BANCÁRIOS NA HISTÓRIA Ex-presidentes do Sindicato ...2103-4121/4124/4172 – Secretaria de Saúde...

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Sindicato dos Bancários e Financiários do Município do Rio de Janeiro Ano LXXXIV 3 e 4/6/2014 - N o 4751 - www.bancariosrio.org.br Jornal A Secretaria de Cultura do Sindicato vai lançar no próximo dia 14, às 11 horas, na sede campestre (Rua Mirataia, 121, Jacarepaguá), o Bancário Samba Show. O evento será mensal e trará sempre atrações ligadas ao samba, mas também Bancário Samba Show estreia dia 14, na sede campestre grupos musicais de outros gêneros. Além do excelente som, serão vendidos no local cerveja, refrigerantes, caldos e refeição a quilo. O espetáculo do dia 14 ficará a cargo do grupo Badawê e convidados. E nos intervalos o público vai curtir o som do DJ Fábio. TELÃO NA SEDE CAMPESTRE Durante a Copa do Mundo, o Sindicato vai disponibilizar, nos finais de semana, um telão no bar da sede campestre para os bancários sindicalizados acompanharem os principais jogos da competição. Durante a semana, o telão será instalado no auditório do Sindicato (Av. Presidente Vargas, 502, 21º andar). Mais informações pelos telefones 2103-4150/4152. BANCÁRIOS NA HISTÓRIA Ex-presidentes do Sindicato depõem, nesta terça, na Comissão da Verdade PASSANDO A LIMPO - Tanque do Exército no Centro do Rio, após o golpe de 1964 que derrubou o governo João Goulart. Cinquenta anos depois, dirigentes sindicais bancários vão dar o testemunho sobre a repressão e a tortura contra trabalhadores durante o regime militar, no período de 1972 em diante A Comissão Estadual da Verdade tenta passar a limpo o lado mais obs- curo da ditadura militar ouvindo relatos de quem viveu e sofreu com os anos de chumbo. Nesta terça-feira, dia 3, às 19h, no auditório do Sindicato (Av. Presidente Vargas, 502, 21º andar, Centro), serão ouvidos Fernanda Carísio, Ivan Pinheiro, Cyro Garcia e Roberto Percinoto, todos ex-presidentes do Sindicato dos Bancários do Rio no período de 1972 a 1988. Eles darão testemunho sobre as torturas sofridas por sindicalistas durante o regime militar. Os depoimentos vão também resgatar todas as formas de repressão contra o movimento sindical. O presidente da Comissão Estadual da Verdade, Wadi Damous, irá coordenar os trabalhos. A coordenadora do “Grupo de Trabalho dos Trabalhadores” da Comissão Nacional da Verdade, Rosa Cardoso, também participará do evento. A iniciativa dos depoimentos de ex- dirigentes do Sindicato é do GT Sindical da Comissão Estadual, coordenado pela diretora do Sindicato dos Bancários do Rio Rita Mota. Em novembro do ano passado, foi realizada a primeira sessão dos testemunhos de sindicalistas bancários, cujos relatos foram feitos em relação ao período de 1964, ano do golpe, até 1972, no qual foram ouvidos Auri Gomes da Silva, Samuel Henrique Maleval, Jorge Couto e Edmilson Martins de Oliveira. Nesta segunda fase, os relatos serão referentes ao regime militar a partir de 1972 em diante. O evento é aberto ao público. Ban4751a.p65 2/6/2014, 18:11 1

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Sindicato dos Bancários e Financiários do Município do Rio de JaneiroAno LXXXIV 3 e 4/6/2014 - No 4751 - www.bancariosrio.org.br

Jornal

A Secretaria de Cultura doSindicato vai lançar no próximo dia14, às 11 horas, na sede campestre(Rua Mirataia, 121, Jacarepaguá), oBancário Samba Show. O eventoserá mensal e trará sempre atraçõesligadas ao samba, mas também

Bancário Samba Show estreia dia 14, na sede campestregrupos musicais de outros gêneros.Além do excelente som, serãovendidos no local cerveja,refrigerantes, caldos e refeição aquilo. O espetáculo do dia 14 ficaráa cargo do grupo Badawê econvidados. E nos intervalos o

público vai curtir o som do DJ Fábio.

TELÃO NA SEDE CAMPESTRE

Durante a Copa do Mundo, oSindicato vai disponibilizar, nos finaisde semana, um telão no bar da sedecampestre para os bancários

sindicalizados acompanharem osprincipais jogos da competição.Durante a semana, o telão seráinstalado no auditório do Sindicato(Av. Presidente Vargas, 502, 21ºandar). Mais informações pelostelefones 2103-4150/4152.

