Barroso - aoutravoz.info - Uma outra voz sobre o país e o ... · AZEVEDO, de 73 anos, ......

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Director: Carvalho de Moura Ano XXXI, Nº 477 Montalegre, 31.08.2015 Quinzenário E-mail:[email protected] 0,90 € (IVA incluído) Barroso Noticias de A Malhada em Paredes do Rio Pondras em movimento Em Pondras uma dinâmica Associação que dá pelo nome de «Pondras em Movimento» brinda os seus conterrâneos com actividades culturais que justificam bem o destaque. Além de juntar o povo à volta das manifestações programadas, contribui para enaltecer o ânimo barrosão dos seus filhos espalhados por todo o mundo. P2 Histórias de Vidas Nos nossos dias, os livros surgem às catadupas como cogumelos. Hoje, trazemos ao conhecimento dos nossos leitores duas obras sendo que a primeira, Histórias de Vidas, foi lançada em Lisboa pela Chiado Editora, é da autoria dum grande amigo de Barroso, Dr João Soares Tavares e trata de coisas e vidas de barrosões. P4 Férias Estragadas O Dr Manuel Ramos faz uma exaustiva análise de certos eventos de cariz municipal e, sem rodeios, conclui que os ditos lhe estragaram as férias. Uma Incursão na PIDE no Norte Enes Gonçalves conclui nesta edição a série de trabalhos sobre a PIDE no norte do país e, em particular, nos concelhos de Montalegre e Boticas. Na próxima edição, este colaborador reaparece com nova série de textos sob o título “Para a História da 1.ª República parte II”. Desde já se chama a atenção para esta nova apresentação que, estamos certos, irá surpreender sobretudo os montalegrenses. P6 FAURECIA Trata-se duma empresa recentemente criada em Bragança que vai criar 500 postos de trabalho. É um exemplo que o Dr António Chaves, como economista e autor consagrado, mais uma vez, nos dá a conhecer e que defende que, ao contrário do que possa parecer, certas políticas seguidas pelos municípios não trazem quaisquer progressos para a região. P7 Os Caminhos de S. Tiago Para além d’Os Caminhos de S. Tiago que ainda hoje são uma escola de vida, o Pe Vitor Pereira, no post scriptm, fala da homenagem prestada ao Fernando Moura que, segundo ele, não terá tido a adesão de muita gente, a começar pela Santa Missa em sua homenagem. Tem razão o Pe Vitor, no entanto a falta de pessoas pode ficar a dever-se à deficiente divulgação do evento. A Câmara terá de rever as políticas de comunicação que, tal como estão, não chegam à maior parte dos barrosões. P11 Muitas foram as manifestações culturais do verão e, em particular, do mês de Agosto. De algumas fizemos o devido relato, de outras não foi possível. Neste caso, que nos desculpem os leitores que supostamente se sintam defraudados. Esperamos que compreendam que um periódico local como é o Notícias de Barroso não tem meios para chegar a todo o lado. As festividades do verão são indicadores de vida da população de Barroso mormente dos emigrantes que gostam da terra natal e por ela são capazes de tudo, mesmo de sacrifícios se necessário. Tudo bem. O que já não se compreende é que se façam actividades culturais em aldeias vizinhas nos mesmos dias e horas. A inevitável consequência da dispersão das pessoas leva a que alguns eventos não tenham (nem podem ter) a devida projecção. E, deste modo, todos ficamos a perder. A autarquia através do pelouro da cultura poderá ter neste capítulo um papel moralizador. Francisco Gonçalves com os vinhos MONT’ALEGRE O XXVII Concurso Pecuário da Raça Barrosã em Salto Francisco Gonçalves, enólogo formado na UTAD (Vila Real), teve a ideia inovadora de dar o nome «Mont’Alegre» a uma produção de vinhos de montanha. Montalegrense com raizes em Vilar de Perdizes, faz jus aos vinhos que antigamente deram algum nome a esta terra fronteiriça. Francisco Gonçalves propõe-se apresentar uma marca de vinhos, já no mercado, oriundos de vinhas do Alto Douro com o estágio e envelhecimento na vila de Montalegre. Com um investimento de cerca de 300 mil euros, o projecto tem duas referências: Mont’Alegre Clássico Tinto 2013 e Mont’Alegre Clássico Branco 2014. Postos à venda em diversos postos, não só pela marca mas também pela qualidade e novidade, os vinhos de Francisco têm sucesso garantido. A Associação Nacional dos Criadores de Gado de Raça Barrosã promoveu, no Parque Natural do Torrão da Veiga, de Salto, o XXVII Concurso Pecuário da Raça Barrosã. Na mostra estiveram, segundo a organização, mais de 80 animais e com a nota particular de se ver, em cada ano que passa, maior afluência dos produtores do concelho de Montalegre, o que é sinal de grande satisfação para todos. Das terras de Basto e do Minho continuam a aparecer os melhores exemplares da raça barrosã mas os de Salto, este ano, marcaram presença destacada.

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Director: Carvalho de Moura

Ano XXXI, Nº 477Montalegre, 31.08.2015

Quinzenário

E-mail:[email protected]

0,90 € (IVA incluído) BarrosoNoticias de

A Malhada em Paredes do Rio

Pondras em movimento

Em Pondras uma dinâmica Associação que dá pelo nome de «Pondras em Movimento» brinda os seus conterrâneos com actividades culturais que justificam bem o destaque. Além de juntar o povo à volta das manifestações programadas, contribui para enaltecer o ânimo barrosão dos seus filhos espalhados por todo o mundo.

P2

Histórias de Vidas

Nos nossos dias, os livros surgem às catadupas como cogumelos. Hoje, trazemos ao conhecimento dos nossos leitores duas obras sendo que a primeira, Histórias de Vidas, foi lançada em Lisboa pela Chiado Editora, é da autoria dum grande amigo de Barroso, Dr João Soares Tavares e trata de coisas e vidas de barrosões.

P4

Férias Estragadas

O Dr Manuel Ramos faz uma exaustiva análise de certos eventos de cariz municipal e, sem rodeios, conclui que os ditos lhe estragaram as férias.

Uma Incursão na PIDE no Norte

Enes Gonçalves conclui nesta edição a série de trabalhos sobre a PIDE no norte do país e, em particular, nos concelhos de Montalegre e Boticas.

Na próxima edição, este colaborador reaparece com nova série de textos sob o título “Para a História da 1.ª República parte II”. Desde já se chama a atenção para esta nova apresentação que, estamos certos, irá surpreender sobretudo os montalegrenses.

P6

FAURECIA

Trata-se duma empresa recentemente criada em Bragança que vai criar 500 postos de trabalho. É um exemplo que o Dr António Chaves, como economista e autor consagrado, mais uma vez, nos dá a conhecer e que defende que, ao contrário do que possa parecer, certas políticas seguidas pelos municípios não trazem quaisquer progressos para a região.

P7

Os Caminhos de S. Tiago

Para além d’Os Caminhos de S. Tiago que ainda hoje são uma escola de vida, o Pe Vitor Pereira, no post scriptm, fala da homenagem prestada ao Fernando Moura que, segundo ele, não terá tido a adesão de muita gente, a começar pela Santa Missa em sua homenagem.

Tem razão o Pe Vitor, no entanto a falta de pessoas pode ficar a dever-se à deficiente divulgação do evento. A Câmara terá de rever as políticas de comunicação que, tal como estão, não chegam à maior parte dos barrosões.

P11

Muitas foram as manifestações culturais do verão e, em particular, do mês de Agosto. De algumas fizemos o devido relato, de outras não foi possível. Neste caso, que nos desculpem os leitores que supostamente se sintam defraudados. Esperamos que compreendam que um periódico local como é o Notícias de Barroso

não tem meios para chegar a todo o lado.

As festividades do verão são indicadores de vida da população de Barroso mormente dos emigrantes que gostam da terra natal e por ela são capazes de tudo, mesmo de sacrifícios se necessário. Tudo bem.

O que já não se compreende é

que se façam actividades culturais em aldeias vizinhas nos mesmos dias e horas. A inevitável consequência da dispersão das pessoas leva a que alguns eventos não tenham (nem podem ter) a devida projecção. E, deste modo, todos ficamos a perder.

A autarquia através do pelouro da cultura poderá ter neste capítulo um papel moralizador.

Francisco Gonçalves com os vinhos MONT’ALEGRE

O XXVII Concurso Pecuário da Raça Barrosã em Salto

Francisco Gonçalves, enólogo formado na UTAD (Vila Real), teve a ideia inovadora de dar o nome «Mont’Alegre» a uma produção de vinhos de montanha. Montalegrense com raizes em Vilar de Perdizes, faz jus aos vinhos que antigamente deram algum nome a esta terra fronteiriça. Francisco Gonçalves propõe-se apresentar uma marca de vinhos, já no mercado, oriundos de vinhas do Alto

Douro com o estágio e envelhecimento na vila de Montalegre.

Com um investimento de cerca de 300 mil euros, o projecto tem duas referências: Mont’Alegre Clássico Tinto 2013 e Mont’Alegre Clássico Branco 2014.

Postos à venda em diversos postos, não só pela marca mas também pela qualidade e novidade, os vinhos de Francisco têm sucesso garantido.

A Associação Nacional dos Criadores de Gado de Raça Barrosã promoveu, no Parque Natural do Torrão da Veiga, de Salto, o XXVII Concurso Pecuário da Raça Barrosã.

Na mostra estiveram, segundo a organização, mais de 80 animais e com a nota particular de se ver, em cada ano que

passa, maior afluência dos produtores do concelho de Montalegre, o que é sinal de grande satisfação para todos.

Das terras de Basto e do Minho continuam a aparecer os melhores exemplares da raça barrosã mas os de Salto, este ano, marcaram presença destacada.

31 de Agosto de 20152 BarrosoNoticias de

LUIZA LOPES DA COSTA, de 77 anos, casada com Domingos Gonçalves Venâncio, natural da freguesia de Reigoso e residente em Ladrugães, faleceu no Hospital de Chaves no dia 18 de Agsto.GLÓRIA DE JESUS DE MOURA, de 95 anos, viúva de Francisco de Jesus Batista, natural de Padroso e residente em Montalegre, faleceu no dia 18 de Agosto em Chaves, sendo enterrada no cemitério de Montalegre.DOMINGOS GIL GONÇALVES DO ANDRÉ, de 80 anos, casado com Lucinda Alves Lopes, natural e residente em Padornelos, faleceu no dia 19 de Agosto.JOSÉ FIDALGO, de 82 anos, casado com Ana Lopes Gonçalves Fidalgo, natural da freguesia de Paradela e residente em Ponteira, desta mesma freguesia, faleceu em 23 de Agosto.JOSÉ RODRIGUES, de 91 anos, casado com Maria Júlia Gonçalves Pereira, natural de Cabeceiras de Basto, e residente em Salto faleceu no passado dia 21 de Agosto no Hospital de Chaves.ALFREDO CORREIA BARROSO DE AZEVEDO, de 73 anos, casado com Maria Isabel Borralha Ribeiro, natural da freguesia de Bucos, Cabeceiras de Basto, e residente em Salto, concelho de Montalegre, faleceu no Hospital de Chaves no dia 22 de Agosto.DOMINGOS DA SILVA, de 83 anos, casado com Luisa Lopes Tomé, natural da freguesia de Reigoso e residente em Ladrugães, desta freguesia, faleceu no dia 21 de Agosto 2015.JOSÉ AFONSO, de 74 anos, solteiro, natural de Padroso e residente em Sabuzedo, freguesia de Mourilhe, onde faleceu no dia 20 de Agosto, sendo enterrado no cemitério de Mourilhe.TERESA DE OLIVEIRA TEIXEIRA, de 93 anos, viúva de Adriano Morais Teixeira, natural de Painzela, cabeceiras de Basto, e residente em Venda Nova onde foi sepultada, faleceu no passado dia 24 de Agosto.JOÃO BATISTA PEREIRA PIRES, de 76 anos, casado com Glória Pereira Martins, natural e residente em Vila da Ponte, faleceu no Hospital de Chaves no dia 26 de Agosto. GLÓRIA DE JESUS LOPES, de 94 anos, viúva de Amândio Ildefonso, natural e residente em Montalegre, faleceu no Hospital de Chaves no dia 26 de Agosto 2015.ERMELINDA DA COSTA RODRIGUES, de 97 anos, viúva de Bernardino Lourenço, natural e residente em Cambeses do Rio, faleceu no Hospital de Chaves, no dia 26 de Agosto.ARMINDA DA GLÓRIA DE JESUS, de 92 anos, viúva de Manuel Fernandes Pinheiro, natural da freguesia de Salvador do Monte, concelho de Amarante, e residente em Montalegre, faleceu no Hospital de Chaves, dia 28 de Agosto.ARMINDA AFONSO, de 91 anos, solteira, natural e residente em Friães, freguesia de Viade de Baixo, faleceu no Hospital de Chaves no dia 30 de Agosto.

