Bancários combatem criação de “sindicato fantasma” do Sicredi

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Proposta de aposentadoria tem avanços Bancários do Itaú e do Unibanco apontam melhorias nas verbas de indenização Página 5 Bancários combatem criação de “sindicato fantasma” do Sicredi Gaúchos creem em corrupção do governo Yeda Pesquisa mostrou que mais da metade dos gaúchos desconfiam da governadora Página 4 Bancários ainda não devem aderir ao HolandaPrevi Dirigente diz que empregados do Real e Santander devem aguardar resoluções Página 4 Chico Buarque: literatura ou comércio? Romance Leite Derramado é discutido por dois escritores locais na seção Polêmica Página 7 Bancos pagam salários menores para as mulheres Bancárias têm salário 24,09% inferior ao dos colegas homens, confirma Dieese Página 6 ContaCorrente Informativo do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região Junho | Julho de 2009 Bancos fecharam 1.354 postos de trabalho no primeiro trimestre Foto Maiquel Rosauro / CC Os bancos que operam no Brasil fecharam 1.354 postos de trabalho no primeiro trimestre de 2009, segundo estudo elaborado pela Confederação Naci- onal dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf- CUT) e pela Subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As empresas financeiras desligaram 8.236 bancári- os e contrataram 6.882 entre janeiro e março. É uma inversão do que ocorreu no passado, quando houve um aumento de 3.139 novas vagas no mes- mo período (veja no quadro o comparativo com o mesmo período de 2008). Este é o resultado do primeiro levantamento que a Contraf-CUT e o Dieese passarão a publicar trimes- tralmente a partir de agora sobre a evolução do empre- go nos bancos, tomando por base dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. A pesquisa foi divulgada em 16 de junho, em entrevista coletiva na sede da Contraf- CUT, em São Paulo. Leia mais na página 6. Foto Divulgação / CC O s diretores do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região enfrentaram a intran- sigência do Sicredi e realizaram um protesto em frente à Agên- cia Centro, na Rua Astrogildo de Azevedo, na manhã do dia 2 de junho. A entidade combate a criação de um “sindicato fantas- ma” que a empresa tenta formar para manipular seus funcionári- os e restringir os seus direitos. De acordo com o diretor do Sindicato dos Bancários de San- ta Maria, Claudenir Freitas, “o objetivo do Sicredi é acabar com o direito dos trabalhado- res, que já são pressionados dentro da cooperativa e ainda viriam a ser representados pe- los próprios chefes”. Entenda o caso - Numa tentativa de desarticular a orga- nização de seus trabalhadores, o Sistema de Crédito Corpo- rativo (Sicredi) incentivou a cri- ação de um sindicato específico para o segmento. Hoje os di- reitos dos trabalhadores das fi- nanceiras e cooperativas de cré- dito, entre eles a jornada de 6 horas e a gratificação semestral, estão garantidos pela Conven- Dirigentes do Sindicato dos Bancários discutiram com gerente de Sicredi no momento da manifestação ção Coletiva Estadual. Entretan- to, de maneira arbitrária, o Sicredi deixou de cumprir a Convenção em 2009. Com isso, seus trabalhadores deixaram de receber o reajuste e também a Cesta de Páscoa, ambos os be- nefícios garantidos pela Conven- ção Coletiva assinada entre a Feeb/RS, sindicatos filiados e Sindfin (sindicato patronal). Leia mais na página 5.

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Proposta deaposentadoriatem avançosBancários do Itaúe do Unibancoapontam melhoriasnas verbas deindenização

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Bancários combatem criação de“sindicato fantasma” do Sicredi

Gaúchos creemem corrupçãodo governo YedaPesquisa mostrouque mais da metadedos gaúchosdesconfiam dagovernadora

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Bancários aindanão devem aderirao HolandaPreviDirigente diz queempregados doReal e Santanderdevem aguardarresoluções

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Chico Buarque:literatura oucomércio?Romance LeiteDerramado édiscutido por doisescritores locaisna seção Polêmica

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Bancos pagamsalários menorespara as mulheresBancárias têm salário24,09% inferiorao dos colegashomens, confirmaDieese

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ContaCorrenteInformativo do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região Junho | Julho de 2009

Bancos fecharam 1.354 postos detrabalho no primeiro trimestre

Foto Maiquel Rosauro / CC

Os bancos que operam no Brasil fecharam 1.354postos de trabalho no primeiro trimestre de 2009,segundo estudo elaborado pela Confederação Naci-onal dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e pela Subseção do Departamento Intersindicalde Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).As empresas financeiras desligaram 8.236 bancári-os e contrataram 6.882 entre janeiro e março. Éuma inversão do que ocorreu no passado, quandohouve um aumento de 3.139 novas vagas no mes-mo período (veja no quadro o comparativo com omesmo período de 2008).

Este é o resultado do primeiro levantamento que aContraf-CUT e o Dieese passarão a publicar trimes-tralmente a partir de agora sobre a evolução do empre-go nos bancos, tomando por base dados do CadastroGeral de Empregados e Desempregados (Caged) doMinistério do Trabalho. A pesquisa foi divulgada em16 de junho, em entrevista coletiva na sede da Contraf-CUT, em São Paulo. Leia mais na página 6.

Foto Divulgação / CC

O s diretores doSindicato dosBancários deSanta Maria e

Região enfrentaram a intran-sigência do Sicredi e realizaramum protesto em frente à Agên-cia Centro, na Rua Astrogildo deAzevedo, na manhã do dia 2 dejunho. A entidade combate acriação de um “sindicato fantas-ma” que a empresa tenta formarpara manipular seus funcionári-os e restringir os seus direitos.

De acordo com o diretor doSindicato dos Bancários de San-ta Maria, Claudenir Freitas, “oobjetivo do Sicredi é acabarcom o direito dos trabalhado-res, que já são pressionadosdentro da cooperativa e aindaviriam a ser representados pe-los próprios chefes”.

Entenda o caso - Numatentativa de desarticular a orga-nização de seus trabalhadores, oSistema de Crédito Corpo-rativo (Sicredi) incentivou a cri-ação de um sindicato específico

para o segmento. Hoje os di-reitos dos trabalhadores das fi-nanceiras e cooperativas de cré-dito, entre eles a jornada de 6horas e a gratificação semestral,estão garantidos pela Conven-

Dirigentes do Sindicato dos Bancários discutiram com gerente de Sicredi no momento da manifestação

ção Coletiva Estadual. Entretan-to, de maneira arbitrária, oSicredi deixou de cumprir aConvenção em 2009. Com isso,seus trabalhadores deixaram dereceber o reajuste e também a

Cesta de Páscoa, ambos os be-nefícios garantidos pela Conven-ção Coletiva assinada entre aFeeb/RS, sindicatos filiados eSindfin (sindicato patronal).Leia mais na página 5.

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A governadora emseu labirinto

Ogoverno do estado está no seu mais altoestágio de estagnação. Os índices de de-sempenho e popularidade beiram às raias

do ridículo. Por si só já seriam motivos de renúnciada ilustre governadora. Mas não devemos esquecerque estamos no Brasil e o andar da carreta não aco-moda as melancias... ou acomoda?