BANCÁRIOS NA HISTÓRIA

Ex-presidentes do Sindicato depõem,nesta terça, na Comissão da Verdade

PASSANDO A LIMPO - Tanque do Exército no Centro do Rio, após o golpe de 1964 que derrubou o governoJoão Goulart. Cinquenta anos depois, dirigentes sindicais bancários vão dar o testemunho sobre a repressão

e a tortura contra trabalhadores durante o regime militar, no período de 1972 em diante

A Comissão Estadual da Verdadetenta passar a limpo o lado mais obs-curo da ditadura militar ouvindo relatosde quem viveu e sofreu com os anosde chumbo. Nesta terça-feira, dia 3, às19h, no auditório do Sindicato (Av.Presidente Vargas, 502, 21º andar,Centro), serão ouvidos Fernanda Carísio,Ivan Pinheiro, Cyro Garcia e RobertoPercinoto, todos ex-presidentes doSindicato dos Bancários do Rio noperíodo de 1972 a 1988. Eles darãotestemunho sobre as torturas sofridaspor sindicalistas durante o regime militar.Os depoimentos vão também resgatartodas as formas de repressão contra omovimento sindical. O presidente daComissão Estadual da Verdade, WadiDamous, irá coordenar os trabalhos. Acoordenadora do “Grupo de Trabalhodos Trabalhadores” da ComissãoNacional da Verdade, Rosa Cardoso,também participará do evento.

A iniciativa dos depoimentos de ex-dirigentes do Sindicato é do GT Sindicalda Comissão Estadual, coordenado peladiretora do Sindicato dos Bancários doRio Rita Mota.

Em novembro do ano passado, foirealizada a primeira sessão dostestemunhos de sindicalistas bancários,cujos relatos foram feitos em relação aoperíodo de 1964, ano do golpe, até 1972,no qual foram ouvidos Auri Gomes daSilva, Samuel Henrique Maleval, JorgeCouto e Edmilson Martins de Oliveira.Nesta segunda fase, os relatos serãoreferentes ao regime militar a partir de1972 em diante. O evento é aberto aopúblico.

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Página 2 Rio, 3 e 4/5/2014

Presidente: Almir Aguiar – Sede – Av. Pres. Vargas, 502 /16º, 20º, 21º e 22º andares - CEP 20071-000 – Centro – Fax (Redação): (021) 2103-4112 – SedeCampestre - R. Mirataia, 121 - Tel: 2445-4434 (Pechincha/Jacarepagua) – Subsede de Campo Grande: Rua Viúva Dantas, 659, CEP: 23052-090 – Campo Grande– Tel.: 2415--0725 - 2415-0159 – Secretaria de Imprensa ([email protected]) – Vera Luiza Xavier (Banerj/Itaú), coordenador responsável Coletivode Imprensa: Ronald Carvalhosa (Banerj/Itaú), Marcelo Ribeiro (Itaú/Unibanco), José Pinheiro (Banerj/Itaú) - Editor: Carlos Vasconcellos - MTb 21335/RJ -Redatores: José Eurides de Queiroz - Mtb 11.732 SP, Olyntho Contente - Mtb 14173/RJ - Estagiária: Roberta Ohanna Braga - Revisor: João Luiz Pacheco - Ilustrador:

Julio Mariano - Diagramadores: Marco Scalzo e Fernando Xavier - Fotos: Nando Neves - Secretário de Imprensa: Celedon Broca – Secretaria de Cultura ([email protected]) - Tel.:2103-4150 – Secretaria de Bancos Públicos ([email protected]) Tels.:2103-4122/4123 – Secretaria de Bancos Privados ([email protected]) Tels.:2103-4121/4124/4172 – Secretaria de Saúde ([email protected]) Tels.: 2103-4110/4116/4149/4176 – Secretaria do Jurídico ([email protected]) Tels.: 2103-4104/4125/4128/4173 – Impresso na 3 Graph (Rua Marechal Aguiar, 36- Benfica – Telefone: 3860-0100) - Distribuição Gratuita - Tiragem: 23.000

NEGOCIAÇÃO NA CAIXA

Melhorescondições

de trabalhoNova cobrança de medidas urgentes

para melhorar as condições de trabalhoem todo o país. Esta foi a postura daContraf-CUT, federações e sindicatos,durante mais uma rodada da negociaçõespermanentes com a diretoria da Caixa, nodia 28 de maio, em Brasília. A ComissãoExecutiva dos Empregados (CEE/Caixa)prestou assessoria aos demais sindi-calistas.