PAZ ÀS SUAS ALMAS!

CORTEJO CELESTIALPONDRAS em Movimento

Actividades de Verão e Noite de FadosNo âmbito do programa de

actividades desenvolvido pela Associação Pondras em Movimento para o corrente ano, realizou-se no passado dia 9 de Agosto, a Festa do Emigrante, evento que já vem de edições anteriores.

O programa consistiu num lanche convívio, acompanhado de música ao vivo a cargo do artista Luís Muxima, que brindou os presentes com variados estilos e ritmos musicais e muita animação pela noite dentro (ver fotos).

Na sequência deste, decorreram, nos dias 10 e 18 de Agosto, mais dois convívios, com vista à confraternização dos residentes com os seus familiares deslocados, reforçando assim laços sociais e culturais.

O sucesso destes convívios leva a Associação a querer fazer mais e melhor. Nesse sentido, já está agendada mais uma actividade, a Noite de Fados.

Aguardada com muita expectativa, depois do sucesso da edição 2013, será no dia 26 de Setembro e tem já confirmada a presença da incontornável

fadista Cláudia Madur. Os interessados em obter

mais informações sobre esta actividade devem contactar a Associação através do e-mail: [email protected].

A associação aproveita para agradecer a todos aqueles que têm colaborado e contribuído para o êxito das suas actividades. Juntos somos mais fortes.

Associação Pondras em Movimento

MONTALEGREMorreu o escritor Bento da Cruz

Bento da Cruz nasceu a 22 de Fevereiro de 1925 na aldeia de Peireses, freguesia da Chã, deste concelho de Montalegre. Faleceu no Porto, no passado dia 26 de Agosto de 2015 e foi sepultado na aldeia natal. Licenciado em Medicina pela Universidade de Coimbra, exerceu nos Pisões como médico contratado pela HICA, fixando residência no Porto.

Como escritor é autor de uma obra vasta de que destacamos Planalto em Chamas, Ao longo da Fronteira, Filhas de Loth, Contos de Gostofrio, Histórias da Vermelhinha, a Fárria e Prolegómenos (3 volumes).

A sua obra consta em antologias. Foi director do jornal Correio do Planalto, jornal quinzenário que fundou logo após o 25 de Abril e se manteve inalterado, no seu formato, durante 40 anos.

A Câmara de Montalegre prestou-lhe muitas e variadas homenagens.

(Ainda sobre Bento da Cruz ver o texto de Lita Moniz na P13)

Gabinete de Inserção Profissional

Depois de uma curta paragem, está de volta ao concelho de Montalegre o chamado Gabinete de Inserção Profissional (GIP). A notícia foi tornada pública na assinatura de um contrato entre a Câmara Municipal de Montalegre, representada pelo presidente Orlando Alves, e o Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P. (IEFP, IP), no rosto de Jaime Abreu, diretor do Centro de Emprego e Formação Profissional do Alto Tâmega. A sessão protocolar ocorreu

no auditório da biblioteca municipal onde o líder da autarquia começou por explicar o porquê desta retoma: «a paragem e o regresso do Gabinete de Inserção Profissional resultam das orientações

do Instituto de Emprego e Formação Profissional. Fomos contemplados com a reinstalação deste gabinete e rejubilamos com isso». Orlando Alves fala numa mais valia a todos os níveis: «é mais uma oportunidade de emprego para alguém que precisa. É também uma oportunidade muito grande para os jovens que a partir de agora poderão pensar em múltiplas facetas que vão dispensar a deslocação a Chaves ou a qualquer outro ponto do nosso país».

Fonte: cm-montalegre

GRALHASO fogo atingiu o Larouco

No dia 22, um incêndio começou a lavrar na serra do Larouco, bem lá no cimo na vertente para Gralhas. Em três frentes, o fogo alastrou mais na frente leste para os lados de santo André. Os outros focos não evoluiram muito porque entretanto o nevoeiro e a noite de sábado para Domingo carregaravam humidade que dificultou a progressão. No Domingo, sobretudo à tarde, alguma chuva miudinha acabou

por apagar os fogos.

SABUZEDOHomem aparece morto em casa

José Afonso, de 74 anos, solteiro, natural de Padroso e residente em Sabuzedo, freguesia de Mourilhe, faleceu no dia 20 de Agosto. Descoberto em sua casa, ainda foi transportado para o Hospital de Chaves mas já sem vida. Ali foi autopsiado. Segundo informações de pessoas da localidade, José tinha uma vida de muitas carências e supõe-se que dependente do alcool. Tinha 74 anos.

SEARA VELHAP.e Diogo Martins homenageado

O Montalegense Pe António Diogo Martins foi homenageado pelo povo de Seara Velha por ter completado 25 anos de permanência e aturado trabalho em prol desta terra, do concelho de Chaves.

A iniciativa que partiu da Junta de Freguesia de Soutelo e Seara Velha e teve a grande adesão da comunidade local.

Desta forma a comunidade manifestou ao Pe Diogo o seu profundo sentimento de gratidão e justiça considerando que, ao longo destes 25 anos, ele através da sua postura alegre e sempre amiga foi um pilar da comunidade que a todos conseguiu unir numa fraterna comunhão de sentimentos.

A circunstância foi aproveitada para se inaugurar a Casa Mortuária de Seara Velha, obra levada a efeito pela Comissão Fabriqueira da Paróquia que contou com a colaboração da Junta de Freguesia, da Câmara Municipal de Chaves e dos habitantes da localidade.

Parabéns ao amigo P.e Diogo cuja homenagem também engrandece o povo barrosão.

GRIPE - sinal de esperança

A mutação constante do vírus “Influenza”, responsável pela gripe, faz com que seja necessário tomar uma dose anual da vacina. Pois bem, a ciência poderá agora ter dado um passo decisivo para a criação de uma espécie de vacina universal contra a gripe, adaptada e resistente a todas as mudanças do vírus.

A revelação foi, dia 24 de Agosto, em duas das mais prestigiadas revistas de ciência do mundo, a Science e a Nature medicine.

Autarcas ameçam governo com não pagar a água

A guerra entre autarcas e Governo sobre a reestruturação do setor das águas agudiza-se. Pela primeira vez, um tribunal deu ordem de suspensão a um dos processos conduzidos pelo Governo, nas Águas do Norte.

Desde que o processo de reestruturação do setor começou que chovem processos em tribunal das autarquias contra o governo. Sobre as ações principais não há ainda decisões, mas o recurso de uma das providências cautelares (avançada por nove municípios) abriu, pela primeira vez, uma brecha no processo, ao decretar a suspensão da atuação de um dos novos sistemas.

O governo diz que a decisão é inconsequente porque a reestruturação está feita, mas há oito municípios que se recusam agora a pagar a água porque a nova empresa está (segundo os próprios) impedida de passar faturas.

31 de Agosto de 2015 3BarrosoNoticias de

Barroso da Fonte

Fusão dos jornais locais: estaria de acordo se...

Bento Monteiro, pseudónimo que não consigo identificar, mas que vem clarificando muita coisa errada que por cá se passa e se exerce, descaradamente, sem que haja consequências para os seus autores, escreveu neste mesmo quinzenário de 17 do corrente, mais de meia página, com verdades como punhos. Os pecadilhos que aborda já vêm de longe e resumem-se a fundamentalismos bacocos que seria fácil ultrapassar se não vingasse o ditado popular: «quem está com o poder come, quem não está nem come nem cheira». Esta prática já vem do Estado Novo. Mas extremou-se com os excessos democráticos ao longo dos quarenta anos de regime, cada vez mais corrompido e generalizado. Na minha longa carreira de jornalista (a caminho de 63 anos) de militância ativa, combati muito atrevimento, incomodei muito político (antes e depois da revolução de Abril), denunciei muita pulhice. Já fiz alguns desses registos no livro 60 anos de jornalismo de causas e casos (2013). Mas nunca é excessivo repisar. Porque uma das maiores virtudes deveria ser a equidade social. E cada vez ela ganha mais terreno.Algumas dessas arbitrariedades políticas tiveram consequências imediatas. Cito a denúncia que

fiz no Jornal Notícias de Chaves, de 9 de Maio de 1970, quando assinei o artigo: «Procuram-se 100 contos». A República transcreveu esse artigo que acusava a Câmara de Chaves de pagar 170 contos por um carro do lixo, quando esse carro, fora reconstruido há sete anos. E não valeria, agora, mais de 70. O carro recolheu ao armazém, o negócio foi desfeito e a Câmara recuperou os 100 contos. Estávamos no auge do chamado «fascismo». Um segundo caso passou-se com a Universidade do Minho. Foi criada por Veiga Simão, em 1973. O ministério encomendou o projeto da sua localização à Profabril que apontou o Campus universitário das Taipas, no concelho de Guimarães. Distava a 17 km da cidade de Braga. Na altura Braga era o dormitório de Guimarães e usufruía da influência dos seus gestores políticos. A verdade é que quando tudo estava a postos para iniciar as obras, de acordo com o parecer técnico, eis que as obras começam com o restauro de um velho edifício no Largo do Paço, na Rua do Souto, em Braga. Acabara eu de chegar a Guimarães, já na altura como correspondente do JN, funções que ai prossegui até 1982. Passei a escrever semanalmente no Notícias de Guimarães «os temas ao acaso». Nesses e noutros jornais fui aflorando «o assalto» que as politiquices fizeram à cidade, onde vivo e da qual vim a ser Vereador, a tempo inteiro e deputado Municipal. Durante doze anos, quer na CM quer na AM, sempre lutei contra esse tipo de arbitrariedades. A UM moveu-me um processo judicial que levou 6 anos a organizar. Quando já tinha julgamento marcado, tive conhecimento de

que o Presidente da Comissão Instaladora da UM, tinha (ele) 2 processos, no TIC de Braga, tão melindrosos que se encontravam em segredo de Justiça. Nessa altura e, por esse motivo, o meu julgamento foi adiado sine die, isto é, até que fossem julgados aqueles dois. Como nunca foram julgados, aquele que era contra mim foi arquivado e o julgamento nunca se fez. Tive pena porque muitos catedráticos que vieram a ser, nunca lá teriam chegado. O tal arguido que me mandou processar, foi transferido para o Algarve. E lá morreu. Já na Câmara de Guimarães e como responsável dos Serviços Administrativos e do pessoal descobri uma fraude que durava desde 1974 e que já tinha custado 25 mil contos, atribuídos a 2 guardas campestres, fictícios, que eram promovidos, tinham férias, assistência médica etc. Descobriu a fraude em 1986. Três anos depois, dois guardas florestais que haviam sido aliciados, foram condenados a 18meses de cadeia, com pena suspensa. Com denunciante e representando da Câmara lesada, fui ouvido em julgamento. Nesse local, onde nunca havia estado e nunca mais estive, pude depor: Senhores Juízes: estes guardas florestais não têm culpa dos milhares de contos deitados fora. Eu gostava de ver aqui, nos seus lugares, os responsáveis que, como chefes e decisores políticos, criaram e mantiveram tal situação durante 13 anos. Um desses autarcas ainda recentemente recebeu uma comenda das mãos do Presidente da República. Se tiver saúde e vida escreverei tudo isto, em próximos tempos, para memória futura.Retomo as afirmações de Bento

Monteiro exaradas na página 5 da última edição de Notícias de Barroso.Tenho moral para o afirmar publicamente mesmo que continue a figurar na lista negra pela qual passei muitos anos. De resto não me dei bem com o exercício partidário. E, em 2011, desfiliei-me por razões culturais, do partido pelo qual fui eleito. Entre 1984 e 2009 assisti a muita injustiça, muita subjetividade e muita hipocrisia. Nunca esse partido tinha ou voltou a ganhar as eleições em Guimarães.A experiência que fiz nessa câmara, com 11 vereadores, com 14 milhões de contos de orçamento anual e com uma oposição verrinosa que apenas moderou os ímpetos quando lhe foram distribuídos pelouros, fez-me ver que a política usa truques que serve muitos, mas desagrada a muitos mais. Percebendo que a impunidade democrática, em política de nível rastejante, vale mais do que todas as boas intenções, decidi produzir despachos que vigoraram quatro anos. Dois deles tiveram a ver com o apoio a autores e artistas e também com os critérios de distribuição de publicidade a jornais, a associações concelhias e a obras de raiz. Ninguém contestou. Se fossem aplicadas pela Câmara de Montalegre, Bento Monteiro, não teria razões para escrever o justo reparo que fez e que tem a máxima oportunidade. Nesse artigo, transcreve Bento Monteiro uma afirmação de Orlando Alves na última AM: «não espero nada da imprensa local, uma vez que os 3 são todos demasiadamente politizados. Deveriam fundir-se num só, onde todas as forças tivessem a oportunidade de se expressar». O Presidente da Câmara

reconheceu que os três jornais do concelho de Montalegre são todos iguais, dando voz à opinião partidária que cada um proclama. O que não disse é que dois são pagos por aqueles que o escrevem, o pagam e têm que o fazer chegar aos seus leitores. Mas só um e, por sinal, o mais politizado, recebe toda a publicidade institucional da Câmara, subsídios em horas de crise e colaboração técnica de funcionários municipais. É essa a réplica de Bento Monteiro, o que corresponde àquilo que sempre se passou com esse órgão oficioso do partido que gere a Câmara desde que Carvalho de Moura perdeu a presidência. «O que nos deve preocupar a todos – afirma Bento Monteiro – é a forma como os dinheiros públicos são aplicados e que muitas vezes favorecem «apenas os nossos». Como autarca com essa responsabilidade, deparei-me, em 1986, com o mesmo tipo de tratamento na Câmara de Guimarães, (urbana de 1ª classe e com dimensão 15 vezes maior). Em 21 de Abril de 1986 redigi e ordenei a aplicação imediata: «no fim de cada ano todos os cinco jornais do concelho terão que beneficiar de montantes aproximados de publicidade distribuída pela Câmara». Durante 4 anos, essa matéria foi cumprida rigorosamente e não houve quaisquer reclamações. Foi a igualdade de tratamento que falou mais alto, fossem de direita, de esquerda ou de centro. Proceda Montalegre (e todas as autarquias e governo) do mesmo modo e acabará com essa falsa maneira de aplicar a democracia a todos os cidadãos, sejam de esquerda, de centro ou de direita. Em política séria não vale tudo.

