas pelo Ramones.

“Foi o maior show que Balneário já viu, nunca teve nada parecido e veio gente de tudo que é parte do país para ver”, comentou um fã fervoroso do estilo Fernan-do Marchiori, hoje secretário do governo municipal.

Ramones e Raimundos ficaram hospedados no Hotel Geranium. “Como eu já era amigo do Jean, filho da dona Dirce, fui ao hotel na véspera do show e conver-sei com o Joey e também com o pessoal do Raimun-dos que eu já conhecia de Brasília. No dia do show, o Guilherme, responsável pela iluminação do Raimun-

do e o Fred que era o baterista falaram para eu chegar mais cedo, entrei antes de abrir os portões e eles me botaram bem na frente, assisti de camarote e nunca mais esqueci”, acrescentou Marchiori.

O jornalista Bola Teixeira, que estava ‘cobrindo’ o show para o jornal Página3, é outro que nunca mais esqueceu aquela noite fantástica. E uma das lembran-ças foi a reação do então diretor da Santur, Álvaro Sil-va, quando as portas de vidro vieram abaixo…

“Lembro que eu estava próximo dele quando abriram as portas do pavilhão... a fila dobrava o pavilhão e demoraram para abrir. Resultado: as portas de vidro vieram abaixo e o Álvaro só lamentava, tipo que que é isso!”, comentou Bola.Joey Ramone e Fernando Marchiori, na véspera do show, no hotel Geranium

FAtOS quE LEvARAM bC pARA O MuNDO

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Balneário Camboriú, julho de 201842 bALNEÁRIO CAMbORIÚ - 54 ANOS

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Balneário Camboriú, julho de 2018 43bALNEÁRIO CAMbORIÚ - 54 ANOS

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Balneário pelos olhos dos leitoresO Página3 incentivou leitores a enviarem fotografias da cidade e o resultado foi uma surpreendente seleção de

ângulos - registros feitos por moradores e visitantes que compartilham o amor por Balneário Camboriú.

O entardecer visto do alto da Passarela da Barra, por Carlos Arnaldo Bohne

Barra Sul, por Victoria Sid Bandeo Amanhecer em Taquaras, por Clodair Giordani Farias

Vista do mirante da Interpraias, por Netto Medeiros

A cidade vista do Pontal Norte, por Carlos Mello

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Balneário Camboriú, julho de 2018 45bALNEÁRIO CAMbORIÚ - 54 ANOS

Pesca artesanal, por Junior Jucoski

Pontal Norte, por Aparecida Edna Pereira Atlântica por Fernanda Carla Pessanha de Andrade

A Praia Central, por Paulo Giovany

Cais dos pescadores, por George Varela

Explosão de cores registrada pelo leitor Carlos MedeirosO entardecer, pelo leitor baiano Daniel Valverde

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Balneário Camboriú, julho de 201846

Reiki: uma arte de cuidarO Despertar Espaço Holístico, em Balneá-rio Camboriú, oferece aplicação de Reiki à comunidade, todas as segundas-feiras, a tarde, gratuitamente. Reiki é uma prática de imposição das mãos que utiliza o toque e a transmissão de energia com objetivo de harmonizar e estimular processos de cura e recuperação da saúde nas dimensões fí-sica, mental, emocional e energética resta-belecendo o fluxo da energia vital.

“A ideia é que mais pessoas conheçam o Reiki e possam se

beneficiar dessa energia amorosa, receber esse contato”, diz Casianne Pires, proprietária do Despertar e mestre

em Reiki.

Ali no Despertar são ministrados com re-gularidade cursos nos níveis Iniciante até mestrado em Reiki. E são os próprios alu-nos dos cursos que aplicam a terapia gra-tuita na comunidade, acompanhados de Casianne e Jairo Salles, também mestre e coordenador das atividades.

Reconhecimento na OMS e SUS

Em 2007, a OMS (Organização das Nações Unidas) reconheceu o Reiki como trata-mento auxiliar para dor, sem uso de drogas.

No início do ano passado, foi incluído no SUS como uma das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), poden-do também ser aplicada no sistema público de saúde.

Jairo e Casianne esclarecem que um Curso de Reiki não é somente para quem deseja

se profissionalizar, “é também uma vivência harmonizadora em nível profundo, um pre-sente que o indivíduo proporciona a si mes-mo capaz de promover mudanças em sua forma de ver, sentir e caminhar pela vida”.

O próximo curso será nos dias 28 e 29 de julho, módulo iniciante. Para o Rei-ki voluntário, atendimento com hora marcada e agendamento pelo telefo-ne(47)99602-8695.

Arquivo Pessoal

Jairo e Casianne rodeados por alunos no Despertar

Edital Jurídico

INFORME COMERCIAL

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Balneário Camboriú, julho de 2018 47bALNEÁRIO CAMbORIÚ - 54 ANOS

H Á 2 7 A N O S CO M BA L N E Á R I O C A M B O R I Ú

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Balneário Camboriú, julho de 201848