HORAS EXTRAS

Um dos itens tratados foi o pagamentode horas extras em agências com até 15empregados, conforme está previsto noaditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho(ACT) 2013/2014. A reivindicação é paraque a Caixa não estabeleça dotação orça-mentária para essa questão, de modo anão permitir que gestores venham a impe-dir os trabalhadores de fazerem a opçãode receber pelas horas trabalhadas a maisou compensá-las. Os representantes dosempregados lembraram à Caixa que o itemdas horas extras nunca fez parte dasreivindicações sindicais. A luta foi semprepara que o banco ofereça condições dig-nas de trabalho, inclusive o cumprimentoda jornada de seis horas. A Caixa respon-deu que, na prática, o que existe é ummonitoramento dessas horas trabalhadasa mais, sem, contudo, se indispor com otexto do aditivo. A empresa ficou deorientar os gestores a respeitarem osdireitos dos trabalhadores, descartandoa obrigatoriedade da compensação dashoras acima da jornada, bem como reeditara CE 081 como novos percentuais decompensação das horas extras.

MAIS CONTRATAÇÕES

Outro ponto tratado foi a contrataçãode mais empregados. A diminuição pelaCaixa do volume de contratações Brasilafora é motivo de preocupações, assimcomo o tamanho das dotações em vigorpara as unidades novas e antigas. Asobrecarga de trabalho aumenta naproporção da ampliação da rede deagências, que, por sua vez, não atende aovolume das demandas. Os trabalhadoresacabam arcando com a responsabilidadepelos resultados. A Caixa discordou emrelação à redução das contratações,afirmando que de 2012 a abril de 2014, onúmero chegou a 20.811 de novosempregados contratados, dos quais 1.363apenas neste ano. O quadro de pessoalpassou de 85.633 empregados em janeirode 2012 para 99.414 em abril de 2014.

Os funcionários dos bancos públi-cos realizam neste final de semanaseus congressos nacionais. O 30ºCongresso Nacional dos Emprega-dos da Caixa Econômica Federal(Conecef) será realizado de 6 a 8 de

BB E CAIXA

Congressos nacionais dos bancos públicosjunho, no Hotel Holiday Inn, noParque Anhembi, em São Paulo. Omote do evento é “30 anos de uni-dade e mobilização, muitas con-quistas e novos desafios”. O 25ºCongresso Nacional dos Funcioná-

rios do Banco do Brasil acontece namesma data, também no HotelHoliday Inn, no Parque Anhembi, emSão Paulo. O encontro define a pautaespecífica de reivindicações dofuncionalismo do BB.

Na avaliação do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística eEstudos Sócioeconômicos), os efeitos negativos do aumento da taxa básicade juros são vários, entre eles:• Valorização excessiva do câmbio e, com isso, prejudica a indústria e asexportações do país.• Ao valorizar o câmbio, promove a elevação indiscriminada de importações,desequilibra a balança comercial e aumenta a remessa de lucros dasempresas multinacionais.• Encarece o crédito e desestimula as decisões de investimento e consumoe pode inibir a geração de empregos.• Aumenta os gastos do governo com a rolagem da dívida pública e, comisso, a transferência de renda para o setor financeiro, prejudicandoinvestimentos em saúde, educação e outras políticas de interesse dasociedade.

Dieese: os efeitos negativos dos juros altos

JUROS ALTOS

Sindicato e Contraf-CUT criticammanutenção da Selic em 11% ao ano

A Contraf-CUT criticou amanutenção da taxa básica de juros(Selic) em 11% ao ano, anunciada naúltima quarta-feira (28 ) pelo Comitêde Política Monetária (Copom), emBrasília. “O Copom deixou escaparuma boa oportunidade para baixar aSelic e estimular o crescimento eco-nômico, além de forçar uma quedados juros e dos spreads dos bancos,a fim de baratear o crédito e incen-tivar o emprego e a distribuição derenda, visando ao desenvolvimentodo país”, avalia o presidente daContraf-CUT, Carlos Cordeiro. Parao sindicalista, “as altas taxas da Selicpara controlar a inflação só têmbeneficiado os bancos, os rentistas egrandes especuladores financeiros” eque “é preciso aproveitar esse mo-mento, em que o Copom pelo menosinterrompe a elevação da taxa, parafazer um debate público sobre autilização desse instrumento depolítica monetária como a únicamedida de controle de preços nopaís”.