A Associação Nacional dos

Criadores de Gado de Raça

Barrosã promoveu, no Parque

Natural do Torrão da Veiga,

de Salto, o XXVII Concurso

Pecuário da Raça Barrosã.

Na mostra estiveram,

segundo a organização, mais

de 80 animais e com a nota

particular de se ver, em cada

ano que passa, maior afluência

dos produtores do concelho de

Montalegre, o que é sinal de

grande satisfação para todos.

Das terras de Basto e do

Minho continuam a aparecer

os melhores exemplares da

raça barrosã mas os de Salto,

este ano, marcaram presença

destacada.

O XXVII Concurso Pecuário da Raça Barrosã em Salto

31 de Agosto de 20154 BarrosoNoticias de

Histórias de VidasNo dia 20 de Junho, em

Lisboa, teve lugar o lançamento

da obra «Histórias de Vidas»

do Dr João Soares Tavares,

investigador apaixonado pelo

norte e em especial pela nossa

terra de Barroso. A reunião

decorreu no «Desassosego Bar

e Café Livraria», na Rua de S.

Bento.

No acto estiveram outros

amigos barrosões radicados

na capital a quem aproveito

para agradecer o gesto de

solidariedade (Ver foto). O livro,

entre outras histórias, conta a

vida e obra de João Rodrigues

Cabrilho, o herói de 500

ignorado pelos portugueses.

Editado pela Chiado Editora,

uma das mais prestigiadas

editoras de Portugal, vai agora

correr mundo.

Gostei de lá estar para

acompanhar um ilustre amigo

de Barroso que voltou a

escrever e a divulgar a nossa

terra e também por me ver

rodeado de alguns ilustres

barrosões como foi o caso

do Dr Domingos Lucas, Dr.

Artur Couto e Manuel Ferreira

Martins. O tempo que é sempre

escasso e sobretudo na capital

ainda deu para uns minutos de

conversa e troca de opiniões

com estes amigos barrosões de

gema.

O Dr João Soares Tavares

era um homem satisfeito não

só pelo número de pessoas

presentes no acto mas também

por, dentre elas, ter alguns

transmontanos para quem

o livro tem o seu particular

interesse. Também porque

a apresentação do livro foi

antecedida por um momento

musical a cargo dum dos

seus netos o qual, apesar de

muito jovem, mostrou um

certo domínio sobre a viola e

execução quase perfeita das

músicas escolhidas.

Um agradecimento

especial ao Manuel Martins,

vendanovense a residir em

Lisboa, pela divulgação feita

nas redes sociais. Deste modo,

deu a conhecer a iniciativa a

outras pessoas que tiveram a

adequada informação sobre o

evento.

CM

Reapresentação do livro José Miranda já tinha feito uma

primeira apresentação deste livro na

feira do livro de Montalegre, com o título

mas achou que o devia reapresentar

no salão da sede da junta da freguesia

de Ferral, junto dos seus amigos e

conterrâneos. É a terceira publicação

que o autor faz. É um trabalho saudável

e importante que deve ser realçado.

Esta obra relata a vida difícil que um

militar tem quando destacado em zonas

operacionais, com foi o caso da Guiné.

Estiveram presentes

O senhor presidente

da CMM Orlando

Alves, o Presidente da

Assembleia Municipal

Dr. Fernando Rodrigues e

o Presidente da Junta de

Freguesia Aníbal Ferreira

que no uso da palavra

enalteceram as iniciativas

do autor incentivando-o a

continuar.

No final foi servido ou

lanche volante aos presentes.

Parabéns ao José Maria Alves

(Surreira)

Manuel Afonso Machado

Fotos do Dr Jaime Esteves

EXTRATOCertifico para efeitos de publicação que, por escritura lavrada no dia 31 de agosto de 2015, na Conservatória dos

Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre, a cargo de Maria Carla de Morais Barros Fernandes, Ad-junta da Conservadora, em exercício de funções notariais, exarada a folhas 31 e seguintes do livro 982-A, ANTÓNIO MARIA MACHADO BERNARDINO e mulher LUÍSA DIAS, casados em comunhão geral, ele natural da freguesia e concelho de Esposende e ela natural da freguesia de Negrões, deste concelho, onde residem na Rua da Corga da Cruz, n.º 2, declararam:

Que são donos, com exclusão de outrém, do seguinte bem imóvel situado na freguesia de Negrões, concelho de Montalegre:

- Prédio urbano situado em Serrães, no lugar de Negrões, composto de casa de rés-do-chão e primeiro andar, com a superfície coberta de vinte metros quadrados, a confrontar do norte com Ana Fernandes, sul e poente com E.D.P. e do o nascente com o caminho público, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 329.

Que, apesar de pesquisas efetuadas, desconhecem se o imóvel alguma vez esteve inscrito na matriz rústica, en-contra-se ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial de Montalegre e está inscrito na respetiva matriz em nome da justificante mulher.

Que não têm qualquer título de onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade do prédio, mas iniciaram a sua posse em mil novecentos e sessenta e seis, ano em que o adquiriram, por compra meramente verbal à então Hidroe-létrica do Cávado, S.A.R.L.

Que, desde essa data, sempre têm usado e fruído o indicado prédio, procedendo à sua conservação e restauração, lá guardando os seus haveres, pagando todas as contribuições por ele devidas e fazendo essa exploração com a cons-ciência de serem os seus únicos donos, à vista de todo e qualquer interessado e sem qualquer tipo de oposição, há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriram o direito de propriedade sob o prédio por USUCAPIÃO, que expressamente invocam para efeitos de ingresso do mesmo no registo predial.

Cartório Notarial de Montalegre, 31 de agosto de 2015O 1.º Ajudante, (Assinatura ilegível)

Conta: : Emol: Art.º 20.4.5) ------------ 23,00 €São: vinte e três eurosRegistado sob o n.º 500

Notícias de Barroso, n.º 477, de 31 de agosto de 2015

31 de Agosto de 2015 5BarrosoNoticias de

cont. P7

Tal como há dias em que não se pode sair de casa, assim há anos em que não se pode passar férias em Barroso. Ainda o mês de agosto ia a meio e já eu, olhando para trás, dei as minhas férias por estragadas e irrecuperáveis. Montalegre tem cada vez menos encanto para mim, sobretudo no mês de agosto por haver ruído a mais; e quanto mais observo a política local, menos prazer tenho em visitar Montalegre. Era preferível alhear-me da política local, como faz quase toda a gente, para ter paz e sossego, pelo menos durante as férias. Mas como gosto de contribuir para uma sociedade melhor…

Entre os muitos desencantos que arruinaram as minhas férias grandes, refiro três episódios: a Comenda da Ordem do [Des]mérito atribuída a Fernando Rodrigues; a II Semana do Barrosão, em Salto, que devia antes ser chamada a “Semana do Barrosinho”; e o livro de José Miranda Alves que tem por título “Passagem por uma guerra inútil”, mas que eu acho que devia ser antes “Memórias de um soldado poltrão”.

Mas vamos por partes.

1.º Desencanto: “A COMENDA DA ORDEM DO [DES]MÉRITO”

Cavaco Silva outorgou a Fernando Rodrigues uma comenda de mérito municipal e ele aceitou-a. Confesso que não esperava tal coisa do PR pelas seguintes razões: F. Rodrigues não deixou obra de qualidade. Não é que não tenha feito obra, porque qualquer pessoa (até um rústico e um inapto) faz obra se lhe derem um orçamento anual de quase 30 milhões de euros. Qualquer um com esse dinheiro espalha muito alcatrão, faz muita terra fresca e ergue muito pardieiro, só que não é obra de qualidade; não é obra que trespasse gerações, não é obra relevante e sustentável e que leve à fixação de pessoas.

Fernando Rodrigues fez muita obra porque lhe foi dado muito dinheiro, mas é obra com pouca qualidade; e também estourou muito dinheiro: ponte no monte, casa do Parque-Nacional em Paradela, o monstro do Multiusos equipado com cozinhas, piscinas, variante à Vila onde não passa ninguém, Pista automóvel, os dois Parques do Cávado quando não tem gente para meter num… No seu tempo o concelho perdeu 17,4% das pessoas (3.º pior resultado do

país) por década; e agarrou-se ao poder sem escrúpulos. Ora nada disto é “mérito”, nem nada disto merece reconhecimento público. Isto é “desmérito”, isto são factos.

Tal como eu não esperava que, oferecendo Cavaco a comenda, Fernando Rodrigues a aceitasse, já que dizia do PR “cobras e lagartos”. Ao apertar a mão e esboçar um sorriso ao Presidente não foi coerente com o seu passado. Uma coisa é certa: F. Rodrigues nunca daria a Cavaco um pine ou um simples crachá, muito menos uma comenda!

2.º DESENCANTO: “II SEMANA DO BARROSINHO”

Pelo segundo ano, foi festejada em Salto a Semana do Barrosão. Pretende-se valorizar o gado barrosão e consciencializar as mentes para o valor deste gado e desta carne. Até aqui, estou de acordo. No entanto, tudo não passou de uma grande festa com muito divertimento

e comezainas para cima de 33 mil euros. Só o cantor M. Carreira levou 19.557 euros, mas depois temos os restantes 12 (doze) grupos musicais: Grupo do Jogo do Pau; Os Corajosos; Grupo de Cantares de Salto; Cantares ao desafio - Fernando de Bagulhão e Adão Moura; Rapazões da Venda Nova; Grupo de Cavaquinhos da Raposeira; Amigos da Sobreposta; Rancho Folclórico de Beça (Boticas); Rancho Folclórico da Venda Nova; Rancho Dr. Gonçalo Sampaio

(Braga); Tuna Universitária do Minho, Bomboémia; e Tun’ao Minho; depois temos os lanches para convidados e para o povo, depois temos os confrades da carne barrosã, depois temos a chega de bois, etc… Como festarola, foi bom, e “deixou satisfeito o edil”, mas (para citar Bento Monteiro) o que ficou depois da festa? Praticamente nada.

Todavia, o que importava era encontrar novos e melhores mercados para o escoamento da carne, e não foram encontrados; o que importava era saber como vamos produzir mais carne, já que há (sem dúvida) condições para isso; o que importava era indagar como é possível valorizar essa carne de qualidade que está ao preço da carne importada e da que tem pouca qualidade; o que importava era saber como mudamos a mentalidade do talhante que diz: “não vendo dessa carne porque não rende nada” ou do lavrador que diz: “não quero desse gado porque as crias parecem cabras”. Estes problemas nucleares passaram ao lado do encontro. Em

contrapartida sobrou ruído e forrobodó.

Assim sendo, a Semana do Barrosão não passou de mais uma grande festarola e serve sobretudo para antecipar as festas concelhias do mês de agosto para a segunda quinzena de julho.

3.º Desencanto: “De ferral a Madina do Boé: MEMÓRIAS DE UM SOLDADO poltrão”

Li o livro de José Miranda Alves de nome “Passagem por uma guerra inútil”. De uma forma simples, sincera e em “estilo chão”, ele descreve a sua passagem como militar pela Guerra Colonial na Guiné. Há bastantes memórias da Guerra escritas por oficiais, mas escasseiam as memórias escritas pelos praças. Por isso, o livro é meritório e o argumento sobre a Guerra Colonial foi bem escolhido. Apesar de já terem passado 50 anos, o autor ainda se lembra de muitas coisas.