Yeda Crusius está enclausurada no Palácio Piratinisequer consegue participar de eventos meramenteprotocolares. Diante das possíveis vaias, desistiu demarcar presença na abertura oficial da Fenadoce emPelotas.

Parafraseando o título de uma novela de GabrielGarcia Marques O general em seu labirinto, vemosYeda em seu labirinto e inferno zodiacal. O livro deGarcia Marques retrata os últimos dias de SimonBolívar. O general estava desiludido com a políticae temia morrer sem o reconhecimento e gratidão dopovo. O labirinto do general era no campo do reco-nhecimento de uma luta heróica pela independên-cia da América. Simon foi um dos nossos libertado-res. Longe de compararmos o labirinto de SimonBolívar com o da governadora. Mas qual é o labirin-to de Yeda?

O atual governo do estado é alvo de contun-dentes denúncias que envolvem a alta cúpula: go-vernadora, vice-governador e secretários. Os gaú-chos aguardam ansiosos o desfecho desses fatos eas conclusões e veredicto pelos órgãos competen-tes. Tudo dentro dos princípios republicanos edemocráticos.

Por falar em princípios republicanos, devemos sa-lientar que o atual secretário de desenvolvimentoeconômico de Santa Maria e o vice-governador tive-ram perigosas ligações – telefônicas, bem entendi-do – que não foram nada republicanas. O secretáriofoi afastado e a impressão que se tem é que tudo ficacomo está. Como se nada tivesse acontecido. Para obem da verdade e para salvaguardar a reputação dosilustres políticos envolvidos, aguardamos para o maisbreve possível a conclusão do inquérito pelo Minis-tério Público Federal.

Na Zero Hora do dia 07.06.2009 na página 10,o vice-governador Paulo Feijó afirmou “Se me per-guntarem se tem corrupção no governo, eu respon-do que tem. E muita.” Se tem corrupção têm cor-ruptos. Conclamamos ao senhor vice-governadorque dê nomes aos bois.

O que falta, ainda, para ser encaminhado oimpeachment da governadora e seu labirinto cha-mado Paulo Feijó?

Editorial I○

Ogoverno noticiou o im-posto sobre a poupan-ça. Se poupança e im-

posto envolvem bancos, bancá-rios e clientes, também envolveo sindicato. Assim, o tema me-rece uma reflexão. Afinal, ardeno bolso dos poupadores.

Em dezembro de 2008, ape-nas, 3.822 contas tinham saldoacima de um milhão de reais.Todos sabemos que a poupançaé o investimento dos pequenospoupadores e nunca foi tribu-tada. Nesse sentido supomosque deveria permanecer. Mas ogoverno anuncia que o impostoseria cobrado nas contas comsaldo acima de 50 mil reais. Emtempos não tão remotos um go-verno – de triste memória –confiscou os saldos das contasacima de 50 mil, a bem da ver-dade, era outro dinheiro. Assim,50 mil torna-se um númerocabalístico quando envolve ren-dimentos da poupança e inte-

Imposto sobre a poupançaresses do povo. Em tese seria umaação justa do ponto de vista soci-al, pois estaria tributando as con-tas com maiores saldos, taxandoas grandes fortunas. Ficamos nadúvida sobre o parâmetro. Porque 50 mil? Taxando as contasacima de 100 mil não seria maisjusto? E haveria, realmente, essanecessidade?

O mundo está em continuatransformação. As aplicações sãovoláteis e o argumento do go-verno Lula para tributar a pou-pança é de que com a queda dosjuros haveria uma saída de in-vestidores dos fundos – que fi-nanciam o mercado – para apoupança, pois estaria com ren-dimento maior. Até aí tudobem. A análise está correta. Algodeve ser feito para evitar essa mi-gração. Os fundos tem umataxa de administração que emvários casos é um acinte. Então,perguntamos: por que os ban-cos não reduzem a taxa de ad-

ministração dos fundos paraevitar essa debandada para apoupança? Inclusive a taxa deadministração seria argumen-to da livre concorrência entreos bancos. Nós, clientes, op-taríamos pelos fundos com asmenores taxas. Mas aí estari-am mexendo no lucro dos ban-queiros. O furo, quando dis-cutimos lucros dos bancos, émais em cima.

O que parecia uma propostade cunho social, colocando im-posto nos grandes saldos dapoupança, decorre pelo simplesfato de não mexer nos ganhosdos banqueiros.

Enfim, antes de botar a mãona poupança, urge uma refor-ma tributária que seja mais jus-ta com os brasileiros de menorpoder aquisitivo. E que, real-mente, coloque um impostojusto nas grandes fortunas eganhos fáceis no mercado fi-nanceiro.

Editorial 2Informativo do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e RegiãoContaCorrente

Junho | Julho de 2009

Diretor de Comunicação:César Augusto Simões dos Santos - MTb 7681

Base Territorial: Agudo, Cacequi, Dona Francisca,Faxinal do Soturno, Formigueiro, Itaara, Ivorá,Jaguari, Jari, Júlio de Castilhos, Mata, Nova Espe-rança do Sul, Nova Palma, Pinhal Grande,Quevedos, Restinga Seca, Santa Maria, SilveiraMartins, São João do Polêsine, São Martinho da

Serra, São Pedro do Sul, São Sepé, São Vicentedo Sul e Tupanciretã.

Colegiado Executivo:Efetivo: Anaurelino Oliveira - CEF, Antonio Ta-deu Menezes - Banrisul, Athos Cunha - CEF,César Santos - BB, Claudenir Teixeira Freitas -ABN AMRO, Márcia Dias - Banrisul, MarcelloCarrion - CEF e Milania Messias - Santander.

Sede 1: Rua Dr Bozano, 1147, sala 301. Fone 553222 8088.E-mail: [email protected]: www.bancariossm.org.br

Jornalista responsável: Maiquel Rosauro - MTb 13334

Diagramação: André Machado Fortes

ContaCorrenteExpediente

Gestão Ave Sonora / 2008-2011Fundado em 2 de outubro de 1935

Maiquel Rosauro

OSupremo Tribunal Fe-deral (STF) derru-bou, por oito votos a

um, a obrigatoriedade do di-ploma de jornalismo para oexercício da profissão. A deci-são se baseou no relatório doministro Gilmar Mendes, apre-sentado em 17 de junho.“Quando uma notícia não éverídica ela não será evitada pelaexigência de que os jornalistasfrequentem um curso de for-mação. É diferente de um mo-torista que coloca em risco acoletividade. A profissão de jor-nalista não oferece perigo dedano à coletividade tais comomedicina, engenharia, advoca-cia nesse sentido por não im-plicar tais riscos não poderiaexigir um diploma para exer-cer a profissão. Não há razãopara se acreditar que a exigên-

cia do diploma seja a forma maisadequada para evitar o exercícioabusivo da profissão”, alegouMendes. Tiveram o mesmo en-tendimento os ministros CármenLúcia, Ricardo Lewandowski,Eros Grau, Carlos Ayres Britto,Cezar Peluzo, Ellen Gracie e Celsode Mello. Apenas Marco AurélioMelo votou pela obrigatoriedade.

