Barroco

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BARROCO A arte da Indisciplina

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BARROCO

A arte da Indisciplina

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Durante a crise do Renascimento, que teve como duas de suas causas as imposições do catolicismo e divergências religiosas, surge um novo estilo artístico, Barroco, que tem como principais características: o uso de “alegorias”; frases interrogativas; ordem inversa; cultismo e conceptismo.

A primeira expressa a efemeridade e instabilidade das coisas e usa de palavras como: fumaça, vento, chama, neve, água, espuma, etc. Como pode-se ver em um trecho de um poema de Francisco Rodrigues Lobo, um dos grandes discípulos de Camões:

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“Entre essas ondas claras, duvidosas,Levai ao largo mar, com turva vela,Tristes queixumes, lágrimas queixosas”

Quanto ao uso de frases interrogativas, estas são usadas para refletir a incerteza e dúvida do homem barroco, como já dizia Gregório de Matos em seus versos:

“Porém, se acaba o Sol, por que nascia?Se tão formosa a Luz é, por que não dura?”

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 Principais Características do Barroco:

Interesse por temas religiosos, os dualismos que refletem o conflito espiritual do homem barroco;

A morbidez, como forma de acentuar o sentido trágico da vida;

O emprego constante de figuras de linguagem;

O uso de uma linguagem requintada; A efemeridade do tempo; Cultismo; Conceptismo; O jogo do claro e escuro.

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A Efemeridade: O homem barroco tem consciência de que a vida é passageira, e, por isso, é preciso pensar na salvação d vida espiritual. Mas já que a vida é passageira porque não aproveitar, goza-la antes que acabe, o que resulta na contradição, salvação ou pecado? Se há pecado não há salvação.

Carpe Diem.

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Cultismo: O jogo de palavras, o excesso de emprego de figuras de linguagem, também conhecido como Gongorismo, Influência do poeta Luís de Gôngora, o cultismo explora efeitos como sonoridade, cor, tom, forma, volume, imagens violentas e fantasiosas, recursos que sugerem enfim a superação do limite da realidade.

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Conceptismo: É o jogo de ideias, constituído pela sutileza do raciocínio e do pensamento lógico. Manifesta-se na prosa e na poesia.

Jogo de claro-escuro: embora se apresente mais nas artes plásticas, o Barroco aprecia fundir a luz à sombras, o que traduz o desejo de fundir a razão à emoção/sensação.

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PRINCIPAIS AUTORES Padre Antônio Vieira

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Vieira é a principal expressão do Barroco em Portugal. Ele teve sua obras tanto no barroco Português como no Brasileiro, a maior delas foi escrita no Brasil e esta relacionada com suas atividades religiosas, conselheiro do rei D. Joao IV, mediador e representante econômico e politico do País.

Pregou à índios, brancos, negros, a todas as raças. Suas ideias politicas foram postas em prática por meio da catequese, defendendo o Índio e a colônia em favor de Portugal, por ocasião da invasão holandesa.

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Gregório de Matos

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É o maior poeta Barroco Brasileiro; Fundou o poema Lírico e satírico; Primou pela irreverência, foi assim como

pessoa e poeta. Chocando valores e falsa moral do seu tempo da sociedade baiana.

Usando vocabulário de baixo calão, denunciou as contradições e falsidades daquela sociedade.

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Sátira Que falta nessa cidade?... Verdade Que mais por sua desonra?... Honra Falta mais que lhe ponha?...vergonha.

O demo a viver se exponha, Por mais que a fama a exalta, Numa cidade, onde falta Verdade, Honra, Vergonha.

Que vai pela clerezia?.....Simonia E pelos membros da igreja?.......Inveja Cuidei, que mais se lhe punha.....Unha.

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Demais Autores BENTO TEIXEIRA (1561-1600) Poesia Épica: "Prosopopeia", obra publicada em

Lisboa no ano de 1601; é considerada o marco inicial do Barroco literário no Brasil, e tida, por algum tempo, como o primeiro poema impresso de autor brasileiro. Entretanto, descobriu-se, mais tarde, que Bento Teixeira se passava por pernambucano, quando, na verdade, era natural da cidade do Porto (Portugal). Prosopopeia é de influência camoniana - a semelhança de Os Lusíadas -, composta com 94 estrofes de versos decassílabos em oitava heroica (AB, AB, AB, CC). Feita com a finalidade de louvar a D. Jorge de Albuquerque Coelho, donatário da Capitania de Pernambuco.

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MANUEL BOTELHO DE OLIVEIRA (1636-1711)

Poesia: "Música do Parnaso" (coletânea de poemas) – obra publicada em Lisboa, em 1705. Dividida em quatro coros de rimas – portuguesas, castelhanas, italianas e latinas. Destaca-se o poema A Ilha da Maré e os sonetos dedicados à amada Anarda, sua musa soberana. Botelho foi o primeiro escritor nascido no Brasil a ter um livro publicado.

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FREI MANOEL DE SANTA MARIA ITAPARICA (1704-?)