O seu livro dá-nos a visão do soldado raso no teatro de guerra, que é a visão de um homem contrariado, de um anti-herói e sem orgulho nacional que, com a sua ida à tropa e à guerra, está simplesmente a fazer um frete à pátria. É também a visão do soldado pouco generoso, que está a borrifar-se para a pátria e para a História, que diz que “não tem nada a ver com aquilo”, que é “uma guerra inútil”, que a tropa é um “martírio”, que está sempre pronto a desistir e que só entra em combate se for empurrado ou corrido a pontapé. A falta de heroísmo é flagrante.

É a visão do homem aldeão que nada sabe de História, de geopolítica, da conquista de Ceuta, do Infante D. Henrique, dos Descobrimentos, do tratado de Tordesilhas, da colonização do Brasil e dos Bandeirantes, do génio português, da expansão da língua portuguesa no mundo, dos óbvios benefícios da colonização para os povos

tribais e da troca de culturas. Enfim, o soldado que não se revê no seio da história de Portugal e na etapa final da gesta dos Descobrimentos.

É um soldado mais emocional do que racional, pícaro, sempre contrariado e contestatário. Depois, vem a choradeira no momento da partida e da chegada, o medo de que o paquete de transporte das tropas afunde; é o soldado que, qual presidiário, conta os meses intermináveis da tropa e regista-os na colher do rancho: 1 risco = 1 mês; quando a colher foi entregue nos adidos em Lisboa tinha 21 riscos. A única coisa que o faz feliz é a licença à aldeia e as tainadas no quartel. Tirando isso, é tudo um castigo e um grande pesadelo.

E o heroísmo onde está? Bem, há heroísmo, mas é quando, encurralado, tem de lutar para salvar a pele e para escapar à fúria do morteiro 82 dos “Turras”. Sobre o heroísmo, o autor é claro: “o meu objectivo era defender a minha vida e não a pátria ou aquela terra”. Imagino a dificuldade que os militares profissionais teriam em lidar com esta tropa fandanga que, para avançar para o combate, tinha de ser corrida a pontapé!

Portugal nunca pôde prescindir, desde os alvores da nacionalidade, do recrutamento popular, mas lendo este livro vejo como é melhor haver tropas profissionais, dedicadas, corajosas mas não temerários e que não seja preciso, na altura do combate, corrê-las à biqueirada.

Falta-me tempo para desenvolver duas ideias com as quais não concordo: a ideia de que a Guerra Colonial era uma guerra inútil não era óbvia nos anos sessenta em Portugal; também a ideia de que há guerra colonial porque não há democracia é falsa se olharmos para as principais potências europeias do tempo e até de hoje.

MANUEL RAMOS

Política municipal vista de fora

FÉRIAS ESTRAGADAS

“Três episódios arruinaram as minhas férias

de verão: a Comenda da Ordem do [Des]mérito

atribuída a Fernando Rodrigues; a II Semana do

Barrosinho, em Salto; e o livro de José Miranda

Alves que devia ter por título “Memórias de um

soldado poltrão”.

31 de Agosto de 20156 BarrosoNoticias de

MAPC

UM PARÁGRAFOUm Parágrafo # 56 – Paciência

Vamos falando baixinho, sussurrando nos cantos mais escuros da alma, dizendo que é necessário ter paciência. Tentamos convencer-nos da virtuosidade da mesma e dos patamares de excelência para onde seremos transportados, ao conseguirmos adquiri-la. Esperamos pacientemente, pois então. Esperamos ter a virtuosa bênção da paciência, trazida pela tão desejada pachorra que, fleumaticamente, nos transporta a um estado de indiferença perante o decorrer dos dias. Somos pacientes, afinal de contas... Sabemos esperar e, ardentemente, desejamos ser virtuosos. Pelo menos na paciência conseguiremos almejar a ter alguma virtude. Quanto mais não seja, essa mesma que nos faz desesperar por tentar esperar na impaciência de um desejo que, invariavelmente, parece nunca mais chegar. Esperemos pacientemente... então! Esperemos que a paciência não se esgote antes mesmo de ele chegar para nos tornar pessoas ainda melhores e plenas de paciência. Sejamos pacientes e observemos os moldes em que a paciência se vai tornando no inferno que nos consome, personificado num vazio completo de pacientes impaciências, tornadas familiares pelos dias iguais que se somam às intermináveis semanas que, num ápice, se convertem na despaciência de estar permanentemente impaciente... por não ter paciência.

João Nuno Gusmão

VILAR DE PERDIZES

XXIX Congresso de Medicina Popular

No próximo fim de semana, de 4 a 6 de Setembro, Vilar de Perdizes terá o Congresso

de Medicina Popular que tem o apoio da Câmara Municipal e da Associação da Defsa do

Património de Vilar de Perdizes..

O Congresso tem início às 15 horas do dia 4 com a inauguração, seguida de debates na

Casa do Povo de Vilar sobre «a transmissão da sabedoria popular» (16 horas) e «as artes do

curar» (21 horas). Pelas 23H30 terá lugar a Rota do Contrabando.

No sábado, dia 5, realiza-se um «workshop» designado por «Cozinhar com Urtigas»

a cargo de Martin Alvarez. Haverá ainda uma visita guiada pela aldeia, debates e a

apresentação do livro «Inverno Mágico II» de António Tizo.

No Domingo, para além de mais debates à volta do misticismo e do oculto, o

Congresso conclui com uma confraternização entre os participantes.

Uma Incursão da PIDE no Norte de Portugal(Continua do número anterior)

-------------------Arnaldo Marques Mateus,

solteiro, alfaiate, 28 anos, residente em Boticas, natural de Codeçoso, Boticas.

Preso pela PIDE em 30-1-1952.

No interrogatório policial disse ter sido aliciado por José Luís Monteiro, proprietário de uma pensão em Boticas, conhecido por “Margarido”, que o apresentou a um funcionário do Partido Comunista, que lhe entregou propaganda. A partir daí passou a distribuí-la pelos membros da Célula composta por: Albino da Silva, José Luís Monteiro e António Monteiro. Em seguida passou a ser contactado por outro funcionário e depois por um terceiro, que a certa altura deixou de aparecer.

Disse também que se deslocava a Montalegre para entregar propaganda (Avante, Militante, etc.) ao Germinal

Alves Vieira.

Disse desconhecer a data

em que José Luís Monteiro

emigrou para o Brasil.

Mais informou que,

depois de deixar de receber

propaganda do último

funcionário, a passou a receber

do Albino da Silva.

Das que lhe foram

mostradas, reconheceu a

fotografia de Carlos Augusto

Gaspar, o último funcionário

com quem contactou.

O Julgamento

Os réus nomearam

advogado e prepararam a defesa

a apresentar no julgamento que

veio a efetuar-se no 1º Juízo

Criminal do Porto 3m 30-11-

1953.

No julgamento,

contestando a acusação que

lhes fez o Agente do Ministério

Público, os réus Albino da

Silva, Albertino Mendes, Dr.

João António Landeiro Borges,

António Monteiro, Elísio Pereira

Brites, Florêncio Pinto Teixeira,

Ilídio Alves Gomes, Joaquim

da Silva Sequeira, Dr. João José

Canavarro, Francisco Ribeiro

Fonseca, Albino Olímpio Pinto

Salgado, Hirondino dos Santos

Isaías, Francisco Augusto Neves

e outros, disseram:

1º Negam a prática dos

crimes que lhes são imputados;

2º Que jamais estiveram

filiados no PCP.

Landeiro Borges

acrescentou que recebeu o

funcionário do Partido em

sua casa por cortesia. Que é

democrata, adversário da atual

situação política e que não tem

afinidades com o PCP.

Arnaldo Marques Mateus e

José Mendes dos Santos Ferreira

confirmam as declarações

feitas na PIDE.

Manuel Fernandes

disseque nunca foi

comunista, mas simpatizante

anarcossindicalista.

Júlio Pereira Mesquita nega

que tenha cometido os crimes

de que vem acusado.

Lidos os quesitos, estes

foram considerados não

provados para os seguintes

réus:

Maria Odete Gonçalves

Lopes, Albertino Mendes, Dr.

António João Landeiro Borges,

Júlio Pereira Mesquita, Elísio

Pereira Pinto Teixeira, Manuel

Fernandes, Alexandre Vieira

Soares, Francisco Ribeiro

Fonseca e Raúl dos Santos.

10 Réus, cerca de um

terço, ficaram absolvidos e

foram libertados, os restantes

17 foram condenados a penas

muito semelhantes. Para as não

mencionar todas, indico uma

só sentença que reproduz a

realidade das condenações:

- 6 Meses de prisão a

cumprir na Cadeia de Caxias,

multa de 2000 escudos,

suspensão de todos os direitos

políticos por 5 anos, imposto

de justiça 1000 escudos e

acréscimos legais. Foram

libertados entre 5-6-1954 e 26-

7-1954.

Dois dos réus, Carlos

Augusto Gaspar e Salvador

Pereira Amália, sofreram

penas muito mais pesadas, já

porque eram portadores de

um cadastro complicado, já

porque os crimes de que eram

acusados eram considerados

mais graves.

A quem interessar: o

processo judicial do qual

retirei estas informações, é o

do julgamento efetuado no 1º

Juízo Criminal do Porto em 30-

11-1953, várias vezes referido

no texto.

Encontra-se depositado no

Arquivo Distrital do Porto e à

disposição do público.

José Enes Gonçalves

31 de Agosto de 2015 7BarrosoNoticias de

Tal como nos anos anteriores, neste verão voltamos a assistir ao flagelo dos incêndios um pouco por todo o país, aos quais Barroso, para mal dos nossos pecados, não escapou à regra. Mais uma vez assistimos ao queimar da nossa floresta!… Depois dos pinheirais das “touças” de Meixedo, situadas algures naquela que vulgarmente é conhecida pela Serra da Lagôa, seguiu-se-lhe o hediondo crime perpetrado contra o Larouco, que dizimou parte significativa da sua flora, transformando-o num manto de carvão que

demorará anos a apagar e a recuperar espécies que pelas circunstâncias foram obrigadas a procurar outros locais de refúgio e sobrevivência.

Perante tão hediondo crime, será pois legitimo perguntar a quem de direito, que politica está a ser seguida na prevenção e combate aos incêndios, para que de uma vez por todas os montes deixem de continuar a arder da forma que ardem, e ao “belo prazer” de um conjunto de energúmenos, cuja única intenção é o lucro ou pura malvadez.

Gastam-se “rios de dinheiro” em planificação, em políticas de prevenção, mas os resultados, designadamente nestas “terras abandonadas” de Barroso que o Poder Central resolveu esquecer, são praticamente nulos. Raramente

se ouve falar na detenção e julgamento da bandinagem que não hesita em levar por diante as suas intenções, e quando assim é, o crime acaba por compensar…

Posto isto, não será tempo de atacar o problema pela prevenção, aproveitando grande parte do investimento que é feito no combate aos incêndios, e empregar esses recursos, apostando num sistema de vigilância via satélite, usando as novas tecnologias?!...

Em tempo de eleições, o debate deve ser por isso reaberto e recentrado do lado do ordenamento, da prevenção e do investimento contra a desertificação e sobretudo falar menos, mas melhor. Há quantos anos se fala deste assunto?!... Quantos estudos e projectos já

foram realizados?!... Quantos cadernos bonitos estão nas gavetas dos Ministérios, e quantos seminários e reuniões com mesas floridas já se fizeram?!... Quanto dinheiro o país já investiu nesta área de investigação e da ciência ao serviço da floresta?!... E quais os resultados?!... E que floresta temos?!...

É pois sobre tudo isto que é preciso reflectir, sob pena de continuarmos a sentir a revolta de ver depauperado um património que é de todos nós, e cujo último exemplo é o “nosso Larouco”, que energúmenos resolveram destruir neste último mês de Agosto. Se nada fôr feito, todo esse vasto património natural continuará à mercê dos algozes e com consequências imprevisíveis a nível ambiental

e económico para o país.Chegou a hora do

conhecimento produzido nos gabinetes ser transportado para o terreno. A rede viária florestal, as faixas de protecção dos aglomerados urbanos, o ordenamento e a diversidade das espécies florestais e a limpeza das bermas, não se fazem no conforto dos gabinetes. Trabalho real, objectivo e concreto na floresta, é tudo o que precisamos!... Quanto aos criminosos, cadeia com eles…

Este é pois o novo paradigma que precisamos abraçar!... Sem calculismos, sem interesses e sem acusações…

(Texto escrito segundo o antigo acordo ortográfico)

POLITICAMENTE FALANDO!...POLITICAMENTE FALANDO

- Incêndio no Larouco… Um Crime sem Perdão…

Domingos Chaves

Multinacional que atua na produção de componentes para a indústria automóvel assinou, a meados do mês de julho, com a AICEP, um protocolo de investimento de 45 milhões de euros. Propõe-se abrir 500 novos postos de trabalho ao longo dos próximos três anos.