O presidente do Sindicato dosBancários do Rio, Almir Aguiar,também cobra a redução dos jurosno Brasil.

“Elevar os juros só beneficia osbanqueiros e especuladores e puneos setores produtivos da economia,principalmente os trabalhadores,inibindo o crédito e o consumo. Épreciso romper com este ciclo viciosode que, para controlar a inflação, énecessário aumentar os juros, nemque para isso o governo mude a atualpolítica monetária e econômica dopaís”, disse.

O presidente do Sindicato, Almir Aguiar, disse que, se necessário, será precisoromper com o atual modelo econômico e monetário, para reduzir os juros e

garantir o crescimento sustentável da economia

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Página 3Rio, 3 e 4/5/2014

A Secretaria de Cultura, Esportes e Lazer doSindicato agendou para os dias 25, 26 e 27 de julhoum passeio a Campos do Jordão, tambémconhecida como a “Suíça Brasileira”. Romântica,charmosa, refinada, a cidade atrai milhares deturistas todos os anos em busca do clima frio damontanha, excelente gastronomia, um bom papoou a leitura de um livro em frente a uma acon-chegante lareira. O pacote individual custa R$680para bancários sindicalizados. Convidados pagamR$720. O valor pode ser pago em quatro parcelas.

A excursão inclui duas noites em hotel com meia-pensão, ônibus com ar-condicionado, serviço debordo e passeio pelos principais pontos turísticosda cidade.

Garanta a sua vaga e fuja do estresse. Maisinformações pelos telefones 2103-4150/4151.

TURISMO

Curta o inverno em Campos do Jordão

Os bancários já podemadquirir a camisa (foto) paratorcer pelo Brasil nesta Copado Mundo, que começa no dia12 de junho, quando a SeleçãoBrasileira estreia contra aCroácia, às 17h, no novo

Comprar roupas defrio, objetos deadorno para casa ouprovar deliciososbombons e fonduesem lojinhas em estiloeuropeu é um dosroteiros do passeio aCampos do Jordão

VERDE E AMARELO

Vibre nesta Copa com acamisa da torcida bancária

INTERNACIONAL

Bancários vão conhecer asbelezas naturais de Cancun

O próximo roteiro da Secretariade Cultura, Esportes e Lazer doSindicato é Cancun, cidade que ficanuma península mexicana e possuialgumas das mais belas praias domundo. Em poucos lugares, o mar étão azul e as águas tão límpidas comonesta região.

Os bancários agora podem curtirum dos passeios turísticos maiscobiçados do mundo. A excursão,que inclui city tour na cidade epasseios a Xel Há, Cozumel, Isla

Cancun, cidade que fica numa península mexicana,possui algumas das mais belas praias do mundo

Mujeres, X Caret, Carte e Playa delCarmen, será realizada de 16 a 23de novembro. As inscrições já estãoabertas. O pacote, que incluipassagem área e sete noites dehospedagem no Hotel Flamingo, comcafé da manhã, custa, por pessoa,US$ 2.560, mais US$90 de taxa deembarque. O pagamento pode serfeito com entrada de 30% e o restantedividido no cartão de crédito em novevezes, sem juros. Mais informaçõespelos telefones 2103-4150/4151.

DIVULGAÇÃO

estádio do Itaquerão, em SãoPaulo. Cada camisa custaR$15. Ligue para a Secretariade Cultura, Esportes e Lazerdo Sindicato e garanta já a suacamiseta canarinho (2103-4150/4151).

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Ao contrário de outros países, oBrasil não possui uma legislaçãoespecífica para coibir o assédiomoral. Para tentar mudar estasituação, o deputado federalVicentinho (PT-SP) convocou naúltima terça-feira (29) uma audiênciapública para discutir o tema e agilizara tramitação de diversos projetos delei já existentes na Câmara dosDeputados e no Senado sobre oassunto. As centrais sindicais (CUT,CGTB, CTB, Força Sindical, NovaCentral e UGT), que escolheram olema “assédio moral e a violênciaorganizacional que adoecem e podemmatar” para as manifestaçõesrelacionadas ao Dia Mundial emMemória das Vítimas de Acidentese Doenças de Trabalho (28 de abril),pressionam os parlamentares para aaprovação de uma lei que possacoibir o assédio moral.

Há pelo menos seis projetos sobreo tema em tramitação no Congresso.No final da audiência foi definido queos dirigentes sindicais vão articularcom os deputados federais respon-sáveis pelos projetos de leis sobreassédio moral, ora tramitando nascomissões parlamentares, para criaruma Comissão Parlamentar e cons-truir um projeto de lei em comum aser votado no Congresso Nacional.