Com a decisão, hoje qualquerpessoa pode pleitear o registroprofissional de jornalista, inde-pendentemente de seu nível deescolaridade. O resultado bene-ficia diretamente os proprietári-os de grandes empresas jorna-lísticas, pois ao mesmo tempo emque autoriza a contratação dequalquer profissional para desem-penhar a função, enfraquece ossindicatos da categoria.

Embora Mendes garanta queo jornalismo não oferece perigode dano à coletividade, a quali-dade da informação encontra-se

Exija informação com qualidadea perigo com a determinaçãodo STF. Não tenho dúvidasque economistas, médicos ouengenheiros têm capacidadepara transmitir determinadainformação para centenas depessoas. Mas conseguirão elesfazer informar de formajornalística (objetiva, imparci-al e de compreensão imediatapelo público)?!

Jornalistas são treinados du-rante quatro anos para com-preender e informar qualquerfato de maneira ética e respon-sável. Como em qualquer ou-tra atividade o exercício da pro-fissão é passível de erros, con-forme apontou o ministro.Contudo, a melhor forma demanter um jornalismo críticoe de qualidade não é permi-tindo que qualquer um exerçaa profissão, mas sim exigindojornalistas competentes ediplomados.

Editorial II

Artigo

Page 3: Bancários combatem criação de “sindicato fantasma” do Sicredi

Assessoria Jurídicado SEEB SM e Região:

Plantão no Sindicatoàs terças e quintas, das 15h às 18h, ou no

escritório do advogado: (55) 3222.4007

Advogado responsável pelos textos informativos:Dr. Luiz Fernando Machado Fioravante

3 JurídicoInformativo do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região ContaCorrente

Junho | Julho de 2009

Jurídico

Interstício, perdasdo passado

As mudanças que o Banco do Brasil impetrou no Planode Cargos e salários (PCS) de seus funcionários emanos passados reflete um achatamento salarial signifi-

cativo nos dias atuais. Não entrando no mérito, ou na formacomo este achatamento se deu, o certo é que as chances de setentar corrigir as perdas através de ação individual ou coleti-va são pequenas, mas, existem.

O Sindicato disponibilizou o ajuizamento de mais de 40(quarenta) ações individuais, uma vez que os bancários apo-sentados já estavam com o prazo decadencial expirando, ne-cessitando de uma atenção especial, para que os prazos nãofossem perdidos. O que se sabe, a matéria é nova e muitosaposentados não haviam requerido as diferenças dos“interstícios” em suas reclamatórias trabalhistas.

O Interstício na acepção da palavra indica intervalo, nocaso dos bancários do BB, o interstício reflete a porcentagemde aumento salarial que o bancário recebe a cada promoção.O que se busca é manter os índices anteriormente pactua-dos no antigo PCS, eis que posteriormente acabaram modi-ficados para menor.

No intuito de garantir o Direito aos associados da ativa aassessoria jurídica do Sindicato esta viabilizando uma açãocoletiva, tudo, com o intuito de tentar buscar na Justiça,uma perda significativa nos salários dos associados da basede Santa Maria.

Não queremos causar falsas expectativas, mas pelo menos,provocar o Judiciário Trabalhista com relação à legalidade doachatamento salarial provocado em anos anteriores no PCSdo Banco do Brasil. Para mais informações, procure a asses-soria jurídica do Sindicato dos Bancários.

Luiz Fernando FioravanteAssessoria Jurídica

Vem aí o Dia Nacional deLuta por um PCC digno, semdistorções nem injustiças, con-forme deliberação aprovadapor plenária nacional realiza-da em São Paulo (SP), em 16de junho. A mobilização acon-tece no próximo dia 8 de ju-lho, quando os trabalhadoresda empresa vão protestar con-tra mudanças recentes e unila-terais em normativos relativosa cargos e atribuições (RH060), processos seletivos (RH040), exercício de cargos emcomissão (RH 022) e cargosefetivos (RH 175).

Movimento dos empregados da Caixaprepara Dia Nacional de Luta

Focada em grandes temas, aproposta de PCC aprovada pelaplenária nacional prevê a valo-rização das funções e de suascomissões, a extinção do Com-plemento Temporário Variávelde Ajuste de Mercado (CTVA)e a criação de Ajuste de Remu-neração de Função (ARF), en-tre outras proposições.

No PCC defendido pelosempregados, a jornada de tra-balho é de seis horas para to-dos os cargos e funções, coma adoção dos valores de jorna-da de oito horas. Não é per-mitido qualquer tipo de dis-

criminação em relação aos em-pregados que permanecem noREG/Replan não-saldado, ouno antigo PCS, ou que te-nham ações judiciais contra aCaixa.

O relatório completo com asdeliberações da plenária naci-onal dos empregados da Cai-xa, incluindo as 114 sugestõesenviadas por bancários de todoo país, que foram sintetizadaspelo GT/PCC a partir de 1.480contribuições, está disponívelno portal www.fenae.org.br –seção “CEE/Caixa, item “As-suntos em discussão”.

Aqueles bancários que se apo-sentaram e que tem comple-mentação de aposentadoria pelaFuncef, Fundação Banrisul ouPrevi, ou qualquer outro fundode complementação, tem Di-reito ao recebimento da Cesta

Cesta Alimentação para aposentadosAlimentação. O Judiciário Es-tadual, diferente do JudiciárioTrabalhista, tem se mostradomais receptivo com relação aopedido de complementaçãode aposentadoria, a matériaestá quase pacificada em nos-

so Tribunal de Justiça do Es-tado. Em caso de dúvida comrelação as possibilidades deajuizamento, procure o Sindi-cato dos Bancários. A assesso-ria estará pronta para sanarqualquer dúvida.

A Caixa Econômica Federalpublicou no dia 23 de junhorevisão de normativos que di-zem respeito ao PCC (RH 022,RH 040, RH 060) e publicounovo normativo (RH 175),após desmarcar na última horareunião com a CEE agendadapara o dia 22, onde seriamapresentados os normativosRH 040 e RH 060.

Caixa revisa PCC semdialogar com bancários

Conforme acordado com aCaixa na última campanha sala-rial (Cláusula 34, parágrafo ter-ceiro), a Caixa deveria dar acessoà CEE ao processo de construçãoda proposta de PCC da Caixa.

Unilateralmente a Caixa pu-blica normativos que vão alteran-do o PCC, sem dar a mínimaatenção ao acordo firmado em2008, demonstrando total des-

respeito aos representantes dostrabalhadores na mesa de nego-ciações permanentes (CEE-Cai-xa / Contraf-CUT).

A Federação dos Bancáriosdo Rio Grande do Sul repudiaveementemente a postura au-toritária da Caixa que altera osnormativos sem sequer discu-tir com a representação dosempregados.

O Sindicato dos Bancáriosde Santa Maria conjuntamen-te com outros nove Sindica-tos do Estado, representadospela Federação dos Bancáriosdo Rio Grande do Sul, tive-ram êxito em tornar nula par-te das instruções contidas naCI 293/2006.