Um dos importantes clientes da Faurecia é a Citroen

Constitui um fator primordial de criação de emprego na região. Sem emprego não há fixação de pessoas, nem desenvolvimento social e económico. Esta unidade fabril instalada no nordeste transmontano é uma das seis do grupo Faurécia a funcionar em Portugal. Tem uma faturação anual de 315 milhões de euros e espera também duplicar esse valor dentro de três anos. É uma das maiores fornecedoras mundiais de equipamentos automóveis e, segundo o presidente da Câmara de Bragança, hoje “nove em cada dez produtos vendidos no concelho são produzidos pela Faurecia”. A Câmara comprometeu-se a estabelecer

uma linha de transportes urbanos tendo em consideração a expansão da empresa situada no limite da cidade e construir acessos externos à nova unidade que vai ocupar uma área de dez mil metros quadrados.

Não se conhecem as facilidades concedidas por Portugal, como é usual nestes casos mas foram certamente as necessárias para vencer a corrida com outra unidade do mesmo grupo, situada na República Checa. A empresa mãe atua em quatro grandes áreas de negócio: a Faurecia é um dos maiores fornecedores mundiais de equipamentos automóveis, com quatro áreas de negócio: assentos, instrumentos, cockpits, catalisadores (escapes) e capas de assentos. Entre os principais clientes estão a Mercedes, Jaguar, Land Rover, Citroën ou Seat.

O concelho e indiretamente todo o Distrito de Bragança está a receber fortes impulsos para um novo horizonte de desenvolvimento sustentável.

Além da Faurecia surge agora a oportunidade de aceder

a uma importante linha de TGV em construção, com uma paragem prevista em Puebla de Sanábria que colocará tranquilamente a população local em contato com os grandes centros de Espanha e da Europa.

O Fundo de Fomento de Exportação, depois transformado em ICEP, Instituto Português de Exportação, a que juntaram mais recentemente a Agência de captação de investimentos, deu origem à designação do atual AICEP. Foi o meu primeiro local de trabalho, quando terminei a licenciatura em Economia. Era um instituto público de excelência onde 70% dos colaboradores tinham uma licenciatura e a média de idade dos colaboradores andava pelos 29 anos, quando ocorreu do 25 de Abril de 1974.

Trabalhei lá perto sete anos amealhando uma útil experiência sobre os negócios internacionais que depois integrei no ensino superior, a que me dediquei durante vinte e cinco anos.

Participei ativamente

nas primeiras negociações que conduziram ao restabelecimento das relações diplomáticas com a União Indiana e recordo-me de como eles nos olhavam complacentes quando nós exprimíamos as nossas inquietações quanto à resolução dos problemas sociais e económicos surgidos na sequência do 25 de Abril de 1974. Durante um dos almoços um dos representantes da India perguntou ao elemento sentado ao meu lado.

- Quantas pessoas vivem atualmente em Portugal?

- Dez milhões respondeu, prontamente.

Com um sorriso e alguma condescendência, disse para o meu colega:

- Dez milhões? Mas isso representa apenas o aumento anual da população da Índia!...

Nesses e nos anos seguintes dispus-me a ajudar Barroso a procurar novas oportunidades para o seu desenvolvimento, explicando, por exemplo, até à exaustão o seu posicionamento favorável à atração de empresas fabricantes de componentes

colossos da indústria automóvel francesa, tinham as suas linhas de montagem bem perto das nossas barbas. A Renault na zona de Vigo e a Peujot na Província de Leão. Os parques empresariais construídos pelos espanhóis rapidamente ficaram a romper pelas costuras e os ao norte no Minho, perto da fronteira, registaram o mesmo impulso, tendo em conta as diferenças nos custos do trabalho entre Portugal e Espanha. Dei conta de tudo isso aos nossos autarcas, defendi essa iniciativa até à exaustão, mas não valeu de nada. E o que mais me confrange é que a situação de emprego em Montalegre é cada vez mais dramática e ninguém se dá ou se quer dar à atenção de que o assunto merece, delapidando-se em contrapartida, recursos inestimáveis em ações de propaganda política e de notoriedade, sem qualquer reflexo visível na melhoria do acesso ao emprego por parte da população local.

FAURECIA, uma empresa multinacional duplica a produção e vai criar 500 novos postos de trabalho em Bragança

BarrosoNoticias de

8 31 de Agosto de 2015

Paredes do Rio, uma das aldeias mais típicas do concelho de Montalegre, através do dinamismo da Associação Social e Cultural de Paredes do Rio (ASCPR), todos os anos, tem vindo a fazer a Malhada, tal qual se fazia nas terrras de Barroso e Trás-os-Montes antes da revolução provocada pelas máquinas que aconteceu a meados do século passado.

Em Paredes, nos primeiros dias de Agosto, altura própria da malhada do centeio, acontece um espectáculo digno do maior apreço. Ali se pode ver um

retrato fiel de como se faziam as malhadas antigamente. Com malhos puxados por homens perfilados frente a frente que, em passos lentos, batem a palha pra dela saltar o grão. Se a eira não é coberta de bosta de vaca, não falta o panal para suster o grão, e após o batimento da palha, engaçar e juntar a palha em molhos, aprveitar a lguma para os colmos, varrer a eira, juntar e ensacar o centeio, etc. etc.

Penso que, em poucas localidades do país, se fará uma malhada nestes moldes. E é interessante ver que alguns

jovens já aprenderam a “virar” o malho, seguindo o exemplo de José Carlos Moura, presidente da referida associação local, que, este ano, alinhou ao lado dos mais antigos a puxar com todo o acerto.

Parece, no entanto, que não lhe é dada a importância de que o espectáculo se reveste. Não faltou gente em Paredes, é certo mas penso que justifica outras atenções por parte de quem gere as actividades culturais do município.

Também não deixa de ser caricato que, nesse mesmo dia

e em aldeias situadas na mesma zona do concelho, se realizem outras actividades culturais igualmente apoiadas pela Câmara Municipal. Ao contrário do que devia acontecer, parece que o individualismo e a indepedência das aldeias se está a incentivar. Isto não pode ser.

É certo que as pessoas são livres de realizar os seus projectos de acordo com o que determinam as respectivas associaçãoes, mas o município deverá pensar numa normativa e regulamentar essas manifestações sobretudo

quando elas são objecto de algum apoio por parte do município.

Se assim não for, os eventos não terã a projecção esperada e as pessoas começam a desistir e perdem as aldeias e perde o concelho.

Foi nesta mesma perspectiva que falámos com José Carlos Moura que muito se tem empenhado na valorização de Paredes e que se pode orgulhar de ter grande apoio de toda a gente da terra.

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31 de Agosto de 201510 BarrosoNoticias de

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BarrosoNoticias de

EXTRATO

Certifico para efeito de publicação que, por escritura outorgada hoje, na Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre, a cargo da Dra Maria Carla de Morais Barros Fernandes, exarada a folhas 16 e seguintes do livro 982-A, ACÁCIO RUA e mulher MARIA JÚLIA GONÇALVES DA COSTA, casados em comunhão geral, naturais da freguesia da Chã, deste concelho, onde residem no lugar de Castanheira, na Rua Direita, n.º 50, declararam:

Que são donos, com exclusão de outrém, do seguinte bem imóvel situado na freguesia da Chã, concelho de Montalegre:

- Prédio rústico situado em TORGUEDA, composto de palheiro, com a área de quarenta metros quadrados, a confrontar do norte com Manuel Pinto, sul com José Gonçalves da Costa e do nascente e poente com o caminho, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 8527.

Que este prédio estava inscrito na matriz antes do ano de mil novecentos e noventa e sete sob o artigo 5933, encontra-se ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial de Montalegre e está inscrito na respetiva matriz em nome do justificante marido.

Que não têm qualquer título de onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade do prédio, mas iniciaram a sua posse em mil novecentos e setenta e nove, ano em que o adquiriram por partilha meramente verbal por óbito de seus sogros e pais João Gonçalves da Costa e Izabel Gonçalves da Costa, residentes que foram no mencionado lugar de Torgueda.

Que, desde essa data, sempre têm usado e fruído o indicado prédio, lá guardando os utensílios e as alfaias agrícolas, pagando todas as contribuições por ele devidas e fazendo essa exploração com a consciência de serem os seus únicos donos, à vista de todo e qualquer interessado e sem qualquer tipo de oposição, há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriram o direito de propriedade sob o prédio por USUCAPIÃO, que expressamente invocam para efeitos de ingresso do mesmo no registo predial.

Está conforme.

Cartório Notarial de Montalegre, 18 de agosto de 2015O 1.º Ajudante, (Assinatura ilegível)

Conta: Artigos: “ Art.º 20.4.5) ------------ 23,00 €São: vinte e três eurosRegistado sob o n.º 436

Notícias de Barroso, n.º 477, de 31 de agosto de 2015

CARTÓRIO NOTARIAL A CARGO DA NOTÁRIAANA RITA FERNANDES SÁ – CHAVES

Certifico, para fins de publicação que, por escritura exarada hoje, no Cartório a cargo da Notária Ana Rita Fernandes Sá, sito na Avenida Pedro Álvares Cabral, Edifício Angola, loja dez, em Chaves, no livro de escrituras diversas n.º 12-B, a fls. 58 e seguintes, JOÃO GONÇALVES FERNANDES, natural da freguesia de Santo André, concelho de Montalegre, onde residem na rua da Encruzilhada, casado com Maryline da Silva Antunes em comunhão de adquiridos e por ela devidamente autorizado para a prática deste acto, declara:

Que é dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem, dos seguintes bens imóveis, ambos situados no lugar de Travessa, freguesia de Santo André, concelho de Montalegre:

UM - Prédio rústico, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de quatrocentos e oitenta metros quadrados, a confrontar do norte com Deolinda Gonçalves Paulino, nascente com estrada municipal, sul com João Vaz Damião e poente com caminho, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 2502.

DOIS - Prédio rústico, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de quatrocentos e oitenta metros quadrados, a confrontar do norte com António Santos Damião, nascente com estrada municipal, sul com João Pires Barros e poente com caminho, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 2503.

Estes prédios não estão descritos na Conservatória do Registo Predial de Montalegre.Que não tem qualquer título formal de onde resulte pertencer-lhe o direito de propriedade dos prédios, mas iniciou a sua posse, por

volta do ano de mil novecentos e noventa e três, ano em que os adquiriu, ainda no estado de solteiro, por compra meramente verbal que deles fez, o identificado sob o número um, a António Santos Damião, viúvo, já falecido, residente que foi no lugar de Ribeirão, freguesia de Antas, concelho de Vila Nova de Famalicão e o identificado sob o número dois, a João Vaz Damião, viúvo, já falecido, residente que foi na referida freguesia de Santo André.

Que desconhece os segundos ante possuidores dos prédios, bem como a proveniência dos artigos, devido à antiguidade das transmissões.Que, desde aquela data, por si ou por intermédio de alguém, sempre tem usado e fruído os prédios, cultivando-os, colhendo os seus

frutos, usufruindo dos rendimentos por eles proporcionados, pagando todas as contribuições por eles devidas e fazendo essa exploração com a consciência de ser o seu único dono, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriu o direito de propriedade sob os prédios por USUCAPIÃO, que expressamente invoca para efeitos de ingresso dos mesmos no registo predial.

Está conforme.Chaves, 18 de Agosto de 2015.A notária,A colaboradora, por delegação de poderes, nos termos do n.º1 do art. 8do DL 26/2004, de 4 de Fevereiro, devidamente autorizada para este acto, pela notária

£ Ana Maria Domingues Fernandes Tomaz – 282/1£ Sandra Cristina Ribeiro Fernandes – 282/2

Conta/recibo registada sob o n.º Notícias de Barroso, n.º 477, de 31 de Agosto de 2015

AGRADECIMENTOGLÓRIA DE JESUS DE MOURA

(95 anos)

A família de GLÓRIA DE JESUS DE MOURA vem por este único meio agradecer a to-das as pessoas que acompanharam o seu ente querido à última morada no cemitério de Montalegre e participaram na Missa de 7.º Dia, e ainda a aquelas que, não podendo estar presentes, duma ou doutra forma se lhes dirigiram a manifestar a sua solidariedade e o seu pesar.

A todos MUITO OBRIGADO! A Família

31 de Agosto de 2015 11BarrosoNoticias de

Os caminhos que vão dar a Santiago de Compostela estão outra vez na moda e não param de ter peregrinos estoicos e obstinados todos os dias, de diferentes identidades e organizações e com as mais variadas motivações. Convém percebermos um pouco como é que estes míticos e afamados caminhos nasceram e com que espírito os devemos percorrer.