Poesia: "Eustáquidos" (1769) - Epopeia sacra e tragicômica poema sacro, sobre a vida de Santo Eustáquio. Nesta obra encontra-se a Descrição da Cidade da Ilha de Itaparica, apologia hiperbólica (exagerada) da paisagem brasileira.

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PADRE ANTÔNIO VIEIRA (1608-1697) Foi o maior pregador do seu tempo;

defensor dos negros, dos índios e dos cristãos-novos (judeus convertidos). A defesa dos cristãos-novos e valeram-lhe o ódio da Inquisição que o processou por opiniões heréticas. Foi condenado a dois anos de reclusão em uma casa jesuítica e o impedimento de pregar. Anistiado por D. Pedro, regressou ao Brasil em 1681. Pertence tanto à nossa literatura quanto a portuguesa.

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[GREGÓRIO DE MATOS] GUERRA (1633-1693)

Apelido: Boca do Inferno (devido linguagem maliciosa e ferina com que criticava pessoas e instituições da época).

Advogado formado em direito pela universidade de Coimbra. Foi o mais importante poeta do Barroco Brasileiro.

Sua obra nunca foi publicada em vida, o que ocasionou muitos problemas de autoria. Permaneceu inédita até o século XX quando a Academia Brasileira de Letras publicou, entre 1923 e 1933, seis volumes: I. Poesia Sacra; II. Poesia Lírica; III. Poesia Graciosa; IV. e V. Poesia Satírica e VI. Últimas.

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Bento Teixeira

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Manoel de Oliveira

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Se é verdade o que diz Horácio, que Poetas e Pintores estão no mesmo predicamento; e estes para pintarem

perfeitamente uma Imagem, primeiro na lisa távoa fazem rascunho, para depois irem pintando os membros dela extensamente, até realçarem as tintas, e ela ficar na fineza de sua perfeição; assim eu, querendo dibuxar com obstardo pinzel de meu engenho a viva Imagem da vida e feitos memoráveis de vossa mercê,

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quis primeiro fazer este rascunho, para depois, sendo-me concedido por vossa mercê, ir mui particularmente pintando os membros desta Imagem, se não me faltar a tinta do favor de vossa mercê, a quem peço, humildemente, receba minhas Rimas, por serem as primícias com que tento servi-lo. E porque entendo que as aceitará com aquela benevolência e brandura natural, que costuma, respeitando mais a pureza do ânimo que a vileza do presente, não me fica mais que desejar, se não ver a vida de vossa mercê aumentada e estado prosperado, como todos os seus súditos desejamos.

Beija as mãos de vossa mercê: (Bento Teixeira) Seu vassalo.

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Vassalagem é um nome comum e econômico que foi usado principalmente na Idade Média onde um indivíduo, denominado vassalo, oferece ao senhor ou suserano, fidelidade e trabalho em troca de proteção e um lugar no sistema de produção. 

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REFERÊNCIAS http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&site=img

hp&tbm=isch&source=hp&biw=1092&bih=533&q=barroco&oq=barroco&gs_l=img.3...427.1377.0.1599.7.6.0.0.0.0.0.0..0.0...0.0.0..1ac.1.17.img.qOMvCRI-Pn8

http://www.google.com.br/imgres?q=padre+antonio+vieira&hl=pt-BR&biw=1092&bih=533&tbm=isch&tbnid=OQGz0-xY_SOaqM:&imgrefurl=http://laudaamassada.blogspot.com/2012/11/mensagem-do-padre-antonio-vieira-para-o.html&docid=MdEPhFlXEDV2NM&imgurl=http://4.bp.blogspot.com/-mW6w5LMCxPQ/ULEramZ6eiI/AAAAAAAAKH0/ZYdj5cpLjQs/s400/Padre_Ant%2525C3%2525B3nio_Vieira.JPG&w=831&h=544&ei=LAfaUbv6Nqm80gGOtIHYBg&zoom=1

http://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/2516756

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Lírico O termo “lírico” vem do latim (lyricu) e quer dizer

“lira”, um instrumento musical grego. Durante o período da Idade Média os poemas eram cantados e divididos por métricas (a medida de um verso, definida pelo número de sílabas poéticas). A combinação de palavras, aliterações e rima, por exemplo, foram cultivadas pelos poetas como forma de manter o ritmo musical. Logo, essa é a origem da métrica e da musicalidade na poesia. A temática lírica geralmente envolve a emoção, o estado de alma, os pensamentos, os sentimentos do eu-lírico, e também os pontos de vista do autor e, portanto, é inteiramente subjetiva.Esse gênero é geralmente expresso pela poesia, contudo, não é toda poesia que pertence ao gênero referido, já que dependerá dos elementos literários inseridos nela.

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Épico A palavra “épos” vem do grego e significa

“versos” e, portanto, o gênero épico é a narrativa em versos que apresenta um episódio heroico da história de um povo. Na estrutura épica temos: o narrador, o qual conta a história praticada por outros no passado; a história, a sucessão de acontecimentos; as personagens, em torno das quais giram os fatos; o tempo, o qual geralmente se apresenta no passado e o espaço, local onde se dá a ação das personagens.