Na ação judicial não se dis-cutiu a jornada de trabalho dosempregados da CEF, nem jul-gamento a cerca da carga ho-rária a ser cumprida. A ação vi-sou a legalidade, ou não, do ato

Ação Judicial garante opçãoaos Cargos Técnicos da CEF

patrocinado pela CEF atravésda CI 293/2006 em alterar ajornada de 8 horas para 6 ho-ras daqueles empregadoscomissionados que entraramcom ação judicial questionan-do a jornada de trabalho a sercumprida.

A sentença torna ilegal a re-gra estabelecida pela CEF noitem 2.1.1 da Circular internanº. 293/2006, esta por sua vez,obrigava os empregados emcargos técnicos, que haviam ju-dicialmente questionado a jor-

nada, a voltarem de formacompulsória a fazerem 6 horas,com redução de salário.

Por fim, a ação “faculta” aosempregados de 8 horas e quetiveram a jornada reduzidapara 6 com redução de salário,a permanecer como estão ouadministrativamente requerer oretorno para 8 horas. Nestescasos, a opção é do empregadoe não da CEF. Havendo algu-ma arbitrariedade por parte doempregador, denuncie ao Sin-dicato.

Page 4: Bancários combatem criação de “sindicato fantasma” do Sicredi

Notícias 4Informativo do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e RegiãoContaCorrente

Junho | Julho de 2009

Bancários ainda não devemaderir ao novo HolandaPrevi

Foto Marisane Pereira / Feeb-RS

Dirigentes sindicais do Estado se reuniram na Feeb-RS para discutir adesão ao HolandaPrevi

A Pesquisa Datafolha,divulgada em 3 de junho, mos-tra que mais da metade dos gaú-chos (57%) acredita na existên-cia de casos de corrupção no go-verno de Yeda Crusius (PSDB).Entre aqueles que acreditam ha-ver casos de corrupção no gover-no gaúcho, 70% defendem oimpeachment da tucana.

De acordo com a pesquisa, aadministração de Yeda é avalia-da como ruim ou péssima por51%. É a maior reprovação aum governador já registradapelo Datafolha. A consulta foirealizada entre os dias 26 e 28de maio. A margem de erro dolevantamento é de três pontospercentuais para mais ou paramenos.

Gaúchos acreditam em corrupçãodo governo Yeda Crusius

Folha de S. Paulo / Divulgação / CC

Em 18 de junho, um grandeato estadual pelo impeachmentda governadora Yeda reuniu maisde cinco mil trabalhadores e es-tudantes em Porto Alegre. A ma-nifestação foi promovida pelaCUT e a Coordenação dos Mo-vimentos Sociais (CMS).

Na Praça da Matriz, os depu-tados da oposição estavam cole-tando assinaturas para o abaixo-assinado para pressionar os depu-tados a aderirem à CPI daCorrupção. Também foi realiza-do um ato simbólico: cerca de 30manifestantes munidos de baldese vassouras lavaram a corrupçãodo nosso Estado, escovando aesplanada da AssembleiaLegislativa, apesar da forte repres-são policial.

Os dirigentes sindicais dosbancos Real e Santanderestiveram reunidos na

Federação dos Bancários do RioGrande do Sul (Feeb-RS), em 3de junho, para discutir a altera-ção dos benefícios dos emprega-dos com o processo de fusão dasduas instituições. Conforme odiretor do Sindicato dos Bancá-rios de Santa Maria, ClaudenirTeixeira Freitas, os empregadosainda não devem aderir aos pla-nos de Saúde, Odontológico eHolandaPrevi.

“A assessoria jurídica daContraf/CUT analisa o caso, pois

da maneira atual não há benefí-cios para os bancários. A melhorcoisa a fazer no momento é nãoaderir ao plano e aguardar novasresoluções”, argumenta Freitas.

Dados apresentados pelo Sin-dicato dos Bancários de São Pau-lo revelam que, pelo módulo an-tigo do Holan-daPrevi, um fun-cionário do Real, cujo salário éde R$ 4 mil, paga hoje R$90,05. O banco, como patroci-nadora, contribui com os mes-mos R$ 90,05 mais uma parce-la de R$ 214,24, o que totalizaR$ 394,35.

Já pelo módulo novo o funcio-

nário e a patrocinadora pagariamos mesmos R$ 90,05, totalizandoR$ 180,11. Isso significa umadiferença de R$ 214,24. Dessaforma, o banco diminui a sua con-tribuição, reduzindo a reserva ma-temática do participante e dimi-nuindo, assim, a sua comple-mentação de aposentadoria. Issoé inaceitável.

Por isso, as entidades sindi-cais defenderam a manutençãodo atual plano do HolandaPrevipara evitar prejuízos aos traba-lhadores e reivindicaram a sus-pensão do processo de adesãoao novo plano.

O novo plano

Pelo novo plano do Holan-daPrevi, a contribuição normal é de2% da parcela do salário aplicávelaté 13 UPs (R$ 3.315,26) e de 2% a9% da parcela superior a 13 UPs. OSantander, como patrocinadora, faráuma contrapartida de contribuiçãobásica conforme o tempo no novoplano, variando de 100% até 150%.

Por exemplo, um funcionáriocom salário de R$ 1,5 mil pagará uma

contribuição normal de R$ 30. Já o ban-co, como patrocinadora, fará uma con-tribuição básica igualmente de R$ 30,totalizando R$ 60.

O funcionário poderá ainda fazeruma contribuição voluntária de 2%, 3%ou 4% do seu salário aplicável, porémsem contrapartida do banco.

Os dirigentes sindicais reivindicaramo pagamento do chamado “serviço passa-do”, isto é, um aporte de recursos cor-

respondente ao tempo anterior dofuncionário no banco, como forma degarantir uma reserva matemática com-patível para a futura complementaçãode aposentadoria. Entretanto, os re-presentantes do banco não aceitaramo pedido. Também foi lembrado queno plano III do Banesprev, que é simi-lar, o banco como patrocinadora ga-rante paridade nas contribuições deaté 5% do salário.

•Locadora de veículosA Localiza oferece 25% de des-

conto para bancários através do0800-9792000. Antes de entrar emcontato com a empresa, é precisoretirar código com o Sindicato. EmSanta Maria, a empresa está locali-zada na Avenida Fernando Ferrari,960. Site: www.localiza.com.E-mail: [email protected].

•PsicólogaAristela Barcellos Andrades ofe-

rece desconto de 50% no valor daconsulta para sindicalizados e seus de-pendentes. Endereço: Rua AlbertoPasqualini, 70, Torre Ribas, 6º andar -sala 608. Contato: (55) 91269015 [email protected].

•DentistaO cirurgião dentista Julio Ortiz,

da Clínica Top Smile, oferece 20% de

desconto para bancários e seus de-pendentes. Endereço: Rua Silva Jar-dim, 1066. Fone: (55)3307-0337 ou(55) 8145-5445.