Em primeiro lugar, no respeito pela verdade histórica, vale a pena lembrar que dificilmente o Apóstolo S. Tiago terá estado em Compostela ou terá andado a evangelizar a Hispânia. Não há nenhum documento da Igreja que o comprove, nem qualquer outro documento histórico fidedigno que o ateste. S. Tiago terá ficado por Jerusalém e arredores, sendo o primeiro apóstolo a sofrer o martírio em nome da fé

cristã, como tão bem a liturgia nos ensina. A sua viagem pela Hispânia foi uma «invenção».

S. Jerónimo (séculos IV e V) deixou o rastilho: expressou nos seus escritos que a Hispânia foi evangelizada por um apóstolo. Se assim foi, ao longo dos tempos, foi ganhando força a convicção de que o túmulo desse apóstolo estaria algures num lugar desconhecido da Hispânia. Mas como criar o «facto»? Recorreu-se ao estratagema habitual: criou-se e divulgou-se uma lenda ou um fenómeno espantoso. No século IX (820-30), um eremita chamado Paio contou que, numa certa noite, viu umas estrelas ou umas luminárias a arder sobre um bosque (Compostela). Outros fiéis confirmaram que também viram o mesmo. O então Bispo da Galiza, Teodomiro, deu crédito ao testemunho do eremita e dos fiéis e resolveu ele mesmo inteirar-se do assunto e desvendar o mistério. Dirigiu-se à zona densa do bosque, onde descobriu um pequeno oratório. Não teve a menor dúvida que se tratava do túmulo do Apóstolo S. Tiago. Mandou construir no local uma Igreja (mais tarde até o bispo ali estabeleceu a sua residência), que foi dotada de privilégios régios pelo rei das Astúrias, região a que a Galiza estava anexada, Afonso II, também ele convencido que se

tratava de um facto com marcas de autenticidade. Assim nascia o culto hispânico de S. Tiago, centro de uma das peregrinações mais concorridas da história do Cristianismo. Uma rede de vias e caminhos, tanto terrestre como marítima, foi construída para que peregrinos de todo o mundo, cada vez em maior número, sobretudo da França, país mais povoado da época, pudessem vir tocar as relíquias do apóstolo ou pedir ou agradecer alguma graça ao apóstolo.

Sabiamente instrumentaliza-do por bispos e reis, o culto jaco-beu (culto de Santiago) teve duas grandes finalidades: fortalecer a fé dos cristãos hispânicos, «en-raizada» no ensino e «abençoa-da» por um dos apóstolos mais importantes de Jesus, no comba-te contra a investida do islão pela Península Ibérica, investida que teve o seu início em 711, e re-tirar do isolamento e alfabetizar a região hispânica, então pouco civilizada, que tinha grandes ter-ritórios semisselvagens, incultos, rudes, ecléticos, cheios de con-tradições e de desordem cultural e social. Para o poder político, o culto a S. Tiago foi uma bênção vinda do céu, que, como motor agregador e unificador, serviu para se reconstruir a Hispânia e se criar unidade e consistência social, cultural e religiosa. Gran-de intervenção neste campo teve

o monaquismo cluniacense (Or-dem de Cluny, mais tarde tam-bém a Ordem de Cister), nascido no século X, desde cedo deten-tor de grande respeito e prestígio, que gozava da simpatia dos reis hispânicos (Astúrias e Leão), es-tabelecendo-se em zonas nevrál-gicas dos caminhos, assim como da Hispânia.

Hoje, como sempre, os caminhos de S. Tiago são uma escola de vida e uma ação que possibilita o encontro com a vida, consigo mesmo, com os outros e com Deus. Segundo os peregrinos, são muitas as motivações, umas mais nobres do que outras, que os levam a calcorrear estes caminhos históricos e míticos: libertação do peso do quotidiano, testar os limites, solidariedade e atenção aos outros, aprender que se pode viver com sobriedade, contemplação e encontro com Deus através da natureza, desporto e aventura, busca de Deus e aprofundamento da fé. Se esta última é a motivação que nos leva a Santiago de Compostela, tão importante como o ir até lá, é depois a viagem de regresso, porque seremos pessoas diferentes, mais humanas e mais maduras, cristãos mais autênticos e comprometidos, seres humanos mais polidos e solidários. Oxalá

muitos peregrinos possam experimentar esta graça de Deus.

PS - No dia 13 de Agosto, realizou-se uma justa homenagem ao Senhor Fernando Moura ou Fernando do Barracão, como era mais conhecido. Do programa constou: uma missa de memória na capela do Senhor da Piedade, colocação de uma lápide comemorativa e de reconhecimento junto ao chegódromo e à noite, segundo percebi, um jantar de homenagem. Honestamente, fiquei surpreendido pela presença de pessoas na missa: estiveram presentes os filhos, a autarquia e mais alguns amigos. Talvez aí 30 a 40 pessoas. Se numa homenagem consta a missa, esta é o momento mais importante da homenagem, para além de qualquer lápide ou palavras bonitas ao jantar. Julgo que os momentos da homenagem foram bem divulgados pela Associação Boi do Povo e a hora não era despropositada. Houve uma grande falha dos amigos do Senhor Fernando Moura e adeptos das chegas de bois em geral, que muito lhe devem. Da minha parte, como arcipreste, só me resta concluir que missas em homenagens é para acabar. Ao Domingo, na missa, cabem lá todas as memórias dos falecidos.

Os Caminhos de S. Tiago

Pe Vítor Pereira

BOTICASFesta da Sra da Livração

Boticas acolheu, no dia 15 de agosto, os milhares de romeiros que se deslocaram até à vila barrosã para assistir à grandiosa procissão das festas de concelho, o momento mais importante das festividades em Honra de Nossa Senhora da Livração.

Esta é uma das procissões mais importantes da região pela fé e devoção dos milhares de fiéis que participam no imponente cortejo. Este ano, desfilaram pelas ruas da vila 30 andores, abrilhantados com flores naturais e com os santos padroeiros de todas as freguesias do concelho botiquense.

A acompanhar a procissão esteve a tradicional Cavalaria da GNR, a Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Vila do Conde, a Banda Musical de Vila Verde da Raia, a Banda Musical Flaviense “Os Pardais”, a Banda Musical de Pinheiro da Bemposta, a Banda Musical de Lousada, Escuteiros e Bombeiros Voluntários de Boticas.

A animação da noite de sábado ficou a cargo do

Grupo Musical Albatroz e do conceituado artista da música popular portuguesa, José Malhoa. Por último, teve lugar o tão aguardado espetáculo pirotécnico.

No domingo, foi a vez de subir ao palco o grupo musical “Minhotos Marotos”, que proporcionou, através do seu reportório de música popular, às centenas de pessoas presentes.

II Concurso de Cão de Gado Transmontano

A Praça do Município acolheu, no passado dia 12 de agosto, a segunda edição do Concurso de Cão de Gado Transmontano. A iniciativa, organizada pelo Município de Boticas, que conta com o apoio da Associação de Criadores de Cão de Gado Transmontano (ACCGT), do Clube Português de Canicultura (CPC) e da Trás-os-Vet - Sociedade de Medicina Veterinária, tem como principal objetivo a preservação e divulgação do Cão de Gado Transmontano, raça originária da zona nordeste de Trás-os-Montes e que é considerada património genético desta

região do país.O concurso contou com a

participação de cerca de meia centena de exemplares da raça, que foram avaliados pelo juiz do CPC, Luís Catalan, coadjuvado pelo comissário João Silvino, também do CPC, e pelo médico veterinário do município, João Paulo Costa.

Pedro Moura, criador de cão de gado transmontano, afirmou que “a paixão por estes animais surgiu já há alguns anos, quando decidi arranjar um cão para ter em casa. Tive conhecimento da existência desta raça, consegui ter um exemplar e desde aí comecei a fazer criação”.

Depois das exibições e da avaliação do júri foram entregues os prémios a cada um dos vencedores das categorias do concurso. A atribuição dos prémios ficou a cargo do Vice-presidente da Autarquia, Guilherme Pires, e da Vereadora Maria do Céu Fernandes.

Esta edição do concurso ficou, ainda, marcada pela doação de dois exemplares da raça (macho e fêmea), feita pela ACCGT ao Boticas Parque – Natureza e Biodiversidade.

Bombeiros Voluntários de Boticas organizaram baile solidário

O recinto do quartel do Bombeiros Voluntários de Boticas (BVB) foi, no dia 5 de agosto, palco de um baile solidário de angariação de fundos para a corporação local. O grupo musical Costa Verde

associou-se à iniciativa, atuando gratuitamente.

Aproveitando a época do ano, em que os emigrantes regressam à terra, foram muitos os que fizeram a sua contribuição para a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Boticas (AHBVB), através do pagamento simbólico de 5 euros de entrada.

A iniciativa serviu também para aproximar os bombeiros da população local, sensibilizando-a para o papel importante que estes homens e mulheres têm na sociedade, arriscando, muitas vezes, a própria vida em prol dos outros.

O Presidente da AHBVB,

Fernando Queiroga referiu que, “é importante que as pessoas se associem a esta causa e apoiem os bombeiros, só assim se torna possível reforçar e melhorar a qualidade dos serviços que prestamos à população do concelho de Boticas”.

O Comandante dos BVB, Carlos Gomes, agradeceu o facto de muitas pessoas terem contribuído para esta causa e aproveitou o momento para fazer um apelo, “temos um corpo de bombeiros relativamente jovem mas toda a ajuda é bem-vinda, por isso, quem quiser e assim o pretender, não hesite em fazer parte desta família”.

31 de Agosto de 201512 BarrosoNoticias de

EXTRATO

Certifico para efeito de publicação que, por escritura outorgada hoje, na Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre, a cargo da Dra Maria Carla de Morais Barros Fernandes, exarada a folhas 18 e seguintes do livro 982-A, MARIANA DA GRAÇA DIAS RODRIGUES GONÇALVES e marido ANTÓNIO AFONSO GONÇALVES, casados em comunhão geral, naturais da freguesia de Viade de Baixo, deste concelho, onde residem na Rua da Engenheira, n.º 9, no lugar de Parafita, freguesia de Viade de Baixo e Fervidelas, deste concelho, declararam:

Que são donos, com exclusão de outrém, dos seguintes bens imóveis situados na União das Freguesias de Viade de Baixo e Fervidelas, concelho de Montalegre:

- Um: Prédio rústico situado na QUELHA, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de cento e dez metros quadrados, a confrontar do norte com caminho, sul com Teresa Dias Barroso, nascente com herdeiros de Maria Gonçalvesa Cirurgião e do poente com herdeiros de José Alves Pinto, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 6034, que corresponde ao artigo 4575 da Freguesia de Viade Baixo (Extinta).

- Dois: Prédio rústico situado na QUELHA, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de quarenta metros quadrados, a confrontar do norte com caminho, sul com Teresa Dias Barroso, nascente com João Luís Alves Pinto e do poente com António Alves Pinto, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 6033, que corresponde ao artigo 4574 da freguesia de Viade de Baixo (Extinta).

Que, apesar de pesquisas efetuadas, não foi possível obter os artigos matriciais antes do ano mil novecentos e noventa e sete, encontrando-se ambos os prédios ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial de Montalegre.

Que não têm qualquer título de onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade dos prédios, mas iniciaram a sua posse em mil novecentos e noventa e quatro, ano em que os adquiriram por compra meramente verbal a Maria da Livração Dias Pinto, solteira, maior, residente no Canadá.

Que desde essa data, sempre têm usado e fruído os indicados prédios, cultivando-os e colhendo os seus frutos, pagando todas as contribuições por eles devidas e fazendo essa exploração com a consciência de serem os seus únicos donos, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição, há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriram o direito de propriedade sob os prédios por USUCAPIÃO, que expressamente invocam para efeitos de ingresso dos mesmos no registo predial.

Está conforme.