CONGRESSO NACIONAL

Centrais pressionam deputadospara aprovar lei contra assédio moral

O Sindicato tem recebido denúncias de quepráticas de assédio moral sobre os gerentes-geraisdas agências estão sendo usadas pelos gerentesregionais do Bradesco no Rio de Janeiro, paracobrar o cumprimento de metas de venda deprodutos. A prática consiste em ligações feitas duasvezes ao dia, no início e no final do expediente,em audioconferência, da qual participam de umlado o gerente regional e seus assessores e de outroos gerentes-gerais em cada agência.

Depois de ouvir dos gestores de cada unidadeinformações sobre a produção do dia, o gerenteregional faz verbalmente um ranking com acolocação de todos. É cobrada, ainda, dosgerentes a posição de cada funcionário, segundoas metas exigidas pelo Bradesco. As duas formassão um ranqueamento, artifício proibido pelaConvenção Coletiva dos Bancários, assinada coma Federação Nacional dos Bancos, por consistirem uma forma ilegal de pressão e assédio moral.Durante a audioconferência, segundo as

Bradesco assedia gerentes comaudioconferência e ranqueamento

informações, muitos regionais chegam a usarpalavras que ferem moralmente seus subordinados.

CORNETAS E APITOS

Ainda segundo as denúncias, na primeiraaudioconferência, no início do expediente, os

gerentes são estimulados a fazer com que osbancários atinjam as metas. Já na ligação do fimdo dia, o assédio é claro e, além do ranqueamento,ainda conta com a utilização de efeitos sonoroscomo o toque de apitos e cornetas quando umadas agência ultrapassa a meta. Os sons podem serouvidos pela agência toda.

A diretora do Sindicato Nanci Furtadocondenou o assédio e o ranqueamento. Para asindicalista, não faz sentido a diretoria do Bradescoinventar artifícios para burlar a lei e a ConvençãoColetiva, visando pressionar os bancários,independentemente da função e da hierarquia. Noseu entender, a política de metas do banco é umdesserviço à sociedade, na medida em que ocupao bancário com a venda de produtos, emdetrimento da prestação de bons serviços. “OSindicato vai monitorar todo tempo e exigir quecessem estas práticas que desestimulam e adoecema categoria, não hesitando em tomar as medidasjudiciais cabíveis neste sentido”, afirmou.

A CUT e demais centrais sindicais pressionem os parlamentares a aprovaremprojeto contra o assédio moral. A nova lei será um importante instrumento contra

a pressão psicológica no ambiente de trabalho

DENÚNCIAS AO MPT

Os deputados federais Vicentinho(PT-SP) e Erika Kokay (PT-DF) secolocaram à disposição das entidadessindicais para dialogar com os outrosparlamentares.

A procuradora Adriane Reis deAraújo disse que o Ministério Públicodo Trabalho tem recebido denúncias

de todo o Brasil, nos mais variadossetores econômicos. “É uma violênciapsicológica e sutil que gera uma situa-ção de constrangimento e humilhaçãoem que a vítima chega até a ter medode reagir”, relatou. Para ela, as organi-zações utilizam deste dispositivo nãoapenas para potencializar os lucros,mas como prática da disciplina pelomedo com o objetivo de criar um

consentimento no trabalhador em rela-ção ao seu comportamento.Uma dasdificuldades citadas pela procuradoraé a dificuldade para identificar quaisas condutas que caracterizam assédiomoral, já que a maior parte são “líci-tas”. Ela utilizou como exemplo a prá-tica corriqueira de transferir o traba-lhador para outro setor da empresasem que haja redução de salário. “Emtese é lícito, mas se for comprovado queesta conduta foi para puni-lo, ela éconsiderada uma atitude abusi-va.”Adriane deu dois exemplos do cha-mado assédio moral organizacional: ocontrole de tempo sobre uso do banheiroe as metas abusivas e intangíveis. “Aprimeira medida efetiva para combatero assédio moral é o cumprimento e orespeito às normas já existentes”, disse.

O presidente do Sindicato dos Ban-cários do Rio, Almir Aguiar, destacou aimportância do projeto para os tra-balhadores e para a categoria bancáriaem especial. “A nossa categoria é umadas que mais sofrem o assédio moral ea pressão por metas absurdas, resultandonum alto índice de bancários vítimas dedoenças ocupacionais. Os parlamen-tares precisam definir um projeto comumpara que a legislação seja mais umimportante instrumento de luta contraesta terrível forma de violência psico-lógica no trabalho”, afirma.

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