•Pós-graduaçãoA Poesad - Educação à Distân-

cia oferece cursos de pós-gradu-ação latu sensu da UniversidadeGama Filho com desconto de 20%a 28% dependendo do curso.Contato com Carlos Augusto Ma-chado pelo (55)3223-9982 ou(55)9971-8315.E-mail: [email protected]: www.posead.com.br.

Novos convênios

Page 5: Bancários combatem criação de “sindicato fantasma” do Sicredi

5 NotíciasInformativo do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região ContaCorrente

Junho | Julho de 2009

No protesto realizado peloSindicato dos Bancáriosde Santa Maria e Re-

gião, foram distribuídos infor-mativos específicos para os tra-balhadores e uma carta-abertapara clientes e usuários doSicredi. A empresa visa formarum sindicato paralelo aos em-pregados da cooperativa de cré-dito, manipulando os própriosfuncionários. A proposta vaicontra a convenção coletiva dacategoria, pois estes emprega-dos não constituem uma cate-goria profissional e já são repre-sentados pelo Sindicato dosBancários.

Representação legítima -Todas as conquistas obtidas pe-los trabalhadores das financeirase cooperativas de crédito devem-se à inclusão do segmento noramo financeiro e a sua legítimarepresentação sindical.

“Precisamos de uma lutaunificada para enfrentar essa ten-tativa do Sicredi de criar um sin-dicato patronal diminuindo opoder de pressão para que seustrabalhadores sejam respeitadose seus direitos também. Umaentidade sindical não pode es-tar aliada aos patrões para de-fender os direitos dos trabalha-dores”, afirma o diretor do Sin-dicato dos Bancários de SantaMaria, Claudenir Freitas.

A Comissão de Trabalho, de Ad-ministração e Serviço Público apro-vou no dia 3 de junho a reintegra-ção ao Banco do Brasil dos funcio-nários demitidos no período de1995 a 2002. A medida consta doProjeto de Lei 512/07, dos depu-tados Daniel Almeida (PCdoB-BA)e Chico Lopes (PCdoB-CE).

A proposta foi aprovada comemenda do relator, deputadoRoberto Santiago (PV-SP), querestringe o direito à reintegraçãoapenas aos demitidos sem justacausa. Em sua forma original, oprojeto reconhece também o di-reito dos ex-funcionários coagi-dos a pedir demissão, através demedidas como, por exemplo, atransferência arbitrária.

Roberto Santiago argumentaque uma lei desta natureza, quevisa resolver grave problema soci-al, “deve ter seu objeto delineadode forma clara e precisa, para evi-

Comissão aprova reintegração aoBB de demitidos sem justa causa

tar polêmicas que dificultem suaaplicação, como, aliás, está acon-tecendo com as inúmeras leis deanistia a perseguidos políticos”.

Prudência - O relator acres-centa ser prudente, neste mo-mento, aprovar a reintegração sónos casos de demissão sem justacausa, que configura uma “situa-ção clara” do ponto de vista daveracidade.

Pela proposta, a reintegração sóvai gerar efeitos financeiros a par-tir do retorno ao serviço, que sedará no cargo anteriormente ocu-pado ou resultante de eventualtransformação. Quer dizer, nãohaverá pagamento de salários re-troativos.

Mas fica assegurado o cômputodo tempo de serviço, a progres-são salarial e o pagamento dascontribuições previdenciárias noperíodo compreendido entre ademissão e a vigência da lei.

Demissões - Segundo enti-dades sindicais, os demitidos deforma arbitrária foram cerca de36 mil empregados, “sem contaras centenas de empregados queforam obrigados a se aposentarantecipadamente”.

Para ser reintegrado, segundoo texto aprovado, o interessadodeverá apresentar documentaçãono prazo de 60 dias, contados dadata em que a lei entrar em vi-gor, assegurada prioridade aos queestiverem desempregados.

Os autores Daniel Almeida eChico Lopes argumentam que oprojeto repara uma grave injusti-ça, compensando em parte os“efeitos desastrosos” provocadospelas demissões.

Tramitação - O projeto ain-da será analisado, de forma con-clusiva, pelas comissões de Finan-ças e Tributação; e de Constitui-ção e Justiça e de Cidadania.

Manifestação contra“sindicato fantasma”

Foto Maiquel Rosauro / CC

Dirigentes realizaram protesto em frente à Agência Centro do Sicredi

A Contraf-CUT realizou nodia 10 de junho nova rodada denegociação com o Itaú Unibanco.Os principais temas debatidosforam Plano de Cargos e Salários(PCS), Central de Realocação,PCR e programa de incentivo àaposentadoria. Na avaliação darepresentação dos trabalhadores,a proposta avançou nas verbas deindenização, especialmente como pagamento dos 40% do FGTSsem quitação total. Outro pontopositivo foi a mudança em rela-ção ao convênio médico. A pró-xima rodada de negociação seráfocada nas questões relativas aoemprego, PCS e PCR. A data ain-da não foi definida.

PCS - As Comissões de Orga-nização dos Empregados de Itaúe Unibanco reivindicaram a aber-tura de discussão para a criaçãode um PCS para todos os funcio-nários. O banco mais uma vez senegou ao debate. A questão se tor-na ainda mais importante no con-texto do processo de fusão, comas diferenças de salários entre asduas empresas. Como alternati-va nesse momento, os represen-tantes dos trabalhadores defen-deram a equalização de saláriosentre setores semelhante dos doisbancos, como é o caso da Cen-tral de Atendimento.

Central de Realocação - Obanco apresentou o balanço da

Campanha Específica - Osmateriais impressos distribuídosno protesto destacam os slogans:Não Cave sua Própria Cova.Mantenha viva a ConvençãoColetiva! Estas são as primeiras

peças de uma campanha perma-nente que será desenvolvida pelaFeeb/RS e sindicatos filiados, emdefesa dos direitos dos trabalha-dores das financeiras e coopera-tivas de crédito.

Itaú Unibanco: proposta deincentivo a aposentadoriaavança, mas pode melhorar

realocação de trabalhadores até odia 8 de junho. Foram realocados1.345 funcionários e há 500 emprocesso, num total geral de 1845pessoas. A rede de agências foi oprincipal destino, recebendo 628trabalhadores, seguida da área deCartões e Financeiras, com 349.

PCR - Os representantes dostrabalhadores reivindicaram aobanco a antecipação de 50% dovalor pago em 2008, que foi deR$ 1.800. O banco afirmou queo tema depende das negociaçõesem curso entre o Comando Na-cional dos Bancários e a Fenabana respeito do modelo da Partici-pação nos Lucros e Resultados(PLR). Essa é uma sinalizaçãoruim do banco, que tenta vincu-lar o PCR à PLR, que é previstana Convenção Coletiva, o quehoje não acontece. São dois de-bates diferentes, que não podemse misturar. Além disso, as COEsexigiram a desvinculação do au-xílio-educação do PCR.

Programa de incentivo aaposentadoria - Houve avançona proposta do banco a respeitodo incentivo a aposentadoria paratrabalhadores em situação de apo-sentadoria e aposentados que ain-da estão no banco. No entanto,a proposta ainda não contemplaas reivindicações dos trabalhado-res. Veja os principais pontos daproposta do banco:

PropostasPopulação elegível:- Funcionários aposentados pelo INSS ou

com tempo para adquirir aposentadoria;- Com 50 anos de idade ou mais no pe-

ríodo da adesão;- Lotados em prédio administrativo.