Cartório Notarial de Montalegre, 20 de agosto de 2015O Ajudante, (Assinatura ilegível)

Conta: Artigos: “ Art.º 20.4.5) ------------ 23,00 €São: vinte e três eurosRegistado sob o n.º 445

Notícias de Barroso, n.º 477, de 31 de agosto de 2015

JUSTIFICAÇÃO

CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por escritura outorgada no dia dezassete de agosto de dois mil e quinze, exarada a folhas doze e seguintes, do livro de notas número cento e sessenta e quatro -A, do cartório da notária AIDA MANUELA ROCHA DE SOUSA, em Braga, JOSÉ DE MOURA RODRIGUES, NIF 157 440 699 e mulher, MARIA RODRIGUES ALVES, NIF 202 420 787, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais da extinta freguesia de Mourilhe, onde residem no lugar de Sabuzedo, atual freguesia de Cambeses do Rio, Donões e Mourilhe, concelho de Montalegre, DECLARAM que, são com exclusão de outrem, donos e legítimos possuidores, do prédio urbano composto de casa de morada de rés do chão e primeiro andar, destinado a habitação, com a área de noventa metros quadrados, situado no lugar de Sabuzedo, extinta freguesia de Mourilhe, atual freguesia de Cambeses do Rio, Donões e Mourilhe, concelho de Montalegre, a confrontar do norte e nascente com Joaquim Martins, do sul e poente com caminho, não descrito na conservatória do registo predial de Montalegre, inscrito na matriz da extinta freguesia sob o artigo 223 e na atual matriz sob o artigo 738, com o valor patrimonial tributário para efeitos de imt/is de € 15.390,00, ao qual atribuem igual valor, para efeitos deste ato. Que o referido imóvel veio à sua posse, por compra meramente verbal que feita por seus pais e sogros, Domingos Rodrigues, em nome de quem se encontra inscrito na matriz e mulher, Isabel Alves de Mendes Moura, por volta do ano de mil novecentos e setenta e seis, em data que não podem precisar, não chegando todavia a realizar-se a projetada escritura de compra. Que assim não dispõem de título para efetuar o registo do referido prédio na conservatória, embora sempre tenham estado há mais de vinte anos, na detenção e fruição do mesmo. Estas detenção e fruição foram adquiridas e mantidas sem violência, e exercidas sem interrupção ou qualquer oposição ou ocultação de quem quer que seja, de modo a poderem ser conhecidas por todo aquele que pudesse ter interesse em contrariá-las. Esta posse, assim mantida e exercida, foi-o sempre em seu próprio nome e interesse e traduziu-se nos factos materiais conducentes ao integral aproveitamento de todas as utilidades do prédio, designadamente, fazendo obras de reconstrução e conservação, habitando-o, retirando dele todas as utilidades e pagando os respetivos impostos. É assim tal posse pacífica, pública e contínua e dura há mais de vinte anos, facultando-lhe a aquisição do direito de propriedade do dito prédio por USUCAPIÃO, que invocam, direito que não pode ser comprovado por qualquer título formal extrajudicial normal.Nestes termos, e não tendo qualquer outra possibilidade de levar o seu direito a registo, vêm justificá-lo, nos termos legais.

Está conforme com o original, Braga, 17 de agosto de 2015. A Notária,

Conta: Fac 2015001/1299

Notícias de Barroso, n.º 477, de 31.08.2015

Carta do Director aos assinantes do Estrangeiro

Nas férias deste verão, alguns assinantes, principalmente dos USA, deixaram queixas de que recebiam 4 a 5 jornais durante todo o ano. Ora bem, isto não pode acontecer, razão que leva o Director do jornal a dirigir-se a esses assinantes nos seguintes termos:

O jornal é metido pela Gráfica nos Correios portugueses logo após a impressão. Em trânsito demora 4 a 5 dias para a Europa e entre 10 a 15 para o Resto do mundo, nos termos do contrato. Pode haver atrasos que, quando acontecem, dão origem a protestos da nossa parte.

As queixas apresentadas por alguns assinantes poderão ser da responsabilidade dos correios da residência dos assinantes. Este jornal tem dois assinantes nos USA (Ludlow e Bridgeport, este também colaborador) que

nos acusam por mail a recepção do jornal e recebem-no todos os quinze (15) dias. Ora bem, se a direcção está certa, talvez fosse bem os senhores assinantes questionarem os carteiros daí sobre a falta dos jornais.

Felicidades e cumprimentos amigos,

Carvalho de Moura, director

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Toronto, ON ca 26 Agosto

Morte do Dr Bento da Cruz

Sr. Director

Pena pela noticia da morte do Dr. Bento da Cruz. Barroso disse adeus a um grande amigo da Terra. Ele deixou marca. Embora nao simpatizasse nada com a ideologia politica dele, tenho a dizer que todos os Barrosoes devem estar de luto

porque perdemos um amigo da nossa querida nação, chamada Barroso. Que venham outros com o mesmo sentido de gosto pela nossa terra e que se juntem a nós no esforco constante para levarmos a nossa terra mais longe. Fazendo assim, um dia quando partirmos, deixaremos a nossa terra melhor do que a encontramos.

Forte abraço.

Joe Pinto CFP Certified Financial Planner

Senior Investment AdvisorPinto Wealth Management

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Algés, 17 de Agosto 2015

Sr. Director

Parabéns ao Notícias de Barroso

Estimado amigo, agradeço os

votos de boas férias, bem como o facto de me incluir no grupo de colaboradores do NB. Senti-me feliz!

Parabéns pelas referências elogiosas ao “nosso” Notícias de Barroso. Aproveito a oportunidade para o felicitar pelo artigo “Uma história pessoal....que pode ser contada”, por três motivos:

- partilhou com os seus leitores uma “estória privada” exemplar;

- pelo estímulo que isso pode representar para os jovens barrosões;

- pelo amor que revela pelas terras de Barroso.

Com votos de boas férias para si e família, sou com um abraço,

Jerónimo Pamplona

--- ~~~ --- ~~Braga, 20 de Agosto

Sr. Director

Quartel da GNR da Venda Nova

Faço votos que esteja bem na companhia de todos os familiares. Nós cá vamos andando, graças a Deus. Gostava que publicasse esta minha carta que não é para ofender ninguém, mas queria saber uma coisa. O nosso presidente da Câmara, numa reunião com o povo da Venda Nova que é a minha terra, disse, segundo me contaram que tinha uma carta do Comandante de Vila Real. Eu pergunto, como é que o Comandante de Vila Real se lembrou de escrever essa carta. Não teria sido encomenda feita à medida de alguém que anda muito empenhado em levar tudo para Salto?

É só isto que eu gostaria de saber. E gostava que publicasse esta carta no nosso jornal.

Bem haja por tudo.

António de Sousa C. Antunes

Cartas dos Leitores

31 de Agosto de 2015 13BarrosoNoticias de

Lita Moniz

Morre Dr. Bento Cruz, um nobre barrosão, um homem de vasta cultura, de larga visão, médico e escritor. A formação acadêmica exigida para se chegar ao título de doutor era um longo caminho que passava por um conhecimento profundo nas demais áreas do saber.

Dr. Bento Cruz não fugiu à regra: feitos os estudos das primeiras letras em Peirezes, uma aldeia modesta, sua terra natal, onde viveu até aos quinze anos. Seus pais não mediam sacrifícios para que os filhos homens frequentassem um Seminário na esperança de virem a ter um filho

padre.Assim Bento Cruz deixa a

sua pacata aldeia de Peirezes e vai para uma escola claustrual de Singeverga criada e administrada por monges beneditinos. Ali passa grande parte da juventude.

A disciplina beneditina, tenho por mim, que não Lhe era pesada demais, pois tinha a contrapartida de se aprimorar nos estudos clássicos, chegando mesmo a ser diretor literário das revistas estudantis “ O Colégio e Claustrália”.

Entre leituras e aprendizagens advindas dos grandes clássicos , não foi difícil concluir o curso de seminarista.

Muitos filhos de Barroso iam para os seminários por ser a melhor opção para levarem avante os seus sonhos de virem a ser alguém na vida.

Com ele não foi diferente, sai do seminário e dois anos depois ingressa no curso de medicina na Universidade de Coimbra.

A vida de médico passa por Souselas no Concelho de Coimbra, mas claro que Barroso era o seu destino. Ali prestou muitos serviços médicos, praticando clínica geral e estomatologia em seu consultório na aldeia de Pisões. Ali se andava a construir uma das maiores barragens do país e sua presença ajudou muitos trabalhadores que a andavam a construir.

Como médico percorria toda a região de Barroso. A seu modo era um beneditino a ajudar os pobres a quem curava sem cobrar nada e ainda oferecia medicamentos gratuitamente.

Existem muitos testemunhos desses.

Ali naquela terra longe de tudo que pudesse minimizar o sofrimento daquela gente sofrida era o Dr. Bento Cruz, e mais um ou dois médicos a curar e salvar vidas.

A par deste trabalho havia outro não menos significativo, era

escritor, senhor de muito saber.Cada lançamento de um

livro seu era uma festa na vila de Montalegre. Patrono da escola secundária Bento Cruz, de Montalegre. Na portaria deste estabelecimento de ensino secundário em sua homenagem se encontra uma placa de mármore com a inscrição que deixa claro quanto o médico e escritor Dr. Bento Cruz amava esta região:

“ O Barroso é um Paraíso, o único ou um dos poucos que ainda existem à face da Terra”.

Fundou o jornal “Correio do Planalto” suas crônicas e artigos na sua maioria têm como tema principal histórias rurais, a vida simples e sofrida daquela gente humilde que não tinha com quem contar, gente cuja única saída era o mar.

Com este artigo presto mais uma homenagem póstuma ao médico, que com paciência beneditina ajudou, curou, salvou

muitas vidas .Como escritor mostrou ao

mundo aquela região, as belezas naturais daquela terra fronteiriça, o modo de ser e de viver daquela gente brava, altaneira, que à semelhança dos carvalhos, a árvore que mais simboliza esta região, não se verga diante das dificuldades da vida.

Para quem quiser conhecer melhor este nobre escritor barrosão indico as obras:

Hemoptise, sob o pseudônimo de Sabiel Truta, 1959, Planato em Chamas, 1963, Ao Longo da Fonteira, 1964, Filhas de Loth, 1967, Contos de Gostofrio, 1973, O Lobo Guerrilheiro, 1980, Planalto do Gostofrio,1992, Histórias da Vermelhinha, l991, Histórias de lana-Caprina, 1994, O Retábulo das Virgens Loucas, 1996, A Loba, 1999, A lenda de Hiran e Belkiss de 2005 e A Fárria, de 2010, (comemoração de 50 anos de vida literária).

Bento da Cruz, um Nobre Barrosão

Tiramos o chapéu aos artesãos daquela região que por cá vivem, pela originalidade e perfeição com que efectuam os artefactos inerentes às Terras de Barroso, com principal incidência nas alfaias agrícolas com as quais aprenderam a lidar no amanho das terras, tais como carros de bois, arados e também outros motivos inclluindo bares, santuários, etc.,

como documentam as fotos.Estes utensílios de lavoura,

muito embora usados hoje em muito menor escala, nunca perdem o seu valor porque são e serão sempre muito apreciados por quem os observa mais detalhadamente, graças à sua perfeição e ao modo como se identificam com a região em causa.

Alguns destes artigos marcam presença na Festa anual dos naturais de Codeçoso, cujo orago é S. Nicolau, onde o jovem mais novo de todos, José Rosa, tem mostrado toda a sua habilidade e talento pelo material que produz e o mesmo se pode dizer de outros artistas, José António Esteves, também de Codeçoso e Francisco Teixeira, de Montalegre. Há ainda

outro executante destes trabalhos que, segundo sabemos, vive em Codeçoso, sr. Joaquim Seara, e que, na refrida Festa, tinha exposto um carro de bois de execução perfeita.

Quem se quiser inteirar-se dum sem número de artefactos, é só fazer uma visita à casa dos três mestres desta arte e ficarão deslumbrados com a perfeição e

variedade dos trabalhos.Ocupar os tempos livres nesta

arte é o que eles fazem. Cremos nós que não será tanto pela rentabilidade mas antes por uma enorme paixão e amor à terras barrosãs donde vieram.

Parabéns!