Indenização:- 0,5 salários por ano trabalhado, limita-

do a seis salários;- PLR de valor equivalente à de 2008;- PLR adicional de valor equivalente à de

2008;- Pagamento das verbas legais, inclusive

os 40% do FGTS, sem quitação to-tal, permitindo a possibilidade de ou-tras ações.

Conquistas:- Plano de saúde - funcionário manteria

o plano por dois anos além do períodoprevisto na Convenção Coletiva Naci-onal da categoria. O bancário pagaria ataxa mensal como se estivesse na ativa;

- Vale-alimentação - seria mantido por13 meses.

Outros pontos:- Vigência - 30 dias;- Efetivação do desligamento após a ade-

são - funcionário poderia ser desligadoaté 12 meses depois da inscrição.

Reivindicações não atendidas:- Diminuição da idade mínima de ade-

são para 48 anos para as mulheres,

adequada à idade mínima de aposen-tadoria;

- Ampliar a abrangência da propostapara toda a rede de agências, onde hámuitos bancários em condições de par-ticipar;

- Ampliar o prazo de adesão;- Pela regra atual têm direito ao Plano de

Aposentadoria Complementar (PAC)bancários com mais de 10 anos debanco e idade mínima de 55 anos. Osrepresentantes dos trabalhadores man-têm a reivindicação de que a idade mí-nima seja reduzida para 50 anos e queo tempo de contribuição de até trêsanos de diferença seja pago pelo ban-co, caso não concorde com a reduçãode cinco anos no PAC atual.

Obs: O banco informou que deverá di-vulgar internamente de 1º de julho até1º de agosto, quando poderá avaliar ademanda dos funcionários e a necessi-dade de ampliação do prazo de inscri-ção. Os outros pontos serão discuti-dos posteriormente.

Auxílio educação:Tentaram a bolsa 2.500 funcionários,

sendo que 1.400 foram contemplados.O banco entrará em contato com todosos inscritos. O banco confirmou que pa-gará retroativamente as mensalidadespagas desde o início do ano. A COE so-licitou também a discussão de um pro-grama unificado de auxílio educação paraos funcionários de Itaú e Unibanco.

Page 6: Bancários combatem criação de “sindicato fantasma” do Sicredi

Notícias 6Informativo do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e RegiãoContaCorrente

Junho | Julho de 2009

Demissões se concentramnos maiores salários

A deputada federal EmiliaFernandes (PT-RS) apresen-tou, no dia 3 de junho, re-querimentos na Comissão deTrabalho, Administração eServiço Público e na Comis-são de Legislação Parti-cipativa, com a finalidade dedebater, em audiência públi-ca conjunta, as demissões, aremuneração discriminatóriae o descaso contra aposenta-dos do Banco Santander Bra-sil. “Neste momento em queos mais diversos especialistasem economia do mundo in-teiro apontam o Brasil comoum dos países que serão me-nos afetados pela crise mun-dial, faz-se necessário saberque, de maneira clara, comapresentação de planilhas decustos e explicações porme-norizadas, a necessidade dedemissão, tendo em vista que,segundo o Sindicato dos Ban-cários de São Paulo, entremarço de 2008 e 2009, os bancá-rios perderam 3.300 postos detrabalho”, afirma o documento.

A parlamentar, que integraas duas comissões, tambémalerta que há necessidade detratamento igualitário com os

Além da redução do empre-go, está havendo tambémuma diminuição na remu-

neração média dos trabalhadoresdo sistema financeiro. Os desli-gados no primeiro trimestre re-cebiam remuneração média deR$ 3.939,84. Já os contratadostêm remuneração média de R$1.794,46, o que representauma diferença de 54,45% -menos da metade.

Isso porque os desligamen-tos foram concentrados nos es-calões hierárquicos superiorese as admissões ocorrem princi-palmente nos cargos iniciais dacarreira. Esse movimento in-tensificou a tendência observa-

da no mesmo período do anopassado, quando a diferençaentre os salários médios dosbancários contratados e desli-gados foi de 34,34% (compa-re nos quadros da capa destaedição).

Enquanto os lucros aumen-tam progressivamente mesmodurante a crise - os 50 maioresbancos apresentaram lucro lí-quido de R$ 7,5 bilhões só noprimeiro trimestre deste ano -,as empresas financeiras estão re-duzindo custos com fechamen-to de postos de trabalho e ain-da com a alta rotatividade damão-de-obra, demitindo ban-cários com salários mais altos e

contratando funcionários comremuneração inferior.

As demissões estão concen-tradas nos grandes bancos pri-vados, principalmente em razãodas fusões do Itaú-Unibanco eSantander-Real, contrariandoos compromissos assumidospublicamente pelos presidentesdessas empresas de que não ha-veria fechamento de postos detrabalho.

Em relação ao tipo de desliga-mento, a pesquisa mostra quecerca de 30% pediram demissãode seus empregos, 64% foramdemitidos sem justa causa e3,7% demitidos por justa causa(veja quadro).

Além de reduzir progressivamente aremuneração de seus trabalhadores de for-ma geral com o alto índice derotatividade, os bancos estão reforçandoa discriminação contra as mulheres, pa-gando às bancárias que estão sendo con-tratadas salários inferiores aos doshomens. É o que mostra apesquisa sobre empregoe desemprego que aContraf-CUT e oDieese divulgaram naterça-feira 16, com basenos dados que as insti-tuições financeiras for-necem ao CadastroGeral de Empregadose Desempregados(Caged), do Ministé-rio do Trabalho.

O salário médiodas mulheres contra-tadas pelos bancos noprimeiro trimestre de2009 foi de R$1.535,34, enquanto a remuneração mé-dia dos homens admitidos no mesmo pe-ríodo chegou a R$ 2.022,56 - uma dife-rença de 24,09% em prejuízo das ban-cárias. Além disso, houve uma reduçãode 11,2% no salário médio das mulhe-res contratadas este ano em relação ao pri-

meiro trimestre de 2008, quando essevalor foi de R$ 1.729,37 (veja quadro).

“O levantamento deixa claro que a dis-criminação contra as mulheres continuagrande dentro dos bancos, o que é inad-missível”, critica Deise Recoaro, secre-

tária de Políticas Sociais daContraf-CUT.

Discriminação - Des-de 1996, as entidades sindi-cais exigem que o temaigualdade de oportunidadesseja discutido na mesa de

negociações com os ban-cos, visando acabar comtodo tipo de discrimi-nação e de exclusão noslocais de trabalho. Masos bancos se recusa-vam, negando quehouvesse discriminaçãopor parte deles.

A discriminação con-tra mulheres e negros foi

constatada por uma pesquisa feita em2001 pela então Confederação Nacionaldos Bancários (CNB-CUT, antecessora daContraf-CUT) e pelo Dieese, que resul-tou na publicação “Os rostos dos bancá-rios - Mapa de gênero e raça do setor ban-cário brasileiro”.

Depois de muita pressão da Contraf-CUT e dos sindicatos, em 2002 final-mente foi incluída na Convenção Coleti-va dos Bancários uma cláusula criandouma mesa temática específica para dis-cutir a igualdade de oportunidades. Nasdiscussões, porém, as instituições finan-ceiras continuaram negando - o que fa-zem até hoje - a existência de preconcei-to e discriminação.

Diversidade - Dando encaminha-mento a denúncias da Contraf e dos sin-dicatos, o Ministério Público do Traba-lho (MPT) constatou haver discrimina-ção e autuou os bancos em 2006, pri-meiro em Brasília e depois em outras ca-

Deputada pede audiênciapara discutir demissões

do Santander

Discriminação: bancos pagam salários menores às mulherespitais. Como resultado dessa pressão, aFenaban acabou aceitando que fosseconstituído um grupo de técnico paradiscutir o assunto, com participação daOrganização Internacional do Trabalho(OIT), Instituto de Pesquisas Aplicadas(Ipea), MPT e Contraf-CUT.

Os bancos também aceitaram reali-zar uma pesquisa nacional para averiguara situação das mulheres e das minoriasdentro das empresas. A pesquisa, conhe-cida como Mapa da Diversidade, seráapresentada pelos bancos no próximodia 2 de julho, em Brasília, em audiên-cia pública convocada pela Comissão deDireitos Humanos e Minorias da Câ-mara dos Deputados.

Emilia alerta que há necessidade detratamento igualitário com os aposenta-dos da instituição, que hoje necessitamrecorrer à Justiça para terem seusdireitos garantidos

Foto Elton Bomfim / Câmara dos Deputados / CC

aposentados da instituição,que hoje necessitam recorrer àJustiça para terem seus direi-tos garantidos, especialmenteno que diz respeito ao reajustede suas complementações epensões.

Remuneração

Primeiro trimestre de 2009 - Remuneração médiaHomens Mulheres Diferença de

remuneraçãoAdmitidos (em R$) 2.022,56 1.535,34 - 24,09%Desligados (em R$) 4.660,10 3.086,61 - 33,77%

Primeiro trimestre de 2008 - Remuneração médiaHomens Mulheres Diferença de

remuneraçãoAdmitidos (em R$) 2.379,95 1.729,37 - 27,34%Desligados (em R$) 3.645,15 2.602,33 -28,61%

Page 7: Bancários combatem criação de “sindicato fantasma” do Sicredi

Aprodução literária - comotudo o mais numa socie-dade de consumo – pade-

ce do apreço redutor que mede osucesso de um lançamento pelosnúmeros de vendagem. Nem épreciso ter formação teórica parasaber que a qualidade de um tra-balho artístico se mede por ou-tros valores, e as regras de gostoproduzem sempre avaliaçõescontraditórias. No caso da obraem epígrafe não é diferente. Tan-to quanto eu saiba, um escritorque se dá o luxo de lançar umlivro - sucesso, em 2003 - e ou-tro seis anos depois, não está naordem dos que produzem obrascomerciais.

Chico Buarque tem lançadoseus romances de seis em seisanos: Benjamin, em 1997 e Bu-dapeste, em 2003. Ambos vira-

ram filme, o que não é nada des-prezível para uma crítica: por piorque um livro possa ser considera-do, ele sempre pode ter qualida-des não tão aparentes ao leitor queum diretor vê e as transforma emlinguagem cinematográfica. Livroruim não dá filme, e o filme Ben-jamin não recebeu da crítica oepíteto pejorativo de caça-níquel,ou coisa que o valha.

Não conheço nada sobre o fil-me Budapeste, que, bem dirigi-do, sustenta uma narrativa na telagrande. O resto é ranço: sim, nãoconsegui prosseguir na leitura deEstorvo, mas os dois livros que lide Chico Buarque me revelaramum autor seguro do seu ofício:personagens bem compostos,dramas verossímeis e a linguagemeficiente para provocar interesse,para além das qualidades que já

exemplares. Com dois tipos decapas. Algumas pessoas adqui-riram o livro por ser do ChicoBuarque. Arrisco a dizer quemuitas pessoas compraram osdois exemplares.

É evidente que uma ediçãoenvolve talento literário e co-mércio. O editor deseja vendere se o autor é reconhecido comoum excelente escritor, estare-mos diante de uma obra-prima.

Como delimitamos a linhaque divide a essência da arte da-quelas puramente comercial?Há poucos dias comentei comum amigo: se tirarmos o nomede Chico Buarque da capa,como seriam as vendas? Acredi-to que despencariam.

O livro é bom, merece serlido. Mas, no meu entendimen-to, o apelo comercial envolven-

do o nome do autor extrapola asuposta ou prometida gran-diosidade literária.

Mas o que tem que ver oÁgua fervendo para o mate dotítulo desse artigo com o LeiteDerramado do Chico? Não temnada a ver. Da mesma formaque o título Leite derramadonão tem nada a ver com aobra. Eu não sei de onde saiu.Acho até que se fôssemosregionalizar – que tambémseria uma boa estratégia co-mercial – eu colocaria comotítulo, no lançamento emBagé: Água fervendo para omate. Em Santa cruz do Sul:Chope quente. Em pelotas:Ambrosia queimada. Que tal?

Enfim, será que com Leitederramado o Chico ficou vendoa banda passar?

reconhecia em suas letrasantológicas da MPB e em suaspeças de teatro e musicais.

Lógico, uma editora não vaifazer por menos com um sujeito

Leite DerramadoLiteratura ou comércio?

OrlandoFonseca,professor

associado daUniversidade

Federal de SantaMaria (UFSM)

Maiquel Rosauro / CC

7 Polêmica

que tem esse nome, que lhe vempor herança de outro monu-mento da cultura nacional. In-clusive para este último roman-ce, segundo alguns críticos, o

Oromance Leite Derra-mado de Chico Buar-que é um dos livros

mais vendidos desde que foi lan-çado. Recorde sobre recorde.

É inegável que ChicoBuarque é um monstro sagradoda cultura brasileira. A sua con-tribuição é impagável e seremoseternamente gratos enquantoapreciadores da boa música po-pular. Chico é um respeitávelcompositor e poeta. Suas músi-cas são hinos que serão lembra-dos por gerações.

Mas Chico também escreveromances. Li o Estorvo, mas nãoconsegui avançar e deixei a lei-tura inconclusa. Budapeste en-frentei até o final, mas acabeidando de presente num amigo-secreto. A guria dava pulos decontentamento. É um bom li-

Informativo do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região ContaCorrenteJunho | Julho de 2009

autor desdobra em ficção o queo pai, Sérgio Buarque deHolanda, fez em ensaio, no seuRaízes do Brasil. Portanto, asmemórias dos Assumpção e adecadência da elite brasileira aolongo de um século, a narrativafragmentada e um enredoinstigante - que se pode encon-trar em outras obras da literatu-ra universal, sim - não sãodemérito para a leitura de Leitederramado, de resto isso é pós-modernidade, feita de remissõese intertextualidades.Um livroque sai em sua primeira ediçãocom 70 mil exemplares, e umaputa estratégia de marketingpode dar a impressão de obracomercial, mas há precedentesbem significativos. É a vida, nasociedade de consumo em queestamos imersos.