José Rodrigues, Bridgeport, CT USA

Dos Estados Unidos

Artesãos de Barroso aqui Radicados

MEL DO LAROUCO O mel do Larouco é produzido nas encostas da serra com o mesmo

nome e resulta das florações da urze, sargaço, sangorinho, carvalho e outras espécies ve-getais da região de Barroso Apicultor nº 110796J. A. Carvalho de MouraRua Miguel Torga, nº 4925470-211MONTALEGRETels: +351 91 452 1740 e 276 412 285Fax: +351 276 512 281Mail: [email protected]

31 de Agosto de 201514 BarrosoNoticias de

SOS – Número nacional 112Protecção à Floresta 117Protecção Civil 118Câmara Municipal de Boticas 276 410 200Câmara Municipal de Montalegre 276 510 200Junta de Freguesia de Boticas 276 410 200Junta de Freguesia de Montalegre 276 512 831Junta de Freguesia de Salto 253 750 082Bombeiros Voluntários de Boticas 276 415 291Bombeiros Voluntários de Montalegre 276 512 301Bombeiros Voluntários de Salto 253 659 444GNR de Boticas 276 510 540 GNR de Montalegre 276 510 300GNR de Venda Nova 253 659 490 Centro de Saúde de Boticas 276 410 140 Centro de Saúde de Montalegre 276 510 160Extensão de Saúde de Cabril 253 652 152Extensão de Saúde de Covelães 276 536 164Extensão de saúde de Ferral 253 659 419Extensão de Saúde de Salto 253 659 283Extensão de Saúde de Solveira 276 536 183Extensão de Saúde de Tourém 276 579 163Extensão de Saúde de Venda Nova 253 659 243Extensão de saúde de Viade de Baixo 276 556 130Extensão de saúde de Vilar de Perdizes 276 536 169Hospital Distrital de Chaves 276 300 900

Agrupamento de Escolas G. M. de Boticas 276 415 245Agrupamento de Escolas de Montalegre 276 510 240Agrupamento de Escolas do Baixo Barroso 253 659 000Escola Profissional de Chaves 276 340 420Centro de Formação Profissional de Chaves 276 340 290Tribunal Judicial de Boticas 276 510 520Tribunal Judicial de Montalegre 276 090 000Instituto de Emprego de Chaves 276 340 330Região de Turismo do Alto Tâmega e Barroso 276 340 660ADRAT (Chaves) 276 340 920ACISAT (Chaves) 276 332 579Direcção Regional de Agricultura (Chaves) 276 334 359EDP – Electricidade de Portugal 276 333 225Cruz Vermelha Portuguesa Boticas 276 410 200Cruz Vermelha Portuguesa Montalegre 276 518 050APAV – Apoio à Vítima 707 200 077SOS – Criança 800 202 651SOS – Grávidas 800 201 139SOS – Deixe de Fumar 808 208 888SOS – Voz Amiga 800 202 669Linha SIDA 800 266 666Intoxicações 808 250 143NOTÍCIAS DE BARROSO 91 4521 740NOTÍCIAS DE BARROSO 276 512 285Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre 276 512 442

Informações úteis1

Nome do Centro de Emprego Nome da Profissão Nº Oferta

TÉCNICO DE ELECTRICIDADE 588581328 CONTRATO A TERMO POR 6 MESES (A TEMPO COMPLETO) SANTA MARIA MAIOR / CHAVES

588582506 CONTRATO A TERMO POR 6 MESES (A TEMPO COMPLETO) OUTEIRO SECO/CHAVES

ENGENHEIRO AGRÓNOMO 588577383 CONTRATO A TERMO POR 6 MESES (A TEMPO COMPLETO) SANTA MARIA MAIOR / CHAVES

CABELEIREIRO E BARBEIRO 588582492 CONTRATO A TERMO POR 3 MESES ( A TEMPO COMPLETO) VIDAGO /CHAVES

588591286 CONTRATO A TERMO INCERTO VILA POUCA DE AGUIAR

ENCARREGADO DE LIMPEZA 588591331 CONTRATO A TERMO INCERTO VILA POUCA DE AGUIAR

ESTETICISTA 588591323 CONTRATO A TERMO POR 12 MESES ( A TEMPO COMPLETO) MONTALEGRE

GOVERNANTE DOMÉSTICO 588591310 CONTRATO A TERMO INCERTO SERAPICOS / VALPAÇOS

ESPECIALISTA EM PUBLICIDADE E MARKTING 588591073 CONTRATO A TERMO INCERTO CERVA / RIBEIRA DE PENA

588591494 CONTRATO A TERMO POR 12 MESES ( A TEMPO COMPLETO) CANEDO / RIBEIRA DE PENA

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego.

Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de

emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua

disponibilização e a sua publicação.

Indicação do Regime de Trabalho ( a tempo parcial ou completo) e Informações Complementares

Nome da Freguesia/Concelho a que respeita o Posto Trabalho a ser preenchido

Centro de Emprego e Formação Profissional do Alto Tâmega Serviço de Emprego de Chaves Rua Bispo Idácio nº 50/54 5400 303

Chaves Telefone: 276340330

E-mail: [email protected]

MOTORISTA DE VEICULOS PESADOS DE MERCADORIAS

MOTORISTA DE VEICULOS PESADOS DE MERCADORIAS

AGRICULTOR E TRABALHADOR QUALIFICADO DA AGRICULTURA PRODUÇÃO ANIMAL E COMBINADOS

31 de Agosto de 2015 15BarrosoNoticias de

BarrosoNoticias de

Sede: Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tel: +351 276 512 285 e 91 452 1740 email: [email protected] http://omontalegrense.blogspot.comPropriedade: José António Carvalho de Moura, Contribuinte nº 131 503 324, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tels: +351 276 512 285 e 91 452 1740 FAX: +351 276 512 281 Email: [email protected]

Editor: Nuno Moura, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre, email: [email protected]: Maria de Lourdes Afonso Fernandes Moura

Paginação e composição: [email protected], Rua Miguel Torga, 492 5470-211 MontalegreRegisto no ICS: 108495

Impressão: Empresa Diário do Minho, Lda Rua de Santa Margarida, 4 A, 4710-306 Braga email: [email protected] http://www.diariodominho.pt

Colaboradores: António Chaves, António Pereira Alves, Barroso da Fonte, Carlos Branco, Custódio Montes, Dias Vieira, Domingos Cabeças (Inglaterra), Domingos Dias (USA), Duarte Gonçalves, Fernando Moura, Fernando Rosa (USA), Francisco Laranjeira, João Soares Tavares, José dos Reis Moura, José Manuel Vaz, José João Moura, Hélder Alvar, Lita Moniz (Brasil), João Adegas, José Duarte (França), José Rodrigues (USA), Lobo

Sentado, Manuel Machado, Maria José Afonso, Norberto Moura, Nuno Carvalho, Ricardo Moura, Sérgio Mota e Victor Pereira

Assinaturas: Nacionais: 20,00 € Estrangeiros: 35,00 €

Tiragem: 2.000 exemplares por edição

(Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores não vinculando necessariamente a orientação do jornal ou da sua direcção)

FUTEBOLTaça de Portugal

O CDC Montalegre, como vencedor da Taça Distrital de Vila Real, vai participar na prova nacional da Taça de Portugal. De acordo com o sorteio realizado, no próximo Domingo, joga com o grupo Vitorino de Piães, de Ponte de Lima.Os pupilos de Zé Manuel Viage que continua como treinador já preparam a época desde há tempos a esta parte. Da equipa e dos seus responsáveis, sua constituição e projectos para a presente época de 2015/2016, o NB tratará na próxima edição.

FUTSAL

Caiu o pano à decima edição do torneio de futsal de Montalegre. Depois do jogo que apurou o terceiro classificado (Pedra Mole/Vilar de Perdizes), a glória recaiu na “Pastelaria Carreira da Lebre” que levou para Boticas o troféu mais desejado. A perder ao intervalo, o conjunto vencedor, sob a batuta do conhecido Davide

Moura, mudou por completo o cariz do jogo na segunda parte. Porém, foi a dupla infelicidade do guarda-redes opositor que catapultou os novos campeões para o triunfo. Antes, as

dificuldades foram muitas. A defender o título, a equipa da Electro Cava mostrou mais tranquilidade nos primeiros vinte minutos. Branco espalhava classe, apesar de perdulário. Do outro lado, era a autoridade de Davide Moura que impunha lei. Um jogador com escola que não surpreendeu ao arrecadar os principais prémios da noite. Com efeito, não só somou o título de melhor marcador

(15 golos) como conquistou o reconhecimento para o melhor atleta do torneio, prémio que repete o que sucedeu em 2010. Um veredicto justo da organização que não teve

dificuldade em eleger a classe do atleta.Registe-se que o Torneio de 2015 teve 12 equipas participantes.PASTELARIA CARREIRA DA LEBRE: João Ferreira (1); Marcelo Marques (2); Miguel Tomaz (3); Davide Moura (4); André Alves (5); Bruno Sousa (6); Luis Rodrigues (CAP) (7); Paulo Alves (8) Luís Sousa (10) e João Alves (11).

Treinador: Marcelo MarquesELECTRO CAVA: Luís Gomes (1); Mentiras (69); Tiago Guedes (6); Hugo (3); Toyota (9); Manuel (11); Pisco (8); Branco (12); Paje (10); Carlitos (5) e Fisgas (2).

Treinadores: Nélson.Resultado Final: 3-1Golos: 0-1 Pisco; 1-1 André Alves; 2-1 Luís Rodrigues e 3-1 Davide Moura.

PRÉMIOS Melhor Jogador: Davide Moura (Pastelaria Carreira da Lebre)Melhor Marcador: Davide Moura (Pastelaria Carreira da

Lebre) - 15 golosMelhor Guarda-Redes: Hélder Coimbra (Pedra Mole/Vilar de Perdizes)Equipa “fair-play”: F. Meixedo/Padornelos

CLASSIFICAÇÃO FINAL 1.º PASTELARIA CARREIRA DA LEBRE (CAMPEÃO) - 1.250€ + Troféu2.º Electro Cava - 650€ + Troféu3.º Pedra Mole/Vilar de Perdizes - 350€ + Troféu4.º F. Meixedo/Padornelos – Troféu

Fonte: cm-montalegre

DESPORTO

A cada ano, a corrida que estreita laços entre os povos transfronteiriços de Tourém e Randin está a ganhar escala e notoriedade. Exemplo disto mesmo são os lugares de pódio onde aparecem atletas do Sport Lisboa e Benfica e do Desportivo da Corunha. O presidente do município de Montalegre, Orlando Alves, considera que «estes

encontros de convívio, intercâmbio institucional e aprofundamento da amizade entre estes povos, servem, também, para despertar entusiasmo para a competição». Já no final, David Teixeira, vice-presidente da Câmara Municipal de Montalegre, enalteceu «a capacidade da organização».No entender do número dois

da edilidade, é bom «sentir esta rivalidade sadia entre atletas galegos e portugueses». A presença de um atleta do Benfica foi «uma grande surpresa» e «uma prova do saber receber e estar» afirmou David Teixeira. Na mesma linha referiu que deste contacto poderá resultar «a realização de alguns estágios para os atletas que começam a

reconhecer as condições que temos para o desenvolvimento de aptidões na alta competição, abrindo assim, novas oportunidades». Em nome da organização, Victor Castro explicou que se trata de «uma prova supercultural» sendo «essencial que esse cariz se mantenha e alicerce e que seja autofinanciada através dos patrocinadores». O “tiro de partida”

foi dado por Paulo Barroso que continua na organização. No final mostrou-se feliz e emocionado com a evolução da iniciativa, referindo que houve «muita gente» e onde foi batido «outro recorde».

Fonte: cm-montalegre

TOURÉM/RANDÍN

V Grande Prémio de Atletismo do “Encontro Tourém/Randin”

As Chegas de Bois e os Bois Campeões de BarrosoFindo o mês de Agosto, as terras Chegas

de Bois fazem uma pausa que pode estender-se até ao dia de Ano Novo. É altura para se fazer um balanço da época. Para tal, conversámos com Nuno Duarte, presidente da Associação «O Boi do Povo», que nesta qualidade e também como proprietário de bois barrosos e cruzados, nos deu a sua opinião.

Recordamos ainda que Nuno Duarte em pareceria com José Carlos e seu pai, Toninho Duarte, tem por si o facto de ter tido bois campeões de nomeada tal como o «Caipira» que deu muitas alegrias aos montalegrenses e a outros seus amigos.

Refira-se que a Associação «O Boi do Povo» tem 270 associados pagantes e explora o Campo das Chegas do Senhor da Piedade que é propriedade da Junta de Freguesia de Montalegre a quem paga de aluguer 1.000 euros por ano. A Câmara Municipal comparticipa no Torneio das Chegas de Bois Barrosos com um subsídio cuja finalidade é incentivar a criação da nossa raça autóctone.

Nuno, que balanço fazes da época de verão no que toca às Chegas de Bois?

Eu acho que o balanço foi bastante positivo porque houve Chegas espectaculares. O Torneio deste ano correu lindamente, para mim foi dos melhores de sempre. Depois, a Associação esteve à frente da homenagem que era devida ao sr. Fernando. Agora, sabe, por vezes as coisas não correm como a gente gostava que corressem.

Não te parece que as Chegas estão a perder credibilidade junto das pessoas por causa dessa teimosia em se fazerem várias Chegas num mesmo dia?

Sim, há Chegas a mais, mas também não se pode proibir os donos dos bois de programarem Chegas, nos dias e horas que eles entendem. Repare que a Associação não se interessa que haja outros organizadores, até é bom que haja. Agora concordo que fazer três Chegas em três campos diferentes tem os seus custos que para muitos são insuportáveis. E as bilheteiras baixam nas vendas. Agora como acabar com isto? É complicado porque os donos dos bois querem aproveitar os emigrantes para ver se fazem algum dinheiro.

O Nuno dizes que o balanço é positivo, mas na Chega do dia da Festa do Sr. da Piedade ouvimos críticas muito duras não só por causa das Chegas que foram sob o fraco mas também por causa de não se respeitarem os horários.

Não tivemos sorte com as Chegas do dia da Festa de Montalegre. É um facto. A Associação teve o cuidado de apresentar lá os dois melhores bois cruzados que afinal liaram pouco, depois os barrosos estiveram pior. As pessoas que se queixaram têm razões para tal, mas nós vamos tentar fazer algo para melhorar as Chegas. A Associação tem de ver melhor estas situações.

O barroso do Joge Miguel, do Amial (Salto)

O boi de Maria Rosa Alves de Paredes (Salto)

O “Xerife” do António de Bagulhão (Salto)

O “Cabano” do Horácio de Medeiros (Chã)