Leite Derramado

Athos RonaldoMiralha da

Cunha,bancário

do e na narrativa Chico não égenial, é, apenas, um razoável...bom escritor.

Leite Derramado foi lançadocom uma edição de 70 mil

vro, mas devo confessar que es-perava muito mais do autor deMulheres de Atenas. Esse é o nos-so problema, esperamos deChico a genialidade, o inusita-

Foto Divulgação / CC

Divulgação / CC

“Literatura”

Água fervendo para o mate“Comércio”

Leite Derramado é o novo romance docantor, compositor e escritor cariocaChico Buarque. Na obra, ele narra a

saga dos Assumpção, família de elite lide-rada pelo moribundo Eulálio Montenegrod’Assumpção. De seu leito de morte, emmeio a delírios e devaneios, o protagonistarelembra sua vida. O ponto central é seuamor possessivo e egoísta pela mulataMatilde, uma garota incrivelmente dese-jável com quem Eulálio se casa e vive uma

relação corroída pelo ciúme. Paralelamen-te, Eulálio narra a saga de sua família, umasucessão de calhordas que desembarca noBrasil nos tempos da corte portuguesa eatravessa as décadas comandando negóci-os escusos, fazendo quase tudo fora da leie exibindo truculência para levar vantagemem tudo.

Assim sendo, o Conta Corrente questi-ona: O novo livro de Buarque trata-se deuma obra literária ou comercial?

Page 8: Bancários combatem criação de “sindicato fantasma” do Sicredi

Uma viagem ao século passadoUma viagem ao século passadoContaCorrente Informativo do Sindicato

dos Bancários de SantaMaria e Região

Junho|Julho de 2009

Avida no início do sé-culo passado era bemdiferente da atual.Muitas vezes, era pre-

ciso acordar às 4h da madruga-da para dar início aos trabalhosna tafona (engenho de farinhade mandioca). Embora faça par-te de uma época distante, estecotidiano ainda pode servivenciado hoje.

Há nove anos o bancário apo-sentado do Banrisul, José EronHaesbaert, administra o MuseuFragmentos do Tempo, maisprecisamente no distrito de SãoJosé do Louro, em Mata, ondemantém viva a história e a cul-tura de seus antepassados. Lá,os visitantes encontram areconstituição de uma verdadei-ra tafona.

No local, há um alambique,torrador de café, tina de ma-deira, descascador de arroz,

moedor de crueiro (farinhagrossa que ninguém compravae que depois de moída era adi-cionada na farinha fina) e mui-to mais. Chama atenção umantigo engradado da cervejaBrahma, no qual as garrafas sãoembrulhadas com sacos feitosde palha de trigo.

No museu também é possí-vel compreender como era a odia-a-dia dentro das residênci-as através de centenas de obje-tos, que apesar do temo, estãoem ótimo estado de conserva-ção. Além de possuir objetosque pertenceram aos seus an-tepassados, Haesbaert expõe213 jogos de porcelanas, amaioria da marca brasileiraPozzani, e peças curiosas comouma espevitadeira, um pegadorde moscas, uma namoradeira eum lavaolho.

Peças famosas também cons-tam no museu, como umrádio da década de 50 usa-do na minissérie JK e umalicoreira de 1890, vinda daUnião Soviética, e que fezparte da minissérie Agos-to. No local, os visitantestambém vão interagir comculturas de todo o mun-do, desde a indígena até aeuropéia, asiática, africanae norte-americana.

Dica de Livro

Pra começo de conversa

O bancário AthosMiralha da Cunha eseus colegas escrito-res Tânia Lopes,Orlando Fonseca eAntônio Cândido Ri-beiro lançaram o livro“Pra começo de con-versa - crônicas santa-marienses”, no dia 16de junho (Bloomsday),no Ponto de Cinema. Aobra recebeu muitoselogios do público pre-sente.

Fique por dentro. Acesse www.bancariossm.org.br

Este é um Espaço Interativo à disposição dos leitores doinformativo. Envie seu texto, poesia ou sugestão de filme,

cd ou livro para o e-mail: [email protected]

Div

ulga

ção

/ CC

Dica de Filme

Quem quer ser um milionário?Emocionante. Este é o senti-

mento que melhor resume“Quem quer ser um milionário?”.Jamal K. Malik (Dev Patel) é umjovem indiano que trabalha ser-vindo chá em uma empresa detelemarketing. Sua infância foi di-fícil, tendo que fugir da miséria eda violência para conseguir che-gar ao emprego atual. Um dia elese inscreve no “Show do Milhão”de seu país. Inicialmente desacre-ditado, ele encontra em fatos de

sua vida as res-postas das per-guntas feitas.

À medida quevai ultrapassandocada etapa doprograma tele-visivo, o especta-dor descobremais sobre a vidade Jamal, comoos detalhes de suainfância pobre nasfavelas deMumbai (antigaBombai) junto a seu irmão Salim e aamiga Latika. E o que se vê é mais doque simplesmente uma retrospecti-va da vida de Jamal: é a história deuma comunidade inteira, é a regene-ração dela através da própria rege-neração do personagem.

O longa-metragem ganhou oitoOscars, nas categorias de Melhor

Fotos Divulgação / CC

Jamal, Lakita e Salim (e) em uma favela da antigaBombai, na Índia

Longa-metragem recebeu oitoOscars e conquistou paleteiasno mundo inteiro

Filme, Melhor Diretor, MelhorRoteiro Adaptado, Melhor Edi-ção, Melhor Fotografia, MelhorTrilha Sonora, Melhor CançãoOriginal (“Jai Ho”) e MelhorSom. Foi ainda indicado nas ca-tegorias de Melhor Edição deSom e Melhor Canção Original(“O Saya”).

Fotos Maiquel Rosauro / CC

Dicas aos turistasMuseu Fragmentos do Tempo: Distrito de São José do Louro, em

MataComo chegar: Quando estiver em Mata, avance pela estrada à es-

querda da Igreja Matriz Santo Antônio. O caminho de cerca de doisquilômetros é de estrada de chão, mas é bem sinalizado (há placasque indicam a direção do museu), sem buracos e esconde uma en-cantadora paisagem muito semelhante aos morros que compõem aSerra Gaúcha.

Horário de visitação: Diariamente das 9h às 11h30 e das 13h às 18hIngresso: R$ 5,00 por pessoa.Site: www.netwizard.com.br/museuContato: (55) 3259-1374Jogo de porcelana Rami

Museu possuireconstituição de uma

tafona com máquina delavar mandioca e

alambique

Vaso Mary Gregory. Vidroitaliano pintado numa fábrica

em Massachussets - USA, apartir do ano de 1860, por

Mary Alice Gregory, apenascom tinta branca

José Eron Haesbaert,proprietário do museu,segura dois alguidares.

Vasos eram usados paratemperar carne no início doséculo passado e pertence-

ram a uma